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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
TERAPIA DO RISO - UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
LAUGHTER THERAPY - AN EXPERIENCE REPORT
Aline Luchesi1
Fabíola Schirr Cardoso2
RESUMO:
Com o avanço de tecnologias a favor da saúde e com a intensidade das doenças encontradas em hospitais de
um modo geral, muitas vezes o lado psicológico do paciente e seu familiar é deixado de lado por uma visão
profundamente biológica, ou seja, não se avalia mais o paciente como um ser humano e sim a sua doença
como um fato isolado. Este trabalho tem como objetivo fornecer informações por meio do relato de
experiência aos profissionais de enfermagem, sobre os benefícios obtidos a saúde dos pacientes através da
terapia do riso no ambiente hospitalar. É um estudo composto de um relato de experiência da autora no qual
se buscou trazer informações e percepções da mesma relacionada à figura do palhaço e da importância da
terapia do riso aliada a revisão bibliográfica que buscou fundamentar a importância do riso e da terapia
acima citada no ambiente hospitalar. Concluí-se que a humanização e o lúdico ainda são um desafio para a
enfermagem, e é necessário antes de tudo começar a entender a sua importância, e procurar desenvolver
estratégias que envolvam o futuro enfermeiro e a terapia do riso desde o início de sua formação até a sua
atuação profissional. Para tanto é imprescindível despertar no aluno e nos profissionais da área da saúde a
criança que existe dentro de cada um, enfatizando os benefícios que a terapia do riso proporciona aos
pacientes, que são os principais elementos neste contexto.
Palavras chaves: terapia do riso, internação hospitalar, enfermagem
ABSTRACT:
With the advancement of the Technologies for health and with the intensity of diseases found in hospitals, in
general, the psychological side of the patient and Its family, often is left aside by a deeply biological view, in
other words, no longer evaluate the patient as a human being but its disease as an isolated fact. This study
aims to provide information through the experience report to the nursing professionals, about the gained
benefits to the patient’s health through the laughter therapy at the hospital environment. It’s a work
composed of the author experience report, on which sought to bring information and perception of the same
related to the clown figure and the importance of the laughter therapy combined to the bibliographical review
which sought to establish the importance of the laughter and the mentioned therapy above at the hospital
environment. Conclude that the humanization and the playful still are a challenge to the nursing, and it’s
needed, above all, begin to comprehend its importance and seek to develop strategies that involve the future
nurse and the laughter therapy since the beginning of its training to their professional performance. For this
its essential to awaken in the student and the health professionals, the child within each one, emphasizing
the benefits that the laughter therapy proportionate to the patients, which are the main elements in this
context.
Keywords: Laughter therapy, Hospital confining, Nursing.
1
Enfermeira e Egressa do Curso de Graduação de Enfermagem da
Faculdade Evangélica do Paraná.
2
Mestre em Educação e Professora da Faculdade Evangélica do
Paraná.
Aprovado em: 05/03/2012
Autor para correspondência: Aline Luchesi
Contato: [email protected]
Revista Eletrônica da Faculdade Evangélica do Paraná, Curitiba, v.2, n.1, p.11-20, jan./mar. 2012.
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TERAPIA DO RISO - UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
INTRODUÇÃO
A Enfermagem, como a maioria das outras ciências da área da saúde, sofreu inúmeras
transformações desde que começou a ser praticada e estudada. Estas mudanças se refletiram
também nas relações entre os profissionais da área da saúde e pacientes, acompanhando as
descobertas, os avanços tecnológicos e as melhorias estruturais (1).
A formação na área da saúde quase sempre foi centrada na doença e nos diagnósticos, mais
do que na integridade física, psíquica e social do paciente. Sendo intensamente orientada para a
doença, para os aspectos cirúrgicos e clínicos dos pacientes, desconsiderando a história da pessoa
doente, o apoio moral e o psicológico (2).
Devido a esta clara deficiência na formação, as instituições buscam desenvolver programas
em todo o mundo que visa à humanização na área da saúde. Entre estes programas, o mais
conhecido é denominado como “Médico Palhaço” ou originalmente ”Clown doctor” que visa levar
alegria a todos que sofrem em particular crianças e idosos (3).
O relato que segue é produto da experiência vivenciada por mim nos anos de 2008 a 2011,
durante a formação acadêmica em Enfermagem na Faculdade Evangélica do Paraná. Esta
instituição oferta projetos de extensão envolvendo acadêmicos de todos os períodos e cursos, entre
eles o Projeto Vagalume.
