Faculdade de Ciências Contábeis e Administração do Vale do Juruena Bacharelado em Ciências Contábeis DETERMINAÇÃO DO MARK-UP EM UMA CHURRASCARIA: ESTUDO DE CASO. LUCIANE GIGLIO JUINA – MT 2009 LUCIANE GIGLIO DETERMINAÇAO DO MARK-UP EM UMA CHURRASCARIA: ESTUDO DE CASO. Monografia apresentada ao curso de graduação em Ciências Contábeis da Faculdade de Ciências Contábeis e Administração do Vale do Juruena como requisito parcial para obtenção do título Bacharel em Ciências Contábeis. Profª. Ms. Cleiva Schaurich Mativi Orientadora JUINA – MT 2009 LUCIANE GIGLIO DETERMINAÇÃO DO MARK-UP EM UMA CHURRASCARIA: ESTUDO DE CASO. Monografia apresentada em 22 de Junho e aprovada pela Banca Examinadora, constituída pelos professores: ______________________________ Cleiva Schaurich Mativi Orientadora – Presidente da Banca _____________________________ Ahiram Cardoso Silva Lima Membro ______________________________ Claudio Luis Lima dos Santos Membro JUINA – MT 2009 Dedico este trabalho a todos que direta ou indiretamente contribuíram para que o sonho da faculdade pudesse se tornar realidade. AGRADECIMENTOS Primeiramente, agradeço a Deus por ter me dado a oportunidade de estar no mundo. Aos meus pais, que sempre confiaram em meus sonhos e me ensinaram a acreditar que é possível realizá-los, além de me mostrarem que trabalho duro, perseverança e honestidade são as ferramentas ideais para atingirmos nossas metas. Às minhas irmãs, que me acompanharam nesta jornada, oferecendo sugestões, corrigindo erros e dando apoio moral. Ao Vilmar pelo companheirismo, amor e carinho nos momentos difíceis da vida. Aos amigos da graduação pela amizade, apoio e companheirismo nos trabalhos e provas. Em especial à Gesiani, Dorildes, Eliane, Eliete, Rafaela, Celiane e a todas as amigas que cooperaram, meu carinho e admiração. Agradeço também aos professores com os quais tive a oportunidade de conviver em minha vida acadêmica. Em especial, a minha orientadora Profª. Ms. Cleiva Schaurich Mativi, pelos imprescindíveis esforços para a realização desta. Agradeço em especial aos colaboradores da churrascaria, pelo esforço que fizeram para cobrir as minhas faltas por causa do estágio e deste trabalho. Em especial as cozinheiras que ajudaram na elaboração das fichas técnicas. A todos que fazem parte de minha vida, muito obrigada. “A ferrovia que leva ao sucesso é construída em cima de um solo de humildade com pesados trilhos chamados erros que somente são fixados numa linha reta com maciços pregos de perseverança.” Eduardo Siqueira Filho RESUMO O Objetivo deste trabalho é oferecer aos gestores de restaurante de pequeno porte, um sistema de mensuração dos custos e ferramentas para desenvolver um sistema de formação de preço, que possa abranger igualmente a área de produção e comercialização. Para desenvolver este trabalho foram desenvolvidas planilhas para a mensuração dos custos para que os gestores possam acompanhar a evolução dos dados de uma forma mais dinâmica. Para lograr êxito na formulação das planilhas foi realizada uma pesquisa de campo em uma churrascaria no município de Juina, estado do Mato Grosso. A Metodologia utilizada foi um estudo de caso, realizado no período de 1 de fevereiro de 2009 a 1 de abril de 2009. Utilizou-se o critério de custeio absorção e os resultados demonstraram que alguns produtos apresentam uma margem de lucro muito baixa o que dever ser investigado em relação as bases de rateio ou por outro método de custeio. A conclusão evidencia que o modelo de mensuração e apropriação dos custos desenvolvidos nas planilhas, criadas para a empresa em estudo, podem ser utilizadas para outras empresas neste ramo de atuação para a formação do preço de venda. Palavras-chave: Contabilidade de custos. Mark-up. Formação de preço. LISTAS DE ABREVIAÇÕES E SIGLAS ABC – Activity-based costing ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. Cofins – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social. CPV – Custo dos Produtos Vendidos CSLL – Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido. DRE – Demonstração do Resultado do Exercício. FGTS – Fundo de Garantia do Tempo de Serviço. FTP – Ficha Técnica de Produção ICMS – Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços. IPI – Imposto Sobre Produtos Industrializados. IPTU – Imposto Sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana. IRPJ – Imposto de Renda – Pessoa Jurídica. ISS – Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza. MD – Mão-de-obra Direta MOI – Mão-de-obra indireta MT – Mato Grosso. PIS – Programa de integração social. VBC – Volume Based Costing LISTA DE QUADROS Quadro 1 – Estrutura do trabalho...............................................................................20 Quadro 2 – Principais classificações de custos.........................................................28 Quadro 3 – Custeio por absorção em empresas de manufatura...............................33 Quadro 4 – Conceitos pertinentes ao ABC................................................................34 Quadro 5 – Mudanças em relação aos dois métodos de custeio..............................35 Quadro 6 – Modelo de ficha técnica adequada para a empresa...............................37 Quadro 7 – Os benefícios e as dificuldades da FTP.................................................38 Quadro 8 – Os elementos que compõem o mark-up.................................................40 Quadro 9 – Demonstração de resultado com mark-up..............................................41 Quadro 1o – Exemplo de mark-up desejado.............................................................45 Quadro 11 – Estrutura do mark-up............................................................................45 Quadro 12 – Exemplo do mark-up multiplicador e divisor.........................................46 Quadro 13 – Composição do cardápio......................................................................54 LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Preço de vendas..................................................................................... 55 Tabela 2 – Quantidade e receita produzida no período............................................. 55 Tabela 3 – Custos dos produtos diários. ................................................................... 57 Tabela 4 – Valor por dia os custos secundários e custo médio................................ 58 Tabela 5 – Custo direto unitário ............................................................................... 58 Tabela 6 – Percentagem de carne consumida nas marmitex................................... 59 Tabela 7 – Fases do desperdício. ............................................................................ 60 Tabela 8 – Desperdício do custo primário ................................................................ 60 Tabela 9 – Desperdício do custo secundário ........................................................... 60 Tabela 10 – Percentual de desperdício. ................................................................... 61 Tabela 11 – Valor do custo direto unitário com apropriação do desperdício. ........... 61 Tabela 12 – Rateio da mão-de-obra........................................................................ 62 Tabela 13– Apropriação de mão-de-obra por unitário. ............................................ 62 Tabela 14 – Custos indiretos do período. ................................................................. 63 Tabela 15 – Rateio dos custos indiretos................................................................... 63 Tabela 16– Apropriação dos custos indiretos por unidade. ...................................... 64 Tabela 17 – Preço de custo dos produtos. ............................................................... 64 Tabela 18 – Despesas encontradas no período de um mês. ................................... 65 Tabela 19 – DRE por produto................................................................................... 66 Tabela 20 – DRE ...................................................................................................... 67 Tabela 21 – Mark-up I formação de preço sem impostos......................................... 68 Tabela 22 – Mark-up II preço de venda sugerido com impostos. ............................. 70 Tabela 23 – Dados para desenvolver as planilhas do mark-up. ............................... 70 Tabela 24 – Formação do mark-up para a marmitex ............................................... 71 Tabela 25 – Formação do mark-up para o rodízio ................................................... 71 Tabela 26 – Formação do mark-up para a refeição a quilo ...................................... 71 Tabela 27 – formação do mercado para refeição a quilo ......................................... 72 Tabela 28 – Margem de lucro com e sem despesas ................................................ 72 APÊNDICES Apêndice A – Faturamento.................................................................................. 81 Apêndice B – Salários e encargos...................................................................... 82 Apêndice C – Cardápio primário I......................................................................... 83 Apêndice D – Fichas técnicas do cardápio primário I........................................... 84 Apêndice E – Cardápio primário II..................................................................... 87 Apêndice F – Fichas técnicas............................................................................. 90 Apêndice G – Desperdício primário I ...................................................................102 Apêndice H – Desperdício primário II................................................................ 103 SUMÁRIO 1 - INTRODUÇÃO.............................................................................................. 14 1.1 Contextualização.................................................................................................... 14 1.2 Definição do problema.......................................................................................... 15 1.3 Hipóteses ........................................................................................................... 16 1.4 objetivos.............................................................................................................. 16 1.4.1 Objetivo Geral............................................................................................ 16 1.4.2 Objetivos Específicos................................................................................ 16 1.5 Justificativa......................................................................................................... 17 1.6 Estrutura do Trabalho.................................................................................. 18 2 - REVISÃO TEÓRICA...................................................................................... 21 2.1 Contabilidade.......................................................................................... 22 2.1.1 Usuários da Contabilidade.......................................................................... 23 2.2 Contabilidade de custos....................................................................................... 27 2.2.1 Definição de Custo.................................................................................... 28 2.2.2 Classificação de Custos............................................................................. 28 2.2.2.1 Custos Diretos............................................................................... 29 2.2.2.2 Custos Indiretos............................................................................. 29 2.2.2.3 Custos Variáveis............................................................................ 30 2.2.2.4 Custos Fixos.................................................................................. 30 2.2.2.5 Custo Primário I............................................................................. 31 2.2.2.6 Custo Primário II............................................................................. 31 2.2.2.7 Rateio............................................................................................ 32 2.3 Sistemas de Custeio............................................................................................. 32 2.3.1 Csteio pelo Método de Absorção................................................................ 33 2.3.2 Custeio Variável.......................................................................................... 34 2.3.3 Custeio baseado em atividade (abc – activity-based costing)........................ 36 2.4 Utilizar Planilhas Eletrônicas p/ mensurar dados de custos........................................ 38 2.5 Definição do método de mark-up.................................................................................. 39 2.5.1 Multiplicador sobre os custos (Mark-up)......................................................... 40 2.5.2 Mark-up e estrutura da demonstração de receitas.......................................... 41 2.5.3 Mark-up genérico............................................................................................. 42 2.5.4 Mark-up, mercados, canais de distribuição, mix de vendas dos produtos....... 42 2.5.5 Determinação da margem desejada para o mark-up....................................... 43 2.5.6 Mark-up desejado............................................................................................ 45 2.5.7 Como calcular o mark-up............................................................................ 2.6 As dificuldades do Método Mark-up......................................................................... 47 3 - METODOLOGIA.................................................................................................. 49 3.1 MONOGRAFIA........................................................................................................................... 49 3.2 METODOLOGIA......................................................................................................................... 49 3.3 MÉTODO DE PESQUISA.............................................................................................................. 50 4 – ANÁLISE E RESULTADOS...................................................................................52 4.1 ESTUDO PRÁTICO..................................................................................................................... 52 4.2 ROTINAS DE OPERAÇÃO............................................................................................................ 52 4.3 COMPOSIÇÃO DO CARDÁPIO...................................................................................................... 53 4.4 PRODUTOS E SERVIÇOS OFERECIDOS........................................................................................ 55 4.5. IDENTIFICAÇÃO DOS CUSTOS PRODUÇÃO DOS PRODUTOS .................................................... 55 4.5.1 Custos com materiais diretos...................................................................................... 56 4.5.2 Desperdício.................................................................................................................. 59 4.5.3 Custos com mão-de-obra indireta................................................................................ 62 4.5.4 Custos indiretos........................................................................................................... 64 4.6. CUSTEIO.................................................................................................................................. 65 4.7. CUSTOS TOTAIS IDENTIFICADOS POR PRODUTOS........................................................................ 65 4.8. DESPESA................................................................................................................................. 65 4.9 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO......................................................................... 66 4.10 FORMAÇÃO DO PREÇO.............................................................................................................. 68 4.11 CÁLCULO DE PREÇO DE VENDA.................................................................................................. 69 5 - Conclusão e recomendações para futuras pesquisas................................... 74 5.1 CONCLUSÃO.............................................................................................................................. 74 5.2 RECOMENDAÇÕES PARA FUTURAS PESQUISAS............................................................................. 76 REFERÊNCIAS......................................................................................................... 77 APÊNDICES.............................................................................................................. 80 14 1 – INTRODUCÃO 1.1 Contextualização A alimentação fora do lar tornou-se uma opção para famílias em que a mulher se encontra no mercado de trabalho e não possui tempo de cozinhar. Com base nesta nova visão em relação à família, os estabelecimentos de refeição ganharam uma nova dinâmica e se espalharam pelo mundo ganhando reconhecimento em suas versões de diferentes produtos e serviços. Com o aumento do consumo de refeições, o número de estabelecimentos que oferecem este produto vem crescendo, porém, por desconhecerem o ramo ou não gerir o negócio com eficiência, estes estabelecimentos acabam por fechar as portas. Antes do funcionamento do estabelecimento, os gestores precisam conhecer os custos diretos e indiretos para possuir um controle a fim de verificar a viabilidade e o retorno do investimento. Através desses dados, o gestor pode tomar a melhor decisão e elaborar um planejamento de curto e longo prazo. Segundo sitio da revista Cozinha profissional: “Estima-se que o Brasil disponha de 1,2 milhões de estabelecimentos cujo negócio principal seja o da prestação de serviços no mercado da alimentação fora do lar, o chamado foodservice. O setor é o maior empregador do país e responde por 8% dos empregos diretos, índice que corresponde a 6 milhões de postos de trabalho. O segmento é responsável pelo fornecimento de mais de 100 milhões de refeições diárias e, considerada toda a cadeia envolvida no processo, é um mercado que movimenta anualmente a quantia de R$ 60 bilhões, ou 2,4% do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil. Atualmente, mais de 45 milhões de brasileiros se alimentam fora de casa todos os dias e, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), cerca de 26% do orçamento familiar é gasto em restaurantes, bares, lanchonetes, padarias e em estabelecimentos semelhantes. Entre os anos de 2020 e 2025, esse índice deverá ser de 40%, conforme as projeções do próprio IBGE”. Com a globalização, a crise nos Estados Unidos vem afetando todos os países, embora ela ainda se encontre apenas no ambiente macroeconômico, em bolsa de valores e câmbio, a incerteza da economia faz com que a população tome cautela e controle seus gastos, deixando de comprar produtos caros como carro, televisores, começou gastar mais com lazer e produtos de menor poder aquisitivo. 