AS PRINCIPAIS DROGAS ESTIMULANTES 1. COCAINA 2. ANFETAMINAS: • DIETILPROPIONA: HIPOFAGIN - INIBEX • FENPROPOREX: DESOBESI - LIPOMAX • MAZINDOL: ABSTEN - DASTEN • METANFETAMINA: PERVITIN • METILFENIDATO: RITALINA FENÔMENOS PROVOCADOS PELOS ESTIMULANTES • Constrição dos vasos sangüíneos; • Aumento dos batimentos cardíacos e da contração do músculo cardíaco; • Aumento da pressão arterial; • Dilatação dos brônquios; • Relaxamento da musculatura intestinal; • Midríase • Aumento dos níveis de açúcar no sangue; • Diminuição do tempo de coagulação do sangue; • Aumento de tensão muscular; • Estimulação das glândulas adrenais • O uso de estimulantes do sistema nervoso central pelo homem é muito antigo, sendo considerado um hábito milenar em algumas culturas, como a dos povos 1 andinos, que mascam coca, ou a de outros povos que não podem passar sem chá ou café. • Apesar de classificadas em um mesmo grupo, as drogas estimulantes merecem ser estudadas separadamente, uma vez que se comportam no organismo de maneiras diferentes, embora produzindo a mesma resposta final. Cocaína I – VIAS DE ABSORÇÃO: • Pode ser cheirada, fumada ou injetada II - TOXICIDADE: • Efeitos anestésicos locais • Estimulação do S.N.C. • Inibição da recaptação das catecolaminas • Efeitos:Estimulação generalizadas estimulação pelas anfetaminas) simpático-mimética(semelhante à Dose tóxica depende de vários fatores: • Tolerância individual, • via de administração, • presença de outras drogas (álcool, maconha). ‾ Uma "linha" ou "fileira": 20 a 30 mg ‾ "Crack" : 100 a 150 mg por pedra ‾ 1 grama: pode ser fatal III- Apresentação clínica: 2 1. S.N.C. • Euforia inicial - ansiedade, agitação, delirium, tremores, rigidez muscular, hiperatividade, convulsões. • Convulsões são breves. Se são continuadas, sugerem que o indivíduo continua absorvendo a droga ("body packers") • Coma, hipertermia, hemorragia intra-craniana 2. TOXICIDADE CARDIO-VASCULAR • Taquicardia (fatal) ou fibrilação DANOS E DOENÇAS COMUMENTE ASSOCIADOS • COM USO NASAL: Perda da sensibilidade olfativa, atrofia da mucosa com rinite crônica e perfuração do septo nasal. • COM USO PULMONAR: Possibilidade de lesão pulmonar com diminuição da capacidade de oxigenação no sangue por fibrose intersticial. • COM USO ENDOVENOSO Por esta via ocorrem dois tipos de complicações: não-infecciosas e infecciosas (aquelas causadas por contaminação quando da aplicação da injeção). • COMPLICAÇÕES NÃO INFECCIOSAS: O pó da cocaína contém, em geral, substâncias adicionais (impurezas). Na injeção, estas podem causar reações alérgicas de gravidade variável, indo de um simples rash cutâneo (pele avermelhada e irritada) até a morte. Também pode ocorrer embolia e fibrose pulmonar, assim como reações de irritação local e flebite. • COMPLICAÇÕES INFECCIOSAS: Abcessos de pele e músculo, infecções sistêmicas, endocardites bacterianas, infecções pulmonares, hepatites virais, doença de Chagas, sífilis e septicemias 3 causadas pelo uso comum de utensílios contaminados utilizados no preparo e na aplicação da injeção, tais como agulhas, seringas, potes, colheres, etc. Entre os usuários de drogas injetáveis, a SIDA/AIDS é, sem dúvida, a mais importante das doenças infecciosas transmitidas por utensílios contaminados. O contato com o vírus da AIDS (HIV) pode resultar ou não em infecções, dependendo da quantidade de vírus e de sua capacidade em sobreviver às defesas imunológicas naturais. SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA: Cansaço, sono intenso, fome, irritabilidade, mal-estar, depressão. O quadro desaparece após algumas horas de cessação do uso da droga. Mas, pode voltar dentro de alguns dias, mesmo que o indivíduo volte a fazer uso da droga, criandose um círculo vicioso. EMERGÊNCIAS NO ABUSO DE DROGAS Cocaína ou outros Estimulantes do S.N.C.: • Estado excessivo de alerta, humor exaltado, atividade psicomotora intensa. Ao menor sinal de estimulação, comportamento estereotipado, bruxismo, 4 coceira, irritabilidade, inquietação, labilidade emocional, paranóia. Após o estado de excessiva estimulação do SNC, pode-se seguir uma depressão do mesmo, com consequências no organismo. • TRATAMENTO 1. Administração de oxigênio com pressão positiva. 