Desde o início da minha vida acadêmica pude participar do Projeto Vagalume, projeto de
extensão universitária que levava visitas quinzenais a pacientes internados no Hospital Universitário
Evangélico de Curitiba com os acadêmicos de Enfermagem, Medicina e Psicologia. Desde então
pude observar que sem dúvida o tratamento de doenças e os longos períodos de internação geram
medo do desconhecido e extrema ansiedade nos pacientes, devido a isso se torna imprescindível a
prática diária da humanização, sendo a terapia do riso uma ferramenta essencial para a realização do
trabalho.
A escolha deste tema surgiu devido ao interesse por terapias que oferecem uma melhora na
qualidade da assistência, uma proximidade entre a equipe multidisciplinar, proporcionando
momentos de bem estar, melhorando assim a qualidade de vida do paciente hospitalizado.
O projeto vagalume visa proporcionar aos estudantes da Faculdade Evangélica do Paraná a
experiência de levar alegria aos pacientes e funcionários do Hospital Universitário Evangélico de
Curitiba (HUEC) por meio da Terapia do Riso colaborando com a humanização hospitalar e
fortalecendo a prática da solidariedade pelos alunos, alem de oportunizar a vivência do trabalho em
equipe.
Para serem incluídos no Projeto Vagalume os alunos precisam fazer inscrição na extensão
universitária, terem vontade de doar algumas horas do seu dia as pessoas que necessitam e
aceitarem participar voluntariamente dessas atividades. Antes do início das atividades no HUEC, os
alunos participantes devem passar por um treinamento com base nos livros “Patch Adams: O amor
é contagioso” e “Gesunheit!: Bringing good health to you, the Medical System, And society through
physician service, complementary, therapies, humor, and joy”. Este treinamento visa dar
embasamento teórico para as atividades que ali serão exercidas.
As visitas ao HUEC acontecem quinzenalmente. Os alunos participantes são reunidos no
saguão do hospital antes das apresentações para efetuarem sua caracterização com figurino,
maquiagem e acessórios. Seguindo então para as alas do HUEC. No hospital visitam os seguintes
setores: Pediatria de Queimados, Queimados adulto, Oncologia, Ortopedia; em seguida Pediatria
Geral, Clinica Cirúrgica e por fim a Policlínica.
Durante as visitas são realizadas brincadeiras com o auxílio de jogos educativos, fantoches,
instrumentos musicais, mímicas, entre outros, de acordo com as habilidades individuais dos
palhaços. Em ocasiões de datas comemorativas como dia das mães, dia dos pais, dia das crianças e
Natal, o grupo pode auxiliar o voluntariado do hospital e outros projetos da Faculdade Evangélica
do Paraná conforme forem necessários, e conforme a disponibilidade dos integrantes do grupo.
Nestes quatro anos de vida acadêmica pude notar que o principal escopo e missão do
Vagalume é fazer rir, rir de si mesmo, rir para esquecer, rir para lembrar, rir para refletir ou apenas
rir pelo prazer de rir.
Revista Eletrônica da Faculdade Evangélica do Paraná, Curitiba, v.2, n.1, p.11-20, jan./mar. 2012.
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TERAPIA DO RISO - UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
A terapia do riso ou risoterapia é um método terapêutico que foi divulgado por Patch
Adams, um médico norte-americano, que faz o uso da medicina de uma forma não convencional,
proporcionando a seus pacientes momentos de descontração para que estes esqueçam a dor e o
sofrimento causados por suas doenças (4). O referido autor descreve que desde a sua época de
estudante já implantava este método em hospitais e escolas e no decorrer de sua formação ele
observava a tristeza e o baixo humor em seus pacientes, resolvendo assim implementar a terapia do
riso. Para ele ajudar os enfermos não era apenas tratar de suas doenças, mas também lhes oferecer
humor, compaixão e amizade (5).
A terapia do riso, como é conhecida a terapia de Patch Adams, na verdade, é uma Terapia do
Amor porque ela é eficiente para quem sorri e para quem recebe o sorriso. Na terapia não é só
utilizado o bom humor, mas também a cumplicidade, a compaixão e o envolvimento, e a mesma foi
inspirada no trabalho da enfermagem. Para Patch Adams, curar não é apenas receitar medicamentos
ou terapias como a medicina clássica rege, mas também interagir com o doente, compartilhar com
ele o espírito de alegria e solidariedade. O que ele quer é substituir a hierarquia existente, baseada
na titulação, para poder ter um grupo de profissionais de saúde, médicos e enfermeiros, trabalhando
com um espírito de grupo e com gentileza (3,4,5).