15 Segundo Maricato (2007, p. 21), “um setor que tem relação com alimentação fora do lar que não está sofrendo prejuízo com a crise, e, muito pelo contrario, está tendo ganhado com a atual situação, é o setor ligado ao turismo”. Com a economia em estado de incerteza, as empresas necessitam mais do que nunca obter sucesso nos negócios. Para não perder dinheiro, é necessário ter conhecimento dos modos de mensurar os custos, pois é através deles que os gestores podem definir o preço de venda além de uma margem de lucro que será determinada pelo mark-up. Para fazer o cálculo correto, os empresários devem ter em mente a margem de lucratividade de forma que os valores repassados ao consumidor final lhe permitam cobrir seus custos básicos trazendo resultados financeiro satisfatórios. Conforme Luciel e Benedito (20? p. 1): “Problemas diários relacionados a custeio, receitas, busca e análise de informações para avaliar o desempenho do negócio e possíveis correções de rumo, geram problemas que não são resolvidos de maneira correta, dificultando a tarefa de administrar o negócio, aumentando a probabilidade do seu fracasso.” O estabelecimento, para continuar sobrevivendo, precisa de conhecimento, não apenas na área de produção, mas na área administrativa. Nesta pesquisa pretende-se reunir os dois setores, para formação do preço adequado de venda, através do mark-up. 1.2 Definição do problema Lakatos e Marconi (2006, p. 120) definem a formulação do problema como: “Formular o problema consiste em dizer, de maneira explícita, clara, compreensível e operacional, qual a dificuldade com a qual nos defrontamos e que pretendemos resolver, limitando o seu campo a apresentando suas características. Desta forma, o objetivo da formulação do problema da pesquisa é torná-lo individualizado, específico, inconfundível”. Conforme Silva (2008, p. 45), “os problemas são fenômenos ou fatos que não possuem explicação ou soluções, e são objetos de discussão, na área de domínio do conhecimento em estudo”. É o cerne da questão a ser estudada. Com as mudanças enfrentadas nos momentos de crise, como o aumento do dólar e pouca circulação de dinheiro, os empresários que aumentarem os preços 16 podem sofrer conseqüência. Para que isso não aconteça, eles têm que diminuir a margem de lucro em alguns produtos e serviços. Para ter conhecimento da margem de lucro, os gestores têm que ter conhecimento do sistema de custos, a melhor forma de custeio para serviços e política de formação de preço, para estabelecer o limite dos preços e o preço ideal. Conforme Bernardi (2007, p.129): “preços internos e bem calculados dependem de um sistema de informações de boa qualidade, dados precisos, sistemas de custos, informações financeiras e uma correta estrutura de formação de preços, com base nos custos”. Diante desse contexto busca-se responder o seguinte questionamento: Quais os parâmetros para a determinação do Mark-up em uma churrascaria? 1.3 Hipótese a) O conhecimento dos custos da atividade por parte dos gestores é um dos parâmetros para o calculo do preço de venda. b) A utilização de planilhas para a mensuração dos custos facilita o calculo da margem de mark-up. c) Os preços atualmente praticados pela empresa estão calculados de forma correta. 1.4 Objetivos da pesquisa 1.4.1 Objetivo Geral Conforme Marconi e Lakatos (1990, p. 24), “toda a pesquisa deve ter um objetivo determinado para saber o que vai procurar e o que se pretende alcançar”. O objetivo geral da monografia consiste em elaborar um sistema de controle administrativo e de gestão econômico-financeiro para empresas de serviço no ramo de restaurante. 1.3.2 Objetivos específicos A. Conhecer os custos; 17 B. Levantar e mensurar os custos dos produtos oferecidos; C. Desenvolver um modelo para evidenciar o mark-up; D. Criar planilhas de indicadores de mark-up para churrascaria. 1.5 1.4 Justificativa Os empresários, gestores e administradores devem conhecer os custos dos produtos ou serviços oferecidos para acrescentarem a margem de lucro que pretendem auferir. Assim, eles poderão tomar decisões sobre seus empreendimentos. A formação de preço de vendas deve ser muito bem estudada e calculada, pois ela é o mecanismo por meio do qual os empresários podem avaliar a gestão do negócio. Os empresários devem conhecer uma estratégia de preço eficaz para alcançar seus objetivos. Desta forma, esta monografia apresentará uma das estratégias de formação de preço: o Mark-up. Para definir o Mark-up o empresário necessita ter conhecimento do custo do produto, o que só é possível com controles internos, tanto na produção como na comercialização. Com esses dados os gestores estarão aptos a real formação de preço. No ramo de restaurante, porém, esses controles são muito fáceis de realizar, pois contam com número de refeições irregulares e desperdícios, tanto na produção como sobras nos pratos, e a maioria dos administradores neste ramo não contam com programas para contabilizar a quantidade consumida por cliente (individual), mas apenas uma média, o que tornam os controles inadequados. O Mark-up é um instrumento de precificação que tem por objetivo cobrir as contas de impostos e contribuições sobre as vendas, comissões e a margem de lucro sobre as vendas. Justifica-se, portanto, o estudo para a criação de um sistema de controle dos custos para facilitar a gestão de um restaurante, permitindo, ao empresário, acompanhar a lucratividade e a definição da margem de Mark-up que melhor se adapte a cada serviço. 18 1.6 1.5. Estrutura do trabalho A estrutura do trabalho está elaborada em cinco Seções. Seção 1 – Introdução A primeira compreende a introdução e tem por objetivo expor o contexto onde se insere o problema, indicando os objetivos e outros argumentos necessários à realização da pesquisa. Os seguintes capítulos serão abordados da seguinte forma: Seção 2 – Revisão bibliográfica Nesta Seção abordaremos os conceitos e informações levantados sobre o tema com embasamento teórico de diversos autores, partindo dos conceitos de contabilidade, a importância da contabilidade para a tomada de decisão, as formas de custeio, a utilização de planilhas eletrônicas para a mensuração e apropriação dos custos. Seção 3 – Metodologia Nesta Seção serão abordados todos os métodos utilizados na elaboração da pesquisa, abrangendo tanto a revisão bibliográfica quanto o estudo de caso. Seção 4 – Estudo de caso Esta Seção corresponde ao estudo de caso realizado no município de Juina – MT. Em primeiro lugar, será apresentada uma descrição da localização, assim como o ambiente do estabelecimento estudado e o levantamento de uma proposta de formação de preço através do método de mark-up, utilizando-se de planilhas do programa Excel para o levantamento e mensuração de custos, além das fichas técnicas de receitas utilizadas pela empresa. Seção 5 – Conclusão e recomendações Tendo aplicado os instrumentos de coleta de dados, processado os mesmos e obtido a informação que disso se gerou, conjuntamente com as respectivas 19 análises, obtiveram-se resultados que permitem apresentar o conjunto de conclusões É aqui onde serão desenvolvidos os objetivos específicos pois se devem realizar as conclusões com base em tais objetivos. Também serão apresentadas as conclusões e recomendações para novas pesquisas. No quadro da próxima página, a estrutura do trabalho está demonstrada de forma sintetizada. 20 Quadro 1 – Estrutura do trabalho SEÇÃO 1 INTRODUÇÃO SEÇÃO 2 REVISÃO BIBLIOGRAFICA SEÇÃO 3 METODOLOGIA SEÇÃO 4 ESTUDO DE CASO 1.1 –Contextualização 1.2 –Definição do problema 1.3 –Objetivo da pesquisa 1.4 – Justificativa 1.5 -Estrutura do trabalho 2.1 – Contabilidade 2.2 – Contabilidade de custos 2.3 – Sistemas de custeio 2.4 – A utilização de planilhas eletrônicas para mensuração dos dados de custos 2.5 – Definição de mark-up 2.6 – As dificuldades do método de mark-up 3.1 – Monografia 3.2 – Metodologia 3.3 – Métodos de pesquisa 4.1 – Estudo pratico 4.2 – Rotinas de operação 4.3 – Composição do cardápio 4.4 – Produtos de serviços oferecidos 4.5 – Identificação dos custos de produção 4.6 – Custeio 4.7 – Custos totais identificado por produto 4.8 – Despesas 4.9 – DRE 4.10 – Formação de preços 4.11 – Calculo do preço de venda SEÇÃO 5 CONCLUSÃO Fonte: Elaborado pela autora 5.1 – Conclusão 5.2 – Recomendações para futuras pesquisas 21 2 - REVISÃO TEÓRICA 2.1 Contabilidade A contabilidade é mais antiga que a escrita. Ela surgiu da necessidade de avaliar a riqueza do homem, que para isso, utilizou pedrinhas para contar ovelhas, sem saber que estava fazendo um inventário. O pastor observou que ao longo do ano o rebanho possuía maior índice de natalidade que mortalidade, que a lã produzida poderia ser trocada por produtos de caça e pesca, e que, ainda assim, o rebanho continuava crescendo. Essa constatação constituiu o lucro ou resultado positivo. Conforme Iudícibus (2006, p. 32), “desde os povos mais primitivos, a contabilidade já existia em função da necessidade de controlar, medir e preservar o patrimônio familiar e, até mesmo em função de trocas para maior satisfação das pessoas”. A contabilidade sofreu muitas mudanças ao longo dos anos, mas não perdeu a sua real finalidade que segundo Padoveze (2004, p. 35), define contabilidade “como o sistema de informações que controla o patrimônio de uma entidade”. A Contabilidade tem o objetivo de fornecer informações confiáveis através de livros ou fichas, que servem de apoio para a tomada de decisão, portanto, apoiando a elaboração de planejamento e os orçamentos. Silva (2000, p. 14), descreve contabilidade como a “arte de obter, classificar e resumir de forma significativa e em termos monetários, transações e eventos que são, em parte, de característica financeira, e interpretar os resultados”. A contabilidade fornece informações que representam a situação econômica que serve de apoio para os usuários interessados nas informações. Conforme Leone (2000, p. 1): “A contabilidade é a Ciência que coordena e dispõe em livros apropriados (ou em fichas) a descrição das operações efetuadas por uma empresa, com o objetivo de conhecer a situação da dita empresa, determinar os resultados obtidos e explicar as causas que produziram tais resultados.” A contabilidade tem o objetivo de controlar o patrimônio da entidade, este conceito vem sendo aprimorado desde a antiguidade, para que a contabilidade se 22 torne mais ampla, para isto ela se dividiu em ramificações se tornando, mas abrangente. 1.7 2.1.1 Usuários da contabilidade De acordo com Marion (1998, p.25), usuários são “as pessoas que se utilizam da contabilidade, que se interessam pela situação da empresa e buscam na contabilidade as suas respostas”. Os usuários que mais se interessam pela contabilidade são os gestores e administradores que as utilizam para as tomadas de decisões, pois a contabilidade possibilita a apresentação das informações de forma mais clara. Os usuários da contabilidade estão divididos em dois grupos, usuário interno e externo: Usuário interno: sócios, acionistas, proprietários de quotas societárias, administradores, diretores e executivos. Usuários externos: bancos, capitalistas, governo, economistas governamentais e pessoas físicas. Os usuários internos utilizam-se das informações para fazer o controle e o planejamento que são passados em forma de relatórios com enfoques diferentes para diferentes usuários. Segundo Iudícibus (2006, p. 22), os usuários internos que se interessam pelos dados contábeis “atingem um grau de profundidade e análise, bem como a freqüência, muito maior do que os demais grupos. De fato, são eles os agentes responsáveis pelas tomadas de decisão dentro de cada entidade a que pertence”. Os usuários vêem a contabilidade como uma ferramenta que serve de apoio para conhecerem mais profundamente a empresa em que trabalham, para tomarem decisões mais apropriadas. A Contabilidade possui várias ramificações: Contabilidade Financeira, Contabilidade Gerencial, Contabilidade de Custos, Contabilidade Contabilidade Ambiental, dentre outras. Este estudo tem como foco a Contabilidade de Custos. Rural, 23 1.8 2.2. Contabilidade de custos O propósito desta subseção é delinear a evolução da Contabilidade de Custos, buscando facilitar o entendimento das mudanças ocorridas ao longo dos anos. A origem das apurações dos custos se deu no período mercantilista em que se utilizavam mecanismos de apuração muito simples. Mas com o capitalismo exigiu-se a necessidade de controles mais eficientes e precisos. De acordo com Santos (2005, p. 21): “No século XX, segundo Catelli, surgiram várias obras que contribuíram para enriquecer os métodos de apuração de custos e resultados. Tal crescimento deu-se a partir da metade do século XX para cá, pois havia grande procura por literaturas contábeis, especialmente voltadas para apuração e análises de custos que pudessem auxiliar o administrador na gestão do negócio.” A Contabilidade de Custos surgiu com a necessidade dos contadores adaptarem os conceitos da contabilidade industrial com a comercial. Pois nenhum dos valores relativos a juros, comissões de vendedores agregadas ao produto possuíam formas de contabilização especifica. Todos esses gastos eram lançados no resultado do exercício, sendo vendas ou não no período. Segundo Leone (2000, p. 43), “a contabilidade de custos estuda os custos quanto a sua relevância, a sua rentabilidade e a sua variabilidade”. Leone (2000, p.44), define relevância como algo simples “neste sentido, é tão simplesmente em relação a sua grandeza monetária”. Segundo o conceito de relevância para analisar os custos primeiro precisase identificar se eles possuem importância, ou se apenas gerarão gastos e não contribuirão em muito para a administração na tomada de decisão. As empresas que sabem identificar os custos na sua origem se tornam mais competitivas e apresentam melhor desempenho. Segundo Martins (2006, p. 22): “o conhecimento dos custos é vital para saber se, dado preço, o produto é rentável; ou, se não rentável, se é possível reduzi-los (custos)”. Nomenclaturas em Contabilidade de Custos: 24 GASTO O gasto representa um compromisso que a empresa se sacrifica para a obtenção de um bem ou serviço. Segundo leone (2000, p.53): “Gasto é o compromisso financeiro assumido por uma empresa na aquisição de bens ou serviços, e que sempre resultará em uma avaliação patrimonial seja apenas qualitativo no inicio e certamente qualitativo em seguida, podendo o gasto ser definido como gasto de investimento, quando o bem ou o serviço for utilizado em vários processos, e como gastos de consumo, quando o bem ou serviço forem consumidos no momento do mesmo da produção ou serviço que a empresa realizar”. Conforme Martins (2006, p.25), “gasto é o sacrifício financeiro que a entidade arca para a obtenção de um produto ou serviço qualquer, sacrifício esse representado por entrega ou promessa de entrega de ativos (normalmente dinheiro)”. O gasto ocorre quando há a sacrifício da entidade para obtenção de um bem que pode se tornar custo ou quando há sacrifício para manter os bens que se tornam despesas. INVESTIMENTO Investimento representa um capital empregado pelas empresas para a produção de bens, que geram benefícios futuros. Segundo Padoveze (2005, p. 137), “um investimento caracteriza-se por ser um gasto não consumido imediatamente, cujos resultados virão dos benefícios futuros desse gasto”. Conforme Nellis (2003, p. 375): “O capital é empregado pelas empresas para ajudar na produção de bens e serviços e para expandir a capacidade produtiva da empresa. [...] isto significa que as expectativas de futuros retornos sobre os investimentos são de uma importância vital para as decisões de investimento de capital”. O investimento representa o capital investido em uma empresa para que ela possa começar a produzir um produto ou serviço, fazendo parte do ativo do estabelecimento. Este investimento não retornará efetivamente todo ao aplicador ou 25 sócio, ele retornará em lucro que representa o retorno do investimento que objetiva ser maior que uma aplicação, em média 10 % ao ano. CUSTO Os custos e despesas na nossa língua não possuem uma distinção nítida. Assim, Martins (2006, p. 25) define, “custo é um gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outros bens e serviços”. Segundo Leone (2000, p.54): “o custo de um fator de produção, medido em termos para a obtenção de um produto, de um serviço ou de uma atividade que poderá ou não gerar renda”. O custo representa uma despesa necessária para a produção dos produtos, ou serviços que poderão ou não gerar renda. Na fabricação dos produtos e serviços os custos são separados em diretos e indiretos. Para sua mensuração a empresa precisa encontrar um meio de identificálos em fichas técnicas são próprias para encontrar os custos diretos. Nas fichas técnicas serão anotados os pesos, as embalagens e os preços dos ingredientes. Mas para calcular com precisão o custo real levam-se em consideração os custos de compra, os tipos de embalagem e as perdas de drenagem, além do tempo de preparo; assim se tem os custos diretos da receita preparada, mas essas fichas devem ser revistas a cada 3 meses. Conforme Bruni (2006, p. 261), “os custos são formados essencialmente por parte do valor pago ao fornecedor, mais despesas com a logística, como fretes ou seguros. Os impostos não devem ser incorporados no custo”. DESPESA Leone (2000. p, 54) chama as despesas de “o gasto aplicado na realização de uma atividade que vai gerar renda efetivamente ou que poderá gerar uma renda teórica”. Segundo Santos (2006, p. 17), “despesas representam saídas de caixa atuais ou o esperadas, provenientes das atividades principais da entidade”. 