Programa e regras de avaliação

Propaganda
UNIVERSIDADE DOS AÇORES
Departamento de Ciências
Tecnológicas e Desenvolvimento
BIOQUÍMICA II
(Ciências Biológicas e da Saúde)
Designação (código): Bioquímica II (120)
Coordenador/Regente: Maria do Carmo Barreto
Departamento: Departamento de Ciências Tecnológicas e Desenvolvimento
Semestre: 1º
Nº horas semanais: 3h teóricas + 2h práticas laboratoriais
A. PROGRAMA TEÓRICO
1. INTRODUÇÃO AO METABOLISMO
1.1. Visão geral e princípios do metabolismo.
 Catabolismo, anabolismo e suas relações. Conceito de via metabólica e de metabolito.
O catabolismo e o anabolismo como processos integrados e complementares.
 Fases e objectivos primordiais do metabolismo.
1.2. Termodinâmica dos sistemas biológicos.
 Princípios da termodinâmica e sua aplicação aos sistemas vivos.
 A energia livre de Gibbs como critério de previsão da espontaneidade de uma reacção.
 Transferência de energia dos sistemas vivos. Compostos com potencial energético
elevado. O ATP como unidade biológica de energia livre.
1.3. Oxidações biológicas.
 Reacções de oxidação-redução. Potencial redox, potencial redox padrão e sua
determinação. Características das oxidações biológicas.
 Enzimas, coenzimas e transportadores de electrões nos processos oxidativos.
1.4.Regulação da actividade enzimática
 Indução e repressão genética. Modificação covalente reversível e associação de
ligandos. Regulação alostérea. Zimogénios. Isoenzimas.
2. METABOLISMO DOS GLÍCIDOS
 Papel fundamental da glucose. Glícidos da dieta. Digestão e absorção das oses.
2.1. Glicólise e gluconeogénese.
 Glicólise. Respiração e fermentação. Fermentação láctica e fermentação alcoólica.
Balanço energético.
 Aspectos da regulação da glicólise e da gluconeogénese.
2.2. Ciclo do ácido cítrico.
 O ciclo do ácido cítrico e o seu papel no metabolismo.
 A descarboxilação oxidativa do piruvato a acetil-CoA como ponto de ligação entre o
catabolismo dos glícidos e o ciclo do ácido cítrico.
Reacções individuais do ciclo. Balanço energético.
 Balanço energético da degradação da glucose em aerobiose.
 Anaplerose – metabolismo do piruvato e do oxaloacetato.
2.3. Transporte de electrões na cadeia respiratória mitocondrial e fosforilação oxidativa.
 Transporte de electrões na cadeia respiratória da mitocôndria. Fosforilação oxidativa.
Acoplamento da cadeia de transporte de electrões à cadeia oxidativa. Desacopladores da
1
UNIVERSIDADE DOS AÇORES
Departamento de Ciências
Tecnológicas e Desenvolvimento
fosforilação oxidativa. Transporte de equivalentes redutores para o interior da
mitocôndria: sistemas de lançadeira.
2.4. Via dos fosfatos de pentose.
2.5. Regulação do metabolismo dos glícidos.
3. METABOLISMO E BIOENERGÉTICA DOS LÍPIDOS
 Beta-oxidação dos ácidos gordos.
 Biossíntese de triacilgliceróis.
 Ciclo do glioxilato.
 Lipoproteínas e colesterol.
 Regulação do metabolismo lipídico.
4. METABOLISMO DOS COMPOSTOS AZOTADOS
 Reacções gerais da síntese e da degradação dos aminoácidos.
 Ciclo da ureia
 Regulação do metabolismo dos compostos azotados.
5. REGULAÇÃO DO METABOLISMO E INTEGRAÇÃO DAS VIAS METABÓLICAS
 Integração dos metabolismos glicídico, lipídico e proteico.
 Regulação do metabolismo celular.
 Diabetes tipo I e tipo II
B. PROGRAMA PRÁTICO













Regras de segurança no laboratório de Bioquímica – segurança química e biológica.
Medição de volumes: como usar adequadamente as micropipetas.
Reacções de oxidação/redução: (R1) - traçado de espectros do citocromo c em vários
estados de oxidação/redução.
Inibição da actividade enzimática de um enzima importante na ara da sáude: inibição da
Acetilcolinesterase
Detecção de intermediários metabólicos: detecção e quantificação de piruvato
produzido pela levedura.