A inquietação com a humanização dentro de hospitais e na área da saúde que atinge a muitos
só pode acontecer se depender de uma revolução na maneira de trabalho e de conduta das pessoas.
Estas pessoas sejam profissionais de saúde ou qualquer outro profissional que trabalhe no hospital
tem a responsabilidade de reformular o atendimento hospitalar, dando vida a esse ambiente,
gerando mudanças na mentalidade, nos valores e na formação profissional recebida (6).
Em 2009, recebi um inesperado e feliz convite, em assumir a coordenação do projeto. Um
enorme desafio circuspecto e pontual uma vez que nos últimos anos o riso passou a ser levado a
sério. Através de uma série de projetos e pesquisas ficou comprovado que o bom humor e o riso
aceleram e estimulam o processo de cura e recuperação de um paciente internado.
O objetivo maior durante esses anos na coordenação do projeto é fazer cair por terra aquele
grande arquétipo do médico que salva vidas e traz a cura, por isso dentro do grupo, assim como nos
Doutores da Alegria, nos tornamos médicos e enfermeiros “besterologistas” (especializados em
besteiras, bobagens e afins). E hoje estamos ali para subverter, realizando procedimentos médicos e
de enfermagem sobre a visão distorcida do palhaço, da maneira com que ele enxerga o mundo.
Nos dias atuais, o escopo de todo o setor da saúde é resgatar no profissional da área da saúde
estes conceitos, fazendo com que os mesmos entendam a importância da humanização e da terapia
do riso e utilizem esses artifícios em prol do fortalecimento do lastro da assistência em saúde. Com
isso os pacientes serão os beneficiados porque serão atendidos por profissionais equilibrados e
comprometidos com a saúde em sua totalidade.
Sendo assim, o Projeto Vagalume trabalha com a possibilidade de transformação da
realidade hospitalar, associando os materiais de procedimentos dolorosos e invasivos como luvas e
seringas fazendo que percam o caráter pesado, trazendo o lúdico para a realidade do paciente. O
objetivo do projeto não é curar o paciente, mas sim fortificar o lado saudável, tonando o ambiente
menos hostil e pesado, pois a alegria é a saúde da alma.
Levando em consideração que o bom humor, não está presente apenas em brincadeiras ou
piadas, mas sim em um sorriso, um aperto de mão e na dignidade do respeito ao próximo,
beneficiando assim, a população que passa por essa dificuldade de forma a amenizar a dor e trazer
alegria, num ambiente de tristeza.
Diante desta realidade surgiu a necessidade da realização desse trabalho, uma vez que
escolhi a profissão de enfermagem conhecida como a arte do cuidar, e sei de outros profissionais da
área que com os anos de profissão acabam tendo dificuldades no trajeto e perdem o verdadeiro dom
da vida, o amor por si mesmo e pelo próximo.
Diante do exposto acima surgiu o seguinte problema de pesquisa: Quais os benefícios
obtidos à saúde do paciente através da terapia do riso dentro do ambiente hospitalar?
Para responder a esta problema traçou-se o seguinte objetivo geral: fornecer informações por
meio do relato de experiência aos profissionais de enfermagem, sobre os benefícios obtidos a saúde
dos pacientes através da terapia do riso no ambiente hospitalar. Tendo como objetivos específicos:
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TERAPIA DO RISO - UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
fundamentar a importância da terapia do riso no ambiente hospitalar; trazer relatos de experiência
da autora para enfatizar a relevância de atividades lúdicas no ambiente hospitalar.
METODOLOGIA
É um estudo composto de um relato de experiência da autora no qual se buscou trazer
informações e percepções da mesma relacionada à figura do palhaço e da importância da terapia do
riso aliada a revisão bibliográfica que buscou fundamentar a importância do riso e da terapia acima
citada no ambiente hospitalar.
A revisão bibliográfica é um estudo de caráter descritivo, baseado em publicações
encontradas, com recorte temporal definido pela disponibilidade do material encontrado. Serão
utilizadas as bases de dados digitais e literatura escrita (7,8).
Para tanto foram utilizados os seguintes descritores: terapia do riso, enfermagem, lúdico e
internação hospitalar; que embasaram a construção da revisão bibliográfica. A mesma ocorreu em
bibliotecas, sites científicos e acervos particulares foram pesquisados livros, artigos e protocolos.
