Bibliotecas especiais: informar, acolher e humanizar

Propaganda
Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo
Faculdade de Biblioteconomia e Ciência da Informação
Sheila SILVEIRA
BIBLIOTECAS ESPECIAIS: INFORMAR, ACOLHER E HUMANIZAR
São Paulo
2014
FUNDAÇÃO ESCOLA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA DE SÃO PAULO
FACULDADE DE BIBLIOTECONOMIA E CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO
Sheila SILVEIRA
BIBLIOTECAS ESPECIAIS: INFORMAR, ACOLHER E HUMANIZAR
Trabalho de Conclusão de Curso da Faculdade
de Biblioteconomia e Ciência da Informação da
Fundação Escola de Sociologia e Política de
São Paulo para obtenção do título de bacharel
em Biblioteconomia.
Orientadora: Evanda Verri Paulino
São Paulo
2014
S587b
Silveira, Sheila
Bibliotecas especiais: informar, acolher e humanizar /
Sheila Silveira. -- 2014.
140 f., il.
Orientadora: Profª Evanda Verri Paulino
Coordenadora: Profª Dra. Maria Ignês Carlos Magno
Trabalho de Conclusão de Curso (bacharelado) - Faculdade
de Biblioteconomia e Ciência da Informação - FESPSP - Fundação Escola
de Sociologia e Política de São Paulo.
1. Bibliotecas Especiais 2. Consumidores de Informação
em Saúde 3. Fontes de Informação para Pacientes I. Paulino, Evanda
Verri II. Magno, Maria Ignês Carlos III. Título
CDD – 027.662
Autora: Sheila SILVEIRA
BIBLIOTECAS ESPECIAIS: INFORMAR, ACOLHER E HUMANIZAR
Conceito:
Professora Orientadora: Evanda Verri Paulino
Assinatura:
Banca examinadora:
Professora: Maria Rosa Crespo
Assinatura:
Professor: Ivan Russeff
Assinatura:
Data da aprovação: ___ / ___ / ___
Este trabalho é dedicado aos meus amados pais e irmã, Wilson, Senir e
Thailla Silveira, com todo o meu amor, respeito e admiração incondicionais.
Dedico também a você, consumidor de informação em saúde, leigo ou
especialista que, em sua humanidade, um dia provavelmente precisou e não soube
onde localizar a informação de que precisava.
AGRADECIMENTOS
Meu primeiro e maior agradecimento é a Deus, que em seu infinito amor e
bondade me deu forças para prosseguir com este trabalho sem fraquejar. Obrigada
pela luz e por muitas vezes colocar coisas e pessoas no meu caminho.
Aos meus pais e irmã que me apoiam incondicionalmente e não medem
esforços para me incentivar e ajudar. Obrigada por aguentarem meus momentos de
estresse e chatice agudos!
À professora Evanda Verri Paulino, pelo incrível acompanhamento. Não
poderia ter sido mais feliz nas orientações deste trabalho.
À equipe do Sistema Einstein Integrado de Bibliotecas; à Edna T. Rother,
pelo acompanhamento; Adriana Meneguelo e Priscila Nascimento pela constante
ajuda e injeções de ânimo; à Kioko Oliveira pelas dicas; a José Belém por
indicações ao desenvolvimento do trabalho e pela força quando surgiram os
“terecotecos” com o inglês; à Regiane pelo suporte técnico e força que me deu.
Agradeço também a Fran e Janaina, da Revista Einstein, por serem grandes
ouvintes dessa jornada com o TCC.
Ao amigo Everton, por me suportar e ter, por tantas vezes, lido
voluntariamente (ou não) o trabalho.
À Erika Hayashi Nakayama, que tão gentilmente colaborou não apenas
respondendo ao questionário, mas compartilhando sua tese de mestrado, tão
pertinente ao assunto aqui tratado.
À minha irmã Thailla, que me auxiliou ao longo de todo o trabalho.
A todos que responderam ao questionário aplicado. Não imaginava tamanho
movimento e retorno. Obrigada pela participação e disposição em colaborar, vocês
foram incríveis!
No Egito, as bibliotecas eram chamadas ''Tesouro dos
remédios da alma''. De fato, é nelas que se cura a ignorância, a
mais perigosa das enfermidades e a origem de todas as outras.
(Jacques Bossuet)
RESUMO
Uma considerável quantidade de instituições de saúde contempla bibliotecas
especializadas com foco em ensino e pesquisa, entretanto o público se restringe
apenas ao corpo clínico e demais profissionais de saúde. Infelizmente, pacientes e
cuidadores frequentemente contam apenas com a informação que lhes é dada
diretamente de seus prestadores de serviços em saúde. Este grupo de pacientes,
familiares, amigos e cuidadores podem ser classificados como consumidores de
informação em saúde. A relação entre paciente e médico é historicamente vinculada
a um sentimento de confiança, contudo, por questões sociais e políticas, esta
relação de confiança tem sido diluída, e o paciente devido à falta de informações, irá
buscá-las em fontes nem sempre fidedignas ou claras, o que pode afetar o estado
emocional do paciente de forma negativa e causar estresse. A informação é um
elemento que garante direitos e dignidade a todo cidadão, portanto, uma unidade de
informação em ambiente hospitalar com foco em consumidores de informação em
saúde faz-se importante: ao passo que humaniza o tratamento, proporciona alívio da
tensão emocional e educa esses consumidores de informação quanto à prevenção
de eventuais enfermidades. Deve-se compreender que não é necessário estar
doente para buscar informação em saúde. Todo cidadão é um potencial consumidor
de informação em saúde, à medida que se busca bem-estar e qualidade de vida.
Pretende-se, neste trabalho, contextualizar o consumo de informação em saúde,
apresentar a importância e os benefícios proporcionados pelo acesso à informação
clara e segura e propor um modelo de unidade de informação que contemple não
apenas o acesso à informação, mas também um ambiente integrativo e acolhedor
que proporcione aos visitantes uma estada amenizada no ambiente hospitalar.
Palavras-chave: Bibliotecas especiais. Consumo de informação em saúde. Serviços
especiais para pacientes.
ABSTRACT
A considerable amount of health institutions include specialized libraries focused on
teaching and research, however the target audience of these libraries is restricted to
clinical staff and other health professionals. Unfortunately, patients and caregivers
often count only with information that is given directly from their healthcare providers.
This group of patients, families, friends and caregivers can be classified as
consumers of health information. The relationship between patient and physician is
historically linked to a feeling of confidence, however, because of social and political
issues this trust has been weakened, and the patient, due to lack of information,
attempt to search information at sources that is not always clear and reliable, which
may impact patient’s emotional state negatively and cause stress. Information is an
element that ensures rights and dignity to every individual, for this reason, to
establish a unit of information in the hospital environment focused on consumer of
health information is important to promote a humanizing treatment, relieve stress and
educate consumers of information regarding prevention of diseases. It should be
highlight that an individual seeks health information not only when he/she is sick. In
addition, every person is a potential consumer of health information, because he/she
seeks welfare and quality of life. This study aimed to determine the use health
information, show the importance and benefits provided by the access to clear and
reliable information, and propose a model of unit of information that includes not only
access to information, but also an integrative and welcoming environment that can
make hospital stay a more pleasant experience.
Keywords: Special libraries. Health information consumption. Special services for
patients.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1: Cena do filme O óleo de Lorenzo................................................................24
Figura 2: Arranjo alfabético das informações em saúde na biblioteca online da
University of Iowa Hospitals and Clinics......................................................45
Figura 3: Patient Information…………........................................................................47
Figura 4: Patient Education........................................................................................48
Figura 5: Tela principal do aplicativo MedlinePlus.....................................................49
Figura 6: Homepage MedlinePlus..............................................................................51
Figura 7: Guia Health Topics......................................................................................52
Figura 8: Destaque da Homepage Doctoralia............................................................54
Figura 9: Busca por especialidade.............................................................................56
Figura 10: Mapa de hospitais e clínicas.....................................................................56
Figura 11: Busca por especialista..............................................................................56
Figura 12: Destaque da agenda de consultas............................................................56
Figura 13: Termos mais utilizados no questionário – Respostas de São Paulo........62
Figura 14: Mesas infantis...........................................................................................76
Figura 15: Modelo de mesa para estudo....................................................................76
Figura 16: Exemplo de mesa adaptada......................................................................77
Figura 17: Cadeira estofada com apoio.....................................................................78
Figura 18: Cadeira plástica com rodas.......................................................................78
Figura 19: Modelo de Estante na Biblioteca de São Paulo........................................78
Figura 20: Estante para seção infantil........................................................................79
Figura 21: Modelo de estante.....................................................................................79
Figura 22: Bancos em formato de livro.......................................................................79
Figura 23: Poltrona em formato de livros...................................................................79
Figura 24: Móvel para área infantil.............................................................................80
Figura 25: Modelo de balcão adaptado......................................................................80
Figura 26: Modelos de poltronas................................................................................80
Figura 27: Sinalização especial..................................................................................80
Figura 28: Material em braile......................................................................................81
Figura 29: Lente de aumento digital...........................................................................81
Figura 30: Children’s Library – Estados Unidos da América......................................84
Figura 31: Patient Library – Estados Unidos da América...........................................84
Figura 32: Patient Health Library – Estados Unidos da América...............................84
Figura 33: Planetree Health Resource Center – Estados Unidos da América...........84
Figura 34: Patients’s Library – Estados Unidos da América......................................85
Figura 35: Patient Resource Library – Estados Unidos da América..........................85
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas
ALA – American Library Association
AMB – Associação Médica Brasileira
CDC – Center for Disease Control and Prevention
CHI – Consumer Health Information
CIS – Consumidores de Informação em Saúde
EUA – Estados Unidos da América
IFLA – International Federation of Library Association and Institutions
MBE – Medicina Baseada em Evidências
MLA – Medical Library Association
NASPEC – Núcleo de Assistência para Pessoas com Câncer
NCHM - National Center for Health Marketing
NLM – National Library of Medicine
PNHAH – Plano Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar
SBIBAE – Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein
TICs – Tecnologias de Informação e Comunicação
USP – Universidade de São Paulo
SUMÁRIO
1
INTRODUÇÃO ................................................................................................. 14
2
OBJETIVOS ..................................................................................................... 15
2.1
Objetivo Geral ................................................................................................. 15
2.2
Objetivos Específicos .................................................................................... 15
3
METODOLOGIA .............................................................................................. 16
4
CONSUMO DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE ................................................... 18
4.1
A Importância do Acesso à Informação Segura .......................................... 22
4.2
Benefícios da Educação de Pacientes ......................................................... 25
5
O PACIENTE E A INFORMAÇÃO ................................................................... 32
5. 1 Tipos de Bibliotecas em Saúde ..................................................................... 37
5.2
Fontes de Informação para Pacientes .......................................................... 41
5.2.1 MedlinePlus .................................................................................................... 48
5.2.2 Doctoralia ........................................................................................................ 54
5.3
Serviços Especiais: Amostra no Estado de São Paulo............................... 57
5.3.1 Análise de Questionário ................................................................................ 58
5.4
O Profissional da Informação........................................................................ 65
6
RECOMENDAÇÕES PARA O PLANEJAMENTO DE BIBLIOTECAS
ESPECIAIS ....................................................................................................... 71
6.1
Missão e Objetivos ......................................................................................... 71
6.2
Localização, Entrada e Ambiente.................................................................. 72
6.3
Capacidade ..................................................................................................... 72
6.4
Disposição Espacial ....................................................................................... 73
6.4.1 Área de Leitura e Estudo ............................................................................... 73
6.4.2 Espaço Audiovisual e Área de Informática .................................................. 73
6.4.3 Seção de Circulação de Materiais e Processamento Técnico.................... 74
6.4.4 Espaço de Convivência e Toaletes ............................................................... 74
6.4.5 Seção Infantil .................................................................................................. 74
6.5
Iluminação....................................................................................................... 75
6.6
Mobiliário ........................................................................................................ 76
6.6.1 Mesas .............................................................................................................. 76
6.6.2 Cadeiras .......................................................................................................... 77
6.6.3 Estantes e Prateleiras .................................................................................... 78
6.6.4 Outros Modelos de Móveis para Bibliotecas Especiais .............................. 79
6.7
Equipamentos ................................................................................................. 80
6.8
Acervo ............................................................................................................. 81
6.9
Programas e Serviços .................................................................................... 83
6.10 Exemplos de Bibliotecas Especiais no Exterior ........................................... 83
7
CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................. 86
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 88
Anexo A – Exemplos da Publicação Einstein Saúde ................................... 96
Anexo B – Sistema de Classificação Planetree.......................................... 102
Anexo C – Diretrizes para Propostas de Atividades .................................. 104
Apêndice A – Sugestão para Composição de Acervo. Lista de Referências
........................................................................................................................ 107
Apêndice B – Questionário Aplicado .......................................................... 138
Apêndice C – Croqui de Biblioteca Especial .............................................. 140
14
1 INTRODUÇÃO
Os constantes avanços tecnológicos interferem e influenciam diretamente a
Medicina. Do prontuário, ao diagnóstico e tratamento, existem ferramentas que
auxiliam a relação entre médico e paciente que vive hoje um novo perfil. Há
atualmente uma grande gama de fontes de informação disponíveis e a necessidade
de informações confiáveis é cada vez mais crescente.
Com relação ao universo de médicos e pacientes pode-se afirmar que não
há uma grande variedade de fontes de informação que atendam às necessidades do
paciente que busca conhecer sua enfermidade e tratamento, e as informações
localizadas devem ser avaliadas e selecionadas por um profissional que saiba eleger
as informações pertinentes ao paciente e seus familiares. Cabe ao bibliotecário esta
tarefa de avaliar e selecionar informação segura ao paciente. Deve tornar-se canal
de comunicação e, mais do que isso, prover ao paciente uma unidade de informação
com ambiente capaz de proporcionar informação e bem-estar, de forma que seu
tratamento se torne mais humanizado. São necessárias unidades de informação
dentro de ambientes hospitalares, que interajam com o corpo clínico, pensando
sempre em seu cliente final: o consumidor de informação em saúde, que é tanto o
paciente, quanto seus familiares e amigos. Propõe-se com isso um novo cenário de
biblioteca, não a especializada focada em pesquisas que atendam aos estudos do
corpo clínico, mas uma Biblioteca Especial, focada nos consumidores de informação
em saúde. Nesta Biblioteca Especial, além de uma proposta informacional, técnica e
arquitetônica, é preciso um quadro de funcionários psico-emocionalmente capazes
de lidar e tratar sem distinções as pessoas que passam pelas mais diversas
enfermidades, tornando concreto o anseio de humanizar tratamentos e promover
interação entre pacientes através da informação.
15
2 OBJETIVOS
Com vista à carência de bibliotecas com foco em pacientes, busca-se propor
um modelo de unidade de informação que disponibilize informações seguras e de
linguagem compreensível a todos os públicos. Desta forma, essa unidade de
informação poderá ser gerenciada por profissional apto a desenvolver programas,
ações e seleção de informação de maneira que não distinga, exclua ou discrimine
nenhum paciente em consequência de sua enfermidade.
2.1 Objetivo Geral
Propor um modelo de serviço de informação para atender as necessidades
de consumidores de informação em saúde, proporcionando um ambiente dinâmico
de interação.
2.2 Objetivos Específicos
 Apresentar benefícios do acesso à informação segura;
 Identificar fontes de informação a consumidores de informação em saúde;
 Localizar unidades de informação que ofereçam serviços a pacientes e
acompanhantes em ambientes hospitalares;
 Propor um modelo de ambiente acolhedor que propicie a interação entre os
pacientes e seu bem-estar, de forma a tornar mais agradável sua
permanência na unidade hospitalar.
16
3 METODOLOGIA
A escolha do tema para o presente trabalho deu-se pela observação da
ausência de unidades de informação em centros hospitalares com foco na educação
de pacientes e humanização da estada hospitalar. A pesquisa teve início com
levantamento bibliográfico em bases de dados e repositórios nacionais e
internacionais como Scielo, PubMed, Cinahl e Google Scholar para a localização de
artigos científicos, livros e trabalhos acadêmicos. Recursos bibliográficos impressos
também foram utilizados, sendo recolhidos no acervo da Biblioteca Central Lieselotte
Adler Z’L, biblioteca especializada em Medicina e Enfermagem com foco em ensino
e pesquisa. A busca de experiências no exterior foi recorrente para ilustrar a
proposta do trabalho, visto que tais práticas são comuns no cenário internacional.
Sobre o consumo de informação em saúde, sua importância e benefícios,
destacam-se os autores M. Sandra Wood, J. C. Ismael, e Mario Alfredo De Marco;
dos quais todos são profissionais envolvidos com a área da saúde e a área da
informação. Os principais descritores utilizados para tratar dos aspectos de
humanização foram bibliotecas para pacientes, bibliotecas especiais, tratamento
centrado no paciente, humanização e bibliotecas hospitalares. Foram também
utilizadas obras da área de hotelaria hospitalar, psicologia médica e biblioterapia.
Para tratar sobre o paciente e a informação foi utilizada literatura da área de
comunicação para discorrer sobre a ansiedade de informação e a relação das
pessoas com as Tecnologias de Comunicação e Informação. Literatura da área de
Biblioteconomia e Ciência da Informação foi utilizada para discorrer sobre os tipos
de bibliotecas em saúde e, sobre Bibliotecas Especiais, foram utilizados livros e
artigos científicos recuperados por meio de pesquisa no buscador eletrônico Google
Scholar e na base de dados PubMed com os descritores patient libraries, patient
education, e consumer health information. Foram também analisadas Bibliotecas
Especiais estrangeiras; as bibliotecas analisadas foram localizadas através de
pesquisa online no buscador Google, utilizando o descritor patient library.
Para o capítulo sobre o paciente e a informação, foi elaborado um
questionário a fim de identificar serviços especiais para pacientes no Estado de São
Paulo. O questionário, constituído de 7 questões, foi enviado a unidades de saúde
17
públicas e privadas específicas, totalizando 5 unidades de informação, contudo, em
função da disseminação realizada entre os respondentes, o questionário foi também
respondido em outros Estados Brasileiros. Apesar do compartilhamento, apenas as
respostas recebidas de São Paulo foram analisadas, entretanto, sem desprezar as
demais respostas, que foram apresentadas de modo expositivo. O questionário
esteve disponível para recebimento de respostas entre os meses de julho e outubro
do atual ano. Também foi tratado sobre o profissional bibliotecário, suas habilidades
e competências, bem como aspectos do serviço de referência. Para esta seção
foram utilizados autores como Silva, Azevedo, Beneduzi e Grogan.
Por fim, o documento Guidelines for libraries serving hospital patients and
the elderly and disabled in long-term care facilities, da International Federation of
Library Association and Institutions (IFLA) foi utilizado para dar sugestões a uma
proposta de Biblioteca Especial. Figuras de algumas empresas especializadas em
móveis para bibliotecas foram utilizadas para demonstrar parte do que pode compor
o mobiliário. Também foram apresentadas imagens de Bibliotecas Especiais no
exterior para ilustrar sua estrutura e decoração.
18
4 CONSUMO DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE
Devido à diversidade de fontes de informação proporcionadas pelo avanço
tecnológico, atualmente o paciente tem um perfil questionador pela facilidade em
localizar informações sobre determinada enfermidade. Em sua publicação, Einstein
Saúde (2013) chama a atenção para a veracidade dos dados disponibilizados na
internet, assim como a dificuldade que os profissionais médicos e da informação têm
encontrado para lidar com este tipo de paciente que, frequentemente faz uso de
informações provenientes de fontes nem sempre confiáveis.
O acesso à informação sofreu uma verdadeira revolução com o advento da
internet. De Marco (2012) discorre sobre a internet como um fenômeno de alcance
global que repercute diretamente em nosso dia a dia. Esta ferramenta-fenômeno, de
exponencial crescimento, possibilita uma gama variada de interação e acesso
instantâneo a conteúdos dos mais diversos segmentos, como educação, bem-estar,
lazer, cultura e saúde.
Uma das premissas básicas da internet é o seu princípio de rede
colaborativa, sobre a qual não há autoridade competente oficial para fiscalizar e
controlar as informações adicionadas à rede. Dessa forma, um grande montante de
informações passa a ser acumulado e a estar ao alcance do público mundial.
Além de ter-se tornado o principal canal para a realização de atividades
rotineiras, sejam elas de trabalho, estudo ou lazer, a internet é também o principal
meio utilizado na comunicação e na busca por informações. Segundo um estudo
realizado em 2010 por Sechrest, citado por De Marco (2012), 61% do público adulto
norte-americano que utilizam a internet, usam-na na busca por informações de
saúde até 3 vezes ao mês, em média. Isso indica que, a internet está se tornando
opção de busca para a compreensão de enfermidades diversas e opções de
tratamento.
Cline e Haynes afirmam sobre a informação em saúde na internet que
os críticos, em geral, questionam a qualidade das informações de saúde.
Pesquisas limitadas indicam que muito desse conhecimento é inacurado e
que a maior parte é caracterizada como especulativa e constituída de
apresentações básicas de “como fazer”. (CLINE; HAYNES, apud DE
MARCO, 2012, p. 77, grifo do autor)
Um levantamento realizado em 2006, nos Estados Unidos da América
(EUA), sobre buscas de informações em saúde na internet, apontou que três quartos
19
dos participantes do levantamento “nunca”, “raramente”, ou “às vezes” verificam a
fonte e a data de publicação das informações localizadas. Isso implica ao paciente,
dificuldades de contextualização da informação localizada com sua situação clínica,
já que cada quadro contempla particularidades (DE MARCO, 2012).
Ainda citando o autor, este menciona que a internet tem oferecido ao público
mais informação em saúde do que os meios impressos tradicionais de comunicação,
tanto pelo montante de informações, quanto pela facilidade no acesso, além de
oferecer também informações de bem-estar, apoio às decisões de saúde e o contato
em redes sociais com pessoas que compartilham da mesma situação.
As Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) têm influenciado a
relação entre médicos e pacientes, alterando o perfil dos chamados consumidores
de informação em saúde (CIS) que têm, portanto, a oportunidade de melhor interagir
com seu médico, e assim, questioná-lo. Este aspecto tornou-se objeto de análise à
medida que se buscou descobrir se os profissionais da área da saúde desejam
pacientes bem informados. A análise realizada por Shaw e Baker, em 2004, foi
também relatada por De Marco (2012), apontando que, na Inglaterra, por exemplo,
existe resistência por parte dos profissionais, sobre programas de educação de
pacientes, sob a justificativa de que esse perfil de paciente demandaria mais tempo
despendido nas consultas médicas com discussões sobre tratamentos e medicação.
O autor justifica que este perfil de paciente deve ser visto pela perspectiva de
alguém que adquiriu confiança e habilidades para desenvolver uma relação de
parceria com os profissionais da saúde ao longo de seu tratamento, e assim,
melhorar sua qualidade de vida a partir dos conhecimentos que adquiriu de fontes
seguras de informação.
Ainda sobre a relação entre médicos e pacientes, uma revisão elaborada por
Dedding e colaboradores apontou cinco mudanças positivas e negativas nessa
relação, a partir do uso da busca de informações de saúde na internet. São elas:
1.
2.
3.
Tornar-se substituto para a consulta face a face;
Suplementar as relações e as formas de cuidado existentes;
Criar circunstâncias favoráveis para o aumento e o fortalecimento da
participação dos pacientes;
4.
Perturbar as relações;
5.
Forçar ou demandar participação mais intensa e frequente do
_____paciente. (DEDDING et al., 2011 apud DE MARCO, 2012, p. 79)
Com relação à confiabilidade e segurança das informações contidas na
internet, De Marco (2012) indica que é possível que o consumidor de informação em
20
saúde localize informação confiável a partir da avaliação de outros usuários de sites
na internet, contudo, estas informações podem não ser seguras do ponto de vista
clínico-científico.
Reginaldo de Albuquerque afirma que reconhecer e poder avaliar um site de
informação em saúde com vistas à qualidade da informação é uma necessidade
para qualquer cidadão e sugere algumas precauções para que o leigo avalie as
informações de saúde disponíveis na internet. A avaliação do site deve ser resultado
das seguintes observações indicadas pelo autor:








