Tecnologia da Informação

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GESTÃO FINANCEIRA
Prof. Local
Flavio Nicastro
[email protected]
04-12-2013 – aula revisão 2
Resumo
• Dinheiro tem valor diferente no tempo
• Por isso, para sabermos o valor de alguma coisa,
precisamos “trazer” todos os fluxos de caixa para o
mesmo tempo.
• Para eu mudar o dinheiro de lugar no tempo, preciso usar
uma taxa, chamada taxa de desconto.
• Para calcular a taxa de desconto, temos três formas
básicas:
• Por semelhança
• Pelo CAPM
• Pelo CAPM + WACC (CMPC)
Resumo
• Para trazer para o valor presente, temos as seguintes
formulas:
• Se os fluxos de caixa são perpétuos, mais que 40 ou 50 anos
• VP = FC1/ (K-g)
• Onde K é a taxa de desconto
• E g é a taxa de crescimento.
• Se os fluxo de caixa são por um tempo definido:
• VP = Somatória dos fluxos de caixa presentes:
• VPn = FCn / (1 + k)^n
•
• Para calcularmos o valor presente liquido, VPL, temos
que subtrair do valor presente dos fluxos de caixa o custo
do projeto, portanto:
• VPL = VP – Custo
Resumo
• ***** DICA: DESENHEM OS FLUXOS DE CAIXA !!! ***************
• CAPM = modelo de precificação de ativos/projetos
• Um projeto tem que dar um retorno maior que algo sem
risco
• Um investimento sem risco é a renda fixa
• Tem também que pagar mais que o mercado paga
• Assim sendo, calculo meu CAPM:
• K = RF + β.(Erm – RF)
• Onde:
• K: taxa de retorno
• RF: retorno sem risco, renda fixa
• β: índice de risco do projeto/negocio
• Erm: retorno esperado do mercado (Ibovespa por exemplo)
Resumo
• Quando a empresa/projeto usa além do capital próprio,
capital de terceiros, devemos calcular a taxa de desconto
do projeto pelo modelo CMPC (WACC), custo médio
ponderado de capital.
• CMPC = Kd (1-IR) [D / (D+S)] + Ks [S / (D+S)]
• Sendo que:
• D / (D+S): quantos % tem de capital de 3os
• S / (D+S): quantos % tem de capital dos sócios
Resumo
• Calculo de flexibilização de forma de pagamento.
• Queremos saber se com isto vamos ganhar mais dinheiro.
• Duas formas:
• Calculo o incremento nos lucros
• Calculo o aumento no desconto de duplicatas
• Calculo o aumento nos devedores incobráveis
• OU
• Faço uma DRE de cada cenário e verifico a diferença.
• Cálculo de Pontos de Equilibrio:
• Objetivo é saber quantas unidades temos que vender para não termos
prejuízo:
• Operacional: somente leva em conta os custos fixos e variáveis
• Contábil: leva em conta também a depreciação e o imposto de renda.
Se for lucro real, como queremos “zerar o lucro” o IR será zero.
• Econômico: leva em conta a devolução do capital investido ao acionista
mais o custo do capital. Para isto, precisa ter lucro, portanto terá IR.
Resumo
• Grupos de 3 pessoas (não é 4 nem 5, são 3 pessoas!)
• Misturar conhecimentos!
• 1º: passar por todos exercícios identificando:
• O que pede? Qual a pergunta?
• Quais dados o exercício fornece?
• Qual formula devo usar?
• No máximo 2´ por exercício
• 2º. Comecem pelos que julgarem mais fáceis e não trabalhosos,
depois os fáceis e que demandam mais trabalho e por ultimo os
que apresentam maior dificuldade.
• Vou passar de grupo em grupo para direcioná-los na resolução.
• 1)
1) A empresa Cabelludo, de pentes para cabelo, tem um projeto chamado Careka, que visa
montar uma fábrica de pentes de aço inox. Não existe um prazo pré-fixado para a vida útil desta
nova fábrica, ou seja, ela pode durar 50 anos ou mais.
• O fluxo de caixa projetado para o primeiro ano é $10.000,00 e não existe perspectiva de
crescimento ao longo do tempo. Você consultou analistas do mercado e lhe informaram que o risco
beta deste projeto é muito grande, isto é, algo em torno de 2,6. Em publicações especializadas
você leu que a taxa RF é 12% ao ano e o esperado retorno do mercado 20% ao ano. Qual é o valor
do projeto Careka?