O relato de experiência é o conjunto da descrição da realização experimental, dos resultados
nele obtidos, assim como das idéias associadas, de modo a constituir uma compilação completa e
coerente de tudo o que diga respeito a esse trabalho, sendo ainda o registro permanente das
informações obtidas sendo elaborado principalmente para descrever experiências, investigações,
processos, métodos e análises (7,8).
TERAPIA DO RISO - UMA ÚTIL FERRAMENTA DE TRABALHO
O passado cruzaria meu futuro e estaria presente no meu hoje. Em meu aniversário de um
ano de idade, minha mãe decidiu fazer uma festa com o tema de circo, e me fantasiou de palhaça,
sem fazer idéia no que o destino traria, foi assim que tudo começou.
Desde criança quando ia ao circo, o mundo do palhaço me encantava, não era apenas pelas
roupas coloridas, pelas piadas, pelas coisas erradas que ele fazia, por ele sempre se dar mal, por ele
ser aquele palhaço esperto, mas pelo fato dele prender a atenção das pessoas, dele ter a capacidade
de tornar aquele momento dele, apenas dele.
Eu ainda criança observava ao meu redor as pessoas totalmente presas naquilo que o palhaço
fazia, então eu pensava comigo que naquele momento as pessoas não pensavam em nada, apenas no
que está acontecendo, elas estavam ali, junto dele, vivendo a alegria dele, e isso me fascinava. Sem
a menor vergonha de ser ele mesmo, de ser “ridículo”, que significa ser digno de riso. O Talento de
fazer uma pessoa rir, de conquistar um sorriso era intrigante pra mim. Como ele faz isso? E o
porquê ele faz isso?
Quem nunca ouviu dizer que rir é o melhor remédio? A frase é clichê, mas a definição é
antiga. O riso é um tipo benéfico de pressão e de estresse que ajuda a prolongar a vida, além de
causar o relaxamento. Rir libera substâncias vitais a saúde tais como: adrenalina, noradrenalina e
catecolaminas. Essas substâncias estimulam o coração elevando a tensão arterial, relaxando certos
músculos e contraindo outros, melhorando assim o fluxo sanguíneo, reduzindo inflamações,
apressando o processo de cicatrização e melhorando a condição geral do organismo. Isso deixa
evidenciado o benefício que o riso traz para o corpo, além de poder ser um grande auxílio
terapêutico (9).
Portanto “rir é uma forma de energia barata, econômica, que não polui o ambiente e que
pode ativar e animar nossa constituição física” (9:42). Quando se vivencia um sofrimento grande,
existe a necessidade de alívio, e daí a expressão “alívio cômico” (5).
Em 2007, com meu coração ainda muito inquieto com esses tais mistérios das terapias
alternativas, li o primeiro livro sobre o tema da terapia do riso: “O amor é contagioso” de Patch
Adams, no qual ele conta sua história baseada no seu trabalho, descrevendo a atendimento médico e
enfatizando a importância do atendimento prestado pela equipe de enfermagem. Foi então que
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TERAPIA DO RISO - UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
decidi cursar Enfermagem no ano de 2008, e aqui começava um capítulo de uma história cheia de
emoções, frustrações, amor e muita alegria.
Desde os primeiros atendimentos realizados nos ensinos clínicos e estágios, tinha minha
maneira própria de atender meus pacientes, meu sistema de preparo de terapias era diferente de
minhas colegas de classe, onde sempre o lúdico estava presente, sem me importar qual a faixa etária
que eu trabalhava e a patologia. A cumplicidade entre mim e meus pacientes, era notório, pois não
apenas estava ali para uma simples assistência, eu estava ali por inteira, vivendo aquele momento
com eles, de tristezas, de vitórias e de conquistas. Com um olhar de solidariedade, um abraço de
afago, um aperto de mão, um sorriso amigo e uma maneira simples de ser, comecei a entender que
há mais mistérios entre o trinômio: profissional da saúde, paciente e a cura.
Baseado no descrito acima vale ressaltar que o sorriso é visto com um precioso indicador de
saúde, sendo muito importante dentro do ambiente hospitalar, é um indício de que a vida cabe
dentro de um meio asséptico sendo visto como um fator de recuperação (6).
