Logística empresarial – conceitos e definições

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Logística empresarial – conceitos e definições
Por Leandro Callegari Coelho - Logística Descomplicada, em 01 de fevereiro 2010
Por Camila Avozani e Aline Regina Santos
No início de 1991, a logística e a estratégia competitiva, demonstraram sua importância.
Como preparação para a Guerra do Golfo, os Estados Unidos e seus aliados tiveram que
deslocar grandes quantidades de materiais a grandes distâncias, com tempo curto. Meio
milhão de pessoas e mais de meio milhão de materiais e suprimentos tiveram que ser
transportados através de 12.000 quilômetros por via aérea, mais 2,3 milhões de toneladas
de equipamentos transportados por mar em questão de meses, usando os recursos da
logística.
Ao longo da história do homem as guerras têm sido ganhas e perdidas através do poder e
da capacidade da logística, ou a falta deles. Enquanto os generais dos tempos remotos
compreenderam o papel crítico da logística, estranhamente, apenas num passado recente é
que as organizações empresariais reconheceram o impacto vital que o gerenciamento
logístico pode ter na obtenção da vantagem competitiva. Em parte, deve-se esta falta de
reconhecimento ao baixo nível de compreensão dos benefícios da integração logística.
A distribuição física das mercadorias é um problema distinto da criação de demanda, com
grandes falhas das operações de distribuição devido à falta de coordenação, entre a criação
da demanda e o fornecimento físico, sendo pois uma questão que deve ser enfrentada e
respondida antes de começar o trabalho de distribuição.
Entretanto, a logística não se refere apenas à distribuição física e sim, a gestão de estoques,
armazenagem, distribuição, gestão de compras e transporte, além das atividades de apoio.
Ao longo do tempo, a logística vem evoluindo, passando de ações isoladas para ações
sinérgicas,
ou
seja,
à logística
integrada e,
atualmente, supply
chain
management (gerenciamento da cadeia de suprimentos), aspectos estes que serão aqui
abordados.
2. DESENVOLVIMENTO DO conceito DE LOGÍSTICA
Para a plena compreensão da logística é necessário não apenas o domínio dos conceitos e
práticas, mas também um amplo entendimento de sua evolução histórica e sua correlação
com a evolução de todo o gerenciamento industrial. A visão evolução histórica embasa uma
visão crítica da situação atual, assim como das tendências logísticas.
Cinco etapas principais na evolução logística são apontadas em estudos recentes por Fleury
et al (2000), sendo a primeira chamada “do campo ao mercado”, situada no início do século
XX, teve como foco o problema de escoamento da produção agrícola. O marco inicial desta
etapa é a publicação por John F. Crowell, em 1901, de um tratado sobre os custos e fatores
que afetam a distribuição dos produtos agrícolas. Este foi o primeiro texto a abordar tais
assuntos.
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A segunda etapa, “funções segmentadas”, ocorreu entre os anos 1940 e 1960 e
caracterizava-se pela especialização e ênfase nos desempenhos funcionais. Nesses anos o
enfoque logístico era departamental, e os esforços eram todos para melhorar a eficiência
dos elos, sem preocupação a integração da cadeia.
A partir de 1960 inicia a terceira etapa, chamada “funções integradas”. O enfoque então era
na integração da logística interna, com ênfase no conceito de custo total e no tratamento
sistêmico. Nesta época surge a primeira grande associação de profissionais e acadêmicos
de logística, o National Council of Physical Distribution Management – NCPDM. O conselho
define logística com sendo:
“Logística consiste das atividades associadas à movimentação eficiente de produtos
acabados, desde o final da linha de produção até o consumidor, e, em alguns casos, inclui a
movimentação de matéria-prima da fonte de suprimentos até o início da linha de produção.
Estas atividades incluem o transporte, a armazenagem, o manuseio dos materiais, o
empacotamento, o controle de estoques, a escolha da localização de plantas e armazéns, o
processamento de ordens, as previsões de ordens e os serviços aos clientes.” (1962).
A quarta etapa, “foco no cliente”, tem inicio a partir de 1980 e enfoca o estudo da
produtividade e do custo dos estoques. É desta época a mudança do NCPDM para CLM –
Council of Logistical Management. A definição de logística então passou a ser:
“Logística é o processo de planejamento, implementação e controle da eficiência, do custo
efetivo do fluxo e estocagem dos materiais, do inventário de materiais em processo de
fabricação, das mercadorias acabadas e correspondentes informações, desde o ponto de
origem até o ponto de consumo, com a finalidade de ajustar às necessidades do cliente.“
(1986).
