1) Retinopatia hipertensiva: Crônica: Cruzamento artério-venoso patológico, estreitamento e tortuosidade arteriolar, embainhamento, dilatações venosas focais adjacentes ao cruzamento AV. Relação do calibre arteríola-venular de 1/3 (ao invés de 2/3). Aumento do brilho arteriolar, presença de arteríolas em fio de cobre ou fio de prata, manchas algodonosas (oclusão de microvasos – infarto ) e hemorragias em chama de vela ( em menor número que na diabética) Aguda: Edema retiniano e macular, papiledema, manchas de Elschnig(?). Hemorragias em chama de vela, manchas algodonosas. Pode haver presença de cefaléia, escotomas, fotopsias, metamorfopsia e borramento visual. Papiledema; oclusão de arteríolas no disco óptico (manchas algodonosas?), isquemia, edema do disco óptico, hemorragia no disco óptico, borramento da borda do disco óptico. 2) Retinopatia diabética: É causada devido à lesão endotelial (pericitos) dos vasos retinianos secundária à alteração da via do sorbitol. Glicosilação de moléculas – acúmulo de produtos. Propensão a trombose microvascular. Bilateral e assimétrica. Retinopatia não-proliferativa: Microaneurismas, alterações venosas – dilatação difusa, pequenas hemorragias e exsudatos duros (extravasamento por aumento da permeabilidade capilar), edema macular e/ou retiniano e oclusões capilares. Retinopatia pré-proliferativa: Exsudatos algodonosos (infarto) e estreitamento venoso irregular. Retinopatia proliferativa: Hemorragias pré-retinianas, neovascularização, crescimento e proliferação fibrovasculares e contração do vítreo e fibrose, que promove o descolamento tracional da retina. Fotocoagulação com laser. 3) Causas para uveíte anterior e posterior. (Dor, fotofobia, lacrimejamento, congestão e ptose. Pupila não fotorreagente.) Anterior: Idiopática (mais comum), Iridociclite heterocrômica de Fuchs, Síndrome de Reiter, Artrite psoriática, Sífilis, Herpes, BK, Trauma,Artrite reumatóide juvenil, Espondiloartropatias soronegativas, e Sarcoidose. Posterior: Toxoplasmose (mais comum), BK, Sífilis, Toxocaríase, Herpes, CMV (na AIDS), Histoplasmose, Bartonelose, Dç de Behçet, Sd de Vogt-Koyanagi-Harada; Sarcoidose. 4) Cite 3 causas da ectospia do cristalino e suas conseqüências. Síndrome de Marfan: Caracterizada por subluxação bilateral do cristalino, simétrica, não progressiva e superior; presente em 80% dos casos. Mantida a capacidade acomodativa do cristalino devido ao fato de a zônula de Zinn estar intacta. Pode haver microesferocidade cristaliniana. Síndrome de Weill-Marchesani: Inclui deslocamento inferior do cristalino, podendo ocorrer durante a adolescência ou depois dos 20 anos. Os pacientes encontramse com baixa estatura, braquidactilia e retardo mental. Homocistinúria: Ectopia cristaliniana é normalmente inferior, com perda da acomodação secundária à desintegração da zônula. Pode ocorrer glaucoma secundário ao bloqueio pupilar causado pelo encarceramento do cristalino na pupila ou pelo total deslocamento do cristalino para dentro da câmara anterior. 5) Cite uma anomalia congênita, uma distrofia e uma degeneração da retina, respectivamente. Congênita: Albinismo retiniano, melanose retiniana Distrofia: Retinose pigmentária, Doença de Stargardt Degeneração: Degeneração macular relacionada à idade (senil), degeneração mióptica. 6) Quadro clínico e tratamento da ceratite ( ou ceratoconjuntivite) por herpes simplex. Os sinais e sintomas da ceratite são o olho vermelho, dor ocular, intensa fotofobia, pupilas mióticas, sensação de corpo estranho provocando blefaroespasmo, lacrimejamento e redução da acuidade visual. História de uso de lentes de contato. Diagnóstico clínico (olho nu e com lâmpada de fenda e corantes fluoresceína e rosa-bengala. Há duas formas principais: Ceratite superficial dendrítica – erosão epitelial, única ou múltipla, com formato arborizado com bordas bulbares, corável no centro pela fluoresceína e nas bordas pelo rosa-bengala. Ocorre pela intensa replicação viral. Tratamento: Geralmente há resolução espontânea em 1 a 2 semanas ou evolução para úlceras geográficas ou envolvimento estromal; tto com corticóides piora prognóstico; usar colírios ou pomadas antiretrovirais (aciclovir por 14 dias, 5 vezes ao dia) Ceratite estromal ulcerada – Presença de opacidade esbranquiçada na córnea corada pela fluoresceína; áreas de neovascularização e reação da câmara anterior com hipópio. Complicação mais temida é a perfuração da córnea. Ocorre pela replicação viral ativa e resposta imune aos antígenos. Tratamento: Antivirais tópicos ou sistêmicos. 