O ESPÍRITO SANTO Revelador da Verdade, Distribuidor dos Dons e Produtor dos Frutos. “Em verdade, em verdade te digo, quem não renascer da Água e do Espírito não poderá entrar no Reino de Deus” (João 3,5) Ofereço este trabalho a VOCÊ que recebeu o Batismo na Água e no Espírito Santo, ama a Igreja, o Povo de Deus, e vive o Senhorio de Cristo. Pe. Cláudio Weronig OMV – Cel: 041-9986-6408 E-mail: [email protected] Paróquia São Paulo Apóstolo – Curitiba *********************************************************************************************************** ÍNDICE DOS ARTIGOS 01. Capa e Índice 31. O E. Santo representante de Cristo no mundo. 02. Como ser cheio do Espírito Santo. 33. Qual é o papel do Espírito Santo em nossa vida? 04. É necessário nascer da Água e do Espírito. 34. Vida cheia do Espírito Santo. 05. Batismo no Espírito. 35. O Espírito Santo e seus Frutos. 09. A descoberta da vida cheia do Espírito. 37. Os 7 Dons do Espírito Santo. 13. A vida no Espírito Santo. 39. O Espírito Santo atuando nos seus servos. 15. Ações poderosas do E. S. na vida cristã. 41. A Pessoa do Espírito Santo. 17. Entristecimento e exinção do E. Santo. 44. Seminário de vida no Espírito. 20. O Espírito Santo na Missão da Igreja. 45. O Espírito Santo. 21. O relacionamento com o Espírito Santo. 47. O Espírito Santo nas Palavras da Bíblia. 23. O Dom do Espírito Santo. 48. Ensinamentos de Paulo sobre o Espírito Santo. 25. A força do Espírito Santo. 49. Vidas frutíferas no Espírito. 27. O Espírito nos fortalece. 50. Andando com o Espírito. 28. O Espírito Santo nas vida cristã. COMO SER CHEIO DO ESPÍRITO SANTO? Aprender como ser cheio, isto é: viver sob o controle e o poder do Espírito Santo, é a descoberta mais importante da vida cristã. Você pode experimentar a vida abundante que Jesus prometeu e depois levar outros a Cristo. Jesus prometeu que nós faríamos obras maiores do que ele fez (João 14,12-14). Evidentemente que não podemos realizar essas obras maiores por nossa própria capacidade. Elas serão o resultado da atuação de Jesus Cristo, que veio buscar e salvar o perdido, através de nós. Nossa responsabilidade é seguir a Cristo; a responsabilidade d’Ele é fazer-nos pescadores de homens (Mateus 4,19). O mesmo poder que os discípulos receberam no Pentecostes, quando foram cheios do Espírito Santo, que os capacitou a mudar o curso da História, está a nossa disposição. Lamentavelmente, muitos cristãos não sabem como ser cheios do Espírito Santo. QUEM É O ESPÍRITO SANTO? O Espírito Santo é Deus, com todos os atributos da divindade. É a terceira pessoa da Trindade, coigual com Deus o Pai, e Deus o Filho. Há um só Deus, mas Ele se manifesta em três pessoas. POR QUE O ESPÍRITO SANTO VEIO? O Espírito Santo veio à terra para glorificar a Cristo e guiar-nos a toda a verdade. Na véspera de sua crucificação o Senhor Jesus disse ao seus discípulos: "Quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará as coisas que hão de vir. Ele me glorificará porque há de receber do que é meu, e vo-lo há de anunciar" (João 16,13-14) É impossível conhecer a Cristo sem o Espírito Santo (João 3,5). Ele também nos guia em nossa vida de oração e nos dá poder para testemunhar (Atos 1,8). QUE SIGNIFICA SER CHEIO DO ESPÍRITO SANTO? Ser cheio do Espírito Santo é ser cheio de Cristo e permanecer n’Ele (João 15,1-18). Ser cheio do Espírito tem uma dupla significação: 1. Daremos fruto espiritual. Cristo que "veio salvar o perdido", pelo poder do Espírito Santo, produzirá através de nós o resultado de almas ganhas para o Senhor (João 15,16; Mateus 4,19). À medida que o Espírito nos controla, amadurecemos em Cristo e o fruto do Espírito se tornará cada vez mais evidente em nossa vida (Gl 5,22,23) 2. A Palavra de Deus se tornará mais significativa para nós. Ela é a base do nosso crescimento espiritual (Col 3,16). O Espírito Santo, no entanto, é quem ilumina e aplica a Palavra em nossas vidas. POR QUE MUITOS CRISTÃOS NÃO SÃO CHEIOS DO ESPÍRITO SANTO? 1. O cristão em geral vive no fracasso e não é cheio do Espírito Santo porque lhe falta conhecimento: a. Se ele soubesse quanto Deus o ama e o poder que está à sua disposição para viver a vida abundante, o cristão não desejaria permanecer na "carne". (Efésios 4,17). b. Ele não compreende que, desde o momento do nascimento espiritual, Deus tornou seu poder acessível afim de capacitar o cristão a continuar crescendo com vista à maturidade em Cristo. c. O cristão, não sabendo como ser cheio do Espírito pela fé, vive uma vida infeliz, derrotada e cheia de altos e baixos (Romanos 7,15-25). d. Muitos cristãos não estão conscientes da sua herança espiritual. 2. O cristão em geral não é cheio do Espírito Santo por causa da incredulidade: a. Muitas pessoas têm medo de Deus. Não confiam nele (Hebreus 3,19; 1João 4,18). b. Muitos acham que Deus irá exigir deles o impossível; duvidam da extensão do amor de Deus (Mateus 7,11). c. Muitos julgam que Deus vai privá-los de alegrias; não compreendem a grandeza do seu plano para suas vidas (Mt 6,33). COMO VOCÊ PODE SER CHEIO DO ESPÍRITO SANTO? 1. Você é cheio do Espírito pela fé: a. Você se torna cristão pela fé (Efésios 2,8-9). b. Anda no Espírito também pela fé (Colossenses 2,6). 2. Não precisa implorar a Deus aquilo que já lhe pertence (Romanos 1,17). Você não tem que implorar a Deus que o encha com seu Santo Espírito. Não tem que negociar com Ele, por meio de jejum, lágrimas, petições ou súplicas. "O justo viverá pela fé". Não merecemos a plenitude de Deus. Recebemo-la pela fé. Suponhamos que você queira trocar um cheque de 500 reais. Você iria ao banco em que tem depositados milhares de reais, entregaria o cheque ao caixa, ajoelhar-se-ia e diria: "Por favor, senhor caixa, troque o meu cheque?" Não é essa a maneira como você troca um cheque. Simplesmente vai pela fé, coloca o cheque no balcão, e espera pelo dinheiro que já lhe pertence. Então, agradece ao caixa e retira-se. Muitos cristãos estão implorando a Deus alguma coisa que já está à disposição deles. Estão buscando alguma experiência emocional, sem compreender que essa atitude da parte deles é um insulto a Deus - uma negação da fé pela qual agradamos a Deus. 3. Vários fatores contribuem para preparar o coração a fim de que ele seja cheio do Espírito Santo pela fé. Você precisa: a. Desejar viver uma vida que agrade ao Senhor (Mateus 5,6). b. Estar disposto a submeter o controle de sua vida a Cristo de acordo com o mandamento de Deus (Romanos 12,1-2). c. Você precisa confessar qualquer pecado que o Espírito traga à sua lembrança e pedir seu perdão (1João 1,9). 4. Há duas palavras a lembrar ao buscar a plenitude do Espírito pela fé. a. Sua ordem é que sejamos cheios do Espírito Santo (Efésios 5,18). b. Sua promessa é que ele sempre responde quando pedimos de acordo com a Sua vontade (1João 5,14-15). 5. É importante lembrar: a. Se você é nascido de novo, o Espírito Santo já habita em você. b. Ser cheio do Espírito Santo não é uma experiência única; devemos ser constantemente cheios do Espírito Santo como algo da vida normal. c. Não é simplesmente pela oração que somos cheios. É pela fé. 6. Nunca podemos tornar bons para agradar a Deus; precisamos viver pela fé (Jeremias 17,9; Rom 8,7; Gál 2,20). 7. Como resultado de ser cheios e de andar no Espírito tornamo-nos mortos par nós mesmos e vivos para Deus. 8. Vivemos pela fé. As emoções têm valor como um subproduto da fé e da obediência, porém nunca devemos depender somente das emoções. Bibliografia: Como Ser Cheio do Espírito, Bill Bright, Cruzada Estudantil e Profissional para Cristo, 4ª Edição, 1984. Texto de EUDALDO FREITAS MEDRADO: (Bacharel em Teologia; Psicanalista Clínico; Pedagogo; Professor do STBN...). É NECESSÁRIO NASCER DA ÁGUA E DO ESPÍRITO SANTO “Em verdade, em verdade te digo, quem não nascer de novo, não poderá ver o Reino de Deus” (João 3,3). É necessário que o leigo, o sacerdote, o religioso, a freira, o bispo... todos, enfim, nasçam de novo! “É necessário renascer!” Quem nos diz isso é Jesus. Você, como Nicodemos, pode também estar perguntando: “Como pode um homem renascer, sendo velho? Porventura pode tornar a entrar no ventre de sua mãe e nascer uma segunda vez?” (João 3,4). Jesus respondeu a Nicodemos, responde a mim, a você e a todo mundo: “Em verdade, em verdade te digo, quem não renascer da água e do Espírito não poderá entrar no reino de Deus” (João 3,5). É necessário renascer da água, é necessário renascer do fogo do Espírito Santo de Deus! Se você quiser ter uma vida de alegria e em plenitude, se quiser ter Jesus vivo no coração, como seu único Deus, Senhor, Salvador e Intercessor, se quiser ter Vida Nova e cheia de paz, não irá consegui-la pela sabedoria e conhecimento humano, nem através das coisas materiais, nem pelas filosofias orientais e ocidentais, nem tão pouco por qualquer poder humano, mas sim, e unicamente, pelo poder de Deus, renascendo da Água e do Espírito. Esta é a mensagem é para mim, para você, para os homens que encontramos na vida, para nossas famílias e para todo mundo; e queremos falar bem alto e de novo, com Cristo: “Em verdade, em verdade te digo, quem não renascer da água e do Espírito não poderá entrar no reino de Deus” (João 3,5). A Palavra de Deus é viva e Jesus está proclamando agora para você que vive se lamentando porque está doente, fraco, abatido, solitário, com problemas materiais, familiares, etc., e não vê mais sentido na vida. Sua vida terá sentido se você assumir a fé do seu Batismo e renascer do Espírito, abrindo-se ao poder, ao dom de Deus, renunciando ao pecado, renascendo na alegria da salvação, sendo lavado no Sangue de Jesus. “Envia Senhor, seu Espírito, enche-me com o seu Amor, me dê Força e Poder, como Jesus prometeu”! “...descerá sobre vós o Espírito Santo e vos dará força, e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria e até os confins do mundo” (Atos 1,8). O Espírito Santo levantará os mortos pelo pecado, “porque o salário do pecado é a morte” (Rom 6,23), e nos dará vida em plenitude, vida de filhos amados de Deus Pai, para que possamos, fortalecidos e rebustecidos pelo poder, força e dons do Espírito Santo, ser testemunhas de que Jesus vive, reina e é o Senhor! É preciso renascer! É preciso que tudo se faça novo. O importante é que a nossa vida se faça NOVA! “Eis que eu renovo todas as coisas” (Apocalipse 21,5ª). “Todo aquele que está em Cristo, é uma nova criatura. Passou o que era velho; eis que tudo se fez novo!” (2Coríntios 5,17). E Jesus faz novas todas as coisas, através do Espírito Santo, atuando poderosamente em nós. Abra-se ao poder de Deus para que você possa ter sabedoria, discernimento, alegia, paz e vida, vida em plenitude, vida de Filho e Filha amada de Deus Pai! VAMOS FAZER ISTO AGORA! São Pedro, no dia de Pentecostes, cheio de poder e sabedoria de Deus, foi interrogado pelos judeus que se admiravam do poder com que ele, um simples pescador, testemunhava a Morte e a Ressurreição de Jesus, provando ser Jesus o Messias esperado: “Que devemoss fazer irmãos? Pedro lhes respondeu: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom dos Espírito Santo!” (Atos 1,37b-38). Vamos fazer isto agora! Há que nascer da água (do Batismo)! Há que nascer e ser cheios do Espírito! Há que nos reconhecermos pecadores, assumir e viver pra valer a graça recebida no Sacramento do Batismo. Em um coração cheio de trevas, de pecados, Jesus não pode entrar, porque Jesus é Luz! Se você não quiser que as trevas saiam do seu coração a Luz não vem. A única coisa que Deus não faz em você é romper com a sua vontade. Mas, se você quiser nascer de novo, agora, eu tenho certeza que isso acontecerá. Vamos orar, vamos pedir que o Espírito Santo, que é a Verdade e conhece todas as coisas, revele aos nossos corações aquilo que devemos confessar como pecado, que devemos renunciar e pedir perdão a Deus, em nome de Jesus!? Vamos nos colocar agora, meus irmãos, na presença de Deus Vivo, que nos ama tanto... que nos aceita como somos... Você sabe por que é tão importante o reconhecer, o confessar, o pedir perdão, e o arrepender-se dos nossos pecados? Porque assim Jesus pode nos perdoar, pode nos lavar no seu Sangue Redentor e nos encher com o Espírito Santo! Por isso, não tenhamos medo, mas com toda a confiança, seja quais forem os nossos pecados, coloquemo-nos na presença do Senhor e peçamos perdão! ORAÇÃO PARA RECEBER O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO “Perdão, Senhor, pelos meus pecados! Abro-me à tua Graça e invoco o teu Espírito Santo, neste momento, para que Ele me dê o conhecimento profundo dos meus pecados... das minhas faltas! Perdão, Senhor, por todas as minhas omissões no amor a Deus e no amor ao próximo! Perdão, Senhor, por todas as omissões em fazer o bem! Pelo bem que tínha condição e que deixei de fazer!” Batismo no Espirito Santo Este artigo pretente provar que o que aconteceu em Pentecostes está acontecendo hoje na Igreja e acontecerá de forma mais abundante no futuro: o derramamento da Graça do Batismo no Espirito Santo. Para provar isso, vamos considerar 3 aspectos: O Batismo no Espírito (no Antigo Testamento): No 1° derramamento do E. Santo, houve vários antecedentes bíblicos. Apenas algumas pessoas, que teriam missões específicas como reis, sacerdotes e juízes recebiam o Batismo no Espírito Santo quando eram ungidos. Jz 3,9-10 Os israelitas clamaram ao Senhor, que lhes suscitou um libertador para salvá-los: Otoniel, filho de Cenez, irmão mais novo de Caleb. O Espírito do Senhor desceu sobre ele: ele julgou Israel e saiu para a guerra. O Senhor entregou-lhe Cusã-Rasataim, rei da Mesopotâmia, e sua mão triunfou sobre ele. Jz 6,34 O Espírito do Senhor apoderou-se de Gedeão, o qual, tocando a trombeta, convocou os filhos de Abieser para que o seguissem. Jz 14,6 O Espírito do Senhor apossou-se de Sansão, e ele despedaçou o leão como se fosse um cabrito, sem ter coisa alguma na mão; Jz 15,14 Apoderou-se, porém, de Sansão o Espírito do Senhor, e as duas cordas que ligavam seus braços tornaram-se como fios de linho queimado, caindo de suas mãos as amarraduras. 1Sam 10,6 O Espírito do Senhor virá também sobre ti, profetizarás com eles e tornar-te-ás um outro homem. 1Sam 16,13 Samuel tomou o corno de óleo e ungiu-o no meio dos seus irmãos. E, a partir daquele momento, o Espírito do Senhor apoderou-se de Davi. Era notável também que o Espírito do Senhor saía, retirava-se das pessoas, ou pelo fim da missão, ou porque cometiam algum pecado: 1Sam 16,14 O Espírito do Senhor retirou-se de Saul, e um espírito mau veio sobre ele, enviado pelo Senhor. 1Reis 22,24. Nesse momento, Sedecias, filho de Canaana, aproximou-se de Miquéias e deu-lhe uma bofetada, dizendo: Por onde saiu de mim o Espírito do Senhor para falar a ti? Mas o grande antecededente Bíblico do Batismo no Espirito Santo sobre um grupo de pessoas está no livro de Números, quando Moisés ora ao Senhor: "Eu sozinho não posso suportar todo esse povo; ele é pesado demais para mim." E o Senhor respondeu a Moisés: "Junta-me 70 homens entre os anciãos de Israel, que sabes serem os anciãos do povo e tenham autoridade sobre ele. Conduze-os à tenda de reunião, onde estarão contigo. Então descerei e ali falarei contigo. Tomarei do Espírito que está em ti e o derramarei sobre eles, para que possam levar contigo a carga do povo e não estejas mais sozinho" (Números 11,14.16s). Acontece então o Batismo no Espirito sobre o grupo, que podemos considerar o primeiro Grupo de Oração: "O Senhor desceu na nuvem e falou a Moisés; tomou uma parte do Espírito que o animava e a pôs sobre os setenta anciãos. Apenas repousara o Espírito sobre eles, começaram a profetizar" (Números 11,25). As promessas do envio do Espírito, feitas pelos Profetas: Deste episódio acima citado, surge uma das promessas proféticas: "Dois homens tinham ficado no acampamento: um chamava-se Eldad e o outro Medad, e o Espírito repousou também sobre eles, pois tinham sido alistados, mas não tinham ido à tenda; e profetizaram no acampamento. Um jovem correu a dar notícias a Moisés: "Eldad e Medad, disse ele, profetizam no acampamento". (Números 11,26). Então Josué, filho de Nun, servo de Moisés desde a sua juventude, tomou a palavra: "Moisés, disse ele, meu Senhor, impede-os". Moisés, porém, respondeu: "Por que és tão zeloso por mim? Queira Deus que todo o povo do Senhor profetizasse, e que o Senhor lhe desse o seu Espírito!" (Números 11,28). Ao desejo de Moisés que o Senhor desse a todo povo seu Espírito, surgem várias profecias até chegar em Jesus: Em Ezequiel 36,25-27 encontramos a promessa do envio do Espírito: “Derramarei sobre vós águas puras, que vos purificarão de todas as vossas imundícies e de todas as vossas abominações. Dar-vos-ei um coração novo e em vós porei um espírito novo; tirar-vos-ei do peito o coração de pedra e dar-vos-ei um coração de carne. Dentro de vós meterei meu espírito, fazendo com que obedeçais às minhas leis e sigais e observeis os meus preceitos”. E em Joel 3,1-2 também: “Depois, acontecerá que derramarei o meu Espírito sobre todo ser vivo: vossos filhos e vossas filhas profetizarão; vossos anciãos terão sonhos, e vossos jovens terão visões. Naqueles dias derramarei também o meu Espírito sobre os escravos e as escravas”. Essa profecia de Joel é especialmente importante quando formos ver o cumprimento da promessa. Mt 3,11 “Eu vos batizo com água, (disse João B.) mas aquele que virá depois de mim é mais poderoso do que eu e nem sou digno de carregar seus calçados. Ele vos batizará no Espírito Santo e em fogo”. Nos Evangelhos, Jesus prepara a vinda do Espírito: Mateus 10,20 “Porque não sereis vós que falareis, mas é o Espírito de vosso Pai que falará em vós”. João 3,5 “Respondeu Jesus: em verdade, em verdade te digo: quem não renascer da água e do Espírito não poderá entrar no Reino de Deus”. João 7,37-39 No último dia da festa dos Tabernáculos, estava Jesus de pé e clamava: "Se alguém tiver sede, venha a mim e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura: Do seu interior manarão rios de água viva” (Zacarias 14,8; Isaías 58,11). Dizia isso, referindo-se ao Espírito que haviam de receber os que cressem nele, pois ainda não fora dado o Espírito, visto que Jesus ainda não tinha sido glorificado. Em João 14,16 Jesus disse: “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Paráclito, para que fique eternamente convosco”. E continua em João 14,26 “Mas o Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, ensinar-vos-á todas as coisas e vos recordará tudo o que vos tenho dito”. E também disse em João 15,26 “Quando vier o Paráclito, que vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da Verdade, que procede do Pai, ele dará testemunho de mim”. E conclue em João 16,7 Entretanto, digo-vos a verdade: convém a vós que eu vá! Porque, se eu não for, o Paráclito não virá a vós; mas se eu for, vo-lo enviarei”. Atos 1,4-5.8 “E comendo com eles, ordenou-lhes que não se afastassem de Jerusalém, mas que esperassem o cumprimento da promessa de seu Pai, que ouvistes, disse ele, da minha boca; porque João batizou na água, mas vós sereis batizados no Espírito Santo daqui há poucos dias… mas descerá sobre vós o Espírito Santo e vos dará força; e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria e até os confins do mundo”. O Cumprimento da Promessa: O Cumprimento da promessa e as consequências desta Efusão do Espirito Santo é narrado no livro dos Atos dos Apóstolos. Em Atos 2,1-4 está escrito: “Chegando o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um ruído, como se soprasse um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados. Apareceu-lhes então uma espécie de línguas de fogo que se repartiram e pousaram sobre cada um deles. Ficaram todos cheios do Espírito Santo e começaram a falar em línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem”. Com o Batismo no Espirito Santo, aqueles homens e mulheres que estavam trancados no Cenáculo se transformaram a ponto de que algumas pessoas diziam que estavam embriagados. Neste momento, Pedro, em Atos 2,14ss, anuncia que Deus cumpriu a Promessa: “Homens da Judéia e vós todos que habitais em Jerusalém: seja-vos isto conhecido e prestai atenção às minhas palavras! Estes homens não estão embriagados, como vós pensais, visto não ser ainda a hora terceira do dia (9 horas). Mas cumpre-se o que foi dito pelo profeta Joel (3,1-5): Acontecerá nos últimos dias - é Deus quem fala - que derramarei do meu Espírito sobre todo ser vivo: profetizarão os vossos filhos e as vossas filhas. Os vossos jovens terão visões, e os vossos anciãos sonharão. Sobre os meus servos e as minhas servas derramarei naqueles dias o meu Espírito e profetizarão. Farei aparecer prodígios em cima, no céu, e milagres embaixo, na terra: sangue, fogo e vapor de fumaça. O sol se converterá em trevas e a lua em sangue, antes que venha o grande e glorioso dia do Senhor. E então todo o que invocar o nome do Senhor será salvo”. A experiência do Batismo no Espirito se repete também em outras narrativas dos Atos: Atos 4,31 “Mal acabavam de rezar, tremeu o lugar onde estavam reunidos. E todos ficaram cheios do Espírito Santo e anunciaram com intrepidez a palavra de Deus”. Atos 8,17 “Então os dois apóstolos lhes impuseram as mãos e receberam o Espírito Santo”. Atos 9,17 “Ananias foi. Entrou na casa e, impondo-lhe as mãos, disse: Saulo, meu irmão, o Senhor Jesus que te apareceu no caminho, enviou-me para que recobres a vista e fiques cheio do Espírito Santo”. Atos 10,44 “Estando Pedro a falar, o Espírito Santo desceu sobre todos os que ouviam a palavra”. Atos 19,6 “E quando Paulo lhes impôs as mãos, o Espírito Santo desceu sobre eles, e falavam em línguas estranhas e profetizavam”. Os primeiros cristãos não somente experimentavam o Batismo no Espirito Santo, mas se mantinham cheios do Espirito: Atos 4,8 “Pedro, cheio do Espírito Santo, respondeu-lhes: Chefes do povo e anciãos, ouvi-me”... Atos 6,3 “Portanto, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais encarregaremos este ofício”. Atos 7,55 “Mas, cheio do Espírito Santo, Estêvão fitou o céu e viu a glória de Deus e Jesus de pé à direita de Deus”. Atos 11,24 “pois era um homem de bem e cheio do Espírito Santo e de fé. Assim uma grande multidão uniu-se ao Senhor”. Atos 13,4 “Enviados pelo Espírito Santo, foram a Selêucia e dali navegaram para a ilha de Chipre”. Atos 13,9 “Então Saulo, chamado Paulo, cheio do Espírito Santo, cravou nele os olhos e disse-lhe”: Atos 13,52 “Os discípulos, por sua vez, estavam cheios de alegria e do Espírito Santo”. Infelizmente, depois de alguns anos, houve um esfriamento na vida de oração da Igreja. Então, somente algumas pessoas, geralmente grandes santos e místicos acolhiam o Batismo no Espirito Santo e seus Carismas, de forma que a situação ficou muito parecida com aquela que falávamos do Antigo Testamento, do Espírito Santo ser derramado somente sobre alguns. O Espírito nunca cessou de se derramar, mas as pessoas nem sempre o acolhiam. Poderíamos dizer que Ele agia de forma mais discreta do que no início da Igreja. O vento impetuso (de Pentecostes) agora agiria como uma brisa leve. Batismo no Espírito Santo Hoje - Antecedentes Bíblicos Os antecedentes bíblicos para o Batimo no Espírito Santo hoje são exatamente os mesmos que narravam o cumprimendo da Promessa ontem, principalmente quando o Espirito Santo é derramado entre os Apóstolos reunidos no Cenáculo com Maria, e também a repetição da experiência novamente entre eles e com os pagãos. Promessas Proféticas Como dissemos, depois do início da Igreja, que foi profundamente carismático, houve como que um esfriamento dessa experiência, ficando por séculos se repetindo apenas para poucas pessoas. Porem, entre 1895 e 1903, Soror Elena Guerra, a fundadora das Irmãs Oblatas do Espírito Santo, escreveu doze cartas a Leão XIII, pedindo-lhe que a Igreja voltasse a dar mais atenção ao Espírito Santo. Em resposta o papa Leão XIII publicou a encíclica “Provida Matris Caritate”, em que pedia a toda a Igreja que celebrasse uma novena solene ao Espírito Santo, entre a Ascensão e o Pentecostes. Com isto, Elena Guerra começou a formação de grupos de oração, a que chamava Cenáculos permanentes, para pedir a vinda do Espírito. Leão XIII publicou ainda outra encíclica sobre o Espírito Santo, chamada “Divinum illud munnus”. Na noite de 31 de dezembro de 1900, o Papa Leão convoca os católicos para uma vigília de oração. À meianoite, o Papa entoou o hino “Veni Creator Spiritus”, consagrando assim proféticamente o século que se iniciava ao Espírito Santo. Já no final do dia primeiro, em Topeka (Kansas - USA), teve lugar uma manifestação extraordinária do Espírito Santo, que é considerado como início do pentecostalismo. Estes irmãos protestantes estavam com o coração aberto e neles o Espírito achou um terreno fertíl para iniciar uma obra nova. Já pelo ano 1930, o Bispo Angelo Roncalli (futuro Papa João XXIII) esteve visitando um vilarejo na Checoslováquia, com cerca de 300 habitantes. Era uma cidadezinha bem isolada, mas durante séculos (desde o século XI) seus habitantes haviam experimentado todas as variedades de carismas, incluíndo línguas, curas e milagres. A cidade inteira seria uma profecia do que haveria por vir. Infelizmente, foi dizimada em 1938 pelas tropas alemãs, deixando poucos sobreviventes. Mas a semente de sua vida no Espírito já fora lancada na Igreja. Tanto isso é verdade que a primeira pessoa que João XXIII beatificou foi Elena Guerra, a "apóstola do Espírito Santo". Outra promessa profética foi quando o Papa João XXIII compôs uma oração por ocasião da convocação do Concílio Vaticano II em que dizia, entre outras coisas: "Digne-se o Divino Espírito escutar da forma mais consoladora a oração que sobe a Ele desde as profundezas da terra… Renovai no nosso tempo os prodígios como num novo pentecostes…" O Cumprimento da Promessa Houve um fato marcante entre os dias 17-19 de Fevereiro de 1967. Alguns professores da Universidade de Duquesne, em Pittsburg (Pensilvânia - USA) e de Notre Dame, em South Bend (Indiana - USA) haviam tido contato com grupos carismáticos interconfessionais e experimentado o Batismo no Espirito Santo. Estes professores propuseram um retiro, tendo como tema o capítulo 2 dos Atos dos Apóstolos. Para se prepararem, eles deveriam ler um livro chamado “A Cruz e o Punhal”, que narrava o ministério de um pastor protestante entre as quadrilhas mais perigosas dos bairros de Nova Iorque e a impressionante mudança de vida que acontecia com a Efusão do Espírito Santo. Eles cantavam ao iniciar o hino “Veni Creator Spiritus”. Um dos professores perguntou em determinado momento: "Aceitais o que o Espírito possa fazer em vós?" A resposta de Patti Mansfield, umas das participantes foi a seguinte: "Estou atemorizada. Quero um milagre!" E outro estudante replicou: "Também eu". Alguns dos que estavam lá, testemunham dizendo: "Uns sentiram que o amor de Deus por eles era tão intenso, que não podiam senão chorar; outros sentiam um imenso calor a passar, como fogo, pelos seus braços e mãos; outros sentiam ruídos na garganta e formigueiros na língua, outros falam de louvores gozosos que saíam dos seus lábios, de um encontro pessoal com Jesus como Senhor, de júbilo e alegria intensa, da presença do Espírito como um fogo devorador, de ânsias de oração e de ler a palavra de Deus". E também: "Graças a ti, Senhor. Fica, fica, fica! Tu eras real! Tu existes! Tu escutas! Tu fazes milagres! Graças, graças, graças pelo dom de Ti mesmo!" Porém, apenas pouco mais de metade dos estudantes que participaram deste retiro receberam a efusão do Espírito. O que impressiona é que, apesar do retiro de Duquesne ter sido considerado o marco inicial, os mesmos milagres foram acontecendo em diversas partes do mundo, numa época em que as comunicações não tinham as facilidades como hoje. Simplesmente surgiram de forma espontânea, pois o Espirito sopra onde quer. E o testemunho que estas pessoas batizadas com o Espirito Santo deram foi contagiando o mundo inteiro, até os confins da terra. Hoje, ao ligarmos a televisão, podemos ver pessoas orando em línguas, coisas que jamais veriamos à decadas atràs. Com estes eventos, foi se criando um movimento chamado Renovação Carismática Catolica (R.C.C.), cuja identidade está justamente no Batismo no Espírito Santo e suas consequências, e tem sua expressão nos Grupos de Oração. Ela está organizada a nível Diocesano, Regional, Nacional e Mundial, e propõe o grupo de oração como local privilegiado de experiência do Batismo no Espírito Santo e seus carismas. Batismo no Espírito Santo - Amanhã Chega a ser ousado falar sobre este assunto, pois o próprio Espírito Santo pode nos fazer surpresas maravilhosas. Temos visto que o Espírito Santo tem continuado a agir fortemente, com milagres, sinais e prodígios em algumas pessoas, como por exemplo, Monsehor Jonas Abib, Vera Casagrande, Ironi Spuldaro e outros. Será que está acontecendo de novo um ciclo, como os que aconteceram no passado? Reforça esta idéia o fato de que estão surgindo profecias, vinda especialmente das lideranças da RCC, profetizando que virá um tempo de graça como nunca foi visto. Resumindo, o Batismo no Espírito Santo é para todos. Ele sempre agiu na vida da Igreja, de formas mais variadas. Nestes tempos difíceis, tem agido de forma muito mais sensível. Termino este artigo incentivando a você a desejar esta experiência. Mesmo que já tenha experimentado, não limite o Espírito Santo. Deixe ele agir na tua vida. Renuncie ao pecado. Proclame Jesus como Senhor e peça agora um forte Batismo no Espírito Santo. Pe. Cláudio Weronig OMV – Cel: 9986-6408 – E-mail: [email protected] A DESCOBERTA DA VIDA CHEIA DO ESPÍRITO A Bíblia diz que há 3 espécies de pessoas: 1. O Homem Natural: (aquele que ainda não recebeu a Cristo): "O homem que não tem o Espírito não aceita as coisas que vêm do Espírito de Deus, pois lhe são loucura; e não é capaz de entendê-las, porque elas são discernidas espiritualmente" (1Coríntios 2,14). VIDA CONTROLADA PELO "EU" O "EU" no centro da vida. CRISTO do lado de fora da vida. Ações e atitudes controladas pelo "EU" , resultando em discórdias e frustrações. 