Abordagem Fisioterapêutica na Sindrome do Túnel do Carpo

Propaganda
1
Curso de Fisioterapia
ANA CLAUDIA IZEL OLIVA
ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA NA SINDROME DO TÚNEL DO CARPO
DECORRENTE DA LER, DORT EM MULHERES
2007
2
ANA CLAUDIA IZEL OLIVA
ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA NA SÍNDROME DO TÚNEL DO
CARPO DECORRENTE DA LER, DORT EM MULHERES
Monografia de Conclusão de Curso apresentada ao
Curso de Fisioterapia da Universidade Veiga de
Almeida, como requisito para obtenção do título de
Fisioterapeuta.
Orientador: Prof. Ricardo Cavalcante.
2007
3
ANA CLAUDIA IZEL OLIVA
ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA NA SÍNDROME DO TÚNEL DO
CARPO DECORRENTE DA LER, DORT EM MULHERES.
Monografia de Conclusão de Curso apresentada ao
Curso de Fisioterapia da Universidade Veiga de
Almeida, como requisito para obtenção do título de
Fisioterapeuta.
Aprovada em: ____/____/2007.
Banca Examinadora:
Prof(a):
Professor(a) da Faculdade de Fisioterapia da UVA. Presidente da Banca Examinadora.
Prof(a):
Professor(a) da Faculdade de Fisioterapia da UVA. Presidente da Banca Examinadora.
Prof(a):
Professor(a) da Faculdade de Fisioterapia da UVA. Presidente da Banca Examinadora.
Grau: ___________________.
4
Dedico esta Monografia, em primeiro lugar a
Deus, pela sabedoria e determinação. Aos meus pais,
João e Fátima, por todo apoio, compreensão e amor.
E minha avó Antônia, por seu amor e dedicação.
5
AGRADECIMENTOS
Agradeço em primeiro lugar, ao Senhor Jesus, por me conceder sabedoria, para realizar este
grande sonho.
Aos meus pais: minha mãe Fátima, uma mulher brilhante, que sempre esteve ao meu lado.
Ao meu saudoso pai João “Jango”, que sempre estará em meu coração. Foi um homem
trabalhador, que partiu fazendo o que amava, deixou exemplos que nunca esquecerei.
“Amava os filhos, o trabalho, o açaí, e seu time favorito” Botafogo”. Era a estrela solitária,
mas que nunca estava sozinha, porque o meu amor por ele era imenso.
A minha saudosa Avo Antônia, no qual, à distância, muito menos, o tempo, conseguiu apagar
o amor que eu sentia por ela. Com sua voz doce, seu jeito determinado de ser, nunca será
esquecida. Amava os filhos, netos a família com imensa dedicação e carinho.
Ao professor Ricardo Cavalcante, pela orientação, por seus conselhos úteis e preciosos com e
de extremo valor.
Aos meus familiares: irmãos e irmãs, “Leozinha”,“Aly”,em especial minha querida irmã
“Ana”, pois um dia quando pensei em desistir ela me falou ”Sua profissão é admirável, o
paciente deposita a esperança em você!”
Ao João Batista, pelo incentivo e apoio.
Minhas primas: Roberta, Ana Maria, Aline, Pamella, Paula, Adriana, Elmer, Thiago,e outros.
Ao meus tios, em especial Luiz Laborda, Minhas tias: Rosa, Maria Antonia, Socorro, Ray,
Fátima e toda a família Izel, e Oliva.
Aos meus cunhados: Alan Carlos, Karin Kharroubi, Rafael.
Aos meus sobrinhos: Micaela, Viviane, Vitoria, Rebeca,Michael, Stefano, João Vitor.
Agradeço a um amigo em especial Sokol Toto, por sua gentileza e apoio.
Agradeço a todos os professores, que de um modo especial marcaram a minha vida: Glece,
Rosana, Ivone, Diniz, Onesio, Antônio Martins, Oswaldo, Othon e outros admiráveis
professores.
Agradeço a meus amigos que conhece, nos estágios:Narja, Eduardo, Lú, Daniele, Luciana,
Katia e outros.
Os amigos da faculdade: Fátima, Danielle, Bianca, Franci, Rafaela, Anne, Felipe, e a todos
que indiretamente me ajudaram, com sua amizade, a seguir esta jornada.
6
“Mulher virtuosa quem a achará. O seu valor muito excede o de finas jóias. O coração do seu
marido confia nela, e não haverá falta de ganho”
(Provérbios 31, versículo 10)
7
RESUMO
A Síndrome do Túnel do Carpo, e uma patologia freqüente incluída nas Lesões por Esforços
repetitivos (LER), ou Distúrbios Osteomusculares relacionados ao Trabalho (DORT).Sendo,
que, o numero de trabalhadoras com esta síndrome, vem crescendo e somando-se a alarmantes
estatísticas sobre as doenças ocupacionais. Este estudo,tem como objetivo, apresentar e
informar, como a ergonomia associada à abordagem fisioterapêutica, e como será de grande
auxilio para encontrar soluções que ajudem profissionais que utilizam o segmento superior ,
mais especificamente o punho em sua atividade laboral.
Palavras-chave: trabalho, LER DORT, Síndrome do Túnel do carpo, punho, ergonomia
8
ABSTRACT
The Carpal tunnel syndrome is a frequent pathology enclosed in Repetitive Strain Injuries, or
Cumulative Trauma Disorders, related to the work, being the number that it of workers with
this syndrome, it comes growing and adding the alarming statisticians on the occupational
illnesses. This study it has as objective, to present and to inform as the associated ergonomics
the physical therapy boarding, as it will be of great, of to find solutions that help
professionals, that they use the superior segment, more specifically the fist in its labor
activity.
Key words: work, repetitive strain injuries, cumulative trauma disorders, carpal tunnel
syndrome, .fist, ergonomics.
9
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
LISTA DE FIGURAS
Figura 01: Trabalhadora na fabricação de tecidos .............................................................. 56
Figura 02: Área de dor e parestesia ................................................................................... 56
Figura 03: Teste de Phalen ................................................................................................ 57
Figura 04: Teste de Tínel ................................................................................................... 57
Figura 05: Nervo Mediano ................................................................................................ 58
Figura 06: Nervo Mediano e local de pressão .................................................................... 58
Figura 07: STC é provável local da cirurgia....................................................................... 59
Figura 08: Posição correta do punho durante a digitação .................................................. 59
Figura 09: Posição errada do punho durante a digitação ................................................... 59
Figura 10: Luvas antivibratórias ......................................................................................... 60
Figura 11: (Idem) ................................................................................................................ 60
Figura 12: Teclado ergonômico sem fio ............................................................................. 60
Figura 13: Apoio de punho para teclado ............................................................................ 61
Figura 14: Apoio de punho para mouse .............................................................................. 61
Figura 15: Ortese para punho com tala (túnel do carpo) .................................................... 61
Figura 16: Ortese para punho .............................................................................................. 62
Figura 17: Alongamento dos flexores do punho ................................................................ 62
Figura 18: Alongamento dos flexores do punho ................................................................ 62
Figura 19: Tração manual ................................................................................................... 63
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 01: Antecedentes de trabalho com movimentos repetitivos (620) pacientes ........ 63
Gráfico 02: Distribuição por função (620) pacientes .......................................................... 63
Gráfico 03: Distribuição segundo o local de queixas(620) pacientes ................................ 63
10
LISTA DE TABELAS
Tabela 01: Histórico da STC ............................................................................................... 53
Tabela 02: Causas da STC .................................................................................................. 53
Tabela 03: Dados do NIOSH ............................................................................................. 54
Tabela 04: Tipos de Prevenção ............................................................................................ 54
Tabela 05: Grupos de Exercícios ....................................................................................... 55
Tabela 06: Modelo de Elaboração dos Exercícios Laborais Compensatórios (MEELC) .. 55
Tabela 07: Benefícios da Atividade Física .......................................................................... 55
11
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
STC – Síndrome do Túnel do Carpo.
