astronomia presente na sala de aula – 6º ano

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ASTRONOMIA PRESENTE NA SALA DE AULA – 6º ANO
Simone Cristina Adams (PIBID/ CAPES/ UNICENTRO), Aline Rukhaber (PIBID/ CAPES /
UNICENTRO), Angelita Kaminski Bonavigo Bubniak (SEED/PR), Carlos Eduardo Bittencourt
Stange (Orientador/ DEBIO), Ana Lúcia Crisostimo (Orientadora/ DEBIO)
e-mail: [email protected].
Universidade Estadual do Centro-Oeste / Departamento de Ciências Biológicas/ Guarapuava - PR
Resumo:
O Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID, subprojeto em Ciências
Biológicas contribui para o aperfeiçoamento e qualidade da educação, aproximando os
acadêmicos de licenciatura ao cotidiano escolar e os alunos da educação básica ao conhecimento
científico, por meio de diversas atividades didáticas alternativas que dinamizam o ensino de
ciências no cotidiano escolar. Este trabalho relata experiências vivenciadas por bolsistas do
programa PIBID no Colégio Antônio Tupy Pinheiro, localizado no bairro Batel em Guarapuava –
Paraná, sendo supervisionadas por uma professora de ciências do colégio. Como forma de
demonstrar a importância deste projeto para a formação dos docentes e maneiras de
melhoramento do ensino básico quanto ao tema Astronomia, - tema este que deve estar presente
no planejamento dos professores, mas que nem sempre se faz- foram desenvolvidas atividades
práticas, através da confecção de objetos relacionados ao tema com a utilização de materiais
recicláveis.
Palavras-chaves: PIBID, ensino fundamental, formação docente, práticas pedagógicas,
astronomia.
Introdução
O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), subsidiado pela
Coordenadoria de Aperfeiçoamento do Ensino Superior (CAPES), objetiva o aperfeiçoamento e a
valorização da formação de professores para a educação básica. Este programa de governo
proporciona para os acadêmicos envolvidos uma oportunidade única de vivenciar o ambiente
escolar, bem como o dia-a-dia dos alunos e dos demais professores e agentes educacionais,
tornando-os mais maduros e aptos a desenvolver suas habilidades docentes.
Por perceber-se a defasagem dos livros didáticos ao tratarem de assuntos como
Astronomia, da não inserção deste na grade curricular de algumas escolas, e por ser um conteúdo
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presente no dia-a-dia devido sua aplicabilidade à solução de problemas do planeta, a Astronomia,
segundo (LANGHI, 2004) vem recebendo uma atenção cada vez maior nos últimos anos.
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PNC), a Astronomia deve fazer parte do
conteúdo do Ensino Fundamental, e é dever do professor considerá-la em seu planejamento.
(BRASIL, 1997). Porém, muitas vezes tais conteúdos não aparecem no planejamento do
professor, ou porque ele desconhece essa ciência e teme não saber explicar os fenômenos aos
alunos, ou porque ignora sua importância para a construção dos saberes científicos nos anos
iniciais. (BARTELMEBS, 2012).
Com o intuito de colaborar na implementação de ações pedagógicas que tratem desta
temática este trabalho tem por objetivo relatar experiências vivenciadas pelas bolsistas do
programa PIBID subprojeto Ciências Biológicas, no colégio Estadual Antônio Tupy Pinheiro,
situado em Guarapuava - PR, a fim de demonstrar a importância deste projeto para a formação
docente na melhoria da educação no ensino fundamental com ênfase na inserção dos conteúdos
relacionados à astronomia.
Materiais e métodos
As ações do PIBID subprojeto Ciências Biológicas foram realizadas no Colégio Estadual
Antônio Tupy Pinheiro, localizado no bairro Batel em Guarapuava - Paraná, durante o período de
março a agosto de 2014.
As atividades ora socializadas foram selecionadas dos relatórios elaborados pelos
acadêmicos (as) bolsistas do curso de Ciências Biológicas da UNICENTRO, supervisionadas por
uma professora de ciências do colégio, os quais atuaram no sexto ano do ensino fundamental
abrangendo aproximadamente 80 alunos. Foram elaboradas atividades diferenciadas que
contemplavam conteúdos da disciplina de acordo com o Plano Trabalho Docente (PTD) do
professor supervisor e também assuntos interdisciplinares, como aulas práticas, aplicação de
jogos, debates, aulas audiovisuais, produção de material didático com elementos recicláveis
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(incluindo a confecção de maquetes do sistema solar, foguetes e naves espaciais), para melhor
fixação do conteúdo.
Resultaos e discussão
Através das atividades realizadas foi possível perceber diversos benefícios, tanto em
relação à formação dos docentes envolvidos no projeto, quanto ao melhoramento do processo de
ensino-aprendizado dos alunos da rede pública, proporcionando ganhos para ambos os lados.