2. O Homem Espiritual: (aquele recebeu a Cristo e tem a sua vida dirigida pelo Espírito de Deus). "O homem espiritual discerne todas as coisas" (1Coríntios 2,15,16). VIDA CONTROLADA POR CRISTO CRISTO no centro da vida. O "EU" fora do centro. Ações a atitudes controladas por CRISTO, resultando em harmonia com o plano de Deus. 3. O Homem Carnal: (aquele que já recebeu a Cristo, mas vive em derrota, porque confia em seus próprios esforços para viver a vida cristã). "Irmãos, não lhes pude falar como a espirituais, mas como a carnais, como a crianças em Cristo. Dei-lhes leite e não alimento sólido, pois vocês não estavam em condições para isso. De fato, vocês ainda não estão em condições, porque ainda são carnais. Pois, visto que há inveja e divisão entre vocês, não estão sendo carnais e agindo como mundanos?” (1Coríntios 3,1-3). VIDA CONTROLADA PELO "EU" O "EU" entronizado. CRISTO destronado. Ações e atitudes controladas pelo "EU", resultando em discórdias e frustrações. 1. Deus Providenciou para nós uma Vida Cristã frutífera e abundante Disse Jesus: "Eu vim para que tenham vida, e a tenham plenamente." (João 10,10). "Eu sou a videira; vocês são os ramos. Se alguém permanecer em mim e eu nele, esse dá muito fruto; pois sem mim, vocês não podem fazer coisa alguma." (João 15,5). "Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Contra essas coisas não há lei." (Gálatas 5,22-23). "Mas receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês, e serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra" (Atos 1,8). O Homem Espiritual - Algumas características pessoais resultantes da sua confiança em Deus: Caridade Alegria Paz Paciência Bondade Afabilidade Fidelidade Brandura Domínio próprio É Cristocêntrico É dirigido pelo Espírito Santo Conduz outros a Cristo Possui vida efetiva de Oração Conhece a Palavra de Deus Confia em Deus Obedece a Deus À medida que o cristão vai confiando no Senhor em todos os detalhes da sua existência e segundo a sua maturidade em Cristo, essas características se manifestam em sua vida. Aquele que está apenas começando a compreender o ministério do Espírito Santo não deve desanimar, se não é tão frutífero como cristãos mais maduros que já experimentaram esta verdade por um período mais extenso. Por que a maior parte dos cristãos não está experimentando esta "vida abundante"? 2. O Homem Carnal não pode experimentar a vida cristã abundante e frutífera 1. O Homem carnal confia em seus próprios esforços para viver a vida cristã: Ou ele não está informado a respeito do amor de Deus, seu perdão e poder ou se esqueceu deles (Rom 5,8-10; Hebreus 10,1-25; 1João 1; 1João 2,1-3; 2Pedro 1,9; Atos 1,8). Tem uma experiência espiritual cheia de altos e baixos. Não entende a si mesmo - deseja fazer o que é certo, mas não consegue. Deixa de receber o poder do Espírito Santo para viver a vida cristã. (1Cor 3,1-3; Rom 7,15-24; 8,7; Gálatas 5,16-18) O Homem Carnal - Algumas ou todas as características seguintes identificam o cristão que não confia plenamente em Deus: Ignorância de sua herança espiritual Incredulidade Desobediência Perda do amor para com Deus e com os outros Vida pobre de oração Falta de desejo de estudar a Bíblia Atitudes Legalistas Pensamentos impuros Ciúmes Inveja Preocupação Desânimo Espírito de Crítica Frustração Falta de Propósito na vida A pessoa que se declara cristã mas continua na prática do pecado, deve compenetrar-se de que talvez não seja verdadeiramente cristã, de acordo com (1João 2,3; 3,6.9; Efésios 5,5). A terceira verdade, nos oferece a única solução deste problema... 3. Jesus prometeu a vida abundante e frutífera como resultado da plenitude (controle e poder) do Espírito Santo A vida cheia do Espírito é a vida dirigida por Cristo, pela qual Cristo vive sua vida em nós e através de nós, no poder do Espírito Santo (João 15). Uma pessoa se torna cristã através do poder do Espírito Santo, conforme João 3,1-8. Desde o nascimento espiritual de novo o Espírito Santo permanentemente no cristão (João 1,12; Colos 2,9-10; João 14,16-17). Embora o Espírito Santo habite em todos os cristãos, nem todos os cristãos são cheios (vivem sob o controle e poder) do Seu Poder. O Espírito Santo é a fonte da vida transbordante (João 7,37-39). O Espírito Santo veio para glorificar a Cristo (João 16,1-15). Quando alguém é cheio do Espírito Santo, ele é um verdadeiro discípulo de Cristo. Antes de ascender aos céus, Cristo prometeu enviar-nos o poder do Espirito Santo para nos capacitar a fim de sermos suas testemunhas (Atos 1,1-9). Então, como alguém pode ser cheio do Espírito Santo? 4. Somos cheios do Espírito Santo pela fé. Podemos, então, experimentar a vida abundante e frutífera que Cristo prometeu a todo cristão Você pode ser cheio do Espírito Santo agora mesmo, se você: - Desejar sinceramente ser controlado e fortalecido pelo Espírito Santo (Mateus 5,6; João 7,37-39). - Confessar os seus pecados. Pela fé agradeça a Deus o fato de lhe haver perdoado todos os pecado - passados, presentes e futuros - porque Cristo morreu por você (Colossenses 2,13-15; 1João 1; 2,1-3; Hebreus 10,1-17). Apresente cada área de sua vida a Deus (Romanos 12,1-2). Pela fé tome posse da plenitude do Espírito Santo, de acordo com: 1. Sua Ordem: Seja cheio do Espírito Santo. "E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito" (Efésios 5,18) 2. Sua Promessa: Ele responderá quando orarmos de acordo com Sua vontade. "E esta é a confiança que temos Nele, que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve. E, se sabemos que ele nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que alcançamos as petições que lhe fizemos". (1João 5,14-15). A fé pode ser expressa através da oração… Como orar com fé para ser cheio do Espírito Santo? Somos cheios do Espírito Santo pela fé. Entretanto, a verdadeira oração é um modo de expressar a sua fé. Sugerimos a seguinte oração: "Querido Pai, eu preciso de Ti. Reconheço que tenho procurado dirigir a minha própria vida e como resultado, tenho pecado contra Ti. Te agradeço pelo perdão dos meus pecados através da morte de Cristo na cruz. Agora convido a Cristo para tomar novamente a direção da minha vida. Enche-me do teu Espírito como ordenastes que eu fosse cheio e como prometeste em Tua Palavra que farias se pedisse com fé. Peço isto no nome de Jesus. Como expressão da minha fé, agradeço-te agora por dirigir a minha vida e encher-me do teu Espírito Santo. Amém." Esta oração expressa o desejo do seu coração? Se é assim ore a Deus e confie em que Ele o encherá do Espírito Santo agora mesmo. Como saber que você está cheio (sob o controle e poder) do Espírito Santo? Você pediu a Deus que o enchesse do Espírito Santo? Você sabe que está cheio do Espírito Santo agora? Baseado em que? (Na fidelidade do próprio Deus e Sua Palavra) (Hebreus 11,6; Rom 14,22-23.). A nossa autoridade é a promessa da Palavra de Deus, a Bíblia, e não as nossas emoções. O cristão vive pela fé (confiança) na fidelidade de Deus e de Sua Palavra. O diagrama do trem ilustra a relação entre fato (Deus e sua Palavra), fé (nossa confiança em Deus e em Sua Palavra), e emoção (o resultado da nossa fé e obediência) (João 14,21). A locomotiva correrá com o vagão ou sem ele. Entretanto, seria inútil o vagão tentar puxar a locomotiva. Da mesma forma, nós, como cristãos, não dependemos de sentimentos ou emoções, mas colocamos a nossa fé (confiança) na fidelidade de Deus e nas promessas de Sua Palavra. Como andar no Espírito A fé (confiança em Deus e em suas promessas) é o único meio pelo qual um cristão pode viver uma vida dirigida pelo Espírito Santo. À medida que você continua confiando em Cristo momento após momento: - Sua vida demonstrará mais e mais o fruto do Espírito (Gálatas 5,22, 23) e será cada vez mais transformado a imagem de Cristo (Romanos 12,2; 2Coríntios 3,18). - Sua vida de oração e seu estudo da Palavra de Deus se tornarão mais significativos. - Você experimentará o seu poder ao testemunhar Deus (Atos 1,8). - Você estará preparado para o confronto espiritual contra o mundo (1João 2,15-17); contra a carne (Gál 5,16-17); e contra satanás (1Pedro 5,7-9; Efésios 6,10-13). - Você experimentará o poder de Deus para resistir a tentação e ao pecado (1Coríntios 10,13; Filipenses 4,13; Efésios 1,19-23; 2Timóteo 1,7; Romanos 6,1-16). Respiração Espiritual Pela fé você pode continuar a experimentar o amor de Deus e seu perdão. Se você percebe que algo em sua vida (atitudes ou ações) desagrada a Deus, mesmo que esteja andando com Ele e sinceramente deseje servi-lo, agradeça a Deus o perdão dos seus pecados - passados, presentes e futuros - mediante a morte de Cristo na cruz. Pela fé receba o amor e perdão de Deus e continue a ter comunhão com Ele. Se você retomar o trono de sua vida através de algum pecado - o que é um ato definido de desobediência respire espiritualmente. Respiração Espiritual (exalando o que é impuro e inalando o que é puro) é um exercício de fé que permite a você continuar a experimentar o amor e o perdão de Deus: 1. Exale: confesse o pecado, reconheça que este pecado (ou pecados) é errado e desagrada a Deus e agradeça-lhe pelo seu perdão, de acordo com 1João 1,9 e Hebreus 10,1-25. A confissão também envolve arrependimento, uma mudança de atitude que gera uma mudança de ação. 2. Inale: submeta o controle de sua vida a Cristo e pela fé aproprie-se da plenitude do Espírito Santo. Confie em que agora Ele o dirige e fortalece de acordo com a ordem de Efésios 5,18, e a promessa de 1João 5,14,15. Se estas páginas ajudaram você, por favor, compartilhe com outras pessoas. Faça milhares de cópias do folheto: "Você já fez a maravilhosa descoberta da vida cheia do Espírito?" Assim como resultado, milhares de cristãos aprenderão como experimentar o poder e o controle do Espírito Santo, momento após momento. A vida abundante que Cristo prometeu a todos, fez com que se tornassem mais efetivos em compartilhar a sua fé com os outros. Estas experiências têm confirmado o mandamento que Cristo deu aos seus discípulos para esperar até que eles fossem cheios do Espírito Santo antes de sair e levar ao mundo a Boa Nova (o Querigma) do Seu amor e perdão. Muitos cristãos, quando aprendem sobre a vida cheia do Espírito Santo, querem compartilhar Cristo como um estilo de vida e ajudar a cumprir a Grande Evangelização em nossa geração. A vida no Espírito Santo O Espírito Santo é o grande sopro de Deus; é o grande alento de Deus; é a grande partilha de Deus conosco. O Espírito Santo na Trindade é Aquele que procede do Pai e do Filho; é Aquele que tem o encargo de transbordar para nós a Pessoa do Pai e do Filho. O Espírito Santo é Aquele que na Trindade é testemunho e promotor do amor e do conhecimento entre o Pai e do Filho. Ele é o encarregado de prosseguir a missão de Jesus e fazer transbordar, para nós, o próprio ser do Pai e do Filho. Jesus diz: “eu vou enviar o meu Espírito Santo, ele testemunhará para vocês o que vocês agora não conseguem entender”. Então Jesus está dizendo que o Espírito Santo é Aquele que transborda do Pai e do Filho para nós homens. Muitas vezes nós limitamos o Espírito Santo a dons, virtudes, carismas, inspirações e revelações. No entanto, o Espírito Santo é Deus e vai muito além de tudo isto, porque Ele é Deus, e, quando o Espírito Santo transborda, Ele gera em nós a Pessoa do Pai e a Pessoa do Filho, e começa uma obra de divinização. Quando Jesus diz: “Sede perfeitos como o Pai celestial é perfeito” está nos dando um mandato de divinização. Jesus está nos mandando ser dóceis a esse processo de divinização que Ele está realizando em nós. E isto é muito sério. No entanto, nós conhecemos esta obra tão profunda de uma maneira rápida e superficial. Divinização não significa que nós nos tornamos deuses, mas que o Senhor quer fazer em nós um processo de divinização. O Espírito Santo quer esculpir em nós a imagem de Jesus, revestir o nosso interior e exterior com a imagem de Jesus, que é ser um outro Cristo, ser um outro Jesus. O processo de divinização realizado pelo Espírito Santo, portanto, significa que a imagem e semelhança de Deus que foi corrompida pelo pecado (Gênesis 3,1-5) é refeita, significa a realização da obra de redenção, de justificação, de santificação feita em nossa vida. A Palavra de Deus nos ensina que quem não tiver em si o Espírito de Deus não pertence a Deus, não é dele: “Vós, porém, não viveis segundo a carne, mas segundo o Espírito, se realmente o Espírito de Deus habita em vós. Se alguém não possui o Espírito de Cristo, este não é d’Ele” (Rom 8,9). Os verdadeiros filhos de Deus, diz São João, não “nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas sim de Deus” (João 1,12-13). Mais adiante quando Jesus conversa com Nicodemos, diz: “Necessário vos é nascer de novo” (João 3,7). Aquele que nasce da carne é carne, o que nasce do Espírito é espírito (João 3,6). O Espírito Santo é Aquele que ordena a vida espiritual do homem para a caridade. É Aquele que ordena o homem para a perfeição, porque a perfeição acontece quando o homem ama com o amor divino. O Espírito Santo é Aquele que diviniza o homem a imagem de Jesus. E nós sabemos disso, mas nós não sabemos como isso funciona. Por isto, podemos viver dentro de uma comunidade cristã, que serve a Igreja, e vivermos segundo a carne, gostando do que é carnal. Mesmo vivendo dentro de uma comunidade cristã podemos não ter a abertura necessária para que o Espírito Santo realize em nós o processo de santificação. Para que este processo aconteça em nossas vidas, requer de nós uma abertura profunda ao Espírito, requer uma coerência de vida que o próprio Espírito nos dá, mas que supõe a submissão da vontade do homem, do seu sim, do seu “Fiat” (= assim seja). O que acontece muitas vezes com aqueles que dizem sim ao chamado de Jesus é que até começaram a viver no Espírito, mas terminam por viverem na carne. Os cristãos comprometidos, que participam de uma comunidade cristã ou de grupos de oração, muitas vezes pensam que vivem no Espírito porque oram, porque são fiéis as orações comunitárias ou porque possuem um ministério, e, no entanto, seus corações estão cheios de sentimentos de quem vive uma vida na carne. É necessário que o homem dê espaço para a ação do Espírito em sua vida; se não, não crescerá na vida espiritual. Para vivermos a vida no Espírito precisamos da ajuda deste mesmo Espírito pois precisamos deixar os frutos da carne. Em vez disto, muitas vezes continuamos satisfazendo os apetites da nossa carne. Precisamos pedir muito a Jesus que tire do nosso coração toda hipocrisia. Paulo diz: “Deixai-vos conduzir pelo Espírito e não satisfazei aos apetites da carne”. Ë uma lei simples sem nenhuma complicação. O cristão que não segue as inspirações de Deus, as inspirações do Espírito, está correndo o risco de pecar gravemente. Por que? Porque os desejos do Espírito se opõem aos desejos da carne. Se não segue as moções do Espírito, qual a moção que seguirá? A da carne, com certeza. E um cristão não é chamado a viver a vida na carne. Não é chamado a viver destruindo a si próprio e aos outros. Estará fechando o seu coração para a ação da graça de Deus em sua vida. Quais são os apetites da carne? Os apetites da carne são frutos das três concupiscências: possuir, poder e prazer, que foram combatidos por Jesus através da pobreza, obediência e castidade. Então, se nós vivermos pelo Espírito não satisfaremos os apetites da carne. É necessário tomarmos uma decisão. E a partir daí, orientarmos a nossa vida segundo esta decisão. Deus nos convida a vivermos cheios do Espírito Santo. Jesus disse a Nicodemos que tudo aquilo que não é da luz, não vem para a luz, porque tem medo de ser revelada a sua maldade. Porém, tudo o que é de Deus, tudo aquilo que é santo vem para luz, porque não tem nada para esconder. Há coisas em nós que preferimos não ver. Há coisas em nós que preferimos achar que está tudo bem, porque gostamos do pecado. Nós gostamos do pecado. Não é novidade, nós gostamos do pecado. O pecado é “bom”. Brincamos com o pecado porque ele é gostoso para nós, ele nos satisfaz na carne, apesar de matar a nossa alma, de destruir o que temos de muito precioso, porque a morte da alma leva a morte do nosso ser. Os desejos da carne se opõem aos do Espírito, e estes, aos da carne. Então, para que o Senhor nos divinize com o Espírito do seu Jesus, é preciso vivermos no Espírito e tirarmos tudo o que é carnal de nossas vidas, porque vai fazer oposição ao Espírito, vai entristecer o Espírito, vai afastar o Espírito de nossas vidas, e vai nos fazer viver na carne. É o inferno. O Senhor não nos conhecerá quando chegarmos até Ele: “Meu filho eu não conheço você. Você viveu na carne. Você cuidou de forma carnal de algo que é Espírito, uma graça espiritual, uma graça única, graça de pouquíssimos, de privilegiadíssimos. Você cuidou dessa graça, você cuidou da condução do Espírito nessa graça como homem natural e o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, pois para ele são loucuras” (1Coríntios 2,14). “Quem semeia na carne, da carne colherá corrupção; quem semeia no Espírito, do Espírito colherá a vida eterna” (Gálatas 5,8). Seremos fortes enquanto vivermos no Espírito. Nossa vida será coesa enquanto vivermos no Espírito. Ela será cheia de poder, enquanto vivermos no Espírito. E somente cheios do Espírito poderemos realizar as mesmas obras de Jesus ou até maiores do que elas (João 14,12). As obras da carne são, como nos ensina Paulo: “Fornicação, impureza, libertinagem, idolatria, superstição, inimizades, brigas, ciúmes, ódio...” (Gálatas 5,18-21). Precisamos refletir se estamos vivendo no Espírito ou na carne, porque aqueles que agem através dessas obras da carne, como querem ser cheios do Espírito? Como querem ter vida de oração? Deus vai derramar o Seu Espírito, a Sua graça sobre aqueles que estão de coração aberto e lutam contra estas obras da carne. Se nós vivemos na carne, a nossa vida de oração é uma mentira. É melhor não rezar. É melhor rezar o salmo mecanicamente, sem rezar nenhum minuto no Espírito, para ver se pela Palavra Deus realiza a nossa conversão. As nossas centralizações, o lugar onde colocamos o nosso coração se não estiver em Deus, certamente nos levará a realizar as obras da carne. Não é aquela pessoa, aquele namorado, aquele desejo, aquele plano... que devem ser o centro da nossa vida, mas únicamente Deus. Deus é o centro de tudo, não podemos sair por aí colocando outros deuses na nossa vida. Desejar viver a vida no Espírito significa dizer que somos esposas de Jesus, que queremos ser d’Ele. Nós muitas vezes mitigamos nossos conceitos morais, porque nós com nossa libertinagem que atinge níveis que não podemos imaginar, vamos mitigando a nossa vida cristã. Deus nos pede uma vida como a sua, de penitência, de renúncia, de abandono, de sacrifício, de compromisso; mas nem parece, porque estamos sempre nos justificando para fazermos exatamente o contrário. Dessa forma vamos mitigando a nossa vida cristã. Outra situação não rara é em relação a oração pessoal, terço, estudo bíblico, a vida sacramental. Começamos até muito bem, mas depois vamos nos descuidando, nos contentamos com pouco: “afinal de contas já está tão tarde e hoje eu já fiz tantas coisas para Jesus”. Libertinagem não é só ir para festas carnavalescas, aderir ao sexo livre, é também irmos mitigando as coisas de Deus, as exigências do Evangelho, é nos entregarmos a vida na carne, é não termos uma amor a Deus concreto e indiviso, um amor total. Tudo isto é fruto da mitigação, da vida mais ou menos, da entrega de vida com reservas, sem nos abandonarmos inteiramente. Parece que queremos que aconteça o impossível: colocar o Evangelho dentro da nossa medida. E isto é deslealdade, é cometer uma grave injustiça contra Deus que é o Senhor de tudo. Isto é tentar a Deus, dissimular, mentir, enganar a si mesmo e o pior, enganar também a Deus. Isso acontece porque os apetites da nossa carne não estão submetidos à condução do Espírito Santo. Não cedemos aos apelos do Espírito que de forma profunda vencem os apelos carnais. “Não nos consideramos mortos ao pecado, porém vivos para Deus” (Rom 6,11). Oferecemos os nossos membros ao pecado, em vez de oferecê-los como instrumento do bem a serviço de Deus (Rom 6,13). E isto é libertinagem, lugar de desordem, cada um faz o que quer. Isto é destruir vocações cristãs e a vida espiritual. Começa então a existir no meio cristão inimizades, brigas, fofocas, ciúmes, ódio, escândalos...Tudo isso é libertinagem! Tenhamos cuidado porque desta forma ficaremos cheios não do Espírito Santo e sua graça, mas das coisas mundanas. É preciso que aconteça a decisão se queremos Deus ou as coisas do mundo que satisfazem nossa carne manchada pelo pecado, como as orgias, invejas, bebedeiras, ciúmes, competições... “dessas coisas vos previno, como já vos preveni, os que as praticam não herdarão o Reino de Deus”, como nos exorta Paulo em Gálatas 5,21. Acontece ao contrário com aquele que se lança nos braços do Espírito Santo, este é leal, é verdadeiro, porque deseja fazer a vontade de Deus, é aquele que se decidiu por Deus sem reservas, é um sábio, conheceu aonde se encontra o verdadeiro tesouro, nenhum brilho é capaz de ofuscar a sua decisão por Deus. Além de tudo isto precisamos experimentar a alegria de pertencer ao Senhor, pois é a única fonte de alegria, é o único que pode saciar-nos. O amor de Deus é muito maior que discórdia, do que o ciúme, do que a inveja, do que a centralização em mim mesmo, do que a minha opinião. Estas coisas podem até me trazer uma satisfação, mas é satisfação como a do vinho, que trás aquela euforia. Mas esta euforia é passageira e deixa uma tremenda dor na alma e no corpo. A vida na carne pode nos trazer um prazer carnal, mas nos mata, por isso devemos buscar somente a alegria que vem de pertencermos a Deus, de desfrutarmos do seu amor que nos cura e salva. Tudo que existe no mundo não se compara ao amor de Deus por nós, não se compara a felicidade que desfrutamos pelo fato de pertencermos a Deus, dele ser o Senhor de nossa vida. As coisas do mundo podem até serem deliciosas, mas não são tão deliciosas como a vida com Deus, a vida no Espírito, por isso devemos nos decidir em entregarmos a nossa vida a Ele, em nos darmos inteiramente a Ele, à Sua vontade, à vida no Espírito que contraria os nossos desejos carnais. Preferimos nos consumir na penitência, na continência, no silêncio, para que desfrutemos plenamente do amor de Deus e não andemos enganados com outros amores. Fonte: Arquivo Shalom Ações poderosas do Espírito Santo na vida do cristão Quando a Palavra de Deus cita pela primeira vez alguém, ela descreve sobre as características da pessoa de quem fala. E em Gênesis 1,2 diz que a característica do Espírito Santo é que Ele se move: “… e o Espírito de Deus pairava por sobre as águas.” De três coisas negativas que podem acontecer na trajetória da vida cristã, duas delas atingem todos os cristãos durante sua vida (em algum tempo): 1. ACOMODAÇÃO: Se você pára, se acha que já sabe de tudo, se teu padrão de santificação é bom, saiba que acomodação não é sinônimo de estabilidade, é sinônimo de regressão. ACOMODAR = REGREDIR. Se você se acomodar vai levar uma vida cristã medíocre e isto pode levar você ao... 2. ESFRIAMENTO ESPIRITUAL = PERDA DO PRAZER NAS COISAS DE DEUS. Se você perder o prazer nas coisas de Deus, o Reino de Deus não é mais priorizado em sua vida. Se sua fé esfria vai haver aquecimento de sua natureza pecaminosa e velhos hábitos ressurgem em nossas vidas que já haviam sido vencidos e acontecem três coisas: a) cobiça da carne; b) cobiça dos olhos; c) soberba da vida. E se se acomoda, vive uma vida cristã medíocre, sem prazer nas coisas de Deus, você está vivendo no limite e poderá entrar na terceira negativa que é muito perigosa: 3. A QUEDA = que é pecar, desobedecer a Deus. (2Pedro 2,20-21). Quando cai na fé seu estado é pior do que antes de ter conhecido Jesus; apostata da fé; ser levado à condenação. Ações poderosas do Espírito Santo na nossa vida: Rm 8,6-26, Hb 5,9 A – RENOVAÇÃO = restabelecer 1. Ação do Espírito Santo que trabalha na nossa vida para restabelecer o progresso da vida cristã. Cria um movimento novo na nossa vida para restabelecer a vida cristã progressiva. (pode ser uma ação ou um fato, seja positivo ou negativo). 