•
• Solução: Considerando que o projeto pode durar mais que 50 anos, admitidos que seja uma
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perpetuidade, pois o erro é muito pequeno para este prazo.
Cálculo da taxa de desconto adequada ao risco:
K = RF + Beta (Erm – RF)
K = 0,12 + 2,6 (0,20 – 0,12) = 0,3280 = 32,80%
Cálculo do VP (Valor) da perpetuidade:
VPprojeto = FC1 / Kp
VPprojeto = 10.000/ 0,328
•
• Resposta: O valor do projeto é $30.487,80.
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•
2) ) Alfredo da Silva quer investir $1.000.000,00 na empresa Troia, de terraplanagem. Esse projeto promete pagar resultados
financeiros líquidos, ou seja, fluxos de caixa líquidos – após taxas e impostos – anuais de $350.000,00, constantes pelos
próximos 10 anos. Você sabe que a taxa RF é 8% ao ano, o risco Beta é 1 e o esperado retorno do mercado é 15% ao ano.
Este projeto é viável? Ele se paga dentro de sua vida útil? Qual é o período payback descontado desse projeto?
•
Solução: Primeiramente, vamos colocar em ordem os fluxos de caixa do projeto:
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Ano
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Resposta: Somando-se os FC’ dos primeiros 4 anos, obtemos $999.242,42. Podemos, então, dizer que o projeto Troia tem um
período payback descontado de, aproximadamente, 4 anos. Como sua vida útil é de 10 anos, então ele é viável.
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Outra forma mais rápida de calcular o payback descontado:
Cálculo da taxa de desconto adequada ao risco:
K = RF + Beta (Erm – RF)
K = 0,08 + 1 (0,15 – 0,08) = 0,15 = 15%
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Dado que os fluxos de caixa são constantes ao longo do tempo, podemos usar a tecla PMT da calculadora e fazer...
PMT = 350.000
PV = - 1.000.000
I = 15%
FV = 0
Perguntamos, então, N = ? = 4 anos
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
FC's
(1.000,00)
350,00
350,00
350,00
350,00
350,00
350,00
350,00
350,00
350,00
350,00
VP dos FC's
(1.000,00)
304,35
264,65
230,13
200,11
174,01
151,31
131,58
114,42
99,49
86,51
• 3) A empresa Bambam opera com base no lucro presumido. As suas vendas, este ano, são
da ordem de 40.000 rádios, que são vendidos a R$250,00, cada.
• O governo assume que o lucro presumido será 32% do seu faturamento e tributa 22% sobre
o lucro presumido. Calcule o IR devido deste ano, com base no lucro presumido.
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Solução:
IR Presumido
Faturamento 40.000 x R$250,00 = R$10.000.000,00.
O lucro presumido é 32% de R$10.000.000,00, ou seja, R$3.200.000,00.
O IR (imposto de renda) será 22% de R$3.200.000,00, ou seja, R$704.000,00.
Resposta: O valor do IR deste ano é R$704.000,00.
• 4) Continuação. A empresa Bambam quer mudar para operar com base no lucro real.
Considere que as vendas, este ano, são da ordem de 40.000 rádios, que são vendidos a
R$250,00, cada. O custo fixo é R$3.500.000,00, por ano, e o custo variável é R$90,00, por
unidade.
• O governo tributa 22% sobre o lucro real. Calcule o IR devido deste ano com base no lucro
real. É melhor para a Bambam optar pelo lucro real ou lucro presumido?
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Solução:
Faturamento 40.000 x R$250,00
CF
3.500.000
CV
3.600.000
LAJIR 2.900.000
IR de 22%
638.000
10.000.000
• Resposta: O valor do IR deste ano é R$638.000,00. É melhor optar pelo lucro real.
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5) Sua missão é avaliar quanto vale a Estrela, empresa fabricante de computadores, e na sequencia analisar, utilizando o VPL, se é viável comprá-la.
A vida útil econômica desta empresa é de apenas 5 anos, após esse período você pretende vendê-la por $2.000.000,00. As vendas anuais previstas são 10.000 unidades,
do único modelo de computador produzido. Os custos variáveis são de $680,00, por unidade, e os custos fixos são $3.200.000,00, por ano.
