intervenção psicopedagógica para pessoas com

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INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA PARA
PESSOAS COM ALTAS HABILIDADES E
SUPERDOTAÇÃO
Marcília Rinaldes Rocha dos SANTOS NETO
Pedagoga, Neuropedagoga, Psicopedagoga
Diretora Mobilizadora Distrital Sindical (Catalão, Goiandira,
Cumari, Anhanguera, Nova Aurora, Ouvidor, Três Ranchos,
Davinópolis, Pires Belo)
CRPp Sindical n. 134.
[email protected]
CONTEXTUALIZANDO...
DIALOGANDO...
AH/SD o que é isso?
Como se dá o processo identitário do
sujeito com AH/SD?
Quais os aspectos legais que
garantem a esse sujeito ser público
alvo da educação inclusiva?
Qual é o papel do psicopedagogo
nesse contexto?
Existem núcleos de apoio a esse
sujeito?
ASPECTOS LEGAIS PARA A INCLUSÃO
DO SUJEITO COM AH/SD
O artigo 59 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação de 1996
(Lei 9394/96) assegura que:
Art. 59: Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos
com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e
altas habilidades ou superdotação: (redação dada pela Lei nº
12.796, de 2013)
I- Currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e
organização específicos para atender às suas necessidades;
II- terminalidade específica para aqueles que não puderem
atingir o nível exigido para conclusão do ensino fundamental,
em virtude de suas deficiências, e aceleração para concluir em
menor tempo o programa escolar para os superdotados.
GÊNESE
• O registro sobre AH/SD datam de antes de
Cristo na Grécia, Egito e Roma.
• O debate sobre as AH/SD ainda hoje é
controverso, de difícil definição e compreensão
e cheio de mito (PROCÓPIO; FERNANDES
PROCÓPIO, 2015).
CONCEITO
Atualmente, o termo gênio, mais dotado,
superdotado foi substituído por Altas Habilidades e
Superdotação com a sigla AH/SD e adota uma
definição que não se prende apenas à inteligência
abstrata ou a aprendizagem escolar, incluindo
também, as habilidades sociais, a liderança ou a
criatividade, variáveis vinculadas à personalidade,
à motivação e aos próprios contextos de vida
(POCINHO, 2009).
Representação gráfica da definição de
superdotação, segundo Renzulli
MÚLTIPLAS INTELIGÊNCIAS
As Múltiplas Inteligências divulgadas em 1983 por
Howard Gardner busca perceber as influências
dos aspectos: psicológico, fisiológico e cultural da
inteligência.
São essas as inteligências:
• Inteligência Linguística
• Inteligência Lógico Matemática
• Inteligência Viso Espacial
• Inteligência Interpessoal ou Social
• Inteligência Naturalística
• Inteligência Espiritual
• Inteligência Lógico Matemática
ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO
Potencial superior: Habilidade geral
intelectual, aptidão acadêmica específica,
criatividade,
liderança,
artes
e/ou
habilidade psicomotora.
Aqueles que apresentam grande facilidade de
aprendizagem,
levando-os
a
dominar
rapidamente
conceitos,
procedimentos
e
atitudes (Resolução CNE/CEB no. 2/2001 das
Diretrizes Nacionais para a Educação Especial
na Educação Básica).
O PROCESSO IDENTITÁRIO DAS ALTAS
HABILIDADE E SUPERDOTAÇÃO
“Um ponto importante a considerar é que a
identificação deve ser vista como um processo
contínuo, permitindo o ingresso da criança ao
programa à medida que suas habilidades
emergem
e
se
desenvolvem;
e
deve
preferencialmente apontar os pontos fortes,
aptidões e talentos de cada uma, em detrimento
de suas fraquezas e incapacidades, como
tradicionalmente se tem feito nas escolas”
(VIRGOLIM, 2007, p. 57).
CURIOSIDADES
Os alunos com AH/SD devem ter uma
educação que respeite e valorize suas
capacidades, por isso, existem várias
modalidades de atendimento e cada
alternativa
atende
a
diferentes
necessidades. A legislação brasileira prevê
programas de enriquecimento curricular,
agrupamentos diferenciados e aceleração
nos anos.
