Informativo do Hospital Ribeirão Pires Ano X • Nº 57 • Março/Abril – 2015 Otorrinolaringologia Ruído Estamos diariamente expostos a barulhos que, quando indesejáveis, são chamados de ruídos. Uma pessoa normal conversando atinge um volume de 55 dB. Ao gritar, pode atingir até 80 dB. Com essa diferença de 15 dB passa a agredir os ouvidos. Mas não é somente a intensidade que afeta os ouvidos. Há, também, o tempo de exposição a estes ruídos. Nos ambientes de trabalho com níveis de 80dB não se pode ultrapassar o limite de 8 horas diárias. A poluição sonora hoje é tratada como uma contaminação atmosférica, atingindo a todo mundo, tendo reflexos em todo o nosso organismo. Ela causa transtornos não só em nossas orelhas, mas também em diferentes órgãos, alterando significativamente nosso humor, nossa capacidade de concentração. Atinge, ainda, o nosso metabolismo, podendo causar alterações cardiovasculares e perda auditiva definitiva. Porém, as perdas auditivas não são só provenientes do trabalho. O uso constante de volume alto em fones de ouvidos e estampidos de arma de fogo próximo às orelhas podem provocar danos irreversíveis aos ouvidos. É comum termos casos de pessoas que soltam bombas em banheiros públicos com a intenção de assustar os outros. Mas não estão causando somente susto, estão provocando danos irreparáveis. Os danos causados por uso de fones e por estas brincadeiras de mau gosto prejudicam os jovens, no futuro, quando tentam entrar no mercado de trabalho, pois sabemos que as empresas são seletivas neste quesito. Portanto, devemos proteger nossas orelhas de ruídos excessivos para evitar sérios problemas de saúde. Dr. Dilson Sebastiao da Silva, Otorrinolaringologista Missão: Oferecer atendimento médico hospitalar humanizado. Visão: Melhorar continuamente a qualidade e a satisfação de nossos clientes. Valores: Ética, Responsabilidade Social; Desenvolvimento; Profissionalismo. 2 Leitura Saudável • Mar/Abr – 2015 hospitalribeiraopires.com.br Cirurgia Vascular Pé Diabético: Definição e Tratamento Denomina-se pé diabético o surgimento de lesões nos pés da pessoa com diabetes, decorrentes de neuropatia periférica, que compromete os nervos dos membros inferiores, doença vascular periférica, resultante do entupimento de artérias, e de deformidades no pé. As lesões geralmente decorrem de um machucado ou um corte que, muitas vezes, se complicam, com gangrena e infecção, ocasionadas pela má cicatrização, as quais podem resultar em amputação do pé ou perna, quando não se aplica tratamento precoce e adequado. O risco de amputação de membro de um paciente com diabetes é 15 vezes maior do que na população geral, sendo que 50 % das amputações não-traumáticas de membros inferiores são atribuídas aos diabéticos. Antes de chegar ao estágio em que a amputação do membro é necessária, frequentemente surgem lesões na pele que evoluem para as camadas internas da derme e podem chegar, algumas vezes, a alcançar músculos e ossos. As lesões do pé diabético resultam da combinação de dois ou mais fatores de risco que atuam em conjunto e podem ser desencadeados tanto por traumas internos quanto externos associados à neuropatia periférica, à doença vascular periférica e à alteração biomecânica. A neuropatia periférica constitui-se num fator significante nesses casos, conduzindo à lesão/ulceração do membro inferior. Dr. Weverton Terci, Cirurgião Vascular Encontra-se presente em aproximadamente 80% a 85% dos casos e pode comprometer os nervos, os motores e os autonômicos. O componente sensitivo produz perda gradual da sensibilidade da pele, da sensibilidade à dor e à temperatura e perda da propriocepção e equilíbrio. Quanto ao componente motor, este contribui para atrofia e fraqueza dos pequenos músculos dorsais, desencadeando desequilíbrio nos tendões dos membros inferiores, flexores e extensores, deformidades e alterações no modo de caminhar. Já o componente autonômico reduz ou suprime o suor nos pés, deixando-os secos e predispondo-os a rachaduras e fissuras, além de desencadear alterações arteriovenosas. A neuropatia diabética não está clara, porém é pesquisada a partir da verificação da deterioração da função do nervo, subjacente às anormalidades metabólicas e falha na circulação sanguínea microvascular. No que se refere à doença vascular periférica, esta representa uma das principais causas de comprometimento das lesões nos pés das pessoas com diabetes, devido ao entupimento das artérias periféricas, resultante do acúmulo de placas de colesterol e gordura. Esta doença é quatro vezes mais provável de ocorrer em pessoas com diabetes do que na população em geral e sua incidência aumenta gradualmente com a idade e com a duração da doença. Constitui-se em importante fator de risco para a amputação, devido ao comprometimento da irrigação sanguínea em membros inferiores, pois priva os tecidos de adequado fornecimento de oxigênio, nutrientes e antibióticos que prejudicam a cicatrização das lesões, podendo consequentemente levar à gangrena. Entre as alterações biomecânicas, estão as relacionadas com o movimento do corpo, incluindo o comprometimento do equilíbrio e da coordenação motora. Na mensuração da biomecânica corporal, destacam-se a força-reação do solo e a distribuição da pressão no pé durante a locomoção, pois o peso passa a não estar adequadamente distribuído ao longo do pé. Qualquer limitação na extensão do movimento das articulações do pé interrompe a mecânica do andar, o que leva a pessoa a desenvolver um passo disfuncional o qual, certamente, produzirá um dano estrutural maior no pé. Tendo visto o exposto, nota-se de fundamental importância a avaliação de todo paciente com diabetes por um cirurgião vascular. Este profissional avaliará a presença de neuropatia, a presença de alterações vasculares ou cutâneas e a presença de deformidades. Desta maneira, poderemos antever o problema e evitar a evolução para infecções e amputações. Leitura Saudável • Mar/Abr – 2015 hospitalribeiraopires.com.br Pneumologia Fibrose Cística A Fibrose Cística é uma doença genética, que compromete bastante a qualidade de vida do paciente. A doença faz o corpo produzir um líquido denso e pegajoso, o popular muco, que se aloja nas passagens respiratórias dos pulmões e no sistema digestivo, provocando complicações graves nos órgãos afetados. Em alguns casos, pode se manifestar também nas glândulas sudoríparas e no sistema reprodutivo masculino. A enfermidade atinge 20% da população, acometendo mais os brancos puros. Entre os negros e orientais, é rara. Mas em países de grande miscigenação racial, como é o caso do Brasil, pode se manifestar em qualquer pessoa. Aparece mais cedo, se o espectro das mutações do gene for mais grave, e mais tarde, se for leve. O gene defeituoso que causa a Fibrose Cística pode ser transmitido à criança pelo pai ou pela mãe, mesmo que nenhum deles manifeste a doença, e prejudica o funcionamento das glândulas exócrinas, aquelas que produ- zem substâncias como muco, suor e enzimas pancreáticas. O diagnóstico é feito ainda na maternidade. O recém-nascido deve eliminar mecônio em até 48 horas de vida. Se isso não acontecer, é sinal de obstrução ileomeconial, um dos sintomas da doença. Outra forma de diagnóstico é pelo teste do pezinho, que revela doenças genéticas. Nas crianças, a Fibrose Cística é descoberta até os dois anos de idade, mas há formas mais brandas da enfermidade, que podem se manifestar em adultos. Nesses casos, o diagnóstico é feito por meio do teste do suor. O resultado é considerado positivo se o paciente apresentar níveis de cloro superiores a 60 milimoles por litro em duas dosagens e apresentar o quadro mutações do gene e os kits para testes são padronizados. Tratar a fibrose cística exige o envolvimento de médicos de diferentes especialidades para proporcionar melhor qualidade de vida ao paciente. Se a doença atingir os pulmões, são receitados antibióticos para prevenção e tratamento de complicações, medicamentos para ajudar a abrir as vias respiratórias, terapia para substituição de enzima,afinar o muco e ajudar na expectoração, além de alta concentração de soluções salinas. Em casos graves, o transplante de pulmões pode ser indicado. Se a doença provocar problemas intestinais e nutricionais, o tratamento será focado Dr. Reginaldo Amaral Batista, Pneumologista em dieta rica em proteínas e calorias para clínico característico da doença. crianças maiores e adultos, Em pessoas de qualquer ida- enzimas pancreáticas para aude, pode ser aplicado também o xiliar na absorção de gorduras teste genético, que permite des- e proteínas e ingestão de suplecobrir os tipos mais