2. O spírito Santo fala através de uma palavra poderosa na vida do cristão <revelação, visão, fala direto ao seu coração> para tornar a ter vigor, tornar a ficar satisfeito. 4. O Espírito Santo utiliza um derramar de Sua presença sobre a pessoa e tira a pessoa do lugar de frieza.Trabalha na área da queda Renovação = fazer de novo, reconstruir, reformar. Ação sobrenatural do Espírito Santo que liberta, regenera e tira os hábitos. Rom 8,26 B – SUSTENTAÇÃO = ajuda nas nossas fraquezas, assistência contra toda oposição: INTERNA: Mateus 26,41. A natureza é fraca. Quando somos dominados por fraqueza fica fácil ceder, pecar, perder o ânimo, não tem força para prosseguir e vencer, dominado por covardia. O Espírito Santo nos sustenta para que estas fraquezas não sejam motivo de nossas derrotas. EXTERNA: 2Coríntios 2,10-11 Porque não desconhecemos os seus ardis. Efésios 6,10 Fortalecei-vos. O Espírito Santo nos sustenta para que estas fraquezas não seja motivo de nossas derrotas: a) Intercede por nós com gemidos inexprimíveis – profundidade e a grandeza da intercessão. b) Ação direta de seu poder para nos sustentar. E sustenta para que a tua fraqueza não o leva para guerra. Gálatas 5,17. O Espírito Santo fala ao nosso coração, em apoio, em alerta… “sai desse lugar, sai fora, cuidado” O Espírito Santo tem poder para fazer oposição contra a carne assitência contra qualquer coisa que se oponha – você passa a ser guiado pelo Espírito Santo. C – DIREÇÃO – O Espírito Santo tem autoridade para dirigir (guiar) a vida de qualquer pessoa. Quem é que está dirigindo a sua vida? - tem gente que está sendo dirigida por utopias (ilusão de vida) - tem gente que é dirigida por mentiras: fala o que não vive, o que não tem (pensa que a mentira é verdade). - Outros são dirigidos por jogo de interesses (políticos, econômicos, pessoais). - Aqueles que são dirigidos por suas emoções (Jeremias 17,9). - Alguns são dirigidos pela lógica (Provérbios 14,12). - Outros dirigidos por sua inteligência. - Outros por crendices (astrologias, caras, cristais etc). - Outros dirigidos por ignorância espiritual (fora da Palavra de Deus) - Outros dirigidos pelo diabo. - Outros pela mídia. O Espírito Santo só vai dirigir tua vida se você permitir: O Princípio está em João 16,13 O Espírito Santo vos guiará em toda verdade. Então vemos que isto excluí duas coisas: - toda a mentira e - toda confusão (1Cor 14,33) Características do Espírito Santo em Poder e Autoridade para dirigir a tua vida: - dirige de maneira soberana (João 3,8). - dirige de maneira clara (Atos 8,29). - contraria nossos propósitos (Atos 16,6). - tem propósitos definidos para nossa vida (Atos 13,2). - Nos leva para caminhos não usuais (Mateus 4,1). - Nos dirige ao lugar certo (impulsiona) (Juízes 13,25). - Nos levar à vitória - Quer que sejamos vitoriosos. D – FORTALECIMENTO - O ser humano tem uma natureza fraca (interna) e - é assolado por Satanás (externo) - que o enfraquece - faz desanimar (não tem satisfação, humor ) - traz a incredulidade - o medo e viver no pecado. O Espírito Santo trabalha para nos fortalecer: 1. At 2,17; Tito 3,6 Jesus derrama o Espírito Santo sobre nós (derramar = quantidade sem limite). 2. Efésios 5,16 – Enchei-vos (completo, total, satisfeita) O Espírito Santo derrama da Sua presença na tua vida para que você se encha e seja e esteja fortalecido para que você possa vencer o mundo, o diabo e as tentações. Se você for fortalecido pelo Espírito, você: a. Consegue vencer teus inimigos. b. Ninguém pode prevalecer sobre você (exemplo: Sansão). c. Anunciavam com ousadia: Ousadia na fé para falar, acontecer e fazer (Atos 4,31-33). d. Estilo de vida diferente e superior. Em todos eles havia abundante Graça de Deus (Atos 4,52). Texto de Silas Malafaia. O Entristecimento e a Extinção do Espírito Santo 1. Nesta oportunidade, gostaria de falar sobre duas passagens bíblicas que tratam sobre o Espírito Santo que são ignoradas pela maioria absoluta dos cristãos: Efésios 4,30 e 1Tess 5,19, que tratam sobre não entristecer e não extinguir o Espírito Santo de Deus. O que vem a ser, e como ocorre o entristecimento e a extinção do Espírito Santo? A Bíblia coloca de forma clara e indubitável que a vida cristã é semelhante ao nascimento e crescimento de uma pessoa natural. Esse crescimento à uma jornada montanha acima, começando por um brejo. As pessoas precisam sair do brejo, e começar a andar em terra firme, subindo cada vez mais. À medida que saímos do brejo e andamos montanha acima, percebemos que existem muitas coisas à nossa volta. Os pântanos não ficam nos altiplanos e nem entre os morros e colinas. No fundo dos vales não se consegue ver nada senão lama e plantas aquáticas, onde vivem animais asquerosos como cobras, lagartos, aranhas... Na lama, não se entende o amor de Deus, a salvação, a paz, o perdão, a misericórdia. Quem está na lama interessa-se apenas pela própria diversão e prazer, pela execução de seus próprios objetivos egoístas. Há uma ignorância muito grande acerca de Deus em nossas Igrejas. E essa ignorância não tem o poder de retirar, minimizar ou impedir as desastrosas e angustiantes conseqüências de nossos atos, isto é: o fato de não sabermos o que vem a ser o entristecimento ou a extinção do Espírito Santo, e nem como isso ocorre. Existe a possibilidade muito grande de que você esteja entristecendo ou extinguindo o Espírito Santo, mesmo sem sabê-lo. Quando isso ocorre, aos poucos as atividades na Igreja vão perdendo sentido e objetivo. Começamos a deixar de sentir alegria nos Cultos, nas Missas. Olhamos para os irmãos, ouvimos os cânticos e os louvores, os testemunhos, a pregação, e parece que tem alguma coisa faltando, fora do lugar, alguma coisa parece estar errada, mas não conseguimos descobrir o que é. Tudo parece se tornar mecânico, sem vida, unção, emoção, graça. Parece que as coisas vão secando... A obra de Deus sobre a Terra é feita pelo Espírito Santo. É Ele que nos dá alegria, nos motiva, e nos dirige no caminho pelo qual devemos andar. A Graça e o Poder de Deus são manifestados sobre a Terra através do Espírito. Sem a atuação e a operação do Espírito não há arrependimento, perdão, poder, alegria, união, unção e autoridade. Daí a necessidade de não se entristecer e nem se extinguir o Espírito de Deus em nossas vidas. Paulo advertiu seu discípulo Timóteo acerca dos apóstatas que tem a consciência insensível ao toque e à ação do Espírito de Deus (1Timóteo 4,1ss), e que por isso não se convencem do pecado, ou da justiça ou do Juízo (João 16,8). Você tem sentido a ação do Espírito de Deus em tua vida? Tem permitido a sua ação e operação? Tem sido dirigido, tomado, dominado, cheio do Espírito Santo? 2. Na 1ª parte fizemos referencia à ação e operação do Santo Espírito de Deus no mundo. Gostaria de continuar falando sobre o que vem a ser entristecer o Espírito Santo de Deus, e, principalmente, como isso ocorre, pois, sem a atuação do Espírito Santo de Deus, não somos convencidos do pecado, ou da justiça ou do Juízo. Nossos pecados sempre têm uma explicação e uma justificativa. Não aceitamos admoestação, aconselhamento ou exortação. Não admitimos que alguém nos diga que estamos errados, ou que nossa prática não é a "mais recomendável". Continuando, pretendemos, explicar o que vem a ser a extinção do Espírito Santo. A interpretação das passagens bíblicas pode ocorrer de diversas formas, e com os diversos fins, de acordo com os valores, a história e as intenções de cada um. Caso a interpretação ocorra com premissas (fundamentos, requisitos, bases) erradas, a conclusão também será errada. Você pode ter uma outra visão, uma outra interpretação das Escrituras. Eu somente quero e posso expor a interpretação que, acredito, recebi do Senhor. Imprescindível dizer que a interpretação das passagens bíblicas deve ocorrer de acordo com a direção e com a intenção do Santo Espírit, ou essa fonte de alegria, prazer e vida tornar-se-á fonte de dor, angústia e morte. O mapa que nos conduz aos tesouros escondidos (Provérbios 2) nos conduzirá à dor, ao inferno. Analisando os versículos de Efésios 4, vemos que é uma continuação de uma série de mandamentos negativos: não faça isso, não faça aquilo, não aja deste modo, não entristeça o Espírito Santo de Deus no qual está selado, e continua com esses mandamentos negativos. Daí porque concluímos que o entristecimento do Santo Espírito de Deus ocorre por uma atitude ativa, isto é, quando fazemos algo que não devemos fazer ou quando praticamos um ato que é contrario à intenção, ao mandamento, ao desejo de Deus. O Espírito Santose entristece conosco quando ultrapassamos os limites da vontade de Deus. Como saber a vontade de Deus? Como reconhecer a vontade de Deus? A vontade de Deus está expressa e revelada na Bíblia. Quem conhece a Bíblia conhece a vontade de Deus. De modo inverso, quem não conhece a Bíblia não conhece a vontade de Deus. Nunca é demais lembrar que o mais importante não é o que está escrito na Bíblia, mas sim o que Deus quer nos dizer através da Bíblia (João 6,63 e 2Coríntios 6,3). Toda vez que você transpassa, ignora, quebra um mandamento negativo, quando faz o que não deve ou o que não pode fazer, está entristecendo o Espírito Santo. Se e quando você faz o que Deus não quer, você está entristecendo o Santo Espírito de Deus. Deus quer que você aja de um modo amoroso, generoso, altruísta, respeitoso, honroso, piedoso e misericordioso para com todos, independente de sua fé, de sua condição espiritual. E Deus não quer que você aja de um modo egocêntrico, egoísta, ganancioso, oportunista, legalista, condenativo ou depreciativo com ninguém, independentemente de sua fé, de sua condição social. Deus fica triste. O Espírito Santo fica triste quando fazemos o que não quer... e deixa de agir em nossa vida. Você tem sentido a ação do Espírito de Deus em tua vida? Mais: tem dominado teu próprio espírito carnal e vendido sob a escravidão do pecado para deixar de fazer o que fere, magoa e entristece o Espírito Santo? A gravidade das conseqüências da resposta revela a gravidade da pergunta. 3, Na 1ª parte da presente fizemos referência à ação e operação do Espírito Santo no mundo mundo. Na 2ª parte explicamos como ocorre o entristecimento do Santo Espírito. Terminamos falando sobre a sua extinção na vida do cristão. O entristecimento e a extinção do Espírito Santo em nossa vida tem a mesma conseqüência: Ele deixa de agir em nossas vidas. Sem a atuação, a operação, a condução, a direção, o revolver das águas pelo Espírito, a nossa vida vai murchando... secando... morrendo, tal e qual escreve o Autor do Salmo 31. A diferença entre o entristecer e o extinguir o Espírito Santo é pequena, diáfana, superficial, tênue. No contexto dos versículos analisados (1Tessalonicenses 5,12-21), vemos que é uma continuação de uma série de mandamentos positivos: faça isso, faça aquilo, aja deste modo, não extinga o Espírito Santo, e continua com esses mandamentos positivos. Daí porque concluímos que a extinção do Espírito Santo ocorre por uma atitude passiva, omissiva; quando deixamos de fazer o que deve ser feito; quando não praticamos um ato que é da expressa e direta vontade, intenção e desejo de Deus. O Espírito Santo vai sendo extinto de nossas vidas quando nos omitimos; quando descumprimos a suas ordens e mandamentos, quando deixamos de fazer o que é de sua expressa e direta vontade, quando recusamos suas orientações, admoestações, instruções e exortações. Ele deixa de falar conosco quando não damos ouvidos ao que nos diz. Jesus disse que o Espírito Santo nos conduziria em todos os caminhos pelos quais deveríamos andar (João 16,13). E nos daria as palavras que precisássemos falar (Lucas 12,12). Em Isaías 30,21 a Bíblia diz que ouviríamos uma voz atrás de nós nos dizendo para onde deveríamos ir, caso nos desviássemos para esquerda ou para a direita. Contudo, todos nós somos carnais e vendidos sob a escravidão do pecado (Romanos 7,14ss). Somos avessos ao Espírito de Deus. A nossa reação natural é rejeitarmos as coisas do Espírito. A ação de Deus sobre a terra ocorre pela ação e operação do Espírito Santo. Se e quando você não faz o que Deus quer, você está extinguindo o Espírito Santo. Não importam as tuas justificações, tuas explicações, tuas motivações, tua razões. É por isso que o Autor da carta aos Hebreus insiste em não endurecermos o nosso coração como no dia da tentação no deserto (Hebreus 3,8). (Ler todo o capítulo). Deus não quer que você seja medroso, que se omita diante da necessidade de outrem, que feche os olhos ao necessitado. Deus tem que valer mais do que nossos bens, nossa reputação, nossa família, nossos relacionamentos. Deus quer que você aja de um modo amoroso, generoso, altruísta, respeitoso, honroso, piedoso e misericordioso para com todos, independente de sua fé, de sua condição espiritual. Nós somos as mãos, os pés, os braços e o coração de Deus sobre a Terra. Evidentemente, somos também o bolso de Deus sobre a Terra. É através de nós, cada um de nós que a obra de Deus se realiza na Terra. Amado(a), você tem obedecido aos comandos do Espírito Santo, ou tem fechado os olhos, os ouvidos e o coração para Deus? Você tem se colocado a serviço do Rei Jesus? Tem se sujeitado ao domínio e à direção do Espírito fazendo tudo que Ele manda e exorta? Mais uma vez, a gravidade das conseqüências da resposta revela a gravidade da pergunta. 4. Estamos estudando as formas pelos quais o Espírito Santo de Deus se entristece ou é extinto na vida do cristão. Na 1ª parte fizemos referências à sua ação e atuação na vida do cristão. Na 2ª parte analisamos de que forma Ele é entristecido. Na 3ª parte analisamos a forma como Ele é extinto. Nesta 4ª parte vamos analisar os motivos pelos quais preferimos entristecer ou extinguir o Espírito. São as nossas atitudes, as nossas escolhas, o nosso comportamento que fazem com que o Espírito de Deus se entristeça ou seja extinto de nossas vidas. Nossas atitudes, nossas escolhas, nosso comportamento são fruto de nossa personalidade. Nós, todos nós, externamos através de atos e palavras o que somos interiormente. Nossos pensamentos, sentimentos, valores, aspirações, desejos, sonhos, história, traumas, virtudes e defeitos são externados através de nosso comportamento. Freqüentemente vemos uma certa "disparidade", "diferença" e "contradição" entre as palavras e o comportamento das pessoas. A Bíblia diz que é através de nossos frutos (= atos) é que somos reconhecidos como "arvore boa", ou "árvore má"; e não através de nossas palavras (= folhas). Perguntei, um dia, se o mais importante era "pregar o que se vive" ou "viver o que prega". As opiniões se divergiram. Uma parte entendeu que viver o que se prega é mais importante. Outros entenderam que temos que pregar o que vivemos. Ambos são muito importantes. Pregar o que se vive é o testemunho de nossa vida. Viver o que se prega é o cumprimento das Escrituras em nossa vida. Os nossos atos falam mais alto do que as nossas palavras. A forma mais eficaz de se pregar o evangelho é vivendo-o. Quando nossos atos, nosso comportamento, nossas atitudes confirmam o que pregamos. A todo momento, precisamos escolher sobre o que fazer, como fazer, quando fazer. E sempre vamos escolher o que é mais importante para nós. O que efetivamente é mais importante para nós. Não o que achamos ou falamos que deve ser o mais importante. Um exemplo prático: uma vez eu estava explicando para um grupo de pessoas que "mentira que edifica e verdade que destrói não provém de Deus", uma pessoa se levantou e disse que certa vez "teve que mentir". Tinha mentido para proteger a neta. Na escolha entre ver a neta sofrer e entristecer o Espírito de Deus, ela preferiu a segunda opção. Todos os dias cristãos mentem, roubam, cometem adultério, ferem seus irmãos, xingam, amaldiçoam. Seguir sua própria natureza pecaminosa vale mais do que a comunhão com Deus. Nós, todos nós, vamos sempre escolher o que vale mais, o que é mais importante para nós. Se para não perdermos algo muito importante (dinheiro, respeito, reputação, bens, amizades, sonhos, desejos) for necessário mentir, e mentirmos, então esse "algo" vai estar valendo mais do que a nossa comunhão com Deus que se realiza, que existe através do Espírito Santo. Deus tem que valer mais do que tudo. Mais do que nosso dinheiro, nossa reputação, nossa honra, nossos bens, nossas amizades, mais do que tudo. Mais do que a nossa própria vida. "Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força." (Marcos 12,29). Autor do texto: Takayoshi Katagiri. O ESPÍRITO SANTO NA MISSÃO DA IGREJA O envio “até os confins da terra” (Atos 1,8) Os quatro Evangelistas, ao narrarem o encontro de Jesus Ressuscitado com os Apóstolos, concluem com o envio missionário: “Foi-me dado todo o poder no céu e na terra. Ide, pois, ensinai todas as nações... Eu estarei convosco todos os dias, até o fim do mundo”. (LER: Mateus 28,18-20; Marcos 10,15-18; Lucas 24,46-49; João 20,21-23). Em primeiro lugar o envio missionário tem uma dimensão universal: “Ide a todas as nações” (Mt 28,19); “Ide pelo mundo inteiro, a toda a criatura” (Marcos 16,16); Ide a todos os povos” (Lucas 24,47); “Ide até os confins do mundo” (Atos 1,8). Em 2º lugar, o Senhor Jesus dá a garantia aos Apóstolos e à Igreja que, nesta tarefa, não ficarão sozinhos, mas receberão a força e os meios para desenvolver a missão: é a presença e o poder do Espírito e a assistência de Jesus: “Eles foram pregar por toda a parte, e o Senhor cooperava com eles” (Marcos 16,20). O anúncio do Evangelho O Evangelho de Cristo tem como objetivo levar as pessoas a repetir a confissão de Pedro: “Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo” (Marcos 8,29) e a dizer como o Centurião Romano diante de Jesus morto na cruz: “Verdadeiramente este Homem era o Filho de Deus” (Marcos 15,39). O Discípulo-Missionário é convidado: a crer no poder transformador do Evangelho; a anunciar a conversão ao amor e à misericórdia de Deus; e a fazer uma experiência total de libertação. O Espírito guia a Missão da Igreja A Missão da Igreja é obra do Espírito Santo. Depois da Ressurreição e da Ascensão de Jesus, os Apóstolos viveram uma intensa experiência que os transformou: foi o dia de Pentecostes. A Vinda do Espírito Santo fez dos Apóstolos testemunhas e profetas (Atos 1,8; 2,17-18). O Espírito deu-lhes a capacidade de testemunhar Jesus “sem medo”, “com entusiasmo e com vigor” (Atos 2,29; 4,13; 4,29-31; 9,27-28; 13,46; 14,3; 18,26; 19,8; 19,26; 28,31). O Espírito torna missionária a Igreja O Espírito motiva o grupo dos convertidos a “constituírem comunidades”, a serem Igreja. De fato, depois do primeiro discurso querigmático de Pedro no dia de Pentecostes e das conversões que se seguiam, formam-se as primeiras comunidades. (Atos 2,42-47; 4,32-35). Uma das finalidades centrais da Missão da Igreja é reunir o Povo de Deus na escuta do Evangelho, na Comunhão fraterna, na Oração e na Eucaristia. Viver a “Comunhão fraterna” significa ter “um só coração e uma só alma” (Atos dos Apóstolos 4,32), instaurando uma comunhão sob os três aspectos: humano, espiritual e material. A verdadeira comunhão cristã sente necessidade de distribuir os próprios bens, para que não haja necessitados, e todos possam ter acesso a esses bens, “conforme as necessidades de cada um” (Atos 2,45; 4,35). As primeiras comunidades, onde reinava “a alegria e a simplicidade de coração” (Atos 2,46), eram abertas e missionárias: “gozavam de estima de todo o povo” (Atos 2,47). Antes ainda da Ação, a Missão da Igreja é Testemunho e Irradiação. O Espírito está presente em todo o tempo e lugar O Espírito se manifesta particularmente na Igreja e nos seus membros, mas a sua presença e ação são universais, sem limites de espaço nem de tempo. O Espírito oferece ao homem luz e força para corresponder à sua vocação. A presença e a ação do Espírito atingem também a sociedade, a história, os povos, as culturas e as religiões: “Dirige o curso dos tempos e renova a face da terra” (Vaticano II: doc. Gaudium et Spes 26). Ainda estamos no início do trabalho missionário O nosso tempo, com uma humanidade em movimento e insatisfeita, exige de nós cristãos “um renovado impulso missionário”. Precisamos da coragem dos Apóstolos e de muitos Missionários, como São Francisco Xavier, Santa Terezinha do Menino Jesus, para irmos ao Mundo, anunciar o Evangelho, para re-evangelizar os próprios cristãos, apoiados sobre a confiança no Espírito: “Ele é o protagonista da Missão da Igreja!” O relacionamento com o Espírito Santo É o inicio de todas as coisas na nossa vida. A primeira Pessoa da Trindade que temos contato é o Espírito Santo, até mesmo antes de Jesus, porque a Bíblia diz que para conhecermos Jesus, o Espírito Santo tem que nos convencer “do pecado, da justiça e do juízo”. É Ele que me faz entender que preciso conhecer Jesus. E quando começamos a conhecer Jesus, Ele diz: “vem, agora vou te levar a conhecer o Pai”. A maior revelação é que o Espírito Santo quer nos trazer a Jesus, e Jesus ao Pai-Aba. Adão quando foi criado, permaneceu pó, só tornou-se vivo quando Deus soprou nas suas narinas. A primeira coisa com que Adão teve experiência foi com o Sopro de Deus e o Espírito Santo lhe trouxe vida. Se você quiser ter uma vida cristã abençoada, farta, feliz e completa, é preciso saber que não é possível tê-la sem o Espírito Santo. O Espírito Santo é o presente de Deus para você. Jesus estava com os 12 e disse: “eu preciso ir para que o Espírito Santo possa vir”. Quando Ele foi aos céus, disse que não nos deixaria órfãos, mas nos enviaria o Espírito Santo (João 14). Dias depois o Espírito Santo foi derramado e até hoje está entre nós. Adquira relacionamento com o Espírito Santo. A maioria das pessoas reza falando diretamente com Deus-Pai, e isso não é errado, é bíblico; mas são poucos os que se lembram de mencionar o Espírito Santo em suas orações. Tenha uma oração que mostra e demonstra que você acredita que o Espírito Santo está aqui. Está dentro de nós. A Bíblia diz que Ele vai fazer morada em nós. Onde Jesus está? À direita do Pai, nos céus. Então, Deus Pai e Jesus estão nos céus. O Espírito Santo, porém, está na terra. É Ele que Deus-Pai enviou, através de Jesus, para permanecer na terra. Então se é o Espírito Santo que está aqui é melhor começarmos a nos familiarizar com Ele. Investir numa vida com Ele. Ele é doce, manso, santo. É Deus. Só Deus conhece nossos pecados. E a Bíblia diz que o Espírito Santo nos convence dos pecados. Se Ele conhece o pecado é porque ele é Deus. A Bíblia também diz que Ele é Pastor – Ele guia. Só quem guia é pastor. Também é Mestre; nos ensinará toda a verdade. Se Ele ensina é porque é mestre, e se é mestre é porque Ele também faz discípulos. Alguém quer ser discípulo do Espírito Santo? Jesus disse que enviaria o Consolador. Consolador significa: o que anda do seu lado para lhe ajudar. Ou seja, quando você acorda, Ele já está do seu lado pra que a cada passo que você der, Ele possa dar com você. Há muitas qualidades do Espírito Santo. No dia em que nós ousarmos tentar conhecer o Espírito Santo como amigo, nossa vida não será mais a mesma. Há uma vida linda a nossa frente, mas só o Espírito Santo sabe o caminho. Precisamos ser guiados por Ele (Romanos 8,14). Paulo na 2ª carta aos Coríntios 3,17 escreve que: “o Senhor é o Espírito”. Aprenda a considerar o Espírito Santo como Senhor na sua vida. Mas não é Jesus que é o Senhor? Sim. Não é Deus que é o Senhor? Sim. Mas os Três são Um. Jesus e o Pai são Senhores no céu; o Espírito Santo é Senhor aqui na terra. O que é ser Senhor? É ser aquele que tem domínio, autoridade para governar. E se o Espírito Santo é Senhor, só nos resta uma coisa: ser servos d’Ele. E se quisermos, hoje podemos ser chamados Servos do Espírito Santo. O maior ministério na Bíblia é o menor: o serviço. Por isso que Jesus disse que não veio para ser servido, mas para servir. O ESPÍRITO É SENHOR. Ele é o Senhor. Mas onde ele é Senhor? Porque tem lugares em que Ele não é Senhor. Nesse lugar, nessa vida, nesta casa em que Ele é Senhor, então haverá liberdade. O 1º sinal de quando o Senhor Espírito Santo se torna Senhor absoluto em nossas vidas é a liberdade (Gálatas 5,13). A liberdade é d’Ele. Ele tem a liberdade de fazer o que Ele quiser, onde Ele é Senhor. Essa liberdade tem duas vias: - Liberdade na via d’Ele significa: Ele poder agir livremente em nossa vida. - Na nossa via significa: libertação. Ou seja o Espírito precisa ter liberdade para agir em nossa vida, ter liberdade para nos libertar daquilo que está errado. Se você quer ser livre, deixe o Espírito Santo governar sua vida. Dedica sua vida para adorá-lo. Qual é o resultado do Espírito se tornar Senhor na sua vida? Ele tem liberdade, assume o controle, dirige sua vida. Uma coisa é você dirigir e Deus está sentado do seu lado, outra coisa é você sentar no banco direito e entregar o volante para Ele dirigir sua vida. 1. Ele nos dá a visão (2Coríntios 3,18). A primeira coisa que acontece na nossa vida quando nos rendemos ao Espírito Santo é que antes, nosso rosto está encoberto, e depois que nos rendemos a Ele, à autoridade d’Ele, Ele vem e tira o véu. E você tem a visão do mundo espiritual. Isso tudo faz parte da nossa estratégia. Visão é a revelação do plano de Deus para sua vida. 2. Ele revela sua glória (2Coríntios 3,18): Com o rosto descoberto refletindo a mesma imagem do Senhor. Quando Deus tira o véu nós refletimos a mesma imagem do Senhor, conhecemos a sua Glória. Quando o Espírito Santo é Senhor, nós vamos ao espelho e a imagem que vemos é a de Jesus. Você reflete a imagem de Jesus em sua face. 3. Ele nos transforma (2Coríntios 3,18): Somos como a borboleta. Deixamos de ser a lagarta e começamos a voar. Nunca mais somos as mesmas pessoas quando o Senhor assume o Senhorio da nossa vida. Se você quer transformação, é só se render ao Espírito Santo. A escada do Espírito é: cada degrau uma glória. Subimos de Glória em Glória. E à medida que você aprende a se submeter a Ele e vai caminhando de Glória em Glória, a cada transformação que se submete é uma Glória, um nível a mais para alcançamos Deus. Clame para que o Espírito Santo tenha liberdade para trabalhar na sua vida e lhe