2. Colocar na posição de trandelenburg e aquecer pernas e braços para favorecer o retorno de sangue. 3. Injetar pequenas doses de barbitúricos de ação rápida, caso haja convulsão. Também se pode usar diazepam. 4. Administrar estimulantes da função cardíaca. 5. Manter o paciente calmo, evitar barulhos ou estímulos audiovisuais fortes. 6. Monitorar continuamente os sinais vitais COCAÍNA Efeitos Imediatos (Grupo de 99 pessoas) EFEITOS POSITIVOS EFEITOS NEGATIVOS Euforia 100% Agitação 70% Estimulação 100% Ansiedade 34% Redução da fadiga 83% Hiperexcitabilidade 28% Diminuição do apetite 67% Loquacidade 62% Excitação sexual 23% Irritabilidade 16% Aumento das Cap/mentais15% Aumento da sociabilidade 15% MESMO GRUPO, 4 ANOS DEPOIS: 61 PESSOAS 5 EFEITOS POSITIVOS EFEITOS NEGATIVOS Aumento de energia 32% Elevação do otimismo Agitação e irritabilidade 43% 16% Fadiga ou lassidão Aumento da sensibilidade a cocaína 8% Perda de peso 4% 32% Problemas das mucosas nasais 12% Problemas na atenção e percepção 11% FONTE: R.K., SIEGEL – Cocaína, 1980, Lima ANFETAMINAS • Uso clínico: após 1930 • Primeiros casos de Psicoses anfetamínicas: 1938 • A II Guerra Mundial: os Kamikazes • 1990: surgimento do Ecstasy • Síndrome de abstinência: depressão severa • Complicações: anfetamina e metanfetamina provoca severas complicações no aparelho circulatório. • Em animais: administração prolongada produx depleção continuada de norepinefrina, dopamina e serotonina. • Em macacos: registro de morte neuronal e micro- • Em humanos: hiper-pirexia e destruição de arteríolas. • No cérebro: hemorragias intra-cranianas; arritmias cardíacas e infarto do miocárdio. • TRATAMENTO: Fluoxetina (Prozac) hemorragias; 6 Ecstasy (3-4 Methyleneodioxymethamphetamina) • Droga sintética, quimicamente similar à metanfetamina e à mescalina. • MDMA exerce seus efeitos primariamente nos neurônios cerebrais que usam a serotonina como mediadores. O sistema da serotonina exerce papel importante na regulação do humor, agressão, atividade sexual, sono e sensibilidade à dor. • Efeitos cognitivos: usuários crônicos têm performance diminuída, em relação a não-usuários, em relação a tarefas que impliquem desempenho cognitivo e de memória, tanto a de curto prazo quanto a de longo prazo. • Efeitos físicos: em altas doses, MDMA interfere com a habilidade do corpo em regular a temperatura, podendo ocasionar falência cardíaca, hepática e renal. É problemático seu uso por pessoas com tendência à pressão alta, ou que sofram com problemas circulatórios. • Efeitos psíquicos: confusão, depressão, problemas de insônia, fissura pela droga, ansiedade. Estes problemas podem ocorrer durante dias ou semanas após a ingestão de MDMA. Sites p/ saber mais sobre "drug clubbers": • www.ClubDrugs.org. • www.Teens.drugabuse.gov • www.BacktoSchool.drugabuse.gov TABACO 7 • Universalmente reconhecido como o maior causador de problemas de saúde, principalmente, doenças pulmonares (enfisema, câncer) e cardíacas, o tabaco, até hoje, continua a ser consumido por, aproximadamente, 40% da população adulta em todo o mundo. • O cigarro de tabaco é uma mistura de ar quente e gases. Estudos recentes admitem que em um único cigarro existem 4 mil produtos químicos diferentes, sendo que, destes, apenas 2 mil são conhecidos. Entre os conhecidos está o benzopireno, um dos mais potentes carcinogênicos que existe. • Normalmente, quando o indivíduo traga a fumaça, pequenas partículas passam pelo pulmão e trato respiratório superior e são “varridas” por uma rede de cílios. Se elas passam pelo pulmão, ainda existe a possibilidade de serem arrastadas para o muco e serem colocadas para fora do organismo através da expectoração. Se este indivíduo está permanentemente exposto a um ar poluído ou é um grande fumante, estes mecanismos podem falhar e os efeitos podem ser “fatais”. • Muitas pessoas começam a fumar antes dos 20 anos por razões sociais e continuam a fazer uso crônico de cigarro, porque a nicotina é uma das mais potentes drogas criadoras de dependência física que se conhece. Para poupar o indivíduo dos efeitos desagradáveis, ela exige um nível constante no sangue, nível este que tende a aumentar no decorrer dos anos. Cafeína SINAIS DE INTOXICAÇÃO: • Inquietação, nervosismo, excitação, insônia, diurese aumentada; • Distúrbio gastro-intestinal, tremor fino das mãos, taquicardia; • Quantidade tóxica: mais que 250mg/dia (2 a 3 copos de café/dia) 8 • Síndrome de abstinência • Piora ou deflagra crises de pânico • Há evidências de que acentua a osteoporose Esteróides • São uma nova classe de drogas, manufaturadas. • São também chamadas de "anabolizantes", referentes ao aumento do crescimento dos músculos e "androgênicas", referentes ao aumento das características masculinas. • São drogas disponíveis legalmente só por prescrição médica, mas amplamente vendidas por uma espécie de tráfico, principalmente por praticantes de exercícios de musculação, em academias. • Seu uso médico se refere a tratamento de condições anormais de pouca ou nenhuma produção de hormônio testoterona por meninos, na puberdade e em alguns tipos de impotência. Também são drogas prescritas em casos de grande perda de peso em doentes com AIDS. • O abuso de esteróides anabolizantes pode provocar sérios problemas à saúde, alguns deles irreversíveis. • São ingeridos por via oral ou injetados tipicamente em ciclos de semanas ou meses. Os que os tomam param por um certo tempo, depois retomam o ciclo. • EFEITOS: tumores no fígado, retenção de líquidos, aumento da pressão arterial, aumento do LDL e baixa do HDL tumores renais, acne severa e tremores. Outros efeitos relatados são infertilidade masculina, calvície precoce, desenvolvimento de seios em homens, risco aumentado de câncer de próstata. • Do ponto de vista psiquiátrico, aumento da irritabilidade, explosões de violência, paranóia. 9 CLUB DRUGS • MDMA • Rohypnol • GHB(gama hydroxy butirato) • Ketamina • MDMA (ECSTASY) : em altas doses, interfere com a capacidade do corpo de regular sua temperatura, levando a uma hipertermia. Como resultado, pode haver falência de órgão como rins, sistema cardio-vascular e fígado. Pesquisas recentes sugerem que o uso crônico de Ecstasy pode levar a mudanças nas funções cerebrais, afetando as áreas de cognição e memória. Também é comum episódio de forte depressão após o seu uso, porque o Ecstasy interfere no metabolismo da Serotonina. Em animais primatas, o consumo de Ecstasy mostra danos a terminais nervosos até 6 a 7 anos depois da exposição. • GHB: conhecido desde 1990, tem efeitos euforizantes, sedativos e anabolizantes, É um depressor do SNC. Usado em academias de ginástica como redutor de gorduras e definição de músculos. Conhecido como "Ecstasy líquido", "vita-G". Seus efeitos perigosos são coma e convulsões em caso de abuso. Combinado com outras drogas como o álcool pode provocar náuseas incontroláveis e dificuldades respiratórias. Também têm sido relatados casos de insônia, tremores e sudorese. • KETAMINA: é um anestésico, conhecido desde 1970. Seu uso foi desaprovado em humanos devido a sus efeitos colaterais, mas continuou a ser usado em Medicina Veterinária. Pode ser injetado ou cheirado. É também conhecido, entre os usuários, como "K especial" ou "vitamina K". 10 Pequenas doses de Ketamina podem provocar estados de "sonho-acordado" e alucinações. Em altas doses, provoca delirium, amnésia, prejuízo das funções motoras, pressão alta, depressão e problemas respiratórios freqüentemente fatais. 11