A Artigo Original Pereira FG et al. Estratégias nutricionais utilizadas por hospitais públicos e privados na cidade de São Paulo no manejo da mucosite Nutritional strategies used by public and private hospitals in the city of Sao Paulo in the mucositis management Fernanda Giarola Pereira1 Muriel Rebolo Lo Leggio2 Juliana Bonfleur Carvalho3 Francine Nagao Peixoto4 Adriana Yamaguti5 Ana Lúcia C. C. Rodrigues6 Ariane Nadolskis Severine7 Érika Suiter8 Silmara Rodrigues Machado9 Fabiana Ruotolo10 Simone Tamae Kikuchi11 Unitermos: Mucosite. Quimioterapia. Radioterapia. Neoplasias. Keywords: Mucositis. Drug Therapy. Radiotherapy. Neoplasms. Endereço para correspondência: Simone Tamae Kikuchi Rua Dr. Amando Franco Soares Caiuby, 500 – apto 181 – Portal do Morumbi – São Paulo, SP, Brasil – CEP: 05640-020 E-mail: [email protected] Submissão: 15 de julho de 2014 Aceito para publicação: 3 de setembro de 2014 RESUMO Introdução: Pacientes com diagnóstico de câncer dispõem de várias alternativas de tratamento, tais como cirurgia, radioterapia, quimioterapia e nas doenças onco-hematológicas, o transplante de medula óssea. A mucosite é consequência da toxicidade direta da terapêutica utilizada e da mielossupressão gerada pelo tratamento. Provoca dor, queimação e desconforto, ausência ou perda parcial do paladar, xerostomia, além de aumentar a morbidade e comprometer protocolos de tratamento, assim piora a qualidade de vida. Com o objetivo de avaliar as condutas referentes à mucosite, em São Paulo, foram identificados a partir do site da Fundação Oncocentro de São Paulo (FOSP) todos os hospitais do município de São Paulo com atendimento a pacientes oncológicos (17 instituições). Método: Foi realizado um contato inicial com o nutricionista responsável, seguido do envio, por e-mail, do questionário previamente elaborado. Resultados: De todos os hospitais avaliados, 23,1% possuem protocolo para mucosite. Em relação aos hospitais particulares (n=8), 50% utilizavam glutamina, 87,5% modificam a consistência da dieta e 75% adicionam suplementos nutricionais. Em contrapartida, dentre os hospitais públicos (n=5), nenhum deles possuía protocolo para tratamento de mucosite, 60% realizam modificação da consistência dos alimentos, 40% utilizam suplementos e 60% a glutamina. Conclusões: Conclui-se que é necessária a implantação de protocolos, para a conduta nutricional no manejo da mucosite no paciente oncológico. ABSTRACT Introduction: Several therapeutic alternatives are used for patients who are diagnosed with Cancer, surgery, radiotherapy and chemotherapy. For those who have Onco - Hematological diseases, the most usual approach is the Bone Marrow Transplant. Some of the side effects of these treatments include: marrow aplasia, nausea, vomiting, diarrhea and mucositis. Mucositis is a direct result from toxicity and myelosuppression due to the treatment. It reduces the quality of life, causing pain, burning, discomfort, absence or partial loss of taste, dry mouth, and it is also associated with an increase of morbidity, threatening success of the treatment protocols. Methods: In order to assess how mucusitis is being managed in São Paulo, we identified, through FOSP (São Paulo Oncocenters Foundation) website, 17 hospitals that are Cancer treatment centers. The first contact with each hospital was made directly with the Main Dietitian from each unit, followed by a questionnaire sent by e-mail. Results: In those hospitals, 23.1% had a protocol to deal with mucositis. Considering the private hospitals, 50% uses glutamine, 87.5% modify the consistency of the diet. Additionally, 75% use nutritional supplements to achieve patient’s nutritional needs. In public hospitals, no protocols in mucositis was found. Diets with modified consistence were applied in 60% of the medical centers, 40% used nutritional supplements and 60% glutamine. Conclusions: We conclude that nutritional protocols to conduct the management of mucositis are extremely necessary to achieve success in the treatment of cancer patients. 