LER – Lesões por esforços repetitivos relacionados ao trabalho.
DORTS – Doenças osteomusculares relacionados ao trabalho.
NIOSH – National Institute for Occupational Safety and Health
NUSAT- Núcleo de referência em Doenças Ocupacionais da Previdência Social.
PREVLER – Instituto Nacional de Prevenção às LER DORT.
CAT – Comunicação de Acidente de Trabalho
INSS – Instituto Nacional do Seguro Social
OMS – Organização Mundial de Saúde.
ABERGO – Associação Brasileira de Ergonomia.
IEA – International Ergonomics Association.
BLS – Bureau of Labor Statistics
MEELC – Modelo de Elaboração dos Exercícios Laborais Compensatórios
12
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................ 13
1-LESÕES POR ESFORÇOS REPETITIVOS, DISTÚRBIOS OSTEOMUSCULARES
RELACIONADOS AO TRABALHO E A SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO ...............................
1.1 A História do Trabalho Feminino .........................................................................................................
1.2 A Epidemiologia ...................................................................................................................................
1.3 A Síndrome do Túnel do Carpo como Doença Ocupacional ................................................................
14
17
19
22
2-SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO ................................................................................................... 24
2.1 Histórico ................................................................................................................................................ 24
2.2 Etiologia ............................................................................................................................................... 25
2.3 Fisiopatologia ....................................................................................................................................... 26
2.4 Diagnóstico ........................................................................................................................................... 27
2.5 Sintomatologia ....................................................................................................................................... 28
2.6. Funções da Mão ................................................................................................................................... 30
2.7 Túnel do Carpo ..................................................................................................................................... 30
2.8 Nervo Mediano ..................................................................................................................................... 31
3-PREVENÇÃO E TRATAMENTO DA SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO ................................. 33
3.1 A Fisioterapia e os Exercícios Laborais ...............................................................................................
3.2 A Ergonomia no Ambiente de Trabalho ................................................................................................
3.3 A Relação Emocional X Incapacidade ..................................................................................................
3.4 Tratamento Conservador ......................................................................................................................
33
34
38
41
CONCLUSÃO .............................................................................................................................................. 44
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................................ 46
ANEXOS I ....................................................................................................................................................... 53
ANEXOS II ..................................................................................................................................................... 54
ANEXOS III .................................................................................................................................................... 55
ANEXOS IV .................................................................................................................................................... 56
ANEXOS V ..................................................................................................................................................... 57
ANEXOS VI .................................................................................................................................................... 58
ANEXOS VII .................................................................................................................................................. 59
ANEXOS VIII ................................................................................................................................................. 60
ANEXOS IX .................................................................................................................................................... 61
ANEXOS X ..................................................................................................................................................... 62
ANEXOS XI .................................................................................................................................................... 63
ANEXOS XII .................................................................................................................................................. 64
13
INTRODUÇÃO
A mão é considerada, um importante instrumento de trabalho, realizando inúmeras
funções, desde, manobrar empilhadeiras até os mais simples serviços. Por sua vez, a sutileza
das mulheres, com suas mãos delicadas, deram origem à, uma nova dinâmica na atividade
laboral.
Sendo que, por meio disto, alguns instrumentos de trabalho, tiveram que ser
adaptados, através da ergonomia, ao biótipo feminino.
Tarefas que eram antes, exclusivamente masculinas, são realizadas também por
mulheres, com dedicação e desempenho.
Nos dias atuais, com a influência do computador, e de outros fatores de risco, as
doenças ocupacionais, estão tendo mais destaque.
Sendo, que, entre elas, esta incluída a, STC, no qual esta associada ao conjunto de
doenças de origem laboral, dentre as LER, DORT.
A epidemiologia constata a prevalência do sexo feminino. Nos últimos anos, sendo
que a mulher vem sendo mais acometida por estas lesões, incluindo em destaque, a STC,
como uma das principais causas de afastamento de trabalho.
A abordagem fisioterapêutíca, vem sendo na medida do possível, de grande auxilio. A
ginástica laboral, como ferramenta preventiva, é utilizada por algumas empresas, e gerando
um bem estar no ambiente de trabalho.
14
1 LESÕES POR ESFORÇOS REPETITIVOS, DISTÚRBIOS OSTEOMUSCULARES
RELACIONADOS AO TRABALHO E A SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO LER.
O trabalho é uma atividade desenvolvida com o objetivo de produzir a riqueza. É
considerado, “o grande bem da humanidade”. E notório, como se ampliam as necessidades,
para ter sempre a melhor qualidade de vida.
Na atualidade o termo saúde do trabalhador, tomou novos parâmetros, com o
surgimento de doenças decorrentes das atividades laborais. Os países industrializados
testemunharam o aumento do numero de casos de doenças ocupacionais, denominadas de
Lesões por esforços Repetitivos ou Distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho
(DORT). No Brasil foi reconhecido como doença ocupacional em 1987.
A atual nomenclatura encontrada na literatura nacional foi modificada. Anteriormente,
era utilizado somente LER, que simplificava a questão, e trazia significado para os achados da
época. Mas, atribuíra somente aos esforços repetitivos a causalidade das doenças. Mas devido
aos avanços dos conhecimentos, mudou-se a concepção agora de que a LER era uma afecção
de caráter multifatorial, não atribuindo somente aos movimentos e esforços repetitivos a
determinação da doença. A mudança para o atual termo DORT alcançou parâmetros
abrangentes, demonstrando a compreensão de que não somente os aspectos relacionados à
repetição influenciavam para o surgimento de tais doenças.
Vários estudos demonstram maior prevalência no sexo feminino, quando comparado
aos homens. As tarefas e obrigações no trabalho são diferentes entre os sexos, inclusive
quando estão trabalhando na mesma indústria e ocupação. QUEIROZ. (Apud MESSING
2005), quando se refere aos riscos para a saúde das trabalhadoras do Canadá, indica que
recentemente alguns estudos começaram
E esclarecido, que a LER, DORT e um fenômeno mundial, citamos algumas
nomenclaturas usados em outros países, no qual varia muito. Assim, os Estados Unidos
recebe a denominação de Cumulative Trauma Disorders (CTD), no Japão Ocuppational
Cervicobrachial Disorders (OCD), na França Ocuppational Overuse Syndrome (OOS). E
recomendável, o uso simplificado para Work Musculoskeletal Disorders (WRMD) foi
adotado pelo Brasil, em 1998, tendo sido traduzido para Distúrbios Osteomusculares
Relacionados ao Trabalho (DORT).
15
[...] A natureza impõe ao gênero humano a necessidade de prover a vida
diária através do trabalho. Dessa necessidade, surgiram todas as artes como
mecânicas e as liberais, que não são desprovidas de perigos, como, alias todas as
coisas humanas. E forçoso confessar que ocasionam não poucos danos aos artesões,
certos ofícios que eles desempenham. Onde esperavam obter recursos para sua
própria manutenção e a da família, encontram graves doenças e passam a amaldiçoar
a arte a qual se haviam dedicado (idem) 1.
As doenças ocupacionais estão mais presentes no dia a dia do trabalhador. A LER,
DORT, esta sendo uma das principais conseqüências de perdas de inúmeros empregos.
Apesar das empresas da modernização da tecnologia, e com o surgimento da informática.
