Instruções de uso

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Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos/MS - FTN
Instruções de Uso
Este Formulário está dividido em capítulos iniciais, seções com as respectivas
monografias e apêndices.
Os capítulos iniciais incluem uma introdução e textos que abordam prescri­
ção de medicamentos, reações adversas, interações medicamentosas, fármacos
em crianças e idosos.
As monografias dos medicamentos constantes na Rename estão agrupadas
em seções: Seção A inclui medicamentos usados em manifestações gerais de do­
enças; Seção B inclui os medicamentos usados em doenças de órgãos e sistemas
orgânicos; Seção C compreende outros medicamentos e produtos para a saúde.
Os medicamentos estão reunidos em grupos farmacológicos.
Cada grupo tem um texto introdutório às monografias que discute as evi­
dências clínicas que justificaram as inclusões dos medicamentos na Rename e,
portanto, naquele grupo.
As monografias consideram itens relevantes para adequada prescrição desses
medicamentos.
Finalmente, foram acrescentados quatro apêndices dos quais constam tabe­
las que tratam dos seguintes temas: (A) fármacos e gravidez; (B) fármacos e
lactação; (C) fármacos e hepatopatias, e (D) fármacos e nefropatias.
Monografia
Seção
Subseção
Itens
Medicamentos que atuam sobre o Sistema Nervoso Central e Periférico
SEÇÃO B
MEDICAMENTOS USADOS EM DOENÇAS DE
ÓRGÃOS E SISTEMAS ORGÂNICOS
17 MEDICAMENTOS QUE ATUAM SOBRE OS SISTEMAS
ENDÓCRINO E REPRODUTOR
17.4
Texto
introdutório:
evidências
clinicas das
inclusões
Hormônios sexuais, antagonistas e medicamentos
relacionados
17.4.7 Medicamentos que atuam na contratilidade uterina
Ergometrina é ergótico usado no terceiro estágio do parto para reduzir o
risco de hemorragia pós-parto. Para perdas sangüíneas de menos de 500 mL,
parecer ser superior a oxitocina, não havendo diferenças significativas quando
as perdas são de 2.000 mL ou mais. Ergometrina induz mais efeitos adversos
maternos do que ocitocina. É preciso fazer balanço entre risco e benefício ao
prescrever esse medicamento481. Apesar dos efeitos adversos, a comparação entre uso de ergometrina e manejo expectante privilegia a primeira, reduzindo
perda sangüínea materna, hemorragia pós-parto de mais de 500 mL e terceiro
estágio prolongado482. Não houve vantagens ou desvantagens aparentes sobre
o recém-nascido. O uso profilático do ergótico no terceiro estágio do parto foi
motivo de revisão Cochrane483, objetivando determinar eficácia e segurança em
comparação a não-uso de contratores uterinos. Os ergóticos administrados por
vias intramuscular ou intravenosa diminuíram perda média de sangue e hemorragia pós-parto. O risco de retenção placentária ou necessidade de remoção
manual foi inconsistente. Houve aumento de vômito, pressão arterial e dor que
requereu analgesia, especialmente com uso de via intravenosa. Um estudo comparou ergometrina a placebo, sem evidenciar benefício significativo.
Nifedipino é bloqueador dos canais de cálcio com uso contemporâneo restrito como tocolítico em mulheres em parto prematuro. Revisão sistemática484
que incluiu 12 ensaios clínicos randomizados (n = 1029) demonstrou que os
bloqueadores dos canais de cálcio são superiores a qualquer outro tocolítico
(agonistas beta-adrenérgicos principalmente) em deter o trabalho de parto
por sete dias e em reduzir o número de nascimentos antes de 34 semanas de
gravidez. Também houve menor suspensão de tratamento por reações adversas graves. Houve redução significativa da incidência de síndrome de angústia
respiratória em 37%, enterocolite necrosante em 79%, hemorragia intraventricular em 41% e icterícia neonatal em 27%. Nifedipino é hoje primeira escolha
para deter o trabalho de parto prematuro com melhora dos desfechos neonatais
(evidência de nível II).
