06/2008 Lipidemia Metabolismo e Endocrinologia Grupo 2 André Zamith, nº58556 Eduardo Bicacro, nº58615 Pedro Teixeira, nº58482 Lipidemia define-se se como a concentração de lípidos no plasma sanguíneo. Neste documento irá ser abordada a forma como essa concentração se estabelece, e que mecanismos a regulam. Os lípidos são biomoléculas insolúveis em água, tendo como exemplos os triacilgliceróis (TAG) ou colesterol. Existem vários motivos que tornam oss TAG bons combustíveis de reserva: têm longas cadeias alquilo altamente reduzidas; a sua energia de oxidação o total é mais de duas vezes superior à dos glícidos ou proteínas de igual peso molecular;; a sua insolubilidade em água evita o aumento da osmolaridade do meio; a não solvatação pela água reduz o volume que qu esta ocuparia nas reservas; o facto de serem inertes quimicamente, faz com que não tenham tendência a participar em reacções indesejadas. Contudo, os TAG apresentam também algumas desvantagens, pois a sua insolubilidade na água exige emulsionamento antes na sua digestão e ainda transporte especializado no sangue que consiga ultrapassar essa insolubilidade. O colesterol é uma ma molécula lipídica lipíd cuja importância é elevada: é constituinte das membranas celulares do organismo humano; é precursor de hormonas esteróides, como por exemplo cortisol ou progesterona, da Vitamina D e dos sais biliares. Os ácidos gordos podem ter origem em gorduras absorvidas na dieta, ser sintetizados pelo fígado (que também sintetiza colesterol, entre outros) ou no tecido adiposo, onde constituem TAG. Estes precisam de ser transportados entre estas fontes e os destinos onde cumprem funções metabólicas. A solução para o problema da sua insolubilidade reside na capacidade de sintetizar uma estrutura designada de lipoproteína.. No plasma sanguíneo, com a excepção dos ácidos gordos livres (AGL) que viajam ligados à albumina, os lípidos são transportados nessas estruturas micelares denominadas lipoproteínas. As lipoproteínas plasmáticas contêm, no seu núcleo, lípidos hidrofóbicos (TAG e ésteres decolesterol) envolvidos por uma monocamada de lípidos anfipáticos (fosfolípidos e colesterol)) associados a proteínas (apolipoproteínas). As apolipoproteínas proteínas são as partes funcionais que serão reconhecidas das pelas superfícies celulares, podendo ser integrais (p/ex. ApoA e ApoB) ou periféricas (p/ex. ApoC e ApoE) – ver figura adjacente. As apolipoproteínas periféricas, ao contrário con das integrais, podem ser transferidas entre diferentes lipoproteínas plasmáticas. plasmáticas. Consideram-se Consideram os seguintes tipos de lipoproteínas: Chylomicron– Quilomicra; Chylomicronremnant – Quilomicra remanescente; remanescente VLDL – VeryLowDensityLipoproteins VeryLowDensityLipoprotei – Lipoproteínas de densidade muito baixa; IDL – Intermediate-DensityLipoproteins DensityLipoproteins– Lipoproteínas de densidade intermédia; LDL – Low-DensityLipoproteins – Lipoproteínas de baixa densidade; HDL - High-DensityLipoproteins – Lipoproteínas de alta densidade. Os várioss tipos de lipoproteínas podem ser distinguidos pelos diferentes tamanhos, densidades, apoproteínas nas constituintes, percentagem proteica, percentagem lipídica, propriedades electroforéticas electroforé e constituintes fundamentais (ver tabela abaixo). a Composição (wt %) Proteína Fosfolípidos Colesterol livre Ésteres de colesterol TAG 2 9 1 3 85 - - - - - 10 18 7 12 50 - - - - - 23 20 8 37 10 55 24 2 15 4 Destaque-se que com a diminuição do tamanho das lipoproteínas, a sua densidade aumenta. Podemos ainda observar que quanto menor for a percentagem lipídica da lipoproteína, maior será a sua percentagem proteica. As quilomicra e as VLDL são as lipoproteínas em que os TAG são o composto dominante, ao contrário dos LDL e dos HDL, cujos compostos dominantes são os fosfolípidos e as proteínas. Todas