ARS VETERINARIA, Jaboticabal, SP, Vol. 20, nº 3, 347-352, 2004. ISSN 0102-6380 AVALIAÇÃO COMPARATIVA ENTRE O DIAGNÓSTICO SOROLÓGICO E O ENSAIO DA PCR EM ANIMAIS INFECTADOS POR Trypanosoma evansi (EVALUATION OF PCR DETECTION OF Trypanosoma evansi IN INFECTED ANIMALS: COMPARISON WITH SEROLOGICAL DIAGNOSIS) (EVALUACIÓN COMPARATIVA ENTRE EL DIAGNÓSTICO SEROLÓGICO Y EL ENSAYO DE PCR EN ANIMALES INFECTADOS POR Trypanosoma evansi) L.P.C.T. AQUINO1, K.R. LEMOS1, L.C. MARQUES2, R.Z. MACHADO3 SUMMARY The aim of this study was to evaluate the efficacy of a polymerase chain reaction (PCR) protocol using oligonucleotide primers which anneal specifically with a DNA sequence of akinetoplastic T. evansi strains. Sensitivity of PCR was investigated using serial dilutions of parasited blood from experimentally infected rat. Blood samples containing 5,7x106, 2,85x106, 1,43x106, 7,13x105, 5,7x105, 5,7x104, 2,85x104, 1,43x104, 7,13x103, 5,7x103 and 3,8x103 tripomastigotes/ml were tested. Sera obtained from dogs and horses from Pantanal of Mato Grosso do Sul were assayed by indirect ELISA-test for presence of anti-T. evansi antibodies and blood from serologically positive animals were subjected to PCR. The expected 315 bp amplified product could be detected using rat blood with minimal parasitemia of 3,8 x 103 tripomastigotes/ml, which is equivalent to 760 parasites/reaction. No positive PCR results were obtained in field samples from serologically positive dogs and horses. Despite the relative low sensitivity of this PCR-based test, it should be useful as a complement to serology in epidemiological studies of T. evansi infection. KEY-WORDS: Trypanosoma evansi. PCR. ELISA-test. RESUMO O presente estudo objetivou avaliar a eficiência da reação em cadeia da polimerase (PCR) empregando como primers, oligonucleotídeos que se anelam a uma seqüência de DNA de cepas acinetoplásticas de T. evansi. A sensibilidade do ensaio de PCR empregado foi investigado, utilizando diluições seriadas de sangue parasitado obtido de rato experimentalmente infectado com T. evansi; amostras contendo 5,7x106, 2,85x106, 1,43x106, 7,13x105, 5,7x105, 5,7x104, 2,85x104, 1,43x104, 7,13x103, 5,7x103, 3,8x103 e 2,85 x103 tripomastigotas/ml foram testadas. Soros obtidos de cães e eqüinos do Pantanal do Mato Grosso do Sul foram examinados através do ELISA-teste indireto para a presença de anticorpos anti-T.evansi e o sangue dos animais sorologicamente positivos foram submetidos ao ensaio de PCR. O produto de amplificação esperado de 315bp pode ser observado em sangue de rato com parasitemia mínima de 3,8 x 103 tripanossomas/ml, o que equivale à detecção de 760 parasitas por reação. Nenhum resultado positivo foi obtido no ensaio das amostras dos cães e eqüinos sorologicamente positivos colhidas a campo. Apesar da sensibilidade relativamente baixa da PCR empregada, esta técnica pode ser considerada útil como método diagnóstico complementar à sorologia em estudos epidemiológicos da infecção por T. evansi. 1 Aluno do Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias - FCAV Unesp, Campus de Jaboticabal - SP 2 Professor Titular, Departamento de Clínica e Cirurgia Veterinária - FCAV - Unesp. 