ISSN 2318-2903 Rio de Janeiro v. 3, n. 1, p. 23-33, jan./jun. 2015 23 AS DIFICULDADES DO PSICÓLOGO NO ATENDIMENTO À PESSOA COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA Jonas F. Santos Estudante do Curso de Graduação em Psicologia pelo Centro Universitário Augusto Motta (UNISUAM), Rio de Janeiro, RJ, Brasil [email protected] Monique Ribeiro de Assis Doutorado em Educação Física pela Universidade Gama Filho (UGF), Rio de Janeiro, RJ, Brasil Professora do Curso de Graduação de Psicologia do Centro Universitário Augusto Motta (UNISUAM), Rio de Janeiro, RJ, Brasil [email protected] RESUMO O presente estudo busca identificar possíveis dificuldades para o atendimento psicológico à pessoa com deficiência auditiva, levando em consideração que pessoas com surdez são excluídas do atendimento clínico psicológico, devido à falta de profissionais qualificados para este público específico. Participaram do estudo seis psicólogos com diferentes abordagens. A coleta de dados foi realizada por meio de um roteiro de entrevistas semiestruturado, e a análise dos dados foi feita a partir da análise do discurso. Concluiu-se que há quatro categorias que emergiram dos discursos, são elas: Profissionais desqualificados; desinteresse na qualificação devido ao tempo; déficit na formação acadêmica do psicólogo na graduação; e desconhecimento de uma rede de atendimento. Palavras-chave: Acessibilidade. Pessoa com deficiência auditiva. Psicologia. THE DIFFICULTIES OF THE PSYCHOLOGIST TO ACCESSIBILITY IN POOR CALL AUDIO ABSTRACT This study seeks to identify possible difficulties for psychological care to the hearing impaired, considering that deaf people are excluded from the psychological clinical care due to lack of qualified professionals for this specific audience. The study included 6 psychologists with different approaches. Data collection was performed using a script by semi-structured interviews. Data analysis was made from the discourse analysis. It was concluded into four categories that emerged from the discourse, they are: unskilled workers; disinterest in qualifying because of the time; deficit in academic training of psychologists at graduation lack of an assistance network. Keywords: Accessibility. Hearing impaired. Psychology. ISSN 2318-2903 Rio de Janeiro v. 3, n. 1, p. 23-33, jan./jun. 2015 24 LAS DIFICULTADES DEL PSICÓLOGO ACCESIBILIDAD EN AUDIO DE LLAMADAS POBRES RESUMEN Este estudio busca identificar las posibles dificultades para la atención psicológica a personas con discapacidad auditiva, teniendo en cuenta que las personas sordas están excluidos de la atención clínica psicológica debido a la falta de profesionales cualificados para este público específico. El estudio incluyó a 6 psicólogos con diferentes enfoques. La recolección de datos se realizó a través de un guión de entrevistas semi-estructuradas. El análisis de datos se realizó a partir del análisis del discurso. Se concluyó en cuatro categorías que emergieron de los discursos, que son: los trabajadores no calificados; desinterés en la calificación debido al clima; déficit en la formación académica de los psicólogos de la graduación, la falta de una red de servicios. Palabras clave: Accesibilidad. Problemas de audición. Psicología. 1 INTRODUÇÃO Percebe-se a relevância da qualificação do profissional no uso da linguagem brasileira de sinais (LIBRAS) para os deficientes auditivos; comparando os dados dos dois últimos censos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2010 havia 4.685.655 de pessoas residentes no Brasil que apresentavam alguma dificuldade permanente de ouvir; já no Censo de 2010 há um aumento significativo no número de pessoas, visto que 9.722.163 declararam possuir alguma deficiência auditiva. Ao falar sobre as transformações na psicologia no contexto brasileiro e o profissional psicólogo, deve-se levar em consideração as transformações e as necessidades que surgem no âmbito profissional, como, por exemplo, o atendimento às pessoas com deficiência auditiva. O psicólogo não deve ser um profissional limitado a técnicas a serem aplicadas. Os cursos devem introduzi-lo na pesquisa, e a formação deve desenvolver a capacidade de problematizar e buscar soluções (MALUF, 1994 apud CATTALINI; FORNAZARI, 2007). Sendo assim, aprender Libras é adaptar-se às modalidades de acolhimento psicológico, promovendo acesso ao cuidado de saúde e reduzindo barreiras comunicativas, favorecendo a inclusão social desses indivíduos. Bisol e Perb (2010) questionam que a medicina e a psicologia possuem um papel importante em definir o que é ISSN 2318-2903 Rio de Janeiro v. 3, n. 1, p. 23-33, jan./jun. 2015 25 normalidade e patologia, as pessoas surdas então possuem um desvio da normalidade, são consideradas deficientes e, portanto, com baixa capacidade de comunicação. Será que isso impediria um tratamento psicológico? A grande maioria dos surdos não possui ou nunca teve acesso aos serviços psicológicos, seja por condições financeiras, ou unicamente porque o Sistema Único de Saúde precariamente oferece este tipo de atendimento. A oferta é precária, sem profissionais capacitados para essa especialidade, pois raros são os psicólogos que têm interesse por esse novo desafio de aprendizagem da língua de sinais, mesmo sendo indispensável ao trabalho terapêutico com os surdos (GONÇALVES, 2011). Conforme o Código de Ética Profissional do Psicólogo (CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, 2014), ele deverá atuar com responsabilidade, por meio do contínuo aprimoramento profissional, contribuindo para o desenvolvimento da psicologia como campo científico de conhecimento e de prática. E isto excluiria o surdo? Por muitos psicólogos não possuírem habilidades com a língua de sinais, acabam utilizando o intérprete. Contudo, Piret (2007) afirma que o intérprete, por não possuir uma formação técnica de como se familiarizar com o mundo das formações do inconsciente, os fragmentos do discurso, os relatos e as situações expostas na psicoterapia, pode afetar suas condições psíquicas, dependendo da sua história de vida e da sua vivência pessoal, já que a palavra do paciente só será traduzida para o terapeuta via o inconsciente desse intérprete. Com isso, pode acabar comprometendo o contrato terapêutico entre terapeuta/paciente, bem como o sigilo profissional do psicólogo, que deve ser cumprido além do respeito ao indivíduo, aos direitos fundamentais à igualdade, integridade, eliminando quaisquer formas de negligência. A Lei nº 10.098, que fala da acessibilidade como sendo a possibilidade e condição de alcance para a utilização, com segurança e autonomia, dos espaços mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos transportes e dos sistemas e meios de comunicação, por pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida, refere-se a dois aspectos, que embora tenham características distintas, estão sujeitos a problemas semelhantes, no que diz respeito à existência de barreiras que são interpostas às pessoas com necessidades especiais: o espaço físico e o espaço digital (TAVARES FILHO et al., 2002). ISSN 2318-2903 Rio de Janeiro v. 3, n. 1, p. 23-33, jan./jun. 2015 26 Assim, é necessário reconhecer a diferença cultural do povo surdo, e perceber a cultura por meio do reconhecimento de suas diferentes identidades, histórias, subjetividades, línguas, a valorização de suas formas de viver e de se relacionar, de modo a retirar essas pessoas da invisibilidade/exclusão (STROBEL, 2008). Portanto, tornase de grande relevância este estudo, pois evidencia-se uma carência significativa de profissionais capacitados em LIBRAS para o atendimento deste público. Deste modo, o presente artigo buscou investigar possíveis dificuldades que os profissionais da área de psicologia encontram para atenderem na clínica pessoas com deficiência auditiva. 2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS A amostra foi constituída por conveniência a partir das relações do pesquisador e indicações que surgiram ao longo da coleta de dados. Participaram da pesquisa seis profissionais de psicologia, sendo cinco do sexo feminino e um masculino, em suas distintas abordagens de intervenção psicoterapêutica: duas com orientação Reichiana, três com orientação em Gestalt terapia e uma psicóloga Terapeuta Cognitivo Comportamental (TCC), que atua no contexto hospitalar. Cada participante foi esclarecido a respeito dos objetivos e sobre o caráter sigiloso e voluntário da pesquisa. Após a explicação minuciosa, os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Seus nomes foram omitidos para assegurar o sigilo e o caráter confidencial da pesquisa. Para a coleta de dados foram realizadas seis entrevistas por meio de um roteiro semiestruturado. Os dados foram interpretados a partir do método de Análise do Discurso proposto por Orlandi (2001). 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO A surdez pode não ser algo perceptível aos olhos da sociedade, como já mencionado anteriormente, porém, de acordo com o último censo (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2010), tem-se um número de quase 10 milhões de pessoas surdas parcial ou total no Brasil. Deste modo, no âmbito psicoterapêutico percebese que existem limitações para que o surdo tenha acesso ISSN 2318-2903 Rio de Janeiro v. 3, n. 1, p. 23-33, jan./jun. 2015 27 à psicoterapia por falta de profissionais qualificados para atendimento a este público. Este estudo procurou compreender este fenômeno e foi a campo para investigar se no fazer profissional dos psicólogos a questão do tratamento para deficientes auditivos é tema de alguma ação ou reflexão. A partir da análise dos resultados emergiram quatro categorias que serão discutidas a seguir: Profissionais desqualificados; desinteresse na qualificação devido ao tempo; déficit na formação acadêmica do psicólogo na graduação, desconhecimento de uma rede de atendimento. Segundo Orlandi (2001), todo discurso se dá em um momento histórico e tem uma direção política. Para a autora, interpretar um discurso é dar um mergulho no simbólico e apreender alguns sentidos que extrapolam outras possibilidades de interpretação menos automatizadas. Por meio de algumas categorias que despontaram dos discursos, novos significados emergiram. Analisando as categorias a seguir, pode-se refletir mais profundamente sobre a temática proposta pelo estudo. 3.1 Profissionais pouco especializados Os profissionais entrevistados desconhecem, apesar de tantos anos de profissão, noções básicas relativas ao atendimento pessoas com deficiência auditiva. As falas a seguir demonstram esse grau de despreparo: “Acho que deveria ter um aperfeiçoamento com mais divulgação, onde os profissionais pudessem despertar o interesse nesta área”. (Psicóloga, 45 anos, Reichiana). “Importantíssimo qualquer coisa que crie integração com o terapeuta e o paciente, pois as pós-graduações e cursos de aperfeiçoamento em psicologia não nos capacitam para o atendimento básico ao surdo”. (Psicóloga, 34 anos, Gestalt). “Seria extremamente importante se tivéssemos a apresentação de uma disciplina que nos capacite atender este público, acabamos não tendo acesso e conhecimento que este tipo de trabalho possível”. (Psicólogo, 29 anos, Gestalt). Estudos realizados em outras áreas da saúde (IANNI; PEREIRA, 2009) também apontam para esta tendência. As autoras revelam ainda que há um déficit no acesso da comunidade surda à rede básica de saúde, em que além ISSN 2318-2903 Rio de Janeiro v. 3, n. 1, p. 23-33, jan./jun. 2015 28 de haver a falta de capacitação dos funcionários para o atendimento dessa população, há ausência de intérpretes que os auxiliem nesse processo de comunicação. Percebe-se que não só na psicologia, mas em outras áreas da saúde, existem profissionais desqualificados para o atendimento de pessoas com deficiência auditiva. Contudo, apesar desse despreparo, existem diversas iniciativas em variados setores de saúde da sociedade Brasileira, inclusive do próprio campo psicológico (VASCONCELLOS, 2011). 3.2 Desinteresse na qualificação Outra questão que surgiu foi relativa à desmotivação dos profissionais em se especializar no estudo de LIBRAS. Nem as universidades, nem as instituições, nem o mercado, nem o governo incentivam tal estudo, fazendo com que a prática profissional com estes indivíduos fique a critério de cada um. “Falta um olhar com mais carinho para este tipo de deficiência, o tempo para se capacitar é algo que dificulta, realmente o que falta é o tempo, na faculdade deveríamos ser mais inseridos de maneira impactante sobre este público e ter um olhar mais carinhoso”. (Psicólogo, 29 anos, Gestalt). “Não me qualifiquei nesta área por falta de oportunidade de ter contato, nos motivamos quando temos um desafio pela frente, como não aconteceu de ter esse contato então nunca tive interesse. Talvez falte mais conscientização e divulgação para todos os portadores de deficiência e a necessidade que eles demandam de atendimento qualificado”. (Psicóloga, 45 anos, Reichiana). “Já tenho 69 anos de idade, 36 anos de carreira, se fosse um poucos anos atrás eu até pensaria, mas hoje não tenho objetivo a este tipo de atendimento. E minha formação é toda voltada para sexualidade”. (Psicóloga, 69 anos, TCC). Chaveiro, Barbosa e Porto (2008), em extensa revisão de literatura, pontuaram a ineficácia da comunicação entre governo e profissionais da saúde e profissionais da saúde com pessoas com deficiência auditiva. Parece haver uma negligência por parte de todos os setores. Este estudo demonstra uma necessidade de desenvolvimento de uma comunicação eficiente em todos os setores da saúde, independente da deficiência. ISSN 2318-2903 Rio de Janeiro v. 3, n. 1, p. 23-33, jan./jun. 2015 29 3.3 Déficit na formação acadêmica do psicólogo na graduação A graduação em psicologia, muitas vezes com currículos engessados, não inclui em seus currículos formas alternativas de cuidado. O profissional se forma sem dar conta de atendimentos que fogem a um padrão já abarcado pela ciência e pelas tecnologias atuais. Novidades que possam surgir no campo da psicologia são deixadas de lado, diminuindo a abrangência ao atendimento: “Eu teria total dificuldade em atender pessoas com surdez por não ter especialização, e a única forma que eu poderia tentar fazer o acolhimento seria tentando fazer leitura labial”. (Psicóloga, 34 anos, Gestalt). “Eu poderia fazer apenas o acolhimento, pois não tenho nenhum conhecimento nesta linguagem e não teria como fazer um acompanhamento terapêutico, tentaria iniciar o diálogo através de escrita, mas o encaminharia para um profissional qualificado e também confesso que desconheço algum psicólogo que faça este atendimento”. (Psicóloga, 50 anos, Reichiana). “A comunicação seria a maior dificuldade, no máximo realizaria um acolhimento e sairia em busca de um profissional que pudesse atender com qualidade, e nossa finalidade é ajudar. Se não posso ajudá-la devo encaminhá-la para que possa ser ajudada. Devemos trabalhar dentro dos nossos limites”. (Psicóloga, 45 anos, Reichiana). Marques, Barroco e Silva (2013) revelam como é possível imaginarmos quanto prejuízo a falta da linguagem verbal acarreta ao desenvolvimento social, intelectual e emocional do indivíduo. Estas pessoas carregam este déficit por todos os segmentos da educação e depois da assistência à saúde, uma vez que, em nenhum momento, este quadro pode ser revertido. Assim, percebe-se a necessidade das universidades e dos profissionais da saúde trabalhar para preencher essa lacuna e contribuir para o desenvolvimento da comunidade surda. 3.4 Indicações para tratamento Não só os profissionais se sentem incapacitados para atender como também desconhecem profissionais qualificados e serviços de saúde os quais os pacientes que tenham a deficiência poderiam ser indicados como possibilidade de tratamento. Este desconhecimento faz com ISSN 2318-2903 Rio de Janeiro v. 3, n. 1, p. 23-33, jan./jun. 2015 30 que cada vez mais pessoas com surdez fiquem à margem da sociedade, impossibilitadas de absorver qualquer código de comunicação: “Não saberia para quem encaminhar e dar um atendimento adequado”. (Psicóloga, 50 anos, Reichiana). “Desconheço completamente algum profissional que faça este tipo de atendimento”. (Psicólogo, 29 anos, Gestalt). “Eu iria realizar uma pesquisa para descobrir quem poderia atender este paciente, pois desconheço e nunca ouvi falar de alguém que o faça”. (Psicóloga, 45 anos, Reichiana). “Não saberia para quem encaminhar, perguntaria entre meus amigos profissionais se eles conhecem profissionais da área de psicologia que façam este atendimento”. (Psicóloga, 34 anos, Gestalt). As pessoas com necessidades especiais, na Antiguidade, eram abandonadas ao relento até a morte (ARANHA, 1980; PESSOTI, 1984 apud IANNE, 2009). Na Idade Média, as pessoas com deficiência eram seres sem alma. Na modernidade, com a necessidade de força para o trabalho, os deficientes eram tidos como incapazes. Somente depois de meados do século XX passou-se a considerar a integração e inclusão das minorias em resposta ao pósguerra. Atualmente, após quase meio século de políticas públicas contra a exclusão social, ainda nos deparamos com populações invisíveis no que tange à atuação e abrangência da psicologia. 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS A conclusão se refere aos mesmos temas: desinteresse, descaso, negligência e anacronismo. De acordo com o estudo, foi identificado o desinteresse dos psicólogos pelo tempo que demanda o curso, falta de incentivo para o aprendizado, conscientização por parte das instituições como governo, universidades, e até mesmo da mídia em despertar o interesse pela inclusão da pessoa com deficiência. Há negligências por parte do governo e das instituições de saúde, como prestadores de serviços públicos, que fazem vista grossa na inclusão de profissionais capacitados para auxiliar no manejo do atendimento. O código de ética, por ISSN 2318-2903 Rio de Janeiro v. 3, n. 1, p. 23-33, jan./jun. 2015 31 sua vez, diz que o profissional de psicologia não deve fazer distinção de seu paciente ou cliente, podendo apenas não dar prosseguimento ao atendimento por limitações. Mas no que tange ao atendimento ao surdo, as graduações de psicologia deveriam ter como disciplinas obrigatórias a aprendizagem de LIBRAS, assim como existem em outros cursos de formação, como a pedagogia e a educação física. Desta forma, despertaria o interesse dos acadêmicos na formação e qualificação para atender pessoas com deficiência auditiva. A falta de renovação dos currículos universitários e o descaso com que todos esses profissionais lidam com a questão da deficiência faz com que, cada vez mais, os surdos fiquem excluídos da sociedade. Assim, a dificuldade do psicólogo no atendimento ao surdo sem dúvida vem somar ao campo pesquisado. Deste modo, este artigo é apenas uma iniciativa a dar visibilidade ao que já existe e para transpor as barreiras, quanto para se contrapor ao recrudescimento da exclusão social. Por fim, esperamos que este estudo possa contribuir para novas pesquisas e discussões que permitirão reconhecer a importância da qualificação do psicólogo no atendimento do portador de deficiência auditiva. REFERÊNCIAS BISOL, C. S.; PERB, T. M. Discursos sobre a surdez: deficiência, diferença, singularidade e construção de sentido. Psicologia: Teoria e pesquisa, São Paulo, v. 26, n. 1, p. 07-13, 2010. CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA (Brasil). Código de ética profissional do profissional psicólogo. 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