Quem ou qual é a organização responsável pela informação?
Como se pode contatá-los? Via internet ou por telefone?
De onde vêm os recursos para a manutenção do site?
De onde vêm as informações que são veiculadas no site?
Como o conteúdo é selecionado?
A informação é revisada e aprovada por especialistas identificados?
O site está atualizado e as informações devidamente referenciadas?
O site evita divulgação de material essencialmente promocional ou
que não tenha credibilidade?
 O site pede suas informações pessoais e explica como pretende
utilizá-las?
 Você tem confiança que essas informações serão utilizadas de
forma adequada? (ALBUQUERQUE, 201-?)
Depoimentos ou avaliações de outros pacientes em sites podem ser mal
interpretados, pois, podem desconsiderar fatos relevantes sobre resultados clínicos
e medicamentosos, ou, apresentar dados estatísticos de validade duvidosa (LO;
PARHAM, 2010 apud DE MARCO, 2012).
Ethevaldo Siqueira (2010) afirma que “o paciente mal informado é vítima de
fontes de informação pouco confiáveis, até porque, em sua maioria, a população não
tem capacidade crítica, nem critério de aferição da qualidade das informações que
recebe”.
Acrescenta ainda que, o mais grave dos problemas da má informação está
nas promessas de sites desonestos que fazem afirmações e propagandas
mirabolantes no intuito de atrair a população, visando apenas ao lucro nas vendas
de medicamentos e tratamentos.
Este panorama reforça a necessidade da atuação de um profissional com
habilidades no trato com o ser humano, ao passo que o auxilia a desvendar suas
dúvidas sobre saúde de forma precisa, selecionando materiais cujas fontes são
verídicas. O bibliotecário tem em sua formação acadêmica e vivência profissional, a
experiência do serviço de referência e do levantamento bibliográfico, e com o auxílio
21
de especialistas da área da saúde, conhecimento de bancos de dados
especializados e o estudo de usuário, está apto a desenvolver este trabalho de
educação e formação continuada junto ao consumidor de informação em saúde.
Sobre o consumo de informação em saúde (Consumer Health Information CHI), este tem sido denominado como o uso de “qualquer informação que capacite
os indivíduos a compreenderem e tomar decisões relacionadas à sua saúde e de
sua família” 1 (BAKER, 2002 apud SMITH, 2008).
A Medical Library Association (MLA) afirma que os bibliotecários têm um
importante papel nos domínios do consumo de informação em saúde e da educação
de pacientes, e uma das razões para tal é a promoção da mudança bem-sucedida
de comportamento deste consumidor. (MEDICAL LIBRARY ASSOCIATION, 1996
apud SMITH, 2008)
O consumo de informação em saúde não diz respeito apenas à educação de
pacientes, mas também na seleção e disponibilização de informações. Assim como
afirma Lawrence (1998 apud SMITH, 2008), a principal questão é compreender o
papel do profissional da informação que deve ajudar os indivíduos, sejam eles
pacientes, amigos ou familiares, a manterem o controle, psicológico e emocional, por
meio de informação segura.
Existem discussões acerca do termo que melhor defina o leigo que busca
informações em saúde. Os termos em uso mais frequentes são consumidor e
paciente. Smith (2008) afirma que ambos os termos, embora muito utilizados, não
são sinônimos, entretanto o primeiro compreende o segundo, já que o “consumidor”
não precisa, necessariamente, ser o paciente, mas também sua família e amigos,
além do público em geral.
A autora relata ainda que, a origem do termo consumidor está relacionada à
economia, e no contexto de cuidados médicos, passou a ser amplamente utilizado
nos anos 1930, quando um plano de saúde para trabalhadores foi criado. Os
trabalhadores eram denominados consumidores porque adquiriam os serviços
prestados pelo plano antes mesmo de necessitarem de cuidados médicos.
1
”...Any information that enables individuals to understand their health and make health-related
decisions for themselves and their families”.
22
White (2002 apud SMITH, 2008) afirma que consumidores de informação em
saúde podem tomar decisões mais sabiamente, discutir condições médicas ou
tratamentos mais inteligentemente, educar a si mesmos sobre boas práticas de
cuidados com a saúde e aprender sobre o sistema de saúde em geral.
Conforme De Marco (2012), é importante desconstruir o conceito de que o
paciente informado é sinônimo de consumidor insatisfeito. Obviamente são diversas
as razões que levam um indivíduo a buscar informação em saúde; alguns dos
motivos podem ser o desejo de participar ativamente do processo de seus cuidados,
a chance de desafiar a autoridade médica, mera curiosidade ou mesmo sentimentos
hipocondríacos, e assim como são vários os motivos, vários também são os perfis
destes pacientes. Os profissionais médicos e da informação devem ter senso de
observação acurado para notar o conhecimento prévio do consumidor de informação
em saúde, bem como suas reações frente às informações recebidas. Torna-se,
portanto, necessária uma via de comunicação eficiente entre consumidores de
informação em saúde e a equipe multidisciplinar de profissionais da saúde e
profissionais da informação. Via esta em que o profissional da informação não
subestime a capacidade de assimilação da informação por parte de quem a busca e
que não quebre a autoridade do corpo clínico na tomada de decisão sobre o
tratamento.
4.1 A Importância do Acesso à Informação Segura
As TICs não impactam apenas a rotina dos consumidores de informação em
saúde. Os profissionais da saúde também sentem este impacto desde o início de
sua formação acadêmica. Galvão (2012) afirma que os profissionais dos diversos
segmentos da saúde, como, por exemplo, fisioterapia, pediatria ou cardiologia, não
estão plenamente capacitados a lidar com as TICs no dia a dia clínico. Para fins
expositivos, a autora menciona um estudo realizado por Shaw, em 2010, no Canadá,
em que conclui que os médicos sentem grandes dificuldades no uso do prontuário
dos pacientes em suporte eletrônico. O mesmo panorama de dificuldades no uso da
tecnologia, de acordo com a autora, é encontrado nos Estados Unidos da América e
23
na Austrália, onde há um déficit de trabalhadores em saúde habilitados a trabalhar
com as TICs.
No Brasil, a autora cita os esforços realizados nos cursos de graduação em
Informática Biomédica e Ciências da Informação oferecidos pela Universidade de
São Paulo (USP) de Ribeirão Preto que, a partir de 2002, passaram a dar ênfase em
sistemas de informação em saúde.
É sabido que, independentemente da área de concentração, as TICs
auxiliam no uso eficaz de dados e informações, gerando novos conhecimentos.
Contudo, conforme afirma Albuquerque (201-?), “informação nem sempre é
conhecimento. Conhecimento é a informação trabalhada, analisada e criticada”.
Dessa forma, se os próprios profissionais da saúde, embora conheçam as fontes
seguras de informação técnica, tenham dificuldades no uso das TICs para a seleção
de informações pertinentes, o mesmo acontece com os consumidores de informação
em saúde que contam ainda com o agravante da dificuldade na seleção e
averiguação das informações.
O consumidor de informação em saúde, enquanto paciente, tem o direito de
ser informado e, o médico, o dever de informar. A falta de informações pode afetar o
estado emocional tanto quanto seu excesso ou a forma inadequada de transmissão.
Assim, o mediador da informação, seja ele médico ou bibliotecário, deve trabalhar de
forma que a informação transmitida seja instrumento de conscientização sobre a
responsabilidade do indivíduo pelos cuidados com sua saúde.
Um aspecto importante a ser considerado é em relação ao nível da
informação localizada para o consumidor de informação em saúde. A informação
médica geralmente é complexa e escrita em linguagem técnica. Os bibliotecários
devem avaliar o nível da informação médica a fim de que esta esteja de acordo com
as necessidades de seus usuários, pois, apesar de a internet estar contribuindo para
a disponibilização de informações, os consumidores de informação em saúde
continuam necessitando de auxílio para a seleção de material pertinente às suas
dúvidas (CHOBOT, 2010).
Nakayama, Maia e Matos (2005) realizaram um trabalho com usuários
potenciais de informação em saúde para identificar suas preferências e a maneira
24
com que pesquisariam as informações desejadas. O resultado do estudo apontou
que, dentre as fontes de pesquisa, destacaram-se a internet, livros, artigos
científicos, e revistas especializadas. Estes mesmos usuários potenciais afirmaram,
de acordo com a pesquisa, que utilizariam os serviços prestados por uma unidade
de informação, em razão do auxílio prestado pelo bibliotecário durante as pesquisas.
Um aspecto interessante indicado pelos autores trata ainda da linguagem utilizada
nos possíveis materiais disponíveis. A preferência de consulta recairia sobre livros e
panfletos, contudo, em função da tecnicidade da linguagem, não dispensariam o uso
de um dicionário de termos médicos para auxiliar na compreensão dos materiais
localizados.
Semelhante constatação foi retratada pela indústria cinematográfica no início
da década de 1990. Em “O óleo de Lorenzo” (Lorenzo’s oil), o diretor George Miller
retrata a história real de um casal que, ao descobrir que seu jovem filho é portador
de uma rara doença neurológica, passa a realizar intensos estudos na biblioteca
pública da cidade para tentar compreender a enfermidade do filho. Apesar da
raridade da doença e da escassez de estudos sobre a recém-descoberta afecção,
os pais do garoto conseguem compreendê-la e descobrem um óleo capaz de
retardar os seus sintomas (Figura 1). Nota-se, na obra, a dificuldade encontrada
tanto pela bibliotecária de referência quanto pelos pais. A primeira, devido à
complexidade e especificidade do assunto para a localização de materiais, e o
segundo, pelos problemas na compreensão da linguagem técnica. Este exemplo
reforça a importante contribuição que o acesso à informação seletiva proporciona ao
consumidor de informação em saúde que busca melhor compreender as
informações fornecidas por seu prestador de serviços de saúde.
Figura 1: Cena do filme O óleo de Lorenzo
Fonte: JONES, 2000, p.569 apud NAKAYAMA, 2004, p. 2.
25
4.2 Benefícios da Educação de Pacientes
“Ninguém quer ficar doente. [...] Ninguém quer ser paciente”. É o que afirma
o cancerologista Jerome Groopman em entrevista à revista Atlantic Monthly, em
2000, citada por Ismael (2002). A condição de paciente afeta diretamente, além dos
aspectos físicos e biológicos, os aspectos psicológicos e emocionais do enfermo e
daqueles com quem convive. Ainda na mesma entrevista, Groopman dá ênfase à
necessidade de o paciente recorrer a uma segunda opinião profissional acerca de
sua enfermidade, e que muitas vezes não o faz no receio de ferir o ego do
profissional que primeiro o atendeu.
Em sua obra, Ismael (2002) apresenta alguns relatos de médicos que fazem
críticas sobre a formação em Medicina e sobre o tratamento que os médicos
conferem aos seus pacientes. Muitos dos casos de críticas relatados são de
médicos que se viram na situação de paciente e que passaram por más
experiências, sejam elas por negligência, frieza e demora no diagnóstico e
tratamento ou por iatrogenia (na qual o óbito é causado pelo tratamento a que o
paciente foi submetido). Dentre os relatos citados, podemos mencionar a do médico
cirurgião Ed Rosenbaum, que foi diagnosticado com câncer e friamente tratado pelo
colega de profissão com quem se tratava; o dermatologista David Biro, que sofreu
com atraso no diagnóstico de uma mutação genética nas células da medula que
quase o levou a óbito; e também o médico brasileiro Alex Botsaris, que perdeu
prematuramente o filho sem que os devidos esclarecimentos lhe fossem dados.
Todos esses casos relatados pelo autor têm em comum a posterior mudança
comportamental resultada pela reflexão sobre suas experiências. A partir delas,
esses profissionais passaram a tratar de forma mais humana seus pacientes e a
fazer também críticas aos sistemas de saúde e sistemas educacionais de Medicina.
Essa mudança de atitude é reiterada quando nos apropriamos do conceito de saúde,
expresso por Miller (2003): “Saúde – estado relativo no qual alguém é capaz de
funcionar bem, física, mental, social e espiritualmente para expressar a extensão
completa de suas potencialidades exclusivas dentro do ambiente em que vive”.
Groopman (apud ISMAEL, 2002) afirma que lidar com uma enfermidade,
requer uma série de escolhas e decisões, tanto por parte do enfermo, quanto por
26
parte do médico, sejam elas com relação a diagnóstico ou tratamento. Com essa
situação, a angústia e o sofrimento por lidar com uma doença podem ser agravados,
e para melhor lidar com a situação, e por que não afirmar, superá-la, faz-se
necessário que o paciente, e aqueles que com ele estão envolvidos, munam-se de
informações e que procurem por profissionais dispostos ao diálogo e que estejam
aptos a ouvirem e entenderem as questões emocionais que giram em torno da
situação em questão. Mais ainda, encontrar profissionais que possam orientá-los
com serenidade e firmeza, pois, segundo afirmação do autor “não há nada na
medicina que seja tão esotérico que não possa ser explicado e entendido para o
leigo”.
Ratton (1975 apud CAVALCANTE; PEREIRA, 2013) indica uma série de
benefícios proporcionados pela leitura e, dentre eles, estão o alívio do estresse,
diminuição da sensação de isolamento, aumento da autoestima e auxílio na
adaptação e humanização de espaços.
Uma prática que tem se popularizado nos últimos anos é a biblioterapia, que
consiste em uma terapia através da leitura. De acordo com Rosa (2006 apud
CAVALCANTI; PEREIRA, 2013) um dos componentes terapêuticos da biblioterapia
é a catarse, e segundo definição da Grande Enciclopédia Larousse Cultural (1998),
para Aristóteles, a catarse consistia num efeito de purificação ou alívio produzido
sobre os espectadores por uma representação dramática. Essa representação
dramática pode ser considerada não apenas como representação teatral, mas
também como literatura, seja ela de ficção e/ou técnica que, quando corretamente
direcionada ao leitor, proporcionará a ele a chamada purificação em forma de alívio,
força e conforto. Embora não seja o objetivo tratar aqui sobre a biblioterapia, é
importante conhecê-la e saber que já existem ações propostas em instituições
hospitalares e corporativas a fim de contribuir na reabilitação dos pacientes.
O Art. 5, inc. XXXIII da Constituição Federal de 1988 declara que “todos têm
direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de
interesse coletivo”; geralmente as informações disponibilizadas pelo corpo clínico
das diversas instituições de saúde, públicas ou privadas, são de linguagem não clara
ao paciente, e este precisa de um ambiente que lhe proporcione as informações
desejadas de forma segura, clara e precisa. Dessa forma, uma unidade de
27
informação com foco em consumidores de informação em saúde, deve ter como um
de seus objetivos, a correta seleção de materiais, para um efetivo programa de
educação deste consumidor.
Em uma publicação do Núcleo Assistencial para Pessoas com Câncer
(NASPEC), da qual não é informada a data de publicação, encontra-se a afirmação
de que “a falta de informação pode afetar o estado emocional do paciente tanto
quanto o seu excesso ou a forma inadequada de transmiti-la”. Ashton e Oermann
(2014) apontam que a educação de pacientes, ou educação terapêutica de
pacientes, também é entendida como auxílio ao paciente para que este adquira as
competências necessárias ao seu cuidado com autonomia. As orientações dadas
por especialistas da área médica visam tornar o paciente um parceiro ao longo do
processo de tratamento, e os materiais indicados devem ser avaliados de acordo
com as necessidades individuais de cada enfermo. O desenvolvimento de ações
envolvendo a leitura e a educação de pacientes proporciona a estes uma atitude
diferenciada quando em situação hospitalar, pois lhe confere conforto e apoio
emocional e psicológico, além de uma atitude mais racional ao longo de seu
tratamento. A informação correta torna o paciente mais autônomo, pois permite o
exercício da reflexão e da tomada de decisões, trazendo liberdade e amplitude de
perspectiva.
Sendo a conscientização um dos principais benefícios do acesso à
informação segura, o conceito do médico com autoridade suprema é desconstruído
pela consequente participação ativa do paciente. Isso se mostra ainda no crescente
número de publicações sobre saúde em revistas de generalidades que levam ao
público leigo informações de saúde e bem-estar em linguagem clara e usualmente
editada por especialistas em saúde (ALBUQUERQUE, 201-?).
Considerando, pois, que o consumidor de informação em saúde não se
restringe apenas ao paciente, os serviços prestados devem contemplar a todos os
públicos que, como afirma Coulter, serão beneficiados por:





Entender o que está errado;
Ter senso realístico do prognóstico;
Obter o máximo de benefícios nas consultas com seus prestadores
de cuidados à saúde;
Entender os exames médicos, procedimentos e resultados;
Serem parceiros ativos do corpo clínico quanto aos seus cuidados;
28




Aprender mais sobre recursos e fontes de ajuda disponíveis, incluindo
grupos de apoio;
Serem tranquilizados e fortalecidos para enfrentar determinado
diagnóstico e tratamento;
Ajudarem aos outros a entender seu diagnóstico;
Aprenderem a prevenir enfermidades futuras. (COULTER, 1999 apud
SMITH, 2008, p. 430, tradução nossa)
Todos estes benefícios são elementos de humanização. Esta, conforme
Oliveira e Macedo (apud ANDREOLI; ERLICHMAN, 2008), é discutida desde a
década de 1970. Segundo Boeger (2011), a humanização é resultado da equação
entre hospitalidade, humanismo e acolhimento. É considerada também como fator
estratégico dentro das instituições, pois influencia em questões como a relação
médico e paciente, comunicação e acesso à informação. Todos estes fatores estão
ligados ao processo terapêutico e impactam na humanização do cuidado.
Embora esteja claro que humanização esteja associada aos termos
“humano” e “humanidade”, não há consenso estabelecido sobre sua definição. Lima
(apud, BOEGER, 2008), afirma que a humanização “depende da capacidade de
falar, ouvir e de expressar os sentimentos das pessoas envolvidas”. A autora faz um
levantamento do conceito de humanização entre diversos autores e conclui que a
humanização visa ao aprimoramento das relações humanas sem distinção de níveis
hierárquicos ou de formação, e que o processo de humanização não resolve o
problema da dor ou do medo, mas “ajuda a diluir este sentimento”, portanto está
ligado a modificações comportamentais, requerendo aprendizagem por parte do
prestador de serviços, uma vez que este estará em constante interação com o
consumidor de serviços em saúde.
Beresin, citado por Boeger, afirma que
na humanização [...] é primordial considerar a essência do ser, o respeito à
individualidade e a necessidade de se construir nas instituições um espaço
que legitime a humanização das pessoas envolvidas. Dessa forma, a
prioridade em todo o atendimento humanizado é favorecer e estimular que a
pessoa vulnerabilizada enfrente positivamente os seus desafios. (BERESIN,
apud, BOEGER, 2008, p. 53)
Conclui-se, pois, que humanização é respeitar alguém em situação
fragilizada, com naturalidade, respeito e igualdade, adquirindo atos sociais polidos e
29
afáveis, garantindo que a dignidade e os direitos dos envolvidos sejam garantidos
(VIEGAS, 2007).
Partindo desta premissa, faz-se claro que a humanização é uma prática
possível de ser realizada em qualquer contexto de prestação de serviços. Assim, já
que humanizar é garantir dignidade e direitos numa relação mais próxima entre os
envolvidos, uma unidade de informação é sim, uma ferramenta de humanização, até
mesmo em um ambiente de cuidados centrados no paciente, como é o caso de
unidades de saúde, pois o acesso à informação permitirá a consequente geração de
conhecimentos, o alívio do estresse hospitalar e a compreensão do seu quadro de
saúde, amenizando seu tratamento.
No Brasil, já existe, desde 2001, o Programa Nacional de Humanização da
Assistência Hospitalar (PNHAH). De acordo com o documento, produzido pelo
Ministério da Saúde, O PNHAH tem o objetivo de








Difundir uma nova cultura de humanização na rede hospitalar pública
brasileira;
Melhorar a qualidade e a eficácia da atenção dispensada aos
usuários dos hospitais públicos no Brasil;
Capacitar os profissionais dos hospitais para um novo conceito de
assistência à saúde que valorize a vida humana e a cidadania;
Conceber e implantar novas iniciativas de humanização dos hospitais
que venham a beneficiar os usuários e os profissionais de saúde;
Fortalecer e articular todas as iniciativas de humanização já
existentes na rede hospitalar pública;
Estimular a realização de parcerias e intercâmbio de conhecimentos e
experiências nesta área;
Desenvolver um conjunto de indicadores de resultados e sistema de
incentivos ao tratamento humanizado;
Modernizar as relações de trabalho no âmbito dos hospitais públicos,
tornando as instituições mais harmônicas e solidárias, de modo a
recuperar a imagem pública dessas instituições junto à comunidade.
(SECRETARIA DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE, 2001, p.14)
Observa-se que a humanização é tratada também como modelo de gestão.
Embora na esfera pública o Programa não tenha tamanha força por diversas razões
políticas, algumas instituições privadas têm criado diversas ferramentas de
humanização, seja com brinquedotecas, humanização de partos, ou com atividades
que envolvam manifestações artísticas.
A humanização do cuidado é uma constante nas instituições de saúde no
exterior, inclusive através do acesso à informação. Nos Estados Unidos da América,
30
existem projetos bem sucedidos de bibliotecas com foco em consumidores de
informação em saúde. Nelas, além dos recursos bibliográficos, são agregados
elementos artísticos, objetos de decoração, arquitetura e design diferenciados, a fim
de que o visitante tenha um ambiente tranquilo que lhe proporcione, além do bemestar, a oportunidade de sair do ambiente hospitalar tradicional. Um dos exemplos
mais bem sucedidos é o do programa Planetree, criado em 1978, nos Estados
Unidos da América, por uma paciente que, após receber tratamento frio e
distanciado durante uma fase de internação, resolveu criar um programa de
cuidados centrados no paciente. Este programa visa ao cuidado com o corpo, mente
e espírito e tem por missão prover educação e informação de pacientes em
colaboração com outras organizações de saúde, de forma a tornar os pacientes
mais ativos no processo de tratamento e recuperação (SMITH, 2008).
A filosofia Planetree está baseada nos componentes de dignidade e escolha
do paciente, apoio social, acesso à informação, bem-estar, nutrição saudável,
programas artísticos e espiritualidade. Todos com foco nos anseios, expectativas e
necessidades dos pacientes. Sobre o pilar de acesso à informação, foi criada uma
biblioteca com foco nas necessidades individuais dos pacientes, de forma a
conscientizá-los e educá-los sobre prevenção e tratamento das mais diversas
enfermidades. Ford e Gilpin (2003) relatam que nesta biblioteca, os pacientes
poderiam acessar fontes de informação com linguagem não-técnica, de forma que
seria possível compreender de maneira clara e objetiva a sua enfermidade. O
projeto tornou-se tão grandioso que se espalhou por todo os Estados Unidos da
América, criando uma rede de bibliotecas, ou centro de informação em saúde, como
também são chamados e, para atender as demandas do projeto, foi necessário que
se desenvolvesse um sistema de classificação especial, de forma a facilitar aos
visitantes, a localização dos recursos bibliográficos. O sucesso da filosofia Planetree
foi tanto que diversas outras instituições, no desejo de implantar processos de
humanização em suas rotinas, passaram a receber instrução e certificação
Planetree. Com a certificação Planetree as instituições credenciadas passaram a
absorver e incorporar as convicções dessa filosofia, ampliando o cuidado centrado
no paciente. As convicções da filosofia Planetree são:
31