Sempre tive o lúdico como uma ferramenta indispensável na assistência para conquistar o
que desejava a confiança do paciente, a empatia necessária enfermeiro versus paciente e a total
recuperação, pois entendo que o lúdico nos remete a inocência de uma criança e quando ele entra,
dá espaço a sermos quem realmente somos ou quem queríamos ser, nos tornamos livres de nós
mesmos e com isso conseguimos aliviar o estresse, que se torna tão pesado em nosso dia a dia,
sendo esse um grande indicador de agravos. No momento em que você começa a enxergar a vida
como uma coisa não séria, como uma espécie de brincadeira, toda a pressão sobre seu coração e seu
corpo desaparece. Todo medo da morte, da vida, do amor, desaparecem sendo preenchido por
momentos de paz. A pessoa começa a se sentir muito leve, ou quase sem nenhum peso, pois esse
peso foi trocado pelo divertimento e pela alegria. Tão leve ela se torna, que é capaz de poder voar
dentro de um consultório ou em um ambiente hospitalar.
As internações são sempre motivo de grande tensão, não só para os próprios pacientes, mas
também para seus familiares. O ambiente hospitalar, frio e impessoal, faz com que a espera pela alta
se torne cada vez mais demorada, fazendo com que pareçam intermináveis e sofridos os dias de
internação. A simpatia e atenção de alguns profissionais de saúde não são suficientes para aliviar a
dor e a tristeza desses pacientes, cabendo dentro desse espaço de dor e insegurança somente um
atendimento humanizado com amor, carinho e atenção exclusiva a cada paciente, faz toda a
diferença, especialmente se vierem acompanhados de alegria e bom humor (10).
Nos dias atuais o Projeto Vagalume faz parte das atividades do hospital, quer seja para o
trabalho com pacientes ou para o trabalho com os funcionários. Todos os participantes do projeto
respeitam as regras do hospital, pois estão ali para contribuir e não para gerar discórdia. O senso de
observação dos mesmos tem que estar aguçado, pois se nos depararmos com um paciente mais
agitado, buscamos fazer algo mais calmo, se está triste ou deprimido tentamos alegrar o ambiente.
Portanto como descrito acima não são apenas os pacientes e acompanhantes que recebem
nosso atendimento, a possibilidade de fantasiar e brincar também é estendida aos funcionários do
hospital. A Interação com os profissionais é muito positiva, pois desde o início do projeto os alunos
aprendem a respeitar e entender a valia da função de cada funcionário dentro do hospital,
melhorando também o bom humor dos funcionários, uma vez que estes estão expostos as pressões e
estresses do ambiente hospitalar.
A Terapia do Riso propõe uma mudança na cultura organizacional do hospital auxiliando na
obtenção do cuidado integral/holístico. Esta terapia ressalva que não há barreiras nem formalidades,
para promover o contato sadio entre o enfermeiro e o seu paciente através de um sorriso, de um
abraço, de uma dança, de um olhar ou simplesmente pela atitude de saber ouvir o seu cliente.
Ocorre uma quebra da formalidade edificada na relação desses dois indivíduos (11).
Os elementos mais importantes, para o comportamento a beira do leito, não é apenas o
conhecimento, mas a alegria e o amor. Todos os tipos de emoções tais como raiva, medo, alegria
entre outras, determinarão reações orgânicas sendo refletidas por todo organismo. Essas emoções
atuam no eixo hipotálamo-hipofisiário sendo o principal sistema no qual o organismo mantém as
condições necessárias para atingir a homeostasia. A região cerebral do Hipotálamo e o Sistema
Nervoso Autônomo, através da área parassimpática, são as principais estruturas que auxiliam na
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TERAPIA DO RISO - UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
adequação do organismo e na administração das condições de homeostasia. Frente às emoções,
como na exposição prolongada a um agente estressor produtor de tensão física e psicológica, a
reação orgânica viria do Sistema Nervoso Autonômico, área simpática, e do sistema endócrino
através da Hipófise (3,12).
O riso fortifica o sistema imunológico, estimula funções cardiovasculares e libera
endorfinas, substâncias que aliviam a dor. Quando rimos, estamos não só melhorando no aspecto
emocional, mas também no físico, mental e espiritual. O riso atinge de várias maneiras as diferentes
partes do corpo. No coração, acelera o ritmo cardíaco, podendo chegar a 120 batimentos por
minuto. Com isso, o sangue circula melhor e ocorre um aumento significativo na oxigenação de
células, tecidos e órgãos. Nos pulmões, a respiração acelera e, assim, há maior absorção de oxigênio
pelos pulmões. Com essa maior ventilação pulmonar, elimina-se o excesso de dióxido de carbono e
vapores residuais, o que promove uma limpeza (6,12).
A continuidade da prática de rir resulta num aumento da tonicidade pulmonar. Nos vasos
sanguíneos, devido à aceleração do ritmo cardíaco, mais sangue é bombeado e, dessa maneira, os
vasos sanguíneos são dilatados, causando uma redução na pressão arterial. Os músculos
abdominais, por serem os mais usados durante uma gargalhada, acabam por massagear todo o
sistema gastrintestinal, causando uma melhora na digestão e nos órgãos excretores. No sistema
imunológico, os níveis de hormônio do estresse baixam, há menos cortisol e adrenalina circulando
no organismo e, portanto, o sistema imunológico passa a ser fortalecido (3,6).
Quando sorrimos sentimos prazer e as neuroendorfinas são liberadas e se multiplicam tendo
a função ativar e reforçar nosso sistema imunológico, logo enviando mensagens ao nosso cérebro,
aos linfócitos e outras células encarregadas de lutar contra os vírus e as bactérias que invadem o
nosso corpo. O riso também é um grande estimulador capaz de mandar ordens para o hipotálamo,
sintetizando as endorfinas, mais especificamente as beta-endorfinas, que são substâncias
analgésicas, similares às morfinas, porém com poder de potência analgésica cem vezes maior (3,4,6).
O riso pode fazer de nós pessoas bem mais saudável. “É sem dúvida a melhor medicina”,
pois desperta o sistema cardiovascular, melhorando o sistema respiratório, a oxigenação sanguínea,
o sistema imunológico e estimula o cérebro na liberação de substâncias benéficas ao nosso corpo
reduzindo o estresse. Rir parece ser tão benéfico quanto 30 minutos de exercícios três vezes por
semana é o que afirmam os estudos realizados. Na risoterapia ocorre um bem estar tanto físico
quanto mental, facilitando um processo de relaxamento, contribuindo para um aumento da
capacidade de sentir, amar e a sermos mais criativos (4,13,14)
Atualmente, as discussões científicas sobre a produção do humor e do riso norteiam algumas
ordens explicativas. Dentre elas, a vertente de pesquisa que volta-se para tentativas de localizar a
causa cerebral do riso. Um grupo de pesquisadores da Inglaterra e EUA realizaram um estudo a fim
de demarcar quais partes do cérebro que são ativadas com o riso. Participaram desta pesquisa 27
voluntários que passaram algumas horas inseridos em um aparelho de ressonância magnética,
literalmente, escutando piadas engraçadas e “sem graça” e os mesmos acionavam um botão quando
achavam as piadas engraçadas. O equipamento media o consumo de oxigênio em cada milímetro
cúbico do cérebro, assim, quando pequenas regiões do cérebro são acionadas, elas passam a
consumir mais oxigênio. Desta forma, as áreas responsáveis pelo humor eram identificadas quando
comparadas as piadas engraçadas e as “sem graça” Quanto mais engraçada a piada, mais as áreas
eram ativadas (15,16).
Diante deste e de outros achados, observaram que o riso ativa uma parte cerebral envolvida
com as emoções e na sensação de recompensa (córtex pré frontal medial ventral). Outro achado
interessante é que o riso é contagioso, pois ativa a área de motivação, do prazer e inclusive do vício,
isto é, o ato de rir induz a vontade de rir mais (16).
Outra pesquisa na mesma linha, utilizando-se técnicas por ressonância magnética, e também
através de eletroencefalograma ajudaram a compreender melhor as partes cerebrais envolvidas
durante o ato de rir ocorreu na Universidade de Maryland em Baltimore (EUA), foram realizados
estudos pelo Dr. Michael Moleiro e uma equipe de neurologistas que observaram que as atividades
cerebrais se espalharam da área sensorial do lóbo occipital, na parte posterior do cérebro onde são
processados sinais visuais que vão até o lóbo frontal. O lóbo frontal analisa as palavras engraçadas
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TERAPIA DO RISO - UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
enquanto o lado direito do cérebro faz as análises intelectuais requeridas, a partir deste momento se
inicia o riso que finalmente é espalhada para as demais partes do cérebro, responsáveis pela tarefa
física de rir que é então desempenhada pelos músculos faciais. Desta forma concluíram que o
sorriso envolve componentes motores, emocionais e os cognitivos, cada qual situado em uma parte
específica do cérebro (13).