transformar. Entregue o volante da sua vida ao Senhor e comece a confiar cada dia n’Ele. Se habitue a falar com o Espírito Santo nas suas orações. Torne-se amigo do Espírito Santo e deixe que Ele seja seu melhor amigo. Hoje Deus quer lhe levar a experiência da melhor jornada da sua vida. Quando o Espírito for o Senhor da sua vida, Ele terá liberdade para agir em você, liberdade para dizer a você “não”, e para dizer a você “sim”. Ele vai lhe dar visão e vai lhe levar a refletir a imagem de Jesus na sua vida, porque o Espírito Santo conhece Jesus e Ele pode trazer a imagem de Jesus para você. Se você quer ter uma vida cheia de vida, em plenitude (João 10,10), coloque um novo líder na sua vida, entregue sua vida ao Espírito Santo. É outra realidade porque você como líder vai refletir a imagem de Jesus. E as vidas vão querer voltar porque vão dizer: “aqui eu me sinto bem, aqui eu encontro Jesus”. Ainda que elas não saibam dizer, você vai saber que é a liberdade do Espírito Santo. E haverá transformação não só em você, mas na vida de todos os que estão a sua volta. Texto tirado da Nova Aliança. O DOM DO ESPÍRITO SANTO Sem força, sem nenhuma energia para fazer o bem. Tal é o estado ao qual o pecado reduziu o homem. Ele não somente caiu sob a escravidão do pecado - o que faz necessária a sua redenção - mas também se viu reduzido a um estado de impotência, sem poder agradar ou servir a Deus. Para compensar esta falta de força, devemos possuir um poder. Este nos é indispensável tanto para nos libertar de nossa paralisia interna, produzida pelo pecado, como para nos permitir servir ao Senhor nas diversas circunstâncias exteriores. Deus nos tem dado este poder, e o maravilhoso é que Ele enviou o seu Espírito para habitar em nós. Algo menos que isso poderia parecer suficiente, mas, em seu amor e sabedoria, Deus quis que o Espírito Santo - pessoa divina - fosse a energia ativa do cristão. O Senhor ressuscitado, prestes a subir ao céu, disse aos discípulos: “Recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas” (Atos 1,8). Esta elevada bênção foi cumprida dez dias mais tarde, no dia de Pentecostes. Nascido do Espírito e Habitação do Espírito Em Ezequiel 36 e 37 formulam-se profecias que dizem respeito ao novo nascimento e à vivificação que se cumprirão no remanescente de Israel, a fim de prepará-lo para a bênção milenar. Nestes 2 capítulos também é abordado o Dom do Espírito Santo. “Porei dentro em vós o meu Espírito, e farei que andeis nos meus estatutos, guardeis os meus juízos e os observeis” (Ez 36,27), e ”Porei em vós o meu Espírito, e vivereis” (37,14). Disto resultará para Israel uma vida espiritual que se manifestará por meio de uma obediência ativa à vontade de Deus. Outras passagens do Antigo Testamento contêm promessas semelhantes. Por isso o apóstolo Pedro explicou no dia de Pentecostes que o que acabava de acontecer era a concretização da profecia de Joel (Atos 2,1621; Joel 2,28-32). Contudo, o Dom do Espírito Santo no dia de Pentecostes implica uma plenitude e uma permanência pouco consideradas no Antigo Testamento. O novo nascimento é produzido pelo Espírito Santo. Disto resulta uma nova natureza, que é espiritual em seu caráter essencial. Isto deve ser distinguido da morada do Espírito dentro de homens já nascidos de novo. É muito útil compreender que o poder do cristão está unido não à sua nova natureza, mas sim à efetiva habitação da pessoa do Espírito Santo nele. Romanos 7 narra a experiência de alguém que é nascido de novo, visto que possui “o homem interior”, o qual se deleita na lei de Deus (v. 22). Portanto, aprova o que é bom e o deseja ardentemente, mas vê-se incapaz de praticá-lo. Só no capítulo 8, depois de o cristão ter contemplado a Cristo, seu Senhor (Romanos 7,25), lemos: “a lei (ou autoridade) do Espírito da vida em Cristo Jesus te livrou da lei (ou autoridade) do pecado e da morte” (Romanos 8,2). A força que liberta encontra-se em Cristo e em seu Espírito. Em nós mesmos, não temos nenhum poder, ainda que tenhamos uma nova natureza. Isto é particularmente certo para dar testemunho acerca do Senhor ressuscitado. Em Lucas 24,49 e Atos 1,8 o Senhor indica claramente a seus discípulos que eles devem esperar ser revestidos de poder antes de se tornarem suas testemunhas. Considere que eles tinham seguido ao Senhor durante três anos e o Espírito tinha operado neles. Tinham recebido instruções excepcionais da própria boca do Senhor. Apesar disso, todos esses privilégios não lhes conferiam força suficiente. Qualquer que tenha sido a sua diligência para empreender o testemunho, faltavalhes eficácia até que o Espírito tivesse sido dado. Mas, a partir desse momento, a boca deles foi aberta e com que notáveis resultados! Cheio do Espírito No dia de Pentecostes, os discípulos não receberam simplesmente o Espírito para que habitasse neles, antes “todos ficaram cheios do Espírito Santo” (Atos 2,4). Quando um cristão está cheio do Espírito, sua carne se torna inativa e nada pode opor-se a seu poder. Vemos isto em Estevão, que estava “cheio de fé e do Espírito Santo”, “cheio de graça e poder”. Os seus adversários não podiam “sobrepor-se à sabedoria e ao Espírito pelo qual ele falava” (Atos 6,5.8.10 e 7,55). Incapazes de lhe resistir, usaram a violência como único recurso. Estar cheio do Espírito não é um estado permanente, ao passo que ser habitado por Ele é. Com efeito, Pedro foi cheio do Espírito pelo menos duas vezes (Atos 4,8.31). No entanto, todos os cristãos são exortados a encher-se do Espírito (Efésios 5,18). Pode parecer estranho que tal condição seja comparada ao ato de se embriagar com o vinho. O vinho tem influência sobre o comportamento do homem. Quem dele abusa sente-se agitado e já não se controla. (É aquilo que falaram dos Apóstolos em Atos 2,12: “cheios de vinho doce”. A ação do Espírito não tem nada que ver com essa influência. Aquele que está cheio do Espírito controla os seus atos ao mesmo tempo que é dirigido de maneira conveniente e divina. De fato, nesta passagem, como em toda a Carta aos Efésios, o que é muito mau é colocado em oposição ao que é muito bom. Quando um homem está cheio do Espírito, toda ação carnal é excluída. Todas as coisas que ocupam os nossos pensamentos, o nosso tempo e a nossa energia limitam o poder do Espírito. E não se trata apenas das coisas más, mas também de todas aquelas profanas e sem proveito. Por isso a exortação: “E não entristeçais o Espírito de Deus” (Efésios 4,30). Quando O entristecemos, Ele continua morando em nós, pois a Palavra nos diz que fomos marcados (selados) com o Espírito Santo para o dia da redenção (Efésios 1,13-14), mas o gozo e o poder espiritual se perdem. Experimentamos com tristeza este estado até o dia em que nos julgamos e deixamos de lado o que tem entristecido o Espírito. Pode ser mentira, ira, palavras torpes, amargura, blasfêmias (Efésios 4,25-31). Todas essas coisas são contrárias à ação do Espírito na esfera individual ou na coletiva. Andar no Espírito Como podemos conhecer o poder vitorioso do Espírito em nossa vida? A Carta aos Gálatas dá a resposta resumida nesta exortação: “Andai no Espírito” (Gálatas 5,16). Depois de termos crido no Evangelho, Deus nos dá o seu Espírito, o qual nos sela, nos marca, mostrando assim que somos sua propriedade. Depois disto devemos andar no Espírito. De forma prática, Ele deve ser a fonte e a energia de nossa vida. O “andar” é uma expressão figurada de nossas atividades. Pensamentos, palavras e atos, tudo deve ser submetido ao controle do Espírito. Desta maneira, não satisfazemos os desejos da carne, os quais são anulados pelo poder do Espírito. De maneira figurada, podemos dizer que a nossa vida está cheia de semeaduras e de colheitas. Cada dia saímos com cestos de diferentes sementes. Podemos meter a mão no cesto da carne e semear para a carne, ou podemos buscar no cesto do Espírito e semear para o Espírito. Podemos ceder à influência das coisas que satisfazem a carne, ou, pelo contrário, ocupar-nos com as coisas do Espírito e, assim, semear sementes produtivas para a glória de Deus (Gálatas 6,7-9). Na prática, “andamos no Espírito” quando estamos ocupados com os interesses do Senhor e nos alimentamos d’Ele. As quedas graves não são as únicas que nos privam do poder do Espírito. Com freqüência é suficiente uma falta de concentração nas coisas de Deus. O Espírito toma do que é de Cristo e no-lo comunica; mas Ele pode estar entristecido devido à nossa preguiça espiritual. Se você fosse dar alguma notícia importante a um amigo e ele o interrompesse sem cessar, para falar de coisas triviais, certamente você daria por terminada a sua notícia e ficaria entristecido e decepcionado. Da mesma maneira, o Espírito é sensível a tudo o que diz respeito à glória de Cristo. Tanto O entristece a falta de atenção como o fato de nós pecarmos. Peçamos a Deus que nos mostre até que ponto a nossa falta de poder espiritual é resultado disso. O Espírito, Poder de Serviço O apóstolo Paulo é um exemplo para os cristãos. Observemos, pois, os resultados da ação do Espírito em sua vida de serviço. No período de quase 25 anos, ele evangelizou diferentes povos que ocupavam vastos territórios. Tal obra não poderia ter sido realizada sem a energia comunicada pelo Espírito de Deus. A sua pregação caracterizava-se pela simplicidade (1Cor 2,1-5); todos os ornamentos da eloqüência humana tinham sido colocados de lado, a fim de que o ato central da cruz fosse visto claramente. As suas palavras eram “demonstração do Espírito e de Poder”. Assim, as pessoas convertidas por intermédio dele tinham uma fé que não descansava “em sabedoria humana; e, sim, no poder de Deus”. Em si mesmo, ele não era mais que um “vaso de barro”, mas por meio dele resplandecia o “conhecimento da glória de Deus na face de Cristo” (2Cor 4,6-7). Através do Espírito, seu serviço tinha um caráter vivificante (2Cor 3,6). Nos duros combates pelo Evangelho, as suas armas eram espirituais. Ele derrubava os poderes satânicos entrincheirados no espírito dos homens sob forma de pensamentos orgulhosos e raciocínios opostos a Deus. Os cristãos resultantes desse ministério eram: a “carta de Cristo... escrita.., pelo Espírito do Deus vivente” (2Cor 3,3). O Evangelho não tinha chegado a eles “tão-somente em palavra, mas sobretudo em poder, no Espírito Santo e em plena convicção” (1Tessalonicenses 1,5). O Espírito Santo é um “Espírito... de poder, de amor e de moderação”, a fim de que o cristão possa servir ao Senhor participando “dos sofrimentos, a favor do evangelho, segundo o poder de Deus”, ao mesmo tempo que guarda um equilíbrio sadio em sua atividade (2Timóteo 1,7-8.14). Para o servo de Cristo, o Espírito Santo é, por sua vez, fonte de poder e de fidelidade. O Espírito, Poder de Unidade No dia de Pentecostes, o Espírito Santo veio à Igreja, a qual passou a ser, desta maneira, “habitação de Deus no Espírito” (Efésios 2,22). O Espírito Santo faz igualmente sua habitação em cada cristão (2Timóteo 1,14 e 1Cor 6,19). Estas duas habitações, ainda que muito relacionadas, devem ser distinguidas uma da outra. As bênçãos que até aqui temos estudado resultam da habitação do Espírito no cristão. Elas são muito preciosas; não obstante, as bênçãos ligadas à sua habitação na Igreja conduzem a um terreno mais elevado: o do corpo de Cristo, o da união dos cristãos com Cristo e entre si. O Espírito é um poder de unidade: “Em um só Espírito, todos nós fomos batizados... e a todos nós foi dado beber de um só Espírito” (1Cor 12,13; e também 2Cor 1,21-22). O Espírito permite o harmonioso funcionamento do corpo de Cristo (1Cor 12,11). Ele promove, em particular, uma doce comunhão entre os santos (Fil 2,1) e cria neles um poderoso amor, que é a base de todo serviço (2Tim 1,7). O apóstolo Paulo, depois de ter exposto os belos resultados deste amor manifestado na liberalidade entre os cristãos, declara: “Graças a Deus pelo seu dom inefável” (2Cor 9,15). Certamente esse dom inefável é o Senhor Jesus, mas também é o dom do Espírito para cada cristão e para a Igreja, uma “superabundante graça de Deus”, da qual somos beneficiários. Texto de: F. B. Hole A FORÇA DO ESPÍRITO SANTO “Mas descerá sobre vós o Espírito Santo e vos dará força...” (Atos 1,8) Jesus, que não cessa de manifestar seu amor por nós, após haver morrido numa cruz e ressuscitado ao 3º dia para nos salvar e nos dar novamente acesso ao céu, ainda promete e derrama o Espírito Santo sobre todos nós como um outro Paráclito (defensor, advogado, intercessor), para que fique eternamente conosco (João 14,16-17). Lemos no livro dos Atos que o derramamento do Espírito Santo tem um propósito bem definido: dar-nos força! (Atos 1,8). Assim, o Senhor não derrama o seu Espírito apenas para que tenhamos um bem-estar, uma sensação boa. Ao contrário, desse derramamento advém algo novo, uma revolução, e uma renovação acontece em nossas vidas. “Mas descerá sobre vós o Espírito Santo e vos dará força”. Força para quê? Temos seis significados. 1. O Espírito Santo nos dá força para perseguirmos a santidade, ou seja, força para assumirmos a Salvação. O Espírito nos impele a retomarmos nossa dignidade de filhos de Deus, vivermos como homens e mulheres resgatados, libertos do pecado, verdadeiramente livres da escravidão. Ser santo, pois, significa buscar as coisas lá do alto (Colossenses 3,1), tomar posse da vida nova dada por Cristo, fazer adesão pessoal à Pessoa de Jesus como Senhor Absoluto de nossas vidas. É, ainda, nossa resposta amorosa ao Amor de Deus. Ser santo significa viver em verdadeira liberdade, aquela segundo a vontade de Deus. É procurar ser como Jesus em todas as áreas de nossa vida: no namoro, no casamento, em família, na vida profissional, no lazer, nas conversas, nos pensamentos, nos olhares, nas atitudes... Evangelizar com a vida. É estar em profunda comunhão com a Santíssima Trindade. Pentecostes, antes de ser derramamento de carismas, é dom de santidade. Uma santidade entranhada, interior, provocada pelo convencimento do Espírito Santo acerca do pecado (João 16,8), e não meramente comportamental ou moralista. Ninguém pode se tornar santo, a não ser pela ação do Espírito Santo. 2. Esta “força” que vem do alto também deve ser vista – e este é o 2º significado – como um impulso, uma disposição para deixar-se converter interiormente, deixar o Espírito Santo mudar a mentalidade. Não podemos ser pessoas fechadas a mudanças. Devemos deixar que o poder do Espírito aja nas diversas áreas do nosso coração e da nossa mente, sempre mais. Ele quer tocar e equilibrar nossas emoções, nossos sentimentos, nosso temperamento, nossas ideologias, nosso modo de pensar, nossos conceitos. É precisamente um trabalho interior criterioso e muitas vezes doloroso. Esta obra gera em nós um progresso espiritual fecundo, uma ascese. Vamos tomando a forma da porta estreita, que é Jesus. O maior milagre que o Espírito Santo pode realizar é a nossa conversão interior, pois isso envolve a nossa liberdade de escolha, nosso livre arbítrio. O mais bonito da Festa de Pentecostes narrada nas Escrituras foi a conversão dos Apóstolos. 3. O Espírito Santo nos dá “força” para buscarmos uma vida de oração e de vivência da Palavra de Deus. O desejo, a sede de Deus é que nós tenhamos sede d’Ele. Assim, a oração é o encontro amoroso dessas duas sedes, é o momento de intimidade com o Senhor, “é a elevação da alma a Deus” (São João Damasceno), é momento de diálogo com o Deus de Amor, que se nos revela. O Espírito nos impulsiona a esta nova perspectiva, a da penetração espiritual, da intimidade com o Senhor. Se queremos caminhar em segurança precisamos escutar a voz do Pastor e não nos deixarmos levar por outras vozes (Jo 10,14). Ora, como reconheceremos a voz do Pastor, senão através de uma vida de intensa oração? O Espírito Santo nos transforma em verdadeiros adoradores. O Livro do Êxodo nos diz que Moisés se entretinha com Deus na tenda e saía de lá com a face brilhando. Também nós precisamos irradiar a glória de Deus no mundo a partir da nossa profunda intimidade com Ele. Além disso, Deus fala conosco e nos ensina pela Sua Palavra. A Bíblia é luz para guiar nossos passos, não nos deixa sem rumo ou direção. Aquele que conhece e vive a Palavra de Deus não sai da estrada. Lembremo-nos de que Jesus venceu Satanás no deserto pelo poder da Palavra. A Palavra de Deus forma a consciência cristã e torna-nos aptos para toda boa obra. É o Espírito Santo que nos dá a compreensão e o profundo gosto pela Palavra de Deus; ao mesmo tempo, também por ela, vai restaurando em nós a imagem e a semelhança com o Criador. 4. Um outro aspecto do termo “força” é, precisamente, uma coragem madura para renunciar a si mesmo, tomar a sua cruz e seguir Jesus. O cristão só é autêntico se se juntar à morte de Cristo. Trata-se de uma dimensão do martírio que é a doação livre da vida pela causa de Cristo e do Evangelho. Isto significa morrer para si mesmo (planos, projetos, honras, glórias, orgulho próprio, falsas seguranças, manias pessoais, individualismo, competições, prepotência, falsa superioridade, cargos, etc). Morrer para si mesmo sendo perseguido, humilhado, injustiçado, caluniado, ferido. Morrer para si mesmo significa ter como meta a vontade do Senhor e doar-se inteiramente ao outro, fazer-se tudo para todos, não fugir dos problemas e das aflições; ao contrário, abraçar a cruz com louvor, esperança e muita fé. Não faço aqui qualquer apologia ao sofrimento humano; todavia, este é inevitável em nossa vida e serve como meio para nossa purificação e crescimento espiritual. Certa vez ouvi de um Padre: “do madeiro da cruz sai o óleo da Unção (Óleo de poder, de vitória, de alegria interior, de paz, de autoridade espiritual)!” Lembro-me de um dos sensacionais livros do querido Padre Jorge Tadeu Hermes: “Não Jogue Fora Suas Lágrimas!” Cristianismo sem cruz é falso! Engana-se aquele que procura falsos alívios da cruz em doutrinas sem qualquer fundamento cristão sério. “Em Deus ninguém entra de um modo correto, a não ser via o Crucificado” (São Boaventura). Por obra do Espírito Santo, temos um impulso sobrenatural para suportar a cruz com louvor e amor. Os primeiros cristãos, ao serem presos, cantavam louvores ao Senhor enquanto eram jogados na arena para servirem de alimento para os leões. Esses louvores assombravam o Imperador e sua Coorte. 5. Deus derrama seu Espírito sobre nós dando-nos “força” para vivermos em comunidade. O homem que se isola é infeliz, pois somente se completa em seu semelhante. O Espírito Santo nos capacita para um relacionamento autenticamente cristão com as pessoas ao nosso redor. Impulsionanos a nos decidirmos pelo amor ao outro, pela entrega de si ao próximo. A medida desse amor é a mesma de Cristo: um amor incondicional, até às últimas conseqüências, um amor que não faz distinção de pessoas, que acolhe, que perdoa, que aceita o outro como ele é, um amor maduro e decidido, que respeita o limite do outro, que é solidário. Comunidade, antes de se fazer, é um jeito de ser. A Igreja é uma grande comunidade, chamada à excelência neste projeto do coração de Deus. Se queremos uma transformação em nossa sociedade, precisamos, antes, transformar nossas relações dentro de nossas casas, nos locais de trabalho, na vizinhança, nos nossos Grupos de Oração, na Paróquia, na Rua, na Universidade. Ser Comunidade, ao contrário do que se pensa, não é fácil. Requer muito amor, decisão, doação, compromisso, perseverança, humildade, dedicação, abertura, capacidade de perdoar. Precisamos fazer a nossa parte estando certos de que o Espírito Santo nos ajuda. Que nossas famílias sejam autênticas comunidades cristãs a irradiarem a glória de Deus para o mundo. Celebrando Pentecostes em família!!! 6. O sexto e último significado do termo “força” que nos propomos a tratar aqui é: O Espírito Santo nos dá “força” para sermos discípulos missionários-carismáticos. O derramamento do Espírito Santo recebido no Sacramento do Batismo e trazido à nossa consciência pela experiência da Efusão do Espírito Santo nos impulsiona à missão, a expandir o Reino de Deus neste mundo. Para isso, Ele nos dota de carismas, que são dons de serviço, dons para a edificação da Igreja. A partir do momento em que somos discípulos – aqueles que fazem a experiência de Deus, que escutam a voz do Mestre, que têm intimidade com Ele, – podemos ser Apóstolos, Missionários enviados por Deus aos confins do mundo. A este propósito, precisamos refletir sobre o seguinte: estamos exercendo os carismas de forma responsável? Os estamos exercendo, de fato, no poder do Espírito? Precisamos afastar para longe de nós a banalização dos carismas, o puro emocionalismo, a imitação, a falta de discernimento, a imprudência, a falta de zelo. Por outro lado, não podemos enterrá-los, enquadrá-los em espécies de formas; daí a importância de se buscar a formação constantemente. Somente assim seremos “testemunhas em Jerusalém, Judéia, Samaria e até os confins do mundo” (Atos 1,8b). Jerusalém, Judéia, Samaria e os confins do mundo são o nosso lar, a nossa família, os nossos vizinhos, os colegas de trabalho, os desafetos, os irmãos de caminhada e todos aqueles que de alguma forma tivermos contato. Oportunidades para sermos testemunhas de Cristo não nos faltam! Fonte: http://www.rccrj.org.br/index.php/formacao/758-mas-descerobre-v-espto-santo-e-vos-daror O ESPÍRITO NOS FORTALECE “Robustecidos pelo Espírito” (Ef 3,16-21) No Evangelho de Lucas (9,51) lemos que Jesus tomou uma firme decisão: partir para Jerusalém. Saiu da pequena Nazaré (a periferia), para expandir a Boa Nova na cidade grande (centro), abrindo o horizonte de sua pregação. O Espírito Santo conduziu Jesus junto com os seus Apóstolos. Em Atos 13 encontramos o Espírito Santo que numa assembléia, disse: “Separai-me Barnabé e Paulo para a obra a que os tenho destinado. Enviados pelo Espírito Santo foram e pregavam a palavra de Deus. Saíram da Palestina (periferia do Império Romano) e foram até Roma, a capital (o centro) do Império. É aquilo que o Espírito Santo exorta a Igreja a fazer hoje: “Ir às águas mais profundas, onde ninguém ouviu falar de Jesus Cristo. Ir também da periferia ao centro (quem sabe, penetrar dentro de nós, das nossas famílias!), para transformar nossa religião morna, sem gosto, sem brilho, numa fé do jeito que Deus quer, cheia de fogo que queima e purifica, cheia de sal que traz alegria e entusiasmo, e cheia de luz que traz coragem e fé”. São Paulo se deixou conduzir pela força do Espírito: “Deus nos marcou com um selo e colocou em nossos corações a garantia do Espírito” (2Cor 1,22) “O amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo“ (Rm 5,5) “Que vocês transbordem de esperança, pela força do Espírito Santo” (Rm 15,13). “Vivam segundo o Espírito e vocês não farão mais o que os instintos egoístas desejam” (Gl 5,16). “Se vivemos pelo Espírito, caminhemos também sob o impulso do Espírito” (Gl 5,25). “Vocês se lavaram, foram santificados e reabilitados pelo nome do Senhor J.C. e pelo E.S.” (1Cor ,6,11). “Aonde se acha o Espírito do Senhor, aí existe a liberdade” (2Cor 3,17). “Vocês acreditaram em Cristo, e foram marcados com o selo do Espírito Santo prometido” (Ef 1,13). Paulo anunciou Jesus, o Salvador, que morreu e ressuscitou, que foi glorificado para livrar-nos de todo pecado. Ele teve um encontro pessoal com o Senhor, e abriu o coração para receber assim a VIDA NOVA que lhe foi dada pelo seu ESPÍRITO. A obra da Salvação acontece quando acolhemos Jesus, e o próprio Deus sela, marca sua obra, derramando nela seu Espírito (Atos 2,25-28; Hebreus 6,4-5; Efésios 4,13). A Salvação é Jesus que, como Senhor, Salvador e Intercessor, derrama seu Espírito sobre aqueles que creram n’Ele (João 7,37-39). Por isto é imprescindível pedir o derramamento do Paráclito para que a obra de Deus fique completa. O Objetivo do anúncio do Evangelho é “nascer de novo, da água e do Espírito” (João 3,20). Faz-nos conhecer a Jesus que, estando em nós, nos converte e nos dá força para testemunhar, como diz Paulo (1Corintios 6,19):“Não sabeis que o vosso corpo é templo do Espírito Santo, que habita em vós, o qual recebestes de Deus? Porque fostes comprados por um grande preço. Então glorificai a Deus no vosso corpo”. O Espírito de Deus faz de nós, amigos e amigas de Cristo, compreender sua vida, sua morte e ressurreição, os planos de Salvação do Pai, e nos leva a anunciar, como Paulo, a Palavra de Deus a todos, sem temer perseguições ou a morte. De ouvintes nós nos tornaremos testemunhas de Cristo. Não mais alguém que está vendo o mundo ser salvo, mas que está salvando o mundo, junto com o próprio Cristo. Nossas Comunidades hoje são chamadas a colaborar com o Espírito Santo na renovação do mundo, tanto nas atividades normais e cotidianas, como através das vocações e carismas especiais e extraordinárias. Temos consciência que o Espírito nos fortalece poderosamente (Efésios 3,16). Ele nos dá coragem e vem em auxílio da nossa fraqueza (Romanos 8,26), corrige e incentiva nossos esforços, e faz convergir tudo para o bem comum. O Espírito Santo deposita em nós sete presentes, chamados de dons (Sabedoria, Entendimento, Ciência, Conselho, Fortaleza, Piedade e Temor de Deus), que fecundam o nosso espírito ainda carnal e o fazem frutificar. É como um enxerto. Paulo diz que são nove os frutos que brotam em nós pelo poder do Espírito: Amor, paz, alegria, paciência, serviço, bondade, confiança nos outros, mansidão e autodomínio. (Gálatas 5,22). Os dons são distribuídos e se completam à medida que vivermos num só corpo, e somos Igreja (1Corintios 12,711). Somos diversos, mas unidos pelo Espírito. Por exemplo: Uma família com 5 membros se torna unida e fortalecida pelo Espírito Santo. Um quarteirão com 30-40 famílias (que recebem a capelinha) se torna um pequena Comunidade, unida pelo E.S. O nosso Bairro, com sua diversas vilas e jardins, se torna uma Paróquia, pelo poder do E.S. E assim a Igreja Católica, espalhada pelo mundo inteiro, formada por todo tipo de pessoas, raças e línguas se torna um único rebanho de Cristo, pelo força do E.S. É uma tarefa tão grande que vai precisar dos talentos de todos. Mas juntos, cada um colaborando do seu jeito, com seus Carismas e Dons, teremos mais força para denunciar tudo o que é injusto, socorrer os que sofrem, promover uma sociedade mais humana e solidária. Digamos juntos com o Rei e Profeta Davi: “Envia teu Espírito e renova a face da terra” (Sl 104,30 O Espírito Santo na vida cristã (Atos 2,37-47)O cristão não consegue sobreviver sem uma ação constante e poderosa do Espírito Santo em sua vida. Por isso, ao confortar os discípulos acerca de sua partida, Jesus prometeu-lhes que enviaria o Consolador, que os assistiria em todos os momentos (Jo 14,16-17). A promessa de Jesus se concretizou e a Igreja nasceu no dia de Pentecostes. Os cristãos tinham consciência da importância da ação do Espírito Santo para que houvesse dinamismo e poder na vida cristã (At 1,8). Neste estudo, vamos abordar essa dinâmica da operação do Espírito Santo e seus resultados. O ESPÍRITO SANTO E A SALVAÇÃO O Espírito Santo exerce um papel fundamental na salvação do homem, levando o incrédulo a reconhecer seus pecados e a voltar-se para Deus. Veja como isso ocorre: 1. Arrependimento (Atos 2,38). O arrependimento é um sinal de que a pessoa está passando pelo processo de comversão, resultado do trabalho do Espírito Santo no coração humano. Isso é fundamental porque, morto em seus delitos e pecados (Efésios 2,1-3), o homem não tem condições próprias de voltar-se para Deus. Sua natureza, corrompida pelo pecado, impede-o de aproximar-se do Senhor. O arrependimento é caracterizado por mudança de pensamento e de atitudes (Romanos 12,1-2). O homem abandona o pecado, o antigo “eu" e sua rebeldia contra Deus (orgulho). Há, portanto, uma mudança de opinião, uma revisão de conceitos, uma tomada de nova posição na vida espiritual que surge da convicção de pecado e do arrependimento. 