1. 1. 2. 3. 4. Médico, Especialista em Terapia Nutricional Parenteral e Enteral (TE-SBNPE), Vice-presidente da Regional Rio de Janeiro (2014-2015), Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Nutricionista, Aprimoramento em Nutrição Clínica pelo Hospital Sírio Libanês, São Paulo, SP, Brasil. Nutricionista, Especialista em Nutrição Clínica e Humana Aplicada à Prática Clínica, São Paulo, SP, Brasil. Nutricionista, Especialista em Nutrição Humana Aplicada e Terapia Nutricional e Especialista em Vigilância Sanitária de Alimentos, São Paulo, SP, Brasil. Nutricionista, Especialista em Nutrição Clínica pela Sociedade Brasileira de Nutrição Enteral e Parenteral, Especialista em Doenças Crônicas Não Transmissíveis pelo Hospital Israelita Albert Einstein, Pós-graduada em Nutrição Clínica pelo GANEP, São Paulo, SP, Brasil. 5. Nutricionista, Pós-graduada em Obesidade e Emagrecimento, Especialista em Nutrição Clínica pela ASBRAN, São Paulo, SP, Brasil. 6. Nutricionista, Especialista em Gestão da Atenção à Saúde pela Fundação Dom Cabral; Especialista em Administração Hospitalar pelo IPH, Especialista em Cardiologia pelo Departamento de Nutrição SOCESP, São Paulo, SP, Brasil. 7. Nutricionista, Mestre em Ciências da Saúde pela UNIFESP, Especialista em Gestão da Atenção à Saúde pela Fundação Dom Cabral, Especialista em Nutrição Clínica pela ASBRAN, Gestora de Serviços de Alimentação do Hospital Sírio Libanês, São Paulo, SP, Brasil. 8. Nutricionista, Pós-graduada em Medicina Ortomolecular, Especialista em Nutrição Clínica pela ASBRAN, São Paulo, SP, Brasil. 9. Nutricionista, Mestre em Ciências pela Universidade Federal de São Paulo, Escola Paulista de Medicina, Master in Business Administration (MBA) em Alimentação pelo Grupo Latino Americano CBES, São Paulo, SP, Brasil. 10. Nutricionista, Especialista em Nutrição Clínica e em Nutrição Parenteral e Enteral, São Paulo, SP, Brasil. 11. Nutricionista, Especialista em Doenças Crônicas Não Transmissíveis pelo Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP, Brasil. Rev Bras Nutr Clin 2014; 29 (4): 342-6 342 Título para cabeçalho: Estratégias nutricionais utilizadas por hospitais públicos e privados na cidade de São Paulo no manejo da mucosite INTRODUÇÃO Câncer é um termo genérico usado para definir uma classe de doenças caracterizadas pelo desenvolvimento e proliferação anormais de células que se dividem rapidamente e que, se não controladas, podem causar neoplasias malignas1. Para os pacientes com diagnóstico de câncer encontramse disponíveis várias abordagens de tratamento, tais como cirurgia, radioterapia (RT) e quimioterapia (QT)2. Nas doenças onco-hematológicas, o transplante de medula óssea (TMO) apresenta-se como opção terapêutica importante, sendo considerado efetivo para o aumento da sobrevida desses pacientes3. Os efeitos colaterais decorrentes desses tratamentos podem ser: aplasia medular, náuseas, vômitos, diarreia, doença do enxerto contra o hospedeiro e a mucosite4. A mucosite que ocorre nas membranas das mucosas é uma resposta ao tratamento antineoplásico, ocorre em aproximadamente 20-40% dos pacientes que recebem quimioterapia convencional, podendo atingir 80% de ocorrência quando são utilizadas altas doses do quimioterápico ou quando se faz o TMO5. É importante considerar que tanto a mucosite oral induzida pela quimioterapia quanto