Presente em grandes companhias e, em milhares de lares, sendo que, e quase impossível evitar
o uso em excesso, durante um longo tempo, e associado a uma má adequação ao ambiente,
poderá influenciar
As causas de LER, DORT são diversas: Força Excessiva, Posturas Incorretas,
Vibração e Compressão, Repetitividade.
Segundo OLIVEIRA (1991) “[...] São desordens neuro-músculo-tendinosas de origem
ocupacional, que atingem os membros superiores, espádua e pescoço causadas pelo uso
repetitivo e forçado de grupos musculares ou manutenção de postura forçada”.
[...] transtornos funcionais, transtornos mecânicos e lesões de músculos e;
ou tendões e; ou fáscias e; ou nervos e; ou de bolsas articulares e pontas ósseas nos
membros superiores ocasionados pela utilização, biomecanicamente, incorreta dos
membros superiores, que resultam em dor, fadiga, queda da performance no
trabalho, incapacidade temporária e, conforme o caso pode evoluir para uma
síndrome dolorosa crônica, nesta fase agravada por todos os fatores psíquicos
(inerentes ao trabalho ou não) capazes de reduzir o limiar de
Sensibilidade dolorosa do individuo. (Couto, 1991) 2
Os fatores que colaboram, para a formação da TRIADE da lesão ocupacional são:
mobiliário inadequado, ausência de conhecimentos sobre a ergonomia e estilo de vida
1
___________. LER – Lesoes por Esforco Repetitivo. Fasciculo 1.Centro Brasileiro de Ortopedia Ocupacional.
São Paulo.1996.
2
COUTO, H.A . Guia Prático: tenossinovites e outras lesões por traumas cumulativos nos membros superiores
de origem ocupacional. Belo Horizonte.Editora: Ergo. 1991.
16
incoerente. E sexo feminino e o mais acometido, dentre essas lesões estão incluídos a
Síndrome do Túnel do Carpo, acometida por exercício repetitivo. (Barbosa, 2005)
A LER, DORT, segundo o Ministério da Previdência Social, através da Norma
Técnica para Avaliação da Incapacidade (1993), fica como estágios evolutivos:
Grau I: Sensação de peso e desconforto no membro afetado. Dor espontânea
localizada nos membros superiores ou cintura escapular, ás vezes com pontadas que aparecem
em caráter ocasional durante a jornada de trabalho e não interferem na produtividade. Não há
uma irradiação nítida. Melhora com o repouso. E em geral leve e fugaz. Os sinais clínicos
estão ausentes. A dor pode se manifestar durante o exame clínico, quando comprimida a
massa muscular envolvida. Tem um bom prognóstico.
Grau II: A dor e mais persistente e mais intensa e aparece durante a jornada de
trabalho intermitentemente. E tolerável e permite o desempenho da atividade profissional,
mas já com reconhecida redução da produtividade nos períodos de exacerbação. A dor tornase mais localizada e pode estar acompanhada de formigamento e calor, além de leves
distúrbios de sensibilidade. Pode haver uma irradiação definida. A recuperação e mais
demorada mesmo com o repouso e a dor pode aparecer, ocasionalmente, quando fora do
trabalho durante as atividades domesticas. Os sinais clínicos, de modo geral, continuam
ausentes. Pode ser observada, por vezes, pequena nodulação acompanhando a bainha dos
tendões envolvidos. A palpação da massa muscular pode revelar hipertonia e dolorimento.
Prognóstico favorável.
Grau III: A dor torna-se mais persistente e mais forte e tem irradiação mais definida. O
repouso em geral somente atenua a intensidade da dor, nem sempre fazendo-a desaparecer por
completo, persistindo o dolorimento. Há freqüentes paroxismos dolorosos mesmo fora do
trabalho, especialmente à noite. E freqüente a perda de força muscular e parestesias. Há
sensível queda da produtividade quando não impossibilidade de executar a função. Os
trabalhos domésticos são limitados ao mínimo e muitas vezes não são executados. Os sinais
clínicos estão presentes. O edema e freqüente a recorrente, a hipertonia muscular e constante,
as alterações da sensibilidade estão quase sempre presentes, especialmente nos paroxismos
dolorosos e acompanhados por manifestações vagas como palidez e hiperemia e sudorese na
mão. A mobilização ou palpação do grupo muscular acometido provoca dor forte. Nos
quadros com comprometimento neurológico compressivo a eletroneumiografia pode estar
alterada. Nessa etapa o retorno a atividade produtiva e problemática. Prognostico reservado.
Grau IV: A dor e forte continua, por vezes insuportável, levando o paciente a intenso
sofrimento. Os movimentos acentuam consideravelmente a dor, que em geral se estendem a
17
todo o membro afetado. Os paroxismos de dor ocorrem mesmo quando o membro esta
imobilizado. A perda de força e a perda do controle dos movimentos se fazem constantes. O
edema e persistente e podem aparecer deformidades, provavelmente por processos fibróticos,
reduzindo a circulação linfática de retorno. As atrofias, principalmente dos dedos, são comuns
e atribuídas ao desuso. A capacidade de trabalho e anulada e a invalidez se caracteriza pela
impossibilidade de um trabalho produtivo regular. Os atos da vida diária são também
altamente prejudicados. Nesse estagio são comuns as alterações psicológicas com quadros de
depressão, ansiedade e angustia. Prognostico sombrio.
´[...] O fenômeno DORT deve ser entendido como sendo o produto das
interações que ocorrem entre o ser humano e seu ambiente, havendo a presença de
condições físicas e psíquicas predisponentes, associadas a uma ambiente de trabalho
facilitador, cada vez mais incentivador de aspectos quantitativos em detrimento aos
aspectos qualitativos. (Deliberato, 2002) 3
1.1 A História do Trabalho Feminino
A mulher e um ser admirável, que ao longo da historia demonstrou empenho e
determinação, na busca de suas conquistas.
As mulheres historicamente sempre atuaram no mercado de trabalho, mas foi no final
da década de 60 e inicio de 70, com a Revolução Sexual nos Estados Unidos, que aumentou a
presença feminina na área profissional, e atualmente e a forca propulsora laborativa no mundo
globalizado. (O’neill, 2000)
Quando ocorreu, a I e II Guerras mundiais, elas tiverem que assumir a posição
masculina no mercado de trabalho.
Era representada principalmente pelas jovens, antes do casamento. Ao termino da
guerra, muitos homens retornaram a seus lares, mas vieram consigo as conseqüências, porque
estavam impossibilitados de retornar a seus postos de trabalho, devido a traumas emocionais e
físicos. A realidade pós-guerra mostrou um novo parâmetro, agora, tinha a obrigação de levar
o sustento à família.
3
DELIBERATO,Paulo C.P.Fisioterapia preventiva: Fundamentos e aplicações.1 ed. São
Paulo.Editora.Manole.2002.pág 123.
18
Na segunda metade do XVIII, com o surgimento de grandes transformações ocorridas
no processo produtivo, às mulheres continuavam em uma rotina de trabalho exaustiva cerca
de ate 17 horas por dia, em péssimas condições de trabalhos, em ambientes úmidos portas e
janelas fechadas, e sem o direito a ir ao banheiro, beber água, submetidas a espancamentos e
ameaças sexuais constantes, e sofrendo pela imensa desigualdade salarial.
Devido a estas circunstancias, iniciou-se a Revolução Industrial na Inglaterra, (17801850) 1 fase, e (1850-1900) 2 fase. Foi um grande marco, que representou o momento da
mudança, a consolidação do capitalismo.
No dia 8 de marco de 1857, em uma fabrica têxtil, em Nova Iorque, 129 operarias
morreram queimadas numa ação policial, somente pelo fato de realizarem uma greve, no qual
reivindicavam melhores condições de trabalho: a redução do tempo de serviço de 14 para 10
horas diárias, o direito a licença-maternidade.
