A IMPORTÂNCIA DO PÓS-VENDA NA EMPRESA SECULUS RELÓGIOS Edna Aparecida de Melo Pereira1 Izabella Bueno Fernandes Borges2 RESUMO Este estudo contemplou uma pesquisa qualitativa sobre o pós-venda dentro da organização. O pós-venda é uma ferramenta eficaz na fidelização do cliente e um diferencial significativo para uma empresa moderna. Toda a empresa, independente de tamanho e segmento, deve aplicar o serviço em seu atendimento. O estudo deste artigo foi relevante para entender como a organização pratica o pós-venda para manter seu negócio ativo no mercado. Para alcançar os objetivos propostos pelo trabalho, no que tange à utilização do método qualitativo, foram realizadas entrevistas individuais com funcionários da organização, as quais foram descritas, analisadas e interpretadas. Para continuar se mantendo nesse mercado cada vez mais competitivo e desafiador a Seculus Relógios deverá superar seus desafios e construir resultados, fortalecer a relação com clientes estabelecendo vínculos, o retorno será um cliente fiel e motivado a compra, divulgador da marca e impulsionará o crescimento organizacional. PALAVRAS-CHAVE: Fidelização do cliente. Pós-venda. Padrões de Atendimento. 1 INTRODUÇÃO Segundo o Jornal Tribuna de Petrópolis (2015) com o mercado atual incerto e um cenário econômico desfavorável, tratar o processo de pós-venda como um planejamento traz resultados positivos e rentabilidade para a organização. Em um mercado cada vez mais competitivo, as empresas devem adotar estratégias para obter vantagem competitiva sustentável (HUNT apud PORTER 1989). O objetivo básico do serviço pós-venda é o de assegurar que o cliente obtenha o maior proveito e valor por sua compra, o papel do pós-venda seria, então, o de minimizar o tempo que o cliente fica sem o produto que apresentou um defeito, proporcionando-lhe acessibilidade ao serviço de reparos, disponibilidade de peças de reposição e até, por que não, o oferecimento de um produto substituto enquanto o primeiro estiver sendo reparado (FIGUEIREDO, 2002). 1 Graduanda em Administração pelo Centro Universitário de Belo Horizonte. E-mail: [email protected] 2 Professora orientadora. Mestre em Administração. E-mail: [email protected] 2 Quando é bem realizado, o pós-venda se torna sinônimo da pré-venda em uma próxima negociação, ajuda a abrir portas em oportunidades futuras, pois, na maioria das vezes, o comprador espera que tenha o mesmo tratamento e assistência que recebeu antes da tomada de decisão (RODRIGUES, 2013). As expectativas dos consumidores são formadas por influência de outras pessoas, compras anteriores ou pela própria empresa e seus concorrentes através das informações e promessas em relação ao serviço e produto ofertado (LOVELOCK E WRIGHT 2003). Para Kotler (1998), a satisfação do cliente está diretamente relacionada com a percepção de desempenho de um produto ou serviço na pós-compra, se comparado com as expectativas criadas por ele no momento que antecede a compra. Quanto maior for a satisfação dos clientes, maior será o grau de retenção, se faz necessário entender que a satisfação é uma função de desempenho e expectativas que são percebidos pelo cliente, portanto o atendimento e superação das expectativas dos clientes, resultarão em um estado de satisfação e de encantamento, proporcionando um menor índice de evasão para outras empresas e marcas KOTLER (2012). Só o ato de vender não é garantia de satisfação, há de se lembrar que a competição é enorme e que o cliente sempre tem opção comparável, comprar, para o cliente, é o início de uma experiência, um teste mesmo, será na condição de usuário que comprovará a qualidade prometida do produto e os serviços disponibilizados pela empresa e seus parceiros, daí poderá surgir a verdadeira satisfação, só o ato de adquirir e de possuir não mantém cliente satisfeito (MIYASHITA, 2007). Diante do exposto, o problema de pesquisa do referido trabalho traz a seguinte questão: Qual o estado atual e como podem ser melhorados os serviços de pósvenda da Seculus Relogios, visando satisfazer as necessidades do cliente e manterse competitiva no mercado? 3 O objetivo geral que norteia esse trabalho é analisar as principais ferramentas de pós-vendas utilizadas pela empresa Seculus Relógios para manutenção de sua posição competitiva no mercado. Com a finalidade de viabilizar a proposta expressa pelo objetivo geral, foram definidos os seguintes objetivos específicos: i. Identificar a estrutura de pós-vendas da empresa Seculus Relógios; ii. Avaliar o nível de influencia do pós-venda no consumo de Relógios. iii. Conhecer o que a Seculus entende hoje como pós-venda em seus serviços. iv. Identificar o impacto do pós-venda na organização. v. Analisar se o pós-venda da Seculus é uma ferramenta ativa e mensurada em indicadores. Postas as considerações e propósitos do referido trabalho, o artigo se justifica como forma de contribuir com ferramentas eficientes para o relacionamento com os clientes assim como apresentar uma reflexão de que as estratégias de pós-vendas podem tornar a empresa mais competitiva no mercado em que atua. 