Introdução à Adminsitração Estratégica

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Introdução à Adminsitração Estratégica
Olá Gerente de Projeto
O conceito de estratégia teve, ao longo do tempo, várias
fases e significados. Este conceito evoluiu de um
conjunto de ações e manobras militares para uma
disciplina de gestão empresarial conquistando
importância tanto no mundo acadêmico quando o
empresarial.
Introdução
Mas enfim o que é estratégia ?
A palavra estratégia tem sua origem de strategós
… de stratos = exército
… ago = liderança ou comando
Ou seja, o termo era utilizado como a Arte do General
dentro de regimentos militares.
Para Ghemawat
A estratégia é um termo criado pelos antigos gregos,
para os quais significava um magistrado ou comandantechefe militar.
Com o passar dos anos o ambiente empresarial passou
então a trabalhar com o pensamento estratégico, uma vez
que tais conceitos são de extrema importância em um
mercado altamente dinâmico e competitivo.
5 P’s da Estratégia
Mintzberg define estratégia por meios dos 5 P’s. São
eles:
1 – Plano – Plan
A estratégia é um plano, uma guia a se seguido, um
caminho para o futuro. Esta são definições que serão
utilizadas para transportar a organização do seu estado
atual para um estado futuro desejado. Porém, na
prática, somente algumas ações serão implementadas.
Outras serão descartadas e outras ainda adaptadas afim
de manter o alinhamento com os objetivos da organização.
2 – Padrão – Pattern
A estratégia é um padrão de comportamento, pretendida ou
não, especialmente em um fluxo de ações.
Exemplo 1: O fato de Henry Ford oferecer o modelo “T”
apenas na cor preta;
Exemplo 2: Exeuctivos que aceitam desafios com alto grau
de risco durante sua carreira;
3 – Posição – Position
A estratégia é também um Posicionamento por parte da
organização, ou seja, a maneira como a mesma se
posiciona diante dos ambiente externo (fornecedores,
concorrentes, clientes, governo, etc.) e interno
(empregados, acionistas, administradores etc.)
Ansoff utiliza-se desse conceito em sua clássica Matriz
Produto versus Mercado cruzando informações das Posições
do Mercado – existente ou novo – com os produtos –
existentes ou novos.
Matriz BCG
Porter ainda afirma que a estratégia é a criação de uma
posição única e valiosa, envolvendo um conjunto
diferente de atividades.
Exemplo: Joint Ventures, Incorporação, Franchising.
4 – Perspectiva – Perspective
A estratégia como Perspectiva pode ser entendida como a
maneira fundamental de a organização funcionar. É um
conjunto de normas, intenções, valores e comportamentos
que permitem a organização funcionar com eficiência na
produção de produtos e serviços que entregam valor aos
seus clientes. Sugere, acima de tudo, que estratégia é
conceitual, é uma maneira arraigada de ver o mundo.
É compartilhada pelos membros de uma organização através
de suas intenções e/ou pelas suas ações, sendo, neste
contexto, uma “mente coletiva”, ou seja, indivíduos
unidos pelo pensamento ou comportamento comum.
Exemplo: A Apple possui um forte comprometimento com
soluções tecnológicas e inovação.
5 – Estratagema – Ploy
A estratégia, por fim, é um estratagema, ou seja, uma
manobra específica definida pelo estrategista para
vencer seu oponente ou concorrente. A organização induz
seus competidores a formarem uma imagem ou percepção
equivocada de suas ações estratégicas.
Exemplo: Um agricultor que ameace vender suas terras
apenas para baixar o preço do concorrente.
Níveis da Estratégia
A estratégia pode também, segundo Mintzberg e Quinn ser
divida em níveis, sendo distribuída por toda a
organização. A imagem abaixo apresenta os tipos de
estratégias e, mais abaixo, seus detalhamentos:
Planejamento Estratégico – Tipos
Nível 1 – Estratégia Corporativa
A Estratégia Corporativa é representada pelo nível mais
elevado da estratégia orientando e conduzindo a
organização dentro do seu ambiente global, econômico,
político e social. Correspondem às ações relacionadas
aos negócios nos quais decidimos competir, determinando
o portfólio das unidades de negócios da organização.
