NOTAS SOBRE O ALONGAMENTO VOCÁLICO EM PYKOBJÊ (NOTES ON VOWEL LENGHTENING IN PYKOBJÊ) Rosane de Sá AMADO (Universidade de São Paulo) ABSTRACT: This paper aims to establish na overview about occurrences of vowel lenghtening in Pykobjê, Jê family. In this language, lenghtening occurs in names – by prosodic motivation, occurring in compounds and derived words – and in verbs – conditioned with tense inflection or the non-final position of the verb in matrix sentences. KEY-WORDS: Indigenous languages; phonology; morphology; derivation; inflection 0. Introdução O Pykobjê é uma lingual Timbira, filiada à família Jê e ao tronco Macro-Jê. É falada atualmente por cerca de 540 indivíduos, também chamados Gavião-Pykobjê, que vivem em três aldeias – Riachinho, Rubiácea e Governador – localizadas ao sul do Maranhão, no município de Amarante. Neste estudo, procurou-se estabelecer um panorama acerca das possibilidades de ocorrência do alongamento vocálico nessa língua. Estudos realizados com outras línguas Timbira (Alves, 1999, sobre o CanelaApãniekrá, Araújo, 1989, sobre o Gavião-Parkatejê, Popjes & Popjes, 1986, sobre o Canela-Ramkokamekrá) têm tratado o alongamento, nas raras vezes em que o processo ocorre, como variação fonética. No Pykobjê, o alongamento ocorre principalmente em nomes, mas há casos esparsos de ocorrência também em verbos. Nesta última classe, o processo está relacionado a uma variação morfossintática, condicionada pela flexão de tempo – passado ou não-passado – ou pela posição não-final em orações independentes. Já no caso dos nomes, o alongamento parece ter motivação prosódica devido ao padrão acentual, que permanece na formação de palavras através da composição de raízes distintas ou de raiz + termo de classe ou na afixação de raiz + sufixo derivacional. 1. Formas verbais longas e breves e alongamento vocálico A classe dos verbos no Pykobjê apresenta variações quanto às formas. Tal fenômeno ocorre em grande parte dos verbos ativos, tanto transitivos quanto intransitivos, encontrados na língua. Essa variação é também relatada em muitas outras línguas da família Jê setentrional – Krahô (Souza, 1997), Panará (Dourado, 2001), e Suyá (Santos, 2002) – e comumente as formas decorrentes são chamadas de longa e breve ou não-finita e finita. Além dessa variação, que consiste basicamente, no Pykobjê, da apócope de uma consoante no final do verbo, outras alternâncias são relatadas também na raiz de alguns verbos. Dentre essas alternâncias está o alongamento vocálico em alguns verbos. 1.1. Ambientes de ocorrência das formas longas e breves no Pykobjê Grande parte dos verbos ativos do Pykobjê apresenta algum tipo de variação fonológica em relação ao tempo em que estão sendo expressos. O tipo mais freqüente de variação é a apócope da consoante final da chamada forma longa. Abaixo estão listados alguns exemplos: 01. . 02. 03. ej - te krow tr 1 ERG ‘flecha’ ‘guardar’ wa krow ta 1 ‘flecha’ ‘guardar’ ej - te rop korn 1 ERG ‘onça’ ‘matar’ awkate wa ha rop kora ‘amanhã’ 1 FUT ‘onça’ ‘matar’ ej - te ku to ej - kom 1 ERG ‘água’ CAUS 1 ‘beber’ wa ha ku to ej - ko 1 FUT ‘água’ CAUS 1 ‘beber’ ‘eu guardei a flecha’ ‘eu estou guardando a flecha’ ‘eu matei a onça’ ‘amanhã eu vou matar a onça’ ‘eu bebi água’ ‘eu vou beber água’ Os dados mostram que os verbos ‘guardar’, ‘matar’ e ‘beber’ no tempo passado apresentam uma forma longa, com a presença da aproximante r ou das nasais n ou m, enquanto que nos tempos não-passado – presente ou futuro – essas consoantes sofrem uma apócope. Aparentemente, não há nenhum condicionamento externo que justifique a escolha de n, m ou r para a forma longa dos verbos, embora a freqüência de ocorrência dessa última seja maior do que a das consoantes nasais. Poder-se-ia constatar, a partir disso, que essas consoantes são marcas lexicais do passado; no entanto, elas reaparecem nos outros tempos caso o verbo esteja em posição não-final, seguido da partícula de negação nore ou de alguns quantificadores, ou seja, na penúltima ou, no máximo, na antepenúltima posição da frase. É importante ressaltar que o Pykobjê é uma língua SOV (sujeito-objeto-verbo) e que apenas algumas classes de palavras podem seguir o verbo. 