Durante o II Congresso Internacional de Mulheres Socialistas, realizado em 1910, pela
ativista pelos direitos femininos, Clara Zetkin, propuseram que o dia 8 de março fosse
declarado como o Dia Internacional da mulher, em homenagem as tecelãs de Nova Iorque.
Á partir da década de 60, com o fortalecimento do movimento feminista, o dia
internacional da mulher foi comemorado com mais intensidade em todo o mundo. A mulher
passou a ter destaque na sociedade, ganhou espaço no mercado de trabalho, o fruto de uma
longa jornada de sacrifícios, que geraram conquistas, que às mulheres atualmente podem
desfrutar: a liberdade de poder trabalhar, ter uma carreira, votar, sustentar a sua família.
No Brasil, a história não foi diferente. As mulheres continuaram na luta do
reconhecimento de melhores condições de trabalho, a industrialização teve inicio no nordeste
do país entre as décadas de quarenta e sessenta. Muitas greves e mobilizações eram realizadas
nas fabricas, no período de 1890 a 1930.
Apesar do elevado numero de trabalhadoras presentes nos primeiros estabelecimentos
fabris brasileiros, As barreiras enfrentadas pelas mulheres para participar do mundo dos
negócios eram sempre muito grandes, independentemente da classe social a que
pertencessem. (Priore, 2004)
Alem de enfrentar os baixos salários, as discriminações, agora estavam co uma dura
realidade, ter que enfrentar o desemprego. A classe social dominada pelos homens, não
aceitava o fato, de a mulher trabalhar fora do lar, porque acreditavam que este
comportamento, levaria a degradação da família, ou seja, a mulher não teria tempo para cuidar
da família, e organizar as tarefas do lar. Estas obrigações eram algum que fazia parte da
sociedade da época. Com o surgimento da ditadura militar, as mulheres foram mais
19
oprimidas, sendo que muitas perderam suas vidas, ou buscaram asilo político em outros
países.
Hoje, a constituição de 1988 concedeu muitas vitorias: licença a gravidez sem perder o
emprego ou salário, entre outros benefícios Leis e projetos de leis foram criados em todo o
mundo e passaram a beneficiar as mulheres. Antes não tinha direito a hora extra, e
trabalhavam somente ate o quinto mês de gravidez, e não podiam trabalhar em turno. Algo
que nos pólos industriais, a forma feminina e essencial.
1.2 A Epidemiologia
A maior incidência esta refletida no sexo feminino, pois estão mais expostas ao risco
de estresse, segundo a pesquisa 54% apresentaram sintomatologia. Alem disso, outros fatores
também contribuíram para desencadear LER, DORT como: a desigualdade nas oportunidades
de trabalho, e os fatores do risco. Isto influencia, para. O aumento dos índices de diagnostico,
sobre LER, DORT pelos médicos.
Uma pesquisa realizada, em uma população de 119 pessoas, foi constatado que 39,5%
dos pacientes com diagnósticos clinico definido, já na primeira consulta, já possuíam algum
tipo de DORT de Grau II, 32,8% Grau III, 10,9% Grau IV, somente 16,8% apresentavam
Grau I em seus estágios iniciais.
Em vários países o contingente de trabalhadores atingidos pela LER, DORT e
síndrome do túnel do carpo, vem crescendo.
A respeito destas mudanças no ambiente de trabalho, o Instituto Nacional de
prevenção as LER, DORT o “PREVLER”, juntamente com o Instituto de pesquisas Data
folha, constataram, que somente na cidade de São Paulo, foram registrados 310 mil
trabalhadores com diagnostico positivo, com relação das doenças osteomusculares
relacionadas ao trabalho. Vejamos alguns dados importantes:
LER, DORT atinge especialmente trabalhadores que fazer horas extras, estão
sujeitos a móveis e posturas desconfortáveis e utilizam computador no
trabalho.
36% dos trabalhadores com diagnóstico afirmam que sintomas não prejudicam
desempenho no trabalho.
53% dos trabalhadores com algum sintoma não procuraram médico.
20
Trabalhadores que estão sujeitos a condições ambientais impróprias no local,
de trabalho, como desconforto de postura e móveis desconfortáveis, são mais
atingidos por dores freqüentes (69%), dormência ou formigamento um terço,
sentem inchaço em alguma parte do corpo (22%). Sendo que dormência e
formigamento são mais intensos nos punhos, ombros e braços.
26% dos que sentem dores nos dedos das mãos e nos punhos afirmam que dor
é intensa.
Inchaços são mais intensos nos punhos, nos pés e nos dedos das mãos.
Segundo dados da Folha de São Paulo, PERES (2007), o Ministério da Previdência
Social gastou R$ 981,4 milhões entre 2000 e 2005 para pagar auxílio-doença a 25,08 mil
bancários afastados do trabalho por doenças causadas por movimentos repetitivos.
The Bureau of Labor Statistic (BLS) nos Estados Unidos (Departamento da Estatistica
do Trabalho), constatou em uma pesquisa no ano de 2006, que o número de casos da
síndrome de túnel do carpo, reduziu cerca de 21%, e, em trabalhadores com cinco anos ou
mais de serviço reduziu 27%de trabalho, referente a este tipo de doença.
Segundo, BOWLER, (2001) refere que, dentre as lesões por esforços repetitivos a
Síndrome do Túnel do Carpo atingiu proporções epidêmicas entre mulheres em algumas
ocupações.
[...] A discussão sexual do trabalho mostra que as mulheres estão nas
tarefas mais repetitivas, fragmentadas, nas funções que mais geram doenças. As
mulheres ficam doentes não por serem mais frágeis, elas estão mais expostas porque
são a Mao de obra que auxilia o desenvolvimento do Brasil. Os empresários em sua
maioria preferem as trabalhadoras porque a produtividade, perfeccionismo,
paciência, delicadeza na execução das tarefas e dedicação são maiores do que a dos
homens. (Oneill 2000) 4
Segundo NICOLETTI (1999) “uma pesquisa realizada com 620 pacientes, com LER,
540 (87%) eram do sexo feminino, e 80 do sexo masculino (13%). E a faixa etária mais
acometida, era dentre os 26 a 35 anos, a maioria em sua fase produtiva”.
As pesquisas realizadas no Brasil, não comprovam a quantidade de trabalhadores
afetados com síndrome do túnel carpo, mas através dos dados de LER, DORT, podemos
chegar especificamente, aos sintomas, o qual pode ser concluído através de exames
específicos.
4
ONEIL, M.J.As mulheres e o risco de LER.Folha de S.Paulo. SãoPaulo 02.04.2000
21
[...]o número de 310 mil vitimas dessas enfermidades detectado na pesquisa
está muito acima dos 19 mil casos de doenças ocupacionais registrados pelo
Ministério da Previdência no ano passado.Ainda assim, a própria pesquisa dá sinais
de que o número pode estar muito abaixo da realidade. Por exemplo, se forem
acrescentados a esse universo os trabalhadores que tiveram diagnóstico de tendinite
(6%) e parte daqueles diagnosticados com “problemas na coluna”, o numero de
vitimas da LER,DORT dobraria. (Colluci,2001)5
[...] os dados oficiais ocultam a realidade das doenças ocupacionais. Os
casos de doenças do trabalho no Brasil caíram 37% em dois anos. Em 1998, foram
30.489 registros. Em 99, o total caiu para 23.903 e, em 2000, ficou em 19.134 casos,
num universo de 24 milhões de trabalhadores. O intrigante é que de 1980 a 1997, os
números foram de alta constante. No ano de 1980, foram registrados 3.713 casos de
doenças ligadas ao trabalho. Em 1997, o número chegou a 36.648. Para os
especialistas em LER, DORT está ocorrendo subnotificação dos casos, ou seja, os
trabalhadores ficam doentes, mas não recorrem à Previdência por medo de perder o
emprego. (idem) 6
Na maioria dos casos diagnosticados, o paciente omitiu a informação ao empregador,
este devido a isto não emitiu a CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho), esses dados não
foram oficialmente contabilizados. Diferente dos números registrados pelo Ministério da
Previdência Social.