Trata-se da decisão de onde competir.
Nível 2 – Competitiva ou de Negócio
Envolve a escolha de uma estratégia, definindo a missão
e seus objetivos. Cada de competição para a UNE –
Unidade de Negócio Estratégica, definirá suas próprias
estratégias de negócio, orientando o negócio dentro do
ambiente em relação ao mercados e concorrentes.
Corresponde à decisão de como competir.
Nível 3 – Estratégia Funcional
Normalmente relacionada ao nível tático da organização.
Para maior sustentabilidade da Gestão Estratégica, as
estratégias funcionais devem cobrir todos os ângulos da
organização.
Para Meirelles
Cronologicamente, a Administração Estratégica evoluiu do
planejamento financeiro materializado no orçamento, para
o planejamento de longo prazo passando, em seguida, para
o planejamento estratégico.
Para Ansoff
O Planejamento Estratégica preocupa-se com dois
desafios:
O primeiro, chamado de Análise de Competitividade, lida
com a decisão a respeito do modo pelo qual a empresa
conseguirá êxito na área estratégica de negócio em que
pretende operar.
O segundo diz respeito à integração da intenção
estratégica da empresa nas várias áreas de negócio, em
uma direção global.
Para Bertero
Inicialmente, o planejamento estratégico
restringia-se à análise dos pontos fortes e fracos
de uma organização passando depois a se preocupar
também com o planejamento e a administração de
eventuais mudanças no ambiente organizacional.
Porém, em razão da imprevisibilidade cada vez
maior do ambiente de negócios, que exigia uma
postura mais dinâmica e integrada ao ambiente,
essa ideia entrou em crise. Nesse contexto a
Administração Estratégica ganhou espaço, por ser a
responsável pelo desenvolvimento e pela
implantação da estratégia.
Com o espantoso avanço da tecnologia presente nos
últimos anos tais mudanças ocorreram de forma muito mais
acelerada, apresentando cenários políticos, sociais e
econômicos extremamente complexos e competitivos.
Toda essa evolução permitiu, também, uma evolução sobre
as interpretações sobre Gestão Estratégica
Processo Contínuo
A Gestão Estratégica é um processo contínuo e circular
cujo objetivo é manter a empresa como um conjunto único
integrado a seu ambiente. Este processo abrange o
cumprimento de uma série de etapas por parte do gestor,
que envolvem:
Análise do ambiente;
Estabelecimento de diretrizes organizacionais;
Formulação, implementação e controle da estratégia.
A Gestão Estratégica também pode ser interpretada como o
processo de escolha dos caminhos que nos levarão aos
objetivos estratégicos definidos durante o Planejamento
Estratégico. Aqui a figura do Gestor torna-se
determinante pois é ele quem conduzirá estrategicamente
a organização dentro de ambientes dinâmicos.
Características da Estratégia
Uma decisão estratégica, geralmente, depende de várias
considerações, que contemplam aspectos externos e
internos da organização.
Podemos destacar 8 características que influenciam seu
sucesso. São eles:
1 – Atuação Global
Principalmente através da utilização da Internet, a
atuação global das organizações contemporâneas é uma
característica chave da Gestão Estratégica para o novo
ambiente mundial de negócios.
2 – Pró Atividade e Foco Participativo
O aprendizado deve proceder sempre de forma emergente e
sistêmica, através do auto-desenvolvimento e
comportamento proativo. Um processo com foco
participativo na elaboração e implementação da Gestão
Estratégica deve ser implementado ocasionando maiores
chances de se atingir os objetivos estratégicos.
3 – Incentivo a Inovação
O pensamento estratégico, diante do novo quando
internacional, exibe um comportamento mais criativo.
Assim, é necessário desafiar a criatividade de cada
funcionário, desenvolvendo novas estruturas de
conhecimento e novos processos de pensamento.
Uma organização inovadora consegue…$
Aperfeiçoar processos internos existentes;
Alcançar um patamar de competitividade totalmente novo
no mercado em que atua.
