Universidade Federal do Rio de Janeiro – Instituto de Fı́sica Fı́sica III – 2016/1 – Primeira Prova: 16/05/2016 Versão: A ~, F~e = q E U = k0 qq ′ , r Formulário I 1 q ~ ·dA ~ = Qint , ~ , onde k0 = E E = k0 2 r̂ r 4πǫ0 ǫ0 S ~ =E ~ 0 /K , E C = Q/V , U= ǫ0 2 Z d3 rE 2 , ~ = −∇V ~ , E 1 U = QV , 2 V = k0 sen2 θ = q r 1 − cos 2θ 2 3. Considere um arame fino de comprimento L, disposto ao longo do eixo Z simetricamente em torno do ponto z = 0. Neste arame há uma densidade linear de carga λ = C0 z, onde C0 é uma constante. Encontre a expressão para o potencial eletrostático num ponto genérico do plano z = 0 (ou seja, o plano X Y), a uma distância ρ do arame (supondo que, no infinito, o potencial se anule). 3/2 i h 2 −ρ (a) C0 /(2πǫ0 ) ρ2 + L4 (b) (c) (d) (e) Seção 1. (a) x = v0 t ; y = (1/2)(eVB /mL)t2 (b) x = (1/2)(eVB /mL)t2 ; y = v0 t (c) x = v0 t ; y = v0 t (d) x = −v0 t ; y = (1/2)(eVB /mL)t2 (f) onde θ, é o usual ângulo polar, medido a partir do eixo X , tal como mostra a figura. Qual é o campo elétrico no centro do anel? C0 /(2πǫ0 )[(ρ2 + L2 )3/2 − ρ ] h i 1/2 C0 /(2πǫ0 ) ρ2 + L2 −ρ h 1/2 i 2 C0 /(2πǫ0 ) ρ2 + L4 −ρ 0 Múltipla escolha (8×0,8 = 6,4 pontos) 2. Considere um anel circular, muito fino, de raio a, com uma carga total Q distribuı́da uniformemente (e estacionariamente) ao longo dele. O anel está no plano cartesiano x = 0 (ou seja, no plano YZ), com o eixo X passando pelo centro do anel. Qual é o vetor campo elétrico num ponto P : (x, 0, 0) situado no eixo X ? (k0 = 1/4πǫ0 ): 1. Considere que os terminais de uma bateria com uma d.d.p. conhecida VB estão conectados a duas placas (planas) condutoras, muito grandes, e perpendiculares ao eixo Y . As placas não se tocam, e tem uma distribuição superficial de cargas uniforme e estacionária. Saiba ainda que a placa de menor (maior) potencial está localizada em y = 0 (y = L). Um elétron com massa m e carga −e é lançado na região interior às placas, com uma velocidade inicial ~v0 = v0 x̂. A evolução temporal das coordenadas x(t) e y(t) do elétron dentro da região limitada pelas placas pode ser dada por: (e) 5. Considere um anel circular fino, de raio R, com centro na origem de um sistema de coordenadas cartesianas, situado no plano z = 0. Tal anel possui uma densidade linear de carga elétrica dada por λ0 sen θ , se 0 < θ < π , λ(θ) = 0, caso contrário , (a) (b) (c) (d) (e) x = v0 t ; y = −(1/2)(eVB /mL)t2 x = 1/2(eVB /mL)t2 ; y = −v0 t (f) Qx x̂ (a2 + x2 )3/2 Qx ~ ) = −k0 x̂ E(P (a2 + x2 )3/2 ~ ) = k0 Q x̂ E(P x2 ~ ) = −k0 Q x̂ E(P x2 Qa ~ ) = k0 (x̂ + ŷ + ẑ) E(P (a2 + x2 )3/2 Qa ~ ) = −k0 E(P (x̂ + ŷ + ẑ) (a2 + x2 )3/2 ~ ) = k0 E(P (a) (b) (c) 4. Uma placa condutora neutra, em equiilı́brio eletrostático, quadrada, de lado L e espessura d, tal que L ≫ d, é colocada a uma distância 2d de um plano de cargas também quadrado de lado L, com densidade superficial de cargas dada por σ (σ > 0), como mostrado na figura abaixo. (e) Quais são o módulo E(P ) do campo elétrico no ponto P localizado entre a placa e o plano, e a densidade superficial de cargas σ(Q), no ponto Q, sobre a superfı́cie da placa que fica mais próxima do plano? (a) (b) (c) σ/2ǫ0 ; −σ/2 σ/ǫ0 ; −σ/2 σ/2ǫ0 ; −σ (d) σ/ǫ0 ; σ (e) −σ/2ǫ0 ; −σ (f) (g) 1 (d) −σ/ǫ0 ; −σ σ/ǫ0 ; σ/2 2 λ0 ŷ . 8ε0R λ0 ŷ . 8ε0R λ0 − x̂ . 8ε0 R λ0 x̂ . 8ε0R ~0 . − 7. Uma partı́cula pontual de carga q > 0 está na presença de uma esfera condutora aterrada. Verifica-se que o fluxo do campo elétrico através de uma superfı́cie gaussiana S que engloba a partı́cula e a esfera é q/ε0 (1 − α), com 0 < α < 1. São feitas então as seguintes afirmativas: I) Caso a superfı́cie gaussiana envolvesse apenas a esfera condutora, o fluxo obtido seria −αq/ε0 . II) A carga total induzida na esfera condutora é negativa. III) A esfera condutora possui uma distribuição de cargas em sua superfı́cie, porém sua carga total é nula. IV) A carga total contida dentro da superfı́cie gaussiana S é positiva. São verdadeiras: 6. Seja um capacitor I ideal, com capacitância CI , de placas planas e paralelas, de mesma área AI e distância LI entre si, “recheado” com vácuo. Considere, agora, um novo capacitor II, de placas planas e paralelas, “recheado” com um material isolante de constante dielétrica K = 2, mas com a distância