Por fim, a última etapa é a “logística como elemento diferenciador”, que corresponde a
atualidade. Agora a logística é vista como meio de obter vantagem competitiva. Também se
destaca o surgimento do conceito de gerenciamento da cadeia de suprimentos (supply chain
management). Na década de 2000 o CLM muda seu nome para Council of Supply Chain
Management Professionals – CSCMP e a definição de logística do novo conselho passa a ser:
Gerenciamento Logístico é a parte da gestão da cadeia de suprimentos que planeja,
implementa e controla de maneira eficiente e efetiva os fluxos diretos e reversos, a
armazenagem de bens, os serviços e informações relacionadas entre o ponto de origem e o
ponto de consumo a fim de encontrar os requerimentos dos clientes.
Por fim, a Figura 1 apresenta um resumo esquemático da definição de logística.
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Figura 1 – Definição esquemática de logística.
A tabela 1 de Møller & Johansen (1992) apresenta a evolução logística sob outra
perspectiva, relacionando o ambiente empresarial, o foco da indústria e o foco logístico.
Tabela 1 – Evolução do foco da logística
A evolução logística também pode ser estudada do ponto de vista de suas subdivisões, como
apresentado na Figura 2.
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Figura 2 – Evolução funcional
A linha evolutiva indica uma maior integração funcional, culminando na Logística Integrada
dos dias atuais, que extrapola os limites da empresa, conectando as funções logísticas de
toda a cadeia de suprimentos, desde o fornecedor primário até o consumidor final.
A evolução apresentada na Figura 2 também pode ser tratada como a mudança de foco
logístico interno para logístico externo, ou seja, o foco passou de produtividade, lead-times
e custos logísticos para a relação entre empresas e outros membros do sistema logístico.
Møller (1995) apresenta ainda um mapa de conceitos logísticos (Figura 3), organizado em
forma matricial de acordo com o foco estratégico-operacional e foco em suprimentosclientes.
Figura 3 – Mapa de conceito logístico
Os conceitos logísticos apresentados no mapa ainda poderiam ser divididos em orientações
básicas da estratégia logística.
•
•
•
Logística Orientada para Recursos: procura a obtenção de vantagens competitivas no
gerenciamento dos diferentes recursos (capital, materiais, pessoas). Exemplo desta
orientação é o Gerenciamento de Materiais, que tem foco operacional e em
suprimentos.
Logística Orientada para a Informação: procura vantagens competitivas através da
gestão da informação. Nesta categoria pode-se incluir o Gerenciamento da Cadeia de
Suprimentos (Supply Chain Management), que procura facilitar a troca de
informações entre os participantes da cadeia para melhorar o desempenhoglobal.
Logística Orientada para o Usuário: tem o foco no cliente final. O Marketing Logístico
pertence a esta categoria, uma vez que procura perceber os anseios dos clientes
relacionados à logística.
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3. PARADIGMAS EM LOGÍSTICA
O estudo da disciplina de logística sugere a existência de paradigmas, ou seja, diferentes
abordagens para o problema logístico. Møller sugere a existência de três paradigmas: o
paradigma clássico, o genérico e o conceitual. Já Wanke (2003) trata dois paradigmas, o
paradigma do custo total e o paradigma da melhoria de processos. A figura 9 apresenta os
paradigmas de Møller classificados de acordo com sua complexidade organizacional e
tecnológica.
Figura 4 – Paradigmas em Logística
O paradigma clássico, equivalente ao paradigma de custo total apresentado por Wanke,
representa a abordagem analítica tradicional da logística. De acordo com esta visão, os
problemas logísticos são claramente definidos e podem ser modelados matematicamente. O
foco maior é em ferramentas de apoio à decisão e o objetivo é minimizar o custo total, de
acordo com o modelo de análise de custo total (Figura 3-8).
O paradigma genérico possui forte relação com a informática. Nesta abordagem, as funções
logísticas são tratadas separadamente e integradas por ferramentas computacionais. O foco
é nas funções administrativas da empresa. Hoje é considerado o “estado da prática”, uma
vez que é amplamente adotado pelas empresas. A Figura 10 apresenta uma evolução dos
softwares organizacionais. Cabe destacar que o SCM extrapola o paradigma genérico, uma
vez que possui uma proposta de integração de toda a cadeia de suprimentos, o que vai ao
encontro da abordagem conceitual da logística.
Figura 5 – Evolução dos Softwares Organizacionais (BEYER, 2004).