A epidemiologia de uma doença é um dado muito importante, com isso pode-se
analisar, e discutir melhores abordagens de tratamento e prevenção. E sem duvida, necessita
da colaboração mutua, entre: empregador, trabalhador, Ministério da Saúde, e os profissionais
da saúde. Não são apenas, números, mais vidas, que estão sendo modificadas, pelas doenças
ocupacionais, principalmente a STC.
Nos, Estados Unidos, por exemplo, existe uma melhor abordagem sobre o assunto,
mas ainda não e uma estimativa de confiança, pois continua sendo uma questão bastante
delicada. As últimas estatísticas (1997-2000) relatado pelo departamento do trabalho e das
estatísticas e pelo National Institute for Occupational Safety and Health (NIOSH), relata os
5
COLLUCI,Claudia; BIANCARELLI,Aureliano. LER,DORT – atingem 310 mil paulistanos. Folha de São
Paulo.São Paulo.2001.
6
_______________. LER;DORT – atingem 310 mil paulistanos. Folha de São Paulo.São Paulo.2001.
22
seguintes dados importante. 19 novos estudos reportaram os resultados da associação entre
repetição, como a freqüência ou duração das tarefas pertencentes ao pulso e mãos.
1.3- A Síndrome do Túnel do Carpo como Doença Ocupacional
Na atualidade, muitas carreiras são atribuídas à tecnologia avançada e o esforço
rotineiro, principalmente nos membros superiores, em destaque aos: cotovelos, pulsos e mãos.
OLIVEIRA (2006) relata que, a extensão em que o trabalho contribui para o
aparecimento e desenvolvimento da síndrome é de grande interesse para prevenção, mas a
influência dos fatores de trabalho não é controversa.
Alguns estudos concluem que há pouca evidência que sustente a hipótese de que a
STC é causada pelo trabalho, enquanto outros propõem que mais da metade dos casos é
devida a fatores do trabalho.
Pessoas em quaisquer ocupações que envolvem força ou repetição nas mãos é um
risco de ter STC. Pode levar à secretaria em lágrimas com a dor no final do dia. Esta condição
e tratável e pode ser prevenida. (Montgomery, 2007)
[...] quando se refere aos riscos para a saúde das trabalhadoras do Canadá,
indica que recentemente alguns estudos começaram a identificar os riscos associados
aos empregos majoritariamente femininos. Para este autor, e notório que certas
atividades – como as da construção civil, obras publicas ou extração mineiraimplicam em uma forte solicitação do sistema muscular ou esquelético e exigem
esforços pontuais, que na sua maioria, são executados por homens. Isto não
necessariamente afirma que as atividades femininas são fisicamente pouco
exigentes. Na indústria e nos serviços as mulheres desempenham freqüentemente
tarefas que demandam pouca força, mas com movimentos muitos repetitivos,
associados a posições incomodas. 7
Um estudo realizado pelo National Institute for Occupational Safety and Health,
demonstrou que mais de oito ou nove repetições por minuto, impedem o punho de ter tempo
7
CHIARELLO,Berenice et al.: Fisioterapia Reumatológica. 1 ed. São Paulo.Atheneu.2005. págs:276-283.
23
suficiente para produzir o fluido lubrificante da articulação. O atrito subseqüente, na ausência
de lubrificação, causa edema e lesões. E, constatou, dentre de 19 realizados, no qual a
associação entre repetição, como a freqüência ou duração das tarefas pertencentes ao pulso e
mãos.
Diversas pesquisas relatam que as doenças ocupacionais, são a segunda causa de
afastamento e gerando prejuízo e o afastamento temporário ou total do serviço.
Segundo PERES (2007) o Ministério da Previdência Social gastou R$ 981,4 milhões
entre 2000 e 2005 para pagar o auxilio doença a 25,08 mil bancários afastados do trabalho por
doenças causadas por movimentos repetitivos. Cada um desses trabalhadores ficou um ano e
meio afastado, em média, somando 14,9 milhões de dias sem trabalhar.
De acordo com, DELIBERATO (2002) destaca que, em 1997, o governo norteamericano calculou um prejuízo de mais de US$ 418 bilhões em custos diretos com as lesões
musculoesqueléticas ocupacionais e mais US$ 837 bilhões em custos indiretos, totalizando
US$ 1,26 trilhões.
Somente no ano de 1987, as doenças de origem ocupacionais foram reconhecidas no
Brasil.
Segundo, O’NEILL. M.J (2000) relata que, novas alterações no mundo do trabalho
foram sentidas pelos trabalhadores, através da introdução da informatização em todos os
setores. As mulheres provaram através de sua capacidade que tem autonomia para
desempenhar um bom trabalho, mas devido a STC, algumas carreiras estão sendo
interrompidas.
De acordo com, MORAES (2000), relata que, nos dias atuais, os trabalhadores
constituem o ativo mais precioso das empresas. Na medida em que a concorrência aumenta e
a economia se globaliza, a importância do trabalho bem feito, da eficiência e da produtividade
é questão de vida ou morte para as empresas.
24
2 SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO
2.1 Histórico
A questão saúde e bem estar, no ambiente de trabalho, e acontecimento de longa data.
Em 1700, um renomado medico italiano, Bernardino Ramazini escreveu De Morbis Artificum
Diatriba.
Relatava os sintomas que os escribas sentiam na época. Com destaque para os
processos inflamatórios nos punhos devido ao excesso dos movimentos repetitivos.
Anos depois, em 1713, escreveu: Doenças dos Trabalhadores. Ele e considerado o
criador da Medicina Ocupacional. Fundamentou sua obra no estudo de 54 profissões.
A STC não e uma doença nova, foi descrita pela primeira vez por Sir James Paget em
1854.
Com o avanço tecnológico, é a intensificação do trabalho repetitivo, a STC, esta
recebendo maior destaque, entre as doenças ocupacionais nos últimos tempos.
Sendo, que o sexo feminino esta sendo mais atingido, geralmente é bilateral, ou seja,
atinge ambos os punhos.
Nas décadas de 40 e 50, a partir do desenvolvimento dos testes e estudos das
conduções sensitivas e motoras, neurologistas e cirurgiões, buscaram respostas para as
patologias de origem ocupacional. Tornou-se de maior conhecimento, a partir quando ouve
interesse de pessoas dedicadas a cuidar do ser humano.
[...] Essas doenças não são novas. Elas existem desde que o ser humano
apareceu na face da terra. No entanto, sua prevalência tem aumentado
significamente nas ultimas décadas, em conseqüência do envelhecimento da
população e em concordância com o conjunto de fatores políticos, sociais e
econômicos que regem o nosso “jeito moderno de viver. 8
Muitos acontecimentos aconteceram depois da descoberta de James Paget, no entanto,
as dúvidas a respeito da doença, é a melhor abordagem de tratamento ainda continua sendo
uma barreira a ser transpassada.
8
NICOLETTE, Sergio. LER – Lesôes por Esforços Repetitivo. Fasciculo 1.Centro Brasileiro de Ortopedia
Ocupacional. São Paulo.1996.
25
2.2 Etiologia
A etiologia da síndrome do túnel do carpo é multifatorial, pois engloba várias causas.
Por isso é importante uma abordagem na analise dos sintomas, testes clínicos e exames, com o
objetivo de descobrir a verdadeira causa, “laboral ou extra-laboral”. Como por exemplo, a
artrite reumatóide e outras patologias.