04. 05. wa ha ne krow tr nore 1 FUT NEG ‘flecha’ ‘guardar’ NEG wa ku to ej - kom krire 1 ‘água’ CAUS 1 ‘beber’ ‘ pouco’ ‘eu não guardarei a flecha’ ‘eu estou bebendo pouca água’ Na presença da partícula de negação nore, em todos os casos, ocorre a forma longa do verbo. Quanto aos quantificadores, exemplificado em 5 com krire, em alguns casos, a forma verbal não varia, permanecendo breve, caso o verbo esteja flexionado nos tempos não-passado. Dessa forma, pode-se atestar que, em orações independentes, nas quais o verbos ocupa a posição final, a forma longa ocorre no tempo passado e a forma breve nos tempos não-passado (presente e futuro). Já em posição não-final, verbo assume a forma longa, seguido da partícula de negação, obrigatoriamente, e de alguns quantificadores, opcionalmente, independente do tempo em que esteja flexionado. 1.2. O alongamento vocálico como forma breve Como foi dito anteriormente, a variação mais encontrada nas formas longas e breves é a apócope de uma consoante final – r, m ou n. Contudo, outras variações são encontradas, como pode se ver nos exemplos abaixo: 06. 07. 08. ej - te to kwrpes kahun 1 ERG CAUS ‘mandioca’ ‘cozinhar’ wa ha to kwrpes kato 1 FUT CAUS ‘mandioca’ ‘cozinhar’ enon j - ot ‘ontem’ 1 ‘dormir’ awkate wa ha or ‘amanhã’ 1 FUT ‘dormir’ enon ej - pempra ejrrn ‘ontem’ 1 ‘acordar’ ‘cedo’ awkate wa ha ampra tre ‘amanhã’ 1 FUT ‘acordar’ ‘tarde’ ‘eu cozinhei mandioca’ ‘eu vou cozinhar mandioca’ ‘ontem eu dormi’ ‘amanhã eu vou dormir’ ‘amanhã eu vou acordar tarde’ As formas breves dos verbos ‘cozinhar’ (ex. 6) e ‘dormir’ (ex. 7) são praticamente supletivas, enquanto que o verbo ‘acordar’ (ex.8) apresenta variação na estrutura silábica nas formas longa e breve – de CVC para VC. Vale ressaltar que os advérbios de tempo – que não precisam necessariamente ocupar a última posição da oração – não condicionam a forma longa do verbo. Contudo, o interessante é a variação com alongamento vocálico que ocorre nos verbos abaixo: 09. 10. enon j - pin ‘ontem’ 1 ‘pescar’ wa ha api 1 FUT ‘pescar’ j - pn rat 1 ‘comer’ ‘muito’ wa ha ap 1 FUT ‘comer’ ‘ontem eu pesquei’ ‘eu vou pescar’ ‘eu comi muito’ ‘eu vou comer’ Esses verbos apresentam uma mudança na primeira vogal, passando de para a. Além disso, apresentam alterações na forma inicial. O primeiro segmento da forma longa – o glide j 1 – sofre uma aférese. Tal fenômeno provoca um alongamento na vogal da primeira sílaba, visto que sílabas V não podem se realizar na superfície (Sá, 1999). σ σ A R R N N x x j x x a O alongamento vocálico caracteriza um grupo específico de verbos. Podem-se relacionar tais casos com verbos como o ‘acordar’ (ex. 8), cuja forma breve apresenta, no lugar de uma vogal alongada, uma sílaba VC, já que no Pykobjê, tanto sílabas V: quanto sílabas VC, além de serem pesadas, podem ocorrer somente em início de palavra, configurando o que Blevins (1995) denomina como edge effect (efeito de borda). 2. Formação de palavras e alongamento vocálico Em Sá (1999), propõe-se um processo de alongamento compensatório em determinados nomes compostos, cujo primeiro radical portaria, em posição de coda, uma consoante não-especificada quanto ao ponto de articulação – a saber a glotal h que se realiza como - a qual, ao formar a nova palavra, sofreria um apagamento, causando um alongamento na vogal precedente. Contudo, após novos estudos, constatou-se que o apagamento não é obrigatório, visto que a consoante glotal nos nomes primitivos pode variar ou não com uma vogal alongada ou ainda com uma vogal breve nos radicais mencionados. Abaixo seguem alguns exemplos de compostos formados com a junção de raiz + termo de classe ou raiz + raiz: 11. RAIZ pa ~ pa ~ pa 2 ‘braço’ ‘ângulo’ ‘meu antebraço’ 12. te ~ te ~ te he ej-tehe ‘perna’ ‘osso’ ‘minha canela’ 1 RAIZ / TERMO DE CLASSE krat NOME COMPOSTO ej-pakrat Esse segmento representa o prefixo de 1ª pessoa do singular junto a verbos que se iniciam com vogal. Como não é possível a realização de sílabas V no Pykobjê, o prefixo pessoal ej- sofre ressilabificação do glide e aférese da primeira vogal, processos descritos em Amado, 2004. 