estas tendências são explicadas pelos processos de formação das várias lipoproteínas que serão explicados adiante. Cada classe de lipoproteína tem uma função específica que pode ser determinada pelos pontos de síntese, composição lipídica e conteúdo apolipoproteico. As apolipoproteínas participam no metabolismo dos lípidos contidos nas lipoproteínas de diferentes maneiras: (i) podem ser ligandos de receptores das membranas celulares (permitindo a interacção das lipoproteínas com as células) como a ApoE, a ApoB100 e a ApoAI; (ii) podem ser reguladores de enzimas como a ApoCI-I e ApoC-III (activação e inibição da proteína lipase, respectivamente) e a ApoA-I (activação da lecitina colesterolaciltransferase). Após a ingestão de gorduras na dieta de um indivíduo, os sais biliares emulsionam os aglomerados macroscópicos que estas formam no quimo expelido do estômago para o intestino, formando micelas dispersas (partículas microscópicas). Lipases hidrossolúveis existentes no intestino hidrolisam as micelas em monoacilgliceróis e AGL. Posteriormente estes lípidos são absorvidos pela mucosa intestinal e reesterificados em TAG no retículo endoplasmático dos enterócitos. Por acção de uma proteína do retículo endoplasmático denominada proteína microssomática de transferência, os TAG formados são de seguida combinados com apolipoproteínas (ApoB48 e ApoA) dando origem a quilomicra imaturos (ou nascentes) que, por processos desenvolvidos no complexo de Golgi, sofrem exocitose no pólo basal dos enterócitos. Estas são as únicas lipoproteínas exógenas, pois o seu conteúdo é obtido a partir do interior do tubo digestivo. Os quilomicra são então transportados nos vasos linfáticos e posteriormente vertidos na corrente sanguínea onde interagem com as HDL, recebendo destas as apolipoproteínas essenciais ao seu metabolismo (Apo C e ApoE). Desta forma são sintetizados os quilomicra maduros. O conteúdo lipídico dos quilomicra maduros pode ser armazenado no tecido adiposo, bem como aproveitado directamente pelos músculos para produção de energia. Os quilomicra maduros, em concentração elevada no plasma após uma refeição contendo lípidos, darão origem aos quilomicra remanescentes nos capilares dos tecidos adiposo e muscular, por perda do conteúdo em TAG. Nesta transformação está envolvida uma enzima - a lipoproteína lipase - que, ligada na face luminal da membrana das células endoteliais dos capilares de tecidos extrahepáticos, catalisa a hidrólise dos TAG do núcleo dos quilomicra a ácidos gordos e glicerol. O cofactor essencial à actividade desta lipase é o ApoC-II. Existe também diminuição de outros componentes lipídicos (como fosfolípidos e colesterol) e proteicos (ApoA e ApoC, incluindo ApoC-II) por transferência para as HDL. Posteriormente, os quilomicra remanescente chegam ao fígado, onde são endocitados através dos receptores LDL (ApoB-48, ApoE) e LRP (LDL receptor-related protein), e onde os seus constituintes vão ser desmembrados, podendo ser aproveitados para a síntese de novas lipoproteínas, ou constituir as reservas do próprio órgão. A síntese hepática de TAG ou a sua chegada através dos quilomicra remanescentes fornecem o estímulo imediato para a formação e secreção das VLDL. As VLDL formam-se no fígado e transportam para o plasma sanguíneo os TAG e os outros lípidos aí sintetizados. Estas lipoproteínas são constituídas por ApoB100, ApoE e ApoC. A formação das VLDL tem semelhanças com a dos quilomicra: as ApoC e ApoE também têm origem nas HDL. Os seus TAG também sofrem a acção da lipoproteína lipase, sendo acolhidos nos tecidos extra-hepáticos, e também a ApoCII e alguns fosfolípidos e colesterol são transferidos para as HDL no decorrer da lipólise. As partículas lipoproteicas resultantes do processo hidrolítico designam-se, neste caso, por IDL e tal como os quilomicra remanescentes contêm ApoE. Para além