Câncer de próstata O que você deve saber Marco A. Fortes HNMD Incidência do câncer em homens no Brasil em 1999 Localização Pele Pulmão Próstata Estômago Cólon e reto Boca Bexiga Homens 19500 14800 14500 13600 9200 5850 5750 % 15,0 11,6 11,4 10,7 7,2 4,6 4,5 INCA - 1999 Incidência 800 700 600 500 400 300 200 100 0 45-54 55-64 65-74 75-84 Idade em anos 85 + AUA, 2001 Incidência Incidência do câncer de próstata Idade Autópsia Clínica 50-59 11% 4% 60-69 24% 11% 70-79 32% 23% >80 44% 28% Epidemiologia Predisposição genética Fatores raciais e geográficos Influência hormonal Fatores ambientais Fatores ligados ao tumor URO / HNMD Predisposição genética Risco de doença aumenta Parentes 2o grau – 4x 1o grau – 8x URO / HNMD Fatores genéticos História familiar Parentes de 1o grau Nenhum Pai ou irmão Risco de câncer 8% 15 a 20% 2 Parentes 25% 3 Parentes 40% Fatores raciais e geográficos Casos / 100 000 hab Negros (EUA) Brancos (EUA) Japão China 136.1 99,2 3,4 0,8 Hormônios / Imigração URO / HNMD Influência hormonal Andrógeno-dependência Não ocorre em eunucos Indução com estrógenos em ratos URO / HNMD Fatores ambientais Dieta Cadmium Radioatividade DST ( Vírus) +++ + ? ? URO / HNMD Fatores ligados ao tumor crescimento Potencial Em 5 anos Estágio T1 Estágio T3 originar metástases Responder a tratamentos Metástase 30% 85% óbito 20% 50% Estadiamento T – Tumor Primário Tx tumor não avaliado T0 sem evidência de tumor T1 Tumor incidental T1a – até 3 focos microscópicos T1b – mais que 3 focos microscópicos T2 tumor limitado à próstata T2a – nódulo < 1,5cm T2b – nódulo > 1,5 cm ou bilateral T3 extensão periprostática, vesícula seminal, bexiga T4 tumor fixo, invasão das estruturas pélvicas Diagnóstico Toque retal PSA Fosfatase ácida Ultrassom transretal Biópsia transretal Cintilografia óssea TC Toque retal Sensibilidade 75% Especificidade 75% Antígeno prostático específico ( PSA ) Glicoproteína sintetizada no ácino e no ducto prostático Liquefação do ejaculado Específico ? Elevação do PSA Hipertrofia prostática benigna 1x Câncer da próstata 10x Prostatite Bicicleta Biópsia Retenção urinária aguda PSA / Especificidade Densidade do PSA Velocidade do PSA PSA conforme a idade Relação PSA total / livre PSA conforme a idade 40-49 anos 50-59 anos 60-69 anos 70 em diante 2,5mg/ml 3,5mg/ml 4,5mg/ml 6,5mg/ml PSA total / livre Soro 15 % PSA está livre 85 % conjugado proteínas PSA livre produzido em menor quantidade no câncer Valor PSA entre 2,5 e 10mg/ml Risco de câncer e PSA Risco de câncer Nível de PSA Toque normal Toque alterado Desconhecido 10% 40% Menor que 4 8% 25% Entre 4 e 10 15% 80% Maior que 10 40% 95% PSA e seguimento PSA e prostatectomia radical PSA e radioterapia PSA e hormonioterapia Rastreamento “ Morre mais gente com câncer prostático do que do câncer prostático.” Toque retal PSA USTR Biópsia Tumor Agulha Uretra Nódulo Biópsia Escore de Gleason Grau de diferenciação/ áreas 1 e 2 2a4 5a7 8 a 10 Bem diferenciados (I) Moderadamente (II) Mal diferenciados (III) Relação entre grau de diferenciação histológica, incidência de metástases ganglionares e sobrevida de 5 anos em tumores clinicamente localizados. Graduação histológica Metástases ganglionares (%) Sobrevida em 5 anos (%) I 16 100 II 39 40 III 60 0 Srougi M., 1990 Cintilografia óssea OPÇÕES PARA CA LOCALIZADO DA PRÓSTATA RETROPÚBICA PERINEAL VÍDEOLAPAROSCÓPICA ROBÓTICA CIRURGIA RADIOTERAPIA CRIOTERAPIA OBSERVAÇÃO VIGILANTE EXTERNA BRAQUITERAPIA URO/ HNMD SOBREVIDA POR ESTÁGIO DOS PACIENTES TRATADOS COM PT RADICAL AMERICAN CANCER SOCIETY - 1997 ESTÁGIO ESPECÍFICA ESPECÍFICA DA DOENÇA DA DOENÇA APÓS 10 ANOS APÓS 15 ANOS T1 93% 88% T2a 91% 88% T2b 90% 80% URO/ HNMD Braquiterapia Sementes radioativas PT RADICAL X RT CORPO DE EVIDÊNCIAS (>) Sobrevida Adolfsson J. – Cancer,72:310-2,1993. (<) Chance de metástases AUA Guidelines- J. Urol., 154:2144-8,1995. (<) Necessidade de 2° tratamento Grossfeld G. – J. Urol, 160: 1398-404,1998. (<) Recorrência D`Amico A. V.- JAMA, 280:969-74,1998 URO/ HNMD PT RADICAL RETROPÚBICA PASSO A PASSO Acesso Linfadenectomia Abertura da fascia endopélvica Ligadura do complexo venoso dorsal Liberação da próstata Dissecção das vesículas seminais Anastomose vésico-uretral URO/ HNMD Prostatectomia radical CONHECIMENTO ANATÔMICO Walsh P.- Prostate, 4:473-85,1983 APRIMORAMENTO TÉCNICO Myers R. - J. Urol. 138:543-50,1987 LIBERAÇÃO DA PRÓSTATA PRESERVAÇÃO DOS FEIXES NEUROVASCULARES Experiência do cirurgião Idade do paciente Extensão tumoral < 55a / T1c > 65a / T2c 80% potentes 30% potentes URO/ HNMD CONTINÊNCIA URINÁRIA Dissecção do ápice com tesoura Não cortar feixes caudais dos ligamentos pubo-prostáticos Corte cranial da uretra Colo vesical ( 22Fr) Preservação : músculo reto-uretral feixes neurovasculares URO/ HNMD ALTERNATIVA PARA A LIGADURA DO COMPLEXO DA VEIA DORSAL NA PROSTATECTOMIA RADICAL RETROPÚBICA Fortes,M.A.; Vieiralves,L.F.: J. Bras. Urol. 25(1), 105-7, 1999 CIRURGIA ROBÓTICA DA VINCI CIRURGIA ROBÓTICA DA VINCI CIRURGIA ROBÓTICA DA VINCI Preço – US$ 1.000.000,00 Manutenção – US$ 130.000,00 / ano EUA – 435 robôs / 2007 Venezuela – 4 robôs / 2007 Brasil – 2 robôs 2008 Hospital Albert Einstein - SP Hospital Sírio Libanês - SP Sobrevida por estágio dos pacientes tratados apenas com prostatectomia radical Estadio 10 anos 15 anos T1 T2a T2b 93 % 91 % 90 % 88 % 88 % 80% American Cancer Society – 1997 CONTINÊNCIA URINÁRIA Número absorventes Cirurgia (n=223) Radioterapia (n=257) Nenhum 78% 85% 94% 1 por semana 2% 6% 1% 1 a 2 por dia 12% 8% 3% > 2 por dia 5% 1% 2% Schellhammer P.F. – Qualidade de vida no câncer localizado de próstata, Urol. Contemp., 4(2):63-65,1998. FUNÇÃO SEXUAL Você tem dificuldade para conseguir ereção ? Cirurgia ( n=223) Radioterapia (n=257) Sem dificuldade 11% 14% Alguma dificuldade 22% 27% Sem ereções 67% 59% Schellhammer P.F. – Qualidade de vida no câncer localizado de próstata, Urol. Contemp., 4(2):63-65,1998 Prostatectomia radical laparoscópica Continência Máximo - 01 absorvente /dia Guillonneau / Fr– 82,3 % após 6 meses Rassweller /Alem- 95,8% após 6 meses Potência Preservação nervos 1 lado – 54% potentes Preservação dos dois lados- 59% potentes Seguimento pós-operatório Radioterapia Margens positivas PSA < 0,4 ng/ml no 1o ano Hormonioterapia Linfonodos positivos PSA > 0,4 ng/ml logo após a cirurgia Tratamento da doença metastática Monoterapia Castração cirúrgica Castração não-cirúrgica Estrógenos Análogos LH-RH Antiandrógenos Bloqueio Androgênico Máximo Estratégias terapêuticas Bloqueio Androgênico Máximo (BAM) Castração / análogo + Antiandrógeno Bloqueio Androgênico Intermitente (BAI) Escape hormonal Retirada do antiandrógeno Hormonioterapia secundária Quimioterapia sistêmica Muito obrigado.