Mercado de chocolate premium cresce dois dígitos por ano no Brasil

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Mercado de chocolate premium cresce
dois dígitos por ano no Brasil
Setor destaca potencial de crescimento do segmento premium no País, uma vez que o chocolate
comum tem avanço anual médio de 1% a 2%
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SÃO PAULO ­ O mercado de chocolate e cacau premium está se consolidando no Brasil e cresce na base
de dois dígitos por ano, afirmou a diretora executiva da Agrícola Conduro ­ empresa focada no cultivo e
beneficiamento de cacau no sul da Bahia ­, Patrícia Morales. A executiva participou do evento "Fóruns
Estadão ­ A importância do cacau para a economia brasileira". Ela ressaltou, ainda, que há grande potencial de crescimento para o mercado premium no País, já que
atualmente participa com apenas 5% do total. Enquanto o segmento premium cresce na base de dois
dígitos por ano, o de commodity tem avanço anual médio de 1% a 2%.
"O Brasil tem nas mãos elementos para dominar o mercado (premium), pois reúne produção,
moageiras, indústrias e consumo. Isso não existe em nenhum outro lugar do mundo", disse Patrícia. Ela
afirmou ainda que, nos últimos anos, estão sendo promovidas mudanças na cadeia do cacau e do
chocolate no sul da Bahia, com visão mais de longo prazo. "Pautamos e saímos atrás de tendências de
mercado", disse. Um desses avanços é a instalação do Parque Científico e Tecnológico do sul da Bahia,
que reúne o Centro de Inovação do Cacau. Segundo a pesquisadora Priscilla Efraim, da Universidade de Campinas (Unicamp), o Brasil tem
condições de impulsionar a produção de chocolate premium. "Temos no Brasil um parque tecnológico
fantástico", disse ela.
Segundo ela, para avançar na produção de maior valor agregado, é necessário melhorar o pré­
processamento do cacau e também estimular o interesse do mercado para que as indústrias possam
utilizar esse parque instalado no País. Ela ressaltou, ainda, que há três principais fatores que afetam a
produção de chocolate: cacau, processamento e a formulação em si.
"Chocolate é sim alimento que pode trazer benefícios muito significativos para a saúde, dependendo de
como é formulado e fabricado", disse ela, ressaltando que o produto é um alimento consumido por
pessoas de todas as idades e sexos.
A pesquisadora destacou que as técnicas de clonagem permitem ter uma diferenciação de chocolates
vasta e que há um grande potencial ainda a ser explorado pelo mercado. "A origem no Brasil é
extremamente diferenciada. Apesar de a Bahia e o Pará serem os maiores, há outros Estados com
regiões climáticas distintas e diferenciação de sabor".
Priscilla observou outra vantagem brasileira na produção. "Além do cacau, o chocolate depende de
açúcar e derivados leite", disse, citando esses produtos de ampla produção no País.
Brasil abre disputa na OMC contra os
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EUA
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Setor siderúrgico teme maiores barreiras com a chegada de Trump
GENEBRA – O Brasil abriu nesta sexta­feira uma disputa comercial com os EUA e alega que as
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barreiras colocadas por Washington sobre as exportações do aço nacional são ilegais. O processo agora
irá tramitar na Organização Mundial do Comércio e colocará, frente à frente, a diplomacia brasileira às
promessas de campanha de Donald Trump de proteger a indústria siderúrgica dos EUA. A queixa está sendo circulada hoje tanto na Casa Branca como na sede da OMC, em Genebra. O Estado
havia antecipado a decisão em sua edição de quinta­feira. Num primeiro momento, americanos e brasileiros realizarão consultas para tentar evitar o recurso aos
árbitros da OMC. Mas, do lado da chancelaria em Brasília, ninguém acredita que o atual governo
americano de Barack Obama ou o futuro de Trump aceitarão simplesmente retirar as barreiras,
voluntariamente. O contencioso se refere a uma sobretaxa sobre o aço laminado brasileiro que foram impostas contra o
país há dois meses. Washington acusa a produção brasileira de ser subsidiada e, portanto, entrando no
mercado dos EUA com preços injustos. Mas o setor nacional já vinha sendo afetado desde o início do ano, quando os americanos passaram a
investigar as exportações nacionais. Empresas como a CSN e Usiminas passaram a ser sobretaxas em
11%, afetando a capacidade dessas exportações competirem no mercado americano. Apenas em 2015, o
Brasil vendeu quase US$ 1,3 bilhão em chapas de aço laminado ao mercado americano.
Sob o governo Trump, a perspectiva da indústria brasileira é de que haja uma pressão ainda maior por
barreiras. O presidente eleito prometeu elevar as tarifas de importação e rever acordos comerciais. Em
muitos de seus discursos, a proteção ao setor do aço americano foi o carro­chefe da campanha de
Trump nos EUA, principalmente nos estados com altas taxas de desemprego. Num dos debates com
Hillary Clinton, o presidente eleito chegou a dizer que visitou comunidades afetadas pela “invasão (do
aço) da China e de todas as partes do mundo”. Trump ainda contratou como seu principal assessor para comércio um ex­CEO de uma siderúrgica
local. O escolhido foi Dan DiMicco, ex­presidente da siderurgica Nucor Corp. Conhecido como um
crítico do livre­comércio, ele acaba de publicar um livro sobre como apenas a produção nos EUA pode
voltar a "fazer a economia americana forte". Usando a situação de algumas das cidades afetadas pela importação de aço, portanto, Trump alertou
que a globalização havia ajudado a “elite financeira, enquanto deixou milhões de trabalhadores sem
nada”. Num dos momentos mais importantes da campanha, ele chegou a discursar em uma siderúrgica,
em um palco repleto de metal. “Eles conseguem a expansão de seus negócios e nós o desemprego”,
disse, sobre acordos comerciais. “Isso não vai mais acontecer”, prometeu ao eleitorado.
Em outro discurso, em meados de julho, ele ainda alertou que os EUA “já vivem uma guerra comercial”.
“E estamos sendo derrotados”. ECONOMIA » Mercado de chocolate premium cresce dois dígitos por ano no Brasil
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Se Trump hoje promete proteger o aço americano, ele é acusado até mesmo por sindicatos de ter
erguido seus três últimos projetos de construção com o material chinês, inclusive de empresas que
haviam sido apontadas pelas autoridades em Washington como tendo praticado dumping de preços. ENTRAR
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