aquela provocada pela radioterapia desaparecem lentamente, duas a três semanas após o fim do tratamento6. A mucosite é a consequência de dois mecanismos: a toxicidade direta da terapêutica utilizada sobre a mucosa e a mielossupressão gerada pelo tratamento. Para classificação da mucosite, grande parte das escalas utilizadas incorpora uma medida composta de sintomas orais e alterações funcionais7. A Escala de Toxicidade Oral da Organização Mundial de Saúde é bastante utilizada para descrever o grau da mucosite. Essa escala é baseada em sinais e sintomas: eritema e desenvolvimento de úlceras e subjetivos como: habilidade de deglutir e sensibilidade da mucosa8. O grau de disfunção dos lábios, língua, mucosa oral, dentes, saliva, voz e deglutiçãopode ser classificado de acordo com a intensidade da mucosite, de acordo com Calixto-Lima et al.1. Sua patogênese é muito complexa, envolve a geração de espécies reativas de oxigênio, ativação de fatores de transcrição, regulação positiva de citocinas pró-inflamatórias, como o fator de necrose tumoral e interleucina-6, sendo estas prejudiciais ao organismo5. A mucosite representa uma complicação estomatológica desafiante em pacientes com câncer. Está relacionada com a redução da qualidade de vida por dor, queimação e desconforto, ausência ou perda parcial do paladar, xerostomia, além de aumentar a morbidade e comprometer protocolos de tratamento do câncer, representando um risco significativo de infecções oportunistas, particularmente em pacientes neutropênicos6,9-12. Em alguns casos, quando há ulceração, pode ser necessária a interrupção da terapia, pois a piora do estado nutricional leva à queda do estado geral9. Em decorrência de toda dor que a mucosite causa, alguns pacientes ficam impossibilitados de se alimentarem por via oral, sendo necessário introduzir nutrição via parenteral ou via gastrostomia5. O paciente é o maior beneficiado pela utilização de protocolos e diretrizes no tratamento da mucosite. Por meio destes, é possível assegurar proteção contra intervenções terapêuticas de eficácia não comprovadas ou aceitáveis apenas em contextos experimentais13. O emprego de protocolos bem estabelecidos cursa com melhores respostas clínicas, redução de efeitos colaterais indesejáveis e menores custos14. Assim, é de extrema importância o diagnóstico precoce das alterações e o manejo correto das condutas durante todos os estágios do tratamento, que devem ser executados por equipe multiprofissional. Para isso, o estabelecimento de protocolos nutricionais é necessário, a fim de que o tratamento seja específico e eficaz na prevenção e/ou controle da mucosite em pacientes oncológicos15,16. Antecedendo a este estudo, a equipe realizou um projeto piloto com uma amostra de nutricionistas de hospitais públicos e privados do Estado de São Paulo que participaram de um encontro de estudos de profissionais da categoria (GENELAC- Grupo de Estudos em Nutrição Enteral e Lactário), com o objetivo de identificar a existência de protocolos de mucosite. Esse grupo respondeu a um questionário referente às condutas relacionadas à mucosite. MÉTODO Estudo transversal, realizado com o conjunto de hospitais do município de São Paulo que atendem pacientes com câncer. Foram identificados a partir do site da Fundação Oncocentro de São Paulo (FOSP) todos os hospitais do município de São Paulo com atendimento a pacientes oncológicos, num total de 17 instituições (acesso em 5/9/2012, às 17 horas). Com base no projeto piloto realizado anteriormente, foi realizada uma pesquisa por meio de questionário autoaplicado (Anexo 1), a fim de verificar a existência de protocolos e condutas nutricionais na mucosite. Adicionalmente, buscou-se