INFLUÊNCIA DAS EMOÇÕES NO
TALENTO DO ALUNO SUPERDOTADO
Não só se deve canalizar esforços para a
estimulação intelectual, uma vez que o aluno com
superdotação é um todo e não só intelecto.
O desenvolvimento da inteligência é inseparável
do mundo da afetividade, não existe pensamento
sem afeto. Entende-se que as ocorrências
emocionais podem oprimir o aprendizado, mas
podem também fortalecê-lo.
AH/SD NA ESCOLA
A escola é a área da vida onde o
superdotado pode apresentar o melhor
ajuste ou o pior desajuste. Sua capacidade
superior pode tanto o ajudar nos estudos e
contribuir
para
um
desempenho
excepcionalmente bom, como o pode levar
ao tédio, aborrecimento ou rebeldia capazes
de provocar um desempenho insatisfatório
podendo inibir seu talento.
ALUNO COM AH/SD
O aluno com AH/SD “merece” atenção especial
para ter oportunidades equivalentes à sua faixa
etária mental e as outras habilidades e para
desenvolver completamente suas potencialidades
sociais, estéticas e intelectuais. Há que se atentar
para o fato de que aulas não desafiantes vão
deixá-lo desinteressado e desmotivado.
ATENDIMENTO
PSICOPEDAGÓGICO
O atendimento psicopedagógico deve:
• Desenvolver o talento potencial dos alunos de
forma sistemática;
• Oferecer um currículo diferenciado, no qual os
interesses, estilos de aprendizagem e
habilidades
sejam
prioritariamente
considerados;
• Estimular um desempenho acadêmico de
excelência por meio de atividades enriquecedoras
e significativas;
• Promover o crescimento auto orientado, contínuo
e reflexivo por meio de atividades que estimulem a
liderança e o pensamento criativo;
• Criar um ambiente de aprendizagem propício ao
ensino de valores éticos, que promovam o
respeito à diversidade cultural, étnica ou de
gênero, o respeito mútuo e os princípios
democráticos;
• Implementar uma cultura colaborativa na escola,
de maneira que direção, corpo docente e
discente, outros membros da equipe escolar,
família e comunidade possam contribuir para a
promoção de oportunidades e tomada de
decisão sobre as atividades escolares,
formando, assim, uma ampla rede de apoio
social no desenvolvimento dos talentos;
• Criar oportunidades e serviços que não são
comumente desenvolvidos a partir do currículo
regular da escola.
PORTFÓLIO DO TALENTO TOTAL
É um processo sistemático por meio do qual
inventários de interesse, estilo de aprendizagem e
de expressão e produtos elaborados pelo aluno
são coletados, ajudando tanto aluno quanto
professor, a tomar decisões a respeito de seu
trabalho.
FOCO DO PORTFÓLIO
Ampliar a capacidade da escola de ajudar o
aluno a se tornar competente e
autodirecionado, bem como incrementar o
seu desempenho acadêmico.
Renzulli (2001) propõe que o portfólio seja
feito de forma colaborativa na qual alunos,
familiares e professores participem.
MODELO TRIÁTICO DE
ENRIQUECIMENTO
ATIVIDADES TIPO 1
• Filmes variados: desde os científicos e
técnicos aos de longas metragens seguidos de
questões inquiridoras e de esclarecimentos;
• Oficinas variadas: origami, fotografia, robótica,
química,
alimentos
saudáveis,
cuidados
pessoais, trato com animais, exercícios de
raciocínio lógico, xadrez, construções de
maquetes, atividades de resolução criativa de
problemas, organização de coleções, técnicas
de desenho, entre outras de interesse dos
alunos;
• Discussão de temas de noticiários do dia
através de várias abordagens: criação de
painéis de confronto, pasta de opiniões,
termômetro dos argumentos e tabelas
jornalísticas;
• Atividades planejadas e organizadas como
produção de textos, robótica, filatelia, cálculo,
microscopia e outros;
• Uso de tecnologias computacionais: softwares
educativos, enciclopédias digitais e jogos
pedagógicos e simuladores;
ATIVIDADES TIPO II
• Elaboração
de
roteiros
de
trabalhos:
treinamento específico para a delimitação de