As formas de vibração que ocorrem em freqüências de 8 a 100hz, com alta aceleração,
são especialmente danosas. Também e relevante a compressão mecânica na base das mãos.
(Couto, 1998)
O uso de ferramentas, que fornecem pressão no punho e mãos, e vibrações, constitui
uma das causas que favorecem o surgimento da síndrome do túnel do carpo, na atividade
laboral, e podem acarretar lesões crônicas dos nervos. No qual, vai dificultar a realização de
inúmeras tarefas.
Ferramentas inadequadas (geralmente curtas), como chaves de fenda, cuja base
se apóia sobre a base da mão;
Concentração de força na base da mão, como por exemplo, ao realizar
determinadas tarefas que exigem do trabalhador, pressionar com a base da mão
ou usá-la como se fosse um martelo;
Uso freqüente de alta intensidade de força, como por exemplo: ao usar uma
chave de fenda inadequada ou, quando torcer uma porca usando força
excessiva;
Ferramentas vibratórias.
26
2.3 Fisiopatologia
A STC é considerada a neuropatia compressiva mais freqüente. A síndrome do túnel
do carpo é produzida pela compressão do nervo mediano na sua passagem pelo punho.
RUARO (2003)
Segundo: BARBOSA (2005) a síndrome do túnel do carpo, decorre da compressão do
nervo mediano ao nível do carpo, para o ligamento anular do carpo, que se apresenta muito
espessado e enrijecido. Por, fasciite desse ligamento.
O túnel do carpo encontra-se estreito, e dificulta o livre trânsito dos músculos flexores
dos dedos, e como conseqüência, ira aumentar os atritos entre os tendões e ligamentos,
desenvolvendo tenossinovite e tendinite.
Segundo NICOLETTI (1999) As lesões traumáticas periféricas, produzem danos, que
precisam do comando de unidade controladoras do SNC para serem reparados. E quando,
ocorre, exposição prolongada aos movimentos vibratórios, ocasionam efeitos deletérios sobre
os nervos periféricos.
Os nervos periféricos são freqüentemente traumatizados, resultado de esmagamentos
ou secções que trazem como conseqüência perda ou diminuição da sensibilidade e da
motricidade no território inervado.
A pressão normal dentro do túnel do carpo é de 2,5 mmhg, e durante a extensão ou
flexão total do punho aumenta para 30 mmhg. Nos pacientes portadores de síndrome do túnel
do carpo, a pressão encontra-se entre 90 mmhg, provocando assim uma compressão do nervo
mediano.
[...] estudos experimentais mostraram a seqüência dos eventos que ocorrem
no nervo periférico quando submetido à aplicação de forças externas compressivas
elevadas. Pressões induzidas experimentalmente em torno de 130 a 150 mmhg
levaram ao bloqueio agudo da condução nervosa, e pressões maiores causaram
alterações na morfologia da fibra nervosa. Esses mecanismos resultam em alteração
da condução nervosa. 9
O distúrbio da condução nervosa pode ocorrer pela alta pressão exercida durante um
curto período de tempo, e tanto a isquemia quanto os fatores mecânicos são os principais
responsáveis. Dependendo do estágio, quando a causa e retirada, a alteração e normalizada.
9
FREITAS, Paula Pardini. Reabilitação da Mão. Editora::Atheneu. Rio de janeiro. 1 ec. Pag.275-282.9
27
2.4 Diagnóstico
O diagnostico da STC é realizado, por meio de um histórico cuidadoso, exame físico
minucioso do membro superior, principalmente da área acometida, o punho e mão. Através de
testes e exames específicos, avaliando as funções motoras e sensitivas.
O exame clinico na maioria dos casos, é insuficiente para determinar o diagnostico,
então e necessário alguns exames complementares, no qual ira analisar a intensidade do
comprometimento do nervo, e para investigar as alterações anatômicas locais, ou a presença
de tumores. Vejamos alguns testes e exames essenciais para o diagnostico de STC:
a) Phalen - é um sinal especifico e indicativo da síndrome do túnel do carpo, e
realizado da seguinte forma: pede-se ao paciente que realize a manobra de
hiperflexão de ambos os punhos, durante um minuto. Esta posição aumenta a
pressão no túnel do carpo e no nervo mediano. Quando o diagnostico é positivo,
provoca o formigamento (hipoestesia) e a dor (hiperestesia) na mão. Em 66 a80%
dos casos, e 16 a 20% de pacientes sem síndrome do túnel do carpo, podem
apresentar estes sintomas.
b) Sinal de Tínel - Consiste em uma percussão direta ao nervo mediano. Quando o
teste e positivo o paciente relata: dor e formigamento no polegar, ou dedo médio.
Pode ser positivo em 56 a 67% dos pacientes com STC. E necessário também, ter a
comprovação de eletroneutromiografia (ENMG).
c) A eletroneumiografia, (EMNG) - Mede a relação de velocidade de impulsos
elétricos. Na, STC, o impulso é retardo quando passa pelo túnel do carpo. E
necessário também realizar: RX simples – AP, Perfil e incidência para túnel do
carpo, a Tomografia Computadorizada e Ressonância Magnética. Os exames
laboratoriais podem ser incluídos, com o objetivo de pesquisar, se a origem é
sistêmica, inflamatória, endócrina ou metabólica.
Em 1992, destacaram a utilidade do teste de Phalen para o diagnostico e ressaltaram
que a combinação dos testes de Tínel e Phalen pode ser positivo em 88% dos pacientes. Os
indivíduos normais podem apresentar também, o sinal positivo de STC, em 20% dos casos.
(Freitas, 2007)
O teste de Durkan é uma alternativa, pouco conhecida, sendo realizado através da
compressão digital do nervo mediano no punho, é o mais sensível e especifico, sendo muito
28
utilizado nos pacientes que perderam a capacidade de flexão do punho (rigidez, deformidades)
ou apresenta punho doloroso.
Outro teste que não e pouco realizado, mas de grande ajuda, é o teste do torniquete
pneumático, descrito por Gilliant e Wilson em 1953.
A partir dos testes clínicos e exames complementares, o profissional da medicina do
trabalho, terá os dados necessários, para verificar, se a sua origem. E ocupacional, ou seja,
distinguir os fatores laborais e extra laborais.
Depois seguira, para uma segunda etapa Informando ao INSS através da CAT, para
poder continuar recebendo seus rendimentos. E assim, poder, realizar o tratamento adequado
para evitar que a doença tenha agravantes.
2.5 Sintomatologia
Os sintomas são de caráter noturno, e o paciente relata a sensação de mão gorda e
inchada, geralmente associada à sensação de fraqueza, no qual, nem conseguem segurar um
objeto, deixando-o cair freqüentemente.
Segundo, KOUYOUUMDJIAN (1999), a alteração reversível rápida das fibras
nervosas, relacionado a isquemia, ou também chamado bloqueio agudo fisiológico
rapidamente reversível, E, a Anormalidade estrutural que se desenvolve lentamente nas fibras
nervosas como resultado da pressão abaixo do retinacúlo flexor (ligamento transverso do
carpo). Os pacientes com síndrome do túnel do carpo, são classificados em três grandes
grupos ou categorias:
1-Sintomatologia leve intermitente: Dor, dormência e formigamento na área de
representação do nervo mediano, predominantemente noturno, acordando o (a)
paciente varias vezes, sintomas diurnos posicionais como dirigir autos, segurar objetos
na mesma posição ou fazer trabalhos manuais; o retorno à normalidade é alcançado
rapidamente por mudança de postura ou movimentação das mãos; o exame
neurológico esta normal e os testes de Tínel e Phalen podem estar positivos. O teste
de Tínel é controverso, sendo positivo em 66% dos pacientes com STC e em 20% dos
controles normais. O exame de condução nervosa pode estar normal (anormalidade
isquêmica rapidamente reversível) ou revelar lentificação incipiente da condução do
nervo mediano do carpo.