Somos seres-humanos cuidando de outros seres-humanos;
Somos todos cuidadores;
Os cuidados podem ser melhor realizados através de gentileza e
compaixão;
Atendimento seguro, acessível e de alta qualidade é essencial;
Deve atender as necessidades do corpo, da mente e do espírito;
A família e os amigos são essenciais para o processo de cura;
O acesso a informações compreensíveis pode aumentar a
participação das pessoas em busca de melhor saúde;
Ter oportunidade para fazer escolhas pessoais relacionadas à sua
saúde é essencial;
Os ambientes físicos podem melhorar a cura, a saúde e o bem-estar;
A doença pode ser uma experiência transformadora para os
pacientes, seus familiares e os cuidadores. (FORD; GILPIN, 2003, p.
32)
Desprende-se daí que existe a necessidade de um profissional que possa
levar a quem procura informação clara e de fácil entendimento. Informação esta que
seja segura e que não substitua a opinião do corpo clínico, mas sim que a esclareça
e complemente.
Ismael (2002) aponta que as escolas de Medicina crescem visivelmente em
número, contudo nem sempre em qualidade, e que as novas tecnologias, embora
sejam sempre bem-vindas para ajudar a salvar vidas, têm mecanizado os médicos a
ponto de, em parte, desumanizá-los. Afirma ainda que nas escolas de Medicina,
pouco se trata, ou pelo menos não de maneira adequada, das relações humanas
com o paciente. Menciona também que muitos médicos, com relação à sua
profissão, enxergam a si próprios como pessoas diferenciadas e superiores das
demais, e essa sensação de superioridade interfere diretamente no relacionamento
com os pacientes, sendo expresso, por exemplo, na maioria das vezes, pela
caligrafia de difícil interpretação. Os bibliotecários são profissionais que podem, além
de atender ao corpo clínico em Bibliotecas Especializadas, atender aos pacientes,
proporcionando-lhes ambiente integrativo, atendimento acolhedor e informação
seletiva. É possível tornar-se mediador e fonte de referência entre médicos e
consumidores de informação em saúde.
32
5 O PACIENTE E A INFORMAÇÃO
Já se esclareceu a importância e os benefícios que o acesso à informação
proporciona aos consumidores de informação em saúde. Sabe-se ainda que, nem
todo e qualquer tipo de informação é adequado a esses consumidores. Diversos
fatores, como as condições físicas, emocionais e psicológicas e o nível de
conhecimento prévio do indivíduo sobre o assunto devem ser levados em conta.
Hannah Arendt, citada por Augusto (2004), afirmou que “a educação é o ponto em
que decidimos se amamos o mundo o bastante para assumirmos a responsabilidade
por ele”. A informação é o combustível da educação, e aquele que não recebe
informação não é capaz de assumir responsabilidades, enquanto que aquele que
recebe não pode deixar de assumi-las, principalmente ao se tratar de saúde, na qual
a responsabilidade deve ser conjunta entre pacientes e cuidadores. Disponibilizar e
selecionar informações a consumidores de informação em saúde, além de
humanizar, é torná-lo figura ativa em seu processo de cuidados.
Sobre este aspecto, Maldonado e Canella afirmam que:
A co-responsabilidade implica fundamentalmente, ao consumidor de
informação em saúde, saber que a função do profissional é expor com
honestidade e clareza os fatos, os prós e os contras, os riscos ou as
consequências, ou as razões de uma indicação terapêutica; o profissional
pode ainda acompanhar o processo de decisão do cliente, ajudando a pesar
alternativas e levantando questionamentos. (MALDONADO; CANELLA,
2003, p. 15)
Considerando que o público a utilizar os serviços de uma Biblioteca Especial
é deveras diversificado, cada necessidade de informação é diferente, tornando
necessário um serviço de disseminação seletiva de informação bem estruturado.
Outro aspecto demasiado importante é a entrevista de referência realizada pelo
bibliotecário da unidade de informação. Esta será ferramenta essencial para que o
serviço de busca de informações seja eficaz e será um aspecto abordado
posteriormente. Todavia, é essencial lembrar que a Biblioteca Especial dará aos
consumidores de informação em saúde um quadro geral do assunto buscado,
cabendo ao profissional de saúde informar e sanar com maior profundidade e
detalhamento as dúvidas surgidas ao longo da consulta médica. Dessa forma, se
reitera o conceito de que a Biblioteca Especial não é substituta da consulta, mas o
primeiro passo ou o complemento na busca e seleção de informações.
33
É incontestável o fato de que diversas fontes de informação estão
disponíveis a qualquer indivíduo com acesso a um dispositivo em rede online. O
montante de informações cresce a cada dia e está a um clique de distância dos
internautas. A viabilidade de acesso e compartilhamento de informações fascina os
que utilizam a rede de computadores e seus recursos. A possibilidade de desvendar
questionamentos instiga ainda mais a realização de novas buscas, não só pela
facilidade, mas pela discrição na busca por informações de cunho pessoal e
delicado. Diversas bases de dados, nas mais diversas áreas existem hoje, contudo,
a terminologia técnica ou o idioma estrangeiro se tornam barreiras para o leigo que,
por conta disso, se aventura por outras fontes muitas vezes não certificadas ou,
caso prossiga na busca pelas bases de dados, poderá interpretar erroneamente as
informações em função da não familiaridade com a terminologia empregada.
O relacionamento da população com a internet interfere em sua rotina e em
suas características. Sobre isso, Blattmann e Fragoso comentam que:
O acesso à informação, o saber localizar, avaliar e usar a informação para
interagir na sociedade está conduzindo a humanidade para um novo
momento histórico, a era do conhecimento online. [...] A importância da
descoberta da informação e seus processos repercutem no crescimento do
ser humano que navega em oceanos de informação. Trata-se de fomentar
novos horizontes e soluções para situações do cotidiano. O envolvimento
com a informação, os conhecimentos, os novos saberes e essa constante
interação colaboram intensamente na formação humana em diferentes
dimensões. (BLATTMANN; FRAGOSO, 2003, p. 9)
O montante de informações disponíveis em rede não afeta apenas a rotina
da população. Em virtude das numerosas possibilidades de fontes de informação, as
necessidades tornam-se mais seletivas e refinadas, e o risco de localizar e utilizar as
informações de maneira indevida, visto que não há fiscalização dos conteúdos
publicados na rede, torna-se alto. A experiência de estar diante deste acúmulo de
informações não verificadas afeta o sentido psicológico do consumidor de
informação em saúde, que se vê diante de um quadro de ansiedade de informação.
Wurman contextualiza a ansiedade de informação, afirmando que esta
é causada pela distância cada vez maior entre o que aprendemos e o que
achamos que deveríamos compreender. É o buraco negro existente entre
os dados e o conhecimento, que aparece quando a informação não diz o
que queremos saber. (WURMAN, 2005, p. 14)
34
O autor cita Shedroff (199-?) ao esclarecer que, a ansiedade de informação
não acontece apenas quando estamos diante de informações que não dizem o que
queremos saber, ela assume várias formas, dentre as quais podemos mencionar a
frustração pela incapacidade de nos inteirarmos por completo do montante de dados
que nos são expostos diariamente, frustração por estar diante da qualidade daquilo
que nos é oferecido e não compreendido e o sentimento de culpa por não estarmos
mais informados e não sermos capazes de acompanhar o volume de dados
considerados informação.
Podemos afirmar então que este é um dos males sofridos pela sociedade da
informação e se a ansiedade de informação é um de seus males, o antídoto a este
mal é o acesso. Todavia, não basta simplificar o processo de acesso à informação; é
preciso esclarecê-lo acerca de seus benefícios e infortúnios. Wurman (2005)
discorre que “se o produto da Era Digital é a informação, a internet é seu meio de
transporte, o que significa mais desinformação, porque a informação errada pode ser
transmitida tão facilmente quanto a certa”.
Também sobre este assunto, Blattmann e Fragoso (2003) afirmam que
cresce o número de pessoas que “varrem” a internet em busca de informações
sobre saúde, exigindo cada vez mais clareza e qualidade, e diante deste panorama
de informações não verificadas na internet, médicos e consumidores de informação
em saúde são beneficiados quando dispõem de um bibliotecário como mediador da
informação.
Alguns profissionais da área médica alcunham informação em saúde para
leigos como “informação corretiva”. Este conceito é exposto por Maldonado e
Canella (2003) e torna-se sinônimo de reasseguramento, que consiste num estado
de alívio de tensões e angústias por meio de informações transmitidas de forma
clara e objetiva, trazendo de volta o anterior estado de equilíbrio e harmonia
emocional, favorecendo mudanças de ordem cognitiva e perceptual.
Nakayama (2004) contextualiza também a disponibilidade de informações
em saúde em países avançados por meio de programas e-health, que consiste na
disponibilização de conteúdos sobre temas de saúde em redes eletrônicas de
informação, e e-care, referente a cuidados de saúde através da internet em que
35
tornam os indivíduos mais conscientes sobre seus direitos ao utilizar serviços de
saúde.
O interesse sobre informações em saúde não é necessidade exclusiva
daquele que sofre de alguma enfermidade. Informações sobre bem-estar, estética e
nutrição também são amplamente pesquisados. Um estudo realizado em 2011 no
Estado de São Paulo divulgado pela Revista da Associação Médica Brasileira
(AMB), em 2012, indicou que mais de 65% da amostra do estudo, realiza buscas
sobre saúde em sites de buscadores como Google, Yahoo e Bing. Foi também
pesquisado o grau de confiança em diversas fontes de informação. Os maiores
índices foram expressos em fontes de informação primária impressa e no diálogo
com especialistas, como é possível observar na tabela a seguir.
Tabela 1: Nível de confiança da população sobre fontes de informação em saúde
Fonte de informação
Nível de confiança (%)
Opinião de médicos, profissionais de
saúde ou especialistas
76
Livros sobre saúde
55
Artigos de revistas científicas
52
Sites de sociedades médicas ou
outros sites especializados
Portais de saúde como: Minha Vida,
ABC da Saúde, Boa Saúde, etc.
Bibliotecas virtuais especializadas ou
sites relacionados a universidades
Jornais e revistas online ou sites
como Folha, Estado, UOL, Terra, etc.
Televisão ou rádio
51
47
45
20
18
Revistas ou jornais não
especializados como: Veja, Isto é,
16
Época, etc.
Sites gerados por buscadores
eletrônicos como Google, Yahoo, etc.
Blogs de saúde
Fonte: Revista da Associação Médica Brasileira. v. 58, n. 6, 2012.
12
10
36
Como é possível observar, a confiabilidade da população sobre essas fontes
está concentrada principalmente nos meios tradicionais de informação e
comunicação, sendo em materiais impressos e editados por entidades competentes
ou, por meio do diálogo com profissionais da área. Embora a internet tenha evoluído
como veículo de informação, existe consciência por parte da população de que, este
veículo não é totalmente fidedigno naquilo que transmite. Ao se tratar de informação,
confiança na fonte não significa necessariamente, acesso a ela. No atual momento
que vivemos não se torna absurdo afirmar que são grandes as chances de as
pessoas terem mais possibilidades de acesso à informação online do que impressas
ou oriundas do diálogo com profissionais da área. Assim, seria necessária uma
reconfiguração dos pólos de informação online, nas mais diversas áreas. A
construção e divulgação de bases de dados com terminologia não técnica, bem
como sua divulgação entre a população, contribuiriam vertiginosamente para a
expansão de informações, e consequentemente auxiliaria na formação de seus
consulentes. As unidades de informação têm, nesse sentido, função essencial na
seleção e localização destas fontes, ofertando ao usuário a possibilidade de
encontrar a informação desejada in loco em formato impresso e remotamente, ao
oferecer endereços eletrônicos de informação em saúde, embora nem sempre exista
a possibilidade de oferecer acesso gratuito.
À Biblioteca Especial, cabe conhecer o público de sua instituição
mantenedora e buscar traçar um plano geral das principais necessidades de
informação que podem ser buscadas pelo seu público, pois, assim como afirma
Milanesi (2013) “a maior parte da população tem, como uma de suas características
mais nítidas, ser desinformado. [...] As pessoas não sabem o que desejam saber, e
muito menos, sabem do que precisam saber”. Isto ocorre ainda mais fortemente no
contexto da saúde, na qual a fragilidade do momento interfere no raciocínio lógico e
na busca e localização de informações objetivas e de fácil compreensão.
O campo da saúde é de singular especificidade, e uma vez que todos
necessitam de saúde para realizar suas rotinas, o conhecimento da área é de
constante atualização, mas ainda com público segmentado. Assim também o são as
bibliotecas da área, com público, localização e objetivos distintos.
37
5. 1 Tipos de Bibliotecas em Saúde
Bibliotecas são amplamente conhecidas como unidades utilizadas para
repositório de coleções de livros. Estes repositórios passaram a indicar o grau de
riqueza e desenvolvimento de uma sociedade e seu tamanho indicava a finalidade
do acervo, caso fosse de preservação da memória ou de integração dos jovens aos
conhecimentos humanos essenciais. A ideia de biblioteca amplia-se à medida que
deve atender, de forma organizada, a todas as demandas de informação de um
grupo social, e enquanto concentra os esforços de ordenação da produção
intelectual do homem, continua sendo fator de desenvolvimento humano.
(MILANESI, 2013).
Por definição, Cunha e Cavalcanti conceituam-na como:
Coleção de material impresso ou manuscrito, ordenado e organizado com o
propósito de estudo e pesquisa ou de leitura geral ou ambos. Muitas
bibliotecas também incluem coleções de filmes, microfilmes, discos, vídeos
e semelhantes que escapam à expressão “material manuscrito ou
impresso”. (CUNHA, CAVALCANTI, 2008 apud HENN, 2011)
De acordo com Henn (2011), existem basicamente cinco tipos de bibliotecas,
a saber: escolar, universitária, especializada, pública e nacional. O autor define
Biblioteca Especializada como “aquela que foca em alguma área ou público
específico”. Embora as Bibliotecas Especiais também se caracterizem pelo público e
tipo de informação que oferecem, estas se diferenciam das Bibliotecas
Especializadas pelo nível da informação disponibilizada. Em geral, as informações
de Bibliotecas Especializadas são técnicas e têm como público profissionais
qualificados, cujos objetivos de pesquisa são técnicos. Já as especiais visam ao
público leigo, disponibilizando informações não técnicas.
Bibliotecas são entendidas como sistemas de informação que visam servir
aos usuários de forma que se tornem parte integrante do trabalho de educação e
desenvolvimento da comunidade onde estão inseridas. As Bibliotecas Especiais
podem ser consideradas especializadas em uma determinada área por fazerem
parte de uma organização cujas características demandem literatura e serviços
personalizados dessa unidade de informação aos seus clientes. (BENEDUZI, 2004).
38
Embora na literatura os conceitos possam se confundir, na área da saúde,
se pode considerar a existência de três tipos distintos de bibliotecas. Considera-se,
pois, Biblioteca Universitária, Biblioteca Especializada e Biblioteca Especial. As
Bibliotecas Universitárias constituem-se em unidades de informação com literatura
técnica voltadas a ensino e pesquisa e podem, ou não, disponibilizar acervo
multidisciplinar. Já a Biblioteca Especializada tem vistas a profissionais que sejam
especialistas em uma determinada área e têm por objetivo fundamental a busca de
informações altamente específicas. A missão deste tipo de biblioteca é prover as
informações necessárias ao desenvolvimento de uma atividade destinada a um
seleto grupo de usuários e, na área da saúde, isso se aplica de forma que os
profissionais da área possam desenvolver seus estudos e investigações. Quando no
segmento da saúde, este tipo de unidade de informação também é chamado de
Biblioteca Hospitalar. Estas estão geralmente localizadas em hospitais, asilos e
clínicas, além de serem mantidas por instituições de saúde para suprir as
necessidades informacionais de seu quadro de funcionários e pacientes de forma
que o corpo clínico tenha acesso a dados que o auxilie nas pesquisas e atendimento
aos pacientes, e aos leigos estarão disponíveis informações sobre as mais diversas
enfermidades, além de informações de saúde em âmbito geral. Assim, pode-se
considerar que a Biblioteca Especializada é uma unidade de informação setorial, em
virtude da organização em que está inserida e pela temática de seu acervo.
Já sobre a Biblioteca Especial, Arteaga-Fernández (2001 apud BENEDUZI,
2004) afirma que, tanto sua localização, seus usuários e sua coleção têm
características especiais. Este tipo de biblioteca, além de disponibilizar informações
seletivas, como em Bibliotecas Especializadas, visa proporcionar bem-estar aos
pacientes e demais consumidores de informação em saúde, de forma a tornar mais
agradável a estada no ambiente hospitalar. Também citado por Beneduzi, Soper
busca uma definição mais precisa sobre Bibliotecas Especiais:
Uma biblioteca é especial quando: sua coleção é de uma natureza
especializada, serve a um determinado corpo de usuários, tem um grupo
qualificado de pessoas com treinamento especializado em um assunto ou
metodologia, ou oferece usualmente serviços especiais personalizados.
(SOPER, 1990 apud BENEDUZI, 2004, p. 21)
39
Mais ainda, Beneduzi localiza e traduz a definição de bibliotecas para
pacientes encontrada no glossário elaborado pela American Library Association
(ALA), de 1988. Este a define como
[...] biblioteca mantida por um hospital, ou alguma outra instituição que tem
pessoas a seu cuidado devido a padecimentos físicos ou mentais, com o fim
de proporcionar material educativo, recreativo e terapêutico que ajude a
reabilitação dos pacientes ou a adaptação destes à sua condição ou
enfermidade. (AMERICAN LIBRARY ASSOCIATION, 1988 apud
BENEDUZI, 2004, p. 29)
Este tipo de biblioteca não se restringe apenas a ambientes hospitalares,
pois, conforme observado, estas se caracterizam pelo público a que atende e pelos
serviços que oferece. Desta maneira, existem algumas características que
diferenciam as Bibliotecas Especiais de Bibliotecas Especializadas, conforme Mota e
Lobato indicam:
1.
2.
3.
4.
5.
O local onde estão situadas: hospitais, asilos, presídios;
As limitações do campo a que se dedicam: voltadas aos pacientes,
idosos ou presidiários;
Tamanho: pequenas em relação ao espaço que ocupam.
Número de bibliotecários e coleção reduzida;
Ênfase na função lúdica/educativa: o ludismo e a educação são
tradicionalmente os objetivos mais importantes da Biblioteca Especial.
(MOTA; LOBATO, 1974, apud BENEDUZI, 2004, p. 21)
Deve-se salientar que, as Bibliotecas Especiais para consumidores de
informação em saúde não devem ser confundidas com as Bibliotecas Universitárias
e Especializadas. Assim afirma Vellosillo (1996) também citado por Beneduzi (2004),
ressaltando que as Bibliotecas Universitárias e Especializadas se apropriam da
literatura sobre um determinado campo, e as Bibliotecas Especiais visam ao bemestar, a humanização e educação dos consumidores de informação em saúde.
Também a International Federation of Library Associations and Institutions
(IFLA), reconhece a existência de diferentes denominações e conceitos acerca de
bibliotecas com foco em consumidores de informação em saúde, e em consonância
com os diferentes conceitos localizados, denomina biblioteca para pacientes a
unidade de informação cujas coleções agreguem recursos bibliográficos de lazer e
de saúde.
No ano 2000, a IFLA publicou um documento denominado Guidelines for
libraries serving hospital patients and the elderly and disabled in long-term care
facilities; este documento trata e dá diretrizes sobre bibliotecas para pacientes. De
40
acordo com o documento, a missão da biblioteca para pacientes é estar de acordo
com a missão da instituição mantenedora, com o fim de proporcionar aos pacientes
o maior número possível de materiais e serviços bibliotecários. Já quanto aos
objetivos, a IFLA indica que as bibliotecas para pacientes devem:

Favorecer o bem-estar e a recuperação de pacientes mediante:
A aquisição, organização, conservação e/ou fornecimento de
materiais e serviços bibliotecários que podem, conforme as
necessidades de cada paciente, resultar em meios de lazer,
terapia, cultura e educação;
Fornecimento de informações acerca da saúde, bem-estar,
enfermidades específicas, transtornos ou outros problemas
relacionados com a saúde que, incluem a etiologia,
diagnóstico e tratamento.

Trabalhar em conjunto com outros serviços da instituição
_____________mantenedora com vistas ao cuidado ao paciente;

Promover a ideia de que:
Os materiais bibliográficos são os únicos meios em que os
pacientes têm de neutralizar o estranho e, para alguns,
apavorante, ambiente hospitalar;
A leitura é um dos poucos (e talvez um dos melhores) apoios
com que contam as pessoas em hospitais.

Encorajar a noção de que, no conceito de um completo atendimento
centrado no paciente, as bibliotecas e seus serviços devem ser parte
fundamental de qualquer instituição que preste cuidados a pacientes
a longo ou curto prazo. (INTERNATIONAL FEDERATION OF
LIBRARY ASSOCIATIONS AND INSTITUTIONS, 2000, p. 7, tradução
nossa)
As recomendações do documento tratam também sobre os usuários que
incluem os pacientes e acompanhantes, bem como os funcionários do hospital, ou
seja, todo usuário em potencial, denominado como consumidor de informação em
saúde. Contudo, é afirmado ainda que, cabe à biblioteca determinar seu tipo de
usuário a partir das necessidades que buscar atender, ou seja, pode-se priorizar o
atendimento a pacientes oncológicos, pediátricos, com mobilidade reduzida, ou
apenas para acompanhantes. Todavia, independente do público a que a biblioteca
irá atender, esta deverá proporcionar um ambiente de integração, onde os usuários
poderão interagir entre si, permitindo um fortalecimento das relações sociais. Assim,
relacionando-se com outras pessoas em situação hospitalar semelhante ou não, a
permanência na unidade de cuidados à saúde se torna mais amena, e o posterior
regresso à rotina e convívio social será retomado de forma mais natural.
Para vislumbrar e alcançar este modelo de unidade de informação, as
Bibliotecas Especiais deverão contemplar uma proposta que agregue fontes de
informação confiáveis em veículos impresso e eletrônico, atividades que promovam
41
a educação de pacientes e ambiente que estimule o relaxamento das tensões
emocionais e propicie a interação com outros consumidores de informação em
saúde, para assim, alcançar o seu objetivo de humanização.
5.2 Fontes de Informação para Pacientes
De acordo com Tähkä (1988), o princípio central em informar o consumidor
de informação em saúde é evitar causar o seu mal, e sobre a mediação da
informação, afirma que
[...] como regra geral, o paciente deve ser informado a respeito de sua
doença e seu curso provável de maneira realista e veraz, sem onerá-lo com
diversas possibilidades de evoluções desfavoráveis, a menos que existam
razões especiais para isso. [...] Nada de positivo se obtém deixando-se a
possibilidade de diversos desenvolvimentos adversos lançarem sombra
sobre os períodos livres de sintomas da vida do paciente e manterem-no
num estado de constante ansiedade e insegurança. (TÄHKÄ, 1988, p. 132)
Já quanto ao nível de complexidade do teor da mensagem, há algumas
precauções, também mencionadas pelo autor, que devem ser tomadas visando à
compreensão do receptor:
Deve-se tentar alcançar a máxima clareza e compreensibilidade ao se
informar o paciente. Frases simples e sucintas comunicam melhor o sentido
do que explicações verbosamente pormenorizadas. É importante escolher
palavras que tenham probabilidade de serem entendidas pelo paciente. O
uso de termos científicos ou profissionais, em particular, deve ser evitado.
(TÄHKÄ, 1988, p. 132)
O
fragmento
acima
nos
remonta
ao
movimento
Plain
Language,
desenvolvido especialmente nos Estados Unidos da América. Plain language, ou
traduzindo literalmente, “linguagem simples” consiste em uma linguagem de fácil
compreensão ao público leigo em geral. O portal do governo norte-americano para o
desenvolvimento de plain language, plainlanguage.gov, a define como “uma forma
de comunicação com o público de maneira que este possa compreender a
mensagem logo na primeira vez que lerem ou ouvirem-na”2 (tradução nossa).
Segundo o portal, através dos materiais desenvolvidos em plain language, o público
2
“Plain language is communication your audience can understand the first time they read or hear it.”
42
pode encontrar facilmente o que precisa, entender o que foi encontrado, e usar o
que foi localizado para atender suas necessidades. Concordando com o conteúdo
do portal, nenhuma técnica define plain language, contudo, esta se define por seus
resultados: fácil de ler, entender e usar. Ainda assim, para seu desenvolvimento,
algumas técnicas de escrita são recomendadas pela equipe desenvolvedora do
portal. São elas:






Organização lógica, tendo o leitor em mente;
Uso de “você” e outros pronomes;
Voz ativa;
Frases curtas;
Uso de palavras do cotidiano
Ilustrações de fácil interpretação. (PLAIN LANGUAGE ACTION AND
INFORMATION NETWORK, 2011)
O movimento Plain Language busca contemplar diversas áreas cujos termos
técnicos dificultem a interpretação dos conteúdos publicados, e na área da saúde
auxilia na compreensão do problema a ser enfrentado bem como os procedimentos
tomados e sua importância. Em 2007, a National Center for Health Marketing
(NCHM) em conjunto com o Center for Disease Control and Prevention (CDC)
desenvolveram o chamado “Plain language: thesaurus for health communications”,
tesauro construído com termos médicos equivalentes aos de uso cotidiano como
auxílio ao desenvolvimento de materiais no formato plain language. O tesauro está
disponível online, gratuitamente, e pode ser consultado na página da Universidade
de Washington3.
Um exemplo do uso do formato plain language para o desenvolvimento de
materiais para consumidores de informação em saúde é encontrado na Suécia. Foi
realizado um contato por e-mail e solicitado ao responsável um relato do trabalho,
cuja resposta é apresentada abaixo na íntegra:
Hey Sheila, como vai?
Meu trabalho, na maior parte do tempo, consiste em ouvir as gravações dos
médicos conversando em reuniões científicas referidas a um determinado
paciente, e é meu trabalho transcrever estes dados em documentos
separados por paciente. Todo registro, desde documentos de operações a
telefonemas são, em sua maioria, linguagem médica avançada e é
3
NATIONAL CENTER FOR HEALTH MARKETING (Estados Unidos da América). Centers For
Disease Control And Prevention. Plain language: thesaurus for health communication. 2007.
Disponível em:
<https://depts.washington.edu/respcare/public/info/Plain_Language_Thesaurus_for_Health_Commu
nications.pdf>. Acesso em: 31 jul. 2014.
43
necessário transcrevê-la em linguagem simples, assim os pacientes e seus
familiares poderão entendê-los.
Tudo que se refere a um paciente é considerada informação médica, como
raios-x e testes. Tudo é transcrito eletronicamente em um banco de dados
com os registros dos pacientes. Você precisa ter um cartão e dados de login
para acessar a base, que é protegida por leis de privacidade e integridade.
Então não posso simplesmente ler qualquer registro de pacientes que
quiser.
Os pacientes podem solicitar cópias de seus registros e por lei o devem
receber dentro de uma semana. Exceções existem em casos de pacientes
mentalmente instáveis.
Espero ter respondido sua pergunta ☺ (MAGNUS, 2014, mensagem
4
pessoal, tradução nossa)
No Brasil, um exemplo da prática de elaboração de conteúdos em formato
plain language pode ser observado nas publicações dos folhetos Einstein Saúde.
Nestas publicações, diversas enfermidades são abordadas em linguagem simples,
com layout limpo e claro. Alguns exemplos das publicações Einstein Saúde podem
ser observados no Anexo A5.
Alves (2001 apud BLATMANN; FRAGOSO, 2003) afirma que
As novas tecnologias da informação, especialmente a internet, estão
mudando, definitivamente, o modo como as pessoas aprendem, como
ensinam, como se relacionam, como divulgam, como acessam, como
estocam e como recuperam a informação. (2001 apud BLATTMANN;
F RAGOSO, 2003, p. 55)
Tendo a internet mudado a forma de relação e interação social, e tendo em
vista a afirmativa de Milanesi (2013) de que as pessoas, em geral, não sabem do
que precisam saber, as Bibliotecas Especiais devem disponibilizar recursos, nos
mais diferentes meios e de preferência que se enquadrem na proposta plain
language. Não apenas recursos bibliográficos impressos podem ser disponibilizados,
mas também recursos multimídia como filmes e palestras em DVDs.
4
“Hey Sheila, what’s up?! My job consists for the most part of listening to recordings of doctors talking
about a patient in a meeting, and it's my job to write it down into separate patient journal. Everything
between an operation to telephone calls and letters is mostly medically advanced lingo and it’s
necessary to write it down in plain language, so patients and their relatives can understand it.
Everything concerning a patient is considered medical journal information, like X-rays and tests.
Everything is written electronically into a journal database. You gotta have an access card and login
information to access it, and it's protected by laws of privacy and integrity. So I can't just go read any
patient journal I want. Patients can request copies of their own journal and they are legally supposed
to get it within a week. Exceptions exist in cases of mentally unstable patients and such. I hope I
answered a little bit at least :)”
5
Material utilizado em anexo mediante autorização institucional.
44
Existem ainda fontes de informação eletrônicas que disponibilizam
informação em saúde para leigos em formato plain language. Diversas instituições
no exterior já têm em prática, projetos de bibliotecas digitais para consumidores de
informação em saúde. Diferentemente do Brasil, esta tem sido uma forte tendência
norte-americana, especialmente nos Estados Unidos da América. Para fins
comparativos, foi realizada uma busca na internet utilizando-se a expressão
“biblioteca para pacientes”; os resultados obtidos remeteram apenas a projetos de
fomento à leitura e ações de biblioterapia em hospitais enquanto que, utilizando-se a
expressão inglesa equivalente “patient library”, foram localizados diversos endereços
de bibliotecas digitais com foco em educação de pacientes e com conteúdo
estruturado e revisado por especialistas da saúde. Dentre os resultados localizados,
foram selecionados 10 endereços de diferentes tipos de instituições para serem
analisados. Os sites são suportados pelas instituições mantenedoras, geralmente
universidades, hospitais ou clínicas especializadas e, apesar das diferentes
interfaces, a estrutura das informações mantém um padrão semelhante.
Foram consultados os sites das seguintes instituições:
1. University of Iowa Hospital & Clinics;
2. NYU Langone Medical Center;
3. Hamilton Health Sciences;
4. University of California San Francisco Medical Center;
5. American Academy of Orthopaedic Surgeons (Orthoinfo);
6. Lister Hill Library at University Hospital;
7. Memorial Sloan Kettering Cancer Center;
8. UHN Princess Margaret Cancer Centre;
9. Texa’s Children Hospital;
10. ECRI Institute;
Observa-se nestas bibliotecas, que há uma tendência na estruturação das
informações em formato de índice por arranjo alfabético ou por especialidade. O site
da University of Iowa Hospitals and Clinics, por exemplo, apresenta ao consumidor
de informação em saúde um arranjo alfabético e uma listagem com todos os tópicos
disponíveis para consulta. É possível pesquisar pelo índice alfabético, pelos tópicos
em lista ou por meio das categorias disponíveis no menu, que também estão
45
organizadas alfabeticamente (Figura 2). As categorias, em geral, apresentam
informações sobre os mais diversos tópicos em saúde. O layout básico de
apresentação das informações contempla os dados de definição do tópico, nomes
alternativos, causas e sintomas, testes e exames, tratamento, auxílio em grupo,
prognóstico, possíveis complicações, prevenção, ressalvas médicas, ilustrações e
indicações de quando contatar um profissional de saúde. Eventualmente, categorias
de dados adicionais podem ser inclusas em função das especificidades das diversas
enfermidades.
Figura 2: Arranjo alfabético das informações em saúde na biblioteca online da University of
Iowa Hospitals and Clinics
Fonte: Página da biblioteca em saúde para pacientes da Universidade de Iowa
Além desta estrutura básica, algumas bibliotecas disponibilizam o serviço
Ask a librarian, que consiste na formulação de um pacote informacional a partir de
questões pré-definidas com o objetivo de conhecer as necessidades e preferências
informacionais do consulente. Em alguns outros casos, a pesquisa pode ser feita por
meio de um buscador, como os comumente encontrados na internet.
Existem páginas, onde o conteúdo é temático, e a seleção de informações é
realizada com base na especialidade de atendimento da instituição mantenedora,
46
como nutrição, oncologia, ou ortopedia por exemplo. Contudo, embora o layout da
página varie de acordo com a instituição, algumas informações se tornam essenciais
e presentes em todas as páginas analisadas, com o intuito de reiterar os
fundamentos das informações divulgadas. Estas informações giram em torno dos
dados de localização da biblioteca, bem como seus serviços e informações da
instituição responsável pela certificação das informações.
Por outro lado, existem também bases de dados especializadas em saúde
com espaços especiais para informação para pacientes. Exemplo disso são as áreas
Patient Information e Patient Education disponíveis na base Up-to-date e
ClinicalKey, respectivamente.
Up-to-date é uma base de dados que fornece informações sobre Medicina
Baseada em Evidências (MBE), ou seja, informações altamente precisas que, assim
como afirmado pelo Centro Cochrane do Brasil (online), promovem “a integração da
experiência clínica às melhores evidências disponíveis, considerando a segurança
nas intervenções e a ética na totalidade das ações”. Embora o foco seja o público
especialista, a base de dados contempla uma área cujo foco é a informação para
pacientes. Este espaço está dividido em “básico” e “além do básico” (The Basics e
Beyond The Basics). As informações estão agrupadas alfabeticamente por tipos de
doenças, e dentro de cada tópico é possível encontrar informações que definem a
enfermidade, bem como informações de como mensurar a necessidade de quando
buscar um especialista, quais as causas da enfermidade, se existe algum tipo de
tratamento que possa ser feito sem acompanhamento médico e como é o tratamento
clínico (Figura 3). Esta base é bastante interessante, pois, além de fornecer as
informações, fornece ainda as referências das informações apresentadas, dando ao
consulente, maior segurança quanto à veracidade das informações que está
consultando. Já as guias “além do básico” apresentam também informações de
sintomas, dados medicamentosos e informações de diagnóstico. É importante frisar
que, a própria página indica que, as informações “além do básico” são
recomendadas para pessoas que tenham o mínimo de conhecimento em jargões
médicos.
47
Figura 3: Patient Information
Fonte: Up-to-date
A plataforma ClinicalKey também tem foco em profissionais da área da
saúde, e assim como o Up-to-date proporciona informações em saúde para leigos,
mediante assinatura. O diferencial do ClinicalKey está na possibilidade de busca por
organizações de saúde e busca por especialidade, além da disponibilidade de
alguns conteúdos em espanhol.
Os temas desenvolvidos para pacientes apresentam informações acerca de
exames e significado de testes, bem como preparar-se para eles, e entender os
resultados obtidos a partir das indicações do grau do normalidade esperado nos
exames.
Uma série de atividades são também sugeridas numa tentativa de
conscientizar os consulentes sobre hábitos saudáveis e perda de peso. A plataforma
não dispõe de muitas imagens ou recursos de vídeo, mas também contempla
interface intuitiva e de fácil navegação (Figura 4).
48
Figura 4: Patient Education
Fonte: ClinicalKey
As vantagens de bases como Up-to-date e ClinicalKey são a confiabilidade
das informações, a segurança da fonte das informações, a facilidade de
compreensão dos dados e o dinamismo das interfaces. Tem como desvantagem a
dependência de uma assinatura para acesso aos conteúdos.
5.2.1 MedlinePlus
Em função da demanda por buscas de informação detectadas pela National
Library of Medicine (NLM), foi criado em, 1998, o MedlinePlus, um site com uma
interface simples com base na frequência de pesquisa de alguns termos no site da
National Library of Medicine. Até o final do ano de sua criação, foram adicionados
mais de 40 tópicos de informação em saúde em formato plain language, e em
função do bem-sucedido resultado do desenvolvimento e divulgação do site, a partir
49
de 2002 foram adicionados tópicos também em espanhol, a fim de que as
informações pudessem alcançar maior número de internautas. Em razão da
qualidade das informações oferecidas e do alto número de acessos, a página
ganhou visibilidade na imprensa e em portais na internet como The Wall Street
Journal e PC World, passando a ser conhecido como um dos melhores sites de
informação em saúde na internet. (SMITH, apud WOOD, 2008).
Em sua última atualização, em 2012, foi criada uma versão mobile do site
(Figura 5). Mais de 500 downloads do aplicativo já foram feitos pela loja de
aplicativos playstore, contudo não é uma ferramenta gratuita.
O aplicativo recebe a seguinte descrição:
Informações seguras para consumidores de informação em saúde da
MelinePlus.gov em um aplicativo móvel otimizado que inclui resumos de
mais de 800 doenças, condições de saúde e tópicos de bem-estar, bem
como as mais recentes notícias de saúde, uma enciclopédia médica
ilustrada e informações sobre medicamentos que não necessitam de
6
prescrição médica (tradução nossa).
Embora não tenha sido possível acessar o aplicativo, foi possível observar
sua interface e verificar que, também nessa versão existe a possibilidade de
consulta em espanhol.
Figura 5: Tela principal do aplicativo
MedlinePlus
Fonte: Playstore
6
Authoritative consumer health information from the website in a mobile-optimized app that includes
summaries for over 800 diseases, conditions and wellness topics as well as the latest health news,
an illustrated medical encyclopedia, and information on prescription and over-the-counter
medications.
50
É possível também cadastrar-se no site para receber atualizações e
comunicar-se com o canal por meio de e-mail ou redes sociais. As atualizações
enviadas por e-mail são feitas mediante as preferências do usuário; dentre uma lista
com diversos assuntos de saúde é necessário que os tópicos de interesse sejam
assinalados para que as atualizações sejam recebidas. No site, a descrição para o
visitante esclarece que:
Você pode utilizar o MedlinePlus para aprender sobre os últimos
tratamentos, buscar informações sobre drogas e suplementos, descobrir o
significado de termos médicos, assistir vídeos ou ver ilustrações. Você
também poderá encontrar links sobre as últimas pesquisas realizadas sobre
seu tópico de interesse ou descobrir testes clínicos que estão sendo
desenvolvidos (NATIONAL LIBRARY OF MEDICINE, 2013, tradução
7
nossa).
Atualmente o site, cuja homepage está representada na Figura 6, oferece
uma caixa de busca para pesquisa, além de contar com um banner rotativo com as
últimas atualizações. O site também conta com:
7

Dicionário médico;

Pesquisas mais populares;

Menu com os principais tópicos segmentados;

Notícias em saúde;

Opção de subscrição;

Diretórios médicos;

Lista de organizações que oferecem informação em saúde;

Enciclopédia médica;

Tópicos gerais em saúde;

Informações medicamentosas e sobre suplementos;

Vídeos e ferramentas interativas;

Jogos sobre saúde;

Opção de página em espanhol.
“You can use MedlinePlus to learn about the latest treatments, look up information on a drug or
supplement, find out the meanings of words, or view medical videos or illustrations. You can also get
links to the latest medical research on your topic or find out about clinical trials on a disease or
condition.”
51
Figura 6: Homepage MedlinePlus
Fonte: Portal MedlinePlus da National Library of Medicine
A guia Health Topics (Figura 7) apresenta um arranjo alfabético para
pesquisa, bem como categorias que abrangem mais de 900 tópicos segmentados
em “Corpo, desordens, diagnóstico e terapia, grupos demográficos, saúde e bemestar”, conforme indicado na figura a seguir:
52
Figura 7: Guia Health Topics
Fonte: Portal MedlinePlus da National Library of Medicine
Nota-se mais uma vez a tendência na estrutura alfabética, indicando ser
provavelmente a mais funcional no provimento de informações a consumidores de
informação em saúde. A interatividade, interface intuitiva, qualidade das informações
ofertadas a objetividade e informalidade terminológica, tornaram o MedlinePlus um
portal de grande notoriedade, alcançando altos níveis de acesso e consulta, como
expresso no gráfico a seguir:
53
Gráfico 1: Estatística de uso do site
Fonte: Portal MedlinePlus da National Library of Medicine
Fica evidente a utilidade de um portal desta magnitude, de qualidade e com
conteúdo gratuito. Embora esteja disponível na rede e com a possibilidade de
consultá-lo em espanhol, facilitando a compreensão dos conteúdos oferecidos,
tornar-se-ia pertinente a criação de um portal semelhante, ou mesmo a adaptação
do portal MedlinePlus para o português, visto que a lusofonia tem se expandido por
diversas comunidades ao redor do mundo. Esta ação contribuiria de singular
maneira na educação e formação em saúde da população. Pensando em aspectos
políticos, independentemente do sistema de saúde, seja privado ou público, o
acesso à informação pode não melhorar nem piorar a estrutura física e atendimento
médicos, contudo, colabora na conscientização geral, e influencia os hábitos
culturais de maneira que os indivíduos se tornem mais responsáveis sobre seus
cuidados.
54
5.2.2 Doctoralia
Outro canal que tem ganhado visibilidade é o Doctoralia. Embora sua
finalidade não seja a de prover informações a consumidores de informação em
saúde, tem se tornado um meio para que dúvidas sejam sanadas diretamente com
especialistas.
O Doctoralia (Figura 8) é um portal que foi criado em 2007 por profissionais
do mercado da saúde e da internet, e sua missão é se tornar referência global na
localização por profissionais e clínicas de saúde.
Figura 8: Destaque da Homepage Doctoralia
Fonte: Site Doctoralia
55
Não foi possível identificar o país de origem do projeto Doctoralia, contudo já
são 21 países participantes, incluindo o Brasil, e de acordo com informações do site,
já são mais de 312.400 profissionais e 55.000 centros médicos cadastrados,
173.520 opiniões de especialistas e 14.460 perguntas de pacientes respondidas.
Qualquer cidadão também pode se cadastrar no site e deixar sua pergunta
para que algum profissional de saúde responda, contudo, é importante lembrar que
o objetivo do site é o de localização de profissionais e instituições de saúde, e não
de ser fonte de informações clínicas.
A área destinada a perguntas é aberta para que qualquer profissional possa
responder, não há seleção de especialista. O usuário que fez a pergunta poderá
depois avaliar a resposta e classificá-la com uma ou até cinco estrelas. O mesmo
sistema de classificação servirá para as clínicas. Os usuários também podem
localizar os perfis de médicos e discorrer comentários acerca do atendimento e
esclarecimento de dúvidas.
Além destas possibilidades, o Doctoralia também está disponível para
dispositivos mobile. Com mais de 100.000 downloads, é um aplicativo gratuito. Após
a sua instalação é necessário selecionar seu país para que um mapa seja exibido na
tela do dispositivo com as clínicas e hospitais mais próximos de sua localização. Os
filtros disponíveis giram em torno da especialidade e do plano de saúde e
disponibiliza também uma agenda para controle de suas consultas marcadas. Essas
funcionalidades podem ser observadas nas figuras de 9 a 12.
A finalidade do Doctoralia pode não ser de educação de consumidores de
informação em saúde, contudo torna-se interessante pela interação entre
profissionais e pacientes, num espaço onde se podem sanar dúvidas mais
frequentes. Isso também não substitui a consulta presencial com um especialista,
reiterado na constante indicação dos profissionais de que as respostas finais às
perguntas feitas por meio do site sejam obtidas diretamente com o especialista que
esteja acompanhando o caso.
56
Figura 9:: Busca por especialidade
Figura 10: Mapa de hospitais e clínicas
Fonte: Doctoralia mobile
Fonte: Doctoralia móbile
Figura 11: Busca por especialista
Figura 12: Destaque da agenda de consultas
Fonte: Doctoralia mobile
Fonte: Doctoralia mobile
57
5.3 Serviços Especiais: Amostra no Estado de São Paulo
Para bem analisar o cenário das unidades de cuidados paliativos que
contemplam bibliotecas, foi elaborado um questionário a fim de identificar serviços
especiais para pacientes. O levantamento aborda a opinião dos profissionais
respondentes acerca da importância de espaços de informação em saúde voltados
ao público leigo.
O questionário foi construído com seis questões e foi distribuído a bibliotecas
em unidades de cuidados paliativos específicas no Estado de São Paulo, onde se
pretende delimitar a análise. Foram encaminhados e-mails para 5 instituições de
saúde privadas e 1 instituição pública do Estado de São Paulo solicitando
contribuição com respostas ao questionário. Estas instituições não serão aqui
nomeadas, pois um dos critérios do questionário foi de que não seria necessário
identificar-se ou identificar a instituição.
A coleta de respostas foi iniciada em julho do atual ano, e após
aproximadamente um mês aberto, apenas 3 pessoas o responderam. Em função
deste retorno, a autora entrou em contato com o grupo Bibliotecários no Google
Groups8, para localizar outros bibliotecários no Estado de São Paulo que atuassem
em instituições de saúde e que pudessem contribuir com o questionário. Apesar de o
foco recair sobre o Estado de São Paulo, os próprios respondentes compartilharam
entre si o questionário, que se expandiu para outros Estados Brasileiros. Tal fato
ocorreu principalmente após o questionário ter sido compartilhado por integrantes do
já mencionado grupo Bibliotecários. Em função de tal movimento e crescente
número de respostas, acrescentou-se ao questionário um campo para que fosse
identificado de que Estado era o respondente. Assim, decidiu-se por manter o foco
da análise nas respostas de São Paulo, contudo sem desprezar a grandiosa e
valiosa contribuição dos profissionais de outros Estados.
O questionário foi fechado na primeira quinzena de outubro, num total de 23
respostas com contribuições oriundas de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais,
Santa Catarina, Amazonas, Pará e Bahia. O layout do questionário pode ser
8
[email protected]
58
verificado no Apêndice B e as questões, bem como seus resultados e análises serão
apresentadas a seguir.
5.3.1 Análise de Questionário
Serão apresentadas e analisadas as respostas recebidas de São Paulo,
visto que este foi o recorte geográfico proposto, entretanto, serão apresentadas de
maneira geral e expositiva, as respostas recebidas de outros Estados.
Ao longo do questionário não foi empregada a expressão “consumidores de
informação em saúde” em razão da possibilidade de ser desconhecida por alguns
profissionais.
Para
esta
menção
foram
alcunhados
por
“pacientes
e
acompanhantes”.
1. No exercício de suas atividades, em que Estado brasileiro atuou no
segmento da saúde?
O questionário aplicado visava apenas ao Estado de São Paulo, contudo,
conforme a já relatada disseminação feita pelos respondentes, outros Estados
Brasileiros participaram do levantamento, resultando num montante de 23 respostas,
dispostas entre os seguintes Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais,
Amazonas, Pará, Bahia e Santa Catarina.
A quantidade de respostas por Estado pode ser observada no Gráfico 2,
representado a seguir:
59
Gráfico 2: Panorama Quantitativo Nacional de Respostas Recebidas
Fonte: Elaborado pela autora com base nas respostas recebidas.
Observa-se que o maior número de respostas provém da região sudeste do
país. Interessante ainda observar que, embora em menor quantidade, todas as
regiões brasileiras foram representadas no questionário, com exceção da região
centro-oeste. Isso sinaliza o interesse dos profissionais da informação que atuam no
segmento da saúde de ampliar os seus serviços e recursos aos consumidores de
informação em saúde. As manifestações são aqui referidas como interesse, pois a
existência de ações concretas, ou não, será analisadas nas próximas questões.
2. Como você definiria a biblioteca de sua instituição?
Os respondentes foram convidados a indicar o tipo de biblioteca em que
atuam. Foram dadas as seguintes opções:
 Especializada, voltada aos profissionais, mas com acesso liberado e
alguns serviços prestados a pacientes;
 Universitária, apenas para profissionais, com vista ao ensino e pesquisa;
 Especial para pacientes, com informação seletiva e ambiente acolhedor.
Das 10 respostas recebidas do Estado de São Paulo, 6 foram definidas como
Especializadas
e
4
definidas
como
Universitárias.
Reitere-se
que
foram
60
consideradas como especializadas as bibliotecas que geralmente estão localizadas
em hospitais, asilos e demais unidades de informação mantidas por instituições de
saúde, com foco em profissionais e abertura de serviços e recursos para
consumidores de informação em saúde. Já as Bibliotecas Universitárias são
definidas como aquelas que são mantidas por instituições de nível superior, com
foco em ensino e pesquisa. Não foram registradas respostas de Bibliotecas
Especiais para pacientes.
Para bem representar este cenário, o gráfico 3, a seguir, ilustra a distribuição
desta classificação.
Gráfico 3: Classificação das bibliotecas em saúde que participaram do questionário
0%
40%
Especializada
Universitária
Especial
60%
Fonte: Elaborado pela autora com base nas respostas recebidas.
Em âmbito nacional, o mesmo cenário foi observado, na qual 07 bibliotecas
foram definidas como Especializadas, 06 como Universitárias e nenhuma foi
classificada como Especial.
3.
Com relação aos serviços oferecidos, há algum que se destaque
como exclusivo para pacientes e acompanhantes?
Apenas
dois
respondentes
indicaram
serviços
que
se
destacam
exclusivamente para pacientes. Não serão aqui identificados para que o anonimato
61
seja mantido, contudo, de acordo com a descrição dos serviços, trata-se de
atividades de mediação de leitura, especialmente nos setores de pediatria das
instituições de saúde. Em função de o foco deste trabalho pairar sobre fontes
seguras, seletividade das informações e o acolhimento como fatores de
humanização, as iniciativas apontadas no questionário não foram consideradas por
não se enquadrarem nos objetivos e características de serviços e recursos aqui
propostos. Algumas respostas indicaram que os consumidores de informação em
saúde podem utilizar os serviços de wi-fi e fotocópia. Chamou a atenção também um
dos relatos que descreveu a existência de “atendimento de balcão”, contudo sem
serviço de empréstimo por motivo de risco de infecção aos visitantes e profissionais.
Nos demais Estados Brasileiros participantes do questionário também não
foram identificados serviços especiais para pacientes. As poucas ações localizadas
são referentes a empréstimo de livros e orientações sobre o uso da biblioteca,
contudo não são exclusivos para pacientes, são praticados também com os demais
funcionários das instituições.
De maneira geral, foi observado que o acesso é irrestrito a todos os
públicos, mas que não existem ações exclusivamente realizadas para pacientes.
4.
Existe na biblioteca, ou fora dela, um espaço voltado à interação
entre pacientes, com atividades de leitura e recreação?
Em São Paulo foi apontada a existência de espaços de leitura e salas de
espera, brinquedoteca, espaço para idosos, palestras e orientações realizadas por
equipes de outros setores alheios à biblioteca e também uma escola infantil para as
crianças em tratamento, além das respostas que indicaram não haver espaços que
promovam a interação entre pacientes.
O mesmo ocorre nos outros Estados. Foram identificadas respostas que
sinalizaram como inexistentes estes espaços de interação, contudo foi recorrente a
menção a departamentos de humanização que realizam atividades nas instalações
das instituições. Foram observados trabalhos multidisciplinares, alguns em conjunto
com a biblioteca, inclusive na prática de biblioterapia.
62
5.
Na sua opinião, além das habilidades técnicas, quais as
competências necessárias para que o bibliotecário atue junto a pacientes?
Grande
parte
dos
respondentes
aponta
que
é
importante
uma
especialização no âmbito das ciências da saúde. Além disso, apontam que são
essenciais a preservação do respeito, da hospitalidade, humanização e das técnicas
de busca e pesquisa. Proatividade e boa comunicação também foram destacadas.
Estão indicados, na Figura 13, os termos mais recorrentes nas respostas
recebidas de São Paulo. Nos demais Estados foram destacados também a ética
profissional, equilíbrio emocional e abordagem junto ao público. Parte das respostas
pode não se enquadrar como habilidade ou competência, como respeito e paciência,
já que estas podem ser consideradas como virtudes ou qualidades, contudo, são
essenciais para que o relacionamento com os consumidores de informação em
saúde seja satisfatório.
Figura 13: Termos mais utilizados no questionário – Respostas de São Paulo
Fonte: Elaborado pela autora com base nas respostas recebidas.
63
Vale lembrar que Azevedo (2009) indica as principais competências
informacionais do bibliotecário que atua no segmento da saúde. Estas indicações
feitas pelo autor estão no documento da Medical Library Association (MLA),
publicado em 1992, entitulado Platform for change: the educational policy statement
of the Medical Library Association. São elas:
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
Conhecimento em ciência da saúde, bem como das políticas de
saúde vigentes, problemas e tendências que impactam o ambiente da
biblioteca;
Compreender a liderança, finanças, comunicação e técnicas de
gestão;
Compreender os princípios e práticas relacionadas com o
fornecimento de serviços de informação que satisfaçam as
necessidades dos usuários;
Ter a capacidade de gerenciar a informação sobre saúde;
Compreender e utilizar tecnologias e sistemas para gerenciar todas
as formas de informações;
Entender o quadro curricular de seus usuários e ter a capacidade de
ensinar as formas de acesso, organização e utilização de
informações;
Compreender os métodos de investigação científica e ter a
capacidade de analisar e filtrar literatura pesquisada em bases de
dados. (MEDICAL LIBRARY ASSOCIATION, 1992 apud AZEVEDO,
2009, p. 33)
Percebe-se que as competências indicadas melhor se enquadram no
contexto de Bibliotecas Universitárias e Especializadas, entretanto, aliadas às
indicações recebidas no questionário, formam um cenário do perfil do Bibliotecário
Especial, que precisará de habilidades técnicas, administrativas e sociais para bem
desempenhar o seu trabalho.
6.
Existe participação do corpo clínico no desenvolvimento do
acervo e serviços da biblioteca?
Em São Paulo, todos os participantes deram respostas positivas com
relação a participação do corpo clínico na formação de acervos. Independente de
ser uma participação ativa ou parcial, o trabalho em conjunto do corpo clínico com
os profissionais da informação existe. Nos casos em que a participação é reduzida,
isso se dá pelo fato de serem utilizados recursos eletrônicos que são levantados
pelos profissionais da informação e indicados ao corpo clínico como ferramenta de
busca e pesquisa. Em outros Estados, apenas uma resposta foi negativa.
A participação se dá em forma de indicação de livros e periódicos para
aquisição e, em alguns casos, a biblioteca faz um levantamento em cada
64
departamento clínico a fim de investigar e levantar melhorias para o acervo e
serviços.
7.
Você considera importante um espaço destinado a pacientes e
acompanhantes, que propicie informação seletiva em saúde e ambiente
acolhedor?
No Estado de São Paulo apenas um respondente não considera importante
a existência de espaços com ambiente acolhedor e com provimento de informação
seletiva em saúde destinados a pacientes e acompanhantes. Para todos os demais,
este seria de vital importância, visto que contribuiria como referência de fonte de
informações para este público, além de se tornar uma opção de lazer e distração
durante a estada na unidade de cuidados paliativos. Um ambiente bem projetado,
com informações adequadas, é mais do que um espaço reservado ao ócio, é um
espaço de formação, interação, integração e alívio de tensões. Assim, a Biblioteca
Especial é responsável por informar, acolher e humanizar.
Uma das respostas recebidas de São Paulo, expressa bem a necessidade e
a intenção de Bibliotecas Especiais:
[...] Considero importante esse espaço mesmo porque os acompanhantes
ficam ociosos enquanto acompanham seus familiares internados passando
por momentos difíceis com alguma enfermidade séria. Se existir um espaço
com ambiente acolhedor e que propicie a informação seletiva em saúde,
isto vai ajudar muito essas pessoas a passar o tempo, ocupar a mente com
outras coisas e até quem sabe amenizar a dor.
Nos demais Estados que participaram do questionário, todos sinalizaram
como importante este espaço. Mais uma resposta se destaca, agora considerando
as bibliotecas, num aspecto geral. Ainda assim reflete alguns dos compromissos da
Biblioteca Especial que, assim como as demais, tem o dever de informar e promover
a cultura entre seu público:
Entendo a Biblioteca do século XXI como espaço acolhedor, onde o usuário,
independentemente do seu nível e necessidade de informação, possa
reconhecer este espaço com um ponto de referência e encontro, não só
para questões de ensino, pesquisa e assistência, assim como na atenção
às necessidades de cultura, informação e lazer da comunidade em geral.
65
Após observar e analisar as respostas recebidas pode-se afirmar que não
existem Bibliotecas Especiais em São Paulo. As ações identificadas enquadram-se
como atividades de mediação de leitura, embora sejam ocasionalmente realizadas
em parceria com os departamentos de humanização e ação social. Nenhum dos
participantes relatou serviços oferecidos exclusivamente para consumidores de
informação em saúde ou mesmo a existência de um espaço destinado a interação
deste público em que houvesse participação ativa da biblioteca nas atividades
realizadas. Além disso, não foram identificadas ações de disseminação seletiva da
informação voltadas ao público leigo, embora, ocasionalmente sejam realizadas
oficinas e palestras para os pacientes.
Nenhuma resposta foi enquadrada no modelo de uma unidade de
informação que informe com linguagem adequada e fontes de informação
específicas ao público leigo ou que realize trabalhos de hospitalidade e
humanização no sentido de acolhimento e tratamento pessoal.
A afirmação de que não existem Bibliotecas Especiais para consumidores de
informação em saúde é, portanto, declarada e reafirmada pelos próprios
respondentes que não classificaram dessa forma as unidades de informação em que
atuam. Estas foram classificadas como Bibliotecas Universitárias ou Especializadas,
contemplando assim, acervo técnico e público especializado, não querendo dizer
que o público leigo seja impedido de ter acesso as unidades ou mesmo de usufruir
de serviços gerais da biblioteca, como uso de terminais de computadores, impressão
e fotocópia de documentos.
5.4 O Profissional da Informação
De modo geral, no Brasil os bibliotecários da área médica não atuam
diretamente com consumidores leigos em informação em saúde, contudo auxilia os
profissionais da área, trabalhando em conjunto para obter informações pertinentes
ao corpo clínico e, consequentemente, melhorando o atendimento por eles prestado
durante as consultas médicas. Todavia, de acordo com Silva (2005), é também
função do bibliotecário da área médica levar informações sobre saúde à população
por meio de diferentes canais, seja por meio da internet ou com recursos
bibliográficos impressos disponíveis no acervo. Dessa forma, seria interessante que
66
as unidades de informação em saúde contemplassem, além do acervo técnico,
recursos bibliográficos voltados aos consumidores de informação em saúde. O
processo de seleção destes materiais deverá ser realizado pelo bibliotecário,
considerando a opinião dos profissionais da área da saúde.
O autor ainda destaca as iniciativas dos Estados Unidos da América na
formação de bibliotecários na área da saúde. Registros apontam que, em 1939, o
bibliotecário foi reconhecido como profissional com especialização na área médica e,
deste momento em diante, diversas organizações e associações de bibliotecários
em saúde foram criadas.
Num panorama nacional, o autor afirma:
No Brasil, sem vínculo com a formação acadêmica, os profissionais com
atuação em áreas comuns se reúnem em grupos ou associações de
bibliotecários, a fim de compartilhar experiências e trocar conhecimento
sobre ferramentas de busca da informação especializada na área médica.
(SILVA, 2005, p. 102)
O fato de não necessariamente atuar em contato direto com consumidores
de informação em saúde, não quer dizer que o profissional que atue em unidades
especializadas de saúde não deva se preocupar com o púbico leigo, pois, mais do
que um profissional com competências para lidar com informações científicas, existe
também o prisma social da profissão, expressa inclusive nas tarefas atribuídas pela
Medical Library Association aos bibliotecários da área médica.
Entre outras atribuições definidas por esta associação encontram-se:








Desenhar, desenvolver, navegar e manter sites;
Localizar recursos impressos e eletrônicos;
Criar e administrar produtos e serviços que proporcionam informação
facilmente;
Selecionar e comprar livros, revistas e vídeos (em formato impresso e
eletrônico);
Organizar livros, revistas e recursos eletrônicos para o uso rápido e
fácil;
Ensinar os outros a utilizar os computadores, a web, e outros
sistemas a fim de encontrar a informação que necessitam;
Realizar empréstimos entre diferentes unidades de informação da
área da saúde;
Servir à sociedade, mediante a localização da informação para
melhorar o serviço a população. (AZEVEDO, 2009, p. 16, grifo
nosso)
67
Embora trabalhe com informação, não se deve esquecer que o bibliotecário
é também mediador. Lidar com pessoas requer um olhar e sensibilidade acurados
para notar as singularidades de cada indivíduo. Ainda mais cuidados devem ser
tomados ao atuar em uma Biblioteca Especial, onde, além de ter dedicação e
motivação, deve também saber ouvir e conduzir a comunicação estabelecida com as
pessoas em estado físico e emocional fragilizados. Oferecer atividades culturais, de
lazer e de orientação à saúde também são oportunidades de se estreitar os laços da
Biblioteca Especial com os consumidores de informação em saúde, uma vez que
estas ações contribuirão na recuperação da saúde e da auto-estima dos visitantes,
que enxergarão a biblioteca como unidade acolhedora e prestadora de serviços.
(TÄHKÄ, 1988)
Os valores morais, em especial, são de extrema importância no cenário
desta unidade de informação. O respeito e a preservação da dignidade humana
devem ser valores não apenas da biblioteca, mas também os princípios básicos de
atendimento aos visitantes. Embora seja alto o nível de especificidade das temáticas
em saúde, o profissional da informação, assim como os demais profissionais, não
têm a obrigatoriedade de serem exímios conhecedores da área, embora deva existir
o compromisso de constante atualização e aprimoramento profissional.
Beneduzi (2004) assinala que conhecimentos na língua inglesa e nas
ferramentas básicas de computação são fundamentais para a prática profissional,
além de habilidades humanas de comunicação. A autora frisa que “quanto à
especialização, tempo e vivência no trabalho contribuem para uma melhor definição
das qualificações necessárias a este profissional”, visto que são poucas as
iniciativas de especialização biblioteconômica na área da saúde.
A formação em Biblioteconomia, ao abordar as práticas do serviço de
referência, permeia as ideias de Grogan que, conforme citado por Timbó (2002),
afirma que, o serviço de referência é “uma atividade essencialmente humana, que
atende a uma das necessidades mais profundamente arraigadas da espécie, que é
o desejo de conhecer e compreender”.
Segundo Grogan, o processo de referência envolve oito etapas, a saber:
68
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
Problema;
Percepção da necessidade de informação;
Questão inicial;
Questão negociada;
Estratégia de busca;
Processo de busca;
Resposta;
Solução (GROGAN 1995 apud VULPES,
VULPES
201-?)
Destes oito passos, entende-se
entende se por problema a demanda informacional;
questão inicial sendo aquela identificada com o auxílio do bibliotecário; questão
negociada como as possibilidades de fonte de pesquisa; estratégia de busca trata-se
trata
do conhecimento prévio
o ou lógica booleana; resposta como verificação da utilidade
da informação localizada,
localizada e solução como a aprovação do solicitante frente ao
resultado obtido.
se afirmar que o processo de referência é ininterrupto, visto que após
Pode-se
chegar à solução de uma demanda, pressupõe-se
se que novos problemas surgirão,
reiniciando o processo. O serviço de referência será representado de acordo com o
Gráfico 4:
Gráfico 4: Oito passos do serviço de referência segundo Grogan
Solução
Problema
Resposta
Percepção
Processo
de busca
Questão
inicial
Estratégia
de busca
Questão
negociada
Fonte: A autora, com base em Grogan (apud VULPES, 201-?)
69
Em qualquer unidade de informação é fundamental a existência de um
serviço de referência estruturado, ainda mais em uma Biblioteca Especial, onde são
utilizadas linguagens, informações e fontes especializadas com um público também
especial. Kenneth Whitaker afirma ainda que:
A finalidade do serviço de referência e informação é permitir que as
informações fluam eficientemente entre as fontes de informação e quem
precisa de informações. Sem que o bibliotecário aproxime a fonte do
usuário, esse fluxo jamais existirá ou só existirá de forma ineficiente.
(WHITAKER, 1977 apud EIRÃO, 2011, p. 23)
Esta afirmação reflete de maneira clara e reafirma que, num contexto de
Bibliotecas Especiais, o profissional bibliotecário deve fazer a disseminação seletiva
da informação, ou seja, compartilhá-la de forma personalizada, de acordo com o
problema informacional do solicitante. Para bem atendê-lo deverá elaborar a
entrevista de referência partindo do pressuposto de que serão atendidos usuários
que minimamente sabem de que precisam, mas ainda não sabem como expressar
sua necessidade, e usuários que ainda não têm certeza do que precisam.
Conhecendo o seu usuário e as suas necessidades, será possível criar um pacote
informacional que atenda plenamente as suas necessidades e, caso isso não se
concretize, retornar-se-á ao primeiro passo do serviço de referência expresso por
Grogan. (SOUZA, 2014)9
Assim como existem diferentes segmentos de bibliotecas no ramo da saúde,
os profissionais bibliotecários também recebem diferentes denominações de acordo
com o local de atuação. De maneira geral, os profissionais que atuam na área
médica são denominados “bibliotecários em ciências da saúde”, contudo, Azevedo
(2009) destaca as nomenclaturas bibliotecário-médico, bibliotecário-clínico e
informacionista clínico. O bibliotecário-médico corresponde ao profissional cuja
atuação se dá nas Bibliotecas Universitárias em Faculdades de Medicina, auxiliando
docentes e discentes na localização de informações. O bibliotecário-clínico é o
profissional que atua junto às equipes de profissionais de saúde, como médicos e
especialistas; este tem atuação em Bibliotecas Especializadas, também conhecidas
como Bibliotecas Hospitalares, como visto anteriormente. Já o informacionista clínico
diferencia-se dos demais por atuar na indústria da saúde, geralmente no mercado
9
Conteúdo exposto durante as aulas de Serviços de Referência e Informação. Prof. M. Adriana Maria
de Souza. Biblioteconomia e Ciência a Informação da FESPSP.
70
farmacêutico, pois trabalha com dados estatísticos e levantamento das mais novas e
relevantes informações de medicina baseada em evidências.
Não foram localizadas indicações de nomenclatura para bibliotecários
atuantes em Bibliotecas Especiais, contudo, ser bibliotecário é uma profissão
especial por sua natureza, dessa forma por que não denominar Bibliotecários
Especiais os profissionais que atuam neste tipo de biblioteca? Independente da
nomenclatura recebida o bibliotecário atuante no contexto da saúde deve ser
mediador de informações entre médicos e pacientes, contribuindo para o bem-estar
dos consumidores de informação em saúde e colocando em prática a questão social
de sua profissão à medida que colabora para uma efetiva educação de pacientes.
Deve-se frisar que, além dos atributos profissionais, todo prestador de
serviços deve ter atributos pessoais como simpatia, criatividade, confiança, atenção
e boa comunicação. Assim, os bibliotecários que, prestando um bom atendimento e
realizando sua missão de levar a informação a quem precisa, principalmente aos
consumidores de informação a saúde, não podem ser considerados meros
mediadores de informação, mas sim, referências de respeito e acolhimento.
71
6 RECOMENDAÇÕES PARA O PLANEJAMENTO DE BIBLIOTECAS ESPECIAIS
As recomendações para o planejamento de Bibliotecas Especiais aqui
apresentadas se baseiam nas diretrizes expressas pela IFLA em 2000. O
documento entitulado Guidelines for libraries serving hospital patients and the elderly
and disabled in long-term care facilities (Diretrizes para bibliotecas que atendem a
pacientes de hospital, idosos e deficientes em instalações de cuidados de longa
duração) é o quarto documento da Federação com recomendações para bibliotecas
para pacientes. Originalmente publicado em 1984 e revisado e compilado em 2000,
o documento não tem pretensão de ser um padrão internacional estipulado a ser
seguido, mas sim um agrupamento de sugestões que poderão ser postas em prática
de acordo com o cenário da instituição, visto que cada uma delas tem suas
necessidades, recursos, cultura e características particulares.
De acordo com o tópico a ser abordado, outras fontes poderão ser utilizadas
para fins expositivos e discursivos.
6.1 Missão e Objetivos
De acordo com a IFLA (2000), a missão das bibliotecas voltadas ao público
leigo em saúde deve estar alinhada com a missão da instituição mantenedora, de
forma que amplie os recursos e serviços tanto quanto forem possíveis.
Conforme já mencionado anteriormente, os objetivos de Bibliotecas
Especiais de maneira geral devem ser:




Nutrir o bem-estar e a recuperação dos pacientes através de
disseminação e tratamento da informação;
Trabalhar colaborativamente com os outros serviços de cuidados com
o paciente da instituição;
Promover a compreensão da importância da leitura e acesso à
informação;
Encorajar o reconhecimento de que as bibliotecas e seus serviços
devem ser considerados partes fundamentais das instituições de
cuidados de saúde a curto ou longo prazo. (INTERNATIONAL
FEDERATION OF LIBRARY ASSOCIATION, 2000, p. 7)
72
É importante lembrar que estes não são objetivos impostos, mas sugestões
que deverão ser adaptadas ao contexto da unidade de informação e sua instituição
mantenedora.
6.2 Localização, Entrada e Ambiente
A biblioteca deverá estar localizada em uma área central do hospital, de
maneira visível e de fácil acesso aos consumidores de informação em saúde e
também aos funcionários da instituição. Quando não for viável a localização de fácil
acesso, deve-se assegurar que haja sinalização clara e suficiente para indicar a
todos a existência e localização da biblioteca.
A entrada deve ser livre de soleiras elevadas ou degraus e deve ser ampla o
bastante para a passagem de cadeiras de rodas ou, eventualmente, macas. As
portas devem ser fáceis de abrir ou mesmo contar com mecanismos que as
mantenham abertas ou que as abram automaticamente. Em caso de portas de vidro,
estas devem contar com sinalização para que acidentes sejam evitados.
Deve-se evitar que o ambiente da biblioteca seja compartilhado com outros
departamentos ou serviços, evitando ruídos alheios aos próprios da biblioteca para
que se preserve o ambiente sempre limpo, confortável e convidativo.
6.3 Capacidade
É importante que a Biblioteca Especial seja projetada com dimensões e
capacidade maiores do que as bibliotecas convencionais, visto que poderão receber
visitantes acamados, em cadeiras de rodas, muletas ou andadores. Com relação à
capacidade, devem estar disponíveis assentos suficientes para visitantes individuais
e em grupos, numa proporção de aproximadamente 10% dos leitos disponíveis em
73
instituições de pequeno porte. Já em grandes instituições este percentual deve ser
de aproximadamente 20%.
6.4 Disposição Espacial
A disposição do espaço dependerá do tamanho e tipo da instituição.
6.4.1 Área de Leitura e Estudo
Deve ser uma área tranquila, afastada da entrada principal e ser confortável.
O espaço mínimo recomendado é de 2,5m2 para cada espaço de leitura e
4m2 para cada sala de estudo.
6.4.2 Espaço Audiovisual e Área de Informática
Este espaço deve ser planejado de acordo com os recursos que serão
oferecidos. CDs, DVDs e slides podem ser disponibilizados para consulta com fones
de ouvido, se necessário e solicitado.
Recomenda-se uma área mínima de 4m2 que disponha de tomadas e
materiais desinfectantes para as mãos e aparelhos eletrônicos.
A área de informática deve estar alocada de maneira que a equipe da
biblioteca possa facilmente prestar assistência. Os computadores devem conter
instruções de uso, e espaço suficiente para papeis e outros materiais, além de
estarem conectados a uma impressora, cujo serviço de impressão pode ter um valor
de custo simbólico.
74
6.4.3 Seção de Circulação de Materiais e Processamento Técnico
Deve ser posicionada de modo que permita a visualização de todo o
ambiente da biblioteca. O espaço deve ser suficiente para acomodar ao menos 2
pessoas.
É recomendável a existência de uma sala para o processamento técnico dos
materiais bibliográficos e estoque de materiais de escritório, por exemplo. A sala
deve dispor de lavatório, mesa, arquivos e estantes para tratamento e alocação dos
materiais antes de serem disponibilizados para consulta e empréstimo.
6.4.4 Espaço de Convivência e Toaletes
Reconhecendo a função social da biblioteca, é indicada a criação de um
espaço destinado à convivência entre os consumidores de informação em saúde.
Uma área que não seja restrita à prática do estudo e da leitura, mas onde se possa
reconhecer um ambiente agradável para relaxamento e diálogo, com poltronas,
almofadas, luz adequada e com decoração e pintura harmoniosas que propiciem
relaxamento. Neste espaço podem ser realizadas atividades com os visitantes, como
apresentações musicais, palestras, oficinas e demais atividades culturais, formativas
e sócio-recreativas.
Os toaletes devem estar perto da entrada da biblioteca. Serem amplos e
adaptados para receber pessoas com mobilidade reduzida.
6.4.5 Seção Infantil
Parte da biblioteca deve estar reservada para o público infantil, não apenas
àqueles em condição de paciente, mas aos possíveis acompanhantes ou familiares.
O tamanho e organização da área dependerão de seu propósito, pois poderá ser um
75
espaço apenas para recreação ou também uma extensão do ambiente escolar para
as crianças cuja permanência na unidade será extensa. Esta deve ser uma seção
colorida, com móveis confortáveis e adaptados e, além de oferecer livros infantis,
atividades culturais podem ser promovidas com as crianças.
6.5 Iluminação
A iluminação, tanto natural quanto artificial, é o componente mais importante
em ambientes interiores, pois a adequada exposição à luz natural é essencial para a
saúde biológica e correto funcionamento do relógio biológico (ULRICH, 2004 apud
MALKIN, 2008), assim, deve-se utilizar a luz natural tanto quanto for possível;
contudo, é importante atentar-se ao acervo para que seja preservado de possíveis
efeitos nocivos da luz solar. A luz artificial deve ser utilizada como um suplemento à
luz natural, tendo seu uso mais amplo quando for inviável o aproveitamento de luz
natural.
A norma brasileira NBR ISO/CIE 8995-1:2013 tem objetivo de apresentar os
valores mínimos de iluminância artificial para interiores. Os níveis de iluminância
para bibliotecas, indicados pela norma, variam de 200 a 500 que se enquadram
entre as categorias A e B que representam “iluminação geral para áreas usadas
interruptamente ou com tarefas visuais simples” e “iluminação geral para área de
trabalho”, respectivamente. (NBR ISSO/CIE, 2013).
A qualidade e boa disposição das lâmpadas propiciam um ambiente
agradável e convidativo. Caso sejam utilizadas com efeito decorativo, deve-se
assegurar ainda mais uma fixação firme para que acidentes sejam evitados. O tipo
de lâmpada deverá ser escolhido de acordo com o padrão da instituição
mantenedora e deverão ser distribuídas de forma que todo o ambiente seja
contemplado com luz.
76
6.6 Mobiliário
A mobília para a biblioteca deverá ser escolhida pensando nas necessidades
dos visitantes que a utilizarão, entretanto, não se deve esquecer que tudo deverá
estar nos padrões da instituição mantenedora em questões de segurança e
manutenção. Seguindo ainda as recomendações da IFLA, as recomendações a
seguir são norteadoras na escolha da mobília adequada.
6.6.1 Mesas
As dimensões para escolha das mesas não são muito precisas devido às
diferentes necessidades dos visitantes com mobilidade reduzida. Tendo em mente
os visitantes em cadeiras de rodas, com muletas e pensando também nas crianças,
a melhor opção é a pesquisa junto a empresas especializadas em móveis
adaptados, porém, independente das dimensões do móvel, este deve ser forte e
pesado o suficiente para não cair sobre um visitante, caso um eventual acidente
ocorra. As figuras de 14 a 16 ilustram alguns dos modelos que podem ser utilizados.
Figura 14: Mesas infantis
Fonte: Biccateca
Figura 15: Modelo de mesa para estudo
Fonte: Biccateca
77
Figura 16: Exemplo de mesa adaptada
Fonte: Biblioteca de São Paulo
6.6.2 Cadeiras
Devem ser confortáveis, duráveis, resistentes e seguras para suportarem
tensão adicional provocada por visitantes com mobilidade reduzida. É recomendável
que as cadeiras tenham apoio para os braços a fim de facilitar o ato de sentar-se e
levantar-se e devem ser levemente mais altas do que as cadeiras comuns para que
visitantes em cadeiras de rodas e pessoas mais fracas possam se movimentar mais
facilmente.
Havendo espaço disponível, pode-se disponibilizar cadeiras e poltronas com
design diferenciado nas salas de leitura e no espaço de convivência. Ademais,
cadeiras com encosto verticais e assentos acolchoados são recomendadas também
para as salas de leitura e estudo. As Figuras 17 e 18 ilustram exemplos de cadeiras.
78
Figura 17: Cadeira estofada com apoio
Fonte: Biccateca
Figura 18: Cadeira plástica com rodas
Fonte: Biccateca
6.6.3 Estantes e Prateleiras
Para a escolha das estantes, deve-se considerar as limitações dos
visitantes. A distância entre prateleiras deve ser de 1,80 metro, de acordo com as
especificações da norma 9050, de 2004 da Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT). Esta dimensão leva em consideração o deslocamento de duas
pessoas em cadeiras de rodas em linha reta. A altura das prateleiras também deve
ser diferenciada para proporcionar maior autonomia ao visitante durante sua
consulta aos materiais disponíveis. A recomendação da IFLA é de que as estantes
contenham até 5 prateleiras. As Figuras de 19 a 21 nos trazem algumas opções.
Figura 19: Modelo de Estante na Biblioteca de São Paulo
Fonte: Site da Biblioteca de São Paulo
79
Figura 20: Estante para seção infantil
Figura 21: Modelo de estante
Fonte: Biccateca
Fonte: Biccateca
6.6.4 Outros Modelos de Móveis para Bibliotecas Especiais
As figuras de 22 a 27 ilustram algumas das possibilidades de móveis que
podem ser utilizados em Bibliotecas Especiais tanto pela sua disposição no
ambiente quanto pelo seu design, que pode ser um atrativo ao espaço.
Figura 22: Bancos em formato de livro
Figura 23: Poltrona em formato de livros
Fonte: Big Cozy Books
Fonte: Big Cozy Books
80
Figura 24: Móvel para área infantil
Figura 25: Modelo de balcão adaptado
Fonte: Big Cozy Books
Fonte: Inter Offices
Figura 26: Modelos de poltronas
Figura 27: Sinalização especial
Fonte: Biblioteca de São Paulo
Fonte: Unicap
6.7 Equipamentos
Os equipamentos a serem utilizados dependerão dos serviços que serão
oferecidos e terão variantes de acordo com a política e cultura organizacional da
instituição
mantenedora.
De
maneira
geral,
serão
necessários
telefones,
fotocopiadoras, carrinhos para transporte de livros, bibliocantos, bancos, puffs,
computadores, laptops, tablets, notebooks, CD player, fones de ouvidos, DVD player
e televisores, além de recursos e ferramentas que assistam aos visitantes, como
lente de aumento digital, recursos em braile e audiobooks (Figuras 28 e 29).
81
Figura 28: Material em braile
Figura 29: Lente de aumento digital
Fonte: Biblioteca de São Paulo
Fonte: Biblioteca de São Paulo
6.8 Acervo
A quantidade de livros no acervo dependerá das condições espaciais do
local. Deve-se lembrar que a área da biblioteca será calculada com base nas
dimensões e capacidade de leitos da instituição mantenedora. O mesmo ocorrerá
com a quantificação do acervo, que poderá seguir estas sugestões:
Tabela 2: Quantificação de acervo
Quantidade de leitos
Livros x Leitos
Até 300
8
300 – 500
7
500 ou mais
6
Fonte: IFLA, 2000
Outro aspecto que deve ser lembrado é com relação à idade do acervo, que
não poderá exceder 8 anos, a fim de que se evitem contaminações por fungos e
bactérias que possam afetar aos visitantes.
Por meio de um levantamento realizado no banco de dados das bibliotecas
Lieselotte Adler Z’L e da Faculdade de Enfermagem do Hospital Israelita Albert
Einstein, recomendações de livros classificados como consumer health books
identificados em buscas na internet, e consultas a catálogos de livrarias online na
categoria de saúde, foram localizados títulos que podem nortear a construção de um
acervo. O levantamento é composto por títulos de livros, filmes e séries. Para estes
82
títulos foi criada uma lista organizada alfabeticamente com as referências
bibliográficas. A lista de livros é composta por títulos de literatura, auto-ajuda, saúde
e bem-estar, e a lista de filmes e séries contempla títulos de diversos gêneros,
porém todos tratam de forma sucinta ou direta de temas de saúde e superação.
Pode-se criar um catálogo com estrutura por títulos com vistas aos usuários finais,
que podem ter alguma dificuldade na compreensão de referências bibliográficas.
Além disso, no caso de busca por um assunto específico, a identificação dos
resultados ocorrerá de forma mais rápida e simples, já que, em geral, os títulos
apresentam de forma explícita o assunto principal. As referências bibliográficas, por
conterem diversas outras informações sobre a obra, podem confundir o usuário, e a
lista simples de título ajudará na rápida localização do assunto desejado, como pode
ser observado nos títulos abaixo:

Aonde Foi Parar o Cabelo de Mamãe?: a jornada de uma família no
combate ao câncer

Doutor, eu tenho... Piolho!

Em tempos de AIDS

Quimioterapia e Beleza

Xixi na cama nunca mais!: saiba o que é mito e o que é verdade e
aprenda a lidar com a enurese
Após o levantamento, foi construída uma lista com sugestões para a
formação de um acervo. As sugestões podem ser consultadas no Apêndice A.
Além do acervo adquirido por processo de compra, deve-se incentivar o
desenvolvimento de material informativo pelos membros da própria instituição
mantenedora. Este material, que pode ser elaborado em formato de panfleto ou
livreto, pode ser distribuído pela instituição tendo alguns exemplares disponíveis na
biblioteca, que poderá construir um catálogo especial para estas publicações.
É essencial que a organização do acervo seja simplificada, assim o paciente
poderá mais facilmente localizar as obras desejadas. Pode-se criar um sistema de
classificação próprio ou utilizar um modelo já existente, como o Sistema de
Classificação Planetree, onde é possível observar uma versão simplificada, utilizada
no West Park Hospital, no Anexo B.
83
6.9 Programas e Serviços
A Biblioteca Especial não deve ser um local reservado apenas a consulta e
empréstimo de livros. Uma série de atividades e serviços podem ser oferecidos para
promover a cultura, lazer e formação dos visitantes.
Além de oferecer serviços básicos como acesso à internet, fotocópia e
impressão, a Biblioteca Especial poderá promover atividades como encontros com
especialistas, serviço de orientação básica a esportistas profissionais e iniciantes,
rodas de conversa para compartilhamento de experiências, hora da leitura,
dramatizações e brincadeiras com as crianças. É importante que o catálogo da
biblioteca esteja disponível online, e que programas de biblioterapia e musicoterapia
possam ser realizados. Um modelo de atividades e serviços pode ser consultado no
Anexo C10.
A segurança e praticidade devem ser prioridades ao se planejar atividades e
serviços, contudo não se esquecendo de prezar pela hospitalidade e respeito que
devem ser constantes; assim, o horário de funcionamento e prestação de serviços
deverá ser estabelecido de acordo com a instituição mantenedora. Tendo em vista
que as unidades de cuidados paliativos funcionam 24 horas por dia, um estudo de
usuário poderá ser realizado para descobrir se há, por exemplo, a necessidade de
abertura da biblioteca em tempo integral.
6.10 Exemplos de Bibliotecas Especiais no Exterior
Para bem ilustrar as diferentes possibilidades para ambientes de Bibliotecas
Especiais, as figuras de números 30 a 35 representam bibliotecas para
consumidores de informação em saúde nos Estados Unidos da América. Nota-se
que não há um padrão; embora existam as recomendações da IFLA, as unidades
são adaptadas ao seu contexto e da instituição mantenedora.
10
Material cedido pela bibliotecária Edna T. Rother CRB8/866
84
Figura 30: Children’s Library
Figura 31: Patient Library
Fonte: Buffalo’s University
Fonte: Dr. Rodney K. Jones
Figura 32: Patient Health Library
Fonte: UCSF Medical Center
Figura 33: Planetree Health Resource Center
Fonte: Park County Library
85
Figura 34: Patients’s Library
Fonte: Mayo Clinic Hospital
Figura 35: Patient Resource Library
Fonte: Middlesex Hospital
Tendo visto as recomendações propostas pela IFLA, e observando os
exemplos de Bibliotecas Especiais nos Estados Unidos, foi gerado um croqui de
como poderia ser uma Biblioteca Especial com algumas das indicações propostas
pela Federação. Este croqui, que apresenta integração com um jardim, é uma mera
ilustração, sem considerar medidas e proporções reais, e pode ser visualizado no
Apêndice C.
86
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A ideia de que bibliotecas são especiais por sua natureza é certa. A
possibilidade de oferecer informação, cultura, lazer e educação de forma agregada é
uma chance de poucos. Isso se torna ainda mais relevante no contexto de prestação
de serviços à saúde, onde serão atendidos visitantes em estado físico, mental ou
emocional fragilizados. A Biblioteca Especial para consumidores de informação em
saúde fugirá dos padrões, formalidades e tecnicidade das Bibliotecas Universitárias
e Especializadas em saúde. Deverá estar preparada nos aspectos de estrutura e
equipe para acolher aquele que está em busca de refúgio, alívio de tensões e
informação compreensível que o ajude a melhor lidar com o seu momento carregado
de dúvidas e incertezas.
A internet é frequentemente a fonte de informação mais viável ao
consumidor de informação em saúde em virtude do montante de dados disponíveis e
pelo errôneo senso de que “se não está no Google, não existe”. O buscador é uma
ferramenta prática, contudo, nem sempre trará respostas corretas e pertinentes.
Apresentará dados que não serão contextualizados às necessidades do consulente.
O bibliotecário especial será o “buscador humanizado”, pois além de dominar as
técnicas de busca e conhecer fontes de informação confiáveis, agrega o fator
humano de poder ouvir o consulente e adaptar sua busca para atender de forma
pontual os problemas levantados. Assim, o acesso à informação segura, mediada
pelo bibliotecário, auxiliará o consulente a melhor lidar com o momento pelo qual
está passando, além de melhorar o relacionamento com seus prestadores de
serviços médicos na medida em que poderá melhor discutir as questões relativas a
sua saúde e também proporcionar mais autonomia em seus cuidados mesmo após a
alta hospitalar.
É direito de todo cidadão ter acesso à informação, saúde e educação.
Quando esses elementos são agregados, atinge-se o objetivo de tratamento
humanizado. Iniciativas de humanização de tratamentos por meio do acesso à
informação já são observados no exterior onde Bibliotecas Especiais para
consumidores de informação em saúde são localizadas em hospitais e clínicas com
literatura em formato plain language.
87
O mercado editorial brasileiro conta com uma quantidade considerável de
publicações ao público leigo no âmbito da saúde, contudo não existem no cenário
nacional Bibliotecas Especiais a este público.
Por ser um tipo singular de unidade de informação, a literatura sobre
Bibliotecas Especiais em Ciência da Informação em língua portuguesa é parca, e a
ausência deste tipo de biblioteca no Brasil leva ao exercício de busca em modelos e
literatura internacionais multidisciplinares. A experiência estrangeira destas unidades
de informação mostra que, com seu público, fontes e disseminação seletiva da
informação, ambiente e serviços, é um modelo que se faz necessário no cenário
nacional brasileiro.
Ao final da pesquisa, conclui-se que a Biblioteca Especial será, portanto,
uma unidade de informação que deverá agregar fontes de informação segura,
humanização, hospitalidade, cultura e lazer, contudo, sempre com foco na
disseminação seletiva de informação. A informação, neste ambiente, deverá ser o
combustível e principal produto a ser oferecido para auxiliar, integrar e tornar mais
agradável a permanência no ambiente hospitalar, seja em condição de paciente ou
de visitante.
Sugere-se para futuros estudos, um aprofundamento das questões de
construção, acessibilidade, arquitetura e design de Bibliotecas Especiais. Um projeto
multidisciplinar pode ser elaborado para melhor ilustrar as possibilidades de
ambientação deste espaço que se mostra tão necessário e útil na formação e
educação em saúde da população. Sugere-se, também, a ampliação da sugestão
bibliográfica para a construção de um acervo para Bibliotecas Especiais e das
atividades e serviços passíveis de serem realizados. Além disso, pode-se realizar
uma proposta de modelo de gestão de marketing para Bibliotecas Especiais que
possam ser adequados aos padrões das instituições mantenedoras.
Por fim, se expressa aqui a sugestão e desejo de que sejam elaborados
cursos de especialização na área de informação em ciências da saúde pelas escolas
de Biblioteconomia. Um curso de especialização seria de extrema importância para
que os profissionais bibliotecários em ciências da saúde exerçam seus trabalhos de
maneira aprimorada.
88
REFERÊNCIAS
ALBUQUERQUE, R. A internet como fonte de informação em saúde. In: Conselho
Regional de Medicina do Estado da Paraíba. Disponível em:
<http://www.crmpb.cfm.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2188
5:a-internet-como-fonte-de-informacao-emsaude&catid=46:artigos&Itemid=483.>Acessoem: 21 abr. 2014.
AMERICAN ACADEMY OF ORTHOPAEDIC SURGEONS. OrthoInfo. Disponível
em: <http://orthoinfo.aaos.org/>. Acesso em: 14 ago. 2014.
ANDREOLI, P. B. A.; ERLICHMAN, M. R. Psicologia e humanização: assistência
aos pacientes graves. São Paulo: Atheneu, 2008. 375 p.
ANZALONE, C. Children's psychiatric center and UB Team up for children's
library. 2009. Disponível em:
<http://www.buffalo.edu/news/releases/2009/12/10732.html>. Acesso em: 25 out.
2014.
ASHTON, K.; OERMANN, M. H. Patient education in home care. Home healthcare
nurse, Hagerstown, v.32, n. 5, p. 288-294, May 2014.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9050: Acessibilidade a
edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. 2 ed. Rio de Janeiro,
2004. 97 p.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO/CIE 8995-1:2013:
Iluminação de ambientes de trabalho. Rio de Janeiro, 2012. 54 p.
AUGUSTO, M. L. Hannah Arendt para educadores. 2014. Disponível em:
<http://www.controversia.com.br/index.php?act=textos&id=18564>. Acesso em: 07
jul. 2014.
AZEVEDO, A. W. Formação e competência informacional do bibliotecáriomédico brasileiro. 2009. 106 f. Dissertação (Mestrado em Ciência da Informação) –
Centro de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, Pontifícia Universidade Católica
de Campinas, Campinas, 2009.
89
BENEDUZI, A. C. Bibliotecas especiais: a biblioteca hospitalar como um
repositório de saúde e bem-estar ao alcance do paciente. 2004. 70 f. Trabalho de
Conclusão de Curso (Graduação) - Curso de Biblioteconomia e Comunicação,
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2004.
BERESIN, R. A morte em ambiente hospitalar no contexto da humanização. In:
BOEGER, Marcelo. Hotelaria hospitalar. Barueri: Manole, 2011. p. 51-58.
BIBLIOTECA DE SÃO PAULO. Fotos, São Paulo. Disponível em:
<http://bibliotecadesaopaulo.org.br/fotos/>. Acesso em: 14 out. 2014.
BICCATECA. Produtos Biccateca. Erechim, 2013. Disponível em:
<http://biccateca.com.br/biccatecasite/produtos/>. Acesso em: 22 set. 2014.
BIG COZY BOOKS. Gallery. Disponível em:
<http://www.bigcozybooks.com/?page=gallery>. Acesso em: 17 jul. 2014.
BLATTMANN, U.; FRAGOSO, G. M. O zapear a informação em bibliotecas e na
internet. Belo Horizonte: Autêntica, 2003. 103 p.
BOEGER, M. A. Gestão em hotelaria hospitalar. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2008. 101
p.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado, 1988.
Disponível em: < http://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/91972/constituicaoda-republica-federativa-do-brasil-1988#art-5--inc-XXXIII>. Acesso em: 20 abr. 2014.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde. Programa nacional
de humanização da assistência hospitalar. Brasília: Ministério da Saúde, 2001. 60
p.
CATARSE. In: GRANDE enciclopédia Larousse cultural. [S.l]: Nova Cultural, n. 6, p.
1249, c1998.
CAVALCANTE, A. P.; PEREIRA, S. S. Biblioterapia: funções terapêuticas da leitura.
In: ________. Biblioterapia: um modelo de projeto para unidades de informação.
São Paulo, 2013.cap. 5, p. 21-31.
90
CENTRO COCHRANE DO BRASIL. Saúde baseada em evidências. 2014.
Disponível em:
<http://www.centrocochranedobrasil.org.br/cms/index.php?option=com_content&vie
w=article&id=4&Itemid=13>. Acesso em: 14 maio 2014.
CHOBOT, M. C. The challenge of providing consumer health information
services in public libraries.Washington, DC: AAAS, 2010.
DE MARCO, M. A. Psicologia médica: abordagem integral do processo saúdedoença. Porto Alegre: Artmed, 2012.
DOCTORALIA INTERNET SA. Doctoralia. 2014. Disponível em:
<http://www.doctoralia.com.br/>. Acesso em: 07 jul. 2014.
ECRI INSTITUTE. Patient reference guides. Disponível em:
<https://www.ecri.org/Patients/References/Pages/default.aspx>. Acesso em: 13 jul.
2014.
EDUCATION. In: PLANETREE. Disponível em:<
http://planetree.org/education/.>Acesso em: 30 maio 2014.
EINSTEIN Saúde. Pacientes na era da informação. Veja. Ed. 2335, n. 34, 21 ago.
2013.
EIRÃO, T. G. A disseminação da informação e a tecnologia RSS nas bibliotecas
de tribunais em Brasília. 2011. 116 f. Dissertação (Mestrado em Ciência da
Informação) – Faculdade de Ciência da Informação, Universidade de Brasília,
Brasília, 2011. Disponível em:
<http://portal2.tcu.gov.br/portal/pls/portal/docs/2057500.PDF>. Acesso em: 17 jul.
2014.
ELSEVIER. ClinicalKey. Disponível em: <https://www.clinicalkey.com/#!/>. Acesso
em: 13 jul. 2014.
FORD, C.; GILPIN, L. Informing and empowering diverse populations: consumer
health libraries and patient education. In: FRAMPTON, Susan B.; GILPIN, Laura;
CHARMEL, Patrick A. Putting patients first: designing and practicing patientcentered care. [S.l.]: Josey-Bass, 2003. cap. 2. p. 27-49.
91
GALVÃO, M. C. B. Informação clínica: do prontuário do paciente às bases de
evidência. 23 ago. 2012. In: Almeida Junior, O.F. Infohome. Londrina: OFAJ, 2012.
Disponível em: http://www.ofaj.com.br/colunas_conteudo.php?cod=701. Acesso em:
28 maio 2014.
GALVÃO, M. C. B. Informática, informação, saúde: propostas educacionais de
aproximação. 11 out. 2012. In: Almeida Junior, O.F. Infohome. Londrina: OFAJ,
2012. Disponível em: <http://www.ofaj.com.br/colunas_conteudo.php?cod=710>.
Acesso em: 28 maio 2014.
GALVÃO, M. C. B. O profissional da informação e o paciente. 10 de novembro de
2011. In: Almeida Junior, O.F. Infohome. Marília: OFAJ, 2011. Disponível em:
<http://www.ofaj.com.br/colunas_conteudo.php?cod=639>. Acesso em: 27 maio
2014.
GROTTO, R. Palavra do especialista. 08 out. 2012. Einstein Saúde. Disponível em:
<http://www.einstein.br/einstein-saude/palavra-do-especialista/Paginas/ritagrotto.aspx?entrevista=36>. Acesso em: 18 abr. 2014.
GUIDELINES for libraries serving hospital patients and the elderly and disabled in
long-term care facilities / compiled by a working group chaired by Nancy Mary
Panella under the auspices of the Section of Libraries Serving Disadvantaged
Persons. The Hague: IFLA Headquarters, 2000. – 48p. 30 cm. - (IFLA Professional
Reports; 61).
HAMILTON HEALTH SCIENCES. Patient education library. Disponível em:
<http://www.hamiltonhealthsciences.ca/body.cfm?id=1486>. Acesso em: 12 jul.
2014.
HENN, G. Apostila de Auxiliar de biblioteca: livro post. 2011. Disponível em:
<http://biblioteconomiaparaconcursos.com/2011/12/23/auxiliar-de-biblioteca-livropost/>. Acesso em: 05 maio 2014.
HI Technologies. O que é Humanização?. Disponível em:
<http://hitechnologies.com.br/humanizacao/o-que-e-humanizacao/>. Acesso em: 29
maio 2014.
INTER OFFICES. Balcões para recepção. São Paulo, 2014. Disponível em:
<http://www.moveisparaescritoriosp.com.br/moveis-em-madeira/balcoes/>. Acesso
em: 30 out. 2014.
92
ISMAEL, J. C. O médico e o paciente: breve história de uma relação delicada. São
Paulo: T. A. Queiroz, 2002.
JONES, R. K. Patient's library. Disponível em:
<http://www.drrodneyjones.com/library.htm>. Acesso em: 10 out. 2014
KNOBEL, E. Psicologia e humanização: assistência aos pacientes graves. São
Paulo: Atheneu, 2008. 375 p.
LIMA, A. X. Humanização como política da instituição. In: BOEGER, Marcelo.
Hotelaria hospitalar. Barueri: Manole, 2011. p. 59-74.
LISTER HILL LIBRARY AT UNIVERSITY HOSPITAL. Patient's library. Disponível
em: <http://www.uab.edu/lhluh/>. Acesso em: 24 jul. 2014.
MALDONADO, M. T.; CANELLA, P. Recursos de relacionamento para
profissionais de saúde: a boa comunicação com clientes e seus familiares em
consultórios, ambulatórios e hospitais. Rio de Janeiro: Reichmann & Affonso, 2003.
320 p.
MAGNUS. Question about your job [mensagem pessoal]. Mensagem recebida por
<[email protected]> em 29 jul. 2014.
MAYO CLINIC HOSPITAL. Patient's library. Arizona, 2014. Disponível em:
<http://www.mayoclinic.org/patient-visitor-guide/minnesota/clinic-hospitalbuildings/mayo-clinic-hospital-methodist-campus/library>. Acesso em: 17 set. 2014.
MEMORIAL SLOAN KETTERING CANCER CENTER. Library. Disponível em:
<https://library.mskcc.org/>. Acesso em: 13 jul. 2014.
MILANESI, L. A. Biblioteca. São Paulo: Ateliê Editorial, 2002. 116 p.
MILLER, B. F. Enciclopedia & dicionário médico para enfermeiros & outros
profissionais da saúde. São Paulo: Roca, 2003. 1551 p.
MORETTI, F. A.; OLIVEIRA, V. E. E.; SILVA, E. M. K. Acesso a informações de
saúde na internet: uma questão de saúde pública?. Rev. Assoc. Med.
Bras. [online]. 2012, vol.58, n.6, pp. 650-658. ISSN 0104-4230.
93
NAKAYAMA, E. H.; MAIA, J. A.; MATOS, G. D. Serviços de informação para
pacientes: necessidades e expectativas. In: Commitment to equity. Bahia, 2005.
NAKAYAMA, E. H. A biblioteca científica e o processo de busca de informação
por pacientes. 2004. 102 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde) – Escola
Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, 2004.
NATIONAL LIBRARY OF MEDICINE. MedlinePlus. Disponível em:
<http://www.nlm.nih.gov/medlineplus/>. Acesso em: 07 jul. 2014.
NIH medlineplus mobile. Disponível em:
<https://play.google.com/store/apps/details?id=com.wNIHMedlinePlusMobile&hl=pt_
BR>. Acesso em: 16 jul. 2014.
NÚCLEO ASSISTENCIAL PARA PESSOAS COM CÂNCER. Direito à informação
na relação médico-paciente. Disponível em: <www.naspec.org.br/textos>. Acesso
em 01 jun. 2014.
NYU LANGONE MEDICAL CENTER. NYU Langone Patient Libraries. Disponível
em: <http://www.med.nyu.edu/patients-visitors/patient-visitor-information/patientinformation/nyu-patient-libraries>. Acesso em: 13 jul. 2014.
ÓLEO de Lorenzo, O. [Lorenzo's Oil]. Direção: George Miller. Produção: Doug
Mitchell e George Miller. Intérpretes: Nick Nolte, Susan Sarandon, Peter Ustinov,
Kathleen Wilhoite. [s.l.]: Universal, 1992. 1 DVD (129 min), widescreen anamórfico,
color. Baseado em uma história real. Inclui trailer.
OLIVEIRA, M. C.; MACEDO, P. C. M. Evolução histórica do conceito de
humanização em assistência hospitalar. In: KNOBEL, Elias. Psicologia e
humanização: assistência aos pacientes graves. São Paulo: Atheneu, 2008. p. 173181.
PLAIN LANGUAGE ACTION AND INFORMATION NETWORK. Plain
language: improving communication from the Federal Government to the public.
2011. Disponível em: <http://www.plainlanguage.gov/index.cfm>. Acesso em: 25 out.
2014.
SILVA, F. C. C. Bibliotecários especialistas: guia de especialidades e recursos
informacionais. Brasília: Thesaurus, 2005. 264 p. ISBN 85-7062-499-9
94
SIQUEIRA, E. O paciente informado e seu novo papel. Disponível em:
<http://blogs.estadao.com.br/ethevaldo-siqueira/2010/09/04/o-paciente-informado-eseu-novo-papel/>. Acesso em: 08 maio 2014.
SMITH, C. A. Consumer health information. In: WOOD, M. S. Introduction to health
sciences librarianship.New York: Haworth Press, 2008. p. 429-458.
TÄHKÄ, V. O relacionamento médico-paciente. Porto Alegre: Artes Médicas, 1988.
227 p.
TEXAS CHILDREN HOSPITAL. Pi Beta Phi Library. Disponível em:
<http://www.texaschildrens.org/Plan/Patient-Amenities/Patient-Library/>. Acesso em:
13 jul. 2014.
TIMBÓ, N. V. O controle emocional do bibliotecário facilitando o processo de
comunicação na entrevista de referência. Revista de Educação do Cogeime, São
Paulo, v. 11, n. 21, p.83-89, dez. 2002. Sao Paulo. Disponível em:
<http://www.cogeime.org.br/revista/cap0721.pdf>. Acesso em: 17 jul. 2014.
TINOCO, E. P. S.; MELO, L. S. Biblioterapia. In: ________. Biblioterapia: subsídios
para implantação de projeto. São Paulo, 2012. cap. 4, p. 15-30.
UCSF MEDICAL CENTER AT MOUNT ZION. UCSF Patient library,
California, 2013. Disponível em:
<http://mountzion.ucsfmedicalcenter.org/phl/about.html>. Acesso em: 13 out. 2014.
UHN PRINCESS MARGARET CANCER CENTRE. Patient and Family
Library. Disponível em:
<http://www.theprincessmargaret.ca/en/patientsfamilies/supportservices/pages/pmhpatient-family-library.aspx>. Acesso em: 13 jul. 2014.
ULRICH. Incorporating research into design features. In: MALKIN, Jain. A visual
reference foe evidence-based design. Concord, CA: The Center for Health Design,
2008. 166 p.
UNIVERSITY OF IOWA HEALTH CARE. Patient's library. 2012. Disponível em:
<http://www.uihealthcare.org/patientlibrary/>. Acesso em: 12 out. 2014.
95
VASCONCELOS, T. Trabalho sobre acessibilidade da biblioteca da UNICAP é
apresentado no XVII Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias. 2012.
Disponível em: <http://www.unicap.br/assecom1/?p=33703>. Acesso em: 02 out.
2014.
VIEGAS, D. Humanização hospitalar. In: ________. Brinquedoteca hospitalar: isto
é humanização. Rio de Janeiro: Wak Ed, 2007. p. 47-52.
VULPES. Processo de referência: Grogan. 2012. Disponível em:
<http://mrvulpes.wordpress.com/2012/11/26/processo-de-referencia-grogan/>.
Acesso em: 12 out. 2014.
WEST PARK HOSPITAL. Park County: library system. Wyoming, 2012. Disponível
em: <http://parkcountylibrary.org/cody/9908-2/>. Acesso em: 26 out. 2014.
WEST PARK HOSPITAL. Planetree classification scheme. Wyoming, 2012.
Disponível em: <http://parkcountylibrary.org/wp-content/uploads/2012/01/PlanetreeGuide.pdf>. Acesso em: 26 out. 2014.
WOLTERS KLUWER HEALTH. UpToDate. Disponível em:
<http://www.uptodate.com/pt/home>. Acesso em: 13 jul. 2014.
WURMAN, R. S. Ansiedade de informação 2: um guia para quem comunica e dá
instruções. São Paulo: Cultura, 2005. 299 p. ISBN 85-293-0096-3 (broch.)
96
Anexo A – Exemplos da Publicação Einstein Saúde
97
98
99
100
101
102
Anexo B – Sistema de Classificação Planetree
Planetree Classification Scheme
REFERENCE
AA
General Reference Works
(Non-medical reference)
EB
First Aid / Emergency Medicine
EC
Radiology
AB
Medical Reference Works
ED
Surgery
AC
Anatomy / Physiology
EE
Rehabilitation Medicine
EF
Caregiving
EG
Complementary Therapies
EH
Biological Therapies / Immunotherapies
HEALTH PROMOTION / DISEASE
PREVENTION
BA
BB
BC
BD
BE
Promotion Health / Preventing
Disease
Nutrition / Food / Weight
Control / Eating Disorders
Fitness / Exercise / Sports
Environmental Health /
Occupational Health
Public Health and Safety
MENTAL HEALTH / MENTAL
DISORDERS
BODY SYSTEMS / DISEASES
FA
General Medicine
FB
Bones / Joints / Muscles
FC
Blood / Lymphatic Systems
CA
Mental Health / Illness
FD
Cardiovascular System
CB
Stress
FE
Cancer
CC
Psycotherapies
FF
Immune System
CD
Mental Disorders
FG
Infection Disease / Disorders
CE
Physical / Emotional Abuse
FH
Eye
CF
Relationships
FI
Ear / Nose / Throat
FJ
Dental Care
MEDICAL TREATMENTS AND
THERAPY
DA
Addictive Behavior
FK
Gastrointestinal System
DB
Substance Abuse
FL
Endocrine System
FM
Nervous System
FN
Respiratory System
COMPLEMENTARY AND
ALTERNATIVE MEDICINE
EA
Drugs
103
FO
Skin / Hair / Nails
FP
Urinary System
Life Stages
GA
GB
HEALTH CARE RIGHTS AND
RESPONSABILITIES
HA
Health Care Rights & Responsabilities
HB
Medical Ethics
Sexuality
Contraception / Family
Planning
HEALTH CARE FIELD
IA
Consumer Health Issues
GC
Fertility / Infertility
IB
Consumer Health Laws
GD
Men’s Health
IC
Health Care Delivery
GE
Women’s Health
ID
Health Careers & Medical Professions
GF
Pregnancy / Child Birth
IE
Perspectives in Health Care
GG
Children’s Health
IF
Health Care Economies
GH
Parenting
GI
Young Adult / Teen Health
JA
Animal Health
GJ
Health for Specific Populations
JB
Animal Behavior Training
GK
Senior Adults
JC
Animal Rights
GL
End of Life / Death
ANIMAL CARE
104
Anexo C – Diretrizes para Propostas de Atividades
As sugestões abaixo são apontamentos para a realização de atividades que
devem ser adaptadas para execução in loco ou eletronicamente, no site ou,
eventualmente, em um blog da biblioteca.
1. Health Information
Publicações desenvolvidas com especialistas. Pode-se criar um catálogo
especial com as publicações.
 Tópicos
- Temas por área de interesse (Desenvolvido por especialistas). Temas
desenvolvidos respeitando os seguintes tópicos:
+ Informações básicas da doença;
+ Diagnosticando a doença;
+ Prevenção e controle;
+ Tratamentos;
+ Cuidados diários;
+ Como lidar com a situação;
+ Suportes básicos
2. Encontro com o especialista
Especialista convidado uma vez por mês para tratar de temas da atualidade,
avanços em saúde, tratamentos e medicamentos.
105
3. TV Saúde
Materiais produzidos ou adquiridos para serem exibidos na biblioteca e
disponibilizados para empréstimo.
4. Puzzles e Quiz
Atividades para teste de conhecimento. Perguntas a serem assinaladas
como “Verdadeiro” ou “Falso”, com links para orientação básica.
Primeiros temas a serem tratados:
 Próstata;
 Infecções
 Mama;
 Medicamentos;
 Pele;
 Diabetes;
 Colesterol;
 Hipertensão
 Alcoolismo;
 Depressão;
 Alzheimer;
 Gravidez;
 Doenças
 Peso e massa corpórea;
cardiovasculares;
Deve-se também planejar atividades para o público infantil com jogos e
brinquedos educativos. Podem ser realizadas atividades de mediação de leitura e
dramatizações com as crianças.
5. Serviço de orientação básica
Uma seção especial sobre fitness e bem-estar. Pode ser desenvolvida para
orientar os visitantes que procuram uma mudança e melhoria na qualidade de vida
por meio da prática esportiva. O material deve conter basicamente:
106
 Informações básicas sobre exercícios;
 Artigos sobre saúde e exercício;
 Slide shows;
 Informações sobre cálculos de batimentos cardíacos;
 Dietas complementares;
 Lesões no esporte
- Condicionamento e prevenção de lesões
6. Espaço Minha História
Coletânea de depoimentos dos visitantes. Pode haver uma versão impressa
e uma online, onde o visitante pode postar eletronicamente uma foto (se desejar) e
sua história.
107
Apêndice A – Sugestão para Composição de Acervo. Lista de Referências
Livros
ABDO, E. I. No país dos carequinhas. São Paulo: Nippak Graphics, 2012.
ADAMS, C. A. Deus nos criou um a um: Como identificar preconceitos e celebrar
as diferenças. São Paulo: Paulus, 2011. 32 p. Ilustrações de R. W. Alley.
ADAMS, C.; BUTCH, R. J. Gosto de ser como sou. São Paulo: Paulus, 2002. 32 p.
Ilustrações de R. W. Alley.
ADDOR, F. O Doce Vôo da Juventude. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007. 256 p.
AGUSTONI, D. Harmonize Seu Sistema Craniossacral: toques suaves para a
saúde e o bem-estar. São Paulo: Summus, 2013. 152 p.
ALLEY, R. W. Como fazer de um dia chato algo espetacular: Um guia para as
crianças enfrentarem o desânimo. São Paulo: Paulus, 2007. 32 p. Ilustrações de R.
W. Alley.
ALLEY, R. W. Irmãos ciumentos, irmãs egoístas: Dicas para enfrentar a rivalidade
entre os irmãos. São Paulo: Paulus, 2007. 32 p. Ilustrações de R. W. Alley.
ANDERSON, N. B. Longevidade emocional. Rio de Janeiro: Best Seller Ltda, 2005.
322 p.
ARATANGY, L. R. Sexualidade: a difícil arte do reencontro. 8. ed. São Paulo: Ática,
2001. 104 p.
ASSIS, M. O Alienista: Conforme a Nova Ortografia. São Paulo: Saraiva, 2007. 108
p.
ASSOCIAÇÃO PROTECTORA DOS DIABÉTICOS DE PORTUGAL. Pé
diabético: caminhando para um futuro melhor. Lisboa: Lidel, 2010. 134 p.
108
AUER, J. Diga NÃO às drogas e ao álcool: Um guia para as crianças. 3. ed. São
Paulo: Paulus, 2008. 32 p. Ilustrações de R. W. Alley.
AUER, J. Resistindo à pressão dos colegas: Um guia para ser você de verdade.
São Paulo: Paulus, 2004. 32 p. Ilustrações de R. W. Alley.
AZEVEDO, C. G. M. Laços de Amizade: as primaveras de uma vida. Rio de
Janeiro: Multifoco, 2011. 210 p.
BACCI, I. Livre-se Facilmente da Dor Crônica: técnicas simples de autocura da
dor. São Paulo: Cultrix, 2007. 224 p.
BAILEY, C. 100 receitas saudáveis: Pratos com baixo teor de sal. São Paulo:
Publifolha, 2009. 144 p.
BARROS, N. Entendendo a dor. Rio Grande do Sul: Artmed, 2014. 136 p.
BASSOUL, E.; A mesa em paz com 32 variações sobre um só tema. Rio de
Janeiro: Vieira & Lent, 2004. 168 p.
BERENSTEIN, E. A Tensão pré-menstrual e o tempo para mudanças. 2. ed. São
Paulo: Gente, 1995. 130 p.
BERNARDES, H. As fontes da longevidade. 5. ed. São Paulo: Planeta, 2010. 240
p.
BERNARDES, H. Chique é Ser Saudável: o prazer de uma alimentaçao sem culpa.
São Paulo: Academia, 2011. 192 p.
BERNARDES, H. De olho na saúde. São Paulo: Hlb, 2005. 184 p.
BERNARDES, H. Joias Raras da Saúde: um guia de terapias para um novo estilo
de vida. São Paulo: Planeta do Brasil, 2014. 176 p.
BERNARDES, H. Você e o seu sangue. São Paulo: Planeta do Brasil, 2012. 144 p.
109
BIANCHI, S.; JACQUES, H. Receitas simpática para doenças antipáticas. São
Paulo: Senac, 2006. 352 p.
BIFULCO, V. A.; FERNANDES JUNIOR, H. J. Câncer: uma visão multiprofissional.
2. ed. São Paulo: Manole, 2014. 580 p.
BLOUNT, T. Pilates básico. São Paulo: Manole, 2006. 128 p.
BONI, R. C.; DEGAN, V. V. Mamadeira e Chupeta: esclareça todas as suas
dúvidas. São Paulo: Manole, 2007. 53 p.
BONTEMPO, M. A Saúde da Água para o Vinho. 2. ed. Goiás: Thesaurus, 2012.
224 p.
BORGES, K. N. Sabor com saúde: um guia de alimentação vegetariana. São
Paulo: Ground, 2003. 224 p.
BOTTURA JUNIOR, W. O Que você deve saber sobre filhos saudáveis. São
Paulo: Poolprint, 1993. 142 p.
BOWEN, J. Um Gato de Rua Chamado Bob: a história da amizade entre um
homem e seu gato. São Paulo: Novo Conceito, 2013. 240 p.
BRADBURY, T.; KARNEY, B. Casais inteligentes emagrecem juntos. Rio de
Janeiro: Best Seller Ltda, 2014. 336 p.
BRANQUINHO, F. Poder das Ervas: na sabedoria popular e no saber científico. Rio
de Janeiro: Mauad, 2007. 156 p.
BREINBAUER, C.; MADDALENO, M. Jovens: escolhas e mudanças: promovendo
comportamentos saudáveis em adolescentes. São Paulo: Roca, 2011. 344 p.
BREINHOLST, W. Oi mamãe! Oi papai! São Paulo: Martins Fontes, 1984. 112 p.
BRETON, S. Depressão: esclarecendo suas dúvidas. São Paulo: Agora, 2000. 136
p.
110
BREWER, S. Como conviver com a hipertensão: saiba como controlar a pressão
alta com exercícios, alimentação equilibrada e métodos alternativos. São Paulo:
Publifolha, 2009. 180 p.
BROWN, R. M. De Bem com a Vida Depois dos 40. São Paulo: Verus, 2008. 111
p.
BUZAID, A. C.; VARELLA, D.; MALUF, F. C. Vencer o câncer. São Paulo: Jefte,
2014. 512 p.
CABRAL, P. Quem disse que comer engorda? São Paulo: Matrix, 2007. 136 p.
CAETANO N. Guia do Paciente: guia de remédios em linguagem clara.
2 ed., BPR, 1997.
CAIRO, C. A Cura pela meditação. 2. ed. São Paulo: Barany, 2014. 160 p.
Acompanha Cd-Room.
CALAIS-GERMAIN, B.; PARE, N. V. A Pelve Feminina e o Parto. São Paulo:
Manole, 2013. 176 p.
CAMARGO, B. A Criança com Câncer: o que devemos saber ?. Rio Grande do
Norte: Comunique, 2003. 129 p.
CAMARGO, J. A.; MAGALHÃES, M. Não é coisa da sua cabeça: o que você
precisa fazer sobre ansiedade, depressão e outros transtornos emocionais que
atingem uma em cada três pessoas. Minas Gerais: Gutenberg, 2012. 320 p.
CAMBIAGHI, A. S. Fertilidade é assunto sério: cuide, proteja e preserve. São
Paulo: La Vida Press, 2008. 124 p.
CAMPOS, V. O que Se Deve Ensinar aos Filhos. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
118 p.
CARAKUSHANSKY, G. Eu posso ter um bebê normal? Rio de Janeiro: Imago,
2000. 172 p.
CARDIM, J. P. Vencendo a Dificuldade de Engravidar. São Paulo: Cultrix, 2009.
168 p.
111
CARROL, A. E.; NETTO, M. S. M.; VREEMAN, R. C. Não Engula o Chiclete: mitos,
meias verdades e mentiras descaradas sobre o corpo e a saúde. Rio de Janeiro:
Martins Fontes, 2009. 232 p.
CARVALHO, M. C. O Cigarro. São Paulo: Publifolha, 2001. 88 p.
CARVALHO, V. D. Nó no Peito: ressignificação da linguagem na relação
multiprofissional da saúde. São Paulo: Desatino, 2012. 244 p.
CARY, S. The alcoholic man: what you can learn from the heroic journeys of
recovering alcoholics. 2. ed. New York: Mcgraw-hill, 1992. 320 p.
CASTILHO, L. N. Doutor, É Câncer? São Paulo: Hagnos, 2010. 88 p.
CASTRUCCI, C. A. Você me viu por aí?: a busca da identidade depois do câncer.
São Paulo: Prata, 2013. 168 p.
CAVE, S.; FERTLEMAN, C. Brincadeiras criativas para bebês inteligentes. São
Paulo: Coquetel, 2010. 96 p.
CERVONE, E. B. C. Estou gordinha, e agora?: uma forma prática de trabalhar com
a obesidade. São Paulo: All Print, 2008. 52 p.
CHACE, D.; MAUREEN, K. The What to Eat if You Have Cancer: cookbook. New
York: Mcgraw-hill, 1997. 176 p.
CHALLACOMBE, F.; OLDFIELD, V. B.; SALKOVISKIS, P. M. Break free from
OCD: overcoming obsessive compulsive disorder with CBT. London: Vermilion,
2011. 304 p.
CHAN, P. Vença a dor: tratamento simples para acabar com as principais dores que
nos aflingem. 9. ed. Rio de Janeiro: Nova Era, 2007. 219 p.
CHASHELL, B. Estresse engorda: mude seus hábitos e tenha uma mente e corpo
saudável. Rio de Janeiro: Agir, 2010. 268 p.
CHEUNG, T. A Dieta da Menopausa. Rio de Janeiro: Best Seller Ltda, 2009. 320 p.
CHEVALIER-MARTINELLI, C. Convivendo com o Câncer. São Paulo: Larousse
Brasil, 2006. 160 p.
112
CIGNACHI, S.; KALIL, C. L. P. V. Como eu cuido?: lábios. São Paulo: Ac
Farmacéutica, 2014. 55 p.
CLAYTON, D. Como Ser Saudável sem Ser um Chato!: uma dieta para pessoas
como você. Rio de Janeiro: Campus, 2006. 200 p.
COSENDEY, C. H. A.; POTTER, J. F. Como aumentar suas chances contra o
câncer: evitando o desenvolvimento de uma doença potencialmente fatal. São
Paulo: Madras, 1999. 220 p.
COSTA, J. W. Trajetória. São Paulo: Manole, 2010. 106 p.
COUTINHO, E. Vivendo sem regras e sem TPM. São Paulo: Landscape, 2007. 237
p.
CRUZ, M. A. S. Receitas para Todos: economia doméstica em tempos de crise. Rio
de Janeiro: Atheneu, 2009. 183 p.
CURY, A. Ansiedade: como enfrentar o mal do século. São Paulo: Saraiva, 2013.
160 p.
CWYNAR, E. A Solução Para a Sua Fadiga. Rio de Janeiro: Lumen, 2012. 431 p.
DAGES, J. G. Aprendendo sobre virtudes: Um manual para se tomar boas
decisões. São Paulo: Paulus, 2011. 32 p. Ilustrações de R. W. Alley.
DAHLKE, R. Meditação Orientada: viagens de descoberta do eu interior. São
Paulo: Cultrix, 2007. 272 p.
DAHLKE, R. O Sono como caminho: dormir bem para viver bem. São Paulo:
Cultrix, 2008. 248 p.
DÂMASO, A.; GANEN, A. P.; TOCK, L. R. Emagrecer Com Prazer: pequenas
mudanças, resultados duradouros. Rio de Janeiro: Rubio, 2014. 64 p.
DAVIS, B.; MELINA, V. 100% vegetariano: O guia essencial para uma alimentação
saudável e ecologicamente correta. São Paulo: Cultrix, 2012. 384 p.
113
DAVIS, M.; ESHELMAN, E. R.; MCKAY, M. The relaxation and stress reduction
workbook. 6. ed. Oakland: New Harbinger Publications, 2008. 392 p.
DEBBIE, H.; WATTERS, E. Aonde Foi Parar o Cabelo de Mamãe?: a jornada de
uma família no combate ao câncer. São Paulo: Callis, 2006. 39 p.
DEUTSCH, A. D.; DORNAUS, M. F. P. S.; Waksman, R. D. (Coord.). O bebê
prematuro: tudo o que os pais precisam saber. Barueri: Manole, 2013. 356 p.
Vários colaboradores.
DOLORES, M. Mãe de dois: como colocar em prática um megaprojeto e ter um
bebê - sem perder o humor e a lucidez. Rio de Janeiro: José Olympio, 2011. 264 p.
DONATELLI, S. Massagem para gestantes. São Paulo: Ícone, 2013. 111 p.
DOWNING-ORR, K. Vencendo A Fadiga Crônica: seu guia passo a passo para o
restabelecimento completo. São Paulo: Summus, 2011. 240 p.
DUARTE, M.; NOGUEIRA, W. O Livro dos Segundos Socorros. São Paulo: Panda
Books, 2011. 40 p.
EISENBERG, A.; HATHAWAY, S.; MURKOFF, H. O Que Esperar Quando Você
Está Esperando. Rio de Janeiro: Record, 2012. 784 p.
ENGELHARDT, L. O. Deus é meu amigo: Um guia infantil em direção a Deus. São
Paulo: Paulus, 2004. 32 p. Ilustrações de R. W. Alley.
ENGELHARDT, L. O. O que é certo e o que é errado? São Paulo: Paulus, 2002. 32
p. Ilustrações de R. W. Alley.
F., C. Eu, Christiane F.: 13 anos, drogada, prostituída. Rio de Janeiro: Bestbolso,
2012. 318 p.
FALKENHAIN, J. M. Eu não quero ir à igreja!: Da rejeição à celebração. São
Paulo: Paulus, 2011. 32 p. Ilustrações de R. W. Alley.
FERRARI, C.; HERZBERG, V. Tenho câncer, e agora?: enfrentando o câncer sem
medos ou fantasias. Minas Gerais: Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica, 2011.
110 p.
114
FERREIRA, A. C. Lesão cerebral: superando os obstáculos do dia a dia. Rio de
Janeiro: Litteris, 2009. 112 p.
FERREIRA, O. S. Conversando Com o Pediatra. São Paulo: Escrituras, 2013. 768
p.
FLORES, F. Quimioterapia e Beleza. São Paulo: Geração, 2013. 196 p.
FRASER, M. Autoterapia para a gagueira. São Paulo: Manole, 2009. 164 p.
FREITAS, E. M.; MOREIRA, T. F. A Poesia do Sexo. São Paulo: Realejo, 2009. 127
p.
FREITAS, L. A. P. Adolescência, família e drogas: a função paterna e a questão
dos limites. Rio de Janeiro: Mauad, 2002. 103 p.
FURTADO, E. Atraído pelo Amor. Rio de Janeiro: Hama, 2009. 192 p.
FURTADO, E. Câncer: sentença ou renovação?. Rio de Janeiro: Hama, 2008. 206
p.
GARGIONI, R. C. V. Vovó, socorro!: agora quero as suas comidinhas. São Paulo:
Jefte, 2013. 92 p.
GELSEN, C. Meu corpo é especial: Um guia para que a família converse sobre
abuso sexual. São Paulo: Paulus, 2007. 32 p. Ilustrações de R. W. Alley.
GIDON, P. Dor nas costas. São Paulo: Larousse Brasil, 2005. 128 p.
GIULIANO, F. Viagra e a terapia da sexualidade. Rio de Janeiro: Presença, 1998.
104 p.
GOCKEL, R. Finalmente livre da compulsão alimentar. São Paulo: Pensamento,
1999. 175 p.
115
GONÇALVES, R. P. Envelhecer bem: recriando o cotidiano. São Paulo: Aquariana,
2010. 152 p.
GORIN, I. Sem Medo de Saber: a importância do diagnóstico precoce do câncer.
Rio de Janeiro: Sextante, 2007. 272 p.
GORINCHTEYN, J. Sexo e AIDS depois dos 50. São Paulo: Ícone, 2010. 128 p.
GOTTSCHALL, C. A. M. O Sopro da Alma e a Bomba da Vida. Rio Grande do Sul:
Age, 2000. 182 p.
GREEN, J. A Culpa é das estrelas. Rio de Janeiro: Intrinseca, 2012. 288 p.
GREEN, W. 50 Coisas Que Você Pode Fazer Para Combater a Insônia. São
Paulo: Larousse Brasil, 2011. 144 p.
GREEN, W. 50 coisas que você pode fazer para controlar a ansiedade. São
Paulo: Lafonte, 2012. 162 p.
GRINFELD, H. Pais, Mães & Cia: uma coletânea de histórias e informações sobre
recém-nascidos e a primeira-infância. 2. ed. São Paulo: Yume, 2013. 128 p.
GRIPPO, D. Jogo limpo, diversão garantida: Um guia infantil para esportes e
jogos. São Paulo: Paulus, 2005. 32 p. Ilustrações de R. W. Alley.
GRIPPO, D. Quando mamãe ou papai morre: Um livro para consolar as crianças.
São Paulo: Paulus, 2009. 32 p. Ilustrações de R. W. Alley.
GROOPMAN, J. Como os Médicos Pensam. Rio de Janeiro: Agir, 2008. 320 p.
GRUPO BRASILEIRO DE ESTUDOS DO CÂNCER DE MAMA. Tudo o que você
sempre quis saber sobre o câncer de mama. São Paulo: Manole, 2013. 214 p.
HALPERN, A. Abaixo o regime! Rio de Janeiro: Best Seller Ltda, 2008. 160 p.
116
HELLER, B. L. Boa Noite! Livre-se da Insônia: 250 maneiras simples e naturais
para você dormir bem. São Paulo: Edipro, 2012. 192 p.
HILLS, M. Como Curar a Artrite: e viver sem medicamentos. São Paulo: Cultrix,
2004. 102 p.
HIRSCH, S. Atchiiim! Rio de Janeiro: Mauad, 2005. 160 p.
HIRSCH, S. Deixa sair. 6. ed. Rio de Janeiro: Correcotia, 1996. 176 p.
HIRSCH, S. Mamãe Eu Quero: guia prático para alimentar os bebês. 2. ed. Rio de
Janeiro: Correcotia, 1998. 128 p.
HIRSCH, S. Sem açúcar, com afeto. São Paulo: Correcotia, 2008. 24 p.
HOGAN, B. An introduction to coping with phobias. London: Robinson
Publishing, 2007. 32 p.
HOGG, T. Encantadora de Bebês Resolve Todos os seus Problemas. São Paulo:
Manole, 2006. 408 p.
HOLICK, M. Vitamina D: como um tratamento tão simples pode reverter doenças
tão importantes. Rio de Janeiro: Fundamento, 2012. 352 p.
HUMMEL, G. S. Epatient: a odisséia digital do paciente em busca da saúde. São
Paulo: Sts, 2008. 327 p.
INGHAM, C. Panic Attacks: What they are, why they happen and what you can
do about them. California: Thorsons, 2000. 208 p.
JACKSON, J. S. A família em primeiro lugar: Guia da criança. São Paulo: Paulus,
2005. 32 p. Ilustrações de R. W. Alley.
JACKSON, J. S. A timidez não é um problema: Como transformar a introversão
em algo positivo. 3. ed. São Paulo: Paulus, 2007. 32 p. Ilustrações de R. W. Alley.
117
JACKSON, J. S. Divirta-se com segurança: Um manual para que as crianças
permaneçam saudáveis, felizes e seguras. São Paulo: Paulus, 2009. 32 p.
Ilustrações de R. W. Alley.
MUNDY, M. Dizendo adeus... Dizendo olá...: Quando sua família está de mudança.
São Paulo: Paulus, 2006. 32 p. Ilustrações de R. W. Alley.
JACKSON, J. S. Entrar em forma pode ser divertido!: Um guia para escolhas
saudáveis. São Paulo: Paulus, 2012. 32 p. Ilustrações de R. W. Alley.
JANA, L. A.; SHU, J. Voltando Para Casa Com Seu Bebê: do nascimento à
realidade. São Paulo: Martins Fontes, 2010. 340 p.
JANOTTI, M. Força na Peruca: tragédias e comédias de um câncer. São Paulo:
Matrix, 2008. 184 p.
JOFFE, V. Um Dia na Vida de um Adulto com Tda/h. 2. ed. São Paulo: Lemos,
2007. 80 p.
JOYCE, R. A Improvável Jornada de Harold Fry. Rio de Janeiro: Suma de Letras,
2013. 248 p.
K., J. R. Deu positivo! São Paulo: Aleph, 2012. 101 p.
KALIKS, R.; HOLTZ, L.; GIGLIO, A. Paciente Com Câncer: um guia para quem
acabou de receber o diagnóstico. São Paulo: Manole, 2012. 82 p.
KAPIM, G. Socorro! Meu filho come mal. São Paulo: Leya, 2014. 104 p.
KARNIOL, I G. Como enfrentar a insônia. São Paulo: Ícone, 1986. 72 p.
KAYE, P. Lidando com o diabetes na infância e na adolescência. São Paulo:
Galenus, 2011. 123 p.
KINGSOLVER, B. O Mundo É o que Você Come. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,
2008. 480 p.
118
KITO, A. Um Litro de Lágrimas: diário da garota Aya e sua luta contra uma doença
incurável. São Paulo: New Pop, 2013. 200 p.
KUBLER-ROSS, E. Sobre a Morte e o Morrer. 9. ed. São Paulo: Martins Fontes,
2008. 295 p.
LAMARE, R. A Vida do Bebê. 43. ed. Rio de Janeiro: Agir, 2014. 800 p.
LEAHY, R. L. The Worry Cure: stop worrying and start living. 2. ed. Merseyside:
Piatkus, 2006. 416 p.
LEAL, S. Por uma Vida Inteira. Rio de Janeiro: Sylvia Leal, 2000. 288 p.
LÉO. Viver com HIV. São Paulo: Loyola, 2001. 155 p.
LESHAN, L. O Câncer como Ponto de Mutação. 3. ed. São Paulo: Summus, 1992.
200 p.
LEWIS, A. Quando alguém que você ama está com câncer: Um guia para ajudar
as crianças. São Paulo: Paulus, 2006. 32 p. Ilustrações de R. W. Alley.
LOKRA, P. 365 dias de saúde. Santa Catarina: Eko, 2009. 128 p.
LUCCHESE, F. Viajando com saúde. Rio Grande do Sul: L±, 2003. 207 p.
LUDWIG, D.; ROSTLER, S. Você precisa comer melhor1. Rio de Janeiro: Best
Seller, 2009. 350 p
LUENGO, B. L.; CHÁVARRI, C. U. Como Dormir Melhor: dicas para combater a
insônia. São Paulo: Madras, 2007. 88 p.
LUPI, O. Doutor, eu tenho...: câncer de pele. São Paulo: Ac Farmacéutica, 2013.
102 p.
LUPI, O. Doutor, eu tenho...: caspa. Rio de Janeiro: Ac Farmacêutica, 2011.
119
LUPI, O. Doutor, eu tenho...: dermatite atópica. Rio de Janeiro: Ac Farmacêutica,
2011.
LUPI, O. Doutor, eu tenho...: espinha. Rio de Janeiro: Ac Farmacêutica, 2011.
LUPI, O. Doutor, eu tenho...: foliculite. Rio de Janeiro: Ac Farmacêutica, 2011.
LUPI, O. Doutor, eu tenho...: herpes. São Paulo: Ac Farmacéutica, 2013. 112 p.
LUPI, O. Doutor, eu tenho...: muito suor. Rio de Janeiro: Ac Farmacêutica, 2011.
LUPI, O. Doutor, Eu Tenho...: pintas. São Paulo: Ac Farmacéutica, 2012. 101 p.
LUPI, O. Doutor, eu tenho...: piolho!. São Paulo: Ac Farmacéutica, 2014. 73 p.
LUPI, O. Doutor, eu tenho...: rinite alérgica. Rio de Janeiro: Ac Farmacêutica, 2011.
LUPI, O. Doutor, eu tenho...: zóster. Rio de Janeiro: Ac Farmacêutica, 2011.
LUPI, O. Doutor, Eu Tenho: micoses. São Paulo: Ac Farmacéutica, 2013. 110 p.
MACFARLANE, A.; MACFARLANE, M.; RPBSON, P. Que Droga é Essa?: a
verdade sobre as drogas e seus efeitos. São Paulo: Editora 34, 2003. 198 p.
MACHADO, R. E. S. Eu Tenho Síndrome de Down. Santa Catarina: Bicho Esperto,
2012. 16 p.
MALULY, I. Cadê seu peito, mamãe? Rio de Janeiro: Escrita Fina Edições, 2010.
40 p.
MASSUMOTO, C. Como viver em harmonia com o câncer. São Paulo: Cultrix,
2012. 117 p.
120
MATTOS, R. Sobrevivendo Ao Estigma da Gordura. São Paulo: Vetor, 2012. 204
p.
MAY, R. O Homem a procura de si mesmo. 28. ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2002.
232 p.
MCGRATH, T. Quando você está doente ou internado: Ajuda para curar crianças.
São Paulo: Paulus, 2004. 32 p. Ilustrações de R. W. Alley.
MCMANUS, K.; RAND, V. Comer Bem para Baixar o Colesterol: o poder dos
alimentos na proteção de sua saúde. São Paulo: Celebris, 2010. 320 p.
MECKERT, C. Deu Positivo: e agora doutor?. Rio de Janeiro: Wak, 2009. 176 p.
MEDEIROS, G. Tudo que Você Gostaria de Saber sobre o Câncer de
Tireoide. São Paulo: Laramara, 2005. 169 p.
MEEKER, M. Os 10 Hábitos das Mães Felizes. Rio de Janeiro: Vida Melhor
Editora, 2012. 296 p.
MEEUS, C. Segredos de pilates. São Paulo: Evergreen, 2007. 224 p.
MENENDEZ-APONTE, E. Quando os pais se separam: Uma terapia para a
criança. São Paulo: Paulus, 2002. 32 p. Ilustrações de R. W. Alley.
MENENDEZ-APONTE, E. Um novo bebê está chegando!: Um guia para o irmão e
a irmã mais velhos. 4. ed. São Paulo: Paulus, 2006. 32 p. Ilustrações de R. W. Alley.
MILSZTAJN, R. A História dos seios. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2010. 57 p.
MORROW, C. A. Perdoar: É melhor para seu coração. São Paulo: Paulus, 2004. 32
p. Ilustrações de R. W. Alley.
MUKHERJEE, S. O Imperador de Todos Os Males: uma biografia do câncer. São
Paulo: Companhia das Letras, 2012. 648 p.
121
MULDOON, K. M. Sim, eu posso!: Um guia para as crianças lidarem com as
limitações físicas. São Paulo: Paulus, 2011. 32 p. Ilustrações de R. W. Alley.
MUNDY, M. Chega de estresse! 3 ed. São Paulo: Paulus, 2002. 32 p. Ilustrações
de R. W. Alley.
MUNDY, M. Ficar com raiva não é ruim: Um livro infantil sobre a raiva. São Paulo:
Paulus, 2001. 32 p. Ilustrações de R. W. Alley.
MUNDY, M. Ficar triste não é ruim: Como uma criança pode enfrentar uma
situação de perda. São Paulo: Paulus, 2001. 32 p. Ilustrações de R. W. Alley.
MUNDY, M. Livro de orações para todas as suas preocupações. São Paulo:
Paulus, 2005. 32 p. Ilustrações de R. W. Alley.
MUNDY, M. O que acontece quando alguém morre?: Um guia para as crianças
lidarem com a morte e os funerais. São Paulo: Paulus, 2011. 32 p. Ilustrações de R.
W. Alley.
MUNDY, M. Tornando a escola legal: Um guia infantil para superar conflitos
escolares. São Paulo: Paulus, 2004. 32 p. Ilustrações de R. W. Alley.
MUNDY, M. Uma criança gentil: Um livro sobre o que você e sua bondade podem
fazer!. São Paulo: Paulus, 2009. 32 p. Ilustrações de R. W. Alley.
MUNRO, A. Felicidade Demais. São Paulo: Companhia das Letras, 2010. 344 p.
Tradução de Alexandre Barbosa de Souza.
MYERS, I. B.; MYERS, P. B. Ser humano é ser diferente: valorizando as pessoas
por seus dons especiais. São Paulo: Gente, 1997. 267 p.
NOBREGA, F. J. O que você quer saber sobre Nutrição: Perguntas e respostas
comentadas. São Paulo: Manole, 2008. 528 p.
O'KEEFE, S. H. Seja a estrela que você é!: Um liivro para crianças que se sentem
diferentes. São Paulo: Paulus, 2005. 32 p. Ilustrações de R. W. Alley.
122
OLIVEIRA, F. G. Bebê a Bordo: guia para curtir a gravidez a dois. 2. ed. São Paulo:
Matrix, 2011. 134 p.
OLIVEIRA, J. T. G. Cozinhe para emagrecer. São Paulo: Claridade, 2011. 120 p.
OLIVEIRA, M.; GUAZZELLI, M. Guia do pré-natal. São Paulo: Yendis, 2009. 168 p.
OLIVEIRA, W. Depressão e Autoconhecimento: como extrair preciosas lições
dessa dor. Minas Gerais: Dufaux, 2012. 235 p.
OLSZEWER, E. Como vencer a batalha contra o envelhecimento. São Paulo:
Ícone, 2005. 159 p.
OMARTIAN, S. O Segredo da saúde total. São Paulo: Mundo Cristão, 2008. 247 p.
O'NEAL, T. Preparando-se para o Natal!: Um guia para que as crianças tenham
um Tempo de Graça. São Paulo: Paulus, 2007. 32 p. Ilustrações de R. W. Alley.
O'NEAL, T. Quando coisas ruins acontecem: Um guia para ajudar as crianças a
enfrentá-las. 2. ed. São Paulo: Paulus, 2004. 32 p. Ilustrações de R. W. Alley.
O'NEAL, T; O'NEAL, J. Respeito é bom e faz bem. São Paulo: Paulus, 2002. 32 p.
Ilustrações de R. W. Alley.
OPPERMANN, C. P. Entendendo o câncer. Rio Grande do Sul: Artmed, 2014. 96 p.
ORBACH, S. Sobre a comida: reaprenda a comer e mude sua vida. Rio de Janeiro:
Record, 2003. 128 p.
OUTERIRAL, J. Adultecer: A dor e o prazer de tornar-se adulto. Rio de Janeiro:
Revinter, 2008. 264 p.
OWEN, S. 100 receitas de saúde: Alimentos para Quem Pratica Atividades Físicas.
São Paulo: Publifolha, 2010. 128 p.
123
PACHELLI, L.; TOPCZEWSKI, A. Xixi na cama nunca mais!: saiba o que é mito e o
que é verdade e aprenda a lidar com a enurese. São Paulo: Edições Inteligentes,
2005. 96 p.
PAI, M. M. Porque crianças não vêm com manual de instrução. São Paulo:
Martinari, 2003. 94 p.
PAIVA, V. Em tempos de AIDS. 2. ed. São Paulo: Summus, 1992. 216 p.
PAULO, M. C. Câncer: o lado invisível da doença. Santa Catarina: Insular, 2004.
111 p.
PENA, C. G. Enfrentando o câncer: cuidados com a imagem pessoal. São Paulo:
Senac, 2013. 140 p.
PEREGRINO, M. Verdades e mentiras sobre doenças. São Paulo: Dendrix, 2005.
262 p.
PERES, M. Dor de cabeça: o que ela quer com você?. São Paulo: Integrare, 2008.
168 p.
PÉREZ, C. G. S. Beleza Sustentável: como pensar, agir e permanecer jovem. São
Paulo: Integrare, 2010. 216 p.
PETKOVA, M. Ginástica facial isométrica: mantenha a juventude de seu rosto.
São Paulo: Agora, 2000. 80 p.
PILLAY, S. S. Livre para viver: 7 lições para vencer o medo, o estresse e a
ansiedade. Rio de Janeiro: Fontanar, 2012. 279 p.
POLESSA, L. Entre Nós: Luiza Polessa. Rio de Janeiro: Best Seller Ltda, 2008. 176
p.
PRUDENCIO, R. M. A. Câncer de Mama: vitória de mãos e mentes. São Paulo:
Totalidade, 2008. 184 p.
PURVES, L. Como não criar um filho perfeito. São Paulo: Publifolha, 2004. 190 p.
124
RAFFAELLI JÚNIOR, E.; MARTINS, O. J. Dor de cabeça. Rio de Janeiro:
Prestígio, 2005. 118 p.
RAMOS, S. et al. Entendendo as doenças cardiovasculares. Rio Grande do Sul:
Artmed, 2014. 104 p.
REFOSCO, C. A bela amolecida. Porto Alegre: Escritos, 2012. 19 p. (Era uma vez
um conto de fadas inclusivo). Texto e ilustrações de Cristiano Refosco.
REFOSCO, C. Pinóquio das muletinhas. Porto Alegre: Escritos, 2012. 19 p. (Era
uma vez um conto de fadas inclusivo). Texto e ilustrações de Cristiano Refosco.
REFOSCO, C. Cinderela sem pé. Porto Alegre: Escritos, 2012. 19 p. (Era uma vez
um conto de fadas inclusivo). Texto e ilustrações de Cristiano Refosco.
REFOSCO, C. Aladown e a lâmpada maravilhosa. Porto Alegre: Escritos, 2012. 19
p. (Era uma vez um conto de fadas inclusivo). Texto e ilustrações de Cristiano
Refosco.
REFOSCO, C. Alice no país da inclusão. Porto Alegre: Escritos, 2012. 19 p. (Era
uma vez um conto de fadas inclusivo). Texto e ilustrações de Cristiano Refosco.
REFOSCO, C. Branca cega de neve. Porto Alegre: Escritos, 2012. 19 p. (Era uma
vez um conto de fadas inclusivo). Texto e ilustrações de Cristiano Refosco.
REFOSCO, C. Chapeuzinho da cadeirinha de rodas vermelha. Porto Alegre:
Escritos, 2012. 19 p. (Era uma vez um conto de fadas inclusivo). Texto e ilustrações
de Cristiano Refosco.
REFOSCO, C. Cócegas na floresta João e Maria. Porto Alegre: Escritos, 2012. 19
p. (Era uma vez um conto de fadas inclusivo). Texto e ilustrações de Cristiano
Refosco.
REFOSCO, C. João sem braços e o pé de feijão. Porto Alegre: Escritos, 2012. 19
p. (Era uma vez um conto de fadas inclusivo). Texto e ilustrações de Cristiano
Refosco.
REFOSCO, C. O pequeno polegar que não conseguia caminhar. Porto Alegre:
Escritos, 2012. 19 p. (Era uma vez um conto de fadas inclusivo). Texto e ilustrações
de Cristiano Refosco.
125
REFOSCO, C. O segredo de Rapunzel. Porto Alegre: Escritos, 2012. 19 p. (Era
uma vez um conto de fadas inclusivo). Texto e ilustrações de Cristiano Refosco.
REIMÃO, R.; VALLE, L. E. R. Segredos do Sono: Sono e Qualidade de Vida. São
Paulo: Tecmedd, 2008. 162 p.
RENNÓ JÚNIOR, J. Mentes Femininas. Rio de Janeiro: Ediouro, 2008. 208 p.
RIBEIRO, M. A. Sexualidade e Câncer: vivência de casais no estágio avançado da
doença. Paraná: Juruá, 2009. 144 p.
RODRIX, J. A Dieta do sim. Rio de Janeiro: Lemos, 2004. 145 p.
ROSENBERG, D. G. Guia prático da mamãe de primeira vez. São Paulo: M
Books, 2004. 292 p.
ROSENFELD, S. Durma bem e acorde para a vida. Rio de Janeiro: Best Seller
Ltda, 2010. 176 p.
ROTH, G. Liberte-se da fome emocional. Rio de Janeiro: Lua de Papel, 2011. 254
p.
RUBIN, C. Não Seja Vitima dos seus Filhos. São Paulo: Summus, 1999. 146 p.
RYAN, V. Quando seu animal de estimação morre: Manual de ajuda para
crianças. São Paulo: Paulus, 2004. 32 p. Ilustrações de R. W. Alley.
RYAN, V. Quando seus avós morrem: Um guia infantil para o pesar. São Paulo:
Paulus, 2004. 32 p. Ilustrações de R. W. Alley.
SÁ, A. C. Câncer e vida. 3. ed. São Paulo: 3 de Outubro, 2012. 176 p.
126
SÁ, S. Aos Olhos de Um Cego: inclusão e convivência com o deficiente visual. São
Paulo: Sá Editora, 2012. 90 p.
SANCHEZ-OÇANA, R. Nutrição de A a Z. São Paulo: Senac, 2009. 464 p.
SANSOM, I. De a a z: a verdade sobre os bebês. São Paulo: Barracuda, 2004. 319
p.
SANTOS, T. G. Conversando com casais grávidos. São Paulo: Primavera
Editorial, 2013. 148 p.
SARAIVA, J. Abc Dos Ouvidos, Nariz e Garganta: Um Guia Para Pais. São Paulo:
Lidel Zamboni, 2013. 120 p.
SARAMAGO, J. Ensaio Sobre a Cegueira. São Paulo: Companhia das Letras,
1996. 312 p.
SAVIOLI, R. M. Depressão: onde está Deus?. 7. ed. São Paulo: Gaia Brasil, 2004.
171 p.
SAVIOLI, R. M. Milagres que a medicina não contou. 19. ed. São Paulo: Gaia
Brasil, 2004. 155 p.
SCHWARCZ, J. Uma Maçã Por Dia: mitos e verdades sobre os alimentos que
comemos. São Paulo: Zahar, 2008. 308 p.
SECO, P. E. Dengue nunca mais! São Paulo: Melhoramentos, 2008. 16 p.
SEGAL, S. M. Desfazendo Mitos: sexualidade e câncer. São Paulo: Summus, 1994.
112 p.
SERVAN-SCHREIBER, D. Anticâncer. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008. 284 p.
SERVAN-SCHREIBER, D. Podemos Dizer Adeus Mais de Uma Vez. Rio de
Janeiro: Fontanar, 2011. 128 p.
127
SHEFF, D. Querido menino: a jornada de um pai com um filho viciado. São Paulo:
Globo, 2008. 424 p.
SILVA, C. N. Como o Câncer (Des)Estrutura a Família. São Paulo: Annablume,
2000. 272 p.
SILVA, L. F. C. B. Alcoolismo: do cálice que cala à escuta que liberta - o pedido
silencioso de dependentes e abusadores de bebidas alcoólicas no acolhimento de
um caps-ad. Paraná: Juruá, 2011. 256 p.
SILVA, M. A. D. Quem Ama Não Adoece. 43. ed. Rio de Janeiro: Best Seller, 2014.
378 p.
SKELLY, M. Women living with fibromyalgia. Nashville: Hunter House, 2001. 256
p.
SMALL, G. A Ciência da Longevidade. Rio de Janeiro: Agir Equilíbrio, 2008. 352 p.
SMITH, T. Doutor, só uma perguntinha. São Paulo: Jsn, 2007. 168 p.
SNYDERMAN, N. Mitos da Saúde: e 98 verdades que podem melhorar, prolongar e
até salvar sua vida. Rio de Janeiro: Sextante, 2011. 240 p.
SOCIETY, AMERICAN CANCER. Câncer: cuidando do paciente em casa: um guia
para os doentes e seus familiares. São Paulo: Fundação Oncocentro, 1994. 92 p.
SOLOMON, A. O Demônio do Meio-Dia: uma anatomia da depressão. São Paulo:
Companhia das Letras, 2014. 541 p.
SORENSE, S. Você é mais Forte do que o Câncer. São Paulo: Thomas Nelson,
2008. 208 p.
SPECIALI, J. G. Entendendo a enxaqueca. São Paulo: Funpec, 2003. 142 p.
STEIGLEDER, M. Meu Bebê Gourmet. 4. ed. São Paulo: Disal, 2004. 160 p.
STOCKETT, K. A Resposta. Rio de Janeiro: Bertrand, 2010. 574 p.
128
STOPPARD, M. 101 Dicas Essenciais: Mamas: Saúde e Cuidados. Rio de Janeiro:
Ediouro, 1998. 72 p.
SUSANNA JUNIOR, R. Glaucoma: informações essenciais para preservar sua
visão. São Paulo: Mg Editores, 2013. 85 p.
TALLIS, F. Understanding obsessions and compulsions: a self-help manual.
London: Sheldon Press, 1992. 144 p.
TARDELLI, R. O Valor da vida: 10 anos da Agência AIDS. São Paulo: Senac, 2013.
172 p.
TAYLOR, M. Om: pensamentos inspiradores para que cada dia seja pleno de
felicidade, saúde e realização. São Paulo: Academia de Inteligência, 2009. 208 p.
THASE, M. E.; LANG, S. S. Sair da depressão. Rio de Janeiro: Imago, 2005.
THEAU, A. Larousse da gravidez. São Paulo: Lafonte, 2003. 300 p.
THOMPSON, B. Dieta ou Cirurgia ? Rio de Janeiro: Ediouro, 2005. 248 p.
TOLLE, E. O Poder do Agora. 5. ed. Rio de Janeiro: Sextante, 2002. 224 p.
TOLSTÓI, L. A Morte de Ivan Ilitch. São Paulo: Editora 34, 2006. 96 p.
TOPCZEWSKI, A. Aprendizado e suas desabilidades: como lidar?. 3. ed. São
Paulo: Casa do Psicólogo, 2011. 81 p.
TOPCZEWSKI, A. Cefaleia na infância e adolescência: como lidar?. São Paulo:
Casa do Psicólogo, 2011. 98 p.
TOPCZEWSKI, A. Convulsões na infância e adolescência: como lidar?. São
Paulo: Casapsi, 2003. 118 p.
TOPCZEWSKI, A. Dislexia: como lidar?. São Paulo: All Print, 2010. 80 p.
TOPP, E. Vaginas: manual da proprietária. Rio de Janeiro: Best Seller, 2006. 336 p.
129
TROSTER, E. J.; WAKSMAN, R. D. A Saúde de Nossos Filhos. São Paulo:
Manole, 2012. 1390 p.
TRUCOM, C. Soja: nutrição e saúde. São Paulo: Alaude, 2005. 136 p.
TWERSKI, A. J. Vencedores viciados. São Paulo: Maayanot, 2001. 223 p.
VANNI, R. F. Música: um caminho para a saúde. São Paulo: Átomo, 2006. 174 p.
VONO, Z. E. O bem no mal de Alzheimer. São Paulo: Senac, 2010. 192 p.
WAKSMAN, R. D.; C.GIKAS, R. M.; DANK, D. Crianças e adolescentes em
segurança. São Paulo: Manole, 2014. 490 p.
WALLS, J. O Castelo de Vidro. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2007. 368 p.
WALZBERG, C. Você pode ter saúde, basta querer: a fascinante naturopatia
europeia a seu alcance. São Paulo: Barany, 2013. 336 p.
WARNER, P. Respirar, meditar, inspirar: a jornada de uma mulher em busca de
calma e paz de espírito. Rio de Janeiro: Valentina, 2014. 256 p.
WEBER, W. Esperança contra o câncer: a mente ajuda o corpo. São Paulo:
Europa, 2012. 236 p.
WEIL, A. Felicidade espontânea. Rio de Janeiro: Rocco, 2012. 256 p.
WERUTSKY, N. M. A. Hepatite C: eu venci! - a alegria da cura. São Paulo: M
Books, 2010. 256 p.
WIGAND, M. Inveja não é comigo: Um guia para livrar-se do ciúme e da inveja. 2.
ed. São Paulo: Paulus, 2008. 32 p. Ilustrações de R. W. Alley.
WIGAND, M. Por que ter medo? São Paulo: Paulus, 2002. 32 p. Ilustrações de R.
W. Alley.
130
WISINTAINER, F.; BOF, R. A. O que as Mulheres Querem Saber Sobre Câncer
de Mama: as 100 perguntas mais frequentes. Rio Grande do Sul: Mesa Redonda,
2005. 293 p.
ZAGO, R. Babosa não é remédio... Mas cura. São Paulo: Vozes, 2009. 112 p.
ZILBERSTEIN, B. Como Conviver Com a Cirurgia da Obesidade: dicas e receitas.
São Paulo: Gaia Brasil, 2013. 110 p.
ZUSAK, M. A Menina que Roubava Livros. São Paulo: Intrinseca, 2005. 480 p.
Filmes
50/50. Director: Jonathan Levine. Seattle: Summit Entertainment, 2011. 1 DVD (100
min.), color.
ACIDENTES domésticos. Produção: TV Cultura. Roteiro: Flávio de Souza. Direção:
Cão Hambúrguer. São Paulo: TV Cultura, 1993. 1 DVD (5 min), color.
AGORA e para sempre. Diretor: Ol Parker. Brighton, 2012. 1 DVD (103 min.), color.
ALÉM dos meus olhos. [Eye on the Sparrow]. Direção: John Korty. Produção e
roteiro: Barbara Turner. Intérpretes: Mare Winningham e Keith Carradine. [S.l.]:
Republic Pictures, 1987. 1 DVD (94 min), color. Baseado em uma história real.
Legendado.
ALZHEIMER: o mistério da mente. Apresentação: Lina Menezes. Direção: Gilnei
Rodrigues. Orientação médica: Dr. Paulo Bertolucci, Dra. Délia Cutello, Dr. Ricardo
Nitrini, Dr. Norton Sayeg, Dra. Maria Auxiliadora e Dr. Paulo Caramelli. [S.l.]: Aguilla
Comunicação, 2000. 1 DVD (30 min), color.
AMOR para recordar, Um. Diretor: Adam Shankman. North Carolina: Warner Bross,
2002. 1 DVD (101 min.), color.
131
AMOR Verdadeiro, Um. Diretor: Carl Franklin. Morristown: Monarch Pictures,
1998. 1 DVD (127 min.), color.
ANTES de partir. Diretor: Rob Reiner. Alpes-Maritimes: Warner Bross, 2008. 1 DVD
(97 min.), color.
BICHO de sete cabeças. Direção: Laís Bodanzky. Roteiro: Luiz Bolognesi.
Produção: Sara Silveira, Caio Gullane, Fabiano Gullane, Luiz Bolognesi, Marco
Müller. Intérpretes: Rodrigo Santoro, Othon Bastos, Cássia Kiss, Jairo Mattos, Caco
Ciocler, Luís Miranda, Valéria Alencar, Altair Lima, Linneu Dias, Gero Camilo,
Marcos Cesana. [S.l.]: Buriti Filmes, 2000. 1 DVD (80 min), letterbox, color. "
BIUTIFUL. Alejandro González Iñárritu. Catalonia: Menageatroz, 2010. 1 DVD (148
min.), color.
CASWELL, R. Um golpe do destino. [The doctor]. Direção: Randa Haines.
Produção: Laura Ziskin. Roteiro: Robert Caswell. Intérpretes: William Hurt, Christine
Lahti, Mandy Patinkin, Adam Arkin, Charlie Korsmo, Wendy Crewson, Bill Macy, J.E.
Freeman, William Marquez, Kyle Secor, Nicole Orth-Pallavicini, Ping Wu, Tony
Fields, Brian Markinson, Maria Tirabassi, Ken Lerner. [s.l.]: Touchstone Pictures,
1991. 1 DVD (123 min), color. Legendado em português. Baseado no livro "A taste of
my own medicine" de Ed Rosenbaum.
CIDADE dos anjos. [City of angels]. Direção: Brad Silberling. Produção: Dawn Steel,
Charles Roven. Intérpretes: Nicolas Cage, Meg Ryan e outros. [S.l.]: Warner Bros.,
1998. 1 DVD (122 min), color.
CLUBE de Compras Dallas. Diretor: Jean-Marc Vallée. New Orleans: Truth
Entertainment (II), 2013. 1 DVD (117 min.), color.
COLEGAS. Diretor: Marcelo Galvao. Buenos Aires: Gatacine, 2012. 1 DVD (99
min.), color.
132
CORPO humano, O: a incrível jornada do homem - do nascimento à morte.
Produção: BBC. Apresentação: Robert Winston. São Paulo: Abril, 2001. Disco 1. 1
DVD (50 min), color. (Super Interessante)
CORRENTE do bem, A. [Pay it forward]. Direção: Mimi Leder. Produção: Steven
Reuther, Peter Abrams e Robert L. Levy. Intérpretes: Kevin Spacey, Helen Hunt,
Haley Joel Osment. Um filme de: Mimi Leder. [S.l.]: Warner Bros., 2000. 1 DVD (123
min), widescreen anamórfico, color. Baseado no livro de Catherine Ryan Hyde.
CULPA é das Estrelas, A. Diretor: Josh Boone. Amsterdam: Temple Hill
Entertainment, 2014. 1 DVD (126 min.), color.
CURA, A. [The cure]. Direção: Peter Horton. Produção: Mark Burg e Eric Eisner.
Roteiro de: Robert Kuhn. Intérpretes: Joseph Mazzello, Brad Renfro, Bruce Davison,
Annabella Sciorra e Diana Scarwid. [S.l]: Universal Pictures, 1995. 1 DVD (110 min),
color.
DE PORTA em porta. [Door to door]. Direção: Steven Schachter. Produção: Warren
Carr. Escrito por: William H. Macy e Steven Schachter. Intérpretes: William H. Macy,
Kyra Sedgwick, Kathy Baker e Helen Mirren. [S.l.]: Rosemont Productions
International, 2002. 1 DVD (91 min), fullscreen 4x3, color. Baseado em uma história
real.
DEATH of a superhero. Diretor: Ian Fitzgibbon. [S.l.]: Bavaria Pictures, 2011. 1 DVD
(97 min.), color.
DECISÕES Extremas. Diretor: Tom Vaughan. Alameda: CSB Films, 2010. 1 DVD
(106 min.), color.
DOCE Novembro. Director: Pat O'Connor. Daly City: Warner Bros., 2001. 1 DVD
(119 min.), color.
133
DOUTORES da alegria: o filme. Um filme de: Mara Mourão. Escrito e dirigido por
Mara Mourão. Produção: Fernando Dias. Com Wellington Nogueira e integrantes do
grupo doutores da alegria. [S.l.]: Mamo Filmes, 2005. 1 DVD (97 min), letterbox 4x3,
color.
EM BUSCA de um milagre. Diretor: Michael McGowan. Cambridge: Alliance
Atlantis Communications. 1 DVD (98 min.), color.
ESTRANHO no ninho, Um. [One flew over the cuckoo's nest]. Produção: Saul
Zaentz e Michael Douglas. Direção: Milos Forman. Intérpretes: Jack Nicholson,
Louise Fletcher, Willian Redfield. [S.l.]: Fantasy Films, 1975. 1 DVD (129 min), color.
Baseado na novela de Ken Kesey.
FILHO da noiva, O. [El hijo de la novia]. Direção: Juan Jose Campanella. Produção:
Mariela Besuievsky. Intérpretes: Ricardo Darin, Hector Alterio, Norma Aleandro,
Eduardo Blanco, Natalia Verbeke, Gimena Nobile, Claudia Fontan. [S.l.]: Tornasol
Films S.A., 2001. 1 DVD (125 Min), Full Screen (4x3), Colorido.
FORREST Gump: o contador de histórias. [Forrest Gump]. Direção: Robert
Zemeckis. Produção: Wendy Finerman, Steve Tisch, Steve Starkey. Intérpretes: Tom
Hanks, Robin Wright, Gary Sinise, Mykelti Williamson e Sally Field. Um filme de:
Robert Zemeckis. [S.l.]: Paramount Pictures, 1994. 1 DVD (142 min), anamorphic
widescreen, color. Baseado no livro de: Winston Groom.
GAROTAS do Calendário. Diretor: Nigel Cole. Buckden: Touchstone Pictures. 1
DVD (108 min.), color.
GOLDBERG, G. D. Meu pai: uma lição de vida. [Dad]. Produção: Joseph Stern e
Gary David Goldberg. Intérpretes: Jack Lemmon, Ted Danson, Olympia Dukakis,
Kathy Baker, Kevin Spacey e Ethan Hawke. Um filme de Gary David Goldberg. [S.l.]:
Universal City Studios, 1989. 1 DVD (118 min), color. Baseado no livro de William
Wharton.
GUERRA do arco-íris, A. Direção: Bob Rogers. Produção: Bob Rogers. Roteiro:
Bob Rogers. Música: David Spear. [S.l.]: Pyramid Film, 1986. 1 DVD (22 min.), color.
134
HISTÓRIA de Florence, A. [Florence Nightingale]. Direção: Daryl Duke. Intérpretes:
Jaclyn Smith, Claire Bloom, Timothy Dalton, Timothy West, Peter McEnery, Stephan
Chase, Ann Thornton, Jeremy Brett. [s.l.]: [s.n.], 1985. 1 DVD (124 min), color.
Legendado em Português.
INTOCÁVEIS. Diretores: Olivier Nakache e Eric Toledano. Paris: Quad Productions,
2011 (112 min.), color.
INVASÕES Bárbaras. Diretor: Denys Arcand. Baltimore: Pyramide Productions,
2003. 1 DVD (99 min.), color.
JACK. Diretor: Francis Ford Coppola. Mare Island: American Zoetrope, 1996. 1
DVD (113 min.), color.
LAÇOS de ternura. Diretor: James L. Brooks. Lincoln: Paramount Pictures, 1983.1
DVD (132 min.), color.
LADO a lado. Diretor: Chris Columbus. Bedford: Tristar Pictures, 1998. 1 DVD (124
min.), color.
LIÇÃO de vida, Uma. Diretor: Justin Chadwick. Kenya: BBC Films, 2010. 1 DVD
(103 min.), color.
LOUZEIRO, J. História de Ana Néri. Direção geral: Roberto Farias. Adaptação:
Roberto Farias. Produção de elenco: Ciça Castello, Frida Richter. Assistente de
direção: Luiz Pilar. Produção de engenharia: Marco Gesvaldi. Abertura: Hans
Donner, Cesar Rocha, Rogério Abreu. Cenografia: Fernando Schimidt. Figurino:
MAIZA Jacobina. Edição: Carlos Roberto Mendes. Intérpretes: Marília Pera, Lima
Duarte, Antônio Grassi, Angelo Antônio, Elias Gleiser, Henrique Pagnoncellis. [s.l.]:
Central Globo de Produção, 2002. 1 DVD (56 min), color. Gravação inclui
comerciais.
135
MAR adentro. Direção: Alejandro Amenábar. Produção: Fernando Bovaira,
Alejandro Amenábar. Intérpretes: Javier Bardem, Belén Rueda, Lola Dueñas, Mabel
Rivera, Celso Bugallo, Clara Segura. [S.l.]: Canal +, 2004. 1 DVD (125 min),
widescreen anamórfico, color.
MELHOR é impossível. [As Good As It Gets]. Direção: James L. Brooks. Produção:
James L. Brooks, Bridget Johnson, Kristi Zea. Roteiro: Mark Andrus, James L.
Brooks. Intérpretes: Jack Nicholson, Helen Hunt, Greg Kinnear, Cuba Gooding Jr.
[S.l.]: Tristar Pictures, 1997. 1 DVD (139 min), color.
MENINA de ouro. [Million dollar baby]. Produção: Albert S. Ruddy, Tom Rosenberg,
Paul Haggis. Direção: Clint Eastwood. Intérpretes: Clint Eastwood, Hilary Swank,
Morgan Freeman. [S.l.]: Malpaso Productions, 2004. 1 DVD (133 min), color.
Baseado na história de "Rope burns" de F.X. Toole.
MENTE brilhante, Uma. [A Beautiful Mind]. Direção: Ron Howard. Produção: Brian
Grazer. Roteiro: Akiva Goldsman, baseado em livro de Sylvia Nasar. Fotografia:
Roger Deakins. Intérpretes: Russel Crowe, Jennifer Connelly, Paul Bettany, Adam
Goldberg, Judo Hirsch, Josh Lucas, Anthony Rapp, Christopher Plummer. [s.l.]:
Imagine Entertainment, 2001. 1 DVD (135 min), widescreen anamórfico, color.
MINHA vida sem mim. Diretor: Isabel Coixet. New Westminster: El Deseo, 2003. 1
DVD (106 min.), color.
MINHA vida. [My life]. Direção: Bruce Joel Rubin. Produção: Jerry Zucker, Bruce
Joel Rubin, Hunt Lowry. Intérpretes: Michael Keaton, Nicole Kidman, Bradley
Whitford, Queen Latifah, Michael Constantine, Rebecca Schull e outros. Um filme de:
Bruce Joel Rubin. [S.l.]: Columbia Pictures Corporation, 1993. 1 DVD (116 min),
fullscreen 4x3, color.
MR. Jones: impulsivo, irresponsável, irresistível. Direção: Mike Figgis. Produção:
Alan Greisman, Debra Greenfield. Intérpretes: Richard Gere, Lena Olin e Anne
Bancroft. Um filme de Mike Figgis. [S.l.]: Tristar Pictures, 1993. 1 DVD (114 min),
color.
136
OBRIGADO por fumar. Diretor: Jason Reitman. Los Angeles: Room 9
Entertainment, 2005. 1 DVD (92 min.), color.
ÓLEO de Lorenzo, O. [Lorenzo's Oil]. Direção: George Miller. Produção: Doug
Mitchell e George Miller. Intérpretes: Nick Nolte, Susan Sarandon, Peter Ustinov,
Kathleen Wilhoite. [s.l.]: Universal, 1992. 1 DVD (129 min), widescreen anamórfico,
color. Baseado em uma história real. Inclui trailer.
OUTRA margem, A. Diretor: Luís Filipe Rocha. Amarante: Clap Filmes, 2007. 1
DVD (106 min.), color.
PATCH Adams: o amor é contagioso. [Patch Adams]. Direção: Tom Shadyac.
Produção: Barry Kemp, Mike Farrel, Marvin Minoff, Charles Newirth. Intérpretes:
Robin Williams; Monica Potter; Philip Seymour Hoffman; Bob Gunton; Daniel London
e Peter Coyote. [s.l.]: Universal, 1998. 1 DVD (115 min), widescreen, color. Baseado
em uma história real.
PRÍNCIPE das marés, O. [The Prince of Tides]. Direção e produção: Barbra
Streisand. Roteiro: Pat Conroy, Becky Johnston. Intérpretes: Nick Nolte, Blythe
Danner, Barbra Streisand, Kate Nelligan, Jeroen Krabbe, Melinda Dillon, Nick
Searcy. [S.l.]: Columbia Pictures, 1991. 1 DVD (132 min), color. Legendado.
PRONTA para amar. Diretor: Nicole Kassell. Urbania: Davis Entertainment, 2011. 1
DVD (106 min.), color.
PROVA de amor, Uma. [My sister's keeper]. Direção: Nick Cassavetes. Produção:
Stephen Furst, Scott Goldman, Mark Johnson, Chuck Pacheco, Mendel Tropper.
Roteiro: Nick Cassavetes, Jeremy Leven. Fotografia: Caleb Deschanel. Trilha
Sonora: Aaron Zigman. Intérpretes: Cameron Diaz, Alec Baldwin, Abigail Breslin,
Walter Raney, Sofia Vassilieva, Heather Wahlquist, Jason Patric, Evan Ellingson.
[s.l.]: New Line Cinema, 2009. 1 DVD (109 min), 16 X 9 letterbox , color. Inclui extras.
SE ENLOUQUECER, não se apaixone. Diretores: Anna Boden e Ryan Fleck.
Brooklyn: Focus Features, 2010. 1 DVD (101 min.), color.
137
SEMPRE amigos. [The mighty]. Direção: Peter Chelsom. Produção: Jane Startz e
Simon Fields. Intérpretes: Sharon Stone, Gena Rowlands, Harry Dean Staton, Kieran
Culkin, Elden Henson e Gillian Anderson. [S.l.]: Miramax Filmes, 1998. 1 DVD (102
min), color.
SESSÕES, As. Diretor: Ben Lewin. San Francisco: Fox Searchlight Pictures, 2012. 1
DVD (95 min.), color.
SONHOS ao vento. [And then there was one]. Direção:David Jones. Produção:
Angela Bromstad. Intérpretes: Amy Madigan, Dennis Boutsikaris, Jane Daly, Steven
Flynn, Jennifer Hetrick, John Robinson, Martha Henry, Cameron Arnneth e Kenneth
Welsh. [S.l.]: Mundial Filmes, 1993. 1 DVD (91 min), color. Baseado em fatos reais.
TEMPO de despertar. [Awakenings]. Direção: Penny Marshall. Produção: Lawrence
Lasker, Walter F. Parkes. Roteiro: Steven Zaillian. Intérpretes: Robert De Niro, Robin
Williams, Julie Kavner, Ruth Nelson, John Heard, Penelope Ann Miller, Alice
Drummond, Judith Malina, Barton Heyman, George Martin, Anne Meara, Richard
Libertini, Laura Esterman, Dexter Gordon. [S.l.]: Columbia Pictures, 1990. 1 DVD
(121 min), color. Legendado. Baseado em livro de Oliver Sacks.
TUDO por amor. Diretor: Joel Schumacher. [S.l.]: Fogwood Films, 1991. 1 DVD
(111 min.), color.
WHY I Wore Lipstick to My Mastectomy. Diretor: Peter Werner. [S.l.]: Grossbart
Kent Productions, 2006. 1 DVD, color.
138
Apêndice B – Questionário Aplicado
139
140
Apêndice C – Croqui de Biblioteca Especial
1 Balcão de Referência
2 Acervo
3 Acervo de Periódicos
4 Espaço de Leitura e Estudo
5 Espaço de Convivência
6 Espaço Infantil
7 Área de TV
8 Área de Informática
9 Guarda Volumes
10 Jardim
Contato com a autora:
Sheila Silveira
[email protected]
LinkedIn: br.linkedin.com/pub/sheila-silveira/48/445/b38/
Download