Técnicas de isolamento de organelos subcelulares: métodos de disrupção, de separação,
de purificação e de detecção (apresentação + filme).
Isolamento de organelos celulares: extracção e purificação de mitocôndrias de couveflor; análise da actividade de succinato desidrogenase das fracções isoladas.
Enzimas do metabolismo energético: Determinação da actividade da succinato
desidrogenase com e sem inibidor (malonato). Caracterização do tipo de inibição.
Enzimas na saúde: determinação da actividade da lactase em“Lactaid”, medicamento
utilizado para as pessoas com intolerância à lactose.
A Bioquímica no diagnóstico clínico I: determinação da glicémia e corpos cetónicos no
soro sanguíneo.
A Bioquímica no diagnóstico clínico II: determinação da hemoglobina glicosilada em
sangue total.
Bioquímica no diagnóstico clínico III: electroforese de proteínas do soro.
Bioquímica no diagnóstico clínico IV: parâmetros bioquímicos mais relevantes e
interpretação de um conjunto de análises (casos reais).
2
UNIVERSIDADE DOS AÇORES
Departamento de Ciências
Tecnológicas e Desenvolvimento
C. REGRAS DE AVALIAÇÃO
CRITÉRIOS PARA APROVAÇÃO:
1) Frequência à prática, ou seja, assistência obrigatória a pelo menos 75% das aulas práticas,
com a realização dos respectivos trabalhos.
2) Aprovação à prática, ou seja, NOTA PRÁTICA igual ou superior a 10 valores
3) Classificação da disciplina - NOTA FINAL- igual ou superior a 10 valores, calculada do
modo seguinte:
NOTA FINAL= 0.7 x Nota teórica + 0.3 x Nota prática
A nota teórica resulta da média aritmética de duas frequências teóricas, ou da classificação
obtida num exame final. A nota prática inclui a média arimética de três relatórios,
correspondentes a três trabalhos laboratoriais, de entre os realizados pelo aluno ao longo do
semestre, com discussão oral dos mesmos (80% da nota prática) e uma prova teorico-prática
escrita (20% da nota prática). As regras de elaboração dos relatórios serão apresentadas na
primeira aula prática, e poderão ser consultadas na página da disciplina
(http://www.barreto.uac.pt/bioq2.html).
NOTA: os trabalhadores estudantes poderão optar, desde que o solicitem por escrito ao
docente, até ao final da segunda semana de funcionamento da disciplina, por uma avaliação
ao componente prático da disciplina que dispense a obrigatoriedade de frequência às aulas
laboratoriais. Nesse caso, os relatórios da avaliação serão substituídos por um exame prático
em que o aluno demonstrará as suas competências no componente laboratorial (80% da nota
prática); a prova teorico-prática (20% da nota prática) será realizada em conjunto com os alunos
inscritos em regime normal.
D. ALGUMA BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA
AULAS TEÓRICAS:
 Nelson, D.L., Cox, M.M. Lehninger. Principles of Biocehmistry. 2004. 4th Edition,
W.H. Freeman, Ltd
 Quintas, A., Freire, A.P., Halpern, M.J. 2008. Bioquímica - Organização Molecular da
Vida. Ed. Lidel, Lisboa.
 Berg, L. , Tymoczco, J.L., Stryer, L. 2002. Biochemistry, 5th edition, W.H. Freeman &
Co., New York
 Becker, W.M., Kleinsmith, L.J. & Hardin, J. 2003. The World of the Cell, 5th edition,
Benjamin-Cummings, San Francisco
 Halpern, M.J. 1997. Bioquímica, Ed. Lidel, Lisboa
AULAS PRÁTICAS:
 Reed, B., Holmes, D, Wyers, J. & Jones, A. 1988. Practical Skills in Biomolecular
Sciences Ed. Addison-Wesley Longman
 Boyer, R.F. 2000. Modern Experimental Biochemistry, 3rd edition,
Benjamin/Cummings Publishing Company, Menlo Park
 Wilson, K. & Walker, J. 1994. Principles and Techniques of Practical Biochemistry.
Cambridge University Press
Maria do Carmo Barreto
3
UNIVERSIDADE DOS AÇORES
Departamento de Ciências
Tecnológicas e Desenvolvimento
Setembro de 2010
4
Download