2. Novo nascimento (João 3,3-5). O arrependimento e o novo nascimento estão intimamente ligados, ambos ocorrendo mediante a disposição do homem de aceitar a ação divina. Jesus ensinou que a missão do Espírito Santo é convencer o mundo do pecado, da justiça e do juízo (João 16,8-11). Esse processo resulta na conversão. Em Tito 3,5 Paulo afirma: “Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo”. Após esse processo, a pessoa de Cristo passa a ocupar o lugar central na vida do convertido. Os bens materiais, os ideais humanos, etc. ficam para trás, colocados em segundo plano. 3. Testificação da salvação. Depois do processo da conversão, o Espírito Santo passa a habitar o convertido, dando-lhe testificação de sua salvação: a. Salvação pela fé (Efésios 2,8): A Bíblia ensina que somos salvos pela fé, e não pelas obras, (v. 9). Quem poderia nos dar certeza a ponto de podermos crer e afirmar que somos salvos? O Espírito Santo é quem testifica em nossos corações que somos filhos de Deus (Rom 8,16). b. Salvação e convicção (Gálatas 4,6): Uma das armas usadas por Satanás, para impedir que a pessoa tenha convicção de sua salvação depois que ela aceita Jesus é semear a dúvida no coração. Contudo, o Espírito Santo dá certeza e confiança de que fomos redimidos. c. Salvação e filiação. A Salvação recebida em Cristo Jesus nos assegura o direito de filiação a Deus, (João 1,12). Adquirimos o direito de filhos por adoção (Rom 8,15). O ESPÍRITO SANTO E A VIDA CRISTÃ Além de atuar na conversão do homem, o Espírito S. age como dinamizador da vida cristã. A condição exigida daqueles que desejam ter uma vida cristã autêntica e levar almas a Cristo é que sejam cheios do Espírito Santo (Atos 4,31; Efésios 5,18). Vejamos como isto ocorre: 1. O Espírito Santo capacita a pregar um Evangelho que transforma. Enquanto o pregador fala, o Espírito Santo age no coração do ouvinte, produzindo fé. Não se pode desvincular o Espírito Santo da pregação. Uma pregação sem a unção do Espírito é vazia e sem sentido: a. Ao ouvirem o discurso de Pedro, as pessoas “compungiram-se em seu coração” (At 2,37). As palavras do apóstolo eram poderosas. Seu sermão tocou os ouvintes. Não houve meras reações emocionais, mas sim mudanças reais e permanentes. Cerca de três mil pessoas se converteram, fruto da ação do Espírito Santo. b. Transformações duradouras na personalidade humana só são produzidas pelo Espírito Santo. Aqueles que são mudados parcialmente, e por um breve período, não foram trabalhados pelo Espírito de Deus. 2. O Espírito Santo proporciona o desenvolvimento integral da vida cristã: a. O cristão torna-se participante de Cristo (Hebreus 3,14). Essa relação entre o cristão e o Senhor Jesus é cultivada pelo Espírito Santo. Cristo é a videira e nós estamos ligados a Ele pelo Espírito (João 15,5). Esse tipo de comunhão é visto entre os cristãos da Igreja primitiva (Atos 2,42). b. Oração, fonte de desenvolvimento espiritual. Ela é uma das mais poderosas armas que temos a nosso dispor, como cristãos. Muitos ensinam que nem precisamos pedir qualquer coisa a Deus, pelo fato d’Ele ter conhecimento de nossas necessidades. Mas Jesus ensinou os discípulos a orar (Mateus 6,6-9). Pela oração e pela súplica, nossas petições devem ser conhecidas diante de Deus (Filipenses 4,6). O Espírito nos presta auxílio na prática da oração, levando-nos a orar segundo a vontade de Deus (Rom 8,26-27 e 1João 5,14). A Igreja nos dias dos apóstolos vivia em constante oração (Atos 2,42). Por isso era fortalecida e dinâmica; seu testemunho causava impacto na sociedade e gerava milhares de conversões. c. Direção pela Palavra: “Ele vos guiará em toda a verdade” (Jo 16,13). Jesus refere-se ao Espírito como “Espírito de Verdade”. Uma de suas tarefas é guiar o cristão em toda a verdade. O Espírito possibilita ao cristão compreender as Escrituras, recebendo delas direção para sua vida. Ele age como iluminador da Palavra que Ele mesmo inspirou (2Timóteo 3,16). Fonte: Revista de Estudos Bíblicos O ESPÍRITO SANTO NO CRISTÃO João 14,16-17; Romanos 8,9-17 “O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus” (Romanos 8,16). Introdução O Espírito opera no cristão um caráter individual, produzindo a regeneração e a santificação, habilitando-o para o arrebatamento e herança dos salvos na glória. O Espírito Santo é o grande Executivo da vontade divina no plano da redenção dos cristãos. Já conhecemos a natureza do Espírito Santo e suas atividades. Agora, estudaremos o ministério do Espírito Santo no cristão, em caráter individual. O Espírito Santo produz regeneração Somente pela regeneração o homem pode tornar-se filho de Deus. O melhoramento da velha natureza humana não lhe proporciona habilitação satisfatória. O homem tornou-se participante da natureza decaída do primeiro Adão, pelo pecado do Orgulho (Gên 3,3-5). As bênçãos espirituais provenientes de Deus são somente para seus filhos espirituais, e são distribuídas pelo Espírito Santo através da operação da regeneração do novo nascimento. Por isso precisamos considerar: A natureza da regeneração A regeneração é de natureza espiritual. É obra do Espírito Santo. Nicodemos era mestre em Israel, contudo Jesus ensinou-lhe que precisava nascer de novo, enfatizando: “Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus” João 3,3. Nicodemos era um homem de moral elevada; ainda assim, Jesus insistiu em dizer que ele precisava iniciar a viver uma nova vida – nascer uma segunda vez – nascer do Espírito (João 3,5-7). A necessidade da regeneração A natureza humana corrompeu-se; por isso precisa sofrer a mudança radical e esta mudança começa com o novo nascimento. Visto que o homem nascido segundo a carne está espiritualmente morto pelo pecado (Efésios 2,1) precisa ser vivificado – nascer do Espírito (Tito 3,4-5; 1Pedro 1,23). Certamente Nicodemos conhecia este texto do profeta Ezequiel: “derramarei água pura sobre vós e ficareis purificados... porei dentro em vós o meu Espírito e farei que andeis nos meus preceitos” (Ezequiel 36,25-27). Mesmo assim, as palavras de Jesus lhe pareceram estranhas. Em sua explicação, Jesus levou-o a considerar a operação do vento, que, embora tenha procedência e destino desconhecidos, é real e sentido por todos. É assim também o Espírito. Ninguém pode explicar como o Espírito vem à vida do pecador, tornando-a uma nova criatura em Cristo. A resposta é: a ação maravilhosa do Espírito é a causa eficiente da regeneração (João 3,8). Efeitos da regeneração Jamais alguém pôde analisar a mudança ocorrida nos desejos básicos do homem, em suas motivações íntimas. As novas atitudes, as decisões sensatas, comportamento correto do homem sob o controle do Espírito Santo, são efeitos da regeneração por Ele operada, a qual atinge os três aspectos básicos da natureza humana: a) Pensamento b) Sentimento c) Vontade Tudo isso acontece como efeito das atividades do Espírito Santo na vida do homem. A ação invisível do Espírito Santo produz resultados visíveis. Isto posto, causa e efeito são uma verdadeira maravilha na vida do cristão. O Espírito Santo produz santificação: A santificação é um assunto muito vasto, e que não pode ser discutido em detalhe neste pequeno espaço. O significado da santificação: Essencialmente, a santificação significa um ato de Deus separando alguma coisa ou pessoa para um serviço sagrado. No Novo Testamento, santificação significa a separação do homem do pecado e a dedicação de sua vida ao serviço de Deus, para uso do Senhor. Você há de convir que ser alguém apenas separado do pecado não é essencial. Assim, a obra do Espírito Santo estaria incompleta. A pessoa precisa ser separada para Deus e seu serviço (2Timóteo 2,21). Quando sentimos os impulsos da velha natureza (o homem carnal), podemos também estar certos de que temos um maravilhoso “aliado” na pessoa do Espírito Santo. Por este divino poder nos é possível viver vitoriosamente. Enquanto a natureza decaída tenta equilibrar-se e impedir a obra do Espírito Santo em nossas vidas, o Espírito Santo também reage e dá ao cristão o sincero desejo de vencer e dominar as obras da carne. Certos de que o Espírito tem uma natureza santa como indica seu nome, facilmente concluímos que estarmos ou permanecermos cheios do Espírito (Efésios 5,1) é o meio mais seguro para obtermos a santificação que tem caráter instantâneo e progressivo, ou seja, é produzida em nós instantaneamente pelo Espírito Santo e por Ele conservada durante os anos da nossa peregrinação nesta vida (Gálatas 5,16.25). Obstáculos à santificação Mesmo que o cristão tenha sido feito participante da natureza divina, a velha natureza, o “eu”, “o orgulho” ainda está presente, tentando firmar-se e obter o controle de nossa vontade e de nossas ações. Prender a natureza carnal ou pretender simplesmente dominá-la, por meios próprios, resulta em um completo fracasso. “A carne se opõe ao Espírito” (Gálatas 5,16). A carne produz as obras cujo fim é a morte. Portanto não esqueçamos que a natureza carnal é um grande obstáculo a santificação. É o Espírito Santo na vida do cristão que domina a natureza carnal e produz a santificação. A necessidade da santificação “Sem santificação ninguém verá o Senhor” (Hebreus 12,14). O fruto do Espírito é representado por 9 virtudes que são a expressão do caráter divino e representam essencialmente o amor de Cristo. Contra essas qualidades espirituais não há lei ou condenação (Gálatas 5,22-23). O Espírito Santo, o agente, aquele que dá a cura divina. Vamos aqui considerar aqui 3 pontos: 1. O Espírito Santo distribui os dons de curar: Em 1Coríntios 12,11, o Apóstolo Paulo inclui os “dons de curar” entre os demais dons, e finaliza: “Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer”. Assim você pode ver que o Espírito Santo está presente em todos os casos em que a necessidade da criatura humana o requer. 2. Espírito Santo sustenta a vida do homem: Felizmente, muitos servos de Deus não somente crêem na cura divina, mas também na preservação da saúde e manutenção da vida, com vistas aos interesses do reino de Deus. Em Jó 33,4 lemos: “O Espírito de Deus me fez, e o sopro do Todo poderoso me dá vida”. Este trecho nos apresenta o Espírito de Deus como criador e sustentador da vida do homem. 3. O Espírito Santo torna reais as provisões de Cristo: O Espírito é o agente de Deus para a restauração da nossa saúde. Ele torna real para nós as provisões da obra redentora de Cristo, tanto para o nosso corpo como para nossa alma. Realmente, o Espírito Santo, embora invisível, é real e justamente o agente eficaz, ministrando em nosso físico. O ESPÍRITO SANTO, REPRESENTANTE DE CRISTO NO MUNDO Quando Cristo estava perto de ir ao céu, prometeu aos seus discípulos um dom inestimável: "Mas eu lhes afirmo que é para o bem de vocês que Eu vou. Se Eu não for, O CONSELHEIRO não virá para vocês; mas se Eu for, Eu O enviarei. Mas, quando o ESPÍRITO DA VERDADE vier, ELE OS GUIARÁ a toda a verdade. ELE ME GLORIFICARÁ, porque receberá do que é Meu e o tornará conhecido a vocês" (Jo 16,7.13-14). No plano divino, Jesus precisava voltar para o céu como nosso representante diante de Deus, e "se apresentar diante de Deus em nosso favor" (Hbr 9,24). Enquanto nosso crucificado o Senhor nos representa no céu, nós também temos o Espírito Santo como nosso CONSELHEIRO e GUIA aqui na terra. Ele é o representante direto de Jesus. Enquanto estava aqui, a atuação de Jesus era confinada ao corpo humano, e Ele não conseguia estar presente em todos os lugares. O Espírito Santo não tem tais limitações. Ele pode servir como um Conselheiro e Guia pessoal para incontá- veis pessoas, em muitos lugares ao mesmo tempo. Cristo supre nossas necessidades através do Espírito Santo. QUEM É O ESPÍRITO SANTO? A maioria de nós consegue se relacionar com Deus-Pai se o imaginamos como o pai mais cuidadoso e bondoso que já conhecemos. E podemos imaginar Jesus, o Filho, porque Ele viveu entre nós como uma pessoa. Mas quanto ao Espírito Santo, temos dificuldades de imaginá-lo e nos relacionarmos com Ele. Não temos nenhuma comparação humana para facilitar. A Bíblia nos dá informações específicas sobre o Espírito Santo: uma Pessoa. Jesus se referiu ao Espírito Santo como uma pessoa, um membro da Trindade, juntamente com Deus-Pai e DeusFilho: "Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo" (Mt 28,19). O Espírito tem características pessoais: uma mente (Rom 8,27); sabedoria (1Cor 2,10); sentimentos de amor para conosco (Rom 15,30); sentimentos de aflição quando pecamos (Ef 4,30); a habilidade de nos ensinar (Neemias 9,20); poder para nos guiar e envolvimento na Criação. O Espírito Santo participou na formação de nosso mundo com o Pai e o Filho: "No princípio criou Deus os céus e a terra... e o ESPÍRITO DE DEUS pairava sobre as águas" (Gênesis 1,1-3). AS ATIVIDADES DO ESPÍRITO SANTO 1. TRANSFORMA O CORAÇÃO HUMANO. Em seu encontro com Nicodemos, Jesus enfatizou o papel do Espírito Santo em transformar o coração humano: "Digo-lhe a verdade: Ninguém pode entrar no Reino de Deus, se não nascer da água e do Espírito". Jo 3,5. "Nascer do Espírito" significa que o Espírito nos dá a chance de recomeçar. É mais do que uma mudança de comportamento. O Espírito nos transforma de dentro para fora, cumprindo a promessa: "Darei a vocês um coração novo" (Ezequiel 36,26). 2. NOS ALERTA SOBRE O FAZER O MAL E NOS DÁ UM DESEJO DE SANTIDADE: "Quando Ele, o Espírito Santo, vier, CONVENCERÁ o mundo do PECADO, DA JUSTIÇA e do juízo" (Jo 16,8). Quando você ouve a história da transformação de uma pessoa que deixa um estilo de vida imoral e se volta para Deus, tornando-se assim um cônjuge fiel e um pai provedor, lembre-se de que cada passo dado na direção dessa completa transformação veio como resultado da motivação do Espírito Santo. 3. NOS GUIA EM NOSSA VIDA CRISTÃ. Cristo fala diretamente através da suave voz do Espírito. "Quer você se volte para a direita quer para a esquerda, uma voz atrás de você lhe dirá: Este é o caminho, siga-o" (Is 30,21). Através da transmissão por satélite, nossas TVs trazem imagens e rostos provenientes de um país estrangeiro até o centro de nossa própria sala. O Espírito Santo age como um pequeno satélite de Deus, trazendo a presença de Cristo do céu à terra, aproximando-O de nós quando mais precisamos dEle (Jo 14,15-20). 4. AJUDA NOSSA VIDA DE ORAÇÃO. "Não sabemos como orar, MAS O PRÓPRIO ESPÍRITO INTERCEDE POR NÓS com gemidos inexprimíveis" (Rom 8,26-27). Quando estamos lutando para encontrar as palavras certas, o Espírito está orando em nosso favor. Quando ficamos tão desencorajados que conseguimos apenas murmurar a Deus algumas palavras, o Espírito amplifica nosso débil clamor por ajuda e o transforma numa poderosa oração a ser apresentada diante do trono de Deus, onde Jesus agora ministra. 5. DESENVOLVE AS QUALIDADES E O CARÁTER CRISTÃO. O Espírito transforma indivíduos espiritualmente estéreis em pessoas tão férteis como árvores que produzem todos os tipos de frutos: "MAS O FRUTO DO ESPÍRITO é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio" (Gál 5,22-23). Ter o fruto do Espírito demonstra que estamos ligados à videira verdadeira, Jesus (Joao 15,5). Jesus, na verdade, pode viver Sua vida abundante através de nós pelo poder do Espírito. 6. NOS PREPARA PARA TESTEMUNHAR. Jesus promete: "MAS RECEBERÃO PODER quando o ESPÍRITO SANTO descer sobre vocês, e serão MINHAS TESTEMUNHAS... até os confins da terra" (Atos 1,8). Todos os que desejam podem se tornar testemunhas pelo Espírito. Talvez não tenhamos todas as respostas, mas o Espírito pode nos dar uma história para contar que toque corações e mentes. Os apóstolos tinham dificuldades de se comunicar antes do Pentecostes, mas depois que o Espírito desceu, eles proclamaram a Cristo com tanto poder que "transtornaram o mundo" (Atos 17,6). OS DONS DO ESPÍRITO A Bíblia fazem distinção entre o dom da presença do Espírito, dado por Deus aos cristãos para que tenham uma vida cristã vitoriosa, e os dons do Espírito distribuídos para que exerçam um ministério eficiente de diferentes maneiras. "Quando Ele subiu em triunfo às alturas, levou cativos muitos prisioneiros, e deu dons aos homens. Ele designou alguns para Apóstolos, outros para Profetas, outros para Evangelistas, e outros para Pastores e Mestres, com o fim de preparar os Santos para a obra do ministério" (Ef 4,8.11-12). Os cristãos não recebem a totalidade dos dons; alguns recebem mais que outros; o Espírito os "distribui individualmente, a cada um, como quer" (1Cor 12,11). O Espírito capacita cada cristão para desempenhar de maneira especial sua função no plano de Deus. Deus sabe quando e onde dar os dons para que seu Povo e sua Igreja sejam mais abençoados. Outra lista de dons espirituais encontradas em 1Coríntios 12,8-10 inclui sabedoria, conhecimento, fé, cura, profecia, falar em línguas e a interpretação das línguas. Paulo nos aconselha a buscar "com dedicação os melhores dons", e acrescenta: "Passo agora a mostrar-lhes um caminho ainda mais excelente" (1Cor 12,31). O capítulo do amor (1Cor 13) que se segue a esse verso enfatiza que o "caminho mais excelente" é o caminho do amor. E o amor é fruto do Espírito (Gál 5,22). Nossa preocupação deveria ser buscar o fruto do Espírito e então deixar que o Espírito distribua seus dons entre nós como quiser (1Cor 12,11). A ABUNDÂNCIA DO ESPÍRITO NO PENTECOSTES No dia de Pentecostes, o Espírito foi derramado de maneira ilimitada, cumprindo a promessa de Jesus:"Mas receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês, e serão minhas testemunhas até os confins da terra" (Atos 1,8). Naquele dia, o Espírito capacitou os Apóstolos a comunicarem o Evangelho de maneira clara no idioma das pessoas vindas "de todas as nações do mundo" (Atos 2,3-6). Alguns estudiosos da Bíblia comparam a vinda do Espírito à temporada das chuvas do princípio do outono e no final da primavera na Palestina (Joel 2,23). O Espírito descendo no Pentecostes foi como a "chuva temporã" do outono, que fazia as sementes brotar e proveu nutrição vital para a igreja cristã em seus primórdios. A CHUVA DO ESPÍRITO A profecia bíblica fala de um dia vindouro no qual o Espírito de Deus será derramado abundantemente sobre a Igreja, dando poder aos membros da Igreja para testemunharem (Joel 2,28-29). Séculos já se passaram e a história da salvação foi espalhada pela maior parte da terra. Agora é o tempo para a "chuva temporã", para amadurecer o grão, deixando-o pronto para a colheita. À medida que a história ruma para o seu clímax, precedendo a 2ª vinda de Cristo, Deus preparará cada cristão sincero para céu através de um grande derramamento do seu Espírito. Está você experimentando atualmente a "chuva temporã" que está preparando a Igreja para a "chuva" do Espírito? Está você vivendo uma vida cheia do Espírito? À medida que você for recebendo poder do Espírito, está você disposto a deixar Deus usar você para comunicar as novas do seu incrível amor e do seu breve retorno? CONDIÇÕES PARA RECEBER O ESPÍRITO SANTO No Pentecostes, o Espírito Santo impulsionou aqueles que ouviram o evangelho a clamarem: "Irmãos, que faremos?" (Atos 2,37). "Pedro respondeu: 'ARREPENDAM-SE E cada um de vocês SEJA BATIZADO em nome de Jesus Cristo para perdão dos seus pecados, e RECEBERÃO O DOM DO ESPÍRITO SANTO" (At 2,38). Arrepender-se, deixar o caminho de uma vida pecaminosa e se voltar para Cristo, é uma condição para receber o dom do Espírito. Para ter o derramamento do Espírito em nossa vida, precisamos primeiramente nos arrepender e comprometer nossas vidas com Cristo. Jesus também enfatizou que o desejo de seguí-lo e obedecê-lo era uma condição para o recebimento do dom do Espírito Santo (João 14,15-17). UMA VIDA CHEIA DO ESPÍRITO Antes de deixar este mundo, Jesus deu as seguintes instruções a Seus seguidores: "Não saiam de Jerusalém, mas esperem pela promessa de meu Pai... Pois João BATIZAVA COM ÁGUA, mas dentro de poucos dias vocês serão BATIZADOS COM O ESPÍRITO SANTO" (Atos 1,4-5). Vez após outra as Escrituras indicam que o cristão deve ser "cheio do Espírito Santo" (Atos 2,4; 4,8; 4,31; 6,3; 7,55; 9,17; 13,9; 13,52; 19,6). O Espírito Santo dá realização e beleza à vida do cristão, pois viver uma vida cheia do Espírito atinge o ideal de Cristo para nós. Ao descrever a vida cristã cheia do Espírito, Paulo fez a seguinte oração pelos cristãos da igreja: "oro para que com as suas gloriosas riquezas, ele os fortaleça no íntimo do seu ser com poder, por meio de seu espírito, para que cristo habite no coração de vocês mediante a fé... àquele que é capaz de fazer infinitamente mais do que tudo o que pedimos ou pensamos, de acordo com o seu poder que atua em nós" (Ef 3,16-17.20). Podemos, com a guia do Espírito Santo em nossa vida, fazer muito mais do que éramos capazes anteriormente. Com novos desejos e novas capacidades, somos capacitados a andar confiantemente para frente ao invés de apenas tentar lidar com os problemas da vida. Essa experiência de “ser cheio do Espírito” é renovada a cada dia, através da oração e do estudo da Bíblia. A oração nos mantém em contato íntimo com Cristo, e estudar a Palavra de Deus nos mantém concentrados em seus recursos. Isso quebra qualquer barreira entre nós e Cristo que possa evitar que Ele derrame sobre nós seu dom do Espírito. É assim que crescemos e substituímos hábitos e atitudes maus por qualidades saudáveis. Romanos 8, oferece uma descrição empolgante da vida cheia do Espírito. Leia o capítulo quandopuder, e atente para a quantidade de vezes que Paulo aponta para o "Espírito" como a fonte do poder por trás da vida cristã. Você já descobriu como é maravilhosa a vida cheia do Espírito? Está você consciente da presença do Espírito em sua vida? Está experimentando seu poder? Que você possa abrir sua vida ao maior poder do universo hoje mesmo. Qual é o papel do Espírito S. em nossa vida? De todos os presentes que Deus tem dado à humanidade, não há um maior do que a presença do Espírito Santo. O Espírito tem muitas funções, papéis e atividades. Primeiro, Ele trabalha nos corações de todas as pessoas em todos lugares. Jesus disse aos seus discípulos que Ele enviaria o Espírito ao mundo para convencer “o mundo do pecado, da justiça e do juízo” (João 16,7-11). Todo mundo tem uma consciência de que Deus existe, querem eles admitam ou não, pois o Espírito aplica as verdades de Deus às mentes dos homens para convencê-los com argumentos suficientes e justos que são pecadores. Responder a essa convicção leva os homens à salvação. Quando somos salvos e pertencemos a Deus, o Espírito passa a residir em nossos corações para sempre, selando-nos com a promessa que confirma, certifica e assegura nosso estado eterno como Seus filhos. Jesus disse que Ele enviaria o Espírito para ser nosso Consolador, Conselheiro e Guia: “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco” (João 14,16). A palavra grega traduzida como “consolador” significa um que é chamado para o lado de alguém, e dá a idéia de alguém que encoraja e exorta. A palavra “a fim de que esteja” tem a ver com sua residência permanente nos corações dos cristãos (Romanos 8,9; 1Coríntios 6,19-20; 12,13). Jesus enviou o Espírito como uma “compensação” por sua ausência, para executar as funções que Ele mesmo teria executado se tivesse permanecido pessoalmente conosco. Uma dessas funções é aquela de ser revelador da verdade. A presença do Espírito dentro de nós nos capacita a entender e interpretar a sua Palavra. Jesus disse aos seus discípulos: “quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade” (João 16,13). Ele revela a nossas mentes o “conselho” completo de Deus em relação a louvor, doutrina e vida cristã. Ele é o verdadeiro guia, indo na nossa frente, mostrando o caminho, removendo os obstáculos, abrindo as portas para entendimento e fazendo todas as coisas claras e simples. Ele nos mostra o caminho que devemos seguir em todas as coisas espirituais. Sem um guia assim, seríamos propensos a cair em erro. A verdade que Ele revela é que Jesus é quem Ele disse ser (João 15,26; 1Coríntios 12,3). O Espírito nos convence da divindade de Cristo, e que Ele é o Filho de Deus, da sua Encarnação, que Ele é o Messias, de seus sofrimentos e morte, sua ressurreição e ascensão, sua exaltação à direita de Deus, e de sua função como o Juiz de tudo. Ele dá glória a Cristo em tudo (João 16,14). Uma outra parte de sua função é aquela de distribuidor de dons. Em 1Coríntios 12, Paulo descreve os dons espirituais dados aos cristãos para que possam funcionar como o Corpo de Cristo na terra. Todos esses dons, grandes e pequenos, são dados pelo Espírito para que possamos ser seus embaixadores ao mundo, mostrando sua graça e O glorifiquemos. O Espírito também funciona como o produtor de fruto em nossas vidas. Quando Ele habita em nós começa o processo de produzir e colher frutos em nossas vidas: “amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, temperança” (Gál 5,22-23). Estes não são frutos da carne, incapazes de produzir tais frutos, mas são os produtos da presença do Espírito em nossas vidas. Teremos este conhecimento: o Espírito Santo de Deus passa a residir em nossas vidas; executa todas essas funções tão milagrosas; Ele habita em nós para sempre e nunca vai nos abandonar ou deixar. Tudo isso é motivo de grande alegria e conforto. Graças a Deus por esse presente tão precioso: o Espírito Santo e seu trabalho em nossas vidas! Pe. Cláudio Weronig OMV - Cel: 9986-6408 - E-mail: [email protected] Vida cheia do Espírito Santo Diác. Misael da Silva Cesarino Quando a Igreja nos convida a sermos discípulos-missionários de Jesus, no intimo deste convite está o encontro com uma pessoa: Jesus Cristo. Esse encontro só é possível quando o buscamos e nos conformamos a Ele, por uma vida de filhos de Deus. Essa conformação se dá pela nossa filiação divina, acontecida no Batismo, por ela recebemos o Espírito de Filhos de Deus, isto é o Espírito de Cristo, o Espírito Santo. Ora, ter o Espírito de Cristo é comum a todos os batizados, porém para viver um dinamismo apostólico, ou melhor, para viver um discipulado dinâmico, evangelizador é preciso viver uma vida cheia do Espírito Santo. Ser cheio do Espírito Santo, ou batizado no Espírito Santo é um ensinamento bíblico de um grandíssimo valor e máxima importância para a Igreja. Não podemos negá-lo, simplesmente porque alguns não aceitam e não procuram praticá-lo. Se está na Bíblia Sagrada devemos acolhe-lo com solicitude cristã. Se muitas vezes vivemos um cristianismo sem vida, apático, da mesmice, num devocionalismo inconseqüente, um batismo sem comprometimento eclesial, onde se pratica a fé somente por legalismo religioso, é porque está faltando poder espiritual em nossa vida. Esta faltando uma vida cheia do poder do Espírito Santo. Estamos vendo e vivendo nos dias de hoje uma dicotomia entre a fé e a vida. Estamos convivendo com dois tipos de batizados em nossas comunidades: os carnais e os espirituais. Existe o cristão que foi batizado, recebeu o Espírito Santo mas não O vive (é o carnal), e o cristão que tem e vive uma vida cheia do Espírito Santo (é o espiritual). Ambos foram batizados, ambos receberam o Espírito, porém, o primeiro é batizado, recebeu o Espírito Santo, mas vive sob os desejos da carne, ele é “o homem carnal” (Gálatas 5,16-21). Ele possui o Espírito Santo, mas o Espírito não o possui, pois ele não dá liberdade para o Espírito Santo que está no seu coração agir e orientar a sua vida. Ele vive das coisas mundanas, anda nas cobiças da carne, satisfazendo suas paixões. Ele semeia na carne e da carne há de colher. Mas o segundo vive segundo o Espírito. É “o homem espiritual”. Ele busca no cotidiano a encher-se do poder de Deus, permitindo que o Espírito tenha espaço na sua vida, deixando ser possuído pelo Ele. Ele vive, anda, submete, semeia no Espírito e do Espírito ceifará. É essa possessão que nos chamamos de batismo do Espírito Santo. Isto é verdadeiramente o poder do Espírito Santo agindo na vida do batizado, tornando-o discípulo missionário de Cristo, capaz de testemunhar a salvação que o Senhor nos conquistou. No Antigo Testamento encontramos 2 Profetas do Senhor referindo-se ao batismo do Espírito Santo: O primeiro é Isaias (44,3-4), que escreveu: “Porque derramarei água sobre o solo sequioso, fá-la-ei correr sobre a terra árida, derramarei meu Espírito sobre tua posteridade, e minha bênção sobre teus rebentos. Crescerão como a vegetação irrigada, como os álamos à beira dos arroios”. O outro é Joel (2,28-30), que escreveu o seguinte: “Depois disso, acontecerá que derramarei o meu Espírito sobre todo ser vivo: vossos filhos e vossas filhas profetizarão; vossos anciãos terão sonhos, e vossos jovens terão visões. Naqueles dias, derramarei o meu Espírito sobre os escravos e as escravas”. Quando olhamos o livro dos Atos 2,1-41, vemos como foi eficaz a pregação dos Apóstolos depois do batismo no Espírito Santo em Pentecostes. A partir deste dia houve eficácia na ação evangelizadora deles. Essa experiência do Pentecostes da Igreja primitiva nos indica um caminho que deve ser seguido por qualquer batizado que se fez discípulo-missionário de Jesus Cristo. O próprio Apóstolo Pedro quando toma a palavra em Atos 2,14 afirma citando (Joel 3,1-5) que o Pentecostes ali acontecido era o cumprimento da Promessa escatológica do Espírito Santo (At 2,15-21). E após esse derramamento do Espírito Santo, Pedro passa a anunciar com poder o “Querígma” (Atos 2,22-36) fala dee Jesus Cristo “Messias e “Senhor”, como aquele que dá sem medida o Espírito Santo. O Espírito que habita no batizado que se fez discípulo-missionário, quer a sua colaboração para poder irradiar o Evangelho de Jesus Cristo, e Ele só realiza isso por meio de homens cheios do Espírito Santo – homens espirituais. A evangelização do mundo requer do batizado disponibilidade à ação do Espírito Santo. Isso só se cumprirá na vida do batizado, sempre que ele se esvaziar do seu “eu” com todos os seus inumeráveis periféricos, e dar lugar a Cristo em seu coração. Se assim proceder, o Espírito Santo o possuirá e será um discípulo-missionário de Cristo cheio do Espírito, conforme os Atos. Se queremos viver nosso batismo como discípulos-missionários, na plenitude do poder do Espírito Santo, precisamos acertar nosso relacionamento de filhos com nosso Deus e Pai. Lembremos que o Deus dos dias da Igreja primitiva, o Deus dos Apóstolos é o mesmo dos dias de hoje. Ele não mudou e jamais há de mudar, portanto o que aconteceu naqueles dias poderá acontecer hoje, e a responsabilidade que eles tinham no anúncio do Evangelho, nós também temos hoje. Portanto, desperta ó tu que dormes! Acordemos para a significação da plenitude dos tempos, que tem seu objetivo tão real como na época de Jesus. Apropriemo-nos dos recursos providenciados, não somente os da tecnologia, mas também os espirituais: o poder do Espírito, sem o qual o resto significa nada. Se o Projeto de Salvação para o homem encontrar a cooperação humana - a dos discípulos de Cristo conseguiremos Evangelizar nosso povo para o Senhor Jesus. O ESPÍRITO SANTO E SEUS FRUTOS INTRODUÇÃO Em Gálatas 5,17, nós encontramos que dentro do cristão em dois poderes contrários. O Espírito de Deus habitando em todos os cristãos os conduz (vs. 18) no caminho da retidão. A carne (= velha natureza, homem velho) está claramente em oposição ao Espírito Santo e a nova natureza (= homem novo). Isto produz uma batalha constante na vida de todos os cristãos (Romanos 7,1523), e os faz almejar a liberação da carne (Romanos 7,24-25; 8,23). Paulo ensina que os dois poderes produzirão certas características e obras na vida de um indivíduo que se submete a eles (Gálatas 5,19-23). Mesmo que o "trabalho da carne" e os "frutos do Espírito" possam ser produzidos pela vida do cristão, Paulo frisou claramente que os cristãos são caracterizados pelos frutos do Espirito. A carne de um cristão não está morta, mas foi crucificada (Gálatas 5,24). A "crucificação" e a "mortificação" são usadas na Bíblia para descrever a morte lenta e debilitada do poder da carne na vida de um cristão. Aqueles cujas vidas são exibições constantes de trabalhos da carne não entrarão no reino de Deus (Gálatas 5,21). A FONTE DOS FRUTOS DO CRISTÃO Os cristãos, às vezes, perguntam-se o porquê eles permanecem lutando contra a carne nesta vida. Não é Deus quem nos ensina que todos o bens espirituais são d’Ele? Nossa velha natureza não produz nada além de espinhos e roseiras bravas. Tudo o que agrada a Deus em um Cristão deve ser chamado de "fruto do Espírito." O Cristão pode produzir bons frutos somente em submissão ao Espírito Santo. Enquanto nós nos rendemos a Ele estas características são produzidas em nossa vida. Esta verdade é ilustrada pelo Salvador em João 15,4-5, pois Ele fala de sua Pessoa como a "videira" e a dos cristãos como as "ramos". Sem uma união espiritual com Cristo através do Espírito não haveria fluxo de vida para os filhos de Deus. A IMPORTÂNCIA DOS "FRUTOS DO ESPÍRITO" A importância dos "frutos do Espírito" na vida de um Cristão pode ser vista comparando-os aos "dons do Espírito". Ambos são produzidos por Deus, contudo está claro que os "frutos do Espírito" são muito mais importantes, como prova da verdadeira espiritualidade. a. Os "dons do Espírito" não oferecem nenhuma prova da salvação, porque em algumas ocasiões eles foram praticados até mesmo pelos não salvos: (Balaão, Judas). Os "Frutos do Espírito" porém, podem ser produzidos apenas pelas vidas daqueles que são guiados pelo Espírito Santo. b. Os "dons do Espírito" podem ser usados como meio de glorificação pessoal ao invés de edificação. A natureza dos "Frutos do Espírito" previnem-se de abusos de fins egoístas (1Cor 12,14). c. Os "dons do Espírito" são soberanamente dispensados por Deus, enquanto que todo Cristão pode produzir os "frutos do Espírito". Às vezes dons espirituais são colocados em vidas de orgulhosos e egoístas, enquanto que os frutos espirituais somente podem ser produzidos por consagração Cristã e submissão. d. Amor (Fruto do Espírito) é claramente visto como superior aos "dons do Espírito" (1Cor 12,31-13,13). Os "dons do Espírito" devem ser regulados pelo Amor, ou eles não atingirão a sua finalidade determinada, que é edificar o povo de Deus. Não deve ser interpretado que estamos desprezando os dons espirituais. Eles têm um propósito determinado por Deus. O ponto a ser lembrado é que os "frutos do Espírito" revelam nossa relação com Deus e formam nosso caráter cristão. Sem a produção do Espírito de Cristo em nós pela submissão a Deus, tudo o demais tornar-se-ia em vão e nosso testemunho seria inútil. A NATUREZA DOS "FRUTOS DO ESPÍRITO" Em Gál 5,22-23, nós encontramos nove graças que são manifestadas como "frutos do Espírito": a. Amor. O amor é um afeto para com Deus e os homens. É produzido pelo novo nascimento (1Jo 4,7-8), e descrito por Paulo em 1Cor 13,1-8. Somente quando somos controlados pelo Espírito podemos amar de verdade. b. Gozo. Esse gozo santo vem por conhecer a Deus e crer em suas promessas. É necessário para o serviço cristão (Deut 28,47; Salmos 51,12-13), e é um atributo de cristãos cheios do Espírito. c. Paz. Essa é uma calma disposição da mente e do coração vinda da certeza de termos sido perdoados e sabermos que Deus pode satisfazer todas as nossas necessidades (Filipenses 4,6-7). d. Longanimidade. Essa é uma característica cristã que se caracteriza por não se sentir ofendido ou provocado facilmente. e. Benignidade. Esse é um espírito amável e benevolente visto naqueles que caminham com Deus. f. Bondade. Esta é uma moral geral e excelente que não tem motivos secundários. g. Fidelidade. Toda fé verdadeira é produzida pelo Espírito de Deus, seja a fé salvadora ou a fé exercida diariamente nas promessas de Deus quando surgem necessidades ou aflições. h. Mansidão. Esta é a disposição de conter-se em conseqüência de um reconhecimento de nossa própria depravação (Mateus 5,4-5). i. Temperança. Baseia-se no autocontrole e na moderação encontrados naqueles que vivem somente para a glória de Deus. A UNIDADE DOS "FRUTOS DO ESPÍRITO" Quais os "frutos do Espírito" eram manifestados nas suas vidas? Esta pergunta tem algumas implicações errôneas. Os cristãos podem ter um ou vários dons espirituais, contudo nunca é o caso dos "frutos do Espírito". Cristãos cheios do Espírito terão todos os "frutos do Espírito" porque a "mente de Cristo" (Filipenses 2,5) está neles. Assim que eles são controlados pelo Espírito de Deus tornar-se-ão como Cristo em todas as áreas do seu caráter. Pode ser vista a unidade dos "frutos do Espírito" pelo fato de que todos os frutos podem ser incluídos junto ao primeiro que é "amor". Em Romanos 13,8-10, achamos que o amor cumpre a lei. Todos os deveres do homem podem ser incluídos sob o comando de amar a Deus e o homem. Seria um estudo proveitoso para o estudante da Palavra de Deus meditar na descrição de Paulo sobre o amor em 1Coríntios 13,1-8. O aluno logo veria que todos os "frutos do Espírito" são manifestados pelo amor. CONCLUSÃO A proximidade de nossa relação com o Espírito Santo é facilmente julgada pela manifestação dos "frutos do Espírito" em nossas vidas. A Carne ou o Espírito estão formando a base de nosso caráter no nosso dia-a-dia. Autor: Ron Crisp Os sete dons do Espírito Santo: Era uma tarde de domingo, eu estava trancafiada em meu quarto, pensando sobre qual tema falar. Fechei os olhos, mas a única coisa que vinha na minha mente era uma tela em branco. De repente ouço os sinos da Igreja tocar, chamando o povo pra missa das 18h...dôm dôm dôm. È isso!! - Gritei -. Decidi pesquisar sobre os Dons do Espírito Santo. Segundo definição encontrada numa dessas enciclopédias concisas, dom é um presente que se faz a alguém, tudo que se dá a outrem, mas com duas características especiais: gratuidade e desinteresse. Do latin “donum”, é uma dádiva, pela qual não se visa nem mesmo a gratidão de quem a recebe, mas apenas a sua satisfação e ao seu bem. Por isso, dom é a forma perfeita de demonstrar o verdadeiro amor. Vamos refletir um pouco sobre os presentes, dádivas ofertadas pelo próprio Deus Trino, na pessoa do Espírito Santo. O catecismo da Igreja Católica diz que estes dons são os sustentáculos da vida moral dos cristãos. Complicou? Tá certo!! Então para deixar claro como é isso de vida moral vamos voltar lá no catecismo que nos dá uma definição do que seria vida moral cristã. No parágrafo 2047 lemos: “A vida moral é um culto espiritual, O agir cristão se nutre da Liturgia e da celebração dos sacramentos”. Os sacramentos são sete, a saber: Batismo, Confirmação, Eucaristia, Penitência, Unção dos enfermos, Ordem sacerdotal, e Matrimônio. Então entendemos que os 7 dons do Espírito Santo servem para nos sustentar na leitura e meditação da Palavra, e no conviver com Cristo por meio dos sacramentos. Agora já com este entendimento, vamos saber um pouco mais sobre os principais Dons que Deus nos concede conforme a Sua vontade. 1 - TEMOR DE DEUS: Há vários tipos de temores: O temor humano é o medo que se sente com relação a criaturas ou situações, por exemplo, o medo do escuro, medo de morrer etc. Ou medos supersticiosos, pessoas que têm medo de sair de casa na sexta feira treze, de topar de frente com gato preto e por ai vai. Quem tem esse tipo de medo precisa urgentemente de uma cura interior. O Temor servil é principalmente o medo de ser castigado por Deus, Esse temor é gerado pela idéia de um Deus carrasco, mal e ditador que nos vigia constantemente pronto a nos castigar pelas nossas faltas. Este temor pode até nos afastar do pecado, mas é imperfeito porque não se baseia no amor de Deus. O temor de Deus é filial, é o horror de nos afastar do Pai que nos criou e que nos ama, de ofender a Deus que, por amor, sempre nos perdoa. O filho que ama o pai não quer fazer algo que o magoe. Este é um temor filial perfeito e amoroso. E só este último é o verdadeiro temor de Deus. Este dom é o mapa do tesouro para adquirir todos os outros. O segredo para recebe-lo é a humildade. Leia mais em: Jô 22,29 / Dt 14,4 / Pr 15,16 / Pr 23,17. 2 – FORTALEZA: Este é um dom de santificação que imprime na alma de um impulso que nos permite suportar as maiores dificuldades e tribulações e praticar, se necessários, atos sobrenaturais heróicos. Produz em nossa alma, fome e sede de justiça. Que todo mundo tem problema, isso a gente já sabe, todos passamos por períodos negros: perda de entes queridos, doenças, crises financeiras, preconceitos etc. Muitos chegam ao extremo suicídio, se não formos animados pela fé, cairemos no desespero amargo. As pessoas abertas ao Espírito Santo recebem o dom da fortaleza, é pelo Senhor em nós que conseguimos vencer toda e qualquer adversidade, nos tornando verdadeiros Highlanders de Deus. Pela fortaleza, não nos esquivamos nas provações, não nos queixamos, não pedimos ao Senhor que nos tire a cruz, mas que nos dê força para carrega-la. Pela contemplação da Paixão de Jesus, livramos nos da autoconfiança infundada, oramos nas dificuldades e nos guiamos por uma verdadeira confiança em Deus. Quando nos abrimos ao dom da fortaleza, tornamo-nos, sem esforço nosso, pacientes, perseverantes, fieis e magnânimos. Recebemos a consolação, o conforto e a capacidade de dar um perdão sem limites. Vai lá em Filipenses 4,13 e 2Coríntios 11,24-28 e enriqueça o seu conhecimento. 3 – PIEDADE: O Dom da piedade produz em nos uma afeição filial com Deus, adorando-o com amor sobrenatural e santo ardor, e uma terna afeição para com as pessoas e para com as coisas divinas. O dom da piedade aprimora a virtude da justiça, sob todas as suas formas, pelo dom da piedade damos ao outro tudo o que podemos dar, sem medidas. (Mt 5,40-41). Deus nos trata com piedade, dá nos tudo o que necessitamos muito mais do que e aquilo que merecemos. Leia mais em: 1Tim 4,8 e Ti 2,11-13. 4 – CONSELHO: Todo mundo dá ou já deu conselhos para alguém, estes conselhos, mesmo sendo bem intencionados nem sempre trazem boas soluções. O dom de aconselhamento faz com que nossos conselhos sejam inspirados pelo Espírito Santo (Pr 19,20). Difícil entender como funciona isso tudo não é? Dou-te um conselho. Peça a Deus que te mostre, e que você aprofunde seus conhecimentos sobre o Espírito Santo que aparentemente soa como um tema fácil, mas não é. Mas voltando, ao dom do conselho, este nos faz viver sob a orientação do Espírito Santo, instantaneamente e de forma perfeita. Baseia-se na razão divina, faz nos saber pronta e seguramente o que convém dizer e o que convém fazer, nas diversas circunstâncias de nossa vida, não com hesitação ou incertezas, mas com toda a confiança e a audácia característicos dos primeiros santos. Leia mais em Mt 10,19-20. E cuidado pra você não se tornar um distribuidor de conselhos mande in Lua Cheia. 5 – CIÊNCIA: Este dom nos faz conhecer as coisas criadas nas suas relações com o Criador. Pode se dizer que pelo dom da ciência recebemos a ciência dos santos. Em 1Coríntios 8,4-5 Paulo explica que a palavra de ciência é uma percepção intuitiva da realidade, uma aplicação prática, e não de um conhecimento teórico. Captou a mensagem? Sim?? Ah que ótimo!! Não?? Então coloque em prática o conselho que lhe dei no item anterior. 6 – ENTENDIMENTO: É um dom de santificação que nos dá compreensão profunda das verdades reveladas sem, contudo nos revelar o seu mistério, só teremos plena compreensão do mistério quando estivermos face a face com Deus. Este, também é conhecido como dom da inteligência. 7 – SABEDORIA: Não se trata da sabedoria do mundo. Pelo dom da sabedoria são João escreveu: “Deus é amor” (1Jo 4,8 e 4,16). Este dom relaciona entre si todos os demais dons. Perceberam a docilidade e a simplicidade da manifestação de sabedoria em São João? É um dom simplista, quem possui sabe utilizar bem suas palavras sem precisar multiplica-las. Movida pela graça e sentindo o gosto da sabedoria, a alma se liberta da escravidão dos prazeres materiais e pode, enfim, alçar vôo para contemplar a Deus. (Tiago 3,13-18). É uma compreensão superior do mundo e da vida acumulada através da experiência e da meditação. Como você mesmo pôde ver, os dons do Espírito Santo são verdadeiros mausoléus do pecado em nossa vida, e podem ser ofertados a qualquer um, basta querer, basta entrar em sintonia com o Altíssimo e pedir ou nada disso, dom é de graça, peça apenas que Deus realize a Vontade d’Ele em você. Coragem, Deus é contigo. Fica em Paz. Texto de: Simone Borges O ESPÍRITO SANTO ATUANDO NOS SEUS SERVOS “Mas, como está escrito: as coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam. Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus. Porque, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus. Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus. As quais também falamos, não com palavras de sabedoria humana, mas com as que o Espírito Santo ensina, comparando as coisas espirituais com as espirituais. Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido” (1Coríntios 2,9-15). Não podemos imaginar tudo que Deus tem reservado para nós, tanto nesta vida como na eternidade. O Espírito Santo nos conforta, cuida de nós, trata de nossa situação. Mas para que isso aconteça, é necessária uma entrega a Deus e a sua vontade simplesmente partindo do princípio da fé. (Hebreus 11,1): “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem!” Para que Deus aja na nossa vida, preciso primeiro crer. Se nós não abrirmos o nosso coração com fé, crendo que Deus vai fazer o que ele quiser conosco, e se não haver uma entrega incondicional a Ele, nada acontece. A entrega incondicional a Deus é responsável por quebrar a inércia da incredulidade liberando a fé no espírito. Sem entrega a fé é subtraída, com a entrega a fé é multiplicada. A entrega corresponde a uma manifestação sobrenatural de fé, cujo resultado é a solidez e edificação do caráter para um viver centrado no propósito de Deus, e nos possibilita receber a herança reservada aos que crêem. E a atuação do espírito Santo em nossa vida depende da nossa entrega. E uma entrega corajosa. Por meio da entrega podemos crescer de fé em fé, ou seja, passar de um grau a outro. Abraão se apoiou em Deus “E creu Abraão no Senhor, e o Senhor imputou–lhe isto como justiça” (Gênesis 15,6). Para que o propósito de Deus se cumprisse em Abraão, foi necessária uma entrega total dele para com o Pai. Abraão foi enviado para terras distantes, entregando a Deus um futuro que aos olhos humanos era incerto, mas que na verdade fazia parte do propósito de Deus. E a entrega teve sua prova maior quando Deus pediu o sacrifício de Isaque. Isaac se entregou no altar conscientemente sem discutir, ele sabia que iria morrer. O ato de entregar-se no altar é mais vantajoso que a incredulidade por causa dos resultados. Em todas as experiências existem as falsas e as verdadeiras. A entrega de Isaque no altar foi prova irrefutável de que quando o homem se entrega de verdade, Deus entra com a providência e o trato para com seus filhos. O nosso sacrifício hoje se resume numa entrega total a Deus, nos afastando das coisas do mundo e aproximando das coisas celestiais. "Apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus que é o vosso culto racional" (Rom 12,1). É deixar as coisas do mundo e buscar a Deus em espírito e em verdade. E a nossa forma de pensar quanto à atuação do Espírito Santo precisa ser revista a cada instante. Deus nos quer revelar uma intimidade tão grande com o Espírito Santo, mas para isso é, preciso crer n'Ele e nos deixar se guiados por Ele. “Pois todos que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus” (Rom 8,14) Quando somos guiados pelo Espírito Santo, Ele nos leva a experiências incríveis. Mas isso só vem com a abertura de nosso coração e com a oração de um sacerdote, que com a imposição de mãos libera a autoridade do Espírito Santo sobre nós. A imposição de mãos é o antepenúltimo mover do Espírito antes dos tempos de refrigério. O Diabo tem detido este rudimento da doutrina. A todos os que Jesus curava, primeiro lhes tocava. Desde o princípio Deus usou a imposição de mãos como um ponto de contato sobrenatural poder de criação do Espírito Santo que estava sobre ele e isto fazia fluir dele cura, transformação e conscientização. Deus tocou em Adão e este dormiu profundamente; o seu profundo sono resultou numa obra formada genuinamente por Deus. Abraão na ocasião de um novo pacto passou por um profundo sono depois que lutou contra as aves de rapina. Elias passou por experiências profundas em sonhos com anjos de Deus. Mais foi Daniel quem teve maiores experiências com imposição de mãos, além de Isaías. (Isaias 6,1-3). Não podemos descaracterizar a realidade da existência do ser completo do homem: Espírito, alma e corpo. Muitas vezes desconhecemos o que passa no mundo do espírito humano, por mais que possamos sentir o que passa em sua psique. Para que o Espírito Santo atue em nós, precisamos estar prontos para as experiências espirituais que Deus separou para nós. E isso muitas vezes vai de contra ao que aprendemos e que acaba afetando a nossa fé, nos fazendo duvidar da atuação do Espírito Santo sobre nós e acaba nos privando de conhecer essa magnífica experiência. Mas o Espírito Santo sempre atuou nos seus filhos, e essa operação divina no ser humano é distinta e sobrenatural. 1. Uns se entregam ao altar inconscientemente, como Isaque (Gênesis 22,1-10). 2. Outros caem de temor e pelo poder da palavra de Deus (João 18,6). 3. Outros não suportam a força da unção e caem em sono profundo (Daniel 10,7-17). 4. Outros caem em espírito, como João (Apocalipse 1,10). 5. Outros dormem profundamente como Adão (Gênesis 2,21). 6. Outros caem porque desprendem muitas virtudes por causa do esforço, como Abraão (Gênesis 15,11). Durante todo o dia ele esteve afugentando as aves de rapina, tipos de demônios. Geralmente acontece com pastores após expulsão de muitos demônios. 7. Outros caem pelo reconhecimento de sua debilidade, como Pedro (Lucas 5,8). 8. Outros caem endemoninhados, mas nem todos caem, como não é verdade que somente caem os endemoninhados. Essa atuação espiritual pode atingir tantos os cristãos, como forma de conforto, alivio, cuidado, como também pode em certo grau atingir os incrédulos, para libertação, cura e etc... 1. Nos incrédulos. Área de atuação: Corpo e alma a) Caem - Ficam conscientes às vezes. b) Área de alcance: o Corpo. 2. Nos cristãos: Área de atuação: o Corpo e a Alma a) Caem conscientes (Dn. 10:7-17). Todavia escutam o que acontece ao seu redor como Daniel. b) Em seu ser espiritual algo acontece: Cura, limpeza, perdão, etc. A maioria daqueles que caem não são ministrados individualmente. Muitos ministros não terminam a obra que começam só pelo orgulho de mostrar que tem a "unção para derrubar pessoas". É necessário que o ministro continue a oração para com aqueles que caíram para que Deus possa agir completamente. 