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Apêndice A
Apêndice B
Apêndice C
Apêndice D
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A qualidade das informações
O material bibliográfico empregado na elaboração deste Formulário ba­
seia-se em informações atuais, independentes e cientificamente fidedignas e
foi selecionado com isenção de conflitos de interesses. As evidências advêm
de fontes de elevada credibilidade, como estudos com adequada metodologia
científica, as bases de dados Clinical Evidence, InfoPoem, Biblioteca Cochrane e
boletins internacionais de medicamentos. As referências das fontes empregadas
na elaboração dos capítulos iniciais e dos apêndices foram alocadas ao final dos
respectivos textos. As monografias que integram as Seções A, B e C foram ela­
boradas a partir de bibliografia básica composta de 13 fontes terciárias (livros e
bases de dados). Em alguns casos, a bibliografia básica foi complementada com
outras fontes científicas; todas as fontes citadas nas referidas monografias foram
alocadas ao final de cada Seção do Formulário, iniciando-se sempre com as 13
fontes básicas.
Evidências referentes aos medicamentos selecionados
As evidências clínicas subsidiam as inclusões dos medicamentos na Rename
e justificam as indicações terapêuticas. Dependendo dos estudos que dão ori­
gem às evidências, geram-se diferentes graus de recomendação.
A conduta embasada em evidências otimiza benefícios e minimiza riscos e
custos, características buscadas no modelo de uso racional de medicamentos.
Constitui-se, pois, em estratégia que visa a promoção de tal uso por parte de
todos os profissionais da saúde e dos consumidores. Por isso todo o empenho
deve ser voltado para selecionar a melhor medida disponível capaz de melhorar
o nível de saúde individual e coletivo, fornecendo condições que permitam sua
incorporação à prática diária.
Monografias
As monografias contêm informações sucintas, objetivas e relevantes para
auxiliar a prescrição racional de medicamentos. Destacaram-se em cada item
somente as informações cuja pertinência clínica fosse importante para a rotina
de sua utilização, considerando indicação, contra-indicação, precauções, efeitos
adversos, interações medicamentosas, armazenamento e orientações específicas
direcionadas a profissionais da saúde e pacientes. O nome dos fármacos seguiu
a Denominação Comum Brasileira (DCB) em versão atualizada em 2006. Espe­
cificamente em imunobiológicos, a designação de algumas vacinas não consta
na DCB.
As apresentações são as constantes na Rename. Em algumas monografias
foi colocado um quadro de destaque, contendo a palavra “ATENÇÃO”, para as
informações relevantes que não se incluem nos itens da monografia ou que po­
dem estar dispersas em mais de um item.
Os itens constantes nas monografias são relacionados no Quadro 1.
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Quadro 1. Itens constantes nas Monografias
NOME DO FÁRMACO – nome na Rename, DCB
APRESENTAÇÕES – foram alocadas as apresentações constantes na Rename – 2006.
INDICAÇÕES – selecionadas preferencialmente as que têm evidência de nível 1 com grau
de recomendação A.
CONTRA-INDICAÇÕES
PRECAUÇÕES – para classificar o risco na gravidez, utilizaram-se critérios de classificação
da FDA e da ADEC.
ESQUEMAS DE ADMINISTRAÇÃO – abordados por indicação e faixa etária, considerando
as apresentações da Rename – 2006. Colocaram-se doses e vias de administração e, em
alguns casos, citou-se a maneira de administração (ex. infusão lenta etc.).
ASPECTOS FARMACOCINÉTICOS CLINICAMENTE RELEVANTES (justificativa para a
prescrição) – aspectos relacionados com absorção, biodisponibilidade, latência (início da
ação), duração da ação, pico de efeito, meia-vida de eliminação, metabolismo e excreção.
EFEITOS ADVERSOS – foram citados os mais freqüentes.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS – consideraram-se efeitos sinérgicos ou antagônicos.
ORIENTAÇÕES AOS PACIENTES – foram destacadas as informações sobre uso do
medicamento que os profissionais de saúde devem repassar ao paciente.
ASPECTOS FARMACÊUTICOS – informações sobre conservação, transporte, preparo,
incompatibilidades – orientação aos profissionais quanto a preparação e particularidades
das formas farmacêuticas.
Como localizar um fármaco
Os fármacos podem ser encontrados pelo índice remissivo, em ordem alfabé­
tica. Por exemplo, acetato de hidrocortisona ou hidrocortisona.
O leitor poderá também buscar o fármaco na seção em que o mesmo está in­
cluído na Rename. Por exemplo, para localizar o fármaco carbamazepina, basta
buscar da seguinte forma:
Localização da Seção:
SEÇÃO B. MEDICAMENTOS USADOS EM DOENÇAS DE
ÓRGÃOS E SISTEMAS ORGÂNICOS
Localização da subseção:
12 MEDICAMENTOS QUE ATUAM SOBRE O SISTEMA
NERVOSO CENTRAL
Localização do grupo farmacológico:
12.1 Anticonvulsivantes
Carbamazepina
A ordem das monografias acompanha a Seção em que o fármaco está inclu­
ído. Para fármacos com várias indicações, as monografias foram inseridas no
grupo em que são citadas pela primeira vez. Num novo grupo, o fármaco será
nomeado, e o leitor será remetido ao local onde a monografia foi inserida.