26 Desta forma as despesas representam um gasto que gera renda, através do desembolso do caixa. As despesas são divididas em fixas e variáveis, nas despesas fixas estão inclusas: embalagens, comissão dos vendedores, taxas administrativas do cartão de crédito sobre as vendas, taxas de financiamento, quanto se trata de vendas a prazo. Segundo Ribeiro (2009, p. 507): “Os percentuais de participação dessas despesas, em geral, não causam embaraços para serem definidos. As comissões a vendedores, por exemplo, não são fixadas pela empresa; os tributos que guardam proporções com o preço de venda também têm suas alíquotas fixadas pelo governo; as parcelas das vendas a serem repassadas para as administradoras dos cartões de créditos, bem como para as detentoras das franquias, são fixadas nos contratos firmados especificamente para essas operações. Restam, então, estimar percentuais para poucas despesas, como fretes, material de embalagem e outras.” Segundo Ribeiro (2009, p. 507), “consideram-se as despesas que independem do volume da produção e venda e se repetem em todos os meses do ano”. As despesas fixas estão associadas à manutenção do ponto-de-venda como: aluguel, energia elétrica, telefone, salários e encargos, contador e outros. Para facilitar a formação do preço, as despesas fixas são calculadas em planilhas e definidos percentuais para facilitar a distribuição, para repassar aos produtos ou serviços. PERDA Conforme Sacramento (2009, p. 08), “o ato de desperdiçar advém, alternativa ou cumulativamente, da falta de competência na utilização dos recursos disponíveis, sejam eles humanos, materiais ou financeiros”. O desperdício e as perdas representam um custo inútil para empresas e se não detectados podem levar uma empresa à falência. Segundo Sá et al (2003, p.10-11): “Isto porque as empresas, para não ficarem com o prejuízo, repassariam o valor do desperdício para o custo final dos produtos [...]Objetiva-se como este trabalho, o esclarecimento dos desperdícios dentro das organizações, bem como seus diferentes tipos de formas, que por sua vez identificados, auxiliam a elaboração de um instrumento pelo qual possa servir como base para execução de atividades, a fim de eliminá-los”. 27 A apropriação dos desperdícios pode ser considerada custo, apropriado aos produtos, ou serem considerados despesas e lançados na DRE, mas o mais recomendável é reconhecê-la como custo no produto. De acordo Wernke (2005, p. 4): “O conceito de desperdício é mais difundido na área da engenharia de produção do que na esfera contábil ou administrativa e pode englobar os custos e as despesas utilizados de forma não eficiente. São considerados desperdícios os gastos relacionados com atividade que não agregam valor, do ponto de vista do cliente, que implicam dispêndio de tempo e dinheiro desnecessário aos produtos (ou serviços)”. De acordo com Sacramento (20, p. 19): “Perdas são sobras presentes em qualquer processo e resultam de limitações tecnológicas e/ou operacionais decorrentes de padrões, modelos, moldes, e do domínio de tecnologia do conhecimento existente em dado instante”. Em alguns ramos de atuação, o desperdício faz parte do cenário do empreendimento, com isso, os gestores precisam ter um sistema de custo mais aprofundado. Ao reconhecer onde o desperdício ou a perda acontece fica mais fácil mensurá-lo e eliminá-lo, assim a empresa se torna mais competitiva. 2.2.1 Definiçao de custo A contabilidade reconhecia apenas as despesas como geradora de receitas, mas com a evolução e a industrialização surgiu o conceito de custo que para Santos et al, (2006, p. 79) “relaciona-se às despesas necessárias para a produção”. Maher (2001, p. 64) define custo como “um sacrifício de recursos”. Pois para adquirir qualquer produto é necessário o sacrifício de recursos, que pode ser o pagamento no ato da compra ou no futuro. Segundo Ribeiro (2009, p. 23): “Despesa e custo, tecnicamente representam coisas diferentes quando utilizadas pela contabilidade de custos, mas, quando empregadas na nossa linguagem comum ou integrando terminologias de outras profissões, em certos casos, podem representar coisas semelhantes”. Pode-se identificar melhor a diferença da despesa com o custo na DRE, os custos são agregados ao produto e as despesas se apresentam depois do lucro bruto. Conforme Maricato (2007, p. 138): 28 “Em restaurantes, os custos médio dos alimentos fica entre 18% e 28% dos custos totais do estabelecimento. O de bebidas fica entre 7% e 14%, o aluguel, entre 3% e 6%. O custo total de pessoal, inclusive encargos, salários e reclamações trabalhistas, têm crescido percentualmente, sendo comum, hoje em dia, situar entre 25% e 35% do total”. 2.2.2 Classificação de custos As classificações de custo são apresentadas no quadro abaixo: Quadro 2 – Principais classificações de custos Classificação Categorias Quanto à facilidade de identificação no produto Direto Indireto Quanto ao volume produzido no período Variáveis Fixos Fonte: Wernke (2005, p. 7) Os custos são ligados diretamente ao processo de produção e possuem alguns macetes para aprimorá-los de forma correta como demonstrado acima no quadro 2. 2.2.2.1 Custos diretos Os custos diretos possuem algumas particularidades que serão apresentadas nesta subseção. Ribeiro (2009, p. 33) diz: “custos diretos compreendem os gastos com materiais, mão-de-obra e gastos gerais de fabricação aplicados diretamente na fabricação dos produtos”. De acordo com Wernke (2005, p. 7): “são os gastos fácil ou diretamente atribuíveis a cada produto fabricado”. Segundo Leone (2000, p. 59): “são todos os custos que se conseguem identificar com as obras, do mais econômico e lógico”. Os custos diretos estão ligados diretamente ao produto como: supermercado, frios, verduras, mão-de-obra de fabricação e outros. Os custos 29 diretos são fáceis de identificar, basta conhecer o ramo de estudo e o produto, qualquer pessoa os identifica. 2.2.2.3.Custos indiretos Em que se apresenta a definição dos custos indiretos e suas abrangências. Conforme Ribeiro (2009, p. 33), “Custos indiretos compreendem os gastos com materiais, mão-de-obra e gastos gerais de fabricação aplicados indiretamente na fabricação dos produtos”. Leone (2000, p. 59) assegura: “São todos os outros custos que dependem do emprego de recursos, de taxas de rateio, de parâmetros para o débito às obras”. Wernke (2005, p. 8) descreve: “A atribuição dos custos indiretos aos objetos acontece por intermédio de rateios, que consistem na divisão do montante de determinado tipo de custo entre produtos ou serviços utilizando um critério qualquer, como o volume fabricado por produto ou o tempo de fabricação consumido”. Os custos indiretos estão diretamente ligados à fabricação, mas são apropriados por forma de custeio. Exemplos: aluguel, energia, embalagem e mãode-obra indireta. 2.2.2.3 Custos variáveis O custo variável como o nome diz, representa os custos que variam em decorrência da produção. Ribeiro (2009, p. 36), disse: “Os custos variáveis são aqueles que variam em decorrência do volume da produção”. Então, quanto mais produtos forem fabricados em um período, maiores serão os custos variáveis. Conforme Werneke (2005, p. 8): “São os gastos cujo total do período estão proporcionalmente relacionados com o volume de produção, quanto maior for o volume de produção, maiores serão os custos variáveis totais do período, isto é, o valor total dos valores consumidos ou aplicados na produção tem seu crescimento vinculado à quantidade produzida pela empresa”. Segundo Marion (2006, p. 49-50), os custos variáveis: “O valor global de consumo dos materiais diretos por mês depende diretamente do volume de produção. Quanto maior a quantidade produzida, 30 maior seu consumo. Dentro, portanto, de uma unidade de tempo (mês, nesse exemplo), o valor do custo com tais materiais varia de acordo com o volume de produção; logo, materiais diretos são custos variáveis.” Os custos variáveis variam em decorrência da produção do período, nos momentos de picos os custos aumentam, nos períodos de sazonalidades os custos diminuem. 2.2.2.4 Custos fixos Os custos fixos estão diretamente ligados aos produtos ou serviços que a empresa oferece, apresentado na definição do custo fixo a seguir. Segundo Maher (2001, p. 75): “Os custos fixos não se alteram na proporção direta da alteração no volume, dentro de um intervalo relevante de atividade. Os custos fixos são aqueles que não se alteram com maior ou menor produtividade como: aluguel, honorário do contador, pró-labore, telefone, depreciação e salários”. Werneke (2005, p. 8), disse: “Custos fixos são aqueles cujos valores totais tendem a permanecer constantes (fixos), mesmo havendo alterações no nível de atividades operacionais do período”. Os custos fixos estão ligados ao funcionamento do estabelecimento independentemente da produção, como: aluguel, telefone, energia, internet e funcionários. 2.2.2.5 Custo primário I Custo Primário, conforme Franco (1994, p. 152), é "[...] o total do material da mão-de-obra aplicada em um produto, excluídos, portanto, os gastos gerais de fabricação." O material é o elemento de custo de produção mais importante, em virtude de ser constituído de matérias primárias e secundárias, as quais quando transformadas no processo produtivo irão formar o produto. De acordo com Franco (1994, p. 153), a matéria-prima é: "[...] o material que entra em maior porção no fabrico do produto, como por exemplo: a madeira na fabricação de móveis; a farinha de rigo na fabricação do pão; o ferro e o aço na fabricação de máquinas, o papel na fabricação de livros e o fio na fabricação de tecidos." 31 Entretando, observa-se que outros materiais entram também na fabricação, porém em quantidades menores. 2.2.2.6 Custo Primário II Neste sentido, Franco (1994, p. 153), define a matéria secundária: "é aquela que, embora diretamente aplicada no produto, não entra em grande proporção, representando apenas uma pequena parte do custo do material, como por exemplo: o verniz e os pregos na fabricação dos móveis, o sal e o fermento na fabricação do pão”. Verifica-se assim, que as matérias-primas e os materiais secundários fazem parte do custo primário II, para a fabricação dos produtos junto ao custo de mão-deobra, portanto, como normalmente na fabricação de um produto tem-se muitos materias diferentes presentes em quantidade diversas. É preciso identificar aqueles materiais que se fazem presente em maior quantidade, denominando-os de matérias-primas e, aqueles que se fazem presente em menor quantidade na composição do produto, denominam-se materiais secundários. 2.2.3.6 Rateio Os gastos gerais diretos da produção podem ser facilmente calculados, pois incidem de forma direta sobre os produtos, contudo, existem gastos gerais indiretos, os quais necessitarão de uma distribuição aos produtos através da adoção de um critério de mensuração. A este procedimento, denomina-se rateio. O rateio pode ser realizado de várias formas: pode-se adotar a distribuição proporcional ao custo da matéria-prima de cada produto, ou à mão-de-obra. Entretanto, qualquer que seja o critério adotado, sempre apresentará vantagens e desvantagens, sendo difícil afirmar com segurança qual o mais adequado. “Assim sendo, não há um critério uniforme para a distribuição de todos os gastos gerais, no entanto, existe o entendimento de que para realizar o rateio faz-se necessário considerar a natureza do produto a ser fabricado e a relação do custo a ser rateado com o produto, ou seja, a forma de incidência do custo na produção”.(FRANCO, 1994, P173-174). 32 1.9 2.3 Sistemas de custeio O custeio significa Método de Apropriação de Custos e apresentam aplicações e características próprias. Abordar-se três tipos de custeio: custeio por absorção, custeio variável e o ABC. 2.3.1 Custeio pelo método de absorção O modelo de absorção segundo Martins (1987, p. 41), “consiste na apropriação de todos os custos de produção aos bens elaborados, e só os de produção; todos os gastos na fabricação são distribuídos para os produtos feitos.” De acordo com Crepaldi (2004, p. 224): “Nesse método de custeio, todos os custos de produção são apropriados aos produtos do período. Os custos de produção podem ser apropriados diretamente, como é o caso do material, mão de obra direta, ou indiretamente, como é o caso dos custos indiretos de fabricação. Os gastos que não pertencem ao processo produtivo, como as despesas, são excluídos.” De acordo com os autores, os gastos de comercialização e distribuição são cobertos pelos produtos vendidos, e devem ser apropriados como despesas no período. O custeio por absorção é um método derivado da aplicação dos princípios geralmente aceitos pela contabilidade, ela é aceita para a avaliação de estoques, levantamento de balanço patrimonial e de resultado atendendo a contabilidade societária e o fisco. Conforme Wernke (2005, p.19): “O custeio por absorção” é mais adequado para finalidades contábeis, como avaliar estoques e determinar valor total de custo dos produtos vendidos a ser registrado na Demonstração de Resultado do Exercício (DRE). “Sua utilização tem sido exigida pela legislação brasileira e por determinação legal devem compor o custo dos bens ou serviços vendidos”. O método de custeio por absorção rateia seus custos por vários critérios e encontra um que melhor representa os consumos da empresa, quando a empresa encontra um critério e estabelece-o, ele é conhecido como taxa predeterminada, pois todos os rateios o utilizam como referência. Segundo Leone (2000, p.125): “as bases para rateio deverão ser aquelas que melhor representam o consumo, pelos produtos ou serviços”. 33 Quadro 3 – Custeio por absorção em empresas de manufatura. Custeio por Absorção Empresas de Manufatura Despesas Custos Estoque de Produtos Demonstração de Resultados Custos Receita CPV Lucro Bruto Despesas Lucro Operacional Fonte: Martins (1987, p.37) O quadro 3 representa a DRE e a forma de apropriação dos custos, despesa, vendas e estoque e resulta no lucro operacional. 2.3.2 Custeio variável Segundo Leone (2006, p. 322), modelo de custeio variável, “O critério de custeio variável fundamenta-se na idéia de que os custos e as despesas que devem ser inventários (debitados aos produtos em processamento e acabados) serão apenas aqueles diretamente identificados com a atividade produtiva e que sejam variáveis em relação a uma medida (referências, base, volume) desta atividade. Os demais custos de produção, definidos como periódicos repetitivos e fixos, serão debitados diretamente contra o resultado do período.” De acordo com Crepaldi (2004, p. 149): “O custeio variável fundamenta-se na separação dos gastos em gastos variáveis e gastos fixos, isto é, em gastos que oscilam proporcionalmente ao volume da produção/venda e gastos que se mantêm estáveis perante volumes de produção/venda oscilantes dentro de certos limites”. Segundo os autores, o método de custeio variável se distingue por lançar as despesas da estrutura produtiva no final do período, o que afeta diretamente o lucro e não por produto. Este método não é aceito pela contabilidade, pois não atende os princípios fundamentais de contabilidade e não é aceito pelo fisco. 34 Esta forma de custeio é utilizada por gestores por não precisar recorrer aos métodos de rateio facilitando o cálculo para formação de preço e a margem de contribuição do produto ou serviço. Santos et al (2006, p.111) apresentam as características: Preço é função do mercado. Calcula o custo variável do produto. Obtém a “margem de contribuição” do produto. É um sistema altamente flexível. 2.3.3 Custeio baseado em atividade (ABC- Activity-based costing) Custeio ABC é o método de custeio que está mais inserido nas tecnologias de produção. Ele é capaz de mensurar os consumos de lotes ou unidades, além de abranger a produção, ele controla as atividades comerciais e de serviços. Este tipo de custeio está sendo muito usado nos Estados Unidos e recentemente no Brasil, distinguindo-se dos métodos tradicionais por não ser um sistema de acumulação de custos para fins contábeis. Ele é mais indicado para a parte gerencial, pois apresenta, com precisão, os custos por atividade. Algumas terminologias empregadas no método custeamento ABC são apresentadas no quadro 4, a seguir: Quadro 4 – Conceitos pertinentes ao ABC. Processo(s) Atividade (s) Tarefa (s) Recursos Direcionadores de custos Fonte: Wernke (2005, p. 32) O quadro 4 apresentou os processos a serem seguidos para desenvolver o método ABC. Desta forma, é possível apresentar algumas mudanças em relação ao método ABC e VBC (volume based costing), segundo Nakagawa (2007, p. 12): 35 Quadro 5 – Mudanças em relação aos dois métodos de custeio ABC Eficácia dos custos Competitividade empresas Visão ex-ante Visão tridimensional Acurácia Escopo Objetivos Gestão Análise Mensuração VBC Custos para controle das Elaboração de relatórios financeiros Visão ex-post Visão bidimensional Exatidão .Fonte: Nakagawa (2007, p. 12). O quadro demonstra as diferenças entre as formas de custeio ABC – Activity-based costing - e VBC – Volume Based Costing - em diferentes setores da administração e contabilização. O método de custeio VBC, vem do pressuposto de que os custos são mensurados a partir das quantidades de recursos para fabricá-los e comercializá-los, já o custeio ABC se preocupa em saber se os recursos estão sendo utilizados e apropriados de forma eficiente, basicamente são essas as diferenças. De acordo com Wernke (2005, p. 29): “O ABC é uma metodologia de apuração de custos cuja característica de maior destaque é a capacidade de distribuir as despesas e os custos indiretos aos produtos de forma mais justa (em comparação com o Custeio por Absorção), já que tenta mensurar o efeito consumo desses gastos pelos itens fabricados. Para concretizar essa melhor alocação das despesas e dos custos indiretos, o ABC utiliza diversos critérios de rateio (ou de direcionamento) que tenham alguma relação lógica com o tipo de gastos que está sendo distribuído aos produtos.” Conforme Padoveze (2004, p. 357): “O custeio ABC procura aprimorar o custeamento dos produtos, através de mensurações corretas dos custos fixos indiretos, em cima das atividades geradoras desses custos, para acumulação diferenciada ao custo dos diversos produtos da empresa”. Os produtos possuem diferenças quanto aos preços de custo, margem de contribuição e pessoal envolvidos no preparo e atendimento. Conforme Maricato (2007, p. 138): “Os custos também devem ser avaliados e submetidos aos mesmos estudos comparativos, objetos de providências que visem a reduzi-los, sem prejuízo da qualidade dos produtos e serviços. Os custos também podem ser distribuídos da mesma forma: bar de um lado e salão e cozinha de outro, incluindo-se, então, custos de administração e serviços acessórios na proporção que cada um ocupa dos recursos administrativos”. O custeio ABC apropria os custos em centros de custos ficando mais fácil de mensurá-lo e calculá-lo. 36 2.4 Utilizar planilhas eletrònicas para mensurar dados de custos As empresas utilizam planilhas eletrônicas para controlar seus custos, pois é um mecanismo de controle muito eficaz e de fácil manuseio. Estas planilhas são de difícil elaboração, pois é necessário o conhecimento do processo, e as formas de mensuração dos custos, depois de elaboradas ficam fáceis de serem alimentadas e utilizádas para a tomada de decisão. Segundo Gonçalves (2000, p. 1): “O desenvolvimento de um bom sistema de custos requer conhecimento por parte da equipe que o está desenvolvendo, é necessário conhecer os processos pelos qual o produto passa como separar cada processo, como atribuir os custos indiretos de fabricação aos processos e em seguida aos produtos, e também como tratar os gastos da empresa, ou seja, classificar o que é e o que não é custo de fabricação. Com o auxilio de uma planilha eletrônica, é possível obter um sistema de custos que possa atender as necessidades de Micro e Pequenas Empresas que geralmente não possuem um sistema de custos confiável.” As empresas de serviço possuem uma particularidade, pois podem desenvolver um serviço com material ou não, para o desenvolvimento das planilhas o administrador deve ter conhecimento da empresa em estudo para desenvolver as planilhas que se adaptam a cada segmento. Nelas serão incluídos os custos fixos e variáveis a mão-de-obra, para que o se possa alimentá-la, verificá-la, confrontá-la, pois irão apresentar uma base de dados dos custos que servirá de informação contábil para rápidos ajustes, para que os preços de venda a serem formados, cubram todos os custos e as despesas. Com os processos em planilhas, os usuários terão maior agilidade e rapidez. Os custos fixos serão desenvolvidos por fichas técnicas, nas quais estarão identificados os produtos utilizados em quantidade (quilo, litro, unidade). Serão identificados os desperdícios e os custos unitários de compra, o que proporciona aos gestores uma tomada de decisão mais eficaz e rápida. No quadro 6 está demonstrado um modelo de FTP Ficha Técnica de Produção para identificação dos produtos diretos utilizados na elaboração nos pratos produzidos. Por exemplo, fubá, óleo, caldo, tempero de forma geral e, inclusive água, para fazer uma simples polenta. 