29
2-Sintomatologia persistente: Déficit sensitivo e perda da habilidade manual (déficit
para pinçamento); dor tipo queimação, dormência mais acentuada, sensação de edema
e congestão na mão; melhora muita mais lenta mesmo com mudança de postura ou
movimentação das mãos; o exame neurológico revela déficit sensitivo e motor, Tínel e
Phalen positivos e eventualmente atrofia tênar; os achados clínicos não dependem do
tempo de compressão e sim do grau de lesão do nervo mediano. O exame de condução
nervosa revela lentificação evidente do nervo mediano do carpo.
3-STC grave: Acentuada perda sensitiva, inclusive discriminação de dois pontos, com
déficit funcional grave e acentuado atrofia tênar e de pele; prognostico mais reservado
mesmo após descompressão.
A síndrome do túnel do carpo é a patologia freqüente que se expressa por dor e
parestesias nas mãos, comumente em pacientes com idades entre 30 e 50 anos, quase sempre
não há dificuldade diagnostica nos casos típicos. (Barbosa, 2006)
Existe ainda há incerteza, no qual muitos pacientes relatam além das implicações
clinicas, problemas jurídicos e sociais. Possivelmente porque, inexiste um critério clinico
ideal para o diagnostico, pois os dados da maioria dos estudos são derivados de pacientes
atendidos em serviços especializados, o que significa que os sintomas descritos são
comumente de pacientes com sintomatologia mais grave, que já procuraram assistência
médica.
[...] Os sintomas mais freqüentes são dor e parestesia referente na face palmar do
punho e da mão, principalmente os achados clinico- epidemiológicos encontrados na
literatura e os sintomas são: Dor, parestesia, formigamento na região do polegar e
indicador e médio e indicador. Alguns pacientes ainda podem referir dor na região
superior do antebraço e ombro. Parestesia (sensação anormal como formigamento ou
queimação, não causada por estímulos externos), hipoestesia (diminuição geral da
sensibilidade) e às vezes disestesias (perturbações na sensibilidade tátil) geralmente
são referidas no território correspondente no nervo mediano” 10
______________________. Reabilitação da Mão. Editora::Atheneu. Rio de janeiro. 1 ed. Pag.275-282.10
30
2.6 Funções da mão
A mão realiza funções de preensão onde os dedos comprimem um objeto contra a
palma (movimento de força) e de pinça, onde dois dedos seguram um objeto entre eles
(movimento de preensão), também denominada de “força de garra e movimento de pinça.
Pode ser caracterizada por seis funções: pinça palmar, compreensão digital, pinça
lateral, pinça pulpar, compressão palmar e preensão.
Mas, somente a preensão pode realizar movimentos de força, sem ter um elevado risco
às lesões. E, quando e submetida á situações desfavoráveis de trabalho, compromete sua
estrutura. Também realiza diversas posturas para executar os movimentos: extensão, flexão,
movimento de pinça, desvio radial, desvio ulnar.
As tarefas delicadas que envolvem a manipulação precisa. A função de pinça nos
proporciona, as habilidades motoras finas apropriadas, que envolvem manipulação precisa
pela precisão de movimentos (força) (Couto,1996)
2.7 Túnel do Carpo
O túnel do carpo (ou canal do carpo) anatomicamente esta situado na face ventral do
punho e tem os ossos do carpo como seu assoalho e o ligamento transverso do carpo
(retináculo dos flexores) formando seu teto. Com um cumprimento de aproximadamente de 6
cm e com 3 cm de largura estende-se do punho até a palma da mão e comporta em seu interior
o nervo mediano e 9 tendões
É uma estrutura osteoligamentar bem definida, situada distalmente à prega do punho.
É constituida por tres paredes osseas – a tuberosidade do escafoide, lateralmente; o assoalho
do carpo, dorsalmente, e o gancho do hamato, medialmente – e uma parece ligamentar, o
ligamento transverso do carpo, anteriormente.(Freitas,2006)
Nele passam os tendões flexores superficiais e profundos dos dedos e o tendão flexor
longo do polegar, juntos com o nervo mediano.
31
2.8 Nervo Mediano
O nervo mediano tem uma grande importancia no diagnostico diferencial dasíndrome
do túnel do carpo.
A perda de sua sensibilidade torna a mão, desprovida da pinça manual, alem da perda
de oposição do polegar. O seu trajeto vem desde a raiz cervical até o dedo. O local, mais
comum de compressão é o túnel do carpo.
Depois de passar pelo tunel do carpo, o nervo mediano divide-se em tres ramos. O
primeiro, mais proximal, perfura o ligamento transverso do carpo e é um ramo motor,
suprindo os musculos abdutor curto do polegar, oponente do polegar e a cabeça siperficial do
curto flexor do polegar. Os outros ramos do nervo mediano suprem o 1, 2, 3 lumbricais e dão
inervação sensitiva para os dois lados do polegar, indicador e medio e lado radial do
anular.(Freitas,2007)
Devido ser, uma estrutura inelástica, não suporta em seu interior um volume elevado,
do que já existe e qualquer alteração compromete à sua estrutura.
Segundo DÂNGELO E FATINNI (1995): o nervo mediano é formado pela união das
raizes medial e lateral, oriundas dos respectivos fasciculos e possui fibras das raizes
C5,C6,C7,C8 e T1. No braço ele situa-se lateralmente à artéria braquial e posteriormente à
borda medial do musculo bíceps braquial. Neste segmento corp[oreo, ele não lança tamos.
Mas a medida que ocorre distalmente, cruza anteriormenre a artéria braquial para situar-se
medialmente a ela na fossa do cotovelo. O nervo mediano, ainda comunica-se com o nervo
ulnar na região do antebraço.
Estes ramos são geralmente represenados por varios nervos delgados, porem essas
comunicações são clinicamente importantes, porque mesmo com uma lesão total do nervo
mediano, alguns músculos podem não ficar paralisados, o que pode levar a uma conclusão
errado, de que o nervo mediano não foi lesado.(ARUANO,2001)
Como foi dito anteriormente, não possui ramos no braço, se origina-se no antebraço e
na mão. Esta localizado a nivel da articulação do punho e mão neste sentido, entre os tendões
do flexor radial do carpo e palmar longo à cerca de 5 centimetros da prega volar do punho.
Penetra pela mão atrevés do tunel do carpo. Envia um ramo culaneo palmar, sensitivo, que
inverva a região tenar proximal e que passa anterior ao ligamento transverso do carpo.
32
É o responsavel pela sensibilidade do dedos: pelgar, indicador, medio e face externa
do dedo anular além de inervar alguns músculos da mão (lumbricais, radiais, oponente do
polegar, abdutor curto do polegar e flexor curto do polegar).
33
3 PREVENÇÃO E TRATAMENTO DA SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO
3.1 A Fisioterapia e os Exercicios Laborais
A atuação da fisioterapia preventiva , iniciou-se na década de 1970, ocasionada, pelos
treinamentos denominados “back school”, ou “escola da postura”.
Esses treinamentos
procuravam divulgar um conjunto de conhecimentos básicos (os efeitos das posturas e
moviemntos sobre as costas, as posições mais adequadas para o relaxamento, entre outras.
Devidos as aplicações, que não foram be executadas, contribuiram para o fracasoo desse
metodo.
A tecnologia oferece aumento da produtividade industrial através da mecanização do
trabalho. Entretanto o menor esforço físico leva o homem à fadiga, com diminuição de suas
funções musculares e fisiológicas.
