XII Semana de Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação - SEPesq Centro Universitário Ritter dos Reis DISCUSSÕES E REFLEXÕES SOBRE OS ESTUDOS DE LETRAMENTO Áurea Maria Brandão Santos Mestranda do Programa de Pós- Graduação em Letras Centro Universitário Ritter dos Reis - UniRitter [email protected] Resumo: Neste artigo apresenta-se uma revisão teórica sobre o tema letramento. Desde o seu surgimento na década de 80, o termo vem sendo debatido tanto por estudiosos da área da Educação como das Ciências Linguísticas. As discussões e reflexões sobre o tema vêm ocorrendo de forma intensa em diferentes países, e são consequência da necessidade de se discutir a leitura e a escrita numa perspectiva social. Letramento e Alfabetização são conceitos próximos e indispensáveis um ao outro. O problema do analfabetismo continua sendo um desafio, principalmente em países menos desenvolvidos. Contudo, além de favorecer o domínio das tecnologias de leitura e escrita, é preciso ir mais além. O foco dos estudos de letramento está na necessidade do indivíduo em se expressar e participar ativamente em diferentes situações do cotidiano pelo uso da linguagem. Essa participação está inserida num processo de apropriação de práticas de letramento que é permanente e contínuo. Para a elaboração deste artigo, as pesquisas de Soares (2004, 2010), Kleiman (2007, 2008), Street (1984) e outros pesquisadores foram fundamentais. Buscou-se destacar as contribuições que esses estudos podem trazer para que a escola cumpra a sua função social como agência de letramento, e para que os professores propiciem práticas de letramento. Palavras-chave: Letramento; leitura e escrita; perspectiva social. 1 Introdução A iniciativa de realizar a presente pesquisa está relacionada a muitas inquietações. É resultante da observação de algumas situações recorrentes no meu contexto de atuação profissional – a educação básica - entre elas, o alto grau de dificuldade dos estudantes em se expressarem de forma efetiva e em diferentes contextos sociocomunicativos; de não conseguirem compreender a linguagem como ferramenta de inserção/exclusão social; do distanciamento entre os conteúdos do currículo com o contexto social e cultural dos estudantes. Tais observações se tornaram mais claras e críticas, por meio do contato com linhas teórico-metodológicas que colocam em destaque o papel da linguagem, proclamam a reformulação de conceitos e empenham-se em compreender questões relacionadas ao ensino e aprendizagem na contemporaneidade. XII Semana de Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação SEPesq – 24 a 28 de outubro de 2016 XII Semana de Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação - SEPesq Centro Universitário Ritter dos Reis O ensino tradicional de Língua Portuguesa tornou-se historicamente sem sentido e a sua única eficiência está em desqualificar e excluir, os que sentemse incompetentes por não incorporarem padrões de escrita pré-estabelecidos pela elite cultural.1 Apesar da escrita ser “uma prática social fundamental” são muito os problemas relacionados ao seu ensino. Nos dias atuais há uma evidente necessidade de saber articular-se por meio da língua escrita, por isso este deve ser um tema de sérias reflexões nas instituições de ensino, estabelecendo comparações entre os modelos vigentes e o que deve ser melhorado, “o modelo tradicional fundado no ensino da gramática e seus componentes e da redação escolar para cobrar conhecimentos gramaticais ou uma escrita sem erros, não vem dando resultado e já há muito tempo”. O que sinaliza que devemos nos empenhar em entender o processo da escrita como uma construção cognitiva e social, por meio do estudo, da análise, e do diálogo com outras áreas (BALTAR, 2003, p.83). Entretanto, estar consciente das críticas que há bastante tempo tem sido feitas sobre o ensino de línguas e principalmente, sobre os baixos níveis de letramento é importante, mas não é suficiente. É preciso que haja um contínuo desenvolvimento de estudos investigativos e que esses se mostrem como possibilidades palpáveis de atuação para os docentes. Deste modo, busca-se ressaltar a importância de se desenvolver pesquisas delineadas pela necessidade de se reconhecer e valorizar as práticas sociais de leitura e escrita, os múltiplos letramentos, o plurilinguismo e a multisemioticidade. Os estudos sobre letramentos propõem ao professor de línguas refazerse em um novo profissional, que abandone a postura de guardião da língua e se mostre como um agente de letramento. É importante, entretanto, estar consciente de que há muitos empecilhos para que mudanças efetivas aconteçam. Esses problemas associam-se, sobretudo, a formação acadêmica dos professores e da estruturação do currículo escolar, mas ainda assim, o compartilhamento de propostas que trazem novas possibilidades de atuação precisa ser contínuo para que se possa estimular educadores a gerar novas ações. 2 Letramento: definição e práticas A palavra letramento está no mesmo campo lexical de alfabetização e a relação entre esses conceitos é muito próxima, para alguns, até mesmo confusa. Em termos práticos, a ideia de letramento foi pensada como uma forma de abarcar o que a concepção de “alfabetização” não contempla, de demonstrar a importância de ir além de uma compreensão mecânica dos atos de ler e escrever. Letramento e alfabetização precisam ser entendidos como dois fenômenos que possuem diferenças e relações, sendo complementares e 1 GUEDES em A língua portuguesa e a cidadania – produzido para Projeto de Extensão Elaboração de uma Política Didático-Pedagógica para o Ensino de Língua Portuguesa na Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre XII Semana de Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação SEPesq – 24 a 28 de outubro de 2016 XII Semana de Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação - SEPesq Centro Universitário Ritter dos Reis indispensáveis um ao outro. A superação do analfabetismo e o consequente aumento do número de pessoas que sabem ler e escrever reforçam uma sociedade grafocêntrica e trazem à tona um novo fenômeno, pois fica evidente que não basta apenas saber ler e escrever. As pessoas se alfabetizam, mas não incorporam a prática de leitura e da escrita, não se tornam hábeis para envolver-se com as práticas sociais de escrita (SOARES, 2010). Alfabetização e letramento são conceitos confundidos e sobrepostos, por isso, é muito importante distingui-los tendo atenção para não distanciá-los. À inserção no mundo da escrita por meio de uma tecnologia dá-se o nome de alfabetização, e ao uso dessa tecnologia de forma efetiva nas práticas sociais que envolvem a língua escrita dá-se o nome de letramento. Até o surgimento da palavra letramento, utilizava-se apenas o termo alfabetização para designar os indivíduos que adquiriam a tecnologia da escrita bem como para descrever “a formação do cidadão leitor e escritor”. A palavra letramento tornou-se pontual na distinção dos dois processos, porque garante a especificidade “do processo de aquisição da tecnologia da escrita” atribuindo as suas especificidades e gera visibilidade “ao processo de desenvolvimento de habilidades e atitudes de uso dessa tecnologia em práticas sociais que envolvem a língua escrita”. Essa distinção é importante, sobretudo em países como o Brasil, que ainda enfrentam altos índices de analfabetismo (SOARES, 2004b, p. 90-91). É possível perceber uma mudança significativa na concepção do que representa dominar a “tecnologia da escrita”, por exemplo, na alteração dos critérios utilizados pelo Censo Demográfico2 na verificação de índices de analfabetismo no Brasil, que passou a aferir a condição de analfabeto pela capacidade de leitura e escrita de um bilhete simples no idioma que o informante conhece. Ou seja, deixou-se de verificar apenas a simples codificação da própria assinatura e passou-se a verificar a leitura e a escrita como uma prática social um pouco mais complexa (SOARES, 2010). Do conceito de letramento nascem novas interpretações e possibilidades de analisar casos em que o indivíduo poderá ser analfabeto, e ainda sim ser letrado (o que em outros tempos pareceria totalmente contraditório). Soares exemplifica que um adulto marginalizado socialmente e por consequência disso, analfabeto, pode ser considerado uma pessoa letrada, desde que viva num “meio em que a leitura e a escrita têm presença forte” (SOARES, 2010, p. 24). Se um indivíduo demonstra interesse mesmo que por intermédio de um alfabetizado no conteúdo de livros, revistas e jornais; se ao receber informações por meio de cartas, bilhetes, avisos, ele busca saber ao que se refere; se consegue ditar cartas a serem escritas por um alfabetizado usando vocabulário e estrutura próprias da língua escrita; ele assume-se como letrado, 2 Magda Soares (2004b, p. 96) destaca que isto representa um avanço em relação às práticas de letramento, avanço incentivado pela UNESCO, que no final dos anos 70, passou a sugerir que as estatísticas educacionais avaliassem a alfabetização funcional. XII Semana de Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação SEPesq – 24 a 28 de outubro de 2016 XII Semana de Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação - SEPesq Centro Universitário Ritter dos Reis porque, mesmo não tendo a capacidade de codificar a língua, está envolvido em práticas sociais de leitura e escrita. Em contrapartida, há pessoas que se alfabetizam, mas não se empenham em práticas sociais de leitura e escrita. Mesmo sabendo ler e escrever, “não leem livros, jornais, revistas, não sabem redigir um ofício, um requerimento, uma declaração, não sabem preencher um formulário, sentem dificuldade para escrever um simples telegrama” (SOARES, 2010, p.24). O problema do analfabetismo é muito grave, contudo, não é o único grande obstáculo a ser superado. Depois de romper a barreira do analfabetismo, tornase necessário um processo contínuo de aquisição de saberes que irão permitir transitar com segurança nos diferentes espaços, usar a linguagem para executar tarefas, manifestar opiniões, tomar decisões, participar efetivamente de uma sociedade em constante evolução, na qual a cada dia elaboram-se novas situações sociocomunicativas. É esse o fenômeno que fez aflorar o letramento, e é ele que justifica a relevância de estudos e pesquisas sobre o termo. Para Kleiman (2007), o conceito de letramento passou a ser utilizado nos meios acadêmicos como uma alternativa para distinguir os impactos sociais da escrita e os estudos sobre alfabetização. A pesquisadora destaca que o estudo sobre Letramento no Brasil pode ser considerado como a vertente de pesquisa que concretiza da melhor forma a união entre o interesse teórico sobre o problema e a busca por respostas sobre o fenômeno. Os estudiosos buscam respostas que possam promover a transformação de uma realidade em que tantas pessoas são marginalizadas de grupos sociais, pelo fato de não conhecerem a escrita. Além disso, os estudos sobre letramento adotam uma visão holística do tema, assumindo um caráter mais amplo e detalhado que pudesse analisar os aspectos históricos, culturais, sociais e econômicos que acompanham e afetam diretamente o desenvolvimento social da escrita. Tendo sido feita uma análise desde o processo de colonização do Brasil, e pela qual vão sendo examinados elementos como a formação política do Estado; a construção das identidades nacionais; as mudanças socioeconômicas; o desenvolvimento científico e tecnológico; o surgimento da escola; a burocratização da língua; o seu uso como instrumento de poder e dominação. Esse exame minucioso que os estudos sobre letramento se propõem a fazer é imprescindível para compreender as atuais configurações de uso da escrita na sociedade contemporânea (KLEIMAN, 2008b). Ao longo do tempo, os estudos na área de Letramentos foram se expandindo a fim de fazer uma melhor descrição das condições de uso da escrita e determinar os efeitos das práticas de letramento em grupos socialmente excluídos e sem acesso à escrita como uma tecnologia de comunicação dos grupos dominantes. As especificidades e propósitos dos estudos de letramento são bem diversificados. Toda essa amplitude e complexidade que o termo letramento engloba fazem com que esta tenha se XII Semana de Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação SEPesq – 24 a 28 de outubro de 2016 XII Semana de Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação - SEPesq Centro Universitário Ritter dos Reis tornado uma palavra de difícil definição. Ainda sim, pesquisadores da área se empenham em apresentar as definições mais adequadas como, por exemplo, a de Kleiman (2008b, p. 20), que define letramento como: “um conjunto de práticas sociais que usam a escrita, como sistema simbólico e como tecnologia, em contextos específicos, para objetivos específicos”. Essa é uma definição que oportuniza compreender a multiplicidade dos letramentos e aponta mudanças de paradigmas. Compreender letramento sob esse enfoque representa atestar a descentralização da escola como único espaço de formação de práticas sociais de leitura e escrita e uma quebra na dicotomia - alfabetizados e não alfabetizados. O que antes era tido como o único espaço legitimado de desenvolvimento e uso de habilidades, passa a ser um entre os outros espaços. O fenômeno de letramento reconhece a escola como a agência de letramento mais importante, encarregada de introduzir formalmente os sujeitos no mundo da escrita. Todavia, a escola, segundo Kleiman (2008, p. 20), “preocupa-se não com o letramento, prática social, mas com apenas um tipo de prática de letramento, qual seja, a alfabetização, o processo de aquisição de códigos”, que foca a competência individual e está voltada para o sucesso escolar. A escola não perde o seu valor e a sua importância, entretanto, precisam ser consideradas outras agências de letramento das quais os indivíduos fazem parte, as quais apresentam especificidades bem características de seus contextos. Oliveira alerta sobre a necessidade de analisar o letramento a partir de sua multiplicidade, pois “enxergar o letramento como algo ‘singular’ é esquecer que a vida social é permeada por linguagem de múltiplas formas e destinada a diferentes usos”. A pesquisadora enfatiza que a pluralidade de textos presentes na sociedade justifica a problematização do tema, a sua análise em diferentes perspectivas e a busca pela compreensão das “razões por que tem se tornado um verdadeiro ‘campo de batalha’ no campo pedagógico”. Como resposta a isso, apresentam-se as pesquisas do New Literacies Studies’3, e no Brasil, os Estudos de Letramento. A proposta desses estudos é observar os letramentos como práticas sociais que só podem compreendidas em seus contextos sociais e históricos, os letramentos são influenciados diretamente pelas relações de poder, são espelhos de representações ideológicas, são diretamente marcados por injunções políticas, econômicas e tecnológicas. Os letramentos são múltiplos, dêiticos, ideológicos e críticos (OLIVEIRA, 2009, p. 05). Os Novos Estudos de Letramento causaram impactos positivos no cenário de pesquisas sobre o tema e remodelaram as concepções sobre os letramentos. Trazem uma proposta desafiadora a qual reflete sobre a existência de múltiplos letramentos e de suas relações com o tempo, espaço e 3 New Literacy Studies (NLS) (Gee, 1991; Street, 1996) represents a new tradition in considering the nature of literacy, focussing not so much on literacy as a ‘technology of the mind’ (cf Goody, 1968, 1977) or as a set of skills, but rather on what it means to think of literacy as a social practice (Street, 1984). XII Semana de Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação SEPesq – 24 a 28 de outubro de 2016 XII Semana de Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação - SEPesq Centro Universitário Ritter dos Reis poder. Para Soares (2004b), esses estudos tornaram- se fundamentais para a análise do fenômeno do letramento e são imprescindíveis para orientar pesquisadores e estudiosos na observação de situações de uso social da língua escrita e identificação de características dessas situações em um contexto entrecortado por mudanças. Os letramentos foram e são diretamente afetados pelas transformações tecnológicas da sociedade contemporânea, considerando que aos indivíduos são continuamente requeridas novas habilidades e estratégias para que possam se adaptar aos letramentos emergentes. A evolução tecnológica tem gerado ferramentas de grande utilidade nas situações de comunicação e a natureza dêitica do letramento suscitou novas significações sobre o que é ser letrado (OLIVEIRA, 2009). Atentos às transformações, os caminhos do letramento vão seguindo novos rumos que percorrem a multiplicidade e a variedade. 