As emoções como: compaixão, envolvimento, empatia e humor são tão importantes quantos
os medicamentos e os avanços tecnológicos. Quando nos referimos às emoções negativas, relatamos
sobre algo desagradável, alguma experiência vivenciada de maneira dissabor, como ansiedade,
depressão, angustia, medo, etc. Antagonicamente as emoções positivas expressam algo agradável,
bem como a alegria, a felicidade, o amor elevando e potencializando a saúde, enquanto as emoções
negativas tendem a comprometê-la, expondo as pessoas ao risco. Um exemplo a ser citado é a
provável doença imunológica mediante exposição de estresse, tais como gripe, herpes, diarréia e
outras infecções causadas pro vírus oportunistas (3,4,5).
Não obstante, o bom humor, o riso, a felicidade e o amor ajudam a sustentar e a reconquistar
a saúde e a qualidade de vida, sendo assim, “o bom humor resulta em levar a vida forma mais leve,
mesmo diante de um trabalho mais sério, rir mais e com maior freqüência do que de costume” (12:70).
Os profissionais de saúde, durante sua trajetória de trabalho, são pressionados a não
cometerem erros devido à responsabilidade de suas atividades cotidianas. Por fim estão trabalhando
com vidas humanas. Essa responsabilidade, confrontada com o sofrimento humano, pode gerar uma
frieza em suas atitudes, tornando suas assistências similares a todos os pacientes (6).
O enfermeiro deve mostrar, sinceramente, que compreende o paciente e que se interessa pelo
seu problema, deixando-o falar livremente e expor suas vontades, seus medos e seus anseios. Isso
estabelece uma abertura significativa na relação enfermeiro/cliente, bem como um vínculo, o que
resultará no desabafo do paciente, fazendo com que o mesmo se torne mais receptível ao tratamento
(17)
.
A expectativa do cliente que necessita de internação hospitalar é norteada pelo medo do
desconhecido, como a utilização de recursos tecnológicos que podem ser invasivos, a linguagem
técnica e rebuscada das equipes médicas, a apreensão de estar em um ambiente estranho e
desconhecido e a preocupação com sua integridade física, em decorrência do processo patológico e
o motivo de sua internação hospitalar (17,18).
Uma das dificuldades encontradas é a inabilidade do paciente, em comunicar claramente o
seu problema ou sua necessidade, esta deve ser examinada mais profundamente pelo enfermeiro,
devendo este ter um olhar voltado não somente a patologia apresentada, não apenas porque o
restabelecimento do seu conforto é retardado, mas porque a comunicação inadequada do problema
também pode ameaçar seriamente a sua condição (18).
Outro empecilho para os profissionais da área de saúde é honrar a liberdade do paciente,
pois esta não se resume apenas com a apresentação de um diagnóstico, de um tratamento e de um
prognóstico, mas sim, em providenciar todas as explicações necessárias sobre seu real quadro de
saúde e oferecendo modelos alternativos de tratamento. Isso implica na busca de um novo modelo
de assistência, fundamentada em princípios humanísticos (19).
A humanização deve ser lembrada como uma ação exclusiva do ser humano, tornar humano
um estado de espírito. Numa ação que demonstra bondade, doação e troca de experiências (20).
Sendo assim, os profissionais têm a responsabilidade de elaboração de um cuidado holístico,
devendo estar motivados para acompanhar os conhecimentos e para aplicá-los, com o intuito de
encontrar uma forma que torne o cuidado mais humano conduzindo o paciente às formas mais
convenientes e sensatas de enfrentamento do processo de hospitalização e fortalecendo um vínculo
através do diálogo (21,22).
Esta visão holística está intimamente ligada com a utilização de terapias alternativas/
complementares (TACs). São técnicas que estão interligadas à assistência a saúde do indivíduo, seja
na prevenção, tratamento ou cura, considerando o individuo numa tríade: como mente, corpo e
espírito e não um conjunto de partes isoladas. O escopo dessa terapia é diferente de terapias
alopática, em que a cura da doença deve ocorrer através da intervenção direta no órgão ou parte da
pessoa doente. Dentre as várias terapias alternativas/ complementares (TACs) existentes, encontraRevista Eletrônica da Faculdade Evangélica do Paraná, Curitiba, v.2, n.1, p.11-20, jan./mar. 2012.
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TERAPIA DO RISO - UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
se a risoterapia, que utiliza o ato de rir para melhorar a auto-estima, amor próprio e bom humor, de
forma a aliviar o ambiente de estresse de um hospital (22,23).
Todo inicio de semestre faço a aula inaugural para os novos alunos da medicina e
enfermagem e apenas defino o nosso trabalho em quatro sentimentos: inesperado, inexplicável,
intenso e assustador.
INESPERADO: cada visita é algo diferente, por isso não há como criar expectativas,
planejar nada, além de prestar alegria, solidariedade, humanização, abraços e sorrisos.