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O paradigma conceitual é utilizado para conceituar problemas que não possuem estrutura
funcional, e cujo propósito é explicar o comportamento e definir estratégias para um
gerenciamento efetivo. Variáveis qualitativas e relacionamentos complexos estão inclusos
neste paradigma. Um exemplo desta abordagem é o conceito de serviço ao cliente, definido
como um instrumento para indicar um nível de eficácia logística e, além disso, ajudar a
decidir como priorizar os recursos. Em suma, o concito é utilizado para a tomada de decisão
estratégica. Essa abordagem é considerada “o estado da arte”, sendo atualmente praticada
por poucas empresas de nível mundial.
Wanke ainda apresenta o paradigma de melhoria continua, no que o objeto de trabalho são
os fluxos de produtos. Esta abordagem observa diferenças entre os fins (fluxo de produtos),
que estariam diretamente relacionados com as melhorias de processos, e os meios
(recursos), que estão relacionados com as melhorias das tarefas.
Por fim a Figura 6 apresenta o estado futuro da logística, que exige soluções e alta
complexidade organizacional que estejam alinhadas a sofisticação tecnológica necessária
para que a empresa se mantenha ágil e competitiva.
Figura 6 – Nova situação logística
4. COMPONENTES DA LOGÍSTICA
A logística é composta de atividades primárias (transporte, manutenção de estoques e
processamento de pedidos), as quais possuem fundamental importância na redução de
custos e maximização do nível de serviços. As demais atividades (armazenagem, manuseio
de materiais, embalagem, suprimentos, planejamento e sistemas de informação) são
consideradas atividades de apoio, pois dão suporte às atividades primárias com o intuito de
satisfazer e manter clientes, além de maximizar a riqueza dos proprietários.
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4.1 Gestão de estoques
As organizações procuram atender seus clientes imediatamente, disponibilizando a
quantidade desejada, a fim de superar a concorrência, implicando, por vezes, em um
volume demasiado de produtos em estoque. A má administração dos estoques pode
ocasionar investimentos de capital desnecessários e conseqüentemente a perda de mercado
consumidor. O estoque compreende desde a matéria-prima, produtos e peças em processo,
embalagem, produto acabado, materiais auxiliares, de manutenção e de escritório, até os
suprimentos.
Dessa forma, as empresas vêm buscando a redução da quantidade de produtos estocados e,
para um maior controle e gerenciamento dos mesmos, as organizações utilizam-se de
sistemas cada vez mais sofisticados, a fim de determinar o nível de segurança dos estoques,
a qualidade do bem ou serviço, além da quantidade ideal a ser comprada.
Os estoques devem ser monitorados e avaliados constantemente, pois a gestão dos
mesmos, depende cada vez mais de parâmetros para mensurar e controlar os produtos que
são mantidos em estoques. Isso porque os estoques detêm grande parte dos custos
logísticos, em função de envolver os custos de pedido, manutenção, falta de produtos, além
de apólices de seguros, obsolescência, perdas e pessoal especializado.
4.2 Armazenagem
A armazenagem trata de procedimentos que visam à conservação e controle das
mercadorias estocadas para posterior utilização e distribuição. Os itens, após recebimento,
são armazenados em depósitos ou centros de distribuição, os quais são escolhidos de acordo
com o produto a ser estocado e sua quantidade, além da distância do cliente e o transporte,
relacionando o melhor custo-benefício para todos os envolvidos.
Os centros de distribuição podem ser em depósitos próprios, administrados pela empresa,
em depósitos públicos ou em depósitos contratados, os quais aliam características dos
primeiros (BOWERSOX e CLOSS, 2001). A gestão de armazenagem, se bem administrada,
proporciona à empresa maior vantagem no que se refere à redução de custos, tempo de
deslocamento e maior agilidade em atender seus clientes com qualidade.
4.3 Distribuição
O processo de distribuição não se refere apenas ao transporte de matérias-primas ou
produtos, trata-se de uma atividade que engloba os procedimentos adotados, os serviços, o
transporte de materiais e produtos, a fim de satisfazer as necessidades e desejos dos
clientes com qualidade, agilidade, ao menor custo.
As etapas que compõem os canais de distribuição dos produtos e materiais iniciam-se com o
pedido do cliente, que é transmitido e processado, posteriormente o mesmo é separado e
transportado até o cliente para ser entregue, conseqüentemente se o cliente sentir-se
satisfeito, formar-se-á um ciclo, ou seja, uma relação de fidelidade entre o fornecedor e
cliente.
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4.4 Gestão de Compras
A gestão de compras abrange desde a escolha do fornecedor até a entrada dos suprimentos
na organização, assim, o pedido deve atender às necessidades e exigências dos clientes, no
que se refere à qualidade, quantidade, prazos, custos, entre outros requisitos, além de
envolver elevado volume de recursos. O responsável pelas compras na organização
responde pela aquisição de materiais na quantidade e qualidade desejadas, no tempo
necessário ao melhor preço possível, do fornecedor adequado.
O sucesso da gestão de compras está relacionado ao gerenciamento dos pedidos, visando à
satisfação do cliente. Com base em informações estratégicas de seus clientes potenciais a
organização identifica as necessidades dos mesmos, desenvolvendo um relacionamento de
parceria. Essa parceria é desenvolvida não só com clientes, mas com fornecedores, que são
de extrema relevância na obtenção de baixos níveis de estoque e o ressuprimento contínuo.
Através da parceria com fornecedores, as organizações conseguem negociar o volume de
pedidos, fracionando o fornecimento em menores quantidades, reduzindo assim, seus
estoques e satisfazendo seus clientes.
4.5 Transporte
O transporte engloba as diferentes formas de movimentar os materiais ou produtos, seja
interna ou externamente. A escolha do transporte adequado está diretamente relacionada à
qualidade dos serviços junto ao cliente, variando de acordo com o produto, com a distância
e com os custos.
O transporte de produtos ou matérias-primas ocorre através de modais que podem ser
rodoviários, ferroviários, aéreos, dutoviários ou navais, cuja escolha considera o custo, o
tempo de entrega e as possíveis variações de adaptabilidade dos respectivos modais à carga
e destino. Atualmente, no Brasil, o transporte rodoviário vem sendo o mais utilizado, com
participação de 63% (BERTAGLIA, 2003), proporcionando a entrega de forma ágil e precisa,
no local e condições desejadas pelo cliente, além de ser confiável e estar disponível em todo
o território nacional.
De acordo com o quadro 01, identifica-se os tipos de transporte e algumas de suas
particularidades:
Quadro 01 – Tipos de modais
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Tipo
de Características – Custos
Transporte
Ferroviário
Altos custos fixos em equipamentos, terminais, vias
férreas; custos variáveis baixos.
Rodoviário
Custos fixos baixos e custo variável médio (combustível,
pneus, manutenção).
Hidroviário
Custo fixo médio-alto (navios e equipamentos) e custo
variável baixo (capacidade para transportar grandes
quantidades).
Dutoviário
Custos fixos mais elevados (direitos de acessos, construção
de dutos) e custo variável mais baixo.
Aeroviário
Custo fixo alto (aeronaves) e custo variável alto
(combustível mão de obra, manutenção).
Fonte: ADM Brasil – Logística, 2005.
Fleury (2000) classifica os modais de transporte de acordo com a estrutura de custos, sendo
que o modal ferroviário possui altos custos fixos e um custo variável baixo; o modal
rodoviário possui custos fixos baixos e um custo variável médio; o aquaviário possui um
custo fixo médio e um custo variável baixo; o modal dutoviário possui um custo fixo mais
elevado e um custo variável mais baixo; já o modal aeroviário possui um custo fixo e um
custo variável alto.
5. OBJETIVOS DA LOGÍSTICA
Segundo a SOLE (Society of Logistics Engineers), as finalidades da logística podem ser
compreendidas nos ” 8 Rs ” a seguir1:
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•
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•
•
•
•
•
Right
Right
Right
Right
Right
Right
Right
Right
Material ( materiais justos)
Quantity (na quantidade justa)
Quality (de justa qualidade)
Place (no lugar justo)
Time (no tempo justo)
Method (com o método justo)
Cost (segundo o custo Justo)
Impression (com uma boa impressão)
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Como objetivo primordial da logística empresarial, Ching (2001), evidencia a entrega dos
produtos ou serviços ao comprador potencial no local, tempo e momento corretos, ao menor
custo possível e nas condições pré-determinadas.