2 Os exemplos 11 e 12 designam nomes inalienáveis, que sempre vêm acompanhados de prefixos pessoais. A mesma variação, ou seja, entre vogal breve ou longa na primeira sílaba, ocorre com as palavras formadas pelo processo de composição. É importante relatar que todos os nomes compostos apresentam acentuação à margem direita, ou seja, todos são oxítonos. Há, contudo, um grupo de palavras que diferenciam a língua Pykobjê das demais línguas Timbira. De fato, analisando-se uma lista de 350 palavras elaborada por professores indígenas de cinco povos Timbira, presentes em um encontro sobre grafia uniformizada, pôde-se constatar que as línguas Ramkokamekrá, Krahô e Apãniekrá apresentam raras palavras em que há alongamento vocálico, ao contrário do que acontece com o Pykobjê, e, em alguns casos, com o Krinkati. Tal fato parece demonstrar uma tendência desta língua de apresentar sílabas pesadas, ainda que as mesmas não portem acento. A seguir alguns exemplos: 13. 14. 15. m kra ku ‘ema’ ‘paca’ ‘piolho’ 16. 17. 18. ro kru po ‘coco’ ‘porco’ ‘campo’ Os exemplos acima constam da referida lista elaborada no encontro de grafia e assinalam casos em que as demais línguas Timbira apresentam vogal breve enquanto no Pykobjê não há variação, havendo sempre alongamento das vogais. Tal alongamento permanece obrigatoriamente quando o monossílabo torna-se componente de uma nova palavra, deixando, contudo, de portar o acento, que se desloca para a última sílaba, seguindo o padrão acentual da língua (Sá, 1999). A seguir alguns exemplos: RAIZ RAIZ / TERMO DE CLASSE NOME COMPOSTO 19. ro pr ropr ‘babaçu’ ‘pé-de-‘ ‘pé-de-babaçu’ ro hu rohu ‘babaçu’ ‘folha, palha’ ‘palha do babaçu’ 20. kru twm krutwm ‘porco’ ‘banha, gordura’ ‘banha de porco’ kru re krure ‘porco’ DIMIN ‘caitetu’ 21. po te pote ‘campo’ AUMENT ‘capim alto, chapada’ po h poh ‘campo’ ‘semente’ ‘milho’ Prosseguindo com a análise dos dados, seguem abaixo exemplos de dissílabos e trissílabos que apresentam alongamento vocálico na penúltima e na antepenúltima sílabas: 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30. 31. 32. 33. 34. 35. 36. Alongamento vocálico na penúltima e na antepenúltima sílaba ‘piranha’ 37. kra.tepr ‘samambaia’ apn 38. tire ‘carrapato’ a.torte ‘mutum’ 39. kokin ‘cotia’ a.tte ‘veado galheiro’ as.tt ‘marimbondo amarelo’ 40. ko.protte ‘marimbondo branco’ ‘lagoa’ 41. kokrat ‘anta’ hepu ‘ninho’ 42. kotoj ‘pato’ hahi 43. kopt ‘guariba’ ka.pote ‘jaó’ ‘garça’ 44. kokuj ‘macaco’ kapre ‘bacaba’ 45. krire ‘tatu-china’ kapir 46. hire ‘aranha’ ka.pukre ‘uiti-da-chapada’ 47. hi.re ‘magro’ ka.pukte ‘uiti-da-mata’ ‘sal’ 48. krire ‘pequeno’ katwa ‘fogo’ 49. kre.re ‘pouco (adj.)’ kh ‘estrela’ 50. no.re ‘não’ (part. negação) ka.tire ‘estrela grande’ ka.tite Dos dados acima, pode-se observar que das 29 palavras arroladas, apenas 4 (cerca de 15%) apresentam padrão acentual diferenciado, tendo o acento recaído na sílaba cuja vogal está alongada, duas dessas, inclusive, formam pares mínimos com palavras cujo acento recai na última sílaba: os exemplos (45) krire e (48) krire e (46) hire e (47) hi.re. Ora, o Pykobjê apresenta um pé métrico dominante à direita (mais de 90% do corpus analisado durante o mestrado contava com esse padrão) e, considerando-se os dados acima, comprova-se que a língua, embora privilegie sílabas pesadas, com mais de uma mora, não é sensível ao peso silábico, ainda que apresente o sistema iâmbico, conforme postula Hayes (1995). Dentre os exemplos acima arrolados, há casos claros de palavras compostas, cujas raízes, contudo, não são encontradas livremente no léxico. Alguns nomes de animais apresentam o sufixo de aumentativo incorporado ao próprio nome, talvez designando o porte do animal, mesmo se tratando de insetos (comparando-se o tamanho de certos insetos com outros) como é o caso dos exemplos 23, 24, 28 e 40, repetidos abaixo: a.torte a.tte