Segundo DELIBERATO(2002),os tipos de exercicios na prevenção de doenças
ocupacionais, são:exercícios de alongamento, exercicios de fortalecimento de leve
intensidade, exercicios de relaxamento, exercicios respiratóriose exercicios globais.
Em relação aos niveis de prevenção, a saúde ocupacional, está dividida em três niveis:
prevenção primária, prevenção secundária, prevenção terciaria.
[...] a preocupação com saúde dos funcionários, hoje considerados por
todas as filosofias administrativas mais modernas como parceiros internos da
empresa, já é uma realidade de muitos setores produtivos, que comprovaram ser
possível oferecer qualidade de vida a seus funcionários ao mesmo tempo em que são
gerados benefícios reais para a empresa”11
O exercicio laboral pode ser conceituado como um repouso ativo, que aproveita as
pausas regulares durante a jornada de trabalho, para exercitar os músculos correspondentes e
relaxar os grupos musculares que estão em contração durante o trabalho, tendo como objetivo
a prevenção a fadiga.(Kolling, 1980)
11
BARBOSA, Luis Guilherme. Fisioterapia preventiva nos distúrbios osteomusculares relacionados ao trab alho
– DORT’S - A fisioterapia do trabalho aplicada. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan, 2005.
34
Atualmente, dentre os programas de exercicios utilizados nas empresas, para prevenir
e “eliminar” os casos de afeccções ocupacionais, podemos destacar à ginastica laboral.
A ginastica laboral desenvolv eu-se no Japão, em 1928, onde funcionários dos correios
frequentavam sessões de ginástica diariamente.Com isto, verificou-se a descontração e o
cultivo da saúde, um ambiente mais relaxado para trabalhar.
Utiliza-se de exercicios de relaxamento, alongamentos, e exercícios respiratórios, com
o objetivo de proporcionar ao trabalhador o relaxamento fisíco e mental.Para ter exito é
necessario, ser acompanhados por análises ergonômicas, antropométricas, posturais e
biomecânicas.
A implantação da ginástica, desporto e recreação na indústria têm valores
biopsicossociológicos que proporcionam melhor qualidade de vida ao trabalhador e
conseqüente aumento da sua produtividade. (Filho, 1974).
A ginástica laboral associada à ergonomia contribui para a melhora da qualidade de
vida do trabalhador, o que consequentemente gera ganho em produtividade, pois com as
condições ideais, os riscos de acidentes e lesões são reduzidos.(Oliveira,2002)
Segundo PASCARELLI (2004) um programa regular de exercícios , é mportante , se
voce quer, se ver livre das dores,parestesias, e formigamentos, e as desabilidades da
desordens.
É uma grande alternativa preventiva nos disturbios ocupacionais, pois engloba o
resultado ,da soma de todos os esforços para melhorar a saúde do trabalhador, no seu
ambiente de trabalho e na comunidade onde vive.
Os beneficios, do exercicio na atividade laboral, são muitos. Além da saúde do
corpo,também proporciona a saúde mental e intelectual, gerando uma melhor qualidade de
vida. Os investimentos na ação preventiva, é uma grande passo ao bem estar do ser humano.
3.2 A Ergonomia no Ambiente de Trabalho
A ergonomia desenvolveu-se durante a Segunda Guerra Mundial, em meio aos
conflitos, entre o desenvolvimento humano e o tecnico. Anos depois, foi estabelecida, nas
forças armadas amercianas, os laboratorios de engineering psychology, um marco para o
desenvolvimento ergônomico.
35
Em 1949, a Inglaterra fundou a Ergonomic Research Society. Em 1961, os Estados
Unidos, criaram a International Ergonomics Association (IEA), esta representa as associações
de quarenta paises, incluindo o Brasil, que em 1983, fundou a Associação Brasileira de
Ergonomia (ABERGO).
A palavra Ergonomia deriva do grego (érgon:trabalho e nomos:leis ou regras), podem
ser atribuidas como as leis que regem o trabalho.
A ergonomia é uma tecnologia e não uma ciencia, cujo objetivo é a organização dos
sistemas homem maquina.(Barbosa 2005).
Segundo COUTO (1995) o conjunto de ciências e metodologias que procura o ajuste
confortável e produtivo entre o ser humano e o seu trabalho basicamente procurando adptar as
caracteristicas do trabalho ao ser humano
Diversos autores tèm proposto definições para a esgonomia, entretanto a origem do
termo é atribuida ao polonês W.Jastrzebowki., que em 1957, lançou uma de suas obras
intitulada de: O esboço da ergonomia ou ciência do trabalho baseada sobre as verdadeiras
avaliações das ciências da natureza.
A definição mais encontrada na literatura, segundo DELIBERATO (apud
Wisner,1987) confere ao termo ergonomia o significado de um conjunto de conhecimentos
cientificos relativos ao homem e necessários à concepção de instrumentos, máquinas e
dispositivos que possam ser utilizados com o máximo de conforto, segurança e eficiência.
Na atualidade, duas tendências estão em destaque:
1)a ergonomia dos métodos e tecnologia, baseada na caracteristica americana, da
contínua necessidade de adptação da máquina ao homem, dependente do
aperfeicoamento da tecnologia.
2) e da organização do trabalho, vindo da influência europeia, no qual centralizam-se
no estudo da inter-relação homem e trabalho, mas destacando, o forma como o homem
sente,e vivencia o trabalho.
A orientação e o treinamento das posturas e posições durante a atividade laboral é uma
parte fundamental do tratamento de reabilitação. O paciente deve evitar posições, que
provoquem a flexão forçada do punho, movimentos repetitivos de flexão dos dedos com a
flessão do punho e posições que mantem a preensão com o punho e dedos flexionados por um
periodo prolongado.
36
Atraves da analise antropometrica, verifica-se, o posto de trabalho, as ferramentas,
para concluir, se estáo adequadas, a altura do corpo, diferenciando os sexos.
Segundo DELIBERATO(2002) A antropomeria é a ciencia que, baseando-se nas
estruturas anatômicas, fornece as medidas do corpo humano.
Esta avalia os dados a respeito dos seguintes dados:
a) Sentada: altura ombro assento, altura ombro assento, altura solo-assento
b) Em pé: avalia-se a estatura, altura cotovelo-solo, ombro-solo
Para uma abordagem efetiva é necessario utilizar quatro tipos de aplicações:
Ergonomia de correção, concepção, conscientização e participativa..
Existe ainda as dificuldades, em relação, com ás diferentes dimensões das pessoas, o
que é adequado para um, não é adequado para outro.Não e somente uma questão de gosto, ou
costume, mas adequar a ferramenta de trabalho, á altura, sexo e dimensóes para cada
individuo.
Em relação a sindrome do túnel do carpo, é necessario avaliar, as posições
inadequadas, do teclado do computador, a posição do pulso, e os aparelhos de vibração, e suas
adequações.
Com relação, ao posicionamento correto do punho temos as seguinte medidas:
Na posiçao ortostatica: com o ombro em adução, cotovelo em flexão de 90 graus,
antebraço e punhos neutros, mão e dedos abertos.
Na posição sentada: assento-cotovelo.
Entretanto, a posição antropometrica mais usada é a seguinte: posição ereta; pés
descalços, unidos pelos calcanharese afastados ligeiramente em suas porções distais, tendo
que formar um ângulo de 45 ; membros superiores pendentes ao longo do carpo com os
ombros devidamente relaxados; as mãos espalmadas contra as faces laterais da coxa;a cabeça
deve ser orientada no plano aurículoórbitário, conhecido também como plano de Frankfurt.
Para evitar a síndrome do túnel do carpo, O pulso e a mