MDMA (“ecstasy”): Redução de Danos como prevenção Stella Pereira de Almeida - LABORATÓRIO DE Ψ USP PSICOFARMACOLOGIA ECSTASY, Bala, Ê , pastilha, MDMA = MetilenoDioxiMetAnfetamina Droga de ação central Propriedades estimulantes e perturbadoras Agonista serotonérgica, estimula liberação/inibe recaptação Designer drug/droga de desenho a) Substâncias sintetizadas com o objetivo de produzir efeitos mais específicos e com menos efeitos colaterais b) Drogas também sintéticas, produzidas com o objetivo de esquivar-se do controle legal e mimetizar os efeitos de uma droga ilegal de abuso Club/dance/party/drugs Termo amplo, utilizado para diversas drogas de uso recreativo Efeitos Euforia, loquacidade, aguçamento sensorial, energia, humor, auto-estima, maior proximidade e confiança em relação aos outros, desejo e satisfação sexual, da performance, elevação da temperatura corporal, aceleração cardíaca, tensão maxilar, sono, fadiga e apetite Controvérsias sobre o potencial neurotóxico Incerteza quanto a composição e dosagem, uso de diferentes psicoativos, ambiente e atitudes. Questões éticas – relatos de casos – limitações O “caso Ricaurte” Fatos relativos ás conseqüências do uso intoxicação aguda (hipertermia) depressão prejuízo cognitivo problemas psiquiátricos comportamentos de risco PROJETO BALADABOA (1999) Diagnóstico inicial – pesquisa presencial Uso de ecstasy existe, está em expansão e comporta riscos justifica-se intervenção preventiva Escolha da estratégia de intervenção A disponibilidade de ecstasy é um fato Fator que + interfere na freqüência de uso: preocupação com a saúde Maioria dos usuários NÃO deseja diminuir ou interromper o uso É possível minimizar os riscos do uso de ecstasy Redução de Danos (RD) REDUÇÃO DE DANOS O uso de drogas sempre existiu e continuará a existir Existem tratamentos alternativos à abstinência Algumas atitudes tornam o uso menos inseguro Usuários de drogas são capazes de se proteger e de tomar decisões e podem ser um importante elemento nas intervenções de prevenção e tratamento Projetos participativos, inclusivos, dirigidos a públicos específicos A idéia não é fazer você mudar de vida, mas cuidar da sua. REDUÇ ÃO DE DANOS PAR A USUÁRIOS DE DROGAS (15) 231 0878 GUERRA ÀS DROGAS Sociedade livre de drogas / Extinção da oferta Tolerância Zero única meta aceitável é abstinência Usuários de drogas doentes incapazes de tomar decisões Mensagens alarmistas, amedrontadoras, universais This is your brain This is your brain on drugs Continuidade PROJETO BALADABOA (2004) Pesquisa on-line – subsídio a intervenção de RD Participantes: usuários de ecstasy (N = 1.140) Utilizam drogas pré/durante/pós ecstasy (97,2%) Usam em festas e lugares para dançar (95,2%) Consideram fácil obter ecstasy (62,4%) Mais relações sexuais inseguras sob efeito de ecstasy (12%) (2006) Elaboração do projeto de intervenção (2007) Intervenção e avaliação do projeto OBS Todas as etapas submetidas e aprovadas por CEPH Avalie o Projeto BALADABOA quanto a seus objetivos/ideologia (%) 91,4 5,7 Bom m uito bom Mais ou m enos 1,7 1,1 Ruim m uito ruim Não sabe O projeto Baladaboa deve ter continuidade? 98,8% 1,2% Sim Não Você acredita que o projeto Baladaboa pode causar mudanças no comportamento de pessoas que usam ecstasy? 85,0% 15,0% Sim Não Você acredita que o projeto Baladaboa pode causar mudanças em seu comportamento relativamente ao uso de ecstasy? 69,2% 30,8% Sim Não (2007) Março-Junho Distribuição de flyers e avaliação do projeto Junho: Polêmica em torno do conteúdo dos flyers e suspensão. Julho: Retomado financiamento FAPESP ao projeto Agosto: Solicitação de novos relatórios (3 assessores) Solicitação de esclarecimentos por promotor do Ministério Público após denúncia anônima (2008) Denegação da renovação do pós-doutorado pela FAPESP Ministério Público encaminha para abertura de inquérito O projeto despertou interesse e receptividade dos usuários de ecstasy, além de disponibilidade em incorporar mudanças de atitudes que impliquem em menores riscos do uso. Foram produzidos diversos artigos advindos do projeto Entretanto, .... - LABORATÓRIO DE Ψ USP PSICOFARMACOLOGIA