Considere que o risco beta deste negócio seja 1,7, a taxa RF, 8% ao ano, e a taxa esperada de retorno do mercado, 18% ao ano. A alíquota do imposto de renda é 30%.
Sua equipe de vendas acredita que possa vender cada computador por $1.800,00. A fábrica de computadores está à venda, hoje, por $10.000.000,00. Desconsidere os
efeitos da depreciação.
Afinal qual é sua decisão: compra ou não a fábrica? Use o VPL para decidir.
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Solução:
1) Cálculo do valor da fábrica:
Faturamento 10.000 x 1.800,00
Custos variáveis 10.000 x 680,00
Custos fixos 3.200.000,00
LAJIR
8.000.000,00
IR (LAJIR)
2.400.000,00
FCO
5.600.000,00
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Fluxos de caixa...
T=0
t=1
5.600
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Cálculo da taxa de desconto adequada ao risco:
K = RF + Beta (Erm – RF)
K = 0,08 + 1,7 (0,18 – 0,08) = 0,25 = 25%
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Valor...
PMT = 5.600.000
FV = 2.000.000
I = 25
N=5
PV = ? = 15.715.328,00
Valor da fábrica Estrela é 15.715.328,00.
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2) Cálculo do VPL:
VPL = Valor – Custo
Valor = 15.715.328,00
Custo = 10.000.000,00
VPL = 15.715.328,00 – 10.000.000,00 = 5.715.328,00
•
Resposta: Sim, pode investir, pois o VPL é positivo ($5.715.328,00).
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t=2
5.600
= 18.000.000,00
= 6.800.000,00
t=3
5.600
t=4
5.600
t=5
5.600
2.000
• 6) Você e seus sócios têm um projeto empresarial: pretendem montar uma firma para
administrar aeroportos “privatizados”. Sua intenção é entrar em uma licitação pública para
ganhar o direito de administrar um aeroporto por um determinado período. A taxa de retorno
desejada por você e seus sócios (custo do capital) é de 18% ao ano. A TIR projetada para
esse tipo de firma é de 16% ao ano. Você investiria nesse projeto? Por quê?
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• Resposta: Não, pois a TIR do projeto é menor (16%) que a taxa de retorno esperada (18%).
Esse projeto não é lucrativo.
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• 7) Argus Empreendimentos tem um projeto: abrir uma fábrica de canetas esferográficas, a
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fim de fabricar um único modelo, simples e barato.
Os investimentos necessários são $500.000,00. Os custos fixos anuais previstos são
$80.000,00 e os custos variáveis são de $1,20, por cada caneta produzida. Cada caneta é
vendida por $2,00.
Você sabe que a taxa RF é 9% ao ano, o risco Beta é 1,1 e o esperado retorno do mercado
é 19% ao ano. A vida econômica útil deste projeto é 5 anos. A alíquota do imposto de renda
é 30%. Não existe valor terminal (residual) algum. Considere a depreciação linear, para
todos os ativos, ao longo da vida útil da fábrica.
Qual é a quantidade mínima de canetas que deve ser produzida e vendida, a cada ano, para
atingir o ponto de equilíbrio econômico? Considere que a previsão de vendas seja estável,
sem crescimento, e que o os investidores desejam receber o retorno dos seus investimentos
em parcelas iguais e periódicas ao longo da vida útil do projeto.
Após calcular o ponto de equilíbrio econômico, realize uma análise para verificar se este
projeto é viável.
Informações úteis:
demanda do mercado é de para 800.000 canetas;
capacidade de produção é 600.000 canetas.
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Solução:
Cálculo da taxa de desconto adequada ao risco:
K = RF + Beta (Erm – RF)
K = 0,09 + 1,1 (0,19 – 0,09) = 0,20 = 20%
Cálculo do custo do capital:
PV = 500.000
FV = 0
I = 20
N=5
PMT = ? = 167.189,85
P.Q = CV.Q + CF + C.Cap. + IR.(P.Q - CV.Q - CF - D)
Q = [CF + C.Cap. - IR CF - IR Depre] / [P - CV - IR. P + IR CV]
C.Cap. = Custo do Capital = 167.189,85
Q = [80 + 167,18985 – (0,3) 80 – (0,3) 100] 106 / [2 – 1,20 – (0,3) 2 + (0,3) 1,20]
Q = 344.981,88
Realizando a Análise...