7) Quais são as mais freqüentes complicações do uso indiscriminado de corticoterapia tópica ocular? Glaucoma; catarata subcapsular posterior; infecções oportunistas – HSV, úlcera fúngica. 8) Quadro Clínico e Tratamento da Toxoplasmose: Existem 2 formas de toxoplasmose ocular: congênita e adquirida. A forma congênita costuma ser bilateral e a forma adquirida geralmente unilateral e predominando em indivíduos entre 30-50 anos.O acometimento ocular mais comum é a uveíte posterior (coriorretinite necrosante focal) com vitreíte. O paciente se manifeta com sensação de moscas volantes ou corpos flutuantes, fotopsia e redução indolor subaguda ou insidiosa da acuidade visual. Na fase inicial se observa a oftalmoscopia a presença de manchas branco-amareladas na retina obscurecida por turvação vítrea. Secundariamente também pode ser encontrada papilite, edema macular cistóide, descolamento exsudativo de retina, neovascularização coroidiana, vasculite e periflebite.Quase todos os casos sintomáticos devem ser tratados. O esquema terapêutico inclui sulfadiazina 1g a cada 6 horas e pirimetamina 100mg de ataque e 25-50mg por dia de manutenção, durante 4 a 6 semanas. A associação de corticóide sistêmico (predinisona 40mg dia) pode ser utilizada para controle da inflamação. 8) Ambliopia: É uma diminuição da acuidade visual (visão) uni ou bilateral, onde não se encontra lesão ocular ao exame oftalmológico, que aparece em decorrência de obstáculos ao desenvolvimento da visão. Acontece dentro dos seis primeiros anos de vida e é reversível quando tratada em tempo hábil. As causas mais freqüentes são: estrabismo ("vesgo") e erro de refração (altos graus ou diferenças importantes de grau entre os olhos). A ambliopia é reversível em crianças mais jovens se tratada precocemente. A mais bem sucedida e importante forma de tratamento é a oclusão do olho com a melhor acuidade visual, a fim de estimular o uso do olho amblíope e o desenvolvimento da sua acuidade. 9) Descreva o diagnóstico diferencial clínico do olho vermelho. Incidência Secreção Conjuntivite aguda Irite aguda Glaucoma agudo Extremamente comum Moderada a copiosa Sem efeito na visão Nenhuma Comum Incomum Nenhuma Nenhuma Trauma infecção corneana Comum ou Aquosa ou purulenta Visão Levemente Marcadamente Normalmente borrada borrada borrada Dor Moderada Severa Moderada a severa Injeção Conjuntival Difuda; mais PP./ em PP./ em torno da PP./ em torno voltada para os torno da córnea da córnea fórnices córnea Córnea Clara Clara Embaçada Mudança na transparência conforme a causa Tamanho pupilar Normal Pequeno Moderadamente Normal ou (miose) dilatado e fixo pequeno (midríase) Resposta pupilar à Normal Pobre Nenhuma Normal luz (paralítica?) (paralítica) PIO Normal Normal ou Aumentada Normal Diminuída Raspados Organismos Sem Sem organismos Encontra-se patogênicos organismos organismos somente se houver úlcera corneana infecciosa Patologia: Pálpebra Conjutiva Aparelho lacrimal Córnea/Esclera/ Cristalino Íris/Pupila Acuidade Visual Pressão Intraocular Conjutivite Aguda (bac, alérg, viral) Normal, Hipermemiada ou edemaciada Hiperemiada, Vasos superf e tortuosos Pus (bac) ou lacrimejamento (alérg ou viral) Normal Reage Normal Normal Corpo estranho Normal, Hipermemiada ou edemaciada Hiperemia Localizada Lacrimejamento Dor Normal ou Com úlcera Reage Normal Normal Hemorragia Subconjutival Normal Normal Normal Reage Normal Normal Glaucoma Agudo Hiperemia Muito edema Hiperemia Hematoma generalizado Hiperemia Muito edema Lacrimejamento Redução da Trasparência Não reage Está em midríase Diminuída Aumentada Uveíte hipertensiva Hiperemia Muito edema Muita hiperemia Lacrimejamento Redução da Trasparência Não reage Está em miose Diminuída Aumentada