entre as placas duas vezes maior que a do capacitor I; qual deve ser a nova área (das placas) para manter a capacitância original CI ? Considere, a seguir, um terceiro capacitor III, de placas planas e paralelas, “recheado” com o mesmo material, mas agora com área (das placas) duas vezes maior que a do capacitor I; qual deve ser a nova distância entre as placas para manter a capacitância original CI ? (a) AII = 2AI ; LIII = 4LI . (b) AII = 4AI ; LIII = 2LI . (a) (c) AII = AI ; LIII = 4LI . (b) I, II e IV (d) AII = AI ; LIII = 2LI . (c) I, III e IV (e) AII = 2AI ; LIII = LI /4 . (d) III e IV (e) I e IV (f) AII = AI /2; LIII = LI . (g) AII = 2AI ; LIII = LI /2 . (h) AII = AI ; LIII = LI . I e II com um orifı́cio circular de raio a. A distribuição de carga continua sendo uniforme, com densidade superficial σ. Para essa nova configuração, responda as perguntas a seguir. (c) [0,6 ponto] Considere que uma partı́cula de teste, de massa m e carga q0 , onde q0 > 0, tenha sido abandonada do repouso no ponto P (0, 0, z). Calcule a posição de equilı́brio da partı́cula no eixo Z. Adote a aceleração da gravidade como ~g = −gẑ. (d) [0,6 ponto] Calcule a variação da energia potencial eletrostática da partı́cula de carga q0 a partir do momento em que ela foi abandonada do ponto P (0, 0, z), até passar pela origem do sistema de coordenadas. 8. Um corpo de dimensões desprezı́veis possui massa m e carga q. Ele é solto do repouso do alto de uma rampa de altura h. Nesta região o campo gravitacional g é constante, e há ainda um campo eletrostático presente. Sabendo-se que o corpo chega ao ponto mais baixo da rampa com velocidade v, qual a diferença de potencial eletrostático entre o ponto mais baixo da rampa e o ponto de soltura do corpo? (a) (b) (c) (d) (e) mv 2 /2q − mgh/q mv 2 /2q + mgh/q mgh/q − mv 2 /2q −mv 2 /2q − mgh/q Para determinarmos a diferença de potencial devemos conhecer o formato da rampa. Seção 2. Questões discursivas (3,6 pontos) 1. [3,6 pontos] Considere uma coroa circular, com uma distribuição superficial de carga σ constante (estacionária e uniforme), onde σ > 0. A coroa possui raio interno a e raio externo b, e está localizada no plano OX Y, com o seu centro na origem conforme ilustra a figura abaixo: (a) [1,2 pontos] Calcule o potencial eletrostático gerado por essa coroa circular no ponto P (0, 0, z), localizado no eixo Z, conforme ilustra a figura. (b) [1,2 pontos] Calcule o vetor campo elétrico gerado por essa coroa circular no ponto P (0, 0, z), localizado no eixo Z, conforme ilustra a figura. Considere agora o limite em que o raio externo b tende ao infinito, de forma que passamos a ter um plano infinito 3 4 A solução positiva se refere ao caso q0 > 0 e a negativa ao caso q0 < 0. Gabarito para Versão A (d) A variação de energia potencial é dada por Seção 1. Múltipla escolha (8×0,8 = 6,4 pontos) 1. (a) 5. (a) 2. (a) 6. (c) 3. (e) 7. (b) 4. (a) 8. (c) ∆U = q0 (V (0, 0, 0) − V (0, 0, z)). Pelo item (a) vemos que ∆U = No limite em que b → ∞ obtemos √ √ q0 σ (b − b2 + z 2 + a2 + z 2 − a). 2ǫ0 (10) q0 σ √ 2 ( a + z 2 − a). 2ǫ0 (11) ∆U = Seção 2. Questões discursivas (3,6 pontos) 1. Resolução: (a) O potencial eletrostático de uma distribuição arbitrária num ponto ~rp é dado pela expressão Z dq . V (~rp ) = 4πǫ0 |~r − ~rp | (1) Para a geometria do problema, é conveniente fazermos a integração em coordenadas p cilı́ndricas. Como se trata de uma distribuição superficial (uniforme) de carga, temos dq = σdA = 2σπρdρ, r = ρ2 + z 2 e a integral se estende entre ρ = a e ρ = b. Desta forma temos, no ponto indicado na figura b2 Z b2 Z b dy σ p σ σρdρ p p y + z 2 = = V (0, 0, z) = 2ǫ0 ρ2 + z 2 y + z2 a2 2ǫ0 2 a 2ǫ0 a2 √ σ √ 2 = (2) [ b + z 2 − a2 + z 2 ] . 2ǫ0 (b) Pela simetria axial, sabemos que o campo deve ter a direção de z. Temos então ~ 0, z) = −∇V ~ = − ∂V (0, 0, z) ẑ . E(0, ∂z Sabendo que temos ∂ √ 2 z z +C = √ , ∂z z2 + C 1 σ~z 1 ~ √ √ E(0, 0, z) = − − 2ǫ0 b2 + z 2 a2 + z 2 (3) (4) (5) (c) Na posição de equilı́brio temos que q0 E = mg . (6) Pelo item anterior, no limite b → ∞ o campo de um plano com buraco é dado por ~ 0, z) = E(0, σ~z √ 2ǫ0 a2 + z 2 (7) Substituindo na equação (6) obtemos para a posição de equilı́brio zeq = ± s 1 mga q02 σ 2 4ǫ20 (9) (8) − m2 g 2 2