de ApoE, as IDL contém ApoB100. A apoE, presente nas IDL e nos quilomicra remanescentes, é ligando de receptores membranares hepáticos de dois tipos: o receptor das LDL (que se liga às ApoE mas também às ApoB100) e o LRP (LDL receptor related protein) que se liga apenas às apoE. A ligação das IDL e dos quilomicra remanescentes aos receptores das LDL ou aos LRPs permite a captação (por endocitose) destas lipoproteínas pelo fígado. Nos lisossomas dos hepatócitos os diversos componentes (incluindo as apolipoproteínas, os ésteres de colesterol, os fosfolípidos e os TAG restantes) destas lipoproteínas são hidrolisados; os produtos desta hidrólise são libertados para o citoplasma onde podem contribuir para um novo ciclo ao originarem VLDL. Existem depois duas possibilidades de destino para as IDL: podem ser endocitadas pelo fígado directamente pelo receptor LDL (ApoB-100 e ApoE) ou podem ser convertidas em LDL (observar a figura adjacente). Nos humanos, ocorre em maior proporção a conversão das IDL em LDL. Esta conversão envolve a perda de TAG, novamente por acção catalítica da lipase ligada ao endotélio dos capilares dos tecidos e a transferência de apolipoproteínas (com excepção das ApoB-100) para as HDL. As LDL são as lipoproteínas que contêm a maior parte do colesterol plasmático. Resumindo, o VLDL é o precursor do IDL (ou VLDL remanescente), que pode ser convertido em LDL. Apenas uma molécula de ApoB-100 está presente em cada uma destas lipoproteínas e é conservada durante a transformação, sendo esta a única apolipoproteína conhecida do LDL. Estas lipoproteínas, em conjunto com as HDL, formam o grupo de lipoproteínas endógenas, por se constituírem por lípidos circulantes ou armazenados no organismo. Através da ligação das ApoB100 ao receptor LDL (consegue ligar-se a ApoB-100 e a ApoE) existente na membrana celular, as LDL plasmáticas são captadas (por endocitose) pelas células do organismo, sendo assim, devido à sua constituição, que pode ser consultada na tabela, a principal via de transporte de colesterol para as células. Após a captação (tal como no caso das IDL e dos quilomicra remanescentes) ocorre a hidrólise nos lisossomas. A actividade dos receptores das LDL é regulada negativamente pelo conteúdo de colesterol da célula, quanto maior a quantidade de colesterol dentro duma célula menor a actividade dos receptores. Nos macrófagos dos tecidos e em algumas células endoteliais existe um outro tipo diferente de receptores chamados scavenger. Estes receptores têm uma especial afinidade para as LDL que sofreram alterações (nomeadamente oxidação) na estrutura dos seus componentes. Via ligação das LDL a estes receptores os macrófagos, nomeadamente os macrófagos situados na íntima das artérias, podem acumular colesterol no seu interior. A actividade dos receptores scavenger nos macrófagos não é regulada pelo conteúdo de colesterol, pelo que estes podem ultrapassar a quantidade de colesterol. As HDL estão envolvidas no chamado transporte reverso do colesterol (dos tecidos para o fígado). As HDL são lipoproteínas com origem no fígado e intestino que, na sua forma imatura, são pequenos discos de tipo membranar contendo um duplo folheto lipídico rico em fosfolípidos, colesterol e apolipoproteínas dos tipos A, C e E. As HDL nascentes captam colesterol dos tecidos extrahepáticos (incluindo macrófagos) e neste transporte participa um transportador celular (transporte activo) denominado ATP-binding cassete 1– ABC1. O colesterol captado pelas HDL é subsequentemente esterificado e os ésteres de colesterol integrados no núcleo. Neste momento, as HDL deixam de ser estruturas discóides e passam a ser esféricas. A formação destes ésteres de colesterol é catalisada pela lecitinacolesterol aciltransferase plasmática (LCAT) que é activada pela ApoA-I das HDL. As HDL, após captarem e esterificarem o colesterol