Coyle (1992) definiu a missão da logística como: “garantir a disponibilidade do produto
certo, na quantidade certa, nas condições certas, no local certo, no tempo certo, para o
cliente certo, e a um custo certo”. Já Bowerssox define a missão de logística de maneira
sucinta como sendo o balanceamento das expectativas em relação ao serviço e dos custos,
de tal maneira que os objetivos do negócio sejam alcançados. Pode-se afirmar que, um dos
objetivos da logística é aumentar o grau de satisfação do cliente e, para atingir essa meta, é
necessário aplicá-la às áreas funcionais e em campos de atividades:
•
•
•
•
•
Função de projetos e tecnologias: unificação dos componentes; projeto orientado
à facilidade de manutenção; sincronização da vida útil dos componentes de
montagem; projeto de produtos facilmente transportáveis; modularização da
embalagem; projeto orientado à segurança, com economia dos componentes de
matérias-primas, recuperação e reutilização das mesmas;
Função de abastecimento de materiais e componentes: abastecimento
sincronizado com a produção; com um Lead Time (tempo de controle da produção)
breve; abastecimento de materiais e componentes de qualidade elevada;
abastecimento a custos limitados; respondendo com flexibilidade às variações da
produção;
Função de produção: permitir a manutenção de uma excelente qualidade;
comprimir o estoque e o que existe na produção;
Função de distribuição física: breve Lead Time entre o recebimento dos pedidos e
a expedição; distribuição física com expedições sem erros, respeitando os tempos de
entrega desejados pelos clientes, custos reduzidos, em condições de responder aos
picos da demanda;
Função de marketing e de venda: reorganização dos canais distributivos até os
clientes; modalidades dos empenhos de distribuição física entre os encarregados das
vendas, modalidades relativas aos serviços de entregas, ideais do after service (após
a oferta do serviço), exposições e amostra dos produtos nas lojas.
6. CONSIDERAÇÕES SOBRE A LOGÍTICA
A logística é responsável pela integração e sincronia entre dois fluxos: o de informações e o
físico. Dessa forma, através da logística é possível assegurar a satisfação do cliente ao longo
do tempo, em cadeia desde os fornecedores, transportes, distribuidores, varejista, clientes,
fluxo de materiais, recuperação e reciclagem, fluxo de informação, fluxo financeiro e
recursos humanos.
Para satisfazer essas exigências, não é suficiente que logística se ocupe somente da entrega
dos produtos aos clientes, dos artigos comerciais e dos serviços que possui no momento.
Necessita, também, reorganizar globalmente as funções de abastecimento de materiais,
componentes, de produção e de compra no atacado, a função de desenvolvimento dos
produtos e de distribuição física, a função de vendas e, assim por diante; é necessário
estruturá-las juntamente e fazer das mesmas um sistema. As várias empresas devem
definir solidariamente suas finalidades, extraindo-as dos conteúdos desses conceitos.
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O gerenciamento logístico busca contribuir para a excelência no processo de gerenciamento
e estratégia organizacional, visando à redução de custos e melhoria dos serviços das
companhias.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFIAS
BALLOU, Ronald H. Logística empresarial: transportes, administração de
materiais e distribuição física. São Paulo: Atlas, 1993.
BERTAGLIA, Paulo Roberto. Logística e gerenciamento da cadeia de
abastecimento. São Paulo: Saraiva, 2003.
BOWERSOX, Donald J.; CLOSS, David J. Logística empresarial: o processo de
integração da cadeia de suprimento. São Paulo: Atlas, 2001.
CHING, Hong Yuh. Gestão de estoques na cadeia de logística integrada - supply
chain. 2.ed. São Paulo: Atlas, 2001.
CHRISTOPHER, Martin. Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos estratégias para a redução de custos e melhoria dos serviços. São Paulo:
Pioneira, 1999.
FURLANETO, E. L. Formação das estruturas de coordenação nas cadeias de
suprimentos: estudo de caso em cinco empresas gaúchas. Tese (Doutorado) Escola de Administração, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2002.
GAZETA MERCANTIL, artigo Logística pode levar à fidelização de clientes,
16/05/2000.
GAZETA MERCANTIL, Artigo Logística reduz custos na Ford, 21/05/2000.
GAZETA MERCANTIL, Artigo Capixaba aderem ao "Espinha Dorsal", 27/06/2000.
HARRISON, A.; HOEK, R. Estratégia e gerenciamento de logística. São Paulo:
Futura, 2003.
KOBAYASHI, Shun'ichi. Renovação da logística, como definir estratégias de
distribuição física global. São Paulo: Atlas, 2000.
LAMBERT, D. M.; COOPER, M. C.; PAGH, J. D. Supply chain management:
implementation issues and research opportunities. The International Journal of
Logistics Management, v. 9, n. 2, p. 1-19, 1998.
NEW, S. J.; PAYNE, P. Research frameworks in logistics. International Journal
of Physical Distribution & Logistics Management, v. 25, n. 10, p. 60-67, 1995.
Matéria publicada no endereço eletrônico
http://www.logisticadescomplicada.com/logistica-empresarial-conceitos-edefinicoes/ acessada em 12/02/2011 às 18:56.
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