ATA SÍNTESE COMITÊ EXECUTIVO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL RESOLUÇÃO N. 107/CNJ - Institui o Fórum Nacional do Judiciário para monitoramento e resolução das demandas de assistência à saúde. (Publicada no DJ-e nº 61/2010, em 07/04/2010, p. 6-9). Aos 25 dias do mês de setembro de 2014, às 14h30min (catorze horas e trinta minutos), no Auditório do Fórum Des. Joaquim de Sousa Neto, Fórum Verde, reuniu-se o COMITÊ EXECUTIVO PARA A SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL - Fórum do Judiciário para a Saúde, com esteio no artigo 3º da Resolução n. 107/2010 - CNJ, sob a Coordenação do Senhor Juiz de Direito Titular da 21ª Vara Cível de Brasília, Dr. Hilmar Castelo Branco Raposo Filho, com a presença das autoridades adiante indicadas: 1) Dr. José Bonifácio Carreira Alvim - Secretário de Estado de Saúde do Distrito Federal; 2) Drª Patrícia Paim - Núcleo de Judicialização da SES/DF; 3) Drª Luciana Emery – Diretoria de Regulação da SES/DF; 4) Drª Viviane Magalhães P. Arruda – Defensora Pública Federal; 5) Dr. Eduardo Queiroz – Defensor Público Federal; 6) Dr. Ramiro Nóbrega Sant’Anna – Defensor Público do DF; 7) Drª Marisa Isar – 2ª PROSUS/MPDFT; 8) Dr. Trajano Sousa de Melo – Promotor de Justiça do MPDFT; 9) Drª Renata Espíndola – Procuradora Federal; 10) Dr. Edson Chaves Procurador do Distrito Federal; 11) Dra. Paola Sobral – Gerente de Regulação de Internação Hospital - GERIH/DIREG/SUPRAC/SES; 12) Dra. Martha Helena Pimentel Zappalá Borges – Presidente do Conselho Regional de Medicina - CRM/DF; 13) Dra. Maria Cristina Scandiuzzi – Gerente de Câncer, SES/DF; 14) Dr. Julival Fagundes Ribeiro – Coordenador Geral do HBDF; 15) Dr. Rodrigo Rodrigues Miranda – Subsecretário de Planejamento, Regulação, Avaliação e Controle – SUPRAC/SES/DF; 16) Dr. Eduardo Pinheiro Guerra – 1ª PROSUS/MPDFT; 17) Dra. Camila B. de Carvalho – Diretoria de Regulação; 18) Dra. Daniela Miranda – Diretoria de Regulação; 19) Dra. Raquel Sousa Passos – Gerente de Regulação Ambulatorial – GERA/DIREG/SUPRAC/SES; 20) Dr. Marcos Santos – Chefe do CACON-HUB; 21) Dra. Martha Vieira – GEAI/SAS/SES-DF ; 22) Dr. Flaubert Mesquita de Oliveira Defensoria Pública da União; 23) Dr. Bruno Wurmbauer Jr. - Chefe do Setor Jurídico do HUB; 24) Dr. Marco Antonio Medeiros e Silva – Assessor Jurídico do CRM/DF; 25) Dr. Wenzel Castro de Abreu – CRM; 26) Dr. Demóstenes Tres Albuquerque – Procurador do MPC/DF e 27) Dr. Rogério Nóbrega R. Pereira – Coord. Oftalmologia – SES/DF. O Dr. Ramiro fez breve exposição do que a DPDF identificou como temas tratados no CEDS e para os quais foram alcançados bons resultados. Destacou, dentre outros, a atuação da Câmara de Mediação, cujo sucesso chega a noventa por cento dos casos tratados, o acesso ao sistema “track-care”, a oferta de tratamento em câmara hiperbárica e a atualização da lista de medicamentos. Destacou também a existência de situações pendentes e de situações para as quais ainda não foi alcançada a solução necessária. Pauta da reunião: 1 – Oferta e expansão do atendimento de radioterapia. O Dr. Ramiro expôs o problema destacando que o equipamento do HBDF se encontra quebrado, que o atendimento do HUB poderia ser ampliado e que os hospitais privados credenciados apontam falta de pagamento pela SES/DF. A Dra. Cristina Scandiuzzi, Gerente de Câncer da SES/DF, observou que os problemas verificados no equipamento do HBDF já foram solucionados, mas que a ANVISA por força de inspeção da Comissao Nacional de Energia Nuclear - CNEN, bloqueou o atendimento a novos pacientes enquanto não houve liberação formal do serviço. O Dr. Trajano observou que seria interessante não paralisar o atendimento dos pacientes pelos profissionais de radioterapia, de modo a adiantar o trabalho frente