freqüentes mentos vitamínios, sobretudo as da doença e cobre cerca de 80% vitaminas A, D, E e K. Para bedos casos. Não é possível a de- bês, é recomendada uma dieta tecção da totalidade porque há específica. CONVÊNIOS ATENDIDOS PELO HOSPITAL RIBEIRÃO PIRES • Abet/Plantel • Afuse • Amafresp • Allianz Saúde • Amico – Dix Amico – Ampla • Amil Grupo • Blue Life • Bradesco • Caasp • Cabesp • Care Plus • Cassi – Banco do Brasil • Fundação Cesp • Fundação São Francisco Xavier (COSIPA) • Green Line • Golden Cross • Intermédica • Marítima • Mediservice • Metrus • Notre Dame • Omega • Particular • Petro Ambep • Petrobrás Distribuidora • Petrobrás Petróleo Bras. • Porto Saúde • Prev Saúde (Previscânia) • Santa Helena • Saúde Caixa (Caixa Econômica) • Sepaco • Sul América • Tempo Assist. (Gama Saúde – Multicare – Unibanco) • Unihosp • Unimed • Volkswagen 3 4 Leitura Saudável • Mar/Abr – 2015 hospitalribeiraopires.com.br Enfermagem Tudo pela segurança do paciente O Hospital Ribeirão Pires tem como prioridade zelar pela qualidade do atendimento e assistência segura. A segurança do paciente tem sido uma questão estratégica, um compromisso que abrange a alta direção, os gestores de áreas e os colaboradores, na eliminação e redução de risco na assistência ao paciente Outro objetivo é identificar oportunidades de melhorias nos processos assistenciais e também utilizar ferramentas de qualidade para identificação, correção e prevenção de falhas. Para nos auxiliar nesta tarefa, temos o Núcleo de Segurança do Paciente (NSP), que é formado por uma equipe multidisciplinar, entre a área assistêncial e administrativa. O NSP foi criado em 2013, conforme determinação da Organização Mundial de Saúde e de acordo com RDC 36, que institui diretrizes para um Plano de Segurança do Paciente (PSP). O NPS se reúne mensalmente para discussão de melhorias, práticas e diretrizes assistenciais, com um resultado focado em uma melhor assistência, ao paciente. Conheça, no quadro ao lado, alguns protocolos seguindo OMS, instituídos no HRP. Com o apoio da alta direção, todos estamos juntos para desenvolver a cultura de segurança para uma melhor assistência com qualidade e menor risco ao paciente. Segurança do paciente 1 – Identificar corretamente o paciente. 2 – Melhorar a comunicação entre profissionais de Saúde. 3 – Melhorar a segurança na prescrição, no uso e na administração de medicamentos. 4 – Assegurar a cirurgia em local de intervenção, procedimento e paciente correto. 5 – Higienizar as mãos para evitar infecções. 6 – Reduzir o risco de quedas e úlceras por pressão. Solange Aguiar de Souza, Gerente de Enfermagem Especialidades • Alergologia • Anestesiologia • Cardiologia Cirurgia • Buco-Maxilar • Cirurgia Cabeça e Pescoço • Cirurgia Geral • Cirurgia Plástica • Clínica Médica • Dermatologia • Endocrinologia • Gastroenterologia • Ginecologia • Hematologia • Hepatologia • Infectologia • Nefrologia • Neurocirurgia • Neurologia • Obstetrícia • Oftalmologia • Ortopedia • Otorrinolaringologia • Pediatria • Pneumologia • Psiquiatria • Reumatologia • Urologia • Vascular Serviços • Audiometria • Biomedicina • Colposcopia • Densitometria Óssea • Ecodoppler cardiografia • Endoscopia • Eletrocardiografia • Eletroencefalografia • Fisioterapia • Fonoaudiologia • Holter • Impedanciometria • Mamografia • M.A.P.A. • Nasofibroscopia • Otoneurológico • Prova de Função • Psicologia • Radiologia • Radioscopia • Raio X • Ressonância Magnética • Teste de Contato • Teste Ergométrico • Tomografia • Ultrassonografia • Ultrassom de Carótida Além de todas as especialidades, o Hospital oferece um canal direto, onde você poderá dar sua sugestão: [email protected] Visite o nosso site: hospitalribeiraopires.com.br Saudável Leitura Leitura Saudável é uma publicação do Hospital Ribeirão Pires dirigida a seus clientes e colaboradores. Rua Guimarães Carneiro, 52 – Núcleo Colonial – CEP 09424-070 – Ribeirão Pires/SP – fone 4827-1000 – fax 4827-1099 – [email protected]. br. Comissão Editorial: Maria Angélica Tallarico Assef, Letícia Ramos de Oliveira Leme e Natalia Lopez Franchi. Assessoria: S.R.Nabarrete – fone 4930-1687 – [email protected]. JornalistaResponsável: Sonia Nabarrete (MTb 10.887SP). Editoração: Rogério Bregaida – [email protected]. Impressão: HM Ind. e Edit. Gráf. Tiragem: 3.000 exemplares.