4 – Controle pelo BSC
Proposto inicialmente por Robert Kaplan e David Norton
em 1992, o Balance Scorecard – BSC é um modelo de
performance e desempenho empresarial através de
indicadores que apresentam os resultados obtidos durante
a execução das estratégias. Tais indicadores se baseiam
em 4 perspectivas que refletem a visão estratégica da
organização: financeira, cliente, processos internos e
aprendizado e crescimento. O BSC proporciona à
organização a visão atual e futura do negócio, de forma
abrangente e com um controle proativo dos objetivos
planejados.
O processo de Gestão Estratégica terá maior chance de
sucesso se a organização estiver em sintonia com seu
ambiente de negócio.
5 – Organizações em UEN
Toda e qualquer nova forma de controle organizacional
sempre visa obter uma melhor estruturação as
organizações. Seguindo esta linha Ansoff foi o pioneiro
em propor as Unidades Estratégicas de Negócio – UEN.
Tal conceito foi aprimorado e vem sendo aplicado a
várias organizações na atualidade.
A estruturação em UEN é descentralizada e possui, em
cada um de seus setores, uma autonomia para reproduzir ,
em grande parte, o todo organizacional. A organização
se torna então um conjunto de pequenas organizações
administradas com o o máximo de interdependência através
de:
Um intenso sistema de comunicação;
Uma filosofia organizacional compartilhada.
Então então a Lógica do Holismo, segundo o qual o todo
está nas partes e as partes estão no todo, ou seja, a
eficácia do todo é maior do que o somatório da
eficiência das partes.
6 – Ênfase em Alianças
Com o objetivo de criar novas alianças estratégicas com
objetivos mútuos, as Ênfases em Alianças tem se tornado
comuns e cada vez mais frequentes, deixando, cada vez
menos nítidas, as fronteiras nacionais e culturais. Tais
alianças podem ter como objetivo:
Formar alianças estratégicas;
Desenvolver novas tecnologias;
Compartilhar investimentos de pesquisa e
desenvolvimento;
Reduzir custos operacionais.
O pensamento estratégico enfatiza que as melhores
alianças são verdadeiras parcerias. Nesta situação
competência e interdependência de objetivos são
fundamentais.
7 – Sustentabilidade
A Gestão Estratégica defende a responsabilidade que cada
organização deve assumir durante o processo de produção
de seus bens ou serviços. Estas devem, principalmente
nos dias atuais, participar ativamente de um processo de
desenvolvimento sustentável.
Para Porter o desenvolvimento da responsabilidade social
passou por dois estágios:
Primeiro foi o da reação a pressões políticas, onde as
empresas passaram a desempenhar algumas ações voltadas a
sustentabilidade, mas não de maneira voluntária;
Segundo se inicia quando as empresas começaram a
perceber que a responsabilidade social é algo positivo e
que valeria a pena ser proativo.
Ele destaca ainda que, nos dias atuais, a
Responsabilidade Sócio Ambiental ( RSE ) deve ceder
lugar à Criação de Valor Compartilhado ( CVC ). Valor
Compartilhado é o valor econômico gerado por
organizações, atendendo a necessidades de cunho
socioambiental que sejam parte de seu Core Business.
Para Sachs, pode ser dividida nas seguintes dimensões:
Sustentabilidade Social;
Sustentabilidade Ambiental;
Sustentabilidade Econômica;
Sustentabilidade Espacial;
Sustentabilidade Cultura.
8 – Aprendizagem Contínua
Segundo a Gestão Estratégica uma resposta para o mundo
complexo e cheio de imprevisibilidade é a necessidade de
estarmos sempre aprendendo pois o aprendizado contínuo é
o caminho para uma vantagem competitiva. Para aprender
continuamente, a empresa necessita de um senso de
propósito claro e estratégico que deve ser voltado à
aquisição de novas capacidades e ao comprometimento real
com a experimentação contínua.
Senge apresenta a proposta da Organização Aprendiz, onde
o processo de desenvolvimento da aprendizagem contínua
ocorrem através de 5 disciplinas que convergem sobre
padrões de comportamento que funcionam em conjunto.
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