à possibilidade de liberação dos equipamentos. O Dr. Wenzel observou que atuar desta forma provocaria distorções no sistema de regulação, alterando a possibilidade de atendimento de pacientes por outras unidades do sistema. O Dr. Julival se propôs a verificar a situação do processo de liberação junto à CNEN e entrar em contato ainda no dia 29 do corrente mês com o CEDS para avaliar a necessidade de agendamento de reunião no referido órgão. O Dr. Marcos Santos, Chefe do Centro de Alta Complexidade em Oncologia - CACON, informou que o Hospital Universitário de Brasília tem capacidade limite de 60 pacientes por mês, mas que sofre com a falta de médicos especialistas e com as inconsistências da regulação dos pacientes. O Dr. José Bonifácio, Secretário de Saúde do DF, sugeriu o intercâmbio de profissionais entre as unidades e informou que os hospitais credenciados estão recebendo os pagamentos pelo serviço. Foi sugerido o agendamento de reuniões com os hospitais privados e com o HUB em separado para ajustar e coordenar a prestação dos serviços na especialidade, franqueada a participação de Membros do CEDS. 2 – Oferta e regulação dos leitos de UTI no DF. A Promotora da 2ª PROSUS/DF, Dra. Marisa Isar, fez explanação sobre os problemas pertinentes ao tema, informando que há casos de ocupação de leitos por pacientes com alta, além do que há falta de informação segura e de qualidade acerca da regulação dos leitos de UTI e da enfermaria, especialmente os leitos de UTI eletivos, sendo importante o acesso, inclusive ao público, como meio de conferir transparência ao serviço prestado. O Dr. Rodrigo informou que hoje o sistema público conta com 442 leitos de UTI e que os leitos de enfermaria não são alvo de regulação. Desse modo, o controle das altas é feito por meio do sistema informacional e contato telefônico com a UTI executante, sendo que a CRIH, por meio de ligações telefônicas e envio de e-mail, comunica às Gestões de Leitos dos hospitais regionais, responsáveis pela disponibilização do leito de enfermaria e remoção do paciente. Considerou-se, ainda, que o encaminhamento dos pacientes aos leitos de UTI não segue critério cronológico, mas de gravidade, o que torna a lista de pacientes com esta recomendação variável. Ainda sobre o tema da alta de pacientes, esclareceuse que norma da SES/DF (Portaria n° 187/2010) disciplina o tema escalonando o encaminhamento dos pacientes com alta à partir da origem, passando pelo HBDF ou outro hospital e finalmente à unidade de origem, referência ou hospitais que tenham nível de complexidade exigido em cada caso. A Dra. Paola Sobral informou ainda que a Portaria 42/06 está sob revisão pela Subsecretaria de Planejamento, Regulação, Avaliação e Controle - SUPRAC e pela Subsecretaria de Atenção à Saúde - SAS para atualização dos critérios de internação e alta de pacientes nos leitos de UTI. Acerca das limitações de pessoal na SES/DF, o Dr. Demóstenes, Procurador-Geral do MP junto ao TCDF, explicou que a Lei de Responsabilidade Fiscal não é empecilho para a ampliação, sendo que o concurso em andamento, conforme esclarecimento da Dra. Marisa, não contempla a real necessidade da rede. O Dr. Bonifácio informou que o edital havia sofrido alteração para resolver o problema da criação de um cadastro reserva no certame. A Dra. Marisa observou que a alteração realizada foi insuficiente para sanar o problema, pois se remete à regra anterior sem esclarecer qual seria o cadastro reserva. O Coordenador do CEDS explicou que o acesso do MPDFT aos sistemas da regulação será habilitado em breve. A Dra. Marisa observou que existe um leito de UTI reservado, sem necessidade, para o setor de transplantes. A Dra. Paola Sobral esclareceu que existiria norma no Ministério da Saúde determinando a reserva. 