vão aumentando de diâmetro. Na membrana dos hepatócitos existe um receptor para as ApoA-I que permite a ligação das HDL. Após a ligação, os ésteres de colesterol das HDL são absorvidos para o hepatócito. O colesterol dos hepatócitos pode ser excretado (na forma de sais biliares), enquanto as HDL, que perderam quase todo o seu conteúdo lipídico, são recicladas e usadas como HDL nascentes. Um m outro mecanismo que também poderá contribuir para o transporte reverso do colesterol envolve a actividade da proteína de transferência de ésteres de colesterol. colesterol Esta sta proteínapromove a transferência dos ésteres de colesterol das HDL para as VLDL e os quilomicra. A transformação destas em IDL e quilomicra remanescentes (por acção da lipoproteína lipase)) e a subsequente captação destas pelo fígado permite compreender que q ocolesterol dos tecidos captado pelas HDL possa ser absorvido pelo fígado. O tecido adiposo é a principal reserva de TAG no organismo No organismo, mono, di e TAG são armazenados sobretudo em adipócitos (e também em células produtoras de esteróis). Os adipócitos são fibroblastos modificados que armazenam TAG (80-90% (80 90% do volume celular).Nestas celular). células,ass gorduras organizam-se organizam em gotículas com uma constituição específica: uma monocamada de fosfolípidos envolvendo uma grande acumulação de TAG, revestida externamente xternamente por perilipinas – proteínas que restringem a mobilização do conteúdo da gotícula, através de um mecanismo que se discutirá posteriormente. As reservas de TAG no tecido adiposo estão em constante renovação através da lipólise e reesterificação. reesterificação Estes dois processos ocorrem em vias diferentes com intervenção de enzimas diferentes, sendo regulados separadamente por variados factores. O balanço destes dois processos determina a reserva de AGL no tecido adiposo, o que por sua vez determina os níveis de AGL circulantes,, o que tem influência em muitos outros tecidos para além do adiposo. A enzima glicerol cinase não é expressada no tecido adiposo, pelo que o glicerol não pode ser s utilizado para a provisão de glicerol-3-fosfato fosfato (tem de ser obtido pela glicólise). Não sendo utilizado, o glicerol difunde-se difunde para o sangue e é utilizado em tecidos como o hepático e renal, que possuem uma glicerol cinase activa. Controlo hormono-dependente dependente da lipólise 1. Sinal de necessidade de energia – a sua proveniência será s discutida posteriormente. 2. Activação da adenilatociclase,, localizada na membrana plasmática do adipócito, resultando produção do cAMP. 3. Proteína cinase dependente de cAMPfosforila fosforila a lipase. 4. A mesma proteína cinase fosforila também as a perilipinas. 5. Resulta a possibilidade de mobilização - hidrólise dos TAG. 6. Libertadoss AGL que passam para o sangue onde se ligam covalentemente à albumina serosa, responsável pelo seu transporte no sangue. 7. AGL viajam para o músculo esquelético, coração, córtex renal ou outro tecido, onde são recebidos por transportadores específicos. Utilização lipídica por diferentes tecidos/órgãos no organismo Cérebro – A glicose cose é essencialmente o único combustível utilizado, exceptuando em jejum prolongado, em que os corpos cetónicos podem ser fonte energética. energética. Os AGL, porque estão ligados à albumina no sangue, não atravessem a barreira hematoencefálica. Músculo – Utiliza glicose, cose, ácidos gordos e corpos cetónicos. Quando em actividade explora as suas reservas de ácidos gordos. Quando em repouso, epouso, os AGL são o principal combustível (85%). No músculo cardíaco, cardíaco os AGL são a principal fonte energética,, mas também os corpos cetónicos podem ser usados. Rim – Requerem grandes quantidades de energia para realizar a absorção, que obtêm apenas a partir part de glicose e AGL. Fígado – Regulador central da