37 Quadro 6 – Modelo de ficha técnica adequada para a empresa. Produto: Polenta Ingredientes Fubá Óleo Caldo Maggi Alho Tempero arisco Água Total Quant. MD 2 2 3 50 50 6 Preço MD por um (R$) kg 1,52 L 2,80 Tablete 1,27 g g L Desperdício Custo MD por prato (R$) 6,90 5,27 0,01 3,04 5,60 3,81 0,35 0,53 0,06 13,39 Rende 3 kg Modo de preparo: 1) Misture o fubá com água fria em uma bacia; 2) Ferva a água e quando estiver fervendo misture o fubá da bacia; 3) Acrescente o caldo de galinha; 4) Misturar até pegar fervura tampe a panela de preço por 40 minutos. Fonte: Marcedo (2006, p. 75) revista cozinha profissional n 95 de junho/julho de 2006 As fichas técnicas apresentam os produtos utilizados na produção do prato, a quantidade especifica, se houve desperdício - como na banana de fritar que as cascas são consideradas desperdício, pois não se utilizam na produção, mas compõem o valor do prato, este desperdício é considerado custo do produto. O capital humano é o maior patrimônio que qualquer empresa possui, embora muitas ainda não tenham se dado conta disso, pois sem ele não há nada além do que um simples número de CNPJ. No entanto, gerir pessoas é muito complexo, e exige muita estratégia e sensibilidade para conseguir cumprir suas metas e atingir seus objetivos com eficácia. No quadro 7 (sete) serão apresentados alguns benefícios e dificuldades da ficha técnica de produção, como criação de um padrão mais realista, que por sua vez fideliza a clientela, dá maior precisão na administração, facilita a localização de possíveis falhas, dificulta furtos, mau uso e desperdício de alimentos, proporciana a viabilização de preço mais adequado e, por consequência, aumenta os lucros, além de um maior controle nos custos de produção, pois acaba reduzindo a necessidade 38 de maior número de profissionais no quadro de funcionários, que por sua vez, aumentaria as despesas trabalhistas: Quadro 7 – Os benefícios e as dificuldades da FTP. Benefícios e Dificuldades da FTP Benefícios Criação de um padrão objetivo e realista, capaz de permitir a comparação e o acompanhamento ativo previsto. Obtenção de um mesmo padrão gastronômico de qualidade, o que resulta em benefícios como a fidelização da clientela. Mais precisão na administração dos custos de produção. É um documento concreto, objetivo e que a rápida localização de possíveis falhas. Impede que o negócio vire “terra de ninguém”. Dificulta furtos, maus usos e desperdícios. Viabiliza estabelecer o “seu preço” de venda e uma margem realística de lucratividade, pois possibilita conhecer exatamente o custo da preparação do alimento. Possibilita o fornecimento de orçamento de serviços e permite a participação em processos de licitações. Proporciona mobilidade e reduz a dependência de um profissional. Dificuldades Necessidade de atualização permanente de preços dos insumos e, de vez em quando, dos quantitativos dos alimentos e bebidas (somente quando mudarem as versões do cardápio ou a carta de bebidas). Compra de equipamento, como um computador simples, com o aplicativo do Excel; e uma balança eletrônica ( 25 gr a 50 kg)*. Procedimento de identificação das taras de todos os recipientes da cozinha/ copa/ bar. * Para aqueles que não têm equipamentos e precisam comprá-los. Entretanto, é um investimento e, todo investimento, um dia, se reverterá em lucro. Fonte: Marcedo (2006, p. 74) revista cozinha profissional nº 95 de junho/julho de 2006. Conforme demonstrado no quadro 7, as fichas técnicas para as empresas no ramo de alimentação apresentam mais benefícios do que dificuldades, um aliado para os gestores que pretendem ter os custos sempre evidenciados e controlados, assim, se tornarem mais competitivos. 1.10 2.5 Definição do método de mark-up Conforme Bernardi (2007, p. 164): “Apresentaremos a definição de mark-up, que no dicionário técnico contábil português-inglês significa “remarcar para cima” e segundo o dicionário Accounting: the language of business, de Sidney Davidson et al., mark-up é “um valor original adicionado ao custo. Usualmente expresso como um percentual do preço de venda. Refere-se também a um aumento sobre um preço de varejo originalmente estabelecido.” 39 Segundo Bernardi (2007, p.164), “o Mark-up pode então ser definido como um índice ou percentual que irá adicionar aos custos e despesas, o que não significa que deva ser aplicado linearmente a todos os bens e serviços”. Padoveze (2004, p. 432), “define mark-up, como um multiplicador sobre o custo dos produtos, mas que é obtido de relações percentuais sobre o preço de venda”. De acodo com Ribeiro (2009, p. 510), “denomina-se taxa de marcação (mark-up multiplicador ou mark-up divisor) o indicador que, aplicado sobre o custo unitário de fabricação de um produto, resulta no preço de venda do referido produto”. O mark-up representa a porcentagem que a empresa pretende auferir de lucro, incluso os custos variáveis, as despesas e os custos fixos, menos o custo da fabricação. Segundo Bernardi (2007, p. 26): “Administrar em um ambiente de economia global em que o preço é um assunto de maior relevância, e é igual a somatória dos custos, lucros e despesa (P=CLD), mas o mercado tem outra filosofia que dita o preço, dessa forma o lucro é igual ao preço aceito menos o custo e a despesa”. Segundo Bernardi (2007, p. 130): “É um método básico e elementar no qual, com base na estrutura de custo e despesa e do lucro desejado, aplica-se um fator, marcador ou multiplicador, formando-se o preço. Desta forma, o preço cobrirá todos os custos, despesa, impostos e terá como residual o lucro das vendas desejado.” Para a empresa obter lucro é preciso ter em mente o preço que o mercado está disposto a pagar e diminuir seus custos de despesas, pois o mercado já não absorve qualquer preço. 2.5.1 Multiplicador sobre os custos (Mark-up) O Mark-up é um multiplicador dos custos dos produtos, os custos variáveis, despesas, impostos e margem de lucro em que são determinados percentuais sobre o preço de vendas. Conforme Cavalcante e Silva (2007, p. 69): “o Mark-up I é aplicado sobre o custo de produção e sobre o resultado encontrado é aplicado o mark-up II, obtendose o preço de venda”. 40 No quadro da página abaixo serão apresentados os elementos que compõem o Mark-up, como despesas administrativas, comerciais, outras despesas operacionais – assistência técnica, engenharia-, custo financeiro e outros. Quadro 8 – Os elementos que compõem o mark-up. Mark-up I – despesas e margem de lucro a) Despesas administrativas; b) Despesas comerciais; c) Outras despesas operacionais (assistenciais técnicas, engenharia); d) Custo financeiro de produção e vendas; e) Margem de lucro desejada. Mark-up II – Impostos sobre venda ICMS PIS COFINS Fonte: Padoveze (2006, p. 314) Segundo Cavalcante e Silva (2007, p. 69): “Podem ser utilizado mark-up I e mark-up II. No mark-up I, são considerados uma margem de lucro desejada pela empresa, as despesas sobre as vendas e todos os itens em percentuais sobre vendas. Já no mark-up II, são considerados, conforme cita a metodologia de calculo, os impostos sobre venda dos serviços.” Para a formação adequada do preço de venda, os dois tipos de mark-up devem ser levados em conta, pois um trata dos impostos incidentes nas vendas e o outro trata das despesas e custos. 2.5.2 Mark-up e estrutura da demonstração de receitas Para extrair o Mark-up da estrutura da demonstração de resultado, os custos dos produtos vendidos devem ser separados. Conforme Padoveze (2006, p. 315): 41 “O mark-up I parte dos custos industriais, e o multiplicador adotado determina o preço de venda antes dos impostos sobre a venda. Esse preço de venda cobre, além do custo industrial, as despesas operacionais, o custo financeiro e a margem de lucro desejada. O mark-up II parte do preço de venda sem impostos, para obter o preço de venda com impostos – preço que interessa ao cliente e deve constar da lista de preços.” No quadro da próxima página aparece o Mark-up e a demonstração de resultado. Quadro 09 – Demonstração de resultado com mark-up. Receita Operacional Bruta (Preço de Venda com Impostos) 120,00 (-) Impostos sobre a venda (20,00) = Receitas Operacionais Liquidas 100,00 (preço de Venda sem Impostos) (-) Custos dos produtos vendidos (Custo industrial por absorção) (60,00) Materiais diretos 25,00 Mão - de - obra direta Mão – de- obra indireta Despesas gerais Depreciação = Lucro Bruto (-) Despesas Operacionais e Financeiras 8,00 12,00 8,00 7,00 40,00 (28,00) Comerciais 12,00 Administrativas 10,00 Financeiras 6,00 = Lucro Líquido antes dos Impostos sobre o Lucro 12,00 (-) Imposto sobre o Lucro* (4,08) = Lucro Líquido após os Impostos sobre o Lucro 7,92 *No Brasil, os impostos sobre o lucro são: a) Imposto de Renda, com alíquota básica de 15% mais adicional de 10% para lucros anuais superiores a $ 240.000 no ano; b) Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, com alíquota de 9%. A alíquota efetiva para a maior parte das empresas tributadas pelo lucro real aproxima-se, então, de 34%. Fonte: Padoveze (2006, p. 315). Neste exemplo o Mark-up I seria de 1,6667. 42 Na DRE evidencia o Mark-up logo abaixo da CPV, onde demonstra os custos separadamente, ficando mais fácil compreende-lo. 2.5.3 Mark-up genérico No modelo de Mark-up genérico são usados os mesmos percentuais das despesas e da margem de lucro desejada para que seja aplicada igualmente para todos os produtos. Os impostos sobre vendas devem ser estudados por suas particularidades, pois alguns não incidem impostos, como na exportação e, outros devem ser aplicados os percentuais definidos pelo governo. Segundo Padoveze (2005, p.387): “Na construção do índice multiplicador que será aplicado sobre o custo por absorção, os indicadores das despesas operacionais sobre vendas (administrativas, comerciais) terão os mesmos percentuais para todos os produtos. O mesmo acontecerá com o custo financeiro e com a margem de lucro desejada, que terão os mesmos percentuais sobre o preço de venda, aplicados igualmente para todos os produtos”. Para o custeio por absorção as empresas industriais produzem diversos produtos utilizam o Mark-up genérico. 2.5.4 Mark-up, mercados, canais de distribuição, mix de vendas dos produtos Os produtos são distribuídos para vários mercados e atingem diferentes públicos, as empresas devem definir os preços de acordo com os custos das distâncias, assim os preços são diferenciados. Segundo Padoveze (2006, p. 317): “Forma-se um mix de venda para cada produto, sendo que cada segmento de mercado deve ter um preço de venda diferenciado. Assim, é necessário, na formação de preços diferenciados, de modo que a rentabilidade da empresa não seja afetada”. De acordo com Padoveze (2005, p. 388), “os preços de venda diferenciados deverão formar um preço de venda médio do mix de venda de cada produto, de sorte que a rentabilidade final seja alcançada”. Nesse contexto a empresa deve conhecer os custos de forma mais precisa, para não afetar a rentabilidade e formar um preço médio do mix de venda para alcançar os resultados projetados. 43 2.5.5 Determinação da margem desejada para o Mark-up A empresa, ao determinar a margem de lucro desejada, leva em consideração a rentabilidade sobre o capital investido e a lucratividade das vendas sobre o giro do ativo. Determinar a margem de lucro através do método conhecido como Dupont é uma ótima estratégia para a rentabilidade do negócio, conforme Padoveze (2006, p. 322): “A margem desejada a ser aplicada nos preços de venda formados pelo custo deve ser resultante da rentabilidade desejada sobre o capital investido. Esse conceito é expresso pela fórmula de análise da rentabilidade, denominada método Dupont, que converge os elementos de lucratividade das vendas com o giro do ativo”. Modelo do método Dupont segundo Padoveze (2006). Rentabilidade do ativo= lucro operacional / ativo operacional Segundo Padoveze (2005, p. 434) “a analise da geração da margem de lucro é determinada Método Dupont, pois foi disseminada por esta empresa norteamericana no início do século XX”. Através da metodologia para a utilização da margem desejada o empresário precisa conhecer a rentabilidade do investimento, e os produtos que possuem o maior ou menor giro, assim fica mais fácil definir o percentual do Mark-up que melhor se adapta a cada produto. 2.5.6 Mark-up desejado Não há dúvida de que a capacidade de pagamento das firmas, o receio dos bancos quanto aos efeitos de um aumento da taxa de inflação sobre a taxa de juros real e a própria capacidade dos bancos de honrar compromissos na eventualidade de inadimplência de seus devedores, normalmente influenciam a fixação da margem que os bancos aplicam sobre a taxa básica de captação. É pouco provável que os bancos sempre reajam a uma expansão na demanda por moeda de crédito somente com ajustes via quantidade, pois a expansão do crédito pode elevar seus níveis de exposição e alavancagem. De uma perspectiva mais geral, pode-se argumentar que a preferência pela liquidez dos bancos afeta a taxa na qual eles se dispõem a conceder empréstimos. 44 Sob condições de excesso de capacidade produtiva em termos de capital físico, as firmas produzirão de acordo com a demanda, de maneira que a equalização ex-post entre a acumulação desejada e a poupança será gerada, conforme o princípio da demanda efetiva, por intermédio de variações no grau de utilização da capacidade Para definir o percentual de lucro desejado sobre os custos serão seguidos alguns passos que ajudam a entender melhor toda essa estrutura no que se refere a lucratividade: Quadro 10 – Exemplo de mark-up desejado Estrutura: ICMS PIS/ Cofins Comissões Despesas 18% 4,65% 2% 8% Tem-se uma mercadoria a um custo de $ 1.000,00 / unidade 1º Passo Definir quanto se pretende de lucro sobre o custo, por exemplo, 50%, ou seja, $ 500. 2º Passo Cálculo do mark- up Total da estrutura = 32,65% Observe-se que na estrutura do mark-up foi excluído o percentual de lucro sobre vendas, assim: 100 – 32,65 ------------------- = 0,6735 Mark-up divisor 100 1 ------ = 1,484781 Mark-up multiplicador 0,6735 3º Passo Cálculo do preço: (CUSTO $ + LUCRO $) X MARK-UP ($ 1000 + $ 500) X 1,484781 = 2, 227,17 4º Passo Demonstração Vendas Custo ICMS PIS / Cofins Comissão Despesa Lucro 2.227,17 1000,00 400,89 103,56 44,54 178,18 --------------500,00 45 Lucro = a 50% do custo e 22,4% das vendas. .Fonte: Bernardi (2007, p. 169-170). Através deste exemplo fica mais fácil entender o Mark-up desejado, onde esse pode escolher o lucro desejado, levando em consideração várias problemáticas sazonais, geográficas, acesso e, inclusive a concorrência, a partir deste ponto, o preço é estabelecido. 2.5.7 Como calcular o mark-up Apresentaremos a forma de calcular o mark-up, os elementos que o compõem e os métodos de calculo. Segundo Bernardi (2007, p. 165), a somatória para a formação de preço, os elementos que compõem a estrutura é a seguinte: Quadro 91 – Estrutura do mark-up. + custos + despesas + impostos mark-up + lucro = preço de vendas Fonte: Bernardi (2007, p. 165). Os mark-up de marcação são (divisor ou multiplicador) conhecido como “ponto de marcação” Exemplo: Preço = custo x mark-up (multiplicador) ou Preço = custo / mark-up (divisor) Para chegar ao número correto do Mark-up é necessário calcular o valor tendo como base diversas questões. 46 Os especialistas afirmam que é necessário ficar atento aos valores praticados no mercado para que se possam definir as mudanças corretas. Alguns consultores explicam que estes valores precisam de vigilância constante, uma vez que qualquer modificação nos custos e nos percentuais dos impostos irá refletir diretamente no preço de venda que, se não for reajustado, fará com que o lucro diminua. Aqui no quadro número 12 (doze) será demonstrado um exemplo do Markup onde incidem todos os custos, impostos, despesas e o lucro. Também serão apresentados o Mark-up divisor e o multiplicador, através de fórmulas que possibilitarão melhor entendimento: Quadro 12 – Exemplo do mark-up multiplicador e divisor. Suponha-se % PREÇO 100,00 ICMS 18,00 PIS/ Cofins 4,65 Comissões 2,50 Despesas Adm. 6,00 Lucro antes dos impostos 20,00 Total 51,15 100% - 51,15% Mark-up divisor = ------------------------ = 0,4885 100 1 Mark-up multiplicador = _______ = 2,0470829 O, 4885 Nesta estrutura, um Mark-up de 2,04708291 é suficiente para gerar um lucro de 20% sobre a venda e não 104%, como poderiam supor-se incorretamente. Numa mercadoria de custo $1, 00, o preço de venda seria de $2,05 e o lucro de 20% de $2, 05, ou $0,41, o que representa 41% sobre o custo, e não 104%. RESULTADO DA VENDA Vendas $ 2,05 Custo $1,00 ICMS $0,37 PIS / Cofins $ 0,09 Comissões $0,05 (100%) (48,85%) (18%) (4,65%) (2,5%) 47 Despesas adm. Lucro $0,13 $0,41 (6%) (20%) Algebricamente, o Mark-up multiplicador pode ser assim expresso: CUSTO X 1 _______________________ % DESPESAS+ %LUCRO 1 - __________________ 100 Fonte: Bernardi (2007, p. 166). Através deste exemplo fica mais evidente o modo correto de apropriação dos custos, despesas e impostos, mas os administradores devem estar sempre atentos a futuros reajustes e particularidades quanto a esses itens, que podem sofrer algumas alterações com as leis em vigor. 