Fármacos com várias indicações clínicas são apresentados em uma única
monografia, por exemplo, ácido acetilsalicílico. Outros, com distintas apresen­
tações e indicações clínicas, constaram de mais de uma monografia. Por exem­
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plo, dexametasona em formas de colírio e creme constou de duas monografias,
colocadas em grupos farmacológicos diferentes.
Apêndices
Foram incluídos quatro apêndices que se referem a cuidados e manejos en­
volvidos no uso de fármacos em gravidez (Apêndice A), lactação (Apêndice B),
hepatopatias (Apêndice C) e nefropatias (Apêndice D). As informações conti­
das nos mesmos são complementares àquelas presentes nas monografias. Ou
seja, a chamada para o apêndice indica que o leitor poderá encontrar uma ex­
plicação mais detalhada. Não se recomenda a consulta ao apêndice sem prévia
leitura da monografia.
Siglas, abreviações e unidades de medida
Quadro 2. Abreviaturas, siglas e unidades de medida
SIGLA/
ABREVIATURA/
UNIDADES DE
MEDIDA
SIGNIFICADO
ADEC
Australian Drug Evaluation Committee
AE
Atividade específica
aids
Síndrome da imunodeficiência adquirida
AINE
Antiinflamatórios não-esteróides
AV
Atrioventricular
AUC
Área sob a curva
BCG
Bacilo Calmette-Guérin
CK
Creatina quinase
CO2
Gás carbônico
COMT
Catecol-O-metiltransferase
CYP
Citocromo P-450
DCE
Depuração da creatinina endógena
DCB
Denominação comum brasileira
dL
Decilitro
DPOC
Doença pulmonar obstrutiva crônica
ECA
Enzima conversora da angiotensina
ECG
Eletrocardiograma
EDTA
Ácido etilenodiaminotetracético (DCB: ácido edético)
FDA
Food and Drug Administration
FG
Filtração glomerular
FiO2
Fração de oxigênio inspirado
g
Grama
G6PD
Glicose-6-fosfato desidrogenase
GABA
Ácido gama-aminobutírico
GAMA- GT
Gama-glutamiltransferase
G-CSF
Fator estimulante de colônias de granulócitos
GFR
Taxa de filtração glomerular
h
Hora
HCV
Vírus da hepatite C
HDL
Lipoproteína de alta densidade
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SIGLA/
ABREVIATURA/
UNIDADES DE
MEDIDA
SIGNIFICADO
HIV
Vírus da imunodeficiência humana
HIV/HCV
Indivíduos HIV positivos co-infectados com o vírus da hepatite C
HMG-CoA redutase
3-hidróxi-3-metil-glutaril-CoA redutase
IECA
Inibidores da enzima conversora de angiotensina
IMAO
Inibidores de monoamina oxidase
INR
International normalized ratio
ISRS
Inibidor seletivo de recaptação de serotonina
kg
Quilograma
L
Litro
LDL
Lipoproteína de baixa densidade
m2
Metro quadrado
MAO
Monoamina oxidase
mEq
Miliequivalente (milésima parte do equivalente-grama, que é
calculado a partir do mol da substância)
mEq/L
Miliequivalentes por litro
mg
Miligrama
mL
Mililitro
mm3
Milímetro cúbico ( = mililitro)
mmol
Milimol (milésima parte do mol, que corresponde ao valor do peso
molecular de uma substância, em gramas)
ng
Nanograma
NPT
Nutrição parenteral total
O2
Oxigênio
ºC
Grau Celsius
OMS
Organização Mundial da Saúde
PaO2
Pressão parcial de oxigênio
pH
Potencial hidrogeniônico
PPD
Derivado protéico purificado
PSA
Antígeno prostático específico
PVC
Cloreto de polivinila
QT
Intervalo QT do eletrocardiograma
INR
Razão Normalizada internacional
SNC
Sistema nervoso central
TP
Tempo de protrombina
TSH
Hormônio estimulante da tireóide
TTPA
Tempo de tromboplastina parcial ativada
U
Unidade da United States Pharmacopeia
UI
Unidade internacional
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