quantidade de lípidos em circulação, através da síntese de VLDL ou corpos cetónicos. Obtém os seus requisitos energéticos sobretudo a partir de cetoácidos derivados da degradação de aminoácidos. aminoácidos Relação daa mobilização lipídica com o metabolismo da glicose nos adipócitos Quando há glícidos disponíveis nos adipócitos, estes são preferencialmente usados em detrimento das reservas lipídicas. Esta “poupança” lipídica, lipídica que inibe a mobilização das reservas, estabelece belece-se de 3 formas: 1. Quando há utilização de glicose nos adipócitos diminui o fluxo de AGL para o sangue, contudo a libertação de glicerol continua, mostrando que a lipólise continua a dar-se. dar se. O que acontece é que o aumento da concentração de glicose 6-fosfato traduz-se se num aumento de glicerol 3-fosfato 3 fosfato através da glicólise. Este aumento provoca um desequilíbrio que pela lei de acção de massas favorece a reacção de síntese de TAG. Isto faz com que se reduza o número de acilgordo-CoA, CoA, o que estimula, também também pela mesma lei, a reacção de reesterificação, culminando numa redução do número de AGL, e formação de TAG. 2. A redução de AGL e o aumento de acetil-CoA acetil CoA em consequência da disponibilidade de glicose, criam condições para que a reacção de síntese de ácidos gordos g a partir de acetil-CoA CoA se dê mais rapidamente do que a degradação de lípidos, constituindo-se se mais reservas lipídicas. 3. O aumento da concentração dos intermediários do ciclo de Krebs em resultado da abundância de glícidos estimula a actividade da enzima acetil-CoA CoA carboxilase responsável pelo 1º passo (e também o limitante) da síntese dos ácidos gordos a partir de acetil-CoA.. Hormonas que influenciam o metabolismo lipídico Insulina – Estimula stimula a utilização de glicose pelos tecidos, favorecendo a relação relaç referida anteriormente. Amplifica a acção das lipases das paredes dos adipócitos, favorecendo a entrada de AGL e armazenamento sob a forma de TAG. Inibe ainda a acção da lipase, reforçando esse efeito. A sua ausência faz aumentar muito a mobilização das reservas. Glicagina, epinefrina e norepinefrina, glicocorticóides, somatotrofina – Estimulam a lipase hormonohormono dependente, aumentando a mobilização lipídica. O cortisol e a glicagina têm ainda influência negativa na entrada de glicose na célula, o que contribui con também para uma maior mobilização. Hormonas tiroideias – provocam um aumento genérico da mobilização de compostos energéticos em todas as células do corpo, o que diminui a concentração de colesterol, fosfolípidos e TAG, aumentando os níveis de AGL. Variação de ácidos gordos no sangue em regime pré e pós-prandial pós Na figura à direita pode observar-se se que após a ingestão de alimentos, os níveis de insulina sobem, devido à disponibilidade de glicose. Este aumento provoca uma inibição da mobilização das as reservas lipídicas dos adipócitos, pelo que os níveis de AGL no plasma sanguíneo descem muito. Porém, à medida que as reservas de glicose vão sendo debeladas, este mecanismo reverte-se, reverte e a diminuição da concentração de insulina provoca a mobilização lipídica. li Variação de AGL no sangue em regime pré e pós-prandial pós Os corpos cetónicos são formados a partir do Acetil-CoA, Acetil que foi obtido no fígado a partir da β-oxidação oxidação dos ácidos gordos. Quando há falta de glicose, os intermediários do ciclo de Krebs encontram-se encontram em baixas concentrações (utilizados na gliconeogénese). O acetil-CoA, CoA, não reagindo com o oxaloacetato no ciclo do citrato, entra na via dos corpos cetónicos que podem ser utilizados nos tecidos extra-hepáticos hepáticos para obtenção de energia. energi É importante que estes compostos abandonem o fígado, de forma a continuar a β-oxidação, pois a sua acumulação provocaria desequilíbrios fatais no pH do meio.