Calculamos o ponto de equilíbrio econômico que é de 344.982 canetas. A demanda do
mercado é de 800.000, e a sua capacidade de produção é 600.000.
• Logo, podemos concluir que o projeto é viável, pois o ponto de equilíbrio é menor do que a
expectativa de vendas e a capacidade de produção.
•
• Resposta: A quantidade que coloca o projeto no ponto de equilíbrio econômico é 344.982
canetas produzidas e vendidas. O projeto é viável, pois o ponto de equilíbrio é menor do que
a expectativa de vendas e a capacidade de produção.
• 8) A empresa Viola D’ouro, fabricante de violas para seresteiros e violeiros, está atualmente vendendo seu
único modelo de viola que produz por R$800,00 a unidade. As vendas estão ao nível de 5.000 violas
mensais. Por razões comerciais, 80% das vendas são realizadas a prazo. O prazo médio concedido é de
45 dias para a cobrança.
• A empresa Viola D’ouro está pretendendo flexibilizar os padrões de crédito mediante um aumento no
período médio de cobrança do seu nível atual para 60 dias na média. Com esta medida espera-se um
acréscimo médio de 12% nas vendas em geral e, consequentemente, um aumento no nível atual de
devedores incobráveis de 2% para 6% sobre as vendas a prazo.
• Por falta de capital de giro, a empresa costuma descontar duplicatas para antecipar 100% dos recebíveis
(vendas a prazo). A taxa de juros simples que os bancos cobram para descontar as duplicatas da empresa
é de 4% ao mês (desconto simples). O custo variável unitário é R$400,00 e o custo fixo total é de
R$50.000,00 ao mês. Deve a Viola D’ouro flexibilizar seus padrões para concessão de crédito?
• Solução:
• Para determinar se a empresa deve adotar padrões de crédito mais flexíveis é necessário calcular o seu
efeito sobre a contribuição adicional aos lucros decorrentes das vendas, o custo do investimento marginal
em duplicatas a receber e o custo marginal com devedores incobráveis.
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a) Contribuição adicional aos lucros:
Aumento nas vendas: 600
Lucro marginal unitário: R$400,00
Lucro total adicional: R$240.000,00
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b) Incremento nos custos com descontos de duplicatas:
80% das vendas totais são a prazo
100% das vendas a prazo são descontadas
80% das vendas totais são descontadas
Plano Atual Plano Proposto
Total de vendas
5.000,00
5.600,00
Vendas a prazo
4.000,00
4.480,00
Vendas a vista
1.000,00
1.120,00
Vendas descontadas 4.000,00
4.480,00
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Plano atual 45 dias de prazo
4.000 unidades a R$800,00 cada, significa um faturamento total mensal de R$3.200.000,00. O custo para descontar todas
estas duplicatas é 4% x 1,5 meses x R$3.200.000,00 = R$192.000,00.
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Plano proposto 60 dias de prazo
4.480 unidades a R$800,00 cada, significa um faturamento total mensal de R$3.584.000,00. O custo para descontar todas
estas duplicatas é 4% x 2 meses x R$3.584.000,00 = R$286.720,00.
O incremento nos custos com desconto de duplicatas é R$94.720,00.
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c) Incremento nos custos marginais com devedores duvidosos:
Plano proposto 6% (das vendas a prazo, que incorrem em incobráveis) x R$ 800,00 x 4.480 unidades = R$215.040,00.
Plano atual 2% (das vendas a prazo, que incorrem em incobráveis) x R$ 800,00 x 4.000 unidades = R$64.000,00.
Custo marginal com devedores incobráveis R$151.040,00.
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Resultados da flexibilização do crédito:
a) Contribuição adicional pelo aumento nas vendas: R$240.000,00
b) Custo adicional com desconto:R$94.720,00
c) Custo incremental com devedores duvidosos: R$151.040,00
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Resposta: Haverá contribuição negativa de R$5.760,00 com a flexibilização das condições de crédito.
Conclusão: Não devemos flexibilizar as normas para concessão de crédito.
Fechamento
• Dúvidas
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