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 MARKETING Luzzi (2005), afirma que entender de vendas sem ter conhecimentos básicos de marketing seria o mesmo que entender as condições especiais de algum seguro sem conhecer as suas condições gerais. Um assunto esta relacionado ao outro e o seu perfeito entendimento somente será possível com uma visão global da matéria. As maiores e mais tradicionais empresas que estabeleceram unidades de marketing direto como centros de lucro específicos insistem em que esses centros sejam objeto de planejamento estratégico, como as demais operações, as compensações que podem advir do planejamento estratégico são importantes tanto para o 4 empreendedor quanto para uma empresa gigante, mantida as devidas proporções STONE (2002). Entretanto Kotler (1998), diz que as empresas precisam ir além do posicionamento amplo e apresentar á seu mercado um benefício ou uma razão concreta para a compra. Marketing é muito mais do que comercializar um produto, não é só propaganda, está além de realizar trocas de produtos ou serviços é o desempenho das atividades que dirigem o fluxo de bens e serviços do produtor ao consumidor (American Marketing Association - AMA 1999). Keller (2012) afirma que o turbulento cenário econômico vivenciado pelo mundo na primeira década do século XXI desafiou muitas empresas a prosperar financeiramente e, em alguns momentos, até mesmo a sobreviver. O marketing tem desempenhado um papel fundamental no enfrentamento dos desafios do século XXI uma vez que finanças, operações, contabilidade e outras funções organizacionais não terão sentido se não houver demanda por produtos (bens e serviços) que seja suficiente para que a empresa obtenha lucro, em outras palavras, tem de haver receita para que os resultados aconteçam, é por isso que muitas vezes, observamos o sucesso financeiro de uma empresa dependendo das habilidades e do sucesso das ações do departamento de marketing (KELLER, 2012). Sempre haverá a necessidade de vender, mas o objetivo do marketing é tornar supérfluo o espaço de venda, conhecer e entender o cliente tão bem que o produto ou o serviço possa se adequar a ele e se vender sozinho, afirma um dos principais teóricos da Administração (DRUCKER apud KELLER, 2012). Marketing é a área do conhecimento que engloba todas as atividades concernentes às relações de troca, orientadas para a satisfação dos desejos e necessidades dos consumidores, visando alcançar os objetivos da empresa e considerando o meio ambiente de atuação e o impacto que 5 essas relações causam no bem-estar da sociedade (LAS CASAS, 2006, p.17). Emerson apud Cravens (2007), escritor norte-americano do século XXI acrescenta que os benefícios do marketing são muitos, mas apenas serão alcançados com muito trabalho, discernimento e inspiração, novas regras e práticas estão surgindo, e vivemos uma época animadora para o marketing. A empresa deve definir e avaliar cuidadosamente o mercado-alvo, os requisitos do produto e seus benefícios antes de prosseguir, outros fatores de sucesso são a sinergia entre marketing e tecnologia, qualidade da execução em todas as etapas e atratividade do mercado (COOPER e KLEINSCHMIDT apud PIERCY 2007). O especialista em marketing do Vale do Silicio Godin, Seth (2012) diz “Falhar não e apenas aceitável, é imperativo”. Segundo Cravens (2008), as estratégias empresariais e de marketing estão sendo modificadas e renovadas pelos executivos de muitas empresas que tentam sobreviver e prosperar em um ambiente empresarial cada dia mais complexo e exigente. Ainda segundo Cooper e Kleinschmidt apud Piercy (2007) também disseram que produtos projetados apenas para o mercado interno tendem a apresentar alta taxa de fracasso, pequena participação de mercado e baixo crescimento, em contrapartida, produtos projetados para o mercado mundial – ou, pelo menos, para atender os países vizinhos– obtém lucros significativamente maiores, tanto em casa quanto no exterior. Kotler (2012) diz que a concorrência tem crescido a partir de empresas sediadas nos mercados em desenvolvimento, a China tem exportado carros para a África, o Sudeste Asiático e o Oriente Médio, muitas empresas usam as lições de marketing aplicadas aprendidas nos mercados em desenvolvimento para competir melhor em seus mercados desenvolvidos. 6 A inovação de produtos se tornou uma via de mão dupla entre mercado em desenvolvimento e desenvolvidos, o desafio e pensar criativamente sobre como o marketing pode realizar o anseio da maioria da população mundial por um padrão de vida melhor (KOTLER, 2012). Escolher estratégias de alto desempenho nesse ambiente em constante mudança exige visão, uma lógica estratégica solida e comprometimento, as organizações voltadas para o mercado desenvolvem estratégias empresariais e de marketing coordenadas, executivos de muitas empresas analisam estas mudanças que incluem alteração do foco mercadológico, expansão do escopo do produto, parceria com as organizações, terceirização da produção e modificação da estrutura interna (KOTLER, 2012). Cravens (2007) diz ainda que uma das principais questões do gerenciamento de programas de marketing e decidir como integrar os componentes do mix. As estratégias de produto, distribuição, preço e promoção são moldados em um plano coordenado de ações, cada componente ajuda a influenciar o posicionamento que os compradores dão aos produtos, se as atividades dos componentes desse mix não forem coordenadas, as ações poderão ser conflitantes e recursos poderão ser desperdiçados. As empresas precisam criar uma estratégia de serviços voltada para o cliente que gere receitas e lucros significativos e crescentes, em seguida elas têm de executar essa estratégia de forma a ampliar significativamente a eficiência e aumentar a retenção de clientes a longo prazo (INGLIS, 2002). O preço também desempenha importante papel no posicionamento de um produto ou serviço, a reação do cliente a preços alternativos, ao custo do produto, aos preços da concorrência e a vários fatores de ordem legal e ética, indica a extensão da flexibilidade do gerenciamento para definir preços (CRAVENS, 2007). Segundo David apud Cravens (2007) afirma que as decisões de quem são os compradores alvo e de como posicionar os produtos para cada mercado é o 7 principal componente da estratégia direcionada para o mercado, guiando toda a organização e seus esforços para fornecer valor adicional ao cliente, as estratégias efetivas de identificação e posicionamento de mercado alvo são essenciais para obter e sustentar o desempenho organizacional