3 - Informação sobre a adoção da Recomendação n° 28/2013, do MPF, MPDFT, MPCTCU, MPCTCDF, DPU e DPDF, que envolve a garantia de fornecimento de certidão de não atendimento aos usuários do SUS nas unidades de saúde do DF. O Dr. Bonifácio esclareceu que a recomendação já foi alvo de regulamentação na SES e que todas as unidades já dispõem de formulário para tanto, sendo necessário apenas que o paciente solicite sua emissão. A Dra. Marisa sugeriu que houvesse divulgação da informação aos usuários. 4 - Exames de Tomografia por Emissão de Pósitrons (PET-TC) na rede pública do DF. O Dr. Bonifácio explicou que houve problemas no cumprimento de acordos com instituições educacionais parceiras que haviam se comprometido a custear a estrutura suficiente ao funcionamento do aparelho, mas que há previsão de que até novembro deste ano a estrutura já esteja pronta. O Dr. Demóstenes anotou que este tipo de parceria é legalmente questionável e que é intenção do MPCDF analisar a situação. O Coordenador do CEDS sugeriu que a análise se faça em conjunto com a PGDF. 5 - Classificação de prioridade de atendimento em oftalmologia no SISREG, atualmente padronizado como "azul". O Dr. Rogério explicou que apenas os pacientes destinados a exames ambulatoriais são alvo desta classificação uniforme, mas que isto se faz para evitar a classificação equivocada pelos técnicos que alimentam o sistema e a possibilidade de pacientes com classificação não urgente se submeterem a longa espera. Foi considerado ainda o fato de que recentemente foram reparados alguns equipamentos de exame e que a tendência é de diminuição da fila. Encerramento. Os Membros do CEDS definiram que a próxima reunião ocorrerá na primeira quinzena de novembro. Quanto aos compromissos traçados na última reunião, a Coordenação destacou que a contratação de temporários para viabilizar o suporte necessário ao Centro Cirúrgico do HBDF tende a se encerrar nos próximos 20 dias, o que permite à equipe deste hospital já iniciar programação do aumento do número de cirurgias. O Dr. Julival informou que, como fruto do esforço concentrado do HBDF, hoje apenas 19 pacientes considerados graves ainda aguardam cirurgia na especialidade cabeça e pescoço, o que deve ocorrer nos próximos 60 dias. Foram, ainda, destacados os compromissos assumidos na presente reunião: 1) acompanhamento do processo de liberação dos equipamentos de radioterapia do HBDF; 2) agendamento de duas reuniões para tratar do tema “radioterapia” na SES/DF, visando esclarecer a prestação de serviços pelos hospitais privados credenciados e conjugar os esforços do HBDF com o HUB na prestação dos serviços; 3) esclarecer as unidades da SES/DF que a correta interpretação da Portaria 187, de 18 de novembro de 2010 indica retorno preferencial do paciente com alta da UTI para unidade de origem, mas não proíbe seu encaminhamento da unidade diversa em caso de impossibilidade da primeira opção, o que, inclusive, preserva o interesse público subjacente ao tema; 4) encaminhamento do material relativo à reserva de leito de UTI para o setor de transplantes pelo MPDFT à Diretoria de Regulação; 5) encaminhamento da lista de pacientes da Oftalmologia que aguardam exame ambulatorial pela SES/DF à DPU, bem como informação sobre a capacidade da rede para realizar tais exames por cada mês; 6) início da operação do equipamento de PETTC até novembro do corrente ano; 7) esclarecer os pacientes da possibilidade de solicitação de certidão de não atendimento. Nada mais havendo a tratar, com os agradecimentos do Coordenador, foi suspensa a reunião às 18h (dezoito horas) para que fosse lavrada esta ata, a qual, depois de lida e achada conforme pelos Membros do Comitê, vai assinada pelo Dr. Hilmar Castelo Branco Rapôso Filho.