1.11 2.6 As dificuldades do método Mark-up Alguns gestores apresentam dificuldades ao calcular o mark-up, pois não conhecem seus custos, ou não os atualizam periodicamente, o que os leva a tomar decisões incorretas e confundem o mark-up com o lucro e não apropriam as despesas e os impostos. De acordo com Bernardi (2007, p. 165): “Na pratica, o conceito e a estrutura não são dominados por parte significativa dos envolvidos nos assuntos da empresa. Usa-se o conceito de mark-up, todos utilizam o multiplicador, mas largamente por hábito, usos e costumes, prática do ramo, se conhecer sua estrutura, particularidade e possibilidades estratégicas, e o pior, sem avaliar exatamente os resultados.” Com a dificuldade de formar a margem de lucro, alguns autores não concordam que seja a melhor formação de preço. De acordo com Nellis, Joseph (2003, p. 318): “Como em todas as estratégias de preços baseadas em custo, pode-se contestar que o preço de mark-up começa do ponto errado. Normalmente, fará mais sentido que a gerência primeiramente procure descobrir o preço máximo a que o produto pode ser vendido (o preço estabelecido pelo concorrente?) e, depois trabalhar retroativamente, determinando quais os custos permissíveis que deixem uma margem de lucro adequada, considerando-se aquele preço(isto é conhecida como ‘determinação de preço reversa)” 48 O Mark-up é um modelo de formação de preço bastante difundido pelos empresários, mas alguns não conhecem suas particularidades, o que acarreta tomada de decisões incorretas no futuro da empresa. 49 3 METODOLOGIA 3.1 Monografia De acordo com o Dicionário Aurélio, monografia é uma dissertação ou estudo minucioso que se propõe a esgotar determinado tema relativamente restrito. Segundo Marconi, Lakatos (2001, p.151), “monografia trata-se de um estudo sobre um tema específico ou particular, com suficiente valor representativo e que obedece à rigorosa metodologia”. Monografia representa um trabalho sobre algo especifico que obedecem as normas da ABNT, e resulta em investigação científica. 3.2 Metodologia Conforme Gil (2009, p. 17): “a pesquisa é desenvolvida mediante o concurso dos conhecimentos disponíveis e a utilização cuidadosa de métodos, técnicas e outros procedimentos científicos.” O método de abordagem utilizado será o indutivo, pois através da empresa em estudo será desenvolvida uma planilha para determinar os custos e o real lucro das empresas no seguimento de serviços. Segundo Lakatos (1985, p. 83), “indução é um processo mental por intermédio do qual, partindo de dados particulares, suficientemente constatados, infere-se uma verdade geral ou universal, não contida nas partes examinadas”. Para o desenvolvimento da pesquisa, serão utilizadas pesquisas bibliográficas e documentais. Na pesquisa bibliográfica serão utilizados livros na área contábil e literatura especifica no ramo de atuação da empresa e outros materiais, buscando aprofundar-se o conhecimento na área do estudo. Na pesquisa documental direta, a maior parte das informações foi coletada nos registros contábeis da empresa. Segundo Lakatos (2006, p.43): “A documentação direta constitui-se, em geral, no levantamento de dados no próprio local onde o fenômeno ocorre. Os levantamentos dos custos servirão para a obtenção de custeio das diferentes atividades envolvidas nos processos de produção”. 50 Será usada a pesquisa descritiva para descrever os processos na produção e comercialização. Para analisar e descrever os processos utilizou-se pesquisa de campo. Rudio (1985, p. 56), descreve: “A pesquisa descritiva está interessada em descobrir e observar os fenômenos procurando descrevê-los e classificá-los e interpretá-los estudando o fenômeno, a pesquisa deseja conhecer a sua natureza, sua composição, processo que o constituem ou nele se realizam”. Na pesquisa de campo, utilizar-se-á de técnicas de pesquisa de observação que Lakatos (2006, p. 192) relata: “É uma técnica de coleta de dados para conseguir informações e que utiliza os sentidos na obtenção de determinados aspectos da realidade”. Com a técnica de observação e pesquisa descritiva foram elaboradas fichas técnicas das receitas preparadas pelo restaurante em que será anotada com gramatura dos ingredientes, ordem de utilização e modo de preparo, para a contabilização dos custos diretos. A pesquisa será caracterizada como estudo de caso que conforme Andrade (1993, p.116), “a pesquisa de campo utiliza técnicas especificas, que tem o objetivo de recolher e registrar, de maneira ordenada, os dados sobre o assunto em estudo”. Segundo Gil (2009, p. 53), “no estudo de campo, o pesquisador realiza a maior parte do trabalho pessoalmente, pois é enfatizada importância de o pesquisador ter tido ele mesmo uma experiência direta com a situação de estudo”. Ainda conforme Gil (2009, p. 53), “o estudo de campo apresenta algumas desvantagens em relação principalmente aos levantamentos. Como são desenvolvidos no próprio local em que ocorrem os fenômenos, seus resultados costumam ser mais fidedignos”. O objetivo de análise do estudo de caso foi uma churrascaria. A escolha da churrascaria para a realização do estudo se deu pela necessidade de identificar o mark-up deste estabelecimento. 1.12 3.3 Método de pesquisa Para a realização do estudo buscou-se desenvolvê-lo em obediência às seguintes etapas: 51 1ª Etapa – Procedeu-se a um levantamento bibliográfico e documental relativo à formação de preço utilizando-se o conceito de mark-up em uma empresa no ramo de churrascaria, adotando como fontes livros, periódicos, sítios e outras fontes de leitura corrente, para proporcionar os conhecimentos técnicos a cerca do tema pesquisado. 2ª Etapa – Identificou-se o universo da empresa, assim como a segmentação e a concorrência conhecendo a empresa estudo de caso mais profundamente através da analise externa e interna. 3ª Etapa – Para a identificação dos custos da produção foram elaboradas fichas técnicas de cada produto, e no estudo de caso foi utilizado o período de uma semana para o cálculo de formação do preço de custo. Para a formação do custo direto foram separados os cardápios em produtos primários I e secundário II onde materiais primários representam os pratos que estão todos os dias no bufe, e os secundários são os que variam de um dia para o outro. 4ª Etapa – Elaboradas as fichas técnicas foram mensurados os custos dos produtos utilizados. Os custos de mão-de-obra, custos indiretos e as despesas, foram mensurados através de dados dos registros contábeis da empresa. 5ª Etapa – Identificaram-se os tipos de custeio de acordo com a bibliografia pesquisada e optou-se por desenvolver o trabalho com base no custeio absorção, pelo fato deste custeio ser aceito pelas normas contábeis. Para o custeamento foram consideradas varias bases de rateio até encontrar a que melhor atende à apropriação dos custos nesta empresa. Após o custeio é definido o custo unitário de cada produto. 6ª Etapa – Identificou-se o preço de custo unitário e o percentual de despesa dos produtos, formulou-se planilhas para evidenciar o mark-up I e II para a formação de preço dos produtos da empresa em estudo. 7ª Etapa – Elaborou-se planilhas para demonstrar o mark-up, onde apresenta a margem de lucro desejada e o lucro que a empresa esta tendo na atualidade. 52 4 ANÁLISE E RESULTADOS 1.12 4.1 Estudo prático A empresa foi fundada em 1998, com objetivo de atender a população Juinense no ramo de churrascaria e restaurante, uma vez que a cidade oferecia apenas uma opção neste ramo, a qual estava localizada distante do centro. A empresa base da pesquisa é uma churrascaria, que produz três tipos de refeições para atender o público alvo, oferecendo as seguintes opções: rodízio de carne, marmitex e buffet. A pesquisa pela formação de preço através dos custos e metodologia pelo mark-up, foi utilizada, pois a empresa já optava por esta metodologia, o maior desafio é identificar os custos e mensurá-los, pois neste segmento de mercado a contabilidade tem que estar atenta ao desperdício tanto na produção como na comercialização. Outro desafio é identificar o movimento e as quantidades produzidas que variam de um dia para outro, fato que dificulta a formação do preço de venda. 1.13 4.2 Rotinas de operação A empresa trabalha com o sistema de self-service, onde a alimentação é servida nos Buffet e as pessoas se servem, a carne é servida pelo garçom que atende de mesa em mesa; com este atendimento as refeições são servidas rapidamente com uma quantidade menor de funcionários. A operação da churrascaria é muito simples. A operação inicial contém alguns processos-chaves, como limpeza, preparo dos alimentos, arrumação dos salões e preparo das carnes na churrasqueira. O preparo dos alimentos segue o cardápio definido pela cozinheira de acordo com a sazonalidade de alguns alimentos, e elaborado conforme as fichas técnicas disponíveis pela administração. 53 A churrasqueira possui algumas rotinas internas, garantindo que as carnes sejam temperadas duas vezes por semana, geralmente nas terças e sextas. Quando o movimento aumenta, busca-se fazer a reposição do estoque de carnes. Na churrasqueira trabalham 5 pessoas que são responsáveis por tempero, corte, espetos, assar e distribuir a carne no salão. A equipe de salão é incumbida da higienização dos pratos, talheres, galheteiros e mesas antes do atendimento ao publico, no processo de atendimento o garçom atende as mesas fazendo o pedido de bebidas, depois recolhe as mesas levando as louças para a cozinha. O caixa é responsável pelo recebimento das comandas e controle dos pedidos de marmitex. Quem faz este trabalho também quem controla as contas a receber e a pagar, e responde por todo o processo de supervisão e apoio a todos os demais processos. No processo de atendimento, para que o serviço seja de boa qualidade são necessários 14 colaboradores, sendo 4 na cozinha, 5 na churrasqueira, 2 na limpeza, 3 garçons e o proprietário-gerente. 1.14 4.3 Composição do cardápio Para aproveitar as mudanças sazonais do mercado, o restaurante aposta na mudança do cardápio ao longo das estações, com finalidade de servir bem e com baixo custo. Nem sempre é possível aproveitar as novidades, pois o forte do negócio é, justamente, o cardápio móvel. O cardápio fixo é mera referência. Todo dia, no máximo semana, há alguma coisa diferente, porém nada que modifique sobremaneira. Adaptando alguns pratos, reciclando outros ou criando novos apenas quando a sazonalidade permite. O cliente também deve ter a liberdade de criar o seu prato. As estações do ano influenciam na escolha dos ingredientes. O cardápio do estabelecimento (restaurante) possui uma diversificação de acordo com a sazonalidade dos produtos: são diariamente 10 pratos quentes e 10 54 tipos de saladas, isso é fixo, porém no domingo sempre há alguma novidade como um pernil ou peixe. O quadro 16 refere-se ao cardápio que a empresa diversifica de acordo com a sazonalidade de disponilidade dos produtos devido às estações serem bem definidas na região. Quadro 103 – Composição do cardápio. Carnes suinas e bovinas, peixes e aves, na forma de: Lombo de porco Almôndega Bife a Rolê Strogonoffs Leitoa Assada Costela em molho Frango com batata Carnes Recheadas e Assadas Carne Moída Pernil Assado Frango ao Molho Pardo Filé ao molho madeira Torresmo e Linguiça Tender Carneiro Moela e outras. Salada Tropical Salpicão Maionese Tomate Chuchu Pepino em conserva Saladas Diversas com Frutas Vinagrete Repolho com creme de leite Entradas - Saladas: Legumes Crus Diversos Salada à Moda Cenoura Beterraba Alface Guarnições: Arroz Branco Arroz com Alho Arroz de Forno Arroz à Grega Arroz com Brócolis Arroz com Nozes e Passas Feijão Comum Feijão Tropeiro Tutu de Feijão Farofas Diversas Escondidinho Macarronada Suflês Diversos Batatas Variadas Legumes Cozidos Ovos Fritos, Omeletes e outras. Massas: Nhoque Ravioli Fonte: Elaborado pela autora. Caneloni Lasanha Macarrão Tortéis Frango arrepiado 55 Aos domingos o cardápio é diferenciado, são incluídos mais 2 tipos de guarnições e 1 tipo de carne. 1.15 4.4 Produtos e serviços oferecidos A empresa trabalha com três produtos carro-chefe como: marmitex, rodízio e comida a quilo. E possui alguns outros produtos como: bebidas frias e quentes que servem para incorporar aos serviços de atendimento. A tabela 01apresenta os valores de venda dos pratos oferecidos pelo estabelecimento. Tabela 01 – Preço de vendas. Preço de venda Produto Valor unitário Marmitex R$ 7,00 Rodízio R$ 19,00 Refeição por quilo R$ 18,00 Fonte: Elaborado pela autora. A empresa no período estudado teve um faturamento médio de R$ 49.628,00 correspondendo aos três produtos, mais bebidas. Quantidade e receita produzida no período estudado: Tabela 02 – Quantidade e receita produzida no período. Produto Quant. Média Fat. Médio % Quant. % Fat. Marmitex 1953 R$ 13.671,00 50% 30% Rodízio 1084 R$ 18.895,84 28% 41% 831 R$ 13.048,60 21% 29% 3868 R$ 45.615,44 99% 100% Ref a quilo Total Fonte: Elaborado pela autora. O restante da receita corresponde à venda de bebidas, num percentual de 8% do faturamento. 1.16 4.5. Identificação dos custos de produção dos produtos Para a identificação dos custos foi necessário conhecer a quantidade de refeições consumida diariamente no estabelecimento. Para mensurar os custos e apropriá-los aos produtos considerou-se o período de fevereiro, março e abril de 56 2009, e os valores foram coletados a partir dos registros e controles de produção (fichas técnicas) fornecidos pela empresa e, a seguir tabulados em planilhas do Excel. Os custos identificados estão relacionados com a produção, ou seja, matéria prima, mão-de-obra, materiais diretos e indiretos. 4.5.1 Custos com materiais diretos Os custos com materiais se referem ao: supermercado, frios, verduras, embalagens e carnes. Para controle e identificação e mensurações destes custos foram utilizadas fichas técnicas, que servem de controle de qualidade e dos custos por apresentar os produtos e as quantidades especificas de cada produto. Serão contemplados os custos diretos consumidos para o produto marmitex, rodízio e refeição a quilo, em razão de que a empresa está iniciando a implantação dos controles de custos e durante o período do estudo de caso. Os custos diretos foram apropriados a partir da mensuração dos produtos por meio de balança. Onde foram preparados pratos e marmitex, pesado e calculado a quantidade de cada produto e os preços das quantidades a partir das fichas técnicas. A marmitex possui algumas particularidades, pois nem todos os pratos oferecidos pelo estabelecimento compõem seu cardápio, ela obedece a uma variação limitada de variedades e quantidades. Eles compõem dois tipos de saladas, carne assada e seis tipos de mistura que variam em apenas duas de um dia para o outro. No rodízio, foram identificadas as quantidades através da observação dos clientes ao servirem seu prato e apropriadas quantidades a todos os pratos do menu. Identificou-se que nem todos os clientes consomem todos os pratos do menu, isto acarreta uma dificuldade para a mensuração e os dados podem distorcer as quantidades consumidas das produzidas, mas para o calculo do valor unitário do consumo direto não distorce a formação do calculo. As refeições a quilo, também apresentam uma particularidade, pois as pessoas não consomem um kg em uma refeição para que isto aconteça é necessário o fornecimento para duas ou mais pessoas e algumas quantidades como arroz e feijão e carne possuem um maior consumo que os outros pratos. 57 Os materiais que entram na composição dos pratos, em maior número, para efeito desta pesquisa, serão denominados custos primários 1. Os demais que entram em menor quantidade, porém, não o suficiente para receber a denominação de materiais secundários receberá neste estudo a denominação de custos primários 2, pois ambos contituem-se em custos primários, de acordo com os conceitos de custos. A tabela 03 demonstra os custos primários I que constam diariamente no cardápio da empresa. Tabela 03 – Custos dos produtos diários. Custo Primário Quantidade total produzida Cardápio Qt. Valor produzida Do prato 4 kg R$ 22,20 R$ 16,73 R$ 21,18 R$ 2,22 R$ 2,09 R$ 5,30 1,8 kg R$ 1,47 R$ 0,82 R$ 20,60 R$ 9,00 R$ 5,15 R$ 3,91 R$ 10,50 R$ 19,60 R$ 8,46 R$ 4,20 R$ 4,90 R$ 2,56 R$ 5,11 R$ 5,20 R$ 5,20 Arroz 10 kg Feijão 8 kg Farofa Mandioca Banana frita 4 kg Tomate 2,3 kg Vinagrete 2,5 kg Cenoura 4 kg Beterraba 3,3 kg Maionese 3,3 kg Alface 1 kg Rúcula 1 kg R$ 16,60 R$ 5,20 R$ 5,20 1,8 kg R$ 15,00 R$ 8,33 12 kg R$ 112,80 R$ 9,40 20 kg R$ 250,00 R$ 12,50 47 kg R$ 534,54 Conserva Carne assada 2 Carne assada 1 Total custo primário Fonte: Elaborado pela autora. Marmitex Rodízio Quilo Valor Qt. Valor Qt. Valor Qt. Valor Por quilo unitária unitário unitária unitário unitária unitário 0,11 0,09 0,035 0,03 R$ 0,24 R$ 0,19 R$ 0,19 R$ 0,15 0,025 R$ 0,11 R$ 0,06 R$ 0,13 0,03 R$ 0,02 0,05 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 R$ 0,15 R$ 0,08 0,01 0,015 0,015 0,485 R$ 1,41 R$ 2,41 R$ 0,32 R$ 0,29 R$ 0,13 0,005 R$ 0,50 R$ 0,03 R$ 0,03 0,015 0,01 R$ 0,01 0,025 0,03 0,03 0,03 0,025 0,025 R$ 0,15 R$ 0,12 R$ 0,13 R$ 0,12 R$ 0,06 0,005 R$ 0,26 R$ 0,03 R$ 0,03 R$ 0,23 0,03 R$ 0,25 0,04 R$ 0,38 0,03 R$ 0,28 0,35 R$ 4,38 0,28 R$ 3,50 0,7 R$ 7,02 0,64 R$ 5,21 0,03 0,005 0,15 R$ 0,15 R$ 0,27 0,025 R$ 0,09 R$ 0,05 R$ 0,13 0,04 0,05 0,005 58 Conforme demonstrado nas tabelas os produtos mais consumidos são arroz, feijão e carne representando 40% da composição dos produtos, para a elaboração dos valores do menu foram utilizadas fichas técnicas que podem ser consultadas nos apêndices e verificar os calculados das quantidades e dos valores. Os custos primários II variam no cardápio diariamente e representam 25% do valor dos custos total unitário, para a mensuração dos custos foi estudada uma semana o menu, identificados os custos dos pratos preparados através das fichas técnica e mensurado a média da semana para a formação do preço de custo dos pratos por dia. Conforme demonstra a tabela 04. Tabela 04 – Valor por dia os custos secundários e custo médio. Custo Secundário Dia Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira Sábado Domingo Soma dos dias Valor médio Marmitex R$ 0,81 R$ 0,84 R$ 0,75 R$ 0,59 R$ 0,77 R$ 1,12 R$ 0,77 R$ 5,65 R$ 0,81 Rodízio R$ 1,04 R$ 0,96 R$ 0,72 R$ 0,61 R$ 0,86 R$ 1,65 R$ 2,85 R$ 8,69 R$ 1,24 Refeição a quilo R$ 1,44 R$ 1,52 R$ 1,19 R$ 1,23 R$ 1,60 R$ 2,05 R$ 3,74 R$12,76 R$ 1,82 Fonte: Elaborada pela autora. Para a formação da tabela 04 acima, os custos por dia foram compostos pela mensuração do cardápio e apropriação dos custos conforme o apêndice 5. A tabela 05 demonstra o resultado da formação do custo direto. Tabela 05 – Custo direto unitário Custo direto unitário Marmitex Rodízio Refeição a quilo Custo primário R$ 2,41 R$ 7,02 R$ 5,21 Custo secundário R$ 0,81 R$ 1,24 R$ 1,82 Custo total unitário R$ 3,21 R$ 8,26 R$ 7,03 Fonte: elaborado pela autora. A composição do custo unitário se deu através da junção do custo primário que se refere ao cardápio servido diariamente na empresa e os custos secundários 59 que representam o custo médio dos pratos que são diversificados na semana, com os dois custos identificados formou-se o custo direto unitário. Os custos diretos são apropriados através das fichas técnicas e os custos indiretos através do rateio. Como base no rateio se utilizou o consumo de carnes, pois representarão um dos produtos com maior relevância no consumo dos pratos oferecidos pelo estabelecimento. Tabela 06 – Percentagem de carne consumida nas marmitex. Carne unit. Quant. total Taxa prédeterminada Marmitex 0,150 9,75 34,87% Rodízio 0,400 14,4 51,50% Ref. O quilo 0,300 3,81 13,63% 27,96 100% Quant. Total do dia Fonte: Elaborado pela autora. A tabela demonstra a porcentagem de carne utilizada na produção de 1 dia da empresa, e serviu de parâmetro para o custeio da mão-de-obra indireta e dos custos indiretos. O desperdício no ramo de atuação é considerável, pois com movimentos incertos as quantidades devem sempre atender a todos e sobrar para que se eventuais clientes aparecerem de ultima hora, a empresa estar preparada. Algumas sobras são aproveitadas, mais isto dificilmente acontece por isto a empresa trata a sobra ou desperdício como um custo que deve ser apropriado ao produto e soma aos custos diretos. O desperdício nos pratos representa a ordem de 5% e entra como custo dos pratos por se tratar de uma perda corriqueira (faz parte do processo produtivo), caso contrário seria despesa. 4.5.2 Desperdício O desperdício ou perdas detectados na empresa em estudo, representa um custo que deve ser atribuído ao produto. Foi detectado desperdício em três pontos e devem ser estudados mais profundamente para não distorcer o lucro do período. 60 A tabela 07 demonstra as fases de desperdício da empresa. Tabela 07 – Fases do desperdício. Fases Produção Caracterização da perda Nas fichas técnicas são considerado desperdício o percentual de limpeza dos produtos em elaboração Parcela de perdas Material incorporado ao custo do produto Consumo A diferença da quantidade produzida para a consumida (sobras do buffet) As sobras no buffet, quando reutilizadas subtraem o custo dos novos pratos, caso contrário, são incorporadas ao custo dos produtos originais Sobras A diferença na quantidade servida e evidentemente consumida (sobra no prato) é desperdício da empresa As sobras nos pratos já foram consideradas no custos dos pratos Fonte: Elaborado pela autora. Conseguindo identificar o momento do desperdício fica mais fácil mensurá-lo e apropriá-lo ao custo do produto. Na primeira fase, a empresa apropria o desperdício ao custo direto através das fichas técnicas elaboradas que consideram o percentual do desperdício conforme apêndice F. Na segunda fase, devem ser consideradas as diferenças entre as quantidades produzidas e consumidas pelos clientes, conforme apêndice H, que resumidamente apresenta-se na tabela 08, em que são demonstrados os custos primários, e estabelece relação entre o que foi produzido e o que se consumiu efetivamente, seja nas mesas simples por quilo, nas marmitex ou no rodízio. É importante chamar a atenção para o fato de que nenhum produto do custo primário pode ser desprezado na elaboração desse cálculo, para que se tenha uma pesquisa com valor real. 61 Tabela 08 – Desperdício do custo primário Desperdício do custo primário Utilizada Arroz Feijão Farofa Mandioca Banana frita Tomate Vinagrete Cenoura Beterraba Maionese Alface Rúcula Conserva Carne assada 2 Carne assada 1 Total custo primário Desperdício Produzida Marmitex Rodízio 10 7,15 1,75 8 5,85 1,05 4 2,28 0,88 1,8 1,05 4 1,95 1,05 2,3 1,05 2,5 1,05 3,5 1,95 0,53 3,3 1,95 0,53 3,25 0,65 1,05 1 0,18 1 0,18 1 0,53 12 9,75 1,40 20 12,25 77,65 31,53 24,50 77,65 73,75 Consumida Ref. a quilo 1,11 0,69 0,69 0,28 0,83 0,83 0,83 0,69 0,69 1,39 0,14 0,14 0,83 0,83 7,76 17,73 3,90 % Total Utilizado 10,01 13% 7,59 10% 3,84 5% 1,33 2% 3,88 5% 1,88 3% 1,88 3% 3,17 5% 3,17 4% 3,09 4% 0,31 1% 0,31 1% 1,36 1% 11,98 15% 20,01 26% 73,80 95% 5% 5% Fonte: Elaborado pela autora. Conforme demonstrado na tabela o desperdício primário corresponde a 5%, que devem ser adicionado ao custo do produto, identificando-o fica mais fácil para mensurá-lo sem que os gestores precisem diariamente calculá-los. Depois de conhecer os custos primários, o estudo continuou nos secundários para conhecer a real porcentagem (taxa predeterminada) para o desperdício. Tabela 09 – Desperdício do custo secundário Desperdício do custo secundário Produzida Consumida Sobras Segunda 31,5 30,20 1,30 Terça 31,6 30,40 1,20 Quarta 30,3 29,17 1,13 Quinta 26,4 25,70 0,70 Sexta 27,4 27,20 0,20 Sábado 31,6 30,24 1,36 Domingo 32,6 31,18 1,42 30,20 29,15 1,05 Soma 62 Desperdício 3% Fonte: elaborado pela autora Nesta fase de desperdício corresponde ao custo (primário e secundário) que estão disponíveis no buffet, para formar o percentual ou taxa predeterminado do desperdício, para adicionar ao custo unitário do produto. A tabela 10 representa o percentual de desperdício. Tabela 10 – Percentual de desperdício. Percentual de desperdício Primário 77,65 73,80 3,85 5% 30,20 29,15 1,05 3% 107,85 102,96 4,89 5% Secundário Total Fonte: Elaborado pela autora. Conforme demonstra o quadro 26, o desperdício representa 5% a quantidade produzida e deve ser reconhecida como custo direto. A tabela 11 representa a formação do custo direto umitário considerando o desperdício. Tabela 11 – Valor do custo direto unitário com apropriação do desperdício Custo direto unitário com desperdício Marmitex Rodízio Refeição a quilo Custo direto R$ 3,21 R$ 8,26 R$ 7,03 Desperdício R$ 0,16 R$ 0,41 R$ 0,35 Custo unitário R$ 3,37 R$ 8,67 R$ 7,38 . Fonte: Elaborado pela autora. Sem a apropriação do desperdício ao custo a empresa poderia distorcer os dados e concluir falso lucro, o que afeta diretamente a formação de preço pelo método do mark-up. 4.5.3 Custos com mão-de-obra indireta No ramo em estudo a mão-de-obra representa um dos custos significativos, correspondendo ao preparo do alimento, identificou-se que a mão-de-obra deveria ser tratada como indireta, porque na empresa as equipes de funcionários trabalham 63 diretamente com todos os produtos. Com isto a melhor forma de contabilizar a mãode-obra é o rateio na apropriação dos custos. A churrascaria conta com a equipe de cozinha, equipe de churrasqueira, equipe de salão e higiene do local, para que estes serviços estejam de ótima qualidade tornando a empresa competitiva, o quadro de colaboradores conta com 14 integrantes distribuídos nos respectivos setores, cozinha, salão e churrasqueira. No custo da mão-de-obra incluem-se além dos salários, outros custos como 13º salário, provisão de férias, 1/3 (um terço) de férias e encargos sociais, conforme descrito no apêndice B. A empresa se enquadra na situação tributaria do simples nacional, onde os impostos como: PIS, COFINS, INSS e IRPJ, IPI, CSLL, ICMS e Contribuição para a Seguridade Social (cota patronal) são agrupados. A mão-de-obra indireta foi rateada pela quantidade de carne utilizada na elaboração dos pratos e dividida pela mão-de-obra total do mês, com isto identificou os custos por produtos, conforme demonstra A tabela 12 abaixo. Tabela 12 – Rateio da mão-de-obra Mão-de-obra direta % Rodízio R$ 3.855,57 51,50% Marmitex R$ 2.610,56 34,87% Refeição a quilo R$ 1.020,41 13,63% Total R$ 7.486,55 Fonte: Elaborado pela autora. Depois de identificados os custos de mão-de-obra indireta, foi identificado o custo unitário através as quantidades médias de refeições produzidas no período de estudo, conforme mostra a tabela 13 - Apropriação de mão-de-obra direta: Tabela 13 – Apropriação de mão-de-obra por unitário Apropriação Marmitex Quant. refei. Media Rodízio 1.938 Ref. quilo 1.083 831 Mão-de-obra R$ 2.610,56 R$ 3.855,57 R$ 1.020,41 Valor un. MOI R$ .Fonte: Elaborada pela autora 1,35 R$ 3,56 R$ 1,23 64 4.5.4 Custos indiretos Como demonstrados n a tabela 14 os valores se referem aos custos indiretos necessários para o funcionamento da churrascaria como: água, alvará, IPTU, depreciação entre outros que compõem os gastos incorridos. Tabela 14 – Custos indiretos do período. Custos indiretos do período Descrição Valor R$ Energia elétrica 1.773,00 Gás 1.232,00 Mensalidade do programa 100,00 Materiais de limpeza 500,00 Depreciação 1.000,00 Alvará 34,08 IPTU 102,50 Total 4.741,58 Fonte: Elaborado pela autora. O rateio dos custos indiretos apurados no quadro 30, com base no consumo de carne de cada produto, de acordo com as respectivas taxas pré-determinadas está demonstrado na tabela 15. Tabela 15 – Rateio dos custos indiretos. Rateio do custo indireto por produto Produto Rateio % Marmitex R$ 1.653,38 34,87% Rodízio R$ 2.441,91 51,50% Refeição a quilo R$ 646,28 13,63% Total R$ 4741,58 100% Fonte: elaborada pela autora A apropriação dos custos indiretos aos produtos foi realizada considerando a quantidade produzida durante o mês em que a pesquisa foi desenvolvida para maior adequar-se a realidade e estão evidenciados como demonstrados a tabela número 16 (dezesseis). 65 Tabela 16 – Apropriação dos custos indiretos por unidade. Apropriação dos custos indiretos por unidade Rateio Marmitex Quant. refei. média Rodízio 1.938 Ref. quilo 1.083 831 Custo indireto R$ 1.653,38 R$ 2.441,91 R$ 646,28 Valor do custo indireto R$ R$ 0,90 R$ 2,25 0,78 Fonte: Elaborado pela autora. 1.17 4.6. Custeio No empresa em estudo optou-se pelo custeio por absorção, pois apresentam uma abordagem, em que se possam mensurar todos os custos por produto. A empresa apresenta uma diversificação em 3 produtos, que utilizam os mesmos funcionários, e mesma estrutura. Por se tratar de uma churrascaria os custos não serão passados pelos números de clientes, mas pelos produtos consumidos. 1.18 4.7. Custos totais identificados por produtos Tabela 17 – Preço de custo dos produtos Com os custos de mão-de-obra, custos diretos e custos indiretos identificados, demonstrados na tabela 17..Custos totais por produto Produto MOI Custo indireto Custo direto Total unitário Marmitex R$ 1,35 R$ 0,90 R$ 3,37 R$ 5,60 Rodízio R$ 3,56 R$ 2,25 R$ 8,67 R$ 14,50 Refeição a quilo R$ 1,23 R$ 0,78 R$ 7,38 R$ 9,39 Fonte: Elaborado pela autora. O preço formado pelo A tabela 17, corresponde ao preço de custo que serve de parâmetro para a formação do mark-up. 1.19 4.8. Despesa As despesas identificadas referem-se as despesas de comercialização e as despesas administrativas da empresa e devem ser consideradas como despesas do período, de acordo com o custeio absorção, portanto, lançadas na DRE seguindo os 66 Princípios Fundamentais de Contabilidade. Na tabela 18, estão demonstradas as despesas encontradas no período de um mês. Tabela 18 – Despesas encontradas no período de um mês. Despesas encontradas no período de um mês Descrição Salários + encargos (MOI Adm/ Com) Valor R$ 2.085,46 Telefone 335,00 Contador 300,00 Mensalidade de Internet 90,00 Seguro 133,33 Encargos bancários 200,00 Juros 300,00 Manutenção 1.000,00 Embalagem 800,00 Total 3.158,33 Fonte: Elaborado pela autora. A mão-de-obra considerada despesa se refere à limpeza do estabelecimento e ao pró-labore. A proprietária exerce a função de caixa e departamento financeiro além da supervisão do processo de produção, por isto o pró-labore foi considerado como despesa. 1.20 4.9 Demonstração do Resultado do Exercício Na DRE evidencia-se o resultado obtido pela empresa, no período de um mês. Os cálculos para a elaboração da DRE, consideraram os preços de venda praticados pela empresa para cada produto e as quantidades vendidas no período. O CPV é calculado através da formula EI + custo mercadoria – EF através desta equação se evidência o CPV. Mas a empresa não utiliza esta equação por trabalhar com o conceito de just-in-time, com isto a empresa considerou os custos primários e secundários e multiplicou pelas quantidades produzidas no período. Os estoques não foram contemplados, pois são irrisórios uma vez que a empresa para estudo de caso trabalha com o conceito de just-in-time conceituar no referencial, ou seja, estoque próximo do zero. Isto se deve ao fato de que as compras são realizadas quase que diariamente para os produtos perecíveis e os não 67 perecíveis são comprados semanalmente. Assim sendo, de acordo com o preceito de relevância não foram pesquisados. A MOI considerou os salários, 13º salário, férias e encargos trabalhistas dos funcionários envolvidos na produção dos produtos e foram rateados conforme taxas predeterminadas no trabalho. Os custos indiretos reconhecem os custos para o desenvolvimento do produto assim como alguns pertencem a todo o ano e foram divididos para apropriação no período conforme o Principio de Competência conceituar no referencial, depois de identificados todos os custos do período foi rateado através da taxa predeterminada onde foi encontrado o custos indiretos unitário. Os impostos sobre vendas correspondem a 7% do valor das vendas, conforme alíquota da tributação do simples nacional. O lucro bruto corresponde ao lucro antes das despesas e não representa o lucro real no exercício. As despesas correspondem ao processo de comercialização com os gastos de telefone, seguro e contador, sem estas despesas a comercialização do produto não seria possível ou seriam inviáveis, na demonstração do exercício estas despesas não precisam ser rateadas, mais os gestores necessitam conhecê-las unitariamente para aplicar no mark-up. Despesas financeiras representam os juros e os custos da parte administrativa que é responsável pela administração da empresa e também não precisam ser rateadas. Tabela 19 – DRE por produto DRE por produto marmitex Vendas Custo vendido rodízio refeição a quilo R$ 13.671,00 R$ 18.895,84 R$ Total 13.048,44 R$ 45.615,28 produto R$ 6.537,45 R$ 9.390,54 R$ 6.133,17 R$ 22.061,16 Mão-de-obra indireta R$ 2.652,30 R$ 3.917,22 R$ 1.036,73 R$ 7.486,55 Custos indiretos R$ 2.702,00 R$ 2.441,91 R$ 646,28 R$ 4741,58 Impostos R$ Lucro bruto R$ 546,84 R$ 1.779,25 R$ 755,83 R$ 3.146,17 R$ 521,93 R$ 1.824,61 5.232,26 R$ 11.325,99 Despesa administrativa R$ 2.525,00 Despesa financeira R$ 633,33 Lucro antes do IR R$ 5.292,44 68 Fonte: Martins (1999, p. 90). Esta DRE não é a padrão reconhecida pela contabilidade, mas estamos apresentado-a para demonstrar o lucro bruto por produto. Tabela 20 – DRE Demonstração de Resultado Total R$ 45.615,28 R$ 22.061,16 Impostos R$ 1.824,61 Mão-de-obra indireta R$ 7.486,55 Custos indiretos R$ 5.790,19 Lucro bruto R$ 8.452,77 Despesa administrativa R$ 2.525,00 Despesa financeira R$ 633,33 Lucro antes do IR R$ 5.294,44 Vendas Custo vendido produto Fonte: Martins (1999, p. 90). Na DRE demonstra-se o resultado obtido pela empresa, no mês estudado que corresponde a R$ 5.294,44. 1.21 4.10 Formação do preço A empresa objeto do estudo de caso, para a formação do preço de venda, optou pelo modelo de decisão com base nos custos, que é calculado em cima dos custos e dos investimentos realizados, contudo, analisou o quanto o mercado está disposto a pagar, levando em consideração, portanto, vários outros aspectos como: análise de preços de produtos de concorrentes; acompanhamento dos preços e dos custos dos produtos atuais, bem como outros. Através desta metodologia a empresa se preocupa com o preço praticado pela concorrência e analisa o quanto seus preços são compatíveis a eles. 69 1.22 4.11 Cálculo de preço de venda Para o cálculo de formação de preço a metodologia adotada foi o mark-up. Para o cálculo serão utilizados os mark-up I e II. No mark-up I foram consideradas a margem de lucro desejada pela empresa e as despesas administrativas demonstradas na próxima tabela. A churrascaria considerou uma margem de lucro de 12% para a formação do preço de venda. As despesas administrativas da churrascaria variam por produto, e foram rateiados pelas taxas pré determinadas, representando a ordem de 11.07% para a marmitex, para o rodízio em 6,37% e para a refeição a quilo em 2,17 e 1% de despesa sobre as venda referente a taxa de cartão de crédito. Apresentaremos um exemplo para o cálculo da margem de mark-up I, que soma o total do lucro, despesas para serem subtraídos de 100% encontrando um resultado. O resultado servirá de percentual para a divisão de 100% encontrando a margem de mark-up que será utilizada. Com isto calcula-se o mark-up I, o qual ficou em 1,235. 1) 100% - 19,37% = 80,63% 2) 100% / 80,63% = 1,240 Já para o mark-up II, foi considerado os impostos sobre a venda dos produtos e serviços. Para cálculo do mark-up II, a churrascaria informou que os impostos se referem ao Super Simples Nacional, totalizando 4%. Assim o mark-up II ficou em 1,075. 