identificar se a existência ou não do protocolo estava associada com risco nutricional. O contato inicial com cada instituição foi realizado por meio de telefonema com a nutricionista responsável pelo setor, seguido de questionário elaborado com base nos Rev Bras Nutr Clin 2014; 29 (4): 342-6 343 Pereira FG et al. ANEXO 1 Questionário enviado aos hospitais QUESTIONÁRIO SIM O seu serviço possui um protocolo/diretriz para mucosite? Recomendações utilizadas no quadro de mucosite: modificação da temperatura do alimento Modificação na consistência do alimento Uso de glutamina NÃO Restrição de alimentos ácidos Adequação de acordo com o grau da mucosite Oferta de suplementos Anestésico pré-refeição Dieta hipossódica Dieta imunomoduladora A mucosite é critério de risco nutricional? É um critério direto? É um critério somatório? resultados do projeto piloto. O questionário foi enviado por e-mail, solicitando que as respostas fossem devolvidas em, no máximo, uma semana. Foram calculadas estatísticas descritivas, que são apresentadas em tabelas com frequências e proporções. O protocolo foi submetido ao Comitê de Ética e Pesquisa do Hospital Sírio Libanês. A devolutiva do questionário foi considerada como consentimento na aceitação e participação nesta pesquisa. RESULTADOS Treze hospitais responderam ao questionário, sendo oito particulares e cinco públicos. Este projeto demonstrou que apenas 3 hospitais privados que responderam ao questionário tinham um protocolo para o tratamento da mucosite (Tabela 1). Contudo, todos consideravam a mucosite um critério para o risco nutricional, sendo que 92,2% (n=12) consideravam como risco direto e 7,8% (n=1) consideravam como risco somatório a outros critérios. Os resultados observados encontram-se resumidos nas Tabelas 1 e 2. DISCUSSÃO Dentre os hospitais avaliados apenas 23,1% tinham um padrão na condução da mucosite, um número muito pequeno quando observadas as evidências de outros estudos, que implementaram protocolo padrão em tratamento da mucosite em pacientes submetidos ao TMO e observaram que o uso deste resultou em menor incidência, duração e grau da mucosite17. Tabela 1 – Distribuição dos hospitais avaliados quanto às estratégias nutricionais. Hospitais públicos e privados (n / %) Possui protocolo padrão para mucosite Sim Não 3 (23,1%) 10 (76,9%) Classifica como risco nutricional Sim Não 12 (92,2%) 1 (7,8%) Modifica consistência Sim Não 10 (76,9%) 3 (23,1%) Adiciona suplementos Sim Não 8 (61,5%) 5 (38,5%) Faz uso de glutamina Sim Não 7 (53,8%) 6 (46,2%) Tabela 2 – Distribuição da assistência nutricional segundo categoria de hospitais. Hospitais públicos e privados (n / %) Possui protocolo padrão para mucosite Sim Não 3 (37,5%) 5 (62,5%) 0 5 (100%) Classifica como risco nutricional Sim Não 8 (100%) 0 4 (80%) 1 (20%) Modifica consistência Sim Não 7 (87,5%) 1 (12,5%) 3 (60%) 2 (40%) Adiciona suplementos Sim Não 6 (75%) 2 (25%) 2 (40%) 3 (60%) Faz uso de glutamina Sim Não 4 (50%) 4 (50%) 3 (60%) 2 (40%) Rev Bras Nutr Clin 2014; 29 (4): 342-6 344 Hospitais privados (n / %) Título para cabeçalho: Estratégias nutricionais utilizadas por hospitais públicos e privados na cidade de São Paulo no manejo da mucosite Não obstante à ausência de protocolos, a maioria dos hospitais toma condutas específicas quando o paciente apresenta esse sintoma, dentre as quais a modificação da temperatura e da consistência do alimento, uso de glutamina e oferta de suplementos16,17. Todos os hospitais que possuem algum protocolo são privados. Em 50% dos mesmos, faz-se uso de glutamina para o tratamento da mucosite. Observou-se, ainda, que 87,5% destes modificam a consistência da dieta e 75% adicionam suplementos nutricionais para atingir às necessidades nutricionais. Em relação aos hospitais públicos, nenhum deles possui protocolo para tratamento de mucosite e 60% fazem uso da glutamina para controle da mucosite. A mesma proporção desses hospitais modifica a temperatura e a consistência das preparações e restringe alimentos ácidos. Tal conduta encontra consonância na literatura consultada, que indica alimentos pastosos ou semilíquidos em temperatura ambiente, por serem de mais fácil mastigação e deglutição e exclusão de ácidos e outros alimentos que possam irritar a mucosa (sal em excesso, temperos picantes e especiarias)1,17. Ainda, de acordo com a literatura, uma dieta com alimentos macios e suplementos alimentares é mais tolerada do que a dieta geral16,17. Verificou-se em outros estudos que o uso oral da glutamina (4 gramas, 2 vezes ao dia) resultou em redução da mucosite e duração da dor na cavidade oral em pacientes com câncer gastrintestinal sob tratamento quimioterápico18. Um estudo de Boligon & Huth19 demonstrou que a terapia nutricional com uso de glutamina, em pacientes com tumores de cabeça e pescoço em terapia antineoplásica, auxiliou na manutenção do estado nutricional e na prevenção da mucosite, principalmente graus III e IV, os quais impedem alimentação e nutrição normais e adequadas19. A utilização de suplementos é indicada quando os aportes calórico-proteicos são insuficientes. Há uma grande variedade de suplementos orais comercializados, diferenciando-se pela concentração proteica, densidade energética, osmolaridade, quantidade de fibras, entre outros. Normalmente, esses suplementos são servidos frios, para melhora da palatabilidade, no entanto, podem ser administrados de acordo com a preferência do paciente20. Uma nova técnica que tem sido utilizada como prevenção da mucosite é a crioterapia, ou seja, consumo de gelo no momento em que a quimioterapia está sendo infundida no paciente. Alguns estudos demonstraram que o consumo de gelo faz com que haja vasoconstrição na mucosa oral e, assim, a quimioterapia chega em menor quantidade nessa região, minimizando os efeitos colaterais5. CONCLUSÕES Ainda é pequeno o número de hospitais que possuem um protocolo padrão na condução da mucosite, embora a maioria deles realize condutas para minimizá-la. Frente ao conhecimento disponível, os resultados reforçaram a necessidade de identificar e descrever os protocolos, condutas e classificação de mucosite em hospitais da cidade de São Paulo que realizam tratamento oncológico. Conclui-se que é necessária a implantação de protocolos, para padronizar a conduta nutricional no manejo da mucosite no paciente oncológico. AGRADECIMENTOS Os autores agradecem ao Hospital Sírio Libanês (HSL) e a todos os outros hospitais que contribuíram para este trabalho, Corpo de Nutrição Clínica que ajudou na elaboração do projeto e ao Instituto de Ensino e Pesquisa do HSL pela colaboração no trabalho. REFERÊNCIAS 1.Calixto-Lima L, Martins de Andrade E, Gomes AP, Geller M, Siqueira-Batista R. Dietetic management in gastrointestinal complications from antimalignant chemotherapy. Nutr Hosp. 2012;27(1):65-75. 2.Albuquerque IL, Camargo TC. Prevenção e tratamento da mucosite oral induzida por radioterapia: revisão de literatura. Rev Bras Cancerol. 2007;53(2):195-209. 3.Associação Brasileira de Transplante de Órgãos [Internet]. [Disponível em: http://www.abto.org.br/ Acesso em: 21/3/2012 4.Sonis ST, Fey EG. Oral complications of cancer therapy. Oncology. 2002;16(5):680-6. 5.Lalla RV, Saunders DP, Peterson DE. Chemotherapy or radiationinduced oral mucositis. Dent Clin North Am. 2014;58:341-9. 6.Dias MCG, Alves MMF. 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