temas, organização de roteiros e delineamento
de trabalhos;
• Treinamento em técnicas de observação,
seleção, classificação, organização, análise e
registro de dados;
• Treinamento em técnicas de desenvolvimento
de apresentações orais, escritas e práticas:
comunicação
oral,
painéis,
cartazes,
apresentações
em
mídia
eletrônica
e
demonstrações práticas;
ATIVIDADES TIPO III
• Investigação
de
problemas
reais;
Desenvolvimento de projetos coletivos e
individuais;
• Grupos de pesquisa em áreas de estudos
específicos;
• Desenvolvimento de produtos criativos e
originais (como por exemplo, roteiro de peça,
revista, maquete, poesia, relatório de pesquisa,
livro ilustrado, desenho em quadrinhos, teatro
de fantoches, mural etc.);
• Divulgação dos produtos elaborados
MAPA DE INTERESSES
Três palavras que se parecem Sinto-me desafiado quando:
comigo são:
Quando não estou na escola,
gosto de:
Fico muito feliz quando:
Eu gostaria de aprender mais Algum dia eu gostaria de:
sobre:
Gosto de pessoas que:
O que eu faço melhor é:
Aprender é divertido quando:
Eu gosto de brincar de:
Eu gostaria de ser elogiado por:
Penso muito em:
Às vezes fico preocupado com:
Aprendo melhor quando:
Eu sei que sou:
Às vezes tenho vontade de:
Eu gostaria de ser:
Eu não gosto de:
SINAIS DE DESEMPENHO
• Entediado e inquieto.
• Verbalmente fluente, mas fraco na linguagem
escrita.
• Pensamento rápido.
• Prefere amizade com crianças mais velhas e
com adultos.
• Hostil para com a autoridade.
• Excessivamente autocrítico, ansioso, podendo
se sentir rejeitado na família.
• Não sabe como estudar, ou como aprender as
matérias escolares.
• Aspirações muito baixas em vista das aptidões.
• Não define seus próprios objetivos, e depende
do professor para tomar decisões.
• Não planeja, não pensa numa dimensão de
tempo (nem mesmo em futuro próximo).
• Fraco desempenho em testes e exames, mas
faz perguntas inquisitivas e criativas.
• Pensa em termos abstratos.
• Geralmente gosta de brincadeiras com palavras.
• Trabalho de alto nível vai se deteriorando com o
tempo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
UFG
REFERENCIAS
ANTIPOFF, Helena. A educação do bem dotado – coletânea das obras escritas de Helena Antipoff. Rio de Janeiro:
Senai, 1992.
ARAÚJO, Maria Isabel; FERREIRA, Lavine Rocha Cardoso; CARDOSO, Monica Rodrigues. Processo de
Identificação e Atendimento dos alunos com Altas Habilidades e Superdotação: um estudo preliminar em uma escola
pública federal na cidade de Uberlândia. In: VI Seminário Nacional de Educação Especial e V Encontro de
pesquisadores em Educação Especial e Inclusão Escolar. Uberlândia- MG, 2014
BRASIL. Política Nacional na Perspectiva da Educação Inclusiva. SEESP/MEC. Brasília: Ministério da Educação,
Secretaria de Educação Especial, 2008.
__________. Documento orientador: execução da ação. Brasília: MEC, SEESP, 2006.
___________. Lei 9394 – LDB – Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: MEC/SEED, 1996.
FLEITH, Denise de Souza. Educação infantil: saberes e práticas da inclusão: altas habilidade/superdotação. 4. ed.
Brasília: MEC, Secretaria de Educação Especial, 2006.
POCINHO, Margarida. Superdotação: conceitos e modelos de diagnóstico e intervenção psicoeducativa. Rev. bras.
educ.
espec.
[online].
2009,
vol.15,
n.1,
pp.
3-14.
ISSN
1980-5470.
Disponível
em:
http://www.scielo.br/pdf/rbee/v15n1/02.pdf. Acesso em: 21 ago 2015.
PROCÓPIO, Marcos; FERNANDES PROCÓPIO, Leandra. Atendimento Educacional Especializado e o Estudante
com Altas Habilidades/Superdotação. APOSTILA. Catalão, GO: UFG/AEE, 2015.
VIRGOLIM, Ângela M. R. Altas habilidades/superdotação: encorajando potenciais. Brasília: MEC – SEESP, 2007.
UFG
FILIE-SE AO SINDICATO DOS PSICOPEDAGOGOS
Marcília Rinaldes Rocha dos Santos Neto
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