LOGO FQA Queda Livre e Lançamentos no Espaço (Com resistência do ar desprezável) Queda Livre de Objetos A queda livre é o movimento de um objeto que se desloca livremente, unicamente sob a influência da gravidade. Tem sempre a mesma aceleração, não depende do movimento inicial dos objetos: Deixado cair do repouso Atirado para baixo Atirado para cima 1 Queda Livre de Objetos Quem tinha razão acerca da queda dos graves? Aristóteles Galileu Conceções de Aristóteles e Galileu sobre o a queda dos corpos Aristóteles (Séc. IV a.C.) Galileu (Séc. XVI-XVII d.C.) O movimento de queda de um corpo é um movimento natural, pois o corpo é feito predominantemente do elemento “terra”, cujo lugar natural é por baixo do elemento “ar”. O movimento de queda de um corpo é um movimento forçado, pois é provocado por uma força que nele se exerce. O ar favorece o movimento do corpo O ar contraria o movimento do corpo O movimento de queda realizar-se-ia, O movimento de queda realizar-se-ia, na ausência de ar, com velocidade na ausência de ar, com uma constante. velocidade que aumentaria uniformemente. Os corpos mais pesados caem mais rapidamente da mesma altura. Os corpos caem da mesma altura no mesmo tempo, independentemente do seu peso. 2 Queda Livre de Objetos O valor (em módulo) da aceleração de um objeto em queda livre é g = 9.80 m/s2 g diminui quando aumenta a altitude 9.80 m/s2 é o valor médio à superfície da Terra. Os movimentos de lançamento vertical e queda livre são movimentos retilíneos. Queda Livre de Objetos O Movimento de queda livre é um movimento uniformemente acelerado O Movimento de lançamento vertical é um movimento uniformemente retardado y y (+) g (+) g v0 v y0 Fonte: Porto Editora 3 Queda Livre de Objetos Estes movimentos obedecem às seguintes equações paramétricas (utilizando o referencial das figuras e considerando g = )g : Lançamento vertical y = y0 + v0 t - 1 2 gt 2 v = v0 - gt Corpo abandonado em queda livre y = y0 - 1 2 gt 2 v = -gt Queda Livre de Objetos Velocidade em função do tempo de queda distância em função do tempo de queda Fonte: http://www.physicsclassroom.com/ 4 Forças, Velocidades iniciais e Trajetórias Fg A figura descreve três situações distintas em que a força atuar é sempre a mesma (Força Gravítica). Porque razão as trajetórias são diferentes? Corpos sujeitos a interações iguais percorrem trajetórias diferentes se as condições iniciais são diferentes (h0 e v0). Lançamento Horizontal (com resistência do ar desprezável) P = Fr Quando um corpo é lançado horizontalmente (com uma certa velocidade horizontal) e a única força a atuar é o peso, o corpo descreve uma trajetória parabólica. 5 Lançamento Horizontal Se não existisse nenhuma força a atuar sobre o projétil, este deslocar-se-ia horizontalmente com velocidade constante, conforme enuncia a 1ª lei de Newton (OU Lei da Inércia), ou seja, com MRU. Mas existe uma força que está constantemente atuar, a força gravítica, que atua verticalmente e com sentido descendente, puxando o projétil para baixo, numa trajetória parabólica. Esta é a força que faz com que um corpo, abandonado de uma dada altura relativamente ao solo, caia com velocidade gradualmente maior, i.e., aceleração constante ( MRUA). Lançamento na Horizontal Foi Galileu quem, pela primeira vez deu uma explicação para o movimento de um projétil lançado por um canhão. A explosão faz com que ele se desloque inicialmente, segundo a direção horizontal, com velocidade de valor constante (Lei da Inércia). No entanto, a bala está sujeita à ação da força gravitacional. Por isso o projétil descreve uma trajetória parabólica, em que o valor da velocidade vertical, aumenta sucessivamente durante a queda. Fonte: http://www.physicsclassroom.com/ 6 Lançamento na Horizontal Fonte: http://www.physicsclassroom.com/mmedia/vectors/hlp.html Independência dos Movimentos Galileu concluiu que o movimento de um projétil pode ser explicado em termos de duas componentes : •uma componente horizontal (MRU); •outra componente vertical (MRUA). 7 Independência dos Movimentos P = Fr A única força a atuar é o peso, •Segundo a horizontal: (MRU) P , que atua na direção do eixo dos yy. Fr x = 0 m ax = 0 a x = 0 vx = const = vox •Segundo a vertical: Fr y = P m a y = m g a y = g (MRUA) Independência dos Movimentos Galileu concluiu que lançamento horizontal de um projétil pode ser explicado em termos de duas componentes: - Uma componente horizontal, em que o projétil é lançado com velocidade de valor constante: movimento uniforme. x = x0 + voxt ( v = v0 = v0x = vx) - Outra componente segundo a direção vertical, em que o projétil cai em queda livre – tem movimento retilíneo uniformemente acelerado. y = ½ g.t2 vy = g.t (a = g) 8 Lançamento na Horizontal X0, Vox e g têm valores algébricos, que podem ser negativos ou positivos de acordo com o referencial. Neste caso: - Eixo dos xx: x = x0 + voxt => x = voxt - Eixo dos YY (g = -10 ms-2) y = y0 + ½ g.t2 => y = ½ g.t2 vy = g.t v = 2 2 vx + v y Lançamento na Horizontal Vamos considerar as figuras abaixo, as quais mostram um esquema estroboscópico do movimento de duas esferas, uma abandonada verticalmente de uma dada altura, e outra lançada, da mesma altura, horizontalmente, com velocidade inicial. 9 Lançamento na Horizontal Em iguais instantes a posição de cada esfera relativamente ao solo é idêntica, i.e., as esferas estão à mesma altura do solo em iguais instantes de tempo. O tempo de queda do projétil é exatamente o mesmo que demoraria a cair quando abandonado da mesma altura. Cada linha horizontal, aqui mostrada, dista 15 cm da seguinte e o intervalo de tempo entre duas exposições consecutivas é de 1/30 s 10