INEXPLICÁVEL: quem sabe explicar sentimentos, explicar o que as palavras não sabem
falar?
INTENSO: você passa a amar o desconhecido de tal forma que quando você se dá conta,
você está totalmente envolvido com a causa. E esse sentimento te consome de tal maneira que o
adeus, o até mais tarde, o até a próxima visita, o até logo, o tchau chega a doer e você começa a
sentir dores em lugares do corpo em que você jamais esperava sentir.
ASSUSTADOR: ficamos assustados de ver a capacidade da essência que o ser humano tem
de amar e ser solidário ao próximo e como fazemos isso pouco, como somos mesquinhos e presos
apenas aos nossos interesses. Mas acima de tudo o que nos assusta mais é de como precisamos de
tão pouco para ser felizes e fazer o nosso próximo feliz.
O cenário hospitalar é uma oportunidade e um espaço privilegiado para a equipe
multiprofissional desenvolver a sensibilidade e a percepção das manifestações desses sofrimentos.
Compreender qual o valor do cuidado de enfermagem requer um entendimento ético que reveja o
posicionamento do enfermeiro frente a vida como um bem valioso em si, tendo inicio com a
valorização da própria vida para respeitar a do outro em sua complexidade e nas suas escolhas (21,23).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao final deste trabalho enfatizo que o objetivo foi cumprido, pois, trouxe informações por
meio do relato de experiência aos profissionais de enfermagem, sobre os benefícios obtidos a saúde
dos pacientes através da terapia do riso no ambiente hospitalar.
Acredito que a enfermagem sem dúvida faz parte dessas histórias, não pelo profissional ser
um mero especialista no processo de cuidar, no entanto suas atribuições transcendem o óbvio, a
saber, a sua atividade se assemelha a de um artista de circo.
Quando as cortinas se abrem, os enfermeiros entram em cena, levando alegria, sonho,
criatividade e esperança. Surgem grandes artistas para expectadores sedentos por muito mais do que
diagnósticos e medicações. Hospitais, clínicas, postos e unidades de saúde, tornam-se verdadeiros
palcos e picadeiros para o show da vida.
Todavia, alguns desses espectadores se vão, por muitas vezes o sentimento é de derrota e
desponta o questionamento se a caminhada é válida. Por mais triste e sem graça que esse espetáculo
possa nos parecer, a apresentação é digna de aplausos, mesmo que com amargura e tristeza no
coração, entretanto, na certeza que ali foi vivida e escrita uma história de amor, sucesso, derrota,
frustração, que não deixou de ser digna por ter chegado ao óbito.
O desafio é não permitir que as cortinas se fechem. Não obstante, o espetáculo pode ser
suspenso por alguns minutos, a fim de que os artistas voltem para o camarim e retoquem a
maquiagem borrada por choros de um expectador que se foi. Muitos buscam o consolo e carinho do
seu Diretor, que é o grande dono do circo. Contudo, são estimulados a retornarem, uma vez que na
platéia existem seres humanos esperando por mais amor.
Portanto, todos são provocados a sair de nossa zona de conforto, pois a enfermagem não é
uma atividade comum, por outro lado, uma arte, que possibilita evidenciar grandes e milagrosos
shows. Com efeito, as pessoas passam a ter qualidade de vida e esperança, pois aprendem a viver
com alegria diante de suas dificuldades.
Em síntese, o palhaço nunca envelhece, sim, ele adquire algumas rugas e talvez algumas
doenças senis, mas o seu espírito continua brincalhão como o de uma criança, pois a solidariedade
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ao próximo e o compromisso com a alegria é inato a sua espécie, pois ele entende que amor é
compromisso e compromisso é atitude.
Diante disso, concluo esse trabalho e minha graduação em Enfermagem na certeza de que
Willian Shakespeare estava infalível em sua frase: “Há mais mistérios entre os céus e a terra”.
Concluo que a humanização e o lúdico ainda são um desafio para a enfermagem, e é
necessário antes de tudo começar a entender a sua importância, e procurar desenvolver estratégias
que envolvam o futuro enfermeiro e a terapia do riso desde o início de sua formação até a sua
atuação profissional. Para tanto é imprescindível despertar no aluno a criança que existe dentro de
cada um, enfatizando os benefícios que a terapia do riso proporciona tanto aos enfermeiros e demais
profissionais, quanto para os pacientes, que são os principais elementos neste contexto. Portanto
esperamos que este material sirva de subsídios e inspiração para pesquisas futuras.
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