3. Os consagrados: (presbíteros, diáconos e religiosos). Área de atuação: o Espírito, a alma e o corpo. Os "consagrados", aqui significam os que estão fazendo algum tipo de jejum prolongado, outro tipo de culto especial ao Senhor. As experiências são mais profundas, como foi o caso de João evangelista. a) “Caiu como morto”. b) Dois casos: Arrebatamento da alma e arrebatamento de alma e do espírito humano. Estes casos são mais profundos e geram melhores resultados espirituais. Os casos de Daniel e João são interessantes, porque ambos viram uma Pessoa e tiveram resultados iguais em dimensões diferentes. Daniel caiu fisicamente, e João caiu no corpo e no espírito (Daniel 10,8 e Apocalipse 1,1315), pois havia sido arrebatado em espírito, enquanto seu corpo ficou como morto na Terra. Há na Bíblia outras passagens onde a Gloria de Deus fez com que muitos fossem ao chão pelo poder de Deus: “E sucedeu que, saindo os sacerdotes do santuário, uma nuvem encheu a casa do SENHOR. E os sacerdotes não podiam permanecer em pé para ministrar, por causa da nuvem, porque a glória do SENHOR enchera a casa do SENHOR” (1Reis 8,10-11). “E aconteceu que, quando eles uniformemente tocavam as trombetas, e cantavam, para fazerem ouvir uma só voz, bendizendo e louvando ao SENHOR; e levantando eles a voz com trombetas, címbalos, e outros instrumentos musicais, e louvando ao SENHOR, dizendo: Porque ele é bom, porque a sua benignidade dura para sempre, então a casa se encheu de uma nuvem, a saber, a casa do SENHOR; 14 E os sacerdotes não podiam permanecer em pé, para ministrar, por causa da nuvem; porque a glória do SENHOR encheu a casa de Deus”. (2Crônicas 5,13-14). “O Senhor é o mesmo ontem, hoje e eternamente” (Hebreus 13,8), então porque não crer que ele age da mesma forma que agia antes? A única diferença é que o povo naquela época dava mais liberdade a Deus para fazer o que Ele desejava sobre ele. Hoje, colocamos pensamentos e questionamentos puramente carnais antes da atuação do Espírito Santo. Se virmos alguém cair porque o Espírito Santo o está tomando, imediatamente lançamos nossa mente fraca (porque não temos a mente de Cristo, 1Coríntios 2,16 “Pois quem conheceu a mente do Senhor, que o possa instruir? Nós, porém, temos a mente de Cristo.”), e então questionamos algo que pertence a Deus, somente a ele, pois deixamos de ser espirituais, e conseqüentemente não discernimos as coisas espirituais (Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. (1Coríntios 2,14). Para se conhecer e viver a atuação do Espírito Santo é necessário ter a mente de Cristo. Querer viver com Ele e entender dEle. Deixe-se ser tocado pelo Espírito Santo. Pode demorar como pode ser rápido. Mas creia, na hora certa Ele irá te levar a uma experiência inigualável "Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor...!" (Oséias 6,3). Texto de Luiz José Bento Filho. A PESSOA DO ESPÍRITO SANTO Introdução Deus age fora do mundo, criando-o, governando-o e sustentando-o. E também está no mundo. Para um fim especial, em um designado período de tempo, identificou-se com a raça humana na pessoa de Cristo, o Filho eterno. Tendo executado este propósito, Jesus retirou-se para o seu trono celestial a completar a obra. Tornou necessária a presença de Deus no mundo, a fim de guiar e solidificar a obra que Jesus começou durante o seu ministério terrestre. Para este fim, o Espírito Santo veio e habita entre os homens. Que é que cremos acerca do Espírito Santo? A Personalidade do Espírito Santo: Antes que possamos estudar a obra do Espírito Santo, procuramos entender o Espírito mesmo. a. A importância deste conceito: É de primaria importância para cada cristão, saber se o Espírito Santo é uma pessoa divina a ser adorada, servida e amada, ou se é apenas uma influencia ou poder emanado de Deus. É um erro muito comum falar d’Ele como se não fosse uma pessoa. Se Ele é uma Pessoa divina, e não o reconhecemos como tal, negamos-lhe o culto que lhe é devido e, ao mesmo tempo, roubamo-nos a nós mesmos muitos dos ricos tesouros da vida cristã. Freqüentemente, o que nos preocupa é que possamos ter mais do Espírito Santo, ser mais cheios da sua presença. Mas, se bem entendemos a personalidade do Espírito, nossa preocupação será de nos submetermos a Ele como o Mestre ao qual a vida do aluno deve estar inteiramente sujeita. b. O testemunho da Bíblia: As características do Espírito Santo, na Bíblia, são as de uma pessoa. São eles, principalmente: conhecimento, sentimento e vontade: “O Espírito penetra todas as coisas, ainda mesmo as profundezas de Deus. Porque, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus” (1Cor 2,10-11). Aqui é atribuído conhecimento ao Espírito de Deus. É segundo este mesmo modo de pensar que Paulo fala da “intenção do Espírito” (Romanos 8,27). Em Romanos 15,30, Paulo exorta os seus irmãos, “pelo amor do Espírito”, a combaterem com ele em oração. O Espírito nos ama do mesmo modo que Deus o Pai nos ama. Quão gratos devemos ser a Deus pela presença do Espírito Santo a nos prender pelos laços do amor. O Espírito Santo também, como pessoa, exerce vontade, “repartindo particularmente a cada um como quer” (1Cor 12,11), ou seja, segundo o seu propósito. Mas ainda, como uma pessoa, Ele é sensível ao tratamento que se lhe dá. Fica ofendido quando não é tratado com justiça (Efésios 4,30). Como a mãe fica magoada quando um filho procede mal, ou o professor fica sentido quando um aluno não aprende a lição, assim o Espírito Santo sofre profundo desapontamento e tristeza quando não andamos como devíamos andar. Pedro repreendeu Ananias por ter mentido ao Espírito Santo (Atos 5,4). Ninguém mente a uma coisa, mas a uma pessoa. A Divindade do Espírito Santo Cremos que o Espírito Santo é Deus? A sua divindade não é tanto questionada, como é negligenciada. a. A significação da doutrina: Deve ficar gravado em nossa consciência que a presença conosco do Espírito Santo significa que o Deus onipotente, eterno, onisciente, onipresente está à mão para nos guiar. Não obstante, muitas vezes o tratamos como alguma coisa de que podemos usar ou negligenciar, segundo a nossa conveniência e necessidade. Se Cristo entrasse em vossa casa, que faríeis? Se Ele vos pedisse para auxiliá-lo a efetuar um milagre, acederíeis? Se vos pedisse para gastar o dia convosco, concordaríeis? Objetaríeis, porventura, alegando que tinha já o vosso plano para aquele dia? E não é assim que freqüentemente tratamos o Espírito Santo? E Ele é tão realmente Deus como Cristo e está tão realmente presente conosco como Cristo com os seus discípulos. Há anos passados, um famoso médico da Europa achava-se em Chicago, para uma ligeira visita. Uma senhora rica escreveu-lhe, pedindo que fosse a sua casa, tratar de um de seus filhos que se achava enfermo. Ele estava muito preocupado com muitas coisas que tinha a fazer no pouco tempo de que dispunha e parecia-lhe que não seria possível atender aquele chamado. Mas a mãe confiava que ele fosse e esperou. Era costume dele, após o lanche, dar um ligeiro passeio, tendo ficado combinado com o motorista que fosse ao seu encontro, caso ameaçasse um temporal. De tarde, quando andava pela cidade, caiu um temporal que o obrigou a encostar-se sob a cobertura da entrada de um palacete e tocou a campainha. Era justamente a residência da senhora que o mandara chamar. A dona da casa, porem, não conhecendo o visitante nem tendo perguntado quem ele era, ofereceu-lhe uma cadeira para sentar sob a cobertura e fechou novamente a porta. O seu motorista chegou logo depois ali com o carro e levouo para o hotel. Quando aquela senhora leu nos jornais do dia seguinte que o medico famoso tinha sido apanhado por uma tempestade e procurara refugio na sua casa, ficou desapontada. Oh! Se ela o reconhecesse! Esta é a grande tragédia de muitas pessoas que necessitam de Deus. Não reconhecem o Espírito Santo como Deus. b. O testemunho da Bíblia: A Bíblia sempre falam do Espírito Santo como Deus. Esteve presente na Criação e participou dela. Jó exultava porque o Espírito de Deus o criara e lhe dera vida (Jó 33,4). O Gênesis fala da presença do Espírito na Criação (Gen 1,2). Ao dar sua comissão aos discípulos, Jesus incorporou o Espírito com Ele na Trindade: “em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28,19). Assim Ele nos é apresentado como Deus. A Obra do Espírito Santo A personalidade e divindade do Espírito Santo podem ser mais claramente vistas no estudo da sua obra. O que Ele faz revela o que Ele é. Há três fases distintas na obra do Espírito. a. Na Revelação: Isto já foi sugerido no estudo da Bíblia como a fonte e a autoridade em matéria de doutrina. Esta é, porem, tão distintamente uma obra do Espírito, que deve ser mencionada aqui. É a função de fazer Deus e a sua vontade conhecida aos homens. Há três passos, na revelação, que merecem ser considerados. - O 1º Passo é o dom da revelação. Isto o Espírito Santo faz por intermédio de homens especialmente escolhidos para a tarefa. “Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo” (2Pedro 1,21) Os profetas anunciavam as suas mensagens com a declaração: “assim diz o Senhor”. E quando o povo os ouvia, sabia, pelo dom de autoridade e pelo poder com que falavam, que se tratava da mensagem de Deus. Era com a sua presença e poder que Jesus falava, ensinava e operava. O Espírito desceu sobre Ele no seu batismo, para demonstrar a completa aprovação que Deus dava ao seu ministério salvador; levou-o ao deserto para ser tentado, depois o levou novamente a Galiléia e acompanhou-o em todo o seu ministério, dando-lhe sabedoria para ensinar e poder para efetuar milagres. Assim temos n’Ele o exemplo perfeito da vida governada pelo Espírito. Jesus prometeu aos discípulos que o mesmo Espírito viria sobre eles, para dar-lhes sabedoria e conhecimento divino. Sabemos, pelos Atos, que o Espírito veio sobre eles em cumprimento da promessa e eles passaram a falar a palavra de Deus com poder. - O 2º Passo na revelação é o registro da revelação de Deus. O registro e preservação das Escrituras foram obras do Espírito Santo. Esta é a nossa doutrina da inspiração. Ele escolhia homens para a tarefa, dava-lhes a mensagem e depois os guiava para escrevê-la. A unidade da Bíblia, a sua aplicação há todos os tempos, tanto como para a época em que foi dada, e o duplo elemento de revelação contido nela, revelando Deus ao homem e o homem a si mesmo, tudo indica que ela é a Palavra inspirada de Deus. - O 3º Passo da revelação como obra do Espírito está na interpretação das Escrituras. A dádiva da mensagem de Deus é chamada de revelação, o registro dessa mensagem é chamado de inspiração, e a obra do Espírito no guiar a interpretação é chamada iluminação. O Espírito é o agente em toda esta tarefa tríplice na revelação. Certamente necessitamos compreender esta verdade, quando chegamos ao estudo da Palavra que Ele inspirou. b. Com os não regenerados: - O Espírito Santo ama os homens. Ele olha através das ruínas do pecado e vê a imagem de Deus que necessita ser restaurada. Como o Filho do Homem viera buscar e salvar aquele que estava perdido, assim o Espírito de Deus procura os perdidos, a fim de que a obra salvadora de Cristo possa ser realizada. Pensemos em Jesus chorando sobre Jerusalém, porque esta se negava a arrepender-se e recebê-lo. Temos aí um retrato do próprio Espírito. Ele se desgosta, muito alem do que podemos imaginar, quando os não convertidos resistem e se negam a sua influencia. - Ele testemunha de Cristo. Não basta ler ou pregar o Evangelho. Antes que a seara de almas possa brotar, o Espírito necessita abrir a mente e o coração dos não convertidos, a fim de que eles possam ver Cristo no Evangelho. Ele é a luz que brilha em nosso coração e nos revela Cristo. - Ele também faz que o pecador veja a sua natureza pecaminosa. O Espírito aplica a salvação ao indivíduo. Não sentimos necessidade de salvação enquanto não entendemos de que estamos sob a condenação do pecado e que necessitamos de uma libertação dele. O Espírito veio para nos ajudar a compreender esta verdade: “e quando Ele vier, convencerá o mundo do pecado.” Este é o seu trabalho principal no mundo de hoje: o de mostrar ao pecador a sua necessidade do Salvador. Como um professor de matemática orienta um aluno para solucionar um problema, assim que o Espírito trata com o homem perdido. Guia-o, fazendo-o ver a necessidade de um Salvador, e a seguir, revela-lhe o Salvador de que ele necessita. - O Espírito dá um passo adiante, e torna eficaz a obra salvadora de Cristo na vida de um perdido que clama a ele por salvação. O que Cristo efetuou na sua vida, morte e ressurreição redentora, torna-se real para nós por meio do Espírito. A expiação de Cristo é suficiente para todos, mas ela só se torna eficaz para o indivíduo quando ele se submete ao Espírito. A única redenção que salva é a união vital entre o pecador e o Salvador. Cristo tem que entrar em nossa vida e habitar conosco. Tem que se encarnar em cada um dos seus seguidores. E somente então teremos o seu poder, graça e amor. Isto só se realiza por meio da presença do Espírito. c. Com o regenerado: Que é que cremos a respeito da obra do Espírito na vida de cada cristão? Tendo-nos levado à experiência da graça salvadora de Cristo, o Espírito não nos abandona, pois tem ainda uma grande obra a fazer: - Primeiro de tudo, desperta em nós a consciência de pecado. Alguns cristãos parecem pensar que nada mais tem a ver com o pecado depois que se convertem. Talvez isto explique por que fracassam e não obtém uma vitória completa sobre ele. Uma vez convictos do nosso pecado e dispostos a vencê-lo, devemos considerar-nos em guerra aberta e permanente contra ele. Mais do que nunca, devemos estar vigilantes contra os ataques do grande inimigo. E uma visão clara para distinguir os ataques é essencial à vitória. Aqui é onde o Espírito nos ajuda. Ele cultiva e intensifica em nós a consciência do pecado, a fim de que possamos vencê-lo. - Não somente Ele nos auxilia a ver o mal e o perigo do pecado mas também nos dá força para vencê-lo. “Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte” (Romanos 8,2). Até a nossa aceitação de Cristo, a lei do pecado para a morte reinava em nós. Mas quando nos entregamos a Ele, o Espírito veio para livrar-nos da lei e para por uma nova lei em operação em nós. E ela é não somente uma lei perfeita de santidade, pela qual podemos aferir a nossa conduta, mas é igualmente uma força viva, a presença e o poder pessoal do Espírito de Deus em nós. A consciência que temos de pecado, após a conversão, não é a mesma que tivemos antes. Antes era quase um desespero, quando pensávamos nas conseqüências do pecado. Agora o Espírito de Deus mora em nós para dar-nos o poder necessário àquela vitória. Se alguém diz que pode pecar livremente, uma vez que tem garantia de vitória, é porque não entende a natureza da obra do Espírito na vida do cristão. Ele nos dá segurança de vitória, mas ao mesmo tempo dá-nos também um aborrecimento sempre crescente contra o pecado. Não é que nos assentemos e esperemos que Ele nos dê a vitória, mas que Ele nos leva a entender a verdadeira natureza do pecado, fazendo-nos ansiosos por combatê-lo, e acrescenta a sua força a nossa, a fim de tornar a nossa vitória possível. Em todas as nossas necessidades, ele é o nosso confortador. - Ele é também o nosso Mestre: O Espírito não pode ser Mestre de uma pessoa não regenerada. Tendo-nos submetido a Ele e tendo com Ele iniciado a luta contra o pecado, necessitamos, em seguida, ser ensinados quanto ao nosso novo modo de vida. Com o conhecimento vem o poder. Precisamos saber mais de Cristo, mais de Deus, mais de nossa relação e responsabilidade para com Ele, mais do seu plano para usar-nos na salvação do mundo. Todo este conhecimento se centraliza em Cristo, e nos é proporcionado por intermédio do Espírito Santo. Sua obra é levar os homens a conhecerem e honrarem a Cristo, “Ele testificará de mim”, disse Jesus. A oração toma uma significação vital em nossa comunhão com o Espírito. Foi-nos ordenado que pedíssemos ao Pai o Espírito para tomar o lugar de Mestre em nossa vida (Lucas 11,13). Ele faz mais do que nós sonhávamos pedir. Intercede por nós e em nós! Quando mesmo nem sabemos pelo que orar, Ele intercede por nós junto ao trono de Deus, enquanto o Espírito trabalha conosco na oração, levando-nos a orar, e auxiliando-nos na nossa fraqueza. O Espírito transforma a nossa vida numa vida de oração constante. Ele também nos ensina o caminho do serviço, do dever e da alegria. O cristão pode e deve fazer a vontade de Deus em cada decisão da sua vida. Deus tem um plano geral para cada indivíduo. Não sabemos qual é, mas podemos sabê-lo. Alguns cristãos são guiados por sinais e ocorrências fora do comum, mas o meio normal pelo qual o Espírito nos guia é o estudo da Bíblia, a Oração e a Meditação. Este deve ser o nosso procedimento, ao enfrentarmos cada problema ou crise. Deve também ser uma parte do nosso programa diário. É o melhor modo de nos pormos de acordo com a vontade de Deus. Desde modo, damos nossa melhor atenção ao Espírito, deixamos que Ele nos fale por meio da Palavra inspirada e deixamos que Ele fale diretamente às nossas almas. Desde modo, damos o melhor de nosso pensamento ao assunto no qual procuramos ser guiados, e é somente quando empenhamos na oração o melhor do nosso pensamento que o Espírito nos pode guiar livremente. Conhecimento do Espírito Santo Concluímos com algumas afirmações concernentes a importância de nos relacionarmos com o Espírito. Não basta saber o que a Bíblia ensina a seu respeito, devemos conhecê-lo pessoalmente, para que a nossa comunhão com Deus seja real. a. Modos de conhecer o Espírito: A maneira simples pela qual nos podemos familiarizar com o Espírito Santo é o estudo da Bíblia, a Oração e a Meditação. O cristão deve cultivar a presença do Espírito mais ou menos como cultivamos a amizade humana. Se um desconhecido entra na Comunidade e desejamos relacionar-nos com ele, que fazeis? Procurais visitá-lo em sua casa e falar com ele sobre coisas de interesse comum. Depois o convidais a vir a vossa casa, para mais estreitar os laços de amizade que se inicia. Ele, então, vos informa que acaba de receber um livro, e vós lho pedir para ler, a fim de lhe poderdes falar inteligentemente sobre o mesmo. Ele então, vos pede que o auxilieis numa tarefa em que está profundamente interessado. Enquanto trabalhais juntamente com ele, chegais a conhecê-lo intimamente. É assim mesmo que vos podereis relacionar mais intimamente com o Espírito. Vamos a Igreja, que é a sua casa, depois convidamo-lo a vir a nossa. Estudamos o seu livro e sobre este falamos com Ele. Depois o acompanhamos na execução da tarefa na qual ele está empenhado. É assim que chegamos a conhecê-lo. b. Obediência: O outro passo que temos a dar, depois de conhecê-lo, é fazer aquilo que sabemos ser a sua vontade. Não duvidemos da direção divina em nossa vida enquanto não fizermos as coisas que estão muito claramente postas diante de nós. Pode ser que a causa de não termos experimentado uma direção definida e individual do Espírito reside em algum pecado inconfessado na nossa vida ou que temos deixado de fazer o que Ele tem dito na sua Palavra que todo cristão deve fazer. Tudo isto quer dizer que temos de cultivar a comunhão do Espírito, vivendo uma vida tal que Ele a possa governar. Conta o Dr. Torrey: “Em uma cidade do interior, um poço ficou inutilizado por muitos meses, porque foi lançado dentro dele um tapete velho. Quando porém, o tapete foi tirado, afluiu fresca e clara a água revigorante. Há muitos cristãos hoje que conheceram no passado a incomparável alegria do Espírito Santo, mas neles algum pecado ou conformidade mundana ou de desobediência, de que estão mais ou menos conscientes diante de Deus, tem-se tornado um impedimento. Arranquemos todos os trapos que impedem o fluxo da fonte, para que dela brote de novo a água limpa que salta para a vida eterna”. Alguns dizem que isto de ser alguém dirigido pelo Espírito Santo em tudo é um mistério. É um mistério, como qualquer contato da vida humana com Deus. Não obstante, é uma coisa comum na vida cristã. O rádio é um mistério; não obstante, por meio dele ouvimos lindas musicas. Sabemos somente alguma coisa a respeito do rádio. Assim é também com o Espírito Santo de Deus. Com quanto não possamos explicar a sua natureza e obra, podemos beneficiar-nos com o seu poder e sabedoria, pela comunhão com Ele. Sigamos a luz que temos, e mais luz nos será dada. Conclusão Usai os ensinos da Bíblia, procurando a direção do Espírito, e ela será suplementada conforme o exijam as vossas necessidades. A razão por que pensamos ser a comunhão com o Espírito coisa muito misteriosa para ser posta em pratica é que nós a temos negligenciado, quando devíamos cultivá-la. Não há maior necessidade entre os cristãos de hoje. Necessitamos render-nos ao Espírito, procurar o seu conselho, obedecer a sua voz amá-lo e procurar entender as suas relações conosco. Tendo entrado nesta experiência de graça por meio do Espírito, devemos lembrar-nos de que a sua obra não será completa em nós enquanto Ele não nos puder usar para atingir outros. Como a luz radiante da lâmpada elétrica é uma evidencia da eletricidade, assim também o cristão exibe a presença do Espírito dentro de si mesmo. E agora a luz que aponta o caminho a Cristo brilha por meio de nós e aponta o caminho aos outros que andam errando nas trevas do pecado. Texto de Joaquim de Andrade. SEMINÁRIO DE VIDA NO ESPÍRITO No Novo Testamento o batismo no Espírito Santo foi-nos claramente anunciado quando João Batista afirmou: “Eu batizo-vos com água para arrependimento. Mas depois de mim vem alguém mais poderoso do que eu, cujas sandálias não sou digno de desatar. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo”. Jesus demonstrou a importância do Espírito Santo na nossa vida quando disse a Nicodemos: "Ninguém pode entrar no Reino de Deus, se não nascer da água e do Espírito” e, também, quando disse aos discípulos: “Convém-vos que eu vá. Se eu não for, o Conselheiro não virá a vós; mas se eu for, eu o enviarei”. O Espírito Santo é de tal forma importante que valia a pena que Jesus tivesse de morrer para no-lo poder enviar! Efetivamente, o Espírito Santo modifica a nossa vida, mostra-nos o nosso pecado, guia-nos para a verdade numa ação de dentro para fora de nós. A ação do Espírito Santo desenrola-se no nosso íntimo e vai-nos fazendo caminhar, lentamente e à medida do que vamos sendo capazes, para que nós nos tornemos semelhantes a Jesus. Quando, após a ressurreição, Jesus anunciou aos discípulos o Pentecostes, descreveu-o assim: “João batizou com água, mas dentro de poucos dias vós sereis batizados com o Espírito Santo (...) Recebereis uma força, a do Espírito Santo, que descerá sobre vós e sereis minhas testemunhas até aos confins da Terra". Quando damos espaço ao Espírito Santo nas nossas vidas, acontece-nos como aos discípulos em Pentecostes: recebemos uma nova força, vivemos uma nova vida e tornamo-nos testemunhas. Embora o Senhor aja de repente em algumas almas, geralmente a nossa santificação é um processo gradual, que necessita de uma caminhada. Também os discípulos caminharam com Jesus vários anos e estiveram reunidos em oração antes do Pentecostes. Da mesma forma, nós preparamo-nos para o nosso Pentecostes pessoal através dos Seminários de Vida Nova no Espírito (SVNE), que freqüentamos após algum tempo de crescimento espiritual. O que é o Seminário de Vida Nova no Espírito O SVNE é um tempo de aprendizagem e oração mais intensas, em que podemos adquirir conhecimentos e, sobretudo, vivê-los no nosso dia-a-dia e no nosso íntimo. Existe para que as pessoas se possam ir abrindo à ação do Espírito Santo e tenham oportunidade de fazer perguntas e receber explicações. É um período de cerca de 7 semanas, com tempos diários individuais de oração, estudo e meditação. Semanalmente, é efetuada uma reunião com as seguintes componentes: - Oração - Ensinamento - Partilha e debate Os ensinamentos versam sobre a mensagem cristã da salvação, o significado da efusão do Espírito ou batismo no Espírito, o crescimento contínuo na Vida Nova no Espírito e a necessidade da Comunidade para esse crescimento. Depois do ensinamento, os participantes reúnem-se em pequenos grupos de partilha (cerca de 8 pessoas por grupo), apoiados por alguns membros da comunidade que já fizeram a caminhada há mais tempo e amadureceram a sua vida cristã. Os participantes partilham as suas experiências e colocam as suas dúvidas, que são esclarecidas, enquadradas e complementadas pelos elementos mais experientes que os apóiam. As reuniões começam e terminam sempre com a oração conjunta de todas as pessoas envolvidas no SVNE. A oração pela Efusão do Espírito Por volta da 4ª semana do SVNE, reza-se pela Efusão do Espírito dos participantes. Toda a Comunidade se junta em oração para pedir ao Senhor que derrame o seu Espírito em abundância sobre aqueles que se prepararam, O desejam e O pedem. Sempre que possível, é efetuada uma oração individual por cada participante. A Efusão do Espírito é um início. É a porta de entrada para uma vida quotidiana mais rica, no Espírito Santo. É o iniciar de uma relação duradoura e constante com Cristo, na força do Espírito Santo, que tornará realidade para cada um de nós a frase de Jesus: “Se alguém permanecer em mim e Eu nele, esse dará muito fruto”. Falamos de uma mudança de vida, ao nível mais íntimo e profundo da pessoa. Desta forma não se trata aqui de sentir alguma coisa ou experimentar alguma emoção. Cada pessoa é única para Deus e é tratada como tal. O Espírito pode manifestar-se como brisa suave ou como vendaval, não podendo qualquer aspeto visível ser usado para tentar avaliar a Sua ação. Com o tempo, cada um vai sentindo a mudança no seu íntimo e os outros vão notando alguma transformação nas nossas reações, na nossa disponibilidade e afabilidade. A nossa atitude perante a Efusão do Espírito deve ser a de tudo esperar e nada ansiar. Podemos e devemos tudo esperar do Deus infinito que tudo sabe e tudo pode. Podemos confiar que Ele nos conhece melhor do que nós próprios e nos quer cumular gratuitamente dos dons de que precisamos. No SVNE acontece uma modificação da nossa vida, que é realizada pela ação direta de Deus e é proporcional à nossa abertura a essa ação. Não temos de nos afligir por nos reconhecermos indignos de receber a Efusão do Espírito, pois ela é-nos concedida de acordo com a pureza dos nossos corações e a intensidade do nosso desejo em nos submetermos à sua ação. A grande obra é de Deus, compete-nos apenas desejar que o Espírito Santo aja livremente em nós e não lhe levantar obstáculos. Após o Seminário Em resultado de participarmos num SVNE e recebermos a Efusão do Espírito, passamos a ter um novo relacionamento pessoal com Jesus Cristo, como Senhor e Salvador da nossa vida. Jesus torna-se um amigo íntimo e companheiro de todas as horas e tomamos consciência de que Ele está na cruz por cada um de nós e não por uma multidão informe e sem rosto. É o nosso pecado que O mantém na cruz, junto com o pecado de todos os outros. Damos os primeiros passos na Vida Nova no Espírito. Aprendemos a dar-lhe espaço, a perceber as suas moções e a ceder à sua ação. Vemos, assim, a sua presença e o derramamento dos seus dons na nossa vida concreta do dia-a-dia. Sentimo-nos progredir porque, quanto mais nos abrimos à Sua ação, mais Ele avança dentro de nós mostrando-nos aquilo que temos de mudar para nos irmos parecendo mais com Jesus. Afinal, a obra do Espírito Santo em cada um é precisamente esculpir-nos à imagem de Jesus, respeitando a nossa personalidade e a nossa liberdade de escolha. O Espírito Santo desperta em nós o gosto pela oração e dá-nos o entendimento das Sagradas Escrituras. Guiados pela Palavra de Deus, começamos a ver despertar em nós dons e carismas, que podemos pôr a render para o bem daqueles que nos rodeiam. O último ponto da aprendizagem é tomar consciência de que a nossa vida só adquire o seu pleno sentido em Comunidade. É para o serviço dessa Comunidade que nos são dados os dons e os carismas e é nessa mesma Comunidade que vamos prestando e recebendo apoio nos momentos mais difíceis da nossa vida. Caminhando juntos de olhos postos no Senhor que nos guia, tornamo-nos fortes como o feixe de vimes, que individualmente são frágeis, mas juntos ninguém consegue partir. Assim caminha e se edifica a Igreja que Jesus iniciou no Pentecostes. Texto de: Isolina Gomes O ESPÍRITO SANTO Era uma noite escura em Jerusalém. Um pequeno grupo de homens estava reunido no segundo andar da casa, num aposento chamado Cenáculo. Surpreendentemente o Senhor cobriu a roupa com uma toalha e começou