3 Professor Titular, Departamento de Patologia Veterinária - FCAV - Unesp. Via Professor Paulo Donato Castellane, km 5 14884-900 - Jaboticabal, SP 347 L. P. C. T. AQUINO, K. R. LEMOS, L. C. MARQUES, R. Z. MACHADO. Avaliação comparativa entre o diagnóstico sorológico e o ensaio da PCR em animais infectados por Trypanosoma evansi./Evaluation of PCR detection of Trypanosoma evansi in infected animals: comparison with serological diagnosis / Evaluación comparativa entre el diagnóstico serológico y el ensayo de PCR en animales infectados por Trypanosoma evansi. Ars Veterinaria, Jaboticabal, SP, Vol. 20, nº 3, 347-352, 2004. PALAVRAS-CHAVES: Trypanosoma evansi. PCR. ELISA-teste. RESUMEN Este estudio tuvo como objetivo evaluar la eficiencia de la reacción en cadena de la polimerasa (PCR), usando como primers oligonucleótidos que se anillan a una secuencia de DNA de cepas acinetoplásticas de T. evansi. La sensibilidad del ensayo de PCR utilizado fue investigada utilizando diluciones seriadas de sangre parasitada, obtenida de ratones experimentalmente infectados con T. evansi. Muestras conteniendo 5,7x106; 2,85 x106; 1,43x106; 7,13x105; 5,7x105; 5,7x104; 2,85x104; 1,43x104; 7,13x103; 5,7x103; 3,8x103; 2,85x103 tripomastigotes/ml fueron testadas. Suero obtenido de caninos y equinos del Pantanal de Mato Grosso do Sul fue examinado por medio de ELISA -teste indirecto- para verificar la presencia de anticuerpos anti-T. evansi y la sangre de los animales seropositivos fue sometida al ensayo de PCR. El producto de amplificación esperado de 315 bp puede ser observado en sangre de ratas con parasitemia mínima de 3,8x103 tripanosomas/ mL, lo que equivale a la detección de 760 parásitos por reacción. Ningún resultado positivo fue obtenido en el ensayo de las muestras de caninos y equinos seropositivos recogidas a campo. A pesar de la sensibilidad relativamente baja de la PCR usada, esta técnica puede ser considerada útil como método diagnóstico complementario a la sserología en estudios epidemiológicos de la infección por T. evansi. PALABRAS CLAVE: Tripanosoma evansi. PCR. Teste de ELISA. INTRODUÇÃO Trypanosoma evansi é o tripanossoma patogênico de maior distribuição geográfica que parasita uma ampla variedade de hospedeiros. Apesar da suceptibilidade da maioria das espécies domésticas, o grau de patogenicidade desse protozoário apresenta grande variação de acordo com a região e o hospedeiro envolvido. Cepas americanas de T. evansi são altamente patogênicas para eqüinos e cães, enquanto quatis e capivaras raramente apresentam sinais da doença, sendo a infecção assintomática nos bovinos (FRANKE et al., 1994; MARQUES, 1996; AQUINO et al., 1999; HERRERA et al., 2001). No Brasil a enfermidade causada por T. evansi é conhecida como “mal das cadeiras” e tem caráter endêmico no Pantanal mato-grossense, onde surtos fatais têm sido relatados em eqüinos (SILVA et al., 1995). Estima-se que no Pantanal essa tripanosomíase afeta 6462 eqüinos de uma população de 49.000 animais, gerando gastos da ordem de US$ 2,4 milhões (SEIDL et al., 1998). Os bovinos e os animais silvestres desempenham papel importante como reservatórios, mantendo a estabilidade enzoótica da infecção na região (POCHINI, 2000, HERRERA et al., 2001). Métodos específicos e sensíveis para o diagnóstico de tripanossomíases dos animais são particularmente importantes para avaliar precisamente a taxa de infecção em uma dada região e o impacto de futuros programas de controle. O diagnóstico definitivo de infecção ativa por T. evansi depende da demonstração do parasita através de métodos parasitológicos convencionais; entretanto, tais técnicas mostram baixa sensibilidade e se tornam inapropriadas, uma vez que a parasitemia apresenta caráter flutuante e é particularmente baixa em estágios crônicos da doença. O diagnóstico sorológico baseado na detecção de anticorpos, como o ELISA-teste, tem-se mostrado altamente sensível (RAE et al., 1989; PAYNE et al., 1991, AQUINO et al., 1999), entretanto apresenta limitações quanto à especificidade pela possibilidade de reatividade cruzada com outros