3 Considerações finais Letramento deve ser compreendido como o estado ou condição adquirida por um indivíduo ou por uma comunidade, ao ter se apropriado da escrita. E atreladas a esse conceito estão todas as consequências que o domínio dessas habilidades pode gerar na vida social do indivíduo (SOARES, 2010). A escola é a principal agência de letramento, no entanto não é o único espaço legitimado para formação de práticas sociais de leitura e escrita, precisam ser consideradas outras agências de letramentos presentes na sociedade (KLEIMAN, 2008). Além disso, é interessante destacar que no espaço escolar, o professor de língua materna não é o único agente de letramento, professores de diferentes áreas devem proporcionar aos seus alunos oportunidades para que expressem coisas significativas. A ideia que melhor se associa aos Letramentos é mudança. Mudanças que não têm ocorrido e não ocorrerão de forma rápida e homogênea, mas que precisam ocorrer. A transição entre uma concepção de cunho tradicional da escrita para uma concepção de cunho social é para Kleiman (2007), a prerrogativa para um ensino que tenha como meta o letramento. Promover o letramento é conceber a leitura e a escrita como práticas discursivas que possuem múltiplas funções e estão inseridas nos contextos em que se desenvolvem. É preocupar-se não apenas com a preparação dos alunos para o desenvolvimento de habilidades específicas de leitura e escrita, mas preocupar-se em articular conhecimento a práticas significativas. Conscientizálos do potencial da linguagem para o desenvolvimento humano e participação ativa na sociedade. Para Bazerman (2007) o desenvolvimento da linguagem está intrinsecamente ligado ao desenvolvimento do indivíduo como ser social, aos seus relacionamentos e cooperação com outras pessoas, aos seus sentimentos de segurança e ansiedade, à totalidade de suas emoções, à sua XII Semana de Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação SEPesq – 24 a 28 de outubro de 2016 XII Semana de Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação - SEPesq Centro Universitário Ritter dos Reis proximidade e distanciamento em relação aos outros e à sua consciência de si e dos outros. É fundamental se considerar o papel profundo da linguagem na formação do eu, moldando a face que o indivíduo apresenta ao mundo e o eu interior que busca variadas formas de cooperação e relação com os outros. Se expressar por meio da língua, é aprender a assumir uma presença ousada no mundo e entrar em complexas e sofisticadas relações com os outros. A leitura e escrita estão ao alcance da maior parte da população, porém a autonomia de muitas pessoas ainda está condicionada a falta de habilidade em usá-las de forma plena e quanto menor for a desenvoltura na utilização da leitura e da escrita, maiores são os problemas que essas pessoas terão em assumir a cidadania. A existência humana é uma tarefa permanente de leitura da vida. Ao lermos a vida, escrevemos e reescrevemos o mundo (BENAVENTE, et al., 1996). Essa escrita e reescrita deve ser feita com as nossas próprias palavras, sob a nossa perspectiva de mundo. Esse é um direito fundamental de todos e a sociedade não pode deixar de se mobilizar pela sua garantia. REFERÊNCIAS BALTAR, Marcos. LOIO, Milene P. NAIME-MUZA, Letícia. PRILLA, João. Algumas reflexões acerca dos estudos de letramento e gêneros textuais / discursivos como possibilidades para a formação do professor de língua. Working papers em linguística, v. 12: 87-99, Florianópolis, jan. jun., 2011. BAZERMAN. C. Escrita, Gênero e Interação Social. São Paulo: Cortez Editora, 2007. BENAVENTE, Ana. ROSA, Alexandre, COSTA, António Firmino, ÁVILA, Patrícia. A Literacia em Portugal resultados de uma pesquisa extensiva e monográfica. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian/ Conselho Nacional de Educação, 1996. DIONÍSIO, Ângela Paiva. Gêneros Multimodais e Multiletramento. IN: KARWOSKY, Acir Mário. Gaydeczka, Beatriz. BRITO, Karim Siebeneicher. (org) Gêneros textuais: reflexões e ensino. São Paulo: Parábola Editorial, 2011. GONÇALVES, Adair Vieira. BAZARIM, Milene. 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