CONJUNTOS Conjunto tem por conceito a reunião de elementos que têm pelo menos uma propriedade em comum. Em geral são representados por letras maiúsculas do alfabeto latino e seus elementos vêm representados entre chaves, separados por vírgulas: A = { a, b, c } Conjuntos Numéricos Naturais: N = {0 ; 1 ; 2 ; 3 ; ...} Inteiros: Z = {...; -3 ;-2 ; -1 ; 0 ; 1 ; 2 ; 3 ; ...} Racionais: um número é chamado de racional quando puder ser escrito como fração de dois números inteiros, ou seja: Irracionais: um número é chamado de irracional quando não puder ser obtido como divisão de dois números inteiros, ou seja: Obs.: Alguns números irracionais: Reais: O conjunto dos números reais é definido como união entre os conjuntos dos racionais e dos irracionais, ou seja, O conjunto R pode ser representado por uma reta numerada de - a + . Intervalos O conjunto dos números reais (R) possui subconjuntos, denominados intervalos. Estes intervalos são determinados por meio de desigualdades. Sejam os números reais a e b, com a < b , temos os conjuntos: 1 - Intervalo aberto de extremos a e b : 2 - Intervalo fechado de extremos a e b : 3 - Intervalo fechado à esquerda ou aberto à direita de extremos a e b : 4 - Intervalo fechado à direita ou aberto à esquerda de extremos a e b : Existem, também, os intervalos infinitos. São eles: 5 - Menos infinito e fechado em n : 6 - Menos infinito e aberto em n : 7 - Mais infinito e fechado em n : 8 - Mais infinito e aberto em n : OBSERVAÇÃO: A bolinha vazia na reta real indica que os extremos a e b não pertencem ao intervalo. A bolinha cheia na reta real indica que os extremos a e b pertencem ao intervalo. NÚMEROS COMPLEXOS Os números complexos formam um corpo denotado por (C, +, · ). O conjunto C é formado pelos pares ordenados (x, y) R2 onde definimos: Igualdade: (x, y) = (u, v) se e somente se x = u e y = v Adição: (x, y) + (u, v) = (x + u, y + v) Multiplicação: (x, y) × (u, v) = (xu yv, xv yu) Definição. O conjugado do número complexo z = (x, y) é = (x, y) OPERAÇÕES COM CONJUNTOS Considere dois conjuntos A e B. União – A união será representada pela notação A B, e será um novo conjunto onde os elementos pertencerão a A ou a B. Intersecção – será representada pela notação A B, e os elementos desse novo conjunto, pertencerão simultaneamente aos dois conjuntos. Diferença – esta operação será representada por A – B e o conjunto decorrente da mesma, terá elementos que pertencem a A e não pertencem a B. Complementação – Considerando que B é subconjunto de A , ou seja, que está contido em A , então o conjunto resultante da operação CAB, complementar de A em relação a B , é obtido pela diferença B – A . Produto cartesiano - Dados dois conjuntos A e B, o produto cartesiano denotado por A B (lê-se A cartesiano B) é o conjunto de todos os pares ordenados cujos primeiros elementos (primeiras coordenadas) pertencem a A e cujos segundos elementos (segundas coordenadas) pertencem a B. Par ordenado Conceito. Par ordenado. Intuitivamente, um par ordenado consiste de dois termos, digamos a e b, dos quais um, digamos a, é designado como primeiro termo e o outro como segundo termo. Um par ordenado com primeiro termo a e segundo termo b é representado explicitamente por (a, b). ELEMENTOS DE UM PAR ORDENADO Num par ordenado u = (x, y), x é chamado abscissa, primeiro elemento, primeira coordenada ou primeira projeção. Já y é chamado ordenada, segundo elemento, segunda coordenada ou segunda projeção. IGUALDADE DE PARES ORDENADOS Se x e y são pares ordenados (representados não explicitamente), a igualdade x = y significa por definição que a abscissa de x é igual a abscissa de y e que a ordenada de x é igual a ordenada de y. De outro modo, (a, b) = (c, d) significa por definição que a = c e b = d. Exemplos: Se A = {1, 2, 3} e B = {p, q} então: AB = {(1, p), (2, p), (3, p), (1, q), (2, q), (3, q)} BA = {(p, 1), (p, 2), (p, 3), (q, 1), (q, 2), (q, 3)} RELAÇÃO BINÁRIA Definição. Relação Binária. Dado um produto cartesiano AB, uma relação binária de A em B é um subconjunto R qualquer do produto cartesiano AB. Nesse caso A é chamado conjunto de partida e B é chamado conjunto de chegada da relação R. Exemplo:: P = {2, 4, 6}, Q = {1, 3} P×Q = {(2, 1), (2, 3), (4, 1), (4, 3), (6, 1), (6, 3)} Um exemplo de relação binária de P em Q é R1 = {(2, 1), (4, 3)} que é um subconjunto do produto cartesiano P×Q. Podemos também descrever R1 assim: R1 = {(x, y) PQ | x – y = 1} Neste caso o conjunto R1 está sendo descrito por abstração. REPRESENTANDO RELAÇÕES BINÁRIAS A relação R1 de A = {0, 1, 2, 3} em B = {a, b, c, d} dada por R1 = {(0; a), (1; b), (2; c), (2; d)} pode ser representada dos seguintes modos: Diagrama Sagital Representação Cartesiana R1 Na representação cartesiana os elementos do conjunto de partida são representados no eixo horizontal e os elementos do conjunto de chegada são representados no eixo vertical. Para representar uma relação R qualquer, marcamos um ponto para cada elemento (par ordenado) que está em R. Por exemplo, para indicar que o par ordenado (2, c) está em R1, marcamos um ponto na posição (2, c), de abscissa 2 e ordenada c. FUNÇÃO Conceito. Função Uma função de A em B é uma representação de elementos de C A por elementos de B, onde cada elemento C admite uma única representação em B. Quando A = C, isto é, quando todo elemento de A tem um representante em B a função é dita função total, ou simplesmente função. Quando C A, a função é dita função parcial, e é menos conhecida que a função total pois para a maior parte da Matemática é suficiente e preferível trabalhar com a função total visto que os cálculos com funções parciais são mais complexos. REPRESENTANDO UMA FUNÇÃO A representação de uma função é feita do mesmo modo que a de uma relação binária, por meio do diagrama sagital, diagrama cartesiano (representação cartesiana) ou representação matricial. DENOTANDO UMA FUNÇÃO Uma função de A em B, isto é, uma função com conjunto de partida A e conjunto de chegada B é denotada por f : A B. O representante (único) de um elemento c C A por uma função f é denotado por f (c). FUNÇÕES PARCIAIS E FUNÇÕES TOTAIS Uma função (total) é uma relação binária na qual cada elemento do conjunto de partida está associado a um único elemento do conjunto de chegada. Não é função total, pois existe pelo menos um elemento do conjunto de partida A, o 2, que não está associado a nenhum elemento do conjunto de chegada B. Trata-se de uma função parcial, pois nenhum elemento de A admite mais de um representante em B. Segue um exemplo de relação binária que não é nem função total nem função parcial. Não é função nem total nem parcial, pois existe um elemento do conjunto de partida A, a saber o 1, que está associado a dois elementos do conjunto de chegada B, a saber o 7 e o 3. Numa função, seja ela total ou parcial, nenhum elemento do conjunto de partida admite mais de um representante no conjunto de chegada. DOMÍNIO DE UMA FUNÇÃO Numa função f de A em B, chamamos de domínio de f e indicamos por D(f ) ou Dom(f ) o conjunto dos elementos de A que estão representados em B, isto é, o conjunto dos elementos a A para os quais existe b B tal que f(a) = b. Note que o domínio de uma função g de A em B coincide com o conjunto de partida A se, e somente se cada elemento do conjunto de partida A admite um representante em B, isto é, se, e só se g é função total. IMAGEM DE UMA FUNÇÃO Dada uma função f : A B a imagem de f, que representamos por Im( f ) ou por f (A), é o conjunto dos elementos b B para os quais existe a A satisfazendo f (a) = b. Simbolicamente: Im( f ) = f (A) = {b B : aA, b = f (a)}