1) 100% – 4% = 96 2) 100% / 96% = 1,0417 Tendo obtido os mark-ups I e II, passou-se para o cálculo do preço de venda por produto. Para isto fez-se o seguinte cálculo: 1) Custo dos produtos x mark-up I = resultado do mark-up I 2) Resultado do mark-up I x mark-up II = preço de venda . Tabela 21 – Mark-up I formação de preço sem impostos. Mark-up I formação de preço sem impostos Custo Margem Preço e Venda 70 Marmitex Rodízio Refeição a quilo R$ 5,60 R$ 14,50 R$ 9,39 1,317 1,240 1,200 R$ 7,37 R$ 17,98 R$ 11,30 Fonte: Elaborado pela autora. Tabela 22 – Mark-up II preço de venda sugerido com impostos. Mark-up II preço de venda suge8rido com impostos Custo Margem Preço De Venda Marmitex R$ 7,37 1,041 R$ 7,67 Rodízio R$ 17,98 1,041 R$ 18,71 Refeição a quilo R$ 11,30 1,041 R$ 11,70 Fonte:Elaborado pela autora. O preço formado corresponde à margem de lucro de 12%, despesas administrativas que variaram em decorrências dos produtos e 1% de despesas sobre as venda referente à taxa de cartão de crédito. Com a aplicação do mark-up I e II pode-se definir o preço de venda em cima da margem de lucro desejada. Entretanto estes preços não são os aplicados na empresa e na economia da região da empresa em estudo, tais preços não são absorvidos pelos consumidores. Com isso, a empresa pretende encontrar a margem de lucro em cima dos preços praticados por ela. Os quadros abaixo utilizarão as despesas na tabela 23, e o preço de custo utilizado enquadram o custo direto, mãode-obra e custo indireto. Tabela 23 – Dados para desenvolver as planilhas do mark-up. Dados para desenvolver as planilhas do mark-up Marmitex % Rodízio % Ref. a quilo % Preço 7,50 100% 19,00 100% 18,00 100% Custo direto 3,37 45% 8,67 46% 7,38 41% Mão-de-obra 1,35 18% 3,56 18,73% 1,23 6,83% Custo indireto 0,90 12% 2,25 11,84% 0,78 4,33% Despesa 0,42 5,60% 1,21 6,37% 0,39 2,17% Desp. embalagem 0,41 5,47% Total 41,07% 0,00% 37,26% 4,96 13,44% 71 Fonte: Elaborado pela autora. De posse dos dados da tabela 23, fica mais fácil para desenvolver as planilhas de mark-up, pois demonstra todas as despesas que os produtos apresentaram no períodos, e pode-se determinar o lucro do período em cima do mark-up multiplicador, pois é apresentado o lucro junto com as despesas. Assim foram desenvolvidas planilhas de evidenciação do mark-up separadamente para cada produto. A tabela 24 demonstra a formação do mark-up para a marmitex. Tabela 24 – Formação do mark-up para a marmitex Despesa Despesa Lucro Total (100-12,07) mark-up I Formação do mark-up para a marmitex 5,60% Imposto 5,47% 2,93% 14% 82,58% (100-7) 1,167 mark-up II 4% 96% 1,041 Fonte: Elaborado pela autora. A margem de lucro corresponde a 14% para a marmitex, menos as despesas, a margem de lucro fica em 2,93%. A tabela 25 demonstra a formação do mark-up para o rodízio. Tabela 25 – Formação do mark-up para o rodízio Formação do mark-up para o rodízio 0,00% imposto 6,37% 11,05% 17,42% 82,58% 1,211 mark-up II Despesa Despesa Lucro mark-up I 4% 96% 1,041 Fonte: Elaborado pela autora. O rodízio apresenta uma margem de lucro de 17,67% em que estão inclusos as despesas que correspondem a 6,37% restando um lucro de 11,3%, considerando uma margem de lucro aceita pelo mercado. Tabela 26 – Formação do mark-up para refeição a quilo I REFEIÇÃO A QUILO despesa despesa lucro 0,00% imposto 2,17% 43,50% 4 72 45,67% 54,33% 1,840 mark-p II mark-up I 96 1,042 Fonte: Elaborado pela autora. A refeição por quilo apresenta a maior taxa de rentabilidade dos produtos fabricados pela churrascaria alcançando 43,5% já exclusas as despesas. Os preços de vendas formados com o mark-up II representam os preços praticados pela empresa na atualidade. A tabela abaixo demonstra formação do mark-up para a refeição a quilo. Tabela 27 – Formação do mark-up para a refeição a quilo Marmitex Rodízio Refeição a quilo Formação do mark-up para a refeição a quilo Custo Margem Preço de venda R$ 7,20 1,041 R$ 7,50 R$ 18,20 1,041 R$ 19,00 R$ 17,30 1,041 R$ 18,00 Fonte: Elaborado pela autora. A refeição por quilo apresenta a maior taxa de rentabilidade dos produtos fabricados pela churrascaria alcançando 41,6% já exclusas as despesas. O quadro 43 representa as margens de lucro com e sem despesas, assim demonstra que alguns produtos podem ser interpretados erroneamente se o administrador não conhecer o percentual de despesa aplicado a cada produto. Tabela 28 – Margem de lucro com e sem despesas Mark-up I Margem de lucro com e sem despesas Preço de venda sem Custo Margem impostos Despesa Marmitex Rodízio Refeição quilo Lucro R$ 5,60 R$ 14,50 1,167 1,211 R$ 7,20 R$ 18,20 14% 17,42% 2,93% 11,05% R$ 1,840 R$ 17,30 45,67% 43,50% a 9,39 Fonte: Elaborado pela autora. Para o mark-up II considerou-se o imposto em 4%, referente ao Simples Nacional. Para a marmitex se o gestor não conhecer os fundamentos do mark-up pode interpretar os dados incorretamente, para que isto não aconteça foi desenvolvida planilha que destaca as despesas e assim o lucro real fica evidenciado, conforme demonstrado no quadro 39. 73 A empresa trabalha com dois produtos que tem uma margem menor que a pretendida pela empresa. O gestor da empresa tem que averiguar a melhor maneira de proceder para que a empresa tenha um lucro que possa dar um retorno do investimento, para isto ele necessita desenvolver um mecanismo de diminuir o custo e despesa para ter um maior retorno, ou fazer uma pesquisa de campo para saber a aceitação de um preço maior. 74 5 CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES PARA FUTURAS PESQUISAS 1.23 5.1 Conclusão Através desta pesquisa procurou-se identificar os processos para o controle de custo de um restaurante, pois se sabe que neste ramo, os controles possuem algumas deficiências, por dificuldade nos processos ou por falta de preparo dos gestores. Apenas com um controle eficiente de custo, a empresa pode fazer o planejamento que melhor se enquadra na metodologia de formação de preço. Observou-se que os custos diretos é o maior percentual de gasto da empresa, ficando na média em 43% da receita, o que para o ramo de atuação da empresa é considerado exorbitante, pois a média varia entre 18% e 28%, conforme literatura do ramo. Também foi possível verificar que 5% dos custos diretos são desperdícios e perca; o custo deste processo é muito alto e até maior que o lucro de um dos produtos. Assim ,devem ser desenvolvidos mecanismos de controle e acompanhamento na área de produção para que o cardápio seja reavaliado e elaborado com menor custo. Para evitar o desperdício, a empresa deve estudar a frequência dos clientes, produzindo a quantidade certa de produtos para que não haja desperdício, e os cardápios estejam sempre ligados aos produtos dos dias anteriores que podem ser reaproveitados, dessa forma, diminuindo o custo do alimento do dia posterior. No levantamento dos processos foi reconhecido o custo em sua complexidade, identificou-se e mensuraram-se os custos diretos e indiretos e sua relevância. Depois de identificados os custos diretos que foram apropriados diretamente ao produto, o custo indireto foi rateado pelo método de absorção, onde a taxa de rateio utilizada foi a quantidade de carne apropriada ao produto e adicionada ao custo. Depois de mensurados e apropriados os custos os gestores podem formar o preço de venda em cima da margem de lucro que a empresa considera adequada, e também conhecendo a margem de lucro que a empresa apresenta na atualidade 75 fazendo o tratamento inverso. Apenas de conhecimento destes dados os gestores podem fazer uma gestão eficiente de fluxo de caixa e estocagem, para acompanhar mudanças enfrentadas na economia atual, pois apenas conhecendo seu empreendimento por um todo não basta, é necessária uma correta interpretação dos resultados. Os preços formados em cima da margem de lucro desejada de 12%, para alguns produtos como a marmitex teve um preço considerado alto para a aceitação do mercado consumidor, os outros produtos apresentaram um lucro perto ou maior que o lucro desejado, mas é o preço praticado pela concorrência. A refeição por quilo representa o maior índice de lucro da empresa, mas se a empresa optar por produzir apenas a refeição por quilo, não conseguiria bancar todos os custos fixos do mês. A marmitex é um dos produtos que representa os maiores índices de despesa e deve ser estudado mais profundamente em relação à sua viabilidade em e continuidade. Os outros produtos produzidos apresentam um índice aceitável de retorno, mas os custos devem ser reavaliados para que o lucro seja maior, ou outra forma de apresentar maior rentabilidade, aumentando o número de clientes através de um mix de marketing direcionado ao publico alvo. Foram criadas planilhas de mark-up I e II onde fica evidenciado o mark-up divisor e multiplicador para encontrar a margem de lucro ou formar o preço de venda através do lucro desejado. Com o uso das planilhas fica, mas fácil para os gestores acompanharem a formação de preço. Assim as informações contidas nas planilhas elaboradas neste trabalho podem ser utilizadas como parâmetro da margem de mark-up, absorvida pelo mercado. Para a utilização destas planilhas para outras empresas algumas alterações serão necessárias. Através deste trabalho foi possível desenvolver um sistema de custo, desde áreas de produção até a comercialização apresentando aos gestores uma ferramenta de controle eficiente e rápida de apropriação e mensuração dos custos para formação do preço de venda. 76 1.24 5.2 Recomendações para futuras pesquisas. Os cálculos de custos podem ser melhorados principalmente ao custo indireto, pois foi estudado neste trabalho o método de absorção, e se recomenda estudos pelo método ABC, pois alguns produtos podem ser distorcidos principalmente pela mão-de-obra onde nem todos os funcionários participam da elaboração da marmitex e o custo no trabalho encontrado mudar consideravelmente. Os custos podem ser rateados de varias formas, encontrando-se o melhor método para cada empresa, recomendam-se estudos ligados a departamentalização assim pode haver comparações com os estudos aqui desenvolvidos. Recomendam-se estudos ligados as fichas técnicas, pois representa um meio seguro de mensuração dos custos diretos. Os desperdícios no ramo de restaurantes representam uma parcela considerável dos custos, apresentado pouco material especializado nesta área para saber o percentual aceito como relevante recomenda-se pesquisa ligada ao tratamento do desperdício como custo ou despesa, e o percentual aceitável de percas. No trabalho não foi contemplado o ponto de equilíbrio, a margem de segurança e análise custo-volume-lucro, assim recomenda-se estudos nesta área. Finalizando, espera-se que este trabalho possa ser útil a estudantes como subsídio para novos estudos. Os assuntos tratados não tiveram a pretensão de cobrir todas as necessidades, pelo contrario, devem servir de incentivo ao aprofundamento para a descoberta de melhores caminhos para mensuração e formação de preço no ramo de restaurantes. 77 REFERÊNCIAS ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à metodologia do trabalho cientifico: elaboração de trabalhos na graduação. São Paulo : Atlas, 1993. BERNARDI, Luiz Antonio. 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Quilo 12.914,38 13.027,54 13.203,88 39.145,80 13.048,60 Rodízio 18.216,38 22.612,70 15.858,44 56.687,52 18.895,84 Marmitex 13.403,24 14.604,62 13.043,46 41.051,32 13.683,77 Total 44.534,00 50.244,86 42.105,78 45.628,21 82 Apêndice B – Salários e encargos Quadro dos colaboradores com salários encargos previdenciários do mês. Função Salário Cozinheira Provisão de férias 1/3 férias Provisão 13o salário INSS FGTS 8% Total 950,00 79,17 26,39 79,17 76,00 1.210,73 550,00 45,83 15,28 45,83 44,00 700,94 600,00 50,00 16,67 50,00 48,00 764,67 Lavadeira de louça Churrasqueiro 465,00 38,75 12,91 38,75 37,20 592,61 950,00 79,17 26,39 79,17 76,00 1.210,73 Ajud. de churrasqueiro Garçom 465,00 38,75 12,91 38,75 37,20 592,61 300,00 25,00 8,33 25,00 24,00 382,33 Garçom 300,00 25,00 8,33 25,00 24,00 382,33 Garçom 465,00 38,75 12,91 38,75 39,52 592,61 Garçom 300,00 25,00 8,33 25,00 24,00 382,33 Garçom 300,00 25,00 8,33 25,00 24,00 382,33 Garçom 300,00 25,00 8,33 25,00 24,00 382,33 Administrativo 700,00 58,33 19,44 58,33 56,00 892,10 Faxineira 465,00 38,75 12,91 38,75 37,20 592,61 Faxineira 465,00 38,75 12,91 38,75 37,20 592,61 7.575,00 631,25 210,37 631,25 Ajudante cozinha Saladeira Total de 608,32 9.653,87 Os salários de garçom são inferiores a um salário, pois pela legislação quando a carga horária são 110 horas mensais. No caso de empresa em estudo, por se tratar do 1emprego a carga horária é reduzida. 83 Apêndice C – Cardápio primário Cardápio primário com as quantidades produzidas e as quantidades consumidas unitariamente por produto, para a apropriação do preço de custo. Custo primário Quantidade total produzida Cardápio Qu.prod. Marmitex Valor quilo Quant. Rodízio Quilo Valor Quant. Valor Quant. Valor Arroz 10 R$ 22,20 R$ 2,22 0,110 R$ 0,24 0,050 R$ 0,11 0,040 R$ 0,09 Feijão 8 R$ 16,73 R$ 2,09 0,090 R$ 0,19 0,030 R$ 0,06 0,025 R$ 0,05 Farofa 4 R$ 21,18 R$ 5,30 0,035 R$ 0,19 0,025 R$ 0,13 0,025 R$ 0,13 1,8 R$ 1,47 R$ 0,82 0,030 R$ 0,02 0,010 R$ 0,01 4 R$ 20,60 R$ 5,15 0,030 R$ 0,15 0,030 R$ 0,15 Tomate 2,3 R$ 9,00 R$ 3,91 0,030 R$ 0,27 0,030 R$ 0,12 Vinagrete 2,5 R$ 10,50 R$ 4,20 0,030 R$ 0,32 0,030 R$ 0,13 4 R$ 19,60 R$ 4,90 0,030 R$ 0,15 0,015 R$ 0,29 0,025 R$ 0,12 Beterraba 3,3 R$ 8,46 R$ 2,56 0,030 R$ 0,08 0,015 R$ 0,13 0,025 R$ 0,06 Maionese 3,3 R$ 16,60 R$ 5,11 0,010 0,030 R$ 0,50 0,050 R$ 0,26 Alface 1 R$ 5,20 R$ 5,20 0,005 R$ 0,03 0,005 R$ 0,03 Rúcula 1 R$ 5,20 R$ 5,20 0,005 R$ 0,03 0,005 R$ 0,03 Conserva 1,8 R$ 15,00 R$ 8,33 0,015 R$ 0,23 0,030 R$ 0,25 Carne assada 2 12 R$112,80 R$ 9,40 0,040 R$ 0,38 0,030 R$ 0,28 Carne assada 1 20 R$250,00 R$ 12,50 0,350 R$ 4,38 0,280 R$ 3,50 Total custo primário 47 R$534,54 0,700 R$ 7,02 0,640 R$ 5,21 Mandioca Banana frita Cenoura 0,030 0,150 0,485 R$ 0,15 R$ 1,41 R$ 2,41 84 Apêndice D – Fichas técnicas do cardápio primário. Fichas técnicas utilizadas para a elaboração dos pratos e do quadro do apêndice 3. ARROZ Ingredientes Arroz Óleo Alho Sal Água Total Rende 8 kg Quant. MD 7,5 kg 1/2 L 80 g 50 g 5L Preço MD por un (R$) 2,00 2,80 10,50 1,30 0,02 Desperdício 10% Custo MD por prato (R$) 15,00 1,40 0,09 0,07 0,10 16,66 FEIJÃO Ingredientes Feijão Óleo Alho Sal Água Total Rende 8 kg Quant. MD 5 kg 1/2 L 100 g 80 g 8L Preço MD por un (R$) Desperdício 2,80 2,80 10,50 1,30 0,02 Custo MD por prato (R$) 14,00 1,40 1,05 0,12 0,16 16,73 FAROFA Ingredientes Cenoura Óleo Alho Cebola Tempero Cebolinha Farinha Bacon Total Rende 4 kg Quant. MD 400 g 600 kg 36 kg 500 kg 75 kg 1 maço 2 kg 1 kg Preço MD por un (R$) 2,00 2,80 10,50 2,25 5,28 1,00 1,80 11,80 Desperdício 10% Custo MD por prato (R$) 0,80 1,68 0,38 1,13 0,79 1,00 3,60 11,80 21,18 85 MANDIOCA Ingredientes Mandioca Sal Quant. MD 1800 kg 20 g Preço MD por un (R$) Desperdício 0,8 1,3 Custo MD por prato (R$) 1,44 0,03 1,47 Rende 1,8 kg MAIONESE Ingredientes Batata Tomate Ovo Cenoura Pimentão Cebola Maionese Quant. MD 4,125 kg 0,27 kg 5 un 0,39 kg 0,5 kg 0,55 kg 0,1 kg Preço MD por un (R$) 2,5 2 0,24 2 3 2,3 9,9 Desperdício 18 5 2 5 5 4 39 Custo MD por prato (R$) 10,31 0,54 1,21 0,78 1,50 1,27 0,99 16,60 Rende 3,3 kg BANANA DE FRITAR Ingredientes Banana Óleo Quant. MD Preço MD por un (R$) 6 kg 2,50 2L 2,80 Desperdício 33% Custo MD por prato (R$) 15,00 5,60 20,60 Rende 4 kg CENOURA Ingredientes Cenoura Óleo Rende 4 kg Quant. MD Preço MD por un (R$) 5 kg 2,00 2L 2,80 Desperdício Custo MD por prato (R$) 22% 14,00 5,60 19,60 86 SALADA DE TOMATE Ingredientes Tomate Quant. MD 3 kg Preço MD por un (R$) 3,00 Desperdício 22% Custo MD por prato (R$) 9,00 9,00 Rende 2,3 kg VINAGRETE Ingredientes Tomate Pimentão Cebola Vinagre Rende 2,50 kg Quant. MD 2,4 kg 300 g 800 g 500 g Preço MD por un (R$) 3,00 3,00 2,25 1,09 Desperdício 29% Custo MD por prato (R$) 7,20 0,90 1,80 0,55 10,45 87 Apêndice E – Cardápio secundário Cardápio secundário com as quantidades produzidas e as quantidades consumidas unitariamente por produto por dia da semana, e a apropriação do preço de custo. Custo secundário – segunda-feira Cardápio Quantidade total produzida Valor Qt.prod. quilo Marmitex Quant. Valor Rodízio Quant. Valor Quilo Quant. Valor Frango em molho 8 R$ 19,10 R$ 2,39 0,060 R$ 0,14 0,060 R$ 0,17 0,070 R$ 0,17 Polenta 3 R$ 13,39 R$ 4,46 0,025 R$ 0,11 0,015 R$ 0,07 0,030 R$ 0,13 Palmito refogado 5 R$ 19,71 R$3,94 0,030 R$ 0,12 0,050 R$ 0,20 0,047 R$ 0,19 Quiabo frito 4,5 R$ 21,11 R$ 4,69 0,045 R$ 0,21 0,030 R$ 0,14 0,020 R$ 0,09 Ling. de fra. frita 6 R$ 45,32 R$ 7,55 0,030 R$ 0,23 0,050 R$ 0,38 0,085 R$ 0,64 Vagem 3 R$ 6,20 R$ 2,07 0,005 R$ 0,03 0,055 R$ 0,11 2 R$ 4,00 R$ 2,00 0,015 R$ 0,06 0,053 R$ 0,11 31,5 R$ 28,83 R$ 27,10 0,225 R$ 1,04 0,360 R$ 1,44 Chuchu soma 0,190 R$ 0,81 Custo secundário – terça-feira Cardápio Quantidade total produzida Valor Qt.prod. quilo Marmitex Quant. Valor Rodízio Quant. Valor Quilo Quant. Valor Moela em molho 14 R$ 60,66 R$ 4,33 0,100 R$ 0,43 0,100 R$ 0,43 0,120 R$ 0,52 Macarrão Carne com Inhame 3,5 R$ 22,38 R$ 6,39 0,025 R$ 0,16 0,010 R$ 0,06 0,050 R$ 0,32 4 R$ 17,03 R$ 4,26 0,010 R$ 0,04 0,050 R$ 0,21 0,050 R$ 0,21 Bolinho de queijo 2,6 R$ 7,47 R$ 2,87 0,010 R$ 0,03 0,020 R$ 0,06 0,045 R$ 0,13 Quiabo frito Salada de feijão de corda 4,5 R$ 19,38 R$ 4,31 0,040 R$ 0,17 0,015 R$ 0,06 0,045 R$ 0,19 1,4 R$ 4,98 R$ 3,56 0,020 R$ 0,07 0,025 R$ 0,09 Tomatinho 1,6 R$ 3,64 R$ 2,28 0,025 R$ 0,06 0,025 R$ 0,06 0,240 R$ 0,96 0,360 R$ 1,52 Soma 31,6 R$135,54 0,185 R$ 0,84 Custo secundário – quarta-feira Cardápio Carne de panela de 2 Quantidade total produzida valor Qt.prod. quilo Marmitex Quant. Valor Rodízio Quant. Valor Quilo Quant. Valor 10 R$ 50,79 R$ 5,08 0,075 R$ 0,38 0,055 R$ 0,28 0,100 R$ 0,51 Purê de batata 5 R$ 15,05 R$ 3,01 0,040 R$ 0,12 0,030 R$ 0,09 0,030 R$ 0,09 Polenta frita Abobrinha refogada 1 R$ 4,46 R$ 4,46 0,015 R$ 0,07 0,040 R$ 0,18 4,5 R$ 9,50 R$ 2,11 0,030 R$ 0,06 0,030 R$ 0,06 0,030 R$ 0,06 Palmito refogado 4,5 R$ 19,71 R$ 4,38 0,040 R$ 0,18 0,025 R$ 0,11 0,050 R$ 0,22 Pepino 2,2 R$ 3,68 R$ 1,67 0,025 R$ 0,04 0,030 R$ 0,05 Chuchu 3,1 R$ 8,00 R$ 2,58 Soma 30,3 R$111,19 0,005 R$ 0,01 0,025 R$ 0,06 0,030 R$ 0,08 0,190 R$ 0,75 0,205 R$ 0,72 0,310 R$ 1,19 88 Custo secundário – quinta-feira Cardápio Quantidade total produzida Valor Qt.prod. quilo Marmitex Quant. Valor rodízio Quant. Valor Quilo Quant. Valor Carne moída Abobora madura refogada 10 R$ 52,50 R$ 5,25 0,070 R$ 0,37 0,060 R$ 0,32 0,135 R$ 0,71 4 R$ 6,78 R$ 1,70 0,025 R$ 0,04 0,020 R$ 0,03 0,060 R$ 0,10 Bolinha de queijo 1,4 R$ 7,47 R$ 5,34 0,010 R$ 0,05 0,010 R$ 0,05 0,015 R$ 0,08 Macarrão 3 R$ 12,63 R$ 4,21 0,025 R$ 0,11 0,020 R$ 0,08 0,025 R$ 0,11 Berinjela frita 2 R$ 3,04 R$ 1,52 0,015 R$ 0,02 0,015 R$ 0,02 0,015 R$ 0,02 Vagem 3 R$ 5,95 R$ 1,98 0,025 R$ 0,05 0,060 R$ 0,12 Repolho 3 R$ 5,40 R$ 1,80 0,030 R$ 0,05 0,050 R$ 0,09 26,4 R$ 93,77 0,180 R$ 0,61 0,360 R$ 1,23 Soma 0,145 R$ 0,59 Custo secundário – sexta-feira Cardápio Quantidade total produzida Valor Qt.prod. quilo Marmitex Quant. Bife 9 R$ 59,23 R$ 6,58 Arroz com galinha Batata com salsicha 3 R$ 10,06 R$ 3,35 4,5 R$ 14,84 R$ 3,30 0,045 Quiabo frito 4,5 R$ 25,16 R$ 5,59 Abobrinha frita 2,5 R$ 4,04 R$ 1,62 Salada de palmito Salada de feijão de corda 2,5 R$ 8,98 1,4 R$ 4,98 Soma Valor Quant. Valor R$ 0,33 0,100 R$ 0,66 0,030 R$ 0,10 0,098 R$ 0,33 R$ 0,15 0,025 R$ 0,08 0,025 R$ 0,08 0,035 R$ 0,20 0,025 R$ 0,14 0,040 R$ 0,22 0,020 R$ 0,03 0,015 R$ 0,02 0,022 R$ 0,04 R$ 3,59 0,030 R$ 0,11 0,050 R$ 0,18 R$ 3,56 0,020 R$ 0,07 0,025 R$ 0,09 0,195 R$ 0,86 0,360 R$ 1,60 0,160 R$ 0,39 Quant. Quilo 0,050 27,4 0,060 Valor Rodizio R$ 0,77 Custo secundário – sábado Cardápio Quantidade total produzida Valor Qt.prod. quilo Marmitex Quant. Valor Rodízio Quant. Valor Quilo Quant. Valor Feijoada 10 R$ 46,12 R$ 4,61 0,050 R$ 0,23 0,070 R$ 0,32 0,150 R$ 0,69 Couve 4,5 R$ 23,48 R$ 5,22 0,043 R$ 0,22 0,030 R$ 0,16 0,020 R$ 0,10 Batata em molho 6,3 R$ 35,97 R$ 5,71 0,070 R$ 0,40 0,020 R$ 0,11 0,035 R$ 0,20 Pururuca 3 R$ 32,20 R$ 10,73 0,010 R$ 0,11 0,050 R$ 0,54 0,020 R$ 0,21 Carne de porco 4 R$ 40,81 R$ 10,20 0,015 R$ 0,15 0,045 R$ 0,46 0,050 R$ 0,51 Salada de laranja 1,6 R$ 6,92 R$ 4,33 0,010 R$ 0,04 0,040 R$ 0,17 Ovo 2,2 R$ 7,47 R$ 3,40 0,005 R$ 0,02 0,045 R$ 0,15 0,230 R$ 1,65 0,360 R$ 2,05 Total 0,188 R$ 1,12 89 Custo secundário – domingo Cardápio Lasanha Quantidade total produzida Valor Qt.prod. quilo Marmitex Quant. 