VITAMINA A A Vitamina A é essencial ao crescimento e desenvolvimento do ser humano. Atua também na manutenção da visão, no funcionamento adequado do sistema imunológico (defesa do organismo contra doenças, em especial as infecciosas), mantém saudáveis as mucosas (cobertura interna do corpo que recobre alguns órgãos como nariz, garganta, boca, olhos, estômago) que também atuam como barreiras de proteção contra infecções. Consequências da deficiência A deficiência de Vitamina A (Hipovitaminose A) é uma doença nutricional grave e é a causa mais freqüente de cegueira previsível entre crianças. Além das alterações oculares que podem levar a cegueira, a deficiência contribui para o aumento das mortes e doenças infecciosas na infância. As hipovitaminoses são: Nictalopia - Cegueira noturna, ou seja, incapacidade de ver bem quando há falta de luz. Hemeralopia - Cegueira diurna, caracteriza-se por uma função deficiente dos cones (células do olho humano que tem a capacidade de reconhecer as cores). Xeroftalmia - Endurecimento da córnea, tornando-a semi-opaca e prejudicando a visão. Ela não surge apenas por carência de vitamina A no organismo. Quando não tratada, a xeroftalmia pode levar à perda total da visão. Outras complicações ligadas a deficiência de vitamina A incluem visão deficiente à sensibilidade da luz (fotofobia), redução do olfato e do paladar, ressecamento e infecção na pele e nas mucosas (xerodermia), stress, espessamento da córnea, lesões na pele e câncer nos olhos. A xeroftalmia é diferente de hemeralopia, esta sendo a chamada de 'cegueira noturna' é aquela, secura nos olhos que promove o aumento do atrito entre as pálpebras e o olho, ocasionando ulcerções (feridas) no epitélio ocular. A deficiência de vitamina A também ocasiona hiperplasias (multiplicação descontrolada das células) e metaplasias (perda da forma celular), além do aparecimento de doenças oportunistas. Causas da deficiência Falta de amamentação ou desmame precoce: o leite materno é rico em vitamina A e é o alimento ideal para crianças até dois anos de idade; Consumo insuficiente de alimentos ricos em vitamina A; Consumo insuficiente de alimentos que contêm gordura: o organismo humano necessita de uma quantidade de gordura proveniente dos alimentos para manter diversas funções essenciais ao seu bom funcionamento. Uma delas é permetir a absorção de algumas vitaminas lipossolúveis (vitaminas A, D, E, e K). Consumo exagerado Pela ingestão exagerada podem surgir manifestações como pele seca, áspera e descamativa, fissuras nos lábios, ceratose folicular (pele com “bolinhas”), dores ósseas e articulares, dores de cabeça, tonturas e náuseas, queda de cabelos, cãimbras, lesões hepáticas e paradas do crescimento, além de dores ósseas. Podem surgir também falta de apetite, edema, cansaço, irritabilidade e sangramentos. Aumento do baço e fígado, alterações de provas de função hepática, redução dos níveis de colesterol e HDL colesterol também podem ocorrer. Os precursores da vitamina A têm uma influência significativa sobre a quantidade de vitamina A que deve ser ingerida. Existem compostos relacionados com as vitaminas que podem ser convertidos dentro do organismo na vitamina ativa (pró-vitaminas). Alguns carotenóides são pró-vitamínicos A, sendo o mais importante o beta-caroteno, porém deve ser ingerido com MODERAÇÃO, pois o seu consumo excessivo ocasiona o amarelamento das extremidades. Capacidade antioxidante O betacaroteno (pró-vitamina A) atua como antioxidante, neutralizando os radicais livres (subprodutos do metabolismo normal das células). Sistema imunológico Infecções frequentes podem indicar carência, pois a falta de vitamina A reduz a capacidade do organismo de se defender das doenças. Essencial na manutenção da resistência a infecções. Sua deficiência em crianças desnutridas aumenta o risco de diarréias, doenças respiratórias e sarampo. Recomendação A recomendação da vitamina A é de 1 mg/dia ou 5.000 UI. Fontes de vitamina A são: ORIGEM ANIMAL ORIGEM VEGETAL Fígado Cenoura Leite Abóbora Gema de ovo Mamão Queijos Almeirão Manteiga Agrião Óleo de peixe Couve Material elaborado por: Cristiane C. Rinaldi e Elisângela M. Naves, sob supervisão da Profª Luciana Setaro. Referências Bibliográficas: CARDLE, D. M. W. 1996. Nutrição: Exercício e Saúde. Rio de Janeiro, Editora Medsi. FRANCO G. 1999. Tabela de Composição Química dos Alimentos. São Paulo, Editora Atheneu. GALISA. M. S. 2008. Nutrição Conceitos e Aplicações. São Paulo, Editora M. Books do Brasil Editora Ltda.