Comportamento de cul..

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COMPORTAMENTO DE CULTIVARES DE MILHO (Zea mays) E SISTEMAS
DE CULTIVO
Daniel Pettersen Custódio1, Antônio Pasqualetto2, Itamar Pereira de Oliveira3
BEHAVIOR OF CULTIVATES OF CORN (Zea mays) And CULTIVATION
SYSTEMS
ABSTRACT
The experiment was going installed in experimental area of Embrapa Rice and
Bean irrigated for central pivot in kind soil Red Dakness (LVE). it objectified observe
the behavior of four cultivates of corn in three cultivation systems. They were going
adopted three cultivation systems: system barreirão; conventional system; direct system
planting. In subparcelas they were going distributed cultivares of corn AG 6690, BR
106, MASTER and 6440. The experimental delineation was blocks to the case in bits
subdivided with four repetitions. The results demonstrated that the direct system
planting is more efficient than the system barreirão, in about 40% in the spike weight
with cob. Among cultivates, Master although larger plants population kept spike weight
with cob, grains weight for grains/weight similar spike and reason mass to of cultivares
AG6690 and 6440. To cultivate BR106 in the conventional system didn't introduce
satisfactory performance, especially regarding spike insert height, the spikes green
mass and number production for plant.
Key words: systems, corn
RESUMO
O experimento foi instalado em área experimental da Embrapa Arroz e Feijão
irrigada por pivô central em solo do tipo Latossolo Vermelho Escuro (LVE). objetivouse observar o comportamento de quatro cultivares de milho em três sistemas de cultivo:
sistema barreirão; sistema convencional; sistema plantio direto. Nas subparcelas foram
distribuídas as cultivares de milho AG 6690, BR 106, MASTER e 6440. O
Delineamento experimental foi blocos ao caso em parcelas subdivididas com quatro
repetições. Os resultados demonstraram que o sistema plantio direto é mais eficiente
que o sistema barreirão, em aproximadamente 40% no peso da espiga com sabugo.
Dentre as cultivares, a Master apesar da maior população de plantas manteve peso de
espiga com sabugo, peso de grãos por espiga e razão massa de grãos/peso da espiga
similares aos das cultivares AG6690 e 6440. A cultivar BR106 no sistema convencional
não apresentou desempenho satisfatório, especialmente quanto a altura de inserção de
espiga, a produção de massa verde e número de espigas por planta.
Palavras-chave: sistemas, milho
_______________________
1. Formando em Agronomia – Universidade Federal de Goiás. 74001-970. Goiânia, GO
2. Engenheiro Agrônomo, Dr. em Fitotecnia, Prof. Depto. de Engenharia da Universidade Católica de
Goiás. Goiânia,GO. [email protected]
3. Pesquisador, Pós-Doutorado – Embrapa Arroz e Feijão. Goiânia, GO
INTRODUÇÃO
O milho é uma gramínea anual com ampla adaptação a diferentes condições
ambientais e classificada como C4. E esse fato faz com que a planta armazene grandes
quantidades de energia. A partir de uma semente que pesa pouco mais de 0,3 g surge
uma planta com cerca de dois metros de altura, num curto espaço de tempo.
Por se constituir num dos principais insumos para o segmento produtivo, o milho
vem sendo utilizado com destaque no arraçoamento, tanto na forma in natura, quanto na
forma de farelo, ração ou silagem. Na alimentação humana pode ser consumido verde
ou como farinha, pão e massas. Na indústria é empregado como matéria prima na
fabricação de amido, óleo, farinha, produtos químicos e rações animais. Estima-se que
este cereal participa hoje como matéria prima de cerca de 600 produtos, além de outras
área como explosivos, baterias elétricas, cabeças de fósforos e borrachas (PINAZZA,
1993).
O milho é cultivado nos quatro cantos do país, sendo produzido em sua maior
parte em propriedades de até 100 ha (88% dos imóveis rurais). De acordo com Pinazza
(1993) esta cultura dispõe de um pacote tecnológico, o que permite aos agricultores
mais tecnificados atingirem elevadas produtividades (o recorde nacional aconteceu na
safra de 1987, em São Paulo e atingiu 16.058 kg.ha-1) em oposição à baixa média
nacional (cerca de 2.300 kg ha-1), influenciada pela descapitalização dos produtores que
respondem por 60% da produção nacional (BULL, 1993) e desconhecimento, por parte
dos produtores e de alguns técnicos, das quantidades de nutrientes extraídos e
exportados pela cultura, o que permitiria uma adubação mais criteriosa e adoção de
sistemas de cultivo mais adequados
O manejo do solo é constituído por todas as operações que são aplicadas ao solo
para torná-lo produtivo, visando a manutenção ou melhoramento de seus atributos
viabilizando a produção econômica e sustentável (HERNANI & SALTON, 1997).
A intensa mobilização dos solos tropicais traz como conseqüência a sua
desagregação superficial, sujeita à formação de uma fina crosta resultante da dispersão
das partículas do solo, e ainda outra camada subsuperficial compactada, resultado da
pressão dos implementos e dos pneus (Castro et al. citado por KLUTHCOUSKI et al.,
2000). A desestruturação do solo, a compactação e a redução dos teores de matéria
orgânica são considerados os principais indutores da degradação dos solos agrícolas. Os
parâmetros físicos, como armazenamento e conservação de água, armazenamento e
difusão do calor passam a ter importância na avaliação da fertilidade do solo, além dos
critérios atualmente analisados, como acidez do solo, disponibilidade de nutrientes e
teor de matéria orgânica (DENARDIN & KOCHHANM, 1993).
Diferentes métodos de preparo de solo levam a modificações no perfil
influenciando o crescimento radicular, que por sua vez afeta o desenvolvimento e a
produção da planta (SILVA, 1992). Além do sistema convencional, destacam-se o
sistema barreirão e o sistema plantio direto.
O preparo profundo traz alguns benefícios, tais como a redução da resistência de
crescimento das raízes, o aumento do enraizamento profundo, a redução do estresse de
oxigênio no caso de excesso hídrico e o aumento de produção de milho e soja (Camp
citado por SILVA, 1992), e menor efeito de deficiência hídrica. O Sistema Barreirão
também exige um preparo de solo profundo, preferencialmente com arado de aiveca
para inverter a camada superior do solo. Outro sistema adotado é o plantio direto que
auxilia na solução de problemas como formação e manutenção da cobertura morta,
mecanização do plantio, correção das propriedades físicas e químicas do solo, entre
outros (PASQUALETTO et al., 1999; KLUTHCOUSKI et al., 2000).
Desta forma, objetivou-se comparar três sistemas de produção para quatro
cultivares de milho e o comportamento de características agronômicas das mesmas em
cada sistema, visando recomendação de adequadação.
MATERIAL E MÉTODOS
O experimento foi instalado em área experimental da Embrapa Arroz e Feijão
irrigada por pivô central em solo do tipo Latossolo Vermelho Escuro (LVE).
Foram adotados três sistemas de cultivo, constituindo as parcelas (40mx25m).
Sistema barreirão (o solo foi preparado com arado de aivecas a 25 cm de profundidade,
seguido de gradagem niveladora e distribuiu-se 5kg/ha da Brachiaria brizantha
misturada ao adubo por ocasião do plantio do milho); sistema convencional (utilizou-se
grade aradora regulada para 17 cm de profundidade e em seguida grade niveladora);
sistema plantio direto (não mobilização do solo, mantendo-se a palhada remanescente
de milho cultivado anteriormente). Nas subparcelas (40mx6m) foram distribuídas as
cultivares de milho AG 6690, BR 106, MASTER e 6440. O Delineamento experimental
foi blocos ao caso em parcelas subdivididas com quatro repetições
O espaçamento entre linhas na semeadura foi de 0,90 metro com cerca de 7
sementes por metro. Realizou-se adubação de plantio de 350 kg.ha-1 da fórmula 4-30-15
+ 0,3% de Zn, e não foram efetuadas adubação nitrogenada de cobertura, nem controle
de plantas daninhas.
Foram avaliadas: altura de inserção da primeira espiga, altura da planta, produção
de massa verde, população de plantas, número de espigas por planta, peso da espiga
com grãos e sabugo, peso médio de espigas, razão de grãos por espiga.
Os dados foram submetidos a análise de variância e as médias comparadas pelo
teste Tukey a 5 % de probabilidade
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Na tabela 1 constam os quadrados médios obtidos na análise de variância para as
características avaliadas no experimento.
Demonstraram efeito geral de cultivares as características população de planta,
peso da espiga com sabugo, peso da massa de grãos por espiga e razão massa de
grãos/peso de espiga. O peso da espiga com sabugo também apresentou efeito geral do
sistema de cultivo. Houve interação significativa para altura de planta, altura de
inserção de espiga, produção de massa verde e número de espigas por planta.
Tabela 1. Quadrados médios obtidos na análise de variância do experimento de comparação de cultivares e sistemas de cultivo na cultura do
milho. Goiânia. 2000.
Fontes de variação
GL
Altura de planta
(m)
Altura de
inserção de
espiga (cm)
0,0044ns
0,2475*
0,0046
0,1909*
0,1051*
0,0092
Blocos
3
0,0384ns
Sistemas de cultivo (S)
2
0,3778*
Residuo a
6
0,0124
Cultivares
3
0,1359*
CxS
6
0,1751*
Resíduo b
27
0,0254
Total
47
C.V. Subparcela (%)
11,52
13,29
*, ns = significativo e não significativo a 5 % de probabilidade pelo teste F.
Produção de
massa verde
(ton/ha)
14,6094ns
161,9297*
19,9326
86,7838*
133,9619*
22,1417
População de
plantas
(pl/ha)
276698464,0ns
353009664,0ns
119816192,0
1643309696,0*
328996192,0ns
138387760,0
Espigas por
planta (no.)
Peso da espiga
com sabugo (g)
214,4896ns
1840,1484*
323,7604
861,2292*
348,2630ns
250,6713
Peso da massa de
grãos por espiga
(g)
150,8880ns
1011,3476ns
353,5729
848,4427*
217,1497ns
184,1635
Razão massa de
grãos/peso da
espiga
O,0103ns
0,0018ns
0,0048
0,0275*
0,0111ns
0,0062
0,0994ns
0,0842ns
0,0288
0,1958*
0,0815*
0,0254
23,56
16,86
27,74
27,44
29,84
10,16
O peso da espiga com sabugo (tabela 2) é influenciado pelo sistema de cultivo,
independentemente da cultivar de milho utilizada. Embora sem diferença estatística em
relação ao sistema convencional, o sistema plantio direto possibilitou o maior valor da
característica (69,95g).
Tabela 2. Médias do efeito geral de sistemas de cultivo para peso da espiga com
sabugo, independente da cultivar de milho utilizada no experimento. Goiânia, 2000.
Sistemas de cultivo
Barreirão
Convencional
Plantio direto
DMS Tukey 5%
Peso da espiga com sabugo (g)
50,02 b
53,12 ab
69,95 a
19,52
Médias seguidas de mesma letra não diferem estatisticamente a nível de 5% de probabilidade pelo teste Tukey
O coeficiente de variação (27,44%) pode ter contribuído para não diferenciá-los.
Todavia, vários pesquisadores relatam os benefícios da manutenção da palhada na
superfície do solo. As razões para a adoção desse sistema de cultivo são controle da
erosão, ganho de tempo para o plantio, economia de combustível, melhor
estabelecimento da cultura, maior retenção de água no solo e economia em máquinas e
mão de obra (Muzilli citado por KLUTHCOUSKI et al., 2000). A cobertura morta, que
pode ser constituída de resíduos da cultura anterior, plantas daninhas ou espécies
cultivadas com essa finalidade, é um determinante do sucesso, visto que é responsável
pela proteção dos agregados do solo contra as gotas de chuva. Promove ainda a redução
da evaporação e escorrimento superficial; o aumento da infiltração e do armazenamento
de água no perfil; o aumento da agregação e estabilidade de agregados do solo; o
aumento do teor de matéria orgânica no solo; a menor amplitude térmica nas camadas
superficiais do solo e impedimento da germinação das plantas daninhas, além de
favorecer o desenvolvimento da microbiologia e animais invertebrados no solo
(CARMONA, 1999; HERNANI & SALTON, 1997).
Comparado ao sistema barreirão, o plantio direto demonstrou
nítida
superioridade (39,8%). Há que ser considerado que a competição pelos fatores de
produção estabelecida entre a cultura do milho e a braquiária no sistema barreirão,
ambas plantas C4, reduziu o peso de espiga com sabugo. Apesar das vantagens das
plantas C4, existem duas características da planta de milho que diminuem o potencial
de eficiência das folhas. O mais limitante é o hábito de crescimento que promove um
auto-sombreamento das folhas inferiores, e o outro é a presença do pendão, que fica
inativo logo após a fertilização que pode sombrear até 19% (RECOMENDAÇÕES...,
1997). De outra forma, levando-se em conta que este sistema tem por propósito a
renovação das pastagens degradadas, dependendo do preço sazonal pago a saca de
milho, esta redução da produtividade é compensada pela taxa de retorno. Estudos
realizados na EMBRAPA Arroz e Feijão demonstraram taxa de retorno de 1,06, na
safra de 1992/1993, significando que todos os custos foram cobertos e ainda houve
lucro de 6% adicionado a renovação da pastagem (YOKOYAMA et al., 1995).
Na tabela 3 aparece o efeito geral de cultivares para as características onde não
houve interação com o sistema de cultivo. A cultivar Master destacou-se, diferenciandose das cultivares AG6690, BR106 e 6440 quanto a população de plantas e da cultivar
BR106 para as outras características.
Tabela 3. Médias do efeito geral de cultivares de milho para população de plantas, peso
de espiga com sabugo, peso da massa de grãos por espiga, razão massa de grãos/peso da
espiga, independente do sistema de cultivo utilizado no experimento. Goiânia, 2000.
Cultivares
AG 6690
BR 106
Master
6440
DMS Tukey 5%
População de
plantas
(pl/ha)
61110,67 b
68981,08 b
86573,66 a
62499,58 b
13142,23
Peso da espiga
com sabugo
(g)
56,11 ab
46,52 b
65,86 a
62,29 ab
17,69
Peso da massa
de grãos por
espiga (g)
44,20 ab
34,17 b
53,05 a
50,51 a
15,16
Razão massa de
grãos/peso da
espiga
0,77 ab
0,71 b
0,81 a
0,82 a
0,09
Médias seguidas de mesma letra para cada característica não diferem estatisticamente a nível de 5% de probabilidade
pelo teste Tukey
Analisando-se as características onde houve interação significativa (tabela 4)
nota-se que a altura de planta, apesar de ser um parâmetro genético, foi mais discrepante
no sistema convencional, onde a cultivar Master apresentou altura 82,7% maior do que
a BR106, o mesmo não foi evidenciado no sistema barreirão e no plantio direto. A
presença de cobertura oferecida pelo plantio direto e pelo sistema barreirão possibilitou
maior desenvolvimento das plantas, em especial das cultivares AG6690 e BR106, as
quais atingiram alturas de 1,51 e 1,50m no sistema plantio direto, significativamente
maiores que as obtidas no sistema convencional (1,16 e 0,81m, respectivamente). A
braquiária compete com o milho pelo luz estimulando o seu crescimento, enquanto que
a cobertura morta no plantio direto melhora as características físico-químicas do solo,
dado o aumento do teor de matéria orgânica e por conseguinte da disponibilidade de
nutrientes, em especial o nitrogênio, importante no alongamento dos entrenós. A
extração de nutrientes de qualquer cultura varia em função da produção e depende da
disponibilidade de nutrientes, manejo da cultura e condições climáticas De acordo com
Kluthcouski et al. (2000) a cobertura morta e as adubações no sistema plantio direto
permitem acúmulo de nutrientes na camada superficial do solo. Muzilli & Oliveira
(1982) observaram que a manutenção dos restos vegetais pode representar a restituição
de aproximadamente 42% do nitrogênio, 45% do fósforo e 81% do potássio extraídos
pela cultura. Na região do Cerrado, a mineralização da matéria orgânica chega a ser
cinco vezes maior que em regiões de clima temperado (SANCHES & LOGAN, 1992)
Quanto a altura de inserção de espiga, o comportamento foi semelhante ao da
altura de planta. Esta característica é importante no Sistema Barreirão, onde existe
gramínea, geralmente do gênero Brachiaria, que pode dificultar a colheita dos grãos.
Destaque deve ser dado a significativa redução da inserção da espiga ocorrida na
cultivar BR106, quando no sistema convencional, em mais de 4 vezes em relação ao
barreirão e ao plantio direto. Fatores genéticos são determinantes, entretanto, as
condições adversas resultantes do preparo do solo com gradagens parece ter contribuído
negativamente e de forma mais contundente com esta cultivar. Estudos do Diâmetro
Médio Geométrico (DMG) dos agregados mostram que o trabalho mecânico do solo,
quando muito intenso, faz com que o DMG fique bastante reduzido, o que reduz a
permeabilidade do solo (Grohmann & Arruda et al. citado por SILVA, 1992). Além
disto, a alteração da rugosidade superficial que é uma propriedade dinâmica, influencia
muito nos processos que ocorrem na superfície do solo, e suas mudanças afetam a área
de exposição superficial do solo, o movimento de ar, a temperatura, a radiação recebida,
a evaporação e a erosão do solo (SILVA, 1992).