tripanossomatídeos. Recentemente, técnicas moleculares baseadas em detecção de DNA têm sido empregadas no diagnóstico das tripanossomíases. A reação em cadeia da polimerase (PCR) tem-se mostrado mais sensível que as técnicas parasitológicas convencionais no diagnóstico da infecção por T. evansi; no entanto, tais ensaios não são T. evansi específicos (WUYTS et al., 1994; HOLLAND et al., 2001) ou não são capazes de amplificar DNA de cepas acinetoplásticas (ARTAMA et al., 1992) e, conseqüentemente, não aplicáveis a isolados brasileiros, comprovadamente acinetoplásticos (VENTURA et al., 2000). Recentemente um ensaio de PCR baseado na amplificação do fragmento Te664 específico para T. evansi e presente em cepas acinetoplásticas mostrou-se específico e sensível na detecção do parasita, viabilizando o emprego dessa técnica em isolados brasileiros (VENTURA, 2001). O presente estudo avaliou a sensibilidade da 348 L. P. C. T. AQUINO, K. R. LEMOS, L. C. MARQUES, R. Z. MACHADO. Avaliação comparativa entre o diagnóstico sorológico e o ensaio da PCR em animais infectados por Trypanosoma evansi./Evaluation of PCR detection of Trypanosoma evansi in infected animals: comparison with serological diagnosis / Evaluación comparativa entre el diagnóstico serológico y el ensayo de PCR en animales infectados por Trypanosoma evansi. Ars Veterinaria, Jaboticabal, SP, Vol. 20, nº 3, 347-352, 2004. técnica de PCR na detecção de T. evansi, realizando ensaios a partir de amostras congeladas de sangue de rato experimentalmente infectado em diluições seriadas. O mesmo ensaio foi empregado também em amostras de sangue de eqüinos e cães do Pantanal mato-grossense, sorologicamente positivos para T. evansi. MATERIAL E MÉTODOS Ratos Wistar foram inoculados por via intraperitoneal com aproximadamente 106 tripomastigotas de T. evansi de uma cepa originalmente isolada de um cão naturalmente infectado (MOREIRA & MACHADO, 1985) e mantida em nitrogênio. Após a infecção, os animais foram diariamente examinados para presença de parasitas em amostras de sangue periférico colhidas da ponta da cauda. A parasitemia foi determinada utilizando amostra de 5mL de sangue, dispersa sob lamínula 22 X 22, e os parasitas contados em 100 campos microscópicos com objetiva de 40X e ocular de 10X. Os resultados foram obtidos pela multiplicação do número de parasitas pelo fator de correção do microscópio, segundo técnica preconizada por BRENER (1961). Amostra de sangue com parasitemia igual a 5,7x106 tripomastigotas/mL foi colhida em EDTA por punção cardíaca e imediatamente diluída 1:2, 1:4, 1:8, 1:10, 1:100, 1:200, 1:400, 1:800, 1:1000, 1:1500 e 1:2000 em tampão tris-salina-glicose (TSG) pH 7,8, obtendo-se parasitemias iguais a 2,85x106, 1,43x106, 7,13x105, 5,7x105, 5,7x104, 2,85x104, 1,43x104, 7,13x103, 5,7x103, 3,8x103, 2,85 x103 tripomastigotas/mL, respectivamente. As amostras diluídas foram mantidas a -20°C até serem processadas no ensaio da PCR. Um total de 98 amostras de eqüinos e 55 amostras de cães da sub-região de Nhecolândia no Pantanal matogrossense foram testados pelo ELISA-teste indireto para detecção de anticorpos anti-T. evansi. Aproximadamente 10 mL de sangue foram obtidos por punção da veia jugular dos referidos animais, colhendo-se 3 mL com EDTA e armazenando-o a -20°C até sua utilização na PCR e o volume restante foi processado para obtenção de soro empregado no ELISA-teste. O protocolo de ELISA-teste indireto empregado foi o mesmo descrito por AQUINO et al (1999). O ensaio utilizado nos soros de eqüinos sofreu algumas adaptações, a saber: bloqueio da microplaca com PBS-Tween 80 acrescido de 5% de leite em pó, com tempo de incubação de 2 horas, diluição