a lavar os pés dos discípulos. Depois partiu o pão e distribuiu o vinho, os consagrou e os tornou o seu Corpo e o seu Sangue imaculados. Um clima de silêncio, reflexão e solenidade, invadia o coração de todos. Uma sensação diferente pairava no ar. O coração opresso do Senhor tinha muito amor para cada ser humano. Um misto de apreensão e saudade enchia a sala. Todos estavam calados. Quebrando o silêncio, Jesus abriu outra vez os seus lábios e pronunciou uma inspiradora promessa, para confortar aqueles tristes corações. Soaram, carismaticamente, aquelas inesquecíveis palavras do Senhor: “Não se turbe o vosso coração. Credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se não fosse assim, eu volo teria dito. Vou preparar-vos um lugar. E quando eu for e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver, estejais vós também" (Jo 14,1-3). "Se me amais, guardareis o meus mandamentos" (Jo 14,15). “Eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre. Mas, aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo que vos tenho dito" (João 14,16.26). O Espírito Santo veio consolar os discípulos de Cristo, que ficaram sozinhos após sua partida. Mas, isso não é tudo. Ele veio consolar também a todos os haveria de crer através dos séculos, até o fim. Ele veio confortar você e a mim. Ele é o verdadeiro Vigário, Substituto e Representante de Jesus na Terra. E’ mencionado 260 vezes nas páginas do Novo Testamento. Mas, também há lindas referências no Antigo Testamento. Na verdade, Ele desempenhou relevante papel no Gênesis, no princípio da humanidade, na criação de todas as coisas (Gênesis 1,1-2). No Capítulo 3 do Gênesis, encontramos o Espírito Santo se comunicando com o ser humano antes do dilúvio. No Livro de Juízes, vemos o Espírito Santo assessorando a vários filhos de Deus: Sansão, a quem deu uma força incomum, Josué, Gedeão, Davi. O Espírito Santo faz a diferença na vida das pessoas. Quando Davi cometeu um sério pecado, sentiu uma tremenda solidão. Estava vazio. Andava triste, caiu em enorme depressão. Foi aí que pediu clemência, arrependeu-se das faltas cometidas e implorou a volta do Espírito Santo em sua vida. Na verdade. Deus não queria abandonar Davi. E não o abandonou. Eram muito amigos. Esta experiência ensina uma lição maravilhosa do grande amor de Deus, sempre pronto a perdoar. A presença do Espírito de Deus é absolutamente essencial para que a pessoa seja vitoriosa, e tenha poder para testemunhar e honrar a Deus. Deus quer se manifestar na vida de cada filho Seu, através do Espírito Santo. Quando Jesus foi batizado no rio Jordão, o Espírito Santo veio sobre Ele em forma de uma pomba. Naquele momento Jesus foi ungido com o Espírito de poder. De igual maneira o Pai Celestial deseja revestir a seus filhos, com ricas dotações da graça divina, para que sejam em tudo vencedores e possam glorificar o Salvador. O santos Apóstolos foram aprendendo e cresciam em conhecimento. E suas vidas foram assimilando os ensinos sagrados. Quando se viram sem a presença magnífica de Jesus, levaram um enorme golpe, mas Ele enviou o Espírito Santo e aqueles homens frágeis e tímidos, tornaram-se verdadeiros gigantes espirituais. A Bíblia, inspirada por Deus, diz que nos últimos dias da história deste mundo, haverá nova manifestação extremamente poderosa da presença do Espírito Santo. Os filhos de Deus receberão o poder do Céu para testemunhar. A descida do Espírito Santo nos tempos apostólicos, é considerada como a Chuva Temporã. E na fase final da história do mundo, Deus derramará o seu Poder para que a obra da pregação possa ser concluída. Essa manifestação final do Espírito Santo é chamada de Chuva Serôdia. A Palavra de Deus nos anima a que busquemos ardentemente o Espírito Santo. "Pedi ao Senhor chuva no tempo da chuva serôdia, ao Senhor que faz os relâmpagos. E ele dará chuvas abundantes" (Zacarias 10,1). Deus prometeu: "E acontecerá, depois, que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne" (Joel 2,28). Vamos pedir que o Senhor transforme o nosso deserto e faça dele um jardim florido, um pomar com lindas e deliciosas frutas, através da operação do Espírito Santo. Precisamos dessa presença divinal, desse orvalho sobre nós. Precisamos dar adeus à nossa mediocridade, à nossa fragilidade e às nossas limitações. Vem Senhor encher nossas vidas da tua infinita graça, do teu maravilhoso poder! Que respiremos o perfume divinal, trazido até nós pelo teu bom e excelso Espírito! Vem Precioso Espírito, transformar os nossos espinhos em flores vivas e eternas! Desejo deixar você meu amado leitor, uma mensagem que possa confortar seu coração. O Espírito Santo é o Consolador divino, enviado por Deus para habitar conosco. Sua presença em nossa vida é como um Fogo que destrói o pecado. Se permitirmos sua atuação na nossa vida, Ele nos purificará de todo o pecado. Deixemos Espírito de Deus conduzir nossas vidas. Ele nos purificará de todo o pecado e nos preparará para enfrentarmos as últimas lutas desta vida e no final nos levará ao encontro com Jesus. Texto de Stina O Espírito Santo nas Palavras da Bíblia 1. O Espírito Santo é o sopro de Deus presente na criação. Comunica a vida ao homem criado: Gn 1,2 “O Espírito de Deus pairava sobre as águas”. Gn 2,7 “O Senhor Deus inspirou nas narinas do homem um sopro de vida...” Sb 15,11 “... Não reconheceu Aquele que o formou e lhe inpirou o espírito vital...” Sl 32,6 “Pela Palavra do Senhor foram feitos os céus e pelo sopro de sua boca todo o seu exército”. 2. O Espírito Santo é agente do poder do Senhor. Fez o mar se abrir para os hebreus passarem: Ex 14,1-30 A passagem do Mar Vermelho. 3. O Espírito Santo apossa-se dos profetas para que dêem a Palavra de Deus ao Povo: Nm 11,17 “Então descerei e falarei contigo. Tomarei do Espírito que está em ti e o derramarei neles”. Nm 24,2 “O Espírito de Deus veio sobre ele (Balaão)”. 2Sm 23,2 “O Espíreito de Deus fala por mim - disse Davi”. 1Rs 18,12 “Mas quando eu me apartar de ti, o Espírito do Senhor te levará não sei onde”. 2Rs 2,16 “Talvez o tenha arrbatado o Espírito do Senhor e atirado para algum monte ou algum vale”. Is 61,1 O Espírito do Senhor repousa sobre mim”. 4. O Espírito ilumina os que têm de servir ao povo: Juizes, Reis e em particular ao Rei Messias, servo do Senhor: 1Sm 11,5s “Ouvindo isso, o Espírito do Senhor apoderou-se de Saul...”. 1Sm 16,13 “E a partir daquele momento, o Espírito do Senhor apoderou-se de Davi...”. Is 11,2-5 “Sobre Ele repousará o Espírito do Senhor, Espírito de Sabedoria...”. Is 42,1-4 “Eis o meu servo... faço repousar sobre ele meu espírito...”. Juiz 3,10 “O Espírito do Senhor desceu sobre Otoniel, o libertador...”. Juiz 11,29 “O Espírito do Senhor desceu sobre Jefté...”. 5. Jesus promete aos discípulos o Espírito Santo, como o outro consolador, o Advogado defensor: Jo 15,26 “Quando vier o Paráclito.. o Espírito da Verdade... dará testemunho de mim”. Jo 16,13 “Quando vier o Paráclito, o Espírito da Verdade, ensinar-vos-á toda Verdade”. 6. Jesus na hora de morrer entregou-nos o seu Espírito: Jo 19,30 “Jesus inclinou a cabeça e rendeu o Espírito”. 7. O Ressuscitado sopra sobre os discípulos dando-lhes o Espírito para a missão: Jo 20,19-23 “Jesus soprou soibre eles dizendo-lhes: recebei o Espírito Santo. Àqueles...”. 8. Os Apóstolos e Maria, unidos, esperam a vinda do Espírito. Ele desce sobre a Comunidade em Pentecostes: At 2,1-22 “Ficaram todos cheios do Espírito Santo...”. E sobre os pagãos: At 10,44-47 “Estando Pedro a falar, o Espírito Santo desceu sobre todos os que ouvia sua palavra”. 9. Os Apóstolos batizam no Espírito Santo: At 19,5-6 “Foram batizados... e quando Paulo impôs as mãos, o Espírito Santo desceu sobre eles”. 10. Há um só Espírito em muitos serviços: 1Cor 12 “A diversidade de Carismas e dons vindos pelo Espírito Santo”. Ef 4,1-4 “Sede solícitos em conservar a unidade do Espírito no vínculo da paz”. (v. 3) 11. O Espírito nos dá a adoção de filhos, nos ensina a rezar e nos faz reconhecer Jesus como Senhor: Rm 8,4-26 “O Espírito dá a Vida... O Espírito vem em auxílio à nossa fraqueza”. (v. 26) 1Cor 12,3 “...Ninguém pode dizer: Jesus é o Senhor, senão sob a ação do Espírito Santo”. 12. O Espírito e a Esposa (a Igreja) dizem ao Esposo (Jesus): “Vem”: Ap 22,17.20 “O Espírito e a Esposa dizer: Vem! Possa aquele que ouve dizer também: Vem! Aquele que tem sede, venha!... Aquele que atesta estas coisas diz: Sim! Eu venho depressa! Amém. Vem, Senhor Jesus!” Pe. Cláudio Weronig OMV – Cel: 9986-6408 – E-mail: [email protected] Ensinamentos de Paulo sobre o Espírito Santo São Paulo é um gigante no apostolado e também no estudo da doutrina teológica, extraordinariamente profunda e estimulante. Paulo escreveu sobre diversos assuntos. Veremos o que nos diz sobre o Espírito Santo e sobre sua presença em nós. Sabemos o que nos diz Lucas sobre o Espírito Santo nos Atos, ao descrever o acontecimento de Pentecostes (Atos 2). O Espírito Santo imprimiu um impulso vigoroso nos Apóstolos para assumirem o compromisso da missão e para testemunharem o Evangelho no mundo. O Livro dos Atos narra a missã realizada pelos Apóstolos. Paulo, em suas cartas, nos fala do Espírito Santo de outro ponto de vista. Não se limita a ilustrar só a dimensão dinâmica e operativa da 3ª Pessoa da Santíssima Trindade, mas analisa também sua presença na vida íntima do cristão, cuja identidade fica marcada por Ele. De fato Paulo reflete sobre o Espírito mostrando seu influxo sobre o atuar do cristão e também sobre seu próprio ser. De fato, diz que “o Espírito de Deus habita em nós” (Roms 8,9; 1Cor 3,16) e que “Deus enviou aos nossos corações o Espírito de seu Filho” (Gál 4,6). Para Paulo, portanto, o Espírito adentra até em nossas profundidades pessoais mais íntimas. Neste sentido, estas palavras têm um significado relevante: ”A lei do Espírito que dá a vida em Cristo Jesus vos libertou da lei do pecado e da morte... Pois não recebestes um espírito de escravos para recair no temor, mas um espírito de filhos adotivos que nos faz exclamar: Abbá, Pai!” (Rom 8,2.15). E dado que somos filhos, podemos chamar Deus de ”Pai”. Podemos ver, portanto, que o cristão, inclusive antes de atuar num trabalho pastoral, possui já uma interioridade rica e fecunda, que lhe foi entregue no do Batismo e da Confirmação, uma interioridade que o introduz em uma relação objetiva e original de filiação em relação com Deus. Nisto consiste nossa grande dignidade: não somos só imagem de Deus (Gên 1,26), mas Filhos de Deus. E isto constitui um convite a viver nossa filiação, a ser mais conscientes de que somos filhos adotivos na grande família de Deus. É um convite a transformar este dom de Deus em uma realidade pessoal e subjetiva, determinante para minha maneira de pensar, para o meu atuar e para o meu ser. Deus nos considera filhos seus, pois nos elevou a uma dignidade semelhante, ainda que não igual, à do próprio Jesus, o único que é plenamente verdadeiro Filho. N’Ele nos foi dada, nos foi restituída a condição filial e a liberdade. Deste modo, descobrimos que, para o cristão, o Espírito já não é só o ”Espírito de Deus”, como se dizia normalmente no A.T. e como repete a linguagem cristã (Gê 41,38; Êx 31,3; 1Cor 2,11.12; Fil 3,3). É próprio da fé cristã a confissão de uma participação deste Espírito no Senhor ressuscitado, que se converteu Ele mesmo em “Espírito que dá vida” (1Cor 14,45). Precisamente por este motivo, Paulo fala diretamente do “Espírito de Cristo” (Rom 8,9), do “Espírito do Filho” (Gál 4,6) ou do “Espírito de Jesus Cristo” (Fil 1,19). Parece como se quisesse dizer que Deus Pai não só é visível no Filho (Jo 14,9), mas também que o Espírito de Deus se expressa na vida e na ação do Senhor Jesus crucificado e ressuscitado. Paulo nos ensina também outra coisa importante: diz que não pode haver autêntica oração sem a presença do Espírito em nós. Escreve: “O Espírito vem em ajuda de nossa fraqueza. Pois nós não sabemos como pedir para orar como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inefáveis, e quem escruta os corações conhece qual é a aspiração do Espírito, e que sua intercessão a favor dos santos é segundo Deus” (Rom 8,26-27). É como dizer que o Espírito Santo, ou seja, o Espírito do Pai e do Filho penetra na parte mais secreta de nosso ser, da qual se eleva continuamente para Deus num movimento de oração. O Espírito supre nossas carências e oferece ao Pai nossa adoração, junto com nossas aspirações mais profundas. É um convite a ser cada vez mais sensíveis, mais atentos a esta presença do Espírito em nós, a transformá-la em oração, a experimentar esta presença e a aprender deste modo a rezar, a falar com o Pai como Filhos no Espírito Santo. Há também outro aspecto típico do Espírito que Paulo nos ensinou: sua relação com o amor. O apóstolo escreve assim: “A esperança não falha, porque o Amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado” (Rom 5,5). Santo Agostinho já escrevia: “Vês a Trindade se vês o Amor”, e logo explicava: “O Espírito é essa potência interior que harmoniza o coração dos crentes com o coração de Cristo e os move a amar os irmãos como Ele os amou” (nº 19). O Espírito nos põe no ritmo próprio da vida divina, que é vida de amor, fazendo-nos participar pessoalmente nas relações que se dão entre o Pai e o Filho. É significativo que Paulo, quando enumera os diferentes elementos dos frutos do Espírito, menciona em primeiro lugar o amor: “O fruto do Espírito é AMOR ...” (Gál 5,22). E, dado quem o Amor une, o Espírito é o criador de Comunhão dentro da comunidade cristã, como dizemos ao início da Missa com uma expressão de Paulo: “A Graça de nosso Senhor Jesus Cristo, o Amor do Pai e a Comunhão do Espírito Santo esteja convosco” (2Cor 13,13). Por outro lado, também é verdade que o Espírito nos estimula a estabelecer relações de caridade com todos os homens. Deste modo, quando amamos, deixamos espaço para o Espírito, permitimos que Ele se expresse em plenitude. Compreende-se, deste modo, o motivo pelo qual Paulo une na mesma página da carta aos Romanos estas duas exortações: “sede fervorosos no Espírito” e “não devolvais a ninguém mal por mal” (Rom 12,11.17). Por último, o Espírito, para Paulo, é uma antecipação generosa que o próprio Deus nos deu como adiantamento e ao mesmo tempo garantia de nossa herança futura (2Cor 1,22; 5,5; Ef 1,13-14). Aprendemos, deste modo, de Paulo, que a ação do Espírito orienta nossa vida para os grandes valores do amor, da alegria, da comunhão e da esperança. Corresponde a nós fazer esta experiência seguindo as sugestões interiores do Espírito, ajudadas no discernimento pela guia iluminadora do Apóstolo Paulo. VIDAS FRUTÍFERAS NO ESPÍRITO Grande ênfase é dada nos dias de hoje, nas igrejas, a respeito dos dons do Espírito Santo. E concordamos que este tema é de fundamental importância para a vida cristã, conforme o Apóstolo Paulo nos exorta em 1Cor 12,1: "A respeito dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes". Mas, entendemos que juntamente com os dons precisamos olhar para o que deva ser o resultado primeiro da ação do Espírito Santo em nossas vidas: os frutos. Em Gálatas 5,22-23 encontramos a descrição precisa dos frutos do Espírito que é o amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Porque precisamos dos frutos? Mateus 12,33: "Ou dizeis que a árvore é boa e o seu fruto bom, ou a árvore é má e o seu fruto mau; porque pelo fruto se conhece a árvore". Este é o sinal de espiritualidade na vida do cristão. Para termos uma vida frutífera no Espírito devemos “permanecer ligados à Cristo”: Precisamos aprender com a criação de Deus. Deus tem uma lógica, e nos ensina através das coisas mais simples. Quando olhamos para uma árvore, não vemos nenhum esforço dos ramos para produzir frutos. O que os ramos precisam é de estar ligados á arvore. Jesus usa da figura do agricultor, da videira e dos ramos para nos ensinar sobre a vida cristã e seu fruto que é o Amor. Ele começa dizendo que os ramos que estão n’Ele e não dão fruto, Ele corta (vs. 2) e aquele que não permanecer nele será lançado fora (vs. 6) no fogo. Jesus nos ensina que o ramo não pode produzir fruto em si mesmo (vs. 4). Isto deve aquietar nosso coração. Muitos cristãos tem se esforçado para serem mais amorosos, mais pacientes, mais pacíficos etc., mas apenas se esforçado, e muitas vezes têm se frustrado. Jesus nos diz que em nós, sozinhos, não há capacidade nenhuma de darmos frutos bons. Jer 17,9 "Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá"? Nosso papel é permanecer (está escrito 11 vezes) em Cristo. Como permanecemos? Através da oração, experiência com a Palavra, comunhão com irmãos em Cristo, guardando os seus mandamentos (v. 10). Precisamos deixar de só irmos à Cristo nas necessidades, mas também na adoração e com fidelidade. Quando permanecemos na videira (que é Cristo) somos alimentados pela seiva (Espírito Santo) e os frutos começam a ser produzidos em nós. Sem a graça e ação de Cristo em nós, nada podemos fazer (vs. 5). Vamos nos assustar com as mudanças em nós mesmos. É obra do Espírito Santo. 2. Permitir ser limpos por Deus Em 1º lugar devemos permanecer em Cristo. Mas mesmo quando permanecemos não estamos livres de surgirem em nós os ladrões da seiva. Árvores com muitos brotos e ramos têm a seiva roubada nas pontas. Deus que é o agricultor sabe disto. Quais são os ramos que estão roubando a seiva de nossas vidas? Por isso Deus, mesmo vendo que damos frutos, nos limpa (vs. 2), para que sejamos mais produtivos. Algumas pessoas nos dizem "Não entendo, estou na igreja, servindo a Deus, envolvido em ministério, dando frutos, Deus tem mudado minha vida, mas ainda tenho lutas". É Deus limpando, podando, tratando. O que em nossa vida tem roubado o fluir do Espírito Santo para que possamos ser mais frutíferos? Precisamos nos entregar à poda de Deus. São as obras da carne, são os vícios, os maus comportamentos, a falta de interesse pelas coisas de Deus, o não levar Deus a sério. Mas existem alguns "brotos" que parecem que vão dar frutos. Confiança nas boas obras, orgulho, falta de humildade. Só roubam a seiva, e destroem os frutos. Limpeza ou poda de Deus fala de santidade. Somente uma vida limpa, santificada por Deus será muito produtiva no Reino de Deus. Precisamos pedir para Deus e permitir que sejamos limpos por Ele. Levítico 20,8 "Guardai os meus estatutos e cumpri-os. Eu sou o SENHOR, que vos santifico". Levítico 20,26 "Ser-me-eis santos, porque eu, o SENHOR, sou santo e separei-vos dos povos, para serdes meus". Uma vida frutífera no Espírito é uma vida que vive em santidade. 3. Participar da missão do Reino Devemos em 1º lugar permanecer em Cristo, em 2º lugar permitir ser limpos por Cristo. Devemos entender que o permanecer e o santificar vão gerar em nós frutos com o propósito de sermos agentes do Reino nesta terra. Quando cumprimos isto, Deus é glorificado (Levítico 20,8) porque daremos muitos frutos. Fomos escolhidos para esta obra. E nossa missão é irmos (Mateus 28,19), darmos frutos e que estes frutos permaneçam. Vemos aqui 2 tipos de frutos, o fruto do Espírito em nós (caráter), e o fruto de nossa missão, vidas ganhas para Jesus. Através do amor, contaminaremos o mundo à nossa volta. Em Jo 13,35 "Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros". Vamos transformar a sociedade pelo que somos e não apenas pelo que fazemos. É o caráter mais o testemunho, e os sinais seguirão os que crêem (Mc 16,19). Não é necessário apenas que os frutos sejam gerados, mas que eles permaneçam. Falta de ser discípulo é falta de amor. Precisamos refletir: Somos um povo que se importa? Precisamos voltar ao início (Ap 2,4-5), e estarmos apaixonados pelos perdidos. Deus vai nos dar vidas frutíferas quando nos dispusermos a participar de sua missão. Conclusão Vimos que devemos em primeiro lugar permanecer em Cristo, em segundo lugar permitir ser limpos por Cristo e ainda participar da missão do Reino. Uma boa notícia. Temos promessas lindas de Deus para aqueles que quiserem e se tornarem frutíferos pelo Espírito Santo. Não é pelo esforço, é pela graça e provisão de Deus. Pela graça fomos salvos e chamados à toda boa obra preparada para nós. (Efésios 2,8-10) Pediremos o que quisermos, e nos será feito. Nossa alegria será completa e seremos chamados amigos As promessas são lindas, mas são para aqueles que permanecem e dão frutos. Que Deus nos ajude a sermos cristãos produtivos através do Espírito Santo. Texto: Pedro Leal Junior Andando com o Espírito “Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim que sou manso e humilde de coração” (Mateus 11,29-30). A Vida no Espírito é como a água de um lago que se renova a cada manhã. Infelizmente, hoje existem pessoas sobrecarregadas até mesmo dentro da igreja. Sobrecarregadas por circunstâncias, problemas, trabalhos demasiados, etc... Deus quer nos liberar de toda carga através da vida no Espírito: Gál 5,25-26: “Se vivemos pelo Espírito, andemos também de acordo com o Espírito. Não sejamos ávidos da vanglória. Nada de provocações, nada de invejas entre nós”. 1. COMO FAZER PARA ANDAR NO ESPÍRITO? - Sendo fervorosos no ESPÍRITO. Rom 12,11: “não relaxeis o vosso zelo. Sede fervorosos de espírito. Servi ao Senhor”. - Servindo ao SENHOR, fervorosos no Espírito e apaixonado pelo Senhor e o seu propósito. 2. COMO A IGREJA TEM PERDIDO ESTA PAIXÃO? Quando nós deixamos as coisas preciosas ser tornarem coisas comuns. • Hoje em dia o diabo tem tirado o valor de tudo o que tem valor para Deus (Jo 10,10): “O ladrão não vem senão para furtar, matar e destruir. Eu vim para que as ovelhas tenham vida e para que a tenham em abundância”. • O povo de Deus sempre foi conhecido pela sua alegria em toda história. • A igreja perdeu o fervor na humanização Quando começamos a depender das coisas externas, de fora, e não do fluir verdadeiro de Deus. Jo 4,23-24: “Mas vem a hora, e já chegou, em que os verdadeiros adoradores hão de adorar o Pai em Espírito e verdade, e são adoradores que o Pai deseja. Deus é Espírito, e os seus adoradores devem adorá-lo em espírito e verdade”. • Para os filhos de Deus a base de tudo tem que vir de DEUS, Ele é a única fonte dentro de nós. • Somos o seu templo e temos que viver como tal • A cada manhã temos que acordar cheios do Espírito 3. VIVEMOS EM UM MUNDO APÁTICO. Romanos 12,1-2: “Eu vos exorto, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, a oferecerdes vossos corpos em sacrifício vivo, santo, agradável a Deus: é este o vosso culto espiritual. Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso Espírito, para que possais discernir qual é a vontade de Deus, o que é bom, o que lhe agrada e o que é perfeito. • A apatia vem sobre nós quando nós nos conformamos com a situação. • Temos que tomar muito cuidado com os nossos filhos 4. A IGREJA TEM PERDIDO A VISÃO DO PROPÓSITO DE DEUS, ELA PERDEU O ALVO. • Uma Igreja que vê o propósito de Deus com clareza é uma Igreja fervorosa. Números 14,14: “Todo mundo sabe, ó Senhor, que estais no meio desse povo, e sois visto face a face, ó Senhor...”. • Os que perdem o alvo morrem no deserto. Números 14,26-29: “O Senhor disse a Moisés e a Aarão: Até quando sofrerei eu essa assembléia revoltada murmurando contra mim... ... vossos cadáveres cairão nesse deserto”. • O alvo de Deus deve estar estampado em nós. • Hoje em dia a Igreja tem se voltado mais para a estrutura do que para as vidas. 5. PORQUE O FERVOR É TÃO IMPORTANTE? Porque ele é primordial na vida da Igreja, é uma prioridade. Líderes, Serviços ou Pastorais devem ser realizados com paixão a Deus. Amor e paixão pelo os irmãos. Jo 13,34-35: “Dou-vos um novo mandamento: amai-vos uns aos outros. Como eu vos tenho amado, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros”. • Não podemos fazer a obra de Deus sem paixão! • Deve ser uma prioridade na minha vida o que eu amo. Temos que observar na vida dos discípulos o que é prioridade: • O que queima por dentro deve fazer diferença por fora. • O que queima por dentro você sente o cheiro por fora, e o cheiro deve ser o cheiro de Cristo. • Eu sei o quanto custou o preço da minha vida para Jesus. • Eu não devo ficar preocupado em ser o melhor, mas em dar o melhor para Deus, o melhor para o Senhor da minha vida. • Ser apaixonado por tudo aquilo que Deus ama. COMO RESTAURAR A PAIXÃO? 1. OLHANDO PARA JESUS É impossível alguém olhar para Jesus e não ficar apaixonado por ele. Efésios 5,14: “por isso a Escritura diz: Desperta tu que dormes! Levanta-te dentre os mortos e Cristo te iluminará”! Hebreus 12,2: “Em vez do gozo que se lhe oferecera, ele suportou a cruz e está sentado à direita do trono de Deus”. 2Coríntios 3,18: “Mas todos nós temos o rosto descoberto, refletimos como num espelho a glória do Senhor e nos vemos transformados nesta mesma imagem, sempre mais resplandecente, pela ação do Espírito do Senhor”. • Nós contemplamos o Senhor Jesus, contemplando o verbo = a palavra. • Contemplar Jesus é contemplar a palavra de Deus. • Podemos contemplar Jesus olhando para os nossos irmãos. Mateus 18,20: “Onde dois ou três estão reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles”. 2. PODEMOS RESTAURAR A PAIXÃO RETORNANDO AO PRIMEIRO AMOR. • Deve ser uma prioridade. Apocalipse 2,4: “Tenho contra ti que arrefeceste o teu 1º amor”. • Voltar ao primeiro amor fala de valores que se perderam • Primeiro amor é comunhão com Deus 3. DEIXE O ESPÍRITO SANTO ATIVAR OS SEUS DONS. • Muitos não aprendem a desenvolver os seus dons. Efésios 4,7-8: “A cada um de nós foi dada a graça, segundo a medida do dom de Cristo, pelo que diz (no salmo 67,19): Quando subiu ao alto, levou muitos cativos, cumulou de dons os homens”. • Muitos enterraram os seus dons. • Temos que ajudar cada discípulo a desenvolver os dons. • Cada um tem um dom pelo menos. 1Pedro 4,10: “Como dispensadores das diversas graças de Deus, cada um de vós ponha à disposição dos outros o dom que recebeu”. • A partir do natural Deus dá o sobrenatural 4. FAÇA TUDO, AINDA QUE SEJA POUCO, FAÇA TUDO PARA A GLÓRIA DE DEUS. • Identifique os dons. • Santifique-os. • Peça a Deus que unja tudo isso. • Submeta os seus dons ao corpo. • Submeta os seus dons aos líderes • Submeta os seus dons a palavra de Deus. - Não agrada a Deus o enterrar os talentos. Mateus 25,14-30: (A Parábola dos 5, 2 e 1 talento). - A Igreja deve ser um lugar onde os dons precisam ser despertados. 5. VIVA E ANDE PERTO DE GENTE APAIXONADA POR DEUS. • Jovens, olhem para pessoas apaixonadas por Deus. • No trabalho, seja sócio de pessoas apaixonadas por Deus. 6. NUNCA SE ESQUEÇA DE TUDO O QUE DEUS FEZ POR VOCÊ. • Exemplo negativo, o povo de Israel. Num 12 e 14: (As murmurações no deserto e a revolta). • Sal 102 Seja sempre grato ao Senhor por tudo, e nunca se esqueça do que Ele já fez por você: Cântico das misericórdias divinas: “Bendize, ó minha alma, o Senhor, e tudo o que Existe em mim bendiga o seu santo nome...”. Texto de Asaph Borba