superior. Porter apud Cravens (2007) ressalta que as características dos setores maduros incluem concorrência intensa pela participação de mercado, ênfase no custo e no serviço, lentidão nos fluxos de novos produtos, concorrência internacional, pressões para atingir lucros e aumento do poder do canal de distribuição das organizações que vinculam fornecedores e produtores aos usuários finais, a decisão sobre como concorrer com sucesso em um produto-mercado maduro e influenciada pela composição do espaço competitivo e pelo nível de diferenciação dos requisitos de valor dos compradores. Inglis (2002) revela que o maior potencial de lucro de uma empresa muitas vezes não é a venda, pode está no pós-vendas, cada vez mais o serviço pós-venda é reconhecido como parte integrante da cadeia de valor, ele cria valor econômico, uma vez que frequentemente representa a melhor oportunidade de maior margem de lucro. De acordo com Body JR apud Cravens (2008) uma questão fundamental no desenvolvimento de uma orientação para o mercado, em toda a organização, é convencer cada funcionário de que a satisfação do cliente e uma responsabilidade compartilhada, dessa forma programas de treinamento são usados para atingir esse objetivo. 2.2 COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR A compreensão do comportamento do consumidor se dá através da análise de suas necessidades e expectativas, cada consumidor é único e possui características próprias, sendo influenciado a comprar através de estímulos variáveis, uma das grandes dificuldades encontradas atualmente pelas empresas é a de entender o 8 consumidor e seu comportamento de compra, ou seja, o que o influencia no processo de decisão e na manutenção dessa postura (JANNER, 2000). De acordo com Pinheiro, (2004), estudar o comportamento do consumidor é de extrema importância, pois para que a estratégia de marketing seja eficaz é preciso conhecer o consumidor, suas características individuais, seu estilo de vida, suas crenças, culturas, reações, posição social entre outros, lembrando que o marketing não apenas vende algo, mas envolve o atendimento das necessidades e desejos dos consumidores. Kotler (1998) acrescenta que o comportamento de um consumidor é também influenciado por vários fatores sociais, como grupos de referência, família e papéis e posições sociais. A cultura é o principal determinante dos desejos de compra do consumidor, pois ao longo de seu desenvolvimento, as pessoas adquirem valores, costumes, preferências e comportamento de seus familiares (KOTLER, 1998). Ações como visitas técnicas, reuniões para o acompanhamento do trabalho ou ligações esporádicas para saber o grau de satisfação com o produto adquirido são sempre bem-vindas, a valorização do cliente deve estar acima de tudo (RODRIGUES, 2013). Segundo Las Casas (2001), para que haja o atendimento do mercado é preciso conhecer o que o consumidor deseja e necessita, sendo assim terá como atender suas exigências, a área do comportamento do consumidor estuda como os indivíduos, grupos e organizações selecionam, compram, usam e dispõem de bens, serviços, ideias ou experiências para satisfazer as suas necessidades e desejos. O "guru" de marketing, Levitt apud Figueiredo, (2002) dizia que "as pessoas compram expectativas, não coisas", o autor defendia que o relacionamento entre consumidor e fornecedor deveria ser caracterizado muito mais por ser duradouro e contínuo do que ficar restrito ao momento da venda. 9 No futuro, prosseguia Levitt, apud Figueiredo, (2002) a entrega, o serviço, a confiabilidade e a qualidade das interações serão muito mais importantes do que o produto e a tecnologia empregada em sua fabricação, se ficar claro que o que o vendedor quer é apenas vender seu produto, nenhum vínculo será estabelecido e provavelmente assistiremos uma relação de rejeição no momento da realização de uma nova compra. Porém esta não é uma tarefa muito simples, pois cada consumidor possui características diferentes e expressam suas necessidades e desejos de forma particular (LAS CASAS, 2001). Segundo Kotler (2012), a avaliação pós-compra acontece no momento em que ocorre a avaliação de desempenho do produto por parte do consumidor, se ao avaliar o produto comprado, o cliente entender que suas expectativas não foram atendidas, ele ficará desapontado, porém se o produto atender as expectativas geradas no momento inicial à compra, o cliente ficará satisfeito e se ocorrer à superação das expectativas o consumidor ficará encantado com a empresa e o produto comprado. Para vender, aplicando-se o conceito tradicional de marketing, precisamos satisfazer aos desejos e necessidades dos consumidores. Para atingir esses objetivos, é indispensável conhecer os consumidores dos mercados alvos visados (COBRA, 2001, p.44). Com a aquisição do produto, os clientes passam a avaliar o resultado da compra que realizaram, e uma das maneiras de identificar o grau de satisfação do cliente consiste em estabelecer um diálogo, ouvir o cliente, para identificar possíveis falhas e aperfeiçoar produtos e serviços (KOTLER, 1998). 10 Deste modo, ao adquirir um produto o consumidor frequentemente vai comparar o seu desempenho diante das expectativas que antecederam a compra, após esta análise fica satisfeito ou não (PINHEIRO, et al, 2004). Assim a importância da atividade de pós-venda, uma estratégia de marketing adotada no momento posterior a venda e que pode ser utilizada como instrumento para estimular a fidelização de clientes (ROSA, 2004). Sendo assim o contato pós venda, tem como um dos objetivos principais a investigação, descobrir se o produto atendeu ou não as expectativas do consumidor, se o mesmo estiver satisfeito, compartilhará suas experiências com outras pessoas, divulgando ainda mais o produto, se não estiver satisfeito, suas observações juntamente com a análise de seu comportamento, serão de extrema importância para melhoria do produto (PINHEIRO et al, 2004). “O pós-venda coloca o cliente dentro da empresa. Todos apreciam um trabalho de continuidade e de resultados” (ROSA, 2004). A satisfação que um produto proporciona não é relacionada apenas ao produto em si, mas também ao pacote de serviços que o acompanha, a função do pós-venda é garantir está satisfação, ajudando a fidelizar o cliente e divulgar a boa reputação da empresa também para outros possíveis compradores (FIGUEIREDO, 2002). Para Moreira (2001), o pós-venda tem que ser um diferencial competitivo, nos dias de hoje as empresas estão cada vez mais buscando como forma de se diferenciar dos seus concorrentes, a preparação, a qualificação e a melhor capacitação de suas equipes de venda, com a finalidade de que elas venham a ser para seus clientes mais do que simples vendedores, ou seja, que possam ser reconhecidas como efetivas consultoras de negócios e de oportunidades de mercado, proporcionando maior giro e rentabilidade para o seu cliente e para a sua empresa. 2.3 DECISÃO DE COMPRA 11 A decisão de compra do consumidor, para Kotler (2000), é influenciada por fatores culturais (cultura, subcultura e classe social), sociais (grupos de referencia, família, papéis e status), pessoais (idade, ciclo de vida, ocupação, circunstancias econômicas, estilo de vida, personalidade e autoimagem) e psicológicos (motivação, percepção, aprendizagem, crenças e atitudes) Desses, os fatores culturais são os mais influentes, por serem o principal determinante do comportamento e dos desejos dos indivíduos, na medida em que vão adquirindo seus valores, percepções, preferencias e de moldam as características de sua família e de outra instituições que o cercaram (KOTLER, 2012). Conforme Kotler (1998), dependendo do tipo de compra, as pessoas variam a sua tomada de decisão quanto ao grau de envolvimento e quanto a diferenciação entre as marcas. Diz ainda que a escolha da marca esta relacionada e ocorre em função da variedade ao invés da insatisfação, nesse tipo de comportamento, o consumidor pode optar por uma marca, mas após o consumo e na próxima compra optar para variar e não necessariamente por insatisfação em relação a primeira (KOTLER, 1998). Uma imagem positiva da empresa nasce a partir de um atendimento bem feito, organizações e profissionais devem ter a consciência de que todo o trabalho realizado em prol do cliente contribui com o crescimento do negócio, atos que beneficiam os compradores são capazes de gerar boas recomendações e isso pode resultar em novas vendas (RODRIGUES, 2013). O atendimento, com certeza, não se encerra no fechamento da venda, ele se perpetua na medida em que o cliente vai usufruir deste produto ou serviço se a empresa o acompanhar (ROSA, 2004). Desta forma, pode-se ponderar que para saber a qualidade ou deficiência de um produto ou serviço, basta perguntar ao cliente, com certeza ele saberá responder e ainda ensinará muito sobre suas demandas (ROSA, 2004). 12 De acordo com Las Casas (2006), o consumidor mudou muito nos anos 90 e continua mudando no novo milênio, sendo que, são três as principais mudanças: maior orientação para o valor; desejo para mais informações; e necessidade maior de ter produtos que satisfaçam suas necessidades. Percebe-se então, a importância de agregar o acompanhamento após a venda como instrumento de fidelização dos clientes, isso por que enquanto a empresa manter seu cliente satisfeito ela com certeza o manterá fiel também (ROSA, 2004). Enfim, as necessidades e os sonhos mudam, os desejos de compra se renovam e o cliente de ontem não é mais o mesmo hoje e nem será parecido com o de daqui alguns anos, mantenha contato, não caia no esquecimento, pesquise a vida, os sonhos, a realidade atual desse cliente e procure atendê-lo dentro da realidade, não empurre um serviço a mais, um produto a mais, você pode ganhar hoje, mas não voltará a ganhar amanhã (SEBRAE/ES, 2005). 3 METODOLOGIA A metodologia utilizada para a elaboração desde trabalho foi baseada em pesquisa bibliográfica de caráter exploratório, complementada com uma pesquisa de campo, de natureza qualitativa. A coleta de dados foi realizada através de entrevista semiestruturada que foi realizada com profissionais da área de pós-vendas, especificamente nos serviços de Call Center e Assistência Técnica. De acordo com Vergara (2010), por sua natureza a investigação exploratória, comporta hipóteses que, todavia, poderão surgir durante ou ao final da pesquisa e é realizada em área na qual há pouco conhecimento acumulado e sistematizado. Richardson (2004, pg.92) tem a seguinte afirmação, que “os estudos que empregam metodologia qualitativa podem descrever a complexidade de determinado problema, analisar a interação de certas variáveis, compreender e classificar processos dinâmicos vividos por grupos sociais”. 13 Foi utilizada entrevista semiestruturada, pois Triviños (1987, pg. 146) ressalta que esse tipo de “entrevista tem como característica questionamentos básicos que são apoiados em teorias e hipóteses que se relacionam ao tema da pesquisa”. O universo de pesquisa de campo foi com trabalhadores da empresa Seculus Relógio na cidade de Belo Horizonte, que inclui pessoas de todos os gêneros e com idades entre 30 a 60 anos, quatro pessoas foram entrevistadas. A forma de abordagem aos entrevistados aconteceu no próprio local de trabalho, em uma sala reservada para a coleta dos dados. Foi explicado sobre o tema e que se tratava de uma pesquisa para desenvolvimento de um trabalho de curso e que não havia necessidade da identificação dos respondentes. Foi gasto pelos respondentes em média 25 minutos para concluir a entrevista. A pesquisa foi direcionada pela autora desse trabalho e construída de forma que fosse possível identificar os principais fatores relacionados aos serviços de fidelização de clientes atual da empresa o que pode interferir no dia a dia e no desenvolvimento da organização. 3.1 UNIDADE DE ANÁLISE Com mais de um quarto de século a Seculus da Amazônia é uma das empresas no Brasil voltada para a fabricação e comercialização de acessórios de moda de uso pessoal. Em 1970 surgiu a Seculus Relógios. O produto era importado da Suíça e revendido para lojas e magazines. Hoje, o portfolio da empresa conta com duas marcas próprias (Seculus e Mondaine), uma licenciada (Speedo) e três distribuídas (Puma, Casio e Guess). Com unidades em quatro capitais brasileiras – Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro, e Manaus -, a companhia é atualmente, uma das maiores empresas no Brasil no segmento de relógios. 14 Com a nova atuação de mercado, a Seculus da Amazônia modificou em 2014 seu posicionamento no mercado, mudando sua missão no qual o relógio deixa de ser protagonista e passa a integrar um papel importante dentro das possibilidades do mundo de acessórios de moda e uso pessoal. Segundo Azevedo (2015) os irmãos Azevedo reuniram suas habilidades empresariais em abril de 1960 para começar um negócio que se tornaria um grupo de empresas de projeção internacional. Eles trilharam um longo trajeto, marcado por tempos de dificuldades e histórias de sucesso, sem nunca desistir do seu empreendedorismo natural. Ainda segundo Azevedo (2010) as origens históricas que ligam a família Azevedo à extração mineral, como o ouro e o diamante, conduziram, naturalmente, à criação de uma fábrica de joias, o que deu suporte ao crescimento e à consolidação de um grupo de empresas, jovens os irmãos Azevedo fincaram as bases para os negócios que fizeram crescer com admirável capacidade criativa, visão de futuro e aprendizado constante. 3.2 CARACTERÍSTICAS DA AMOSTRA Os entrevistados para análise do processo foram os profissionais das áreas da Assistência Técnica de BH a entrevistada foi a líder de atendimento Rosangêla, na área de Serviços o diretor Adriano e a analista Carla responderam a entrevista com clareza e disposição. Por fim a última área, Central de Relacionamento com o Cliente do qual a entrevistada foi a Maria coordenadora do Call Center. Os nomes dos funcionários utilizados na análise de dados foram fictícios. 4 DADOS E ANÁLISE DA PESQUISA Conforme Vergara (2009, p.03) a entrevista é “uma interação verbal, uma conversa, um diálogo, uma troca de significados, um recurso para se produzir conhecimento sobre algo”. Para este estudo foram conduzidas 4 entrevistas com os profissionais 15 da área da Assistência Técnica a entrevistada foi a líder de atendimento Rosangela, o Diretor de Serviços Adriano da Central de Serviços, a coordenadora do Call Center, Maria e a Analista de Serviços Carla, a entrevista foi composta de 7 questões a fim de captar o máximo de dados a respeito da estrutura e funcionamento do pós-venda na organização. 4.1 O PÓS-VENDA NO AMBIENTE SECULUS As perguntas dessa categoria inserem o tema de como a Seculus considera o pósvendas em seus serviços. Tais perguntas buscaram captar como a organização enxerga o pós-venda e em quais setores o mesmo é adotado. O objetivo básico do serviço pós-venda é o de assegurar que o cliente obtenha o maior proveito e valor por sua compra, o papel do pós-venda seria, então, o de minimizar o tempo que o cliente fica sem o produto que apresentou um defeito, proporcionando-lhe acessibilidade ao serviço de reparos, disponibilidade de peças de reposição e até, por que não, o oferecimento de um produto substituto enquanto o primeiro estiver sendo reparado (FIGUEIREDO, 2002). O entrevistado Adriano, do setor de serviços relatou que “[...] todas as operações acontecem de forma concomitante com a venda e após a realização dessa é considerado pós-venda [...]”. Citou como exemplo de pós-venda na Seculus Relógios: O Serviço de assistência técnica, central de relacionamento com o cliente, visual e merchandising com materiais duráveis (expositores e torres) e equipes de promotores de vendas. Existe uma área chamada Serviços, que reúne todas essas atividades dentro da organização. A entrevistada Carla, da esfera de Postos Autorizados, relatou que todos os contatos que o cliente tem com os produtos ou marca após adquiri-los são considerados pósvenda. “Para o lojista que comprou os produtos para revenda o pós-vendas envolve o atendimento telefônico da empresa para solução de qualquer problema (técnico, fiscal, financeiro, etc) ou até mesmo a orientação para utilização dos materiais de exposição dos produtos”, citou Carla Analista de Serviços. Diz ainda que para o 16 consumidor o pós-vendas é mais restrito ao SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor) e às Assistências Técnicas. Carla confirmou ainda que a Seculus possui um departamento específico cuidando do pós-vendas chamada de Área de Serviço, esse departamento engloba a Central de Relacionamento com o Cliente, Visual & Merchandising e Assistência Técnica como informado acima pelo diretor Adriano. Rosana, líder da Assistência Técnica de BH diz que todo serviço prestado depois que o seu produto está em poder do consumidor é considerado pós-venda. Um dos mais atuantes é a Assistência Técnica, tendo também o Call center. A Coordenadora do Call Center Maria, por sua vez, acredita que a partir do momento que a venda é efetivada, inicia- se o processo de pós-venda. Hoje a Seculus tem uma área exclusiva de serviços, dentro desta área estão 5 setores que trabalham com o objetivo de servir e prestar um atendimento de qualidade. A análise dos dados referente ao tema foi transparente e demonstrou o conhecimento de todos em cada área, as quais são a Central de Relacionamento com o Cliente, Visual e Merchandising, Projeto promotor, Assistência técnica e Postos Autorizados de Assistência Técnica. 4.2 INFLUÊNCIA DO PÓS-VENDA Nesta categoria temos a questão da influência do pós-venda no consumo do relógio. O objetivo da pergunta relacionada a esse tema é poder analisar como o pós-venda pode influenciar na venda de relógios. As expectativas dos consumidores são formadas por influência de outras pessoas, compras anteriores ou pela própria empresa e seus concorrentes através das informações e promessas em relação ao serviço e produto ofertado (LOVELOCK; WRIGHT, 2003). 17 A entrevistada Maria citou que o serviço de pós-vendas é quem vai determinar se a marca terá sucesso ou não, pois a boa prestação de serviços fará com que o cliente tenha confiança na marca adquirida e certifique a outros a boa reputação do produto. “O relógio é considerado atualmente um commodity, portanto um pósvendas diferenciado é necessário para se destacá-lo da concorrência e se manter no mercado”. O diretor de serviços Adriano, destacou que a influência do pós-venda está na preservação e promoção do portfólio de marcas. Influencia na satisfação direta dos clientes que representam todos os canais e, especialmente, na satisfação do consumidor final. É claro nessa análise o cuidado e manutenção que a Seculus tem com suas ferramentas de trabalho, objetivando sempre a satisfação final do cliente. A líder de atendimento da Assistência Técnica de BH Rosangela ressaltou que a influência fundamental, garantindo a fidelização do cliente, bem como a segurança de quem compra seus produtos, se tornando através, principalmente da sua excelência em atendimento a marca número 1 em relógios no Brasil. A Analista de Postos Autorizados, acrescentou que hoje no mercado qualquer produto, precisa ter um pós-venda de qualidade por isso, a influência é muito grande. “O cliente tem que estar amparado por estes serviços, tanto para promover a compra no ponto de venda, tanto para recebê-lo em uma assistência no caso reparo após o uso do relógio”. Na visão de Berro (2010) quando a empresa não conhece o cliente e não monitora o atendimento pós-venda e a satisfação, ela perde a chance de corrigir alguma falha no processo, afinal um cliente insatisfeito, conta sua experiência para pelo menos oito pessoas, além de perder o cliente insatisfeito, há a perda de outros que são influenciados negativamente a imagem da empresa. 18 Daí se percebe a influência de fazer a diferença em um serviço de pós-venda. É possível verificar pelos comentários dos entrevistados que a influência do pós-venda na Seculus Relógios está ligada diretamente há um excelente trabalho feito dentro da organização, seja ele voltado para o portfólio das marcas, para um bom atendimento e ou para a resolução de um problema de reparo com agilidade. Consequentemente o resultado se dará na venda do produto final, entende-se que a satisfação nesse caso deverá ser primordial, caso contrario não se ocorre a recompra, perde-se o cliente e outros que se tornam influenciados com tudo isso a empresa ganha uma imagem negativa no mercado. De acordo com Kotler (2012, p. 203), quanto maior for a satisfação dos clientes, maior será o grau de retenção, se faz necessário entender que a satisfação é uma função de desempenho e expectativas que são percebidos pelo cliente, portanto, o atendimento e superação das expectativas dos clientes, resultarão em um estado de satisfação e de encantamento, proporcionando um menor índice de evasão para outras empresas e marcas. 4.3 PÓS-VENDA NAS METAS DA EMPRESA As empresas precisam criar uma estratégia de serviços voltada para o cliente que gere receitas e lucros significativos e crescentes, em seguida elas têm de executar essa estratégia de forma a ampliar significativamente a eficiência e aumentar a retenção de clientes a longo prazo (INGLIS, 2002). O objetivo nessa análise foi buscar entender qual o impacto do pós-venda na meta da empresa, se direta ou indiretamente afeta o processo de vendas. Carla deixou bem claro que o impacto é direto, mas afirmou que se o mesmo não funcionar a meta pode ser atingida. Maria também citou o impacto direto na meta e destacou que sem um serviço de pós-venda de qualidade, a recompra desse mesmo produto se torna mais difícil. O pós-venda tem um impacto direto na lucratividade da empresa, pois para se prestar assistência aos clientes é necessário um grande investimento, mencionou Maria. 19 “Em muitas empresas o pós-venda é visto como uma área geradora de despesas, apenas um centro de custo, mas a visão de mercador entende essa área como geradora de informações para melhoria dos produtos e única capaz de manter um cliente fiel apesar da grande oferta de produtos com mesmas caraterísticas no mercado”, citou Maria. Adriano por sua vez diz que o impacto é positivo e gera segurança para a área comercial promover suas vendas. Os serviços de pós-venda bem executados geram estabilidade na relação comercial e minimizam a resistência ao preço. Pode-se analisar que as metas da organização têm uma ligação direta com o pósvenda e que essa relação é positiva, pois um pós-venda bem feito reflete na lucratividade, no resultado final, trazendo novos clientes e fidelizando os já existentes, é importante que as organizações acreditem no pós-venda como um elemento fundamental e que um retorno satisfatório para o cliente gera lucros e rentabilidade para toda e qualquer empresa. Quando é bem realizado, o pós-venda se torna sinônimo da pré-venda em uma próxima negociação. Esse pensamento ajuda a abrir portas em oportunidades futuras, pois, na maioria das vezes, o comprador espera que tenha o mesmo tratamento e assistência que recebeu antes da tomada de decisão (RODRIGUES, 2013). 4.4 FIDELIZAÇÃO DO CLIENTE É importante agregar o acompanhamento após a venda como instrumento de fidelização dos clientes, isso por que enquanto a empresa mantiver seu cliente satisfeito ela com certeza o manterá fiel também (ROSA, 2004). O próximo questionamento obtido na entrevista foi o da relação do pós-venda com a fidelização do cliente, um importante tema pois nem toda organização é voltada para a satisfação do cliente e sua fidelização, características principais do pós-venda. 20 “Um cliente conquistado é um dos maiores patrimônios de uma empresa” (Las Casas, 1992 pag.12). Carla, analista de postos autorizados afirma assim como Maria, coordenadora do Call center que existe uma ligação direta quanto a essa fidelização, pois o cliente que se depara com um atendimento de excelência e é surpreendido pela forma como o caso é solucionado, com certeza volta a fazer negócios com a empresa. Maria relata ainda que o consumidor, ao adquirir um produto, e esse apresentar defeitos, a satisfação inicial da compra é perdida. Ao contatar o Serviço de Atendimento ao Cliente, responsável pelo produto, a confiança do cliente pelo produto/marca será testada, pois vai depender completamente do atendimento prestado se o cliente continuará adquirindo produtos desta mesma empresa. “Clientes que nunca tiveram problemas com o produto nem sempre são tão fiéis como clientes que foram bem atendidos pelo pós-venda de uma empresa. Solucionar de forma ágil e eficiente um problema gera mais confiança que a compra de um produto que nunca deu problema”, afirma Maria. De acordo com Moreira (2001), mais importante que a venda, o necessário é encantar o consumidor, tornando-o fiel a sua marca, produtos e serviços, aumentando assim a possibilidade de recompra, impedindo que ele vá até seu concorrente. É com essa finalidade que as empresas estão cada vez mais investindo no pós-venda. Já na entrevista de Adriano, o diretor, diz algo bem interessante, nem sempre o pósvenda está ligado a fidelização do cliente, ele destaca que um cliente satisfeito não significa que será fiel. “O pior, se ele está insatisfeito, não nos dará tampouco uma única recompra. Pela competitividade de hoje, mesmo sabendo do alto grau de infidelidade dos clientes, precisamos focar um nível de serviço que provoque recompras”. A análise de dados para esse questionamento está voltada em provocar recompras, estimular a satisfação do cliente a ponto de transformar o mesmo em um fiel consumidor como alertou o Diretor de Serviços. Fazer com que um cliente se torne 21 fiel é gradativo e pode demandar um certo tempo, mas deixar que o mesmo se transforme em um cliente insatisfeito pode ser rápido demais, seja por uma falha na entrega ou um pensamento negativo quanto aquela marca ou produto, enfim, manter o cliente é uma grande responsabilidade para as organizações, amparadas a um pós-venda que traga bons resultados é o caminho afirma o Diretor de Serviços Adriano. 4.5 INDICADORES Inglis (2002), revela que o maior potencial de lucro de uma empresa muitas vezes não é a venda, pode estar no pós-vendas, cada vez mais o serviço pós-venda é reconhecido como parte integrante da cadeia de valor. Ele cria valor econômico, uma vez que frequentemente representa a melhor oportunidade de maior margem de lucro. Tendo em vista a citação acima, se destaca a importância de avaliar se o pós-venda da empresa Seculus Relogios é uma ferramenta mensurada em indicadores, para então buscar melhorias, comparações e lucratividade. Os entrevistados em unanimidade disseram que sim, todos os setores da gerência nacional de serviços hoje têm os resultados pautados em metas e indicadores, “pois não se melhora o que não se mede”, afirma o Diretor de Serviços Adriano. Assim todas as áreas de serviço são geridas com indicadores de desempenho, sustentados por 3 fundamentos: atendimento, padrões e vigilância. Todos os setores são mensurados em indicadores, de acordo com Maria. As assistências técnicas controlam os tempos médios de realização de cada etapa do serviço técnico, os custos com peças de reposição, a produtividade dos técnicos, o volume de trocas de produtos, os gastos com correios, o volume de trocas de produtos, faturamento de cada Assistência Técnica, volume de ações de PROCON (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor) por cada unidade e nível de satisfação do cliente. 22 A Central de Relacionamento monitora o volume de ligações perdidas, a quantidades de e-mails respondidos dentro do prazo de 24h, o volume de ligações transferidas para outras áreas, a produtividade por atendente e a reputação no site “Reclame Aqui”. Já os profissionais de Visual & Merchandising controlam o cumprimento da programação de visitas dos promotores, a garantia de melhor posicionamento dos produtos nas vitrines dos lojistas, o orçamento de materiais de Ponto de Venda (PDV) duráveis, o envio de materiais duráveis de PDV, o volume de clientes atendidos pelos materiais. Para Kotler (2012), caso a empresa não monitore a satisfação de seus clientes com estratégias de pós-venda, perde a chance de entender como melhorar seus processos e recuperar um cliente insatisfeito. Uma das fases importante de toda essa análise é a mensuração dos indicadores, essa é a maneira que a Seculus tem para monitorar o retorno do que tem feito. Quanto a reclamações o Procon ((Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor) e Reclame aqui são acompanhados, o tempo médio de reparos e a quantidade dos mesmos também são analisados, assim como o volume de trocas de produtos seja eles por peças com defeitos ou peças trocadas enviadas ao cliente, o ponto de venda também e fator importante para efetuar a venda final ao cliente esse também é acompanhado por indicadores, o volume de clientes atendidos e o cumprimento das visitas dos promotores ajudam a garantir uma melhor visualização do acessório promovendo assim a venda e a recompra. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS E SUGESTÕES Conclui-se que para alcançar um pós-venda de qualidade, de retornos favoráveis para a organização e que atraia o cliente final se deve desenvolver um processo que não consista somente em vender, mas sim em técnicas importantes com a capacidade de ampliar as possibilidades de uma fase de troca para uma fase de 23 relacionamentos, aproveitando a oportunidade de uma venda para fidelizar esse que pode ser um grande propagador da sua marca, o cliente. Diante do exposto no decorrer desse artigo, foi possível responder ao problema de pesquisa que se refere qual o estado atual da organização e como podem ser melhorados os serviços de pós-venda da Seculus Relogios, visando satisfazer as necessidades do cliente e manter-se competitiva no mercado? O estado atual da organização está voltado para o cliente que precisou de uma solicitação de serviço na Assistência Técnica e teve seu reparo concluído com agilidade ou aquele que entrou em contato no Call Center e teve sua dúvida esclarecida com clareza e atenção e até mesmo a cautela na separação e embalagem ao enviar um produto ao consumidor final e esse não ser surpreendido com uma peça errada, ocasionando assim retrabalho, perda de tempo e insatisfação do mesmo. Antônio Augusto, Diretor de serviços na Seculus Relógios ressalta que uma sugestão para a organização continuar se mantendo nesse mercado cada vez mais competitivo e desafiador é conseguir estabelecer e sustentar altos padrões de atendimento, conhecendo bem quais atributos seus clientes mais valorizam, assim ela estará automaticamente orientada para o mercado, estará voltada para fora, será mais competitiva, mais lucrativa e mais longeva. Outra sugestão é trabalhar ainda mais de forma inovadora e cuidadosa tanto com seus produtos quanto com sua marca perante o cliente final, se dedicar a levar a marca Seculus de uma forma que ela desperte no consumidor significado de confiança, excelência e qualidade diante disso se conquistará o reconhecimento que a organização tanto busca em sua visão, que é ser referência nacional na gestão de acessórios de moda. Superando desafios e construindo resultados se fortalece a relação com clientes, estabelece vínculos e o retorno é um cliente fiel e motivado a compra é divulgador da marca e impulsionará o crescimento organizacional. 24 REFERÊNCIAS AZEVEDO, Arthur. Historia Seculus Relogios. Disponível em: http://www.seculus.com.br/historia acesso dia 10 de Julho de 2015. BERRO, Diego. Atendimento pós-venda: gestão estratégica da excelência - 2010. Disponível em: http://www.administradores.com.br. Acesso em: 01 de outubro de 2015. CAMPI, Marcio Elídio. Pós venda como diferencial competitivo. Disponível em: http://www.administradores.com.br/artigos/marketing/pos-venda-como-diferencialcompetitivo/47140/ Acesso em: 29 set. 2015. COBRA, Marcos. Vendas: como ampliar seu negócio. 3.ed.São Paulo: Marcos Cobra, 2001. CRAVENS, David. Marketing Estratégico, 8ed; São Paulo, McGraw-Hill, 2007. FIGUEIREDO, Kleber. A logística do pós-venda. Revista Tecnologistica, 2002. INGLIS, P.F. O Lucro está no pós-venda. HSM Management, n.32, maio junho 2002. JANNER, Liliane. A utilização do serviço de pós-venda como estratégia de fidelização de clientes. VI CONVIBRA – (2000). KELLER Kevin. Administração de Marketing, 14ed. São Paulo, Pearson Education do Brasil, 2012. KOTLER, Philip. Administração de Marketing, 14ed. São Paulo, Pearson Education do Brasil, 2012. KOTLER, Philip. Administração de Marketing: análise, planejamento e controle. 5.ed. São Paulo: Atlas, 1998. LAS CASAS, Alexandre Luzzi. Marketing: Conceitos, exercícios, casos. 5.ed. São Paulo: Atlas, 2001. 25 LAS CASAS, Alexandre Luzzi. Qualidade total em serviços. São Paulo: Editora Atlas S.A, 1992. LAS CASAS, Alexandre Luzzi. Administração de marketing: conceitos, planejamento e aplicações à realidade brasileira. São Paulo: Atlas, 2006. LOVELOCK, Christopher, WRIGHT, Lauren. Serviços: Marketing e Gestão. 1. ed. São Paulo. Saraiva, 2003. LUZZI, Alexandre. Administração de Vendas, 8ed. São Paulo. Atlas, 2005. MIYASHITA, M.. A importância do pós-venda. http:// mundodomarketing.com.br/artigos/marcelo-miyashita/1353/aimportancia-do-posvenda.html. Acesso em 29 de set. de 2015. MOREIRA, Júlio César Tavares. Administração de vendas. São Paulo: Saraiva, 2001. 306 p. PIERCY, Nigel F. Marketing Estratégico, 8ed; São Paulo, McGraw-Hill, 2007. PINHEIRO, Roberto Meireles; et al. Comportamento do consumidor e pesquisa de mercado. Rio de Janeiro: FGV, 2004. PORTER, M. E. Vantagem competitiva: criando e sustentando um desempenho superior. Rio de Janeiro: Campus, 1989. RICHARDSON, R. J. (2004). Metodologia da pesquisa aplicável às ciências sociais. In: Beuren, Ilse Maria (org). Como elaborar trabalhos monográficos em contabilidade: teoria e prática. 2. ed. São Paulo: Atlas. RODRIGUES, Mário. Como deve ser um pós-venda impecável. Revista EXAME, 2013. ROSA, Silvana Goulart Machado. Encantando o cliente. 4.ed. Porto Alegre: SEBRAE/RS, 2004. SEBRAE/ES Atendimento ao cliente e pós-venda / SEBRAE/ES. Vitória, 2005. 26 SEBRAE/SP. A importância do pós-venda. Disponível em: <> Acesso em: 05 set. 2015. STONE, Bob. Marketing Direto, 4ed; São Paulo, Nobel, 2002. TRIVIÑOS, A. N. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas, 1987. VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. São Paulo: Atlas, 1997, Cap. 4: Começando a definir a metodologia. VERGARA, Sylvia Constant. Métodos de coleta de dados no campo. São Paulo, Atlas 2009. 27 APÊNDICE PESQUISA DE CARÁTER EXPLORATÓRIO O que a Seculus considera como pós-vendas em seus serviços? Qual a influência do pós-vendas no consumo de Relógios? Qual o impacto do pós-vendas na meta da empresa? O pós-venda está relacionado diretamente a fidelização do cliente? Porque? Quais setores da empresa estão ligados ao pós-vendas? Porque o pós-vendas da empresa é uma ferramenta ativa e mensurada em indicadores?