12 R$ 76,31 R$ 6,36 0,070 Frango caipira 6 R$ 75,31 R$ 12,55 0,040 Inhoque 3 R$ 10,98 R$ 3,66 0,035 Macarrão ao vinho 2 R$ 20,27 R$ 10,13 0,013 Lobinho de queijo 1,4 R$ 7,47 R$ 5,34 0,010 Arroz temperado 2,5 R$ 9,19 R$ 22,98 Frango xadrez Filé ao molho madeira 2,5 R$ 16,03 R$ 6,41 3,2 R$ 47,13 R$ 14,73 Soma 0,022 Valor R$ 0,45 R$ 0,13 R$ 0,05 R$ 0,14 R$ 0,77 Rodízio Quant. Valor Quilo Quant. Valor 0,060 R$ 0,38 0,145 R$ 0,92 0,050 R$ 0,63 0,055 R$ 0,69 0,010 R$ 0,04 0,020 R$ 0,07 0,015 R$ 0,15 0,025 R$ 0,25 0,013 R$ 0,07 0,010 R$ 0,05 0,03 R$ 0,69 0,040 R$ 0,92 0,025 R$ 0,16 0,015 R$ 0,10 0,05 R$ 0,74 0,050 R$ 0,74 0,253 R$ 2,85 0,310 R$ 3,74 90 Apêndice F – Fichas técnicas Ingredientes Frango Óleo Alho Cebola Tempero Tomate Colorau Sal Cebolinha Total Rende 5 kg Ingredientes Quant. MD 4 0,1 0,05 0,2 0,16 0,755 0,1 0,05 0,2 Quant. MD Frango em molho Unidade Preço MD por un (R$) kg 3,58 kg 2,80 kg 6,90 kg 2,25 kg 5,28 kg 3,00 kg 2,80 kg 1,09 kg 1,30 Polenta Unidade Preço MD por un (R$) kg 1,52 L 2,80 tablete 1,27 g 6,90 g 5,27 Fubá 2 Óleo 2 Caldo Maggi 3 Alho 50 Tempero 50 arisco Água 6 L Total Rende 3 kg 2 kg de polenta são utilizadas no dia Ingredientes Palmito (limpo) Óleo Alho Cebola Tempero Tomate Cebolinha Colorau Total Rende 4,5 kg Quant. MD 4,355 0,2 0,015 0,215 0,115 0,3 0,1 0,05 Custo MD por prato (R$) 14,32 0,28 0,35 0,45 0,84 2,27 0,28 0,05 0,26 19,10 Desperdício Custo MD por prato (R$) 3,04 5,60 3,81 0,35 0,53 0,01 0,06 13,39 1 kg é congelada para fritar outro dia Palmito refogado Unidade Preço MD por un (R$) kg 3,50 ml kg kg kg kg kg kg Desperdício 2,80 10,9 2,25 5,28 3,00 1,30 1,00 Desperdício Custo MD por prato (R$) 15,24 0,62 0,16 0,48 1,21 0,90 1,00 0,10 19,71 91 Ingredientes 2 Chuchu Unidade Preço MD por un (R$) kg 2,00 3 0,1 0,1 0,05 0,05 Vagem Unidade Preço MD por un (R$) kg 1,50 ml 2,80 kg 13,00 ml 1,09 kg 1,30 Quant. MD Chuchu Desperdício Custo MD por prato (R$) 22% 4,00 4,00 Rende 1,6 kg Ingredientes Vagem Óleo Cebolinha Vinagre Sal Total Rende 2,9 kg Ingredientes Quant. MD Quant. MD Lingüiça de frango Óleo Total Rende 6 kg. Ingredientes Carne de 2ª s osso Cebola Tempero arisco Inhame Cebolinha Sal Tomate Total Rende 4 kg Ingredientes Quiabo Cebola Tempero arisco Óleo Total 6 2 Quant. MD 2 Linguiça de frango frita Unidade Preço MD por un (R$) kg 6,62 L Desperdício Custo MD por prato (R$) 5% 4,50 0,28 2% 1,30 0,05 0,07 6,20 Desperdício Custo MD por prato (R$) 5% 39,72 2,80 Carne com inhame Unidade Preço MD por un (R$) kg 6,50 5,60 45,32 Desperdício Custo MD por prato (R$) 13,00 0,2 0,1 kg kg 2,25 5,28 0,45 0,53 2 0,2 0,05 0,2 kg kg kg kg 1,00 3,00 1,09 2,00 2,00 0,60 0,05 0,40 17,03 Quant. MD 5 0,200 0,100 3 Quiabo frito Unidade Preço MD por un (R$) kg 2,00 kg 2,25 kg 5,28 L 2,80 Desperdício Custo MD por prato (R$) 10% 10,00 0,45 0,53 8,40 19,38 92 Rende 4,5 kg Ingredientes Sal Óleo Manteiga Cebola Tempero Tomate Macarrão Total Rende 2,5 kg Ingredientes Queijo Leite Trigo Royal Total Rende 2,6 kg Ingredientes Queijo Tomate Cebola Vinagre Pimentão Sal Óleo Total Rende 1,4 kg Ingredientes Tomate cereja Cebola Vinagre Pimentão Sal Óleo Quant. MD 0,090 0,100 0,200 0,300 0,115 0,100 2,000 Quant. MD 2,4 0,500 0,250 0,05 Quant. MD 1 0,150 0,150 0,030 0,1 0,03 0,025 Quant. MD 1,5 0,150 0,030 0,1 0,03 0,025 Macarrão Unidade Preço MD por un (R$) kg 1,30 L 2,80 kg 4,20 kg 2,25 kg 5,28 kg 3,00 kg 3,90 Bolinho de queijo Unidade Preço MD por un (R$) kg 5,00 ml 1,00 kg 1,89 kg 10,00 Salada de feijão de corda Unidade Preço MD por un (R$) kg 4,00 kg 2,25 kg 2,00 ml 1,09 kg 2,00 kg 1,30 ml 2,80 Salada tomate cereja Unidade Preço MD por un (R$) kg 2,00 kg ml kg kg ml 2,00 1,09 2,00 1,30 2,80 Desperdício Custo MD por prato (R$) 0,12 0,28 4,20 0,67 1,21 0,30 7,80 14,58 Desperdício Custo MD por prato (R$) 12,00 0,50 0,47 0,50 13,47 Desperdício Custo MD por prato (R$) 4,00 0,34 0,30 0,03 0,20 0,04 0,07 4,98 Desperdício Custo MD por prato (R$) 3,00 0,30 0,03 0,20 0,04 0,07 93 Total Rende 1,6 kg Ingredientes Bov 2 s osso Óleo Alho Cebola Tempero Tomate colorau Sal Cebolinha Total Rende 10 kg Ingredientes Abobrinha Óleo Alho Cebola Tempero Tomate Colorau Total Rende 4,5 kg. Ingredientes Batata Leite Manteiga Total Rende 5 kg Ingredientes Pepino Vinagre Óleo 3,64 Quant. MD 8 0,2 0,05 0,6 0,16 0,755 0,1 0,08 0,2 Quant. MD 4,865 0,020 0,015 0,300 0,115 0,300 0,010 Quant. MD 5 3 0,05 Quant. MD 2,32 0,05 0,03 Carne em molho Unidade Preço MD por un (R$) kg 5,60 kg 2,80 kg 6,90 kg 2,25 kg 5,28 kg 3,00 kg 2,80 kg 1,09 kg 1,30 Abobrinha refogada Unidade Preço MD por un (R$) kg 1,50 ml 2,80 kg 6,90 kg 2,25 kg 5,28 kg 3,00 kg 1,00 Purê de batata Unidade Preço MD por un (R$) kg 2,25 L 1,00 kg 16,00 Pepino Unidade Preço MD por un (R$) kg 1,50 ml 1,09 ml 2,80 Desperdício Custo MD por prato (R$) 44,80 0,56 0,35 1,35 0,84 2,27 0,28 0,09 0,26 50,79 Desperdício Custo MD por prato (R$) 10% 7,30 0,06 0,10 0,68 0,61 0,90 0,01 9,65 Desperdício Custo MD por prato (R$) 5% 11,25 3,00 0,80 15,05 Desperdício Custo MD por prato (R$) 42% 3,48 0,05 0,08 94 Total Rende 1,5 Ingredientes Carne moída Óleo Orégano Cebola Tempero Cebolinha Colorau Tomate Total Rende 10 kg. Ingredientes Abobora Cebolinha Alho Cebola Tempero Tomate Total Rende 4 kg Ingredientes Berinjela Sazon Orégano Sal Royal Trigo Total Rende 2 kg Ingredientes Vagem Óleo Cebolinha Vinagre Sal Total 3,62 Quant. MD 7 200 50 500 300 1 75 630 Quant. MD 4,000 0,100 0,015 0,300 0,155 0,300 Quant. MD 2,000 1,000 0,020 0,015 0,015 0,100 Quant. MD 3,00 0,10 1,00 0,05 0,05 Carne moída Unidade Preço MD por un (R$) g 5,30 kg 2,80 kg 1,00 kg 2,25 kg 5,28 maço 1,00 g 2,80 kg 3,00 Abobora madura Unidade Preço MD por un (R$) kg 1,00 kg 2,80 kg 6,90 kg 2,25 kg 5,28 kg 3,00 Berinjela frita Unidade Preço MD por un (R$) kg 1,00 u 0,54 kg 2,50 kg 1,30 kg 16,00 kg 1,89 Vagem Unidade Preço MD por un (R$) kg 1,50 ml 2,80 mç 1,00 ml 1,09 kg 1,30 Desperdício Custo MD por prato (R$) 43,43 0,56 0,50 1,13 3,17 1,00 0,42 1,89 52,10 Desperdício Custo MD por prato (R$) 10% 4,00 0,28 0,10 0,68 0,82 0,90 6,78 Desperdício Custo MD por prato (R$) 10% 2,00 0,54 0,05 0,02 0,24 0,19 3,04 Desperdício Custo MD por prato (R$) 5% 4,50 0,28 2% 1,00 0,10 0,07 5,95 95 Rende 3 kg Ingredientes Repolho Tomate Cebolinha Vinagre Sal Óleo Total Rende 3 kg Ingredientes Sal Óleo Alho Cebola Tempero Caldo de galinha Frango Arroz Total Rende 3 kg Ingredientes Bov coxão mole Cebola Molho shoyo Tempero Total Rende 9 kg Ingredientes Batata Salsicha Cebola Tempero Sal Tomate Total Quant. MD 3,00 0,20 1,00 0,05 0,05 0,03 Quant. MD 0,090 0,100 0,200 0,300 0,115 1,000 1,000 2,000 Quant. MD 7 2 0,05 0,1 Quant. MD 4 1 0,15 0,1 0,05 0,3 Repolho Unidade Preço MD por un (R$) kg 1,25 kg 2,25 mç 1,00 ml 1,09 kg 1,30 ml 1,09 Arroz com frango Unidade Preço MD por un (R$) kg 1,30 L 2,80 kg 4,20 kg 2,25 kg 5,28 kg 0,54 kg kg Custo MD por prato (R$) 5% 3,75 5% 0,45 2% 1,00 0,10 0,07 0,03 5,40 Desperdício 3,80 1,60 Bife acebolado Unidade Preço MD por un (R$) kg 7,60 kg ml kg Desperdício 3,80 3,20 10,06 Desperdício Custo MD por prato (R$) 5% 53,20 2,25 9,50 10,50 Batata com salsicha Unidade Preço MD por un (R$) kg 2,25 kg 3,80 ml 2,25 kg 10,50 kg 1,09 kg 2,00 Custo MD por prato (R$) 0,12 0,28 0,84 0,68 0,61 0,54 4,50 0,48 1,05 59,23 Desperdício Custo MD por prato (R$) 5% 9,00 3,80 0,34 1,05 0,05 0,60 14,84 96 Rende 4,5 kg Ingredientes Abobrinha Sazon Orégano Sal Royal Trigo Total Abobrinha frita Unidade Preço MD por un (R$) Quant. MD 2,000 1,000 0,020 0,015 0,015 0,100 kg un kg kg kg kg 1,50 0,54 2,50 1,30 16,00 1,89 Desperdício 10% Custo MD por prato (R$) 3,00 0,54 0,05 0,02 0,24 0,19 4,04 Rende 2,5 kg Ingredientes Quiabo Cebola Tempero arisco Óleo Total Rende 7 kg Ingredientes Queijo Tomate Cebola Vinagre Pimentão Sal Óleo Total Rende 1,4 kg Ingredientes Palmito Vinagre Sal Óleo Quant. MD 8 0,150 0,080 3 Quant. MD 1 0,150 0,150 0,030 0,1 0,03 0,025 Quant. MD 2,5 0,050 0,030 0,05 Quiabo frito Unidade Preço MD por un (R$) kg 2,00 kg 2,25 kg 5,28 L Desperdício Custo MD por prato (R$) 10% 16,00 0,34 0,42 2,80 Salada de feijão de corda Unidade Preço MD por un (R$) kg 4,00 kg 2,25 kg 2,00 ml 1,09 kg 2,00 kg 1,30 ml 2,80 Salada de palmito Unidade Preço MD por un (R$) kg 3,50 ml 1,09 kg 1,30 ml 2,80 8,40 25,16 Desperdício Custo MD por prato (R$) 4,00 0,34 0,30 0,03 0,20 0,04 0,07 4,98 Desperdício Custo MD por prato (R$) 8,75 0,05 0,04 0,14 97 Total Rende 2,5 kg Ingredientes Feijao preto Miúdo (pé, rabo, orelha) porco louro Cebola Tempero Tempero verde Alho calabresa Total Rende 10 kg Ingredientes 8,98 Quant. MD 4 3 Carne suína Tempero Óleo Alho Sal Total Rende 4 kg Ingredientes Couve Óleo Total Desperdício Custo MD por prato (R$) 10,76 23,40 0,2 0,8 0,2 1 kg kg kg mç 0,56 2,25 5,28 1,30 0,11 1,80 1,05 1,30 0,05 1 kg kg 6,90 7,35 0,34 7,35 46,12 5 2 Pururuca Unidade Preço MD por un (R$) kg 3,80 L 2,80 5 0,2 1,5 0,1 0,065 Carne de porco frita Unidade Preço MD por un (R$) kg 6,90 kg 10,56 L 2,80 kg 6,90 kg 1,30 Quant. MD Torresmo Óleo Total Rende 3 kg Ingredientes Feijão preto Unidade Preço MD por un (R$) kg 2,69 kg 7,80 Quant. MD Quant. MD 5,66 0,3 Couve refogada Unidade Preço MD por un (R$) kg 4,00 L 2,80 Desperdício Custo MD por prato (R$) 40% 19,00 5,60 24,60 Desperdício Custo MD por prato (R$) 20% 34,50 2,11 4,20 0,69 0,08 40,81 Desperdício Custo MD por prato (R$) 18% 22,64 0,84 23,48 98 Rende 4,5 kg Ingredientes Batata Óleo Alho Cebola Caldo de carne Tomate Colorau Sal Carne Cebolinha Total Rende 6 kg Ingredientes Laranja Sal Total Rende 1,6 kg Ingredientes Ovo Sal Óleo Cebolinha Vinagre Total Rende 2,2 kg Quant. MD 5 0,1 0,05 0,4 3 0,4 0,05 0,08 3,2 0,2 Quant. MD 2 0,1 Quant. MD 2,5 0,05 0,05 0,1 0,01 Batata em molho Unidade Preço MD por un (R$) kg 2,25 kg 2,80 kg 6,90 kg 2,25 un 1,15 kg kg kg kg kg Desperdício Custo MD por prato (R$) 27% 11,25 0,28 0,35 0,90 3,45 3,00 5,60 1,09 5,60 1,30 Laranja Unidade Preço MD por un (R$) kg 2,90 L 1,30 Salada de ovo Unidade Preço MD por un(R$) dz 2,78 kg 1,30 L 2,80 kg 3,00 ml 1,09 1,20 0,28 0,09 17,92 0,26 35,97 Desperdício Custo MD por prato (R$) 20% 5,80 0,13 5,93 Desperdício Custo MD por prato (R$) 10% 6,95 0,07 0,14 0,30 0,01 7,47 99 Ingredientes Frango Óleo Cebola Tomate Caldo de galinha Extrato de tomate Tempero Sal Ovo Margarina Cebolinha Total Rende 6 kg Ingredientes Macarrão Vinho Molho Cebola Manteiga Peito de frango Caldo de galinha Tempero Creme de leite Maisena Total Rende 2 kg Ingredientes Arroz cozido Presunto Cenoura ralada Molho verde Quant. MD 5,91 0,100 1,000 0,700 6 Frango caipira Unidade Preço MD por un (R$) kg 9,50 ml 2,80 kg 2,25 kg 2,50 un 1,15 Desperdício Custo MD por prato (R$) 56,15 0,28 2,25 1,75 6,90 1 lt 5,82 5,82 0,05 0,05 0,3 0,05 0,1 kg kg dz kg kg 10,56 1,09 2,90 6,50 3,90 0,53 0,05 0,87 0,33 0,39 75,31 Quant. MD Macarrão no vinho Unidade Preço MD por un (R$) kg 2,90 ml 9,00 0,700 0,1 0,75 kg kg kg 2,25 8,20 7,80 Custo MD por prato (R$) 2,90 2,70 0,00 1,58 0,82 5,85 2 un 1,15 2,30 0,08 1 kg L 10,56 2,90 0,84 2,90 0,1 kg 3,80 0,38 20,27 1 0,300 Quant. MD 2 0,200 0,200 0,200 Arroz a grega Unidade Preço MD por un (R$) kg 2,08 kg 6,80 kg 2,25 kg 3,80 Desperdício Desperdício Custo MD por prato (R$) 4,16 1,36 5% 0,45 0,76 100 Pimentão Uva passa Total Rende 2,5 kg Ingredientes Peito de frango Cebola Pimentão Cenoura Couve-flor Cebolinha Molho shoyo Água Óleo Alho Sal Total Rende 2,5 kg Ingredientes Batata Óleo Alho Colorau Tempero Cebola Tomate Cebolinha Total Rende 3 kg Ingredientes Frango Pomarola Alho Cebola Óleo Tomate Cebolinha verde Colorau Milho verde 0,3 0,17 Quant. MD 1 0,550 0,550 0,550 0,6 0,1 0,15 0,3 0,1 0,05 0,015 Quant. MD 2 0,100 0,050 0,060 0,11 0,9 0,7 0,15 Quant. MD 8 0,800 0,050 0,800 0,1 1 0,15 0,1 1 kg kg 3,00 9,18 Frango xadrez Unidade Preço MD por un (R$) kg 5,35 kg kg kg kg kg ml ml ml kg kg 2,25 3,00 2,50 5,98 13,00 5,90 0,01 2,80 6,90 1,30 Inhoque Unidade Preço MD por un (R$) kg 2,25 ml 2,80 kg 6,90 kg 5,60 kg 10,56 kg 2,25 kg 2,50 kg 3,90 Lasanha de frango Unidade Preço MD por un (R$) kg 5,80 ml 5,80 kg 6,90 kg 2,25 kg 2,80 kg 2,50 kg 3,90 kg kg 5,60 3,60 5% Desperdício 5% 5% 5% 5% 0,90 1,56 9,19 Custo MD por prato (R$) 5,35 1,24 1,65 1,38 3,59 1,30 0,89 0,00 0,28 0,35 0,02 16,03 Desperdício Custo MD por prato (R$) 4,50 0,28 0,35 0,34 1,16 2,03 1,75 0,59 10,98 Desperdício Custo MD por prato (R$) 46,40 4,64 0,35 1,80 0,28 2,50 0,59 0,56 3,60 101 Massa de lasanha Total Rende 12 kg Ingredientes Filé Palmito em conserva Tomate Cogumelo Molho shoyu Caldo de carne Maisena Tempero Louro Cebolinha verde Total Rende 3,2 kg 3 kg 5,20 15,60 76,31 Quant. MD 3 0,200 Filé ao molho madeira Unidade Preço MD por un (R$) kg 12,40 kg 13,60 0,250 0,050 0,5 1 kg pç ml pç 2,25 10,00 5,90 1,15 0,025 0,03 0,01 0,1 kg kg kg kg 3,7 10,56 33,70 13,00 Desperdício 5 5 Custo MD por prato (R$) 37,20 2,72 0,56 0,50 2,95 1,15 0,09 0,32 0,34 1,30 47,13 102 Apêndice G – Desperdício primário Desperdício do custo primário Utilizada Produzida Consumida Desperdício Ref. a Marmitex Rodízio quilo Total Utilizado Arroz 10 7,15 1,72 1,11 9,97 0,03 Feijão 8 5,85 1,05 0,69 7,59 0,41 Farofa 4 2,28 0,88 0,69 3,84 0,16 1,05 0,28 1,33 0,47 1,05 0,83 4,00 0,17 Mandioca Banana frita 1,8 4 1,95 Tomate 2,3 1,05 0,83 1,88 0,42 Vinagrete 2,5 1,05 0,83 1,88 0,62 Cenoura 3,5 1,95 0,53 0,69 3,17 0,33 Beterraba 3,3 1,95 0,53 0,69 3,17 0,13 Maionese 3,25 0,65 1,05 1,39 3,09 0,17 Alface 1 0,18 0,14 0,31 0,69 Rúcula 1 0,18 0,14 0,31 0,69 Conserva 1,8 0,53 0,83 1,36 0,44 Carne assada 2 12 1,40 0,83 11,98 0,02 Carne assada 1 20 12,25 7,76 20,01 0,01 24,47 17,73 73,89 4,73 4,73 6% 6% 9,75 Total custo primário 78,45 31,53 Desperdício 78,45 73,72 103 Apêndice H – Desperdício secundário Custo secundário – segunda-feira Quantidade total produzida Marmitex Rodízio 65 Cardápio Quant.prod. Valor quilo Quant. Valor Quilo 35 Quant. Valor Total utilizado 27,7 Quant. Desperdício Kg Valor Frango em molho 8 44,37 5,55 0,06 3,90 0,06 2,10 0,07 1,94 7,94 0,06 Polenta 3 13,39 4,46 0,025 1,63 0,015 0,53 0,03 0,83 2,98 0,02 Palmito refogado 5 23,14 4,63 0,03 1,95 0,05 1,75 0,047 1,30 5,00 0,00 4,5 19,38 4,31 0,045 2,93 0,025 0,88 0,02 0,55 4,35 0,15 Ling. De fra. Frita 6 45,32 7,55 0,03 1,95 0,04 1,40 0,085 2,35 5,70 0,30 Vagem 3 5,95 1,98 0,005 0,18 0,055 1,52 1,70 1,30 Chuchu 2 4,00 2,00 0,015 0,53 0,053 1,47 1,99 0,01 32 155,55 30,48 0,21 7,35 0,36 9,97 29,67 1,83 Quiabo frito Soma 0,19 12,35 0,485 0,699 0,64 0,675 0,909 1 104 Custo secundário – terça-feira Quantidade total produzida Marmitex Rodízio 65 Cardápio Quant.prod. Valor quilo Quant. Quilo 35 Valor Quant. Total utilizado Desperdício 27,7 Valor Quant. Kg Valor Moela em molho 14 60,66 4,33 0,1 6,50 0,1 3,50 0,12 3,32 13,32 0,68 Macarrão 3,5 14,58 4,16 0,025 1,63 0,01 0,35 0,05 1,39 3,36 0,14 4 17,03 4,26 0,01 0,65 0,05 1,75 0,05 1,39 3,79 0,22 Bolinho de queijo 2,6 13,47 5,18 0,01 0,65 0,02 0,70 0,045 1,25 2,60 0,00 Quiabo frito 4,5 19,38 4,31 0,04 2,60 0,015 0,53 0,045 1,25 4,37 0,13 Salada de feijão de corda 1,4 4,98 3,56 0,02 0,70 0,025 0,69 1,39 0,01 Tomatinho 1,6 3,64 2,28 0,025 0,88 0,025 0,69 1,57 0,03 Soma 32 133,74 0,24 8,40 0,36 9,97 30,40 1,20 Carne com Inhame 0,185 12,03 0,485 0,699 0,64 0,67 0,939 1 105 Custo secundário – quarta-feira Quantidade total produzida Marmitex Rodízio 65 Cardápio Carne de panela de 2 Quant.prod. Valor quilo Quant. Quilo 35 Valor Quant. Total utilizado 27,7 Valor Quant. Desperdício Kg Valor 10 50,79 5,08 0,075 4,88 0,055 1,93 0,10 2,77 9,57 0,43 Purê de batata 5 15,05 3,01 0,04 2,60 0,025 0,88 0,05 1,39 4,86 0,14 Polenta frita 1 4,46 4,46 0,015 0,53 0,017 0,47 1,00 0,00 Abobrinha refogada 4,5 9,50 2,11 0,03 1,95 0,029 1,02 0,055 1,52 4,49 0,01 Palmito refogado 4,5 19,71 4,38 0,04 2,60 0,025 0,88 0,035 0,97 4,44 0,06 Pepino 2,2 3,68 1,67 0,025 0,88 0,04 1,11 1,98 0,22 Chuchu 3,1 8,00 2,58 0,01 0,025 0,88 0,063 1,75 2,62 0,47 Soma 30 111,19 0,19 12,04 0,199 6,97 0,36 9,97 28,96 1,34 0,005 0,485 0,699 0,64 0,675 0,898 1 106 Custo secundário – quinta-feira Quantidade total produzida Marmitex Rodízio 65 CARDAPIO Carne moída Abobora madura refogada Quant.prod. Valor quilo Quant. 10 52,50 Quilo 35 Valor Quant. Total utilizado Desperdício 27,7 Valor Quant. Kg Valor 5,25 0,07 4,55 0,045 1,58 0,135 3,74 9,86 0,14 4 6,78 1,70 0,025 1,63 0,02 0,70 0,06 1,66 3,99 0,01 1,4 7,47 5,34 0,01 0,65 0,009 0,32 0,015 0,42 1,38 0,02 Macarrão 3 12,63 4,21 0,025 1,63 0,019 0,67 0,025 0,69 2,98 0,02 Berinjela frita 2 3,04 1,52 0,015 0,98 0,015 0,53 0,015 0,42 1,92 0,08 Vagem 3 5,95 1,98 0,00 0,025 0,88 0,06 1,66 2,54 0,46 Repolho 3 5,40 1,80 0,00 0,03 1,05 0,05 1,39 2,44 0,57 9,43 0,163 5,71 0,36 9,97 25,10 1,30 Bolinha de queijo Soma 26 93,77 0,145 0,485 0,699 0,64 0,63 0,862 1 107 Custo secundário – sexta-feira Quantidade total produzida Marmitex Rodízio 65 Cardápio Quant.prod. Valor quilo Quant. Bife 9 59,23 6,58 Arroz com galinha 3 10,06 3,35 Batata com salsicha 4,5 14,84 3,30 Quiabo frito 4,5 19,38 Abobrinha frita 2,5 Salada de Palmito 0,06 Quilo 35 Valor Quant. Total utilizado Desperdício 27,7 Valor Quant. kg Valor 3,90 0,05 1,75 0,1 2,77 8,42 0,58 0,00 0,007 0,25 0,098 2,71 2,96 0,04 0,045 2,93 0,025 0,88 0,025 0,69 4,49 0,01 4,31 0,035 2,28 0,025 0,88 0,04 1,11 4,26 0,24 4,04 1,62 0,02 1,30 0,015 0,53 0,022 0,61 2,43 0,07 2,5 8,98 3,59 0,00 0,03 1,05 0,05 1,39 2,44 0,06 Salada de feijão de corda 1,4 4,98 3,56 0,02 0,70 0,025 0,69 1,39 0,01 Soma 27 0,172 6,02 0,36 9,97 26,39 1,01 0,16 10,40 0,485 0,699 0,64 0,645 0,871 1 108 Custo secundário – sábado Quantidade total produzida Marmitex Rodízio 65 Cardápio Quant.prod. Valor quilo Quant. Valor Quilo 35 Quant. Valor Total utilizado 27,7 Quant. Desperdício kg Valor Feijoada 10 95,22 9,52 0,05 3,25 0,07 2,45 0,15 4,16 9,86 0,15 Couve 4,5 23,48 5,22 0,043 2,80 0,03 1,05 0,02 0,55 4,40 0,10 Batata em molho 6,3 35,97 5,71 0,07 4,55 0,02 0,70 0,035 0,97 6,22 0,08 Pururuca 3 32,20 10,73 0,01 0,65 0,05 1,75 0,02 0,55 2,95 0,05 Carne de porco 4 40,81 10,20 0,015 0,98 0,045 1,58 0,05 1,39 3,94 0,06 Salada de laranja 1,6 6,92 4,33 0,00 0,01 0,35 0,04 1,11 1,46 0,14 Ovo 2,2 7,47 3,40 0,00 0,005 0,18 0,045 1,25 1,42 0,78 Total 32 12,22 0,23 8,05 0,36 9,97 30,24 1,36 0,188 0,485 0,699 0,64 0,673 0,929 1 1,36 109 Custo secundário – domingo Quantidade total produzida Marmitex Rodízio 65 Cardápio Lasanha Quant.prod. Valor quilo Quant. Quilo 35 Valor Quant. Total utilizado 27,7 Valor Quant. Desperdício Kg Valor 12 76,31 6,36 0,07 4,55 0,06 2,10 0,145 4,02 10,67 1,33 Frango caipira 6 75,31 12,55 0,04 2,60 0,05 1,75 0,055 1,52 5,87 0,13 Inhoque 3 10,98 3,66 0,035 2,28 0,005 0,18 0,02 0,55 3,00 0,00 Macarrão ao vinho 2 20,27 10,13 0,013 0,85 0,01 0,35 0,025 0,69 1,89 0,11 0,01 0,65 0,013 0,46 0,01 0,28 1,38 0,02 0,00 0,03 1,05 0,04 1,11 2,16 0,34 1,43 0,025 0,88 0,015 0,03 2,33 0,17 0,00 0,05 1,75 0,05 1,39 3,14 0,07 12,35 0,243 8,51 0,36 9,97 30,83 1,77 Lobinho de queijo 1,4 7,47 5,34 Arroz temperado 2,5 9,19 22,98 Frango xadrez 2,5 16,03 6,41 Filé ao molho madeira 3,2 47,13 14,73 Soma 33 0,022 0,19 0,485 0,699 0,64 0,675 0,942 1