A quantidade de massa verde é importante quando o objetivo da lavoura é a
produção de silagem. No sistema plantio direto foram mais produtivas as cultivares
AG6690 (27,06ton/ha) e Master (26,58ton/ha), embora sem diferença estatística da
BR106 (19,33ton/ha). A cultivar AG6690 apresentou redução significativa de produção
em 10 e 12 ton/ha de massa verde nos sistemas barreirão e convencional,
respectivamente, em relação ao sistema plantio direto. A cultivar BR106 não adaptou-se
ao sistema convencional, produzindo aproximadamente 1/3 da produção das outras
cultivares no mesmo sistema. Embora na média geral das cultivares o sistema plantio
direto foi mais produtivo, há que ser considerado que o sistema barreirão oferece a
braquiária com um coadjuvante na confecção da silagem e também pode ser
disponibilizada para o pastejo do gado. O sistema de plantio direto precisa ser encarado
como um diferencial de competitividade agrícola e não como um conjunto de técnicas
que visam maior produtividade e economia de combustível. Esses fatores são válidos
mas não são os mais importantes para sua adoção, que numa atividade industrial, como
a produção agrícola, é a sua capacidade de trazer maiores lucros e menores prejuízos ao
solo (GENTIL, 1999)
O número de espigas por planta diferenciou-se apenas na cultivar BR106 e no
sistema convencional, sendo o menor valor obtido (0,14 espigas/planta), indicativo de
que esta cultivar não adapta-se bem a condições de preparo mecanizado do solo.
Tabela 4. Médias de altura de planta, altura de inserção de espiga, produção de massa verde e número de espigas por planta para a entre sistemas
de cultivo e cultivares de milho. Goiânia. 2000.
Sistema de cultivo
Cultivares
Altura de planta (m)
Altura de inserção de espiga
Produção de massa verde
(cm)
(ton/ha)
Barreirão
AG 6690
1,42 ab A
0,72 ab B
17,00 b A
BR 106
1,55 a A
0,82 a AB
23,83 a A
Master
1,54 a A
0,91 a A
22,67 a A
6440
1,47 a A
0,76 a AB
23,34 a A
Média
1,49
0,80
21,71
Convencional
AG 6690
1,16 b B
0,55 b B
15,22 b AB
BR 106
0,81 b C
0,20 b C
7,47 b B
Master
1,48 a A
0,86 a A
21,09 a A
6440
1,40 a AB
0,71 a AB
21,42 a A
Média
1,21
0,58
16,05
Plantio direto
AG 6690
1,51 a AB
0,74 a B
27,06 a A
BR 106
1,50 a AB
0,81 a AB
19,33 a AB
Master
1,59 a A
0,93 a A
26,58 a A
6440
1,21 a B
0,66 a B
14,65 a B
Média
1,45
0,78
21,90
C.V. (%)
10,87
12,67
23,94
Letras minúsculas comparam médias de sistemas de cultivo para a mesma cultivar a nível de 5% de probabilidade pelo teste Tukey
Letras maiúsculas comparam médias de cultivares dentro de cada sistema de cultivo a nível de 5% de probabilidade pelo teste Tukey
Espigas por planta (no.)
0,61 a A
0,47 a A
0,66 a A
0,76 a A
0,63
0,49 a A
0,14 b B
0,75 a A
0,59 a A
0,49
0,72 a A
0,55 a A
0,53 a A
0,64 a A
0,61
28,07
CONCLUSÕES
Quando pretende-se obter maiores pesos de espiga com sabugo, o sistema
plantio direto é mais eficiente que o sistema barreirão, em aproximadamente 40 %;
A cultivar BR106 no sistema convencional não apresentou desempenho
satisfatório, especialmente quanto a altura de inserção de espiga, a produção de massa
verde e número de espigas por planta;
Dentre as cultivares, a Master apesar da maior população de plantas manteve
peso de espiga com sabugo, peso de grãos por espiga e razão massa de grãos/peso da
espiga similares aos das cultivares AG6690 e 6440.
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