Para atender as expectativas desta geração cercada por tecnologias, o professor deve ser
inovador em suas práticas pedagógicas, devendo fazer uso de práticas de ensino diversificadas a
fim de despertar no educando o interesse pelos conteúdos estudados.
Percebeu-se que a interação dos alunos com a disciplina aumentou, favorecendo assim a
construção do conhecimento. De acordo com Oliveira (1997) a astronomia participa diretamente
e indiretamente da vida de modo intenso e inexorável. O suceder dos dias e das noites, a divisão
do tempo em horas, minutos e segundos, o calendário com o ano de 365 dias, seus meses e
semanas, as estações do ano, as marés, as auroras polares, e até mesmo a vida em nosso planeta
são temas exaustivamente estudados e, às vezes, determinados pela Astronomia.
Astronomia desperta a curiosidade dos alunos, principalmente por se tratar de saberes e
questões que fazem parte do dia a dia das crianças, conforme defende Carvalho (1998, p. 12): o
aluno das primeiras séries do ensino fundamental, principalmente na área de Ciências, não
aprende conteúdos estritamente disciplinares, “científicos”. Deve-se, portanto, buscar conteúdos
dentro do mundo físico em que a criança vive e brinca que possam ser trabalhados nessas séries.
A proposta metodológica foi uma atividade em linha exploratória por combinação qualiquantitativa, com três turmas do Ensino Fundamental, mais especificamente do sexto ano, onde
após várias aulas teóricas sobre as fases da lua, planetas do sistema solar, naves e foguetes
espaciais, sentiu-se de modo processual aula a aula por investigações do tipo entrevistas pari
passu à realização das atividades a dificuldade que os alunos apresentavam em compreender os
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assuntos. Desta maneira, propôs-se que os educandos realizassem a montagem de maquetes sobre
os planetas do sistema solar e também a criação de foguetes e naves espaciais, sendo os dois
últimos elaborados apenas com materiais recicláveis.
Observou-se que a utilização deste método, não somente atrelado ao tema “Astronomia”,
mas também aos demais assuntos da série relacionada, incentivavam os alunos a interagirem com
a disciplina, tornando-os mais participativos e motivados a participarem de todas as atividades.
Considerações finais
O PIBID tem sido de grande importância para a formação profissional dos acadêmicos das
licenciaturas,
pois
os
aproxima
do
âmbito
escolar.
As
atividades
proporcionaram
amadurecimento para os licenciados, inserindo-os às ações de criação e participação em
experiências metodológicas e práticas docentes facilitadores do ensino-aprendizagem, noções de
como proceder em sala de aula e toda a questão das relações interpessoais que ocorrem dentro da
escola, o trabalho em grupo, o diálogo e a troca de opiniões.
Ao chegar à escola o aluno espera encontrar um ambiente agradável, onde consiga
absorver conhecimento. É importante que os professores aprendam a desenvolver táticas
diferenciadas de ensino que estimule o aluno a buscar o conhecimento científico unindo teoria e
prática ao seu cotidiano.
Além do amadurecimento para os licenciados, os alunos obtiveram maior conhecimento
sobre o assunto, além de estarem mais motivados a fazer as atividades propostas em sala,
proporcionando bons resultados.
Referências
OLIVEIRA, R. da S. A importância do Ensino da astronomia. Rio de Janeiro, 1997.
Disponível em: http://www.planetariodorio.com.br/index.php?
option=com_k2&view=item&id=60:aimport%C3%A2ncia-do-ensino-daastronomia&Itemid=290 Acesso: 27/08/2014
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demandas da contemporaneidade – UNICENTRO – 2015 – ISSN 2237-1400
BARTELMEBS, R. C. A astronomia nos anos iniciais de uma comunidade de prática.
FURG, 2012. Disponível em:
http://www.ucs.br/etc/conferencias/index.php/anpedsul/9anpedsul/paper/viewFile/468/260
Acesso: 27/08/2014
CARVALHO, A. M. P. de. Etall. Ciências no ensino fundamental o conhecimento físico. São
Paulo: Scipione, 1998.
LANGHI, R.; NARDI, R. Dificuldades interpretadas nos discursos de professores dos anos
iniciais do ensino fundamental em relação ao ensino da astronomia. Revista LatinoAmericana de Educação em Astronomia. 2005.
Disponível em: http://www.relea.ufscar.br/num2/A3%20n2%202005.pdf Acesso em: 27/08/2014
BRASIL. Secretaria de Educação Média e Tecnologia. Parâmetros Curriculares Nacionais:
ciências naturais./ Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino
fundamental – ciências naturais. Brasília. MEC/SEMTEC. 1997, 1998.
BERNADES, A. O. SANTOS, A. R. Astronomia, arte e mitologia no ensino fundamental em
escola da rede estadual em Itaocara-RJ. Rio de Janeiro: Revista Eletrônica Latino-Americana
de Educação em Astronomia. 2008.
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