dos soros e conjugado com PBSTween 80 acrescido de 5% de leite em pó e lavagens com PBS-Tween 80. O preparo das amostras de sangue utilizadas na 349 PCR foi realizado segundo protocolo descrito para extração de DNA de B. equi e B. caballi (BASHIRUDDIN et al., 1999), com ligeiras modificações. Resumidamente, alíquotas de 200mL de cada amostra de sangue diluídas em tampão TE (10mM Tris-HCl, pH7,4, 1mM EDTA) foram centrifugadas a 14.000g por dois minutos. Os péletes resultantes foram lavados por mais três vezes em TE e ressuspendidos em água deionizada estéril acrescida de 1%. SDS, 1%. Sarkosil e 0,1 mg de proteinase K. A solução foi incubada a 37°C durante 90 minutos. Após a incubação, foi realizada extração com igual volume de fenol:clorofórmio:álcool isoamílico (25:24:1), com centrifugação a 14.000g por 5 minutos. À fase aquosa, foi adicionado isopropanol (v/v), e a mistura mantida a -20°C por 12 horas. O DNA foi precipitado por centrifugação a 14.000g por 10 minutos, seco a 37°C, dissolvido em 30mL de água deionizada estéril e mantido a -20°C. As reações de amplificação foram conduzidas em um volume total de 50mL, empregando a seguinte mistura: 200mM de cada dNTP, 1mM de cada primer, 2,5 unidades de Taq DNA polymerase, 3,0mM de MgCl2, 5,0mL de tampão da enzima e 5mL da amostra de DNA. Foram utilizados como primers, os oligonucleotídeos Te664a (5‘AAACCCGTCCTCTTGGAGG 3‘) e Te664b (5‘ ATCCATCTAAGAGTTGT 3‘), que amplificam um fragmento de 315 pb T. evansi espécie-específico (VENTURA, 2001). As amplificações foram processadas em termociclador (Techne Genius) com ciclo inicial de 94°C por 5 minutos, seguido por 25 ciclos de 94°C por 1 minuto, 56°C por 1 minuto, 72°C por 1 minuto, finalizando com um ciclo de 72°C por 10 minutos. Doze microlitros de cada amostra amplificada acrescidos de 2mL de tampão da amostra (glicerol 50%, azul de bromofenol 0,4%, xilenocianol 0,4%) foram aplicados ao gel de agarose a 1,5% corado pelo brometo de etídio, juntamente com um marcador de peso molecular de 100bp (GIBCO BRL) e separados por eletroforese horizontal a uma voltagem constante de 80V por 1,5h. O gel foi visualizado em transiluminador de luz U.V e fotografado (Eagle Eye II, Stratagene). RESULTADOS E DISCUSSÃO A reação em cadeia da polimerase usada neste estudo foi capaz de amplificar fragmentos de DNA detectáveis até a diluição de 3,8 x 103 tripomastigotas/mL de sangue (Figura 1), o que equivale a detecção mínima de 760 parasitas, uma vez que o volume inicial de sangue utilizado na preparação do DNA foi de 200mL. A sensibilidade conferida pelo protocolo utilizado foi inferior L. P. C. T. AQUINO, K. R. LEMOS, L. C. MARQUES, R. Z. MACHADO. Avaliação comparativa entre o diagnóstico sorológico e o ensaio da PCR em animais infectados por Trypanosoma evansi./Evaluation of PCR detection of Trypanosoma evansi in infected animals: comparison with serological diagnosis / Evaluación comparativa entre el diagnóstico serológico y el ensayo de PCR en animales infectados por Trypanosoma evansi. Ars Veterinaria, Jaboticabal, SP, Vol. 20, nº 3, 347-352, 2004. Tabela 1 - Resultados obtidos pelo ELISA-teste indireto e ensaio da PCR em amostras de cães e eqüinos do Pantanal mato-grossense Figura 1 - Detecção de T. evansi em sangue de rato através do ensaio de PCR, utilizando os primers Te664a e Te664b. Linha 1, marcador de peso molecular de 100bp; linha dois, controle negativo; linhas 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12 e 13 representam parasitemias iguais a 5,7x106, 2,85x106, 1,43x106, 7,13x105, 5,7x105, 5,7x104, 2,85x104, 1,43x104, 7,13x103, 5,7x103, 3,8x103 tripomastigotas/ml, respectivamente. A banda de 315 bp indicada corresponde ao produto de amplificação da seqüência T. evansi-específica. D.O.: densidade óptica ao PCR relatado por VENTURA (2001) utilizando os mesmos oligonucleotídeos, que detectou 25 parasitas em amostras de sangue de camundongo experimentalmente infectado. No entanto, o presente estudo utilizou diferente técnica de extração, o que pode ter implicado a redução da quantidade de DNA disponível para extração. A sensibilidade do protocolo da PCR empregado foi pouco superior àquela conferida pelos métodos parasitológicos tradicionais, considerando-se que o exame de sangue contendo 105 parasitas/mL requer a observação de pelo menos 20 campos microscópicos (objetiva 40X) para detecção de um único tripomastigota (HERBERT & LUMSDSEN, 1976) e que, utilizando técnicas de concentração, como a do microhematócrito, é possível a detecção de apenas um parasita por tubo capilar em parasitemia estimada de 2,5 x 103 parasitas/mL (HOLLAND et al., 2001). Entretanto, o ensaio da PCR pode ser especialmente útil em pesquisa de campo quando se pretende examinar grande número de animais para testes posteriores, o que implica intervalo relativamente longo entre a colheita do sangue e o processamento laboratorial. Estudos mostram que tripomastigotas de T. evansi se tornam indetectáveis no prazo de 3 a 4 horas após a colheita, independentemente da temperatura, e que esse tempo cai para 30 minutos quando o material colhido é exposto à luz solar direta. (HOLLAND et al., 2001). Quando empregada no sangue de eqüinos soropositivos colhido a campo, a PCR não produziu produtos de amplificação em nenhuma das amostras testadas (Tabela 1). Uma possível explicação para esse resultado é que esses animais apresentavam, na época da colheita, número muito pequeno de parasitas, abaixo do limite de detecção do ensaio utilizado. Estudos conduzidos com T. cruzi mostraram a maior sensibilidade do diagnóstico sorológico sobre a técnica do PCR e a baixa parasitemia foi apontada como responsável por resultados falso-negativos obtidos (WINCKER et al., 1994; JUNQUEIRA et al., 1996; WINCKER et al., 1997). 350 L. P. C. T. AQUINO, K. R. LEMOS, L. C. MARQUES, R. Z. MACHADO. Avaliação comparativa entre o diagnóstico sorológico e o ensaio da PCR em animais infectados por Trypanosoma evansi./Evaluation of PCR detection of Trypanosoma evansi in infected animals: comparison with serological diagnosis / Evaluación comparativa entre el diagnóstico serológico y el ensayo de PCR en animales infectados por Trypanosoma evansi. Ars Veterinaria, Jaboticabal, SP, Vol. 20, nº 3, 347-352, 2004. Apesar de não parecer suficientemente sensível para ser utilizada isoladamente, a PCR, em função de sua especificidade e das vantagens sobre os outros métodos de detecção direta, deve ser considerada como importante técnica complementar à sorologia no diagnóstico da infecção por T. evansi em pesquisas a campo. Estudos devem ser conduzidos visando aumentar a sensibilidade da técnica, seja através de uma segunda reação de amplificação (Nested PCR), seja utilizando técnicas de hibridização. ARTIGO RECEBIDO: Agosto/2002 APROVADO: Julho/2004 REFERÊNCIAS AQUINO, L.P.C.T., MACHADO, R.Z., ALESSI, A.C., MARQUES, L.C., CASTRO, M.B., MALHEIROS, E.B. Clinical, parasitological and immunological aspects of experimental infectiom with Trypanosoma evansi in dogs. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, v.92 (2) p.255-260, 1999. ARTAMA, W.T., AGEY, M.W., DONELSON, J.E. DNA comparison of Trypansosoma evansi (Indonesia) and Trypanosoma brucei spp. Parasitology, v. 104, p.67-74, 1992. 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