ka.pote ko.protte ‘mutum’ ‘veado galheiro’ ‘jaó’ ‘marimbondo branco’ Outros casos envolvem o sufixo de diminutivo, também incorporado ao próprio nome, seguindo a mesma noção de porte do animal, como nos exemplos 38, 45 e 46, repetidos abaixo: tire krire hire ‘carrapato’ ‘tatu-china’ ‘aranha’ Cabe ainda ressaltar que muitos testes com os informantes foram feitos procurando possíveis relações entre palavras que poderiam ser formadas por outros termos de classe, como no caso da sílaba / ka- / dos exemplos 28 e 29 (que designam animais) e dos exemplos de 30 a 32 (que designam frutos), assim como o caso da sílaba / ko- / dos exemplos de 39 a 44 (que designam animais); ambas as sílabas poderiam configurar morfemas que designariam termos de classe. Contudo, nenhuma relação de classificação foi estabelecida. No estudo de Reis e Silva & Salanova (2000) sobre o Mebengokrê, os autores apontam também para uma possível classe de “animais maiores”, nem todos comestíveis, que têm o nome iniciado por /ku/: {kunum} ‘cutia’, {kukrt} ‘anta’, {kukoj} ‘macaco’, {kukej} ‘cobaia’, {kubt} ‘macaco-guariba’ (não-comestível) e {kube} ‘homem branco, bárbaro’ (não-comestível). Há uma possibilidade, portanto, dessa sílaba - / ko- / no Pykobjë e / ku- / no Me bengokrê – ser um prefixo classificador; para tanto, um estudo mais aprofundado sobre o léxico das línguas Jê deve ser feito. À guisa de complementação, voltando ao alongamento vocálico, seguem abaixo dados que, embora em menor número, exemplificam casos de alongamento na última sílaba sobre a qual recai, invariavelmente, o acento. 51. 52. 53. 54. ajo amkr amre jaka Alongamento vocálico na última sílaba ‘anzol’ 55. h-ara ‘seca’ 56. kreru ‘acabado, findo’ 57. komti ‘branco (cor)’ 58. ropkro ‘braço dele’ ‘cará, inhame’ ‘bacuri’ ‘onça pintada’ Com todos esses exemplos citados poder-se-ia concluir que o Gavião Pykobjê, ao contrário das demais línguas do complexo Timbira, prioriza sílabas pesadas tanto em monossílabos quanto em palavras com número maior de sílabas, mesmo que aquelas não sejam as portadoras do acento, sem que o alongamento seja subjacente. Contudo, tomando-se como modelo o estruturalismo de Troubetzkoy (1973), o qual preconiza como primeiro passo para a identificação de unidades distintivas de uma língua a ocorrência de pares mínimos, chega-se a um impasse, tendo-se em vista a existência de pares mínimos contrastando vogais breves e vogais longas: 59. 60. 61. 62. hi ku k tire ‘genitália feminina’ ‘água’ ‘o que reveste’ ‘açaí’ hi ku k tire ‘roupa, pano’ ‘piolho’ ‘pátio’ ‘carrapato’ Tais dados foram exaustivamente testados e todos os informantes foram categóricos em afirmar a distinção entre as palavras mencionadas. Seriam as vogais desses exemplos realmente longas no léxico e as apresentadas nos exemplos anteriores resquícios de um alongamento subjacente que persiste no Pykobjê e que tem desaparecido gradualmente nas outras línguas Timbira? O presente estudo não tem condições de responder a essa questão. Será necessário um estudo comparativo mais aprofundado visando a uma reconstituição do proto-Timbira para que questões como a do alongamento vocálico possam ser melhor compreendidas. RESUMO: Este trabalho visa estabelecer um panorama acerca das ocorrências de alongamento vocálico no Pykobjê, família Jê. Nessa língua, o alongamento ocorre nos nomes – por motivação prosódica, permanecendo em palavras compostas ou derivadas – e nos verbos – por estar condicionado à flexão de tempo ou à posição não-final em orações independentes. PALAVRAS-CHAVE: Línguas indígenas; fonologia; morfologia; derivação; flexão REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALVES, F.C. Aspectos fonológicos do Apãniekrá (Jê). Dissertação de mestrado. São Paulo: FFLCH, USP, 1999. AMADO, R.S. Aspectos morfofonológicos do Gavião-Pykobjê. Tese de doutoramento. São Paulo: FFLCH, USP, 2004. ARAÚJO, L. Aspectos da língua gavião-jê. Tese de doutoramento. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro, 1989. BLEVINS, J. 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