PSICOLOGIA SOCIAL13mai

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PSICOLOGIA SOCIAL
A área mais utilizada como base de trabalho dos psicólogos sociais é a psicologia sóciohistórica, que fundamenta-se nos estudos do psicólogo russo Lev Vigotsky, autor do livro “a
formação social da mente”. A sócio-histórica, também chamada de sócio-cultural, parte de uma
concepção diferente de homem e de mundo. A psicologia sócio-histórica compreende que o
comportamento do homem e sua personalidade são amplamente influenciados pelo contexto
social e histórico que o indivíduo está inserido.
Área de conhecimento – Estudo do comportamento do sujeito no contexto social,
relacionando-se com as outras pessoas. Para Silvia Lane a Psicologia Social é um conhecimento,
uma área da psicologia que estuda a dimensão subjetiva dos fenômenos sociais: preconceitos,
violência, relações de gênero, exclusão/inclusão, comportamento político, comunicação. A
Antropologia Social faz referência às Patologias Sociais, incluindo os problemas sociais
relacionados ao tráfico de drogas, prostituição, mendicância, gravidez precoce, população em
situação de rua, além dos racismos, preconceitos e injustiças.
De todo modo, todas essas situações são fenômenos sociais, são objetos de estudo e
atuação da Psicologia Social, especialmente no enfoque da Psicologia Social contemporânea que
dedica-se ao estudo da dimensão subjetiva e psicológica dos fenômenos sociais. A “exclusão”
por exemplo, para que ela possa existir na sociedade, ela primeiramente existe como um registro
dos sujeitos, de alguma forma. É a isto que chamamos dimensão subjetiva, compondo o
fenômeno social.
Área de Atuação – É a aplicação desse conhecimento, e os psicólogos atuam em todos os
lugares onde existam coletivos, como instituições, comunidades, movimentos sociais, sociedade
em geral, aplicando a compreensão da dimensão subjetiva dos fenômenos sociais. São interesses
da Psicologia Social: - Relações de Gênero, - Escolha de parceiros, - Relações Familiares, Relações Comunitárias, - Instituições, etc. O que diferencia o psicólogo social dos demais
psicólogos é o foco, é a perspectiva com que ele vai olhar a realidade, sempre interessado na
dimensão subjetiva dos fenômenos coletivos. Observemos que o psicólogo social pode ter
qualquer abordagem teórica, mas geralmente se interessam pelo trabalho com grupos. Grupos
focais, por exemplo.
INTERVENÇÃO SOCIAL, O TRABALHO COM GRUPOS
Trabalhar com comunidades demanda do psicólogo social competência específicas, como
a capacidade de conhecer a realidade social e cultural da população, compreender as
necessidades reais e assimilar os modos de expressão do coletivo. Reunir, participar e abrir
canais eficazes de comunicação fazem parte do início do processo de intervenção.
Grupo Focal - O principal objeto do Grupo Focal consiste na interação entre os
participantes e o pesquisador e a coleta de dados a partir da discussão com foco em tópicos
específicos. É ideal para explorar as experiências das pessoas, opiniões, desejos e preocupações.
Análise de dados - Após determinado tempo coletando dados nos deparamos com um
material na maioria das vezes bem farto e é preciso uma estratégia definida de análise de dados
para transformar tantas informações em reflexões conclusivas.
Análise de conteúdo – Refere-se a uma decomposição do discurso e identificação das
unidades de análises e/ou grupos de representações para uma categorização dos fenômenos.
Após isto, realizar a reconstrução de significados que apresentem uma compreensão mais
aprofundada da interpretação de realidade do grupo estudado. É também um conjunto de técnicas
de análise das comunicações visando obter, por procedimentos, sistemáticos e objetivos de
descrição do conteúdo das mensagens, indicadores que permitam a inferência de conhecimentos
relativos às condições de produção/recepção destas mensagens. As três etapas fundamentais
dessa análise: pré-análise (organização dos materiais que serão utilizados na coleta de dados,
sendo consolidado o esquema de trabalho); descrição analítica (nessa etapa o material é mais
aprofundado, sendo embasado pelas hipóteses e referencial teórico, ocorrendo a efetivação das
decisões tomadas anteriormente); interpretação referencial (fase de análise, firmam-se relações
com a realidade embrenhando as conexões da ideia, buscando tornar os resultados brutos
significativos e válidos).
A análise de conteúdo habitualmente é realizada pelo método da dedução frequencial
(que consiste em enumerar a ocorrência de um mesmo signo linguístico (palavra) que se repete
com frequência, visando constatar a pura existência de tal ou tal material linguístico, não
preocupando-se com o sentido contido no texto, nem à diferença de sentido entre um texto e
outro, culminando em descrições numéricas e no tratamento estatístico).
Distinguem-se três grandes categorias de métodos que incidem principalmente sobre
certos elementos do discurso, sobre a sua forma ou sobre as relações entre os seus elementos
constitutivos. São as análises temáticas que revelam as representações sociais a partir de um
exame de certos elementos constitutivos; as análises formais que incidem principalmente sobre
as formas e encadeamento de discurso; e as análises estruturais, que põem a tônica sobre a forma
como elementos de mensagem estão dispostos e tentam revelar aspectos subjacentes e implícitos
de mensagem.
Análise do discurso do sujeito coletivo - Conhecido como DSC, é um método quantiqualitativo muito utilizado em questionários que englobam questões abertas como aqueles que
solicitam que o pesquisado justifique suas respostas e então a pessoa produz um discurso, um
depoimento. No caso da análise de discursos de grupos focais o que se faz geralmente é analisar
as discussões do grupo e trabalhar por temas ou assuntos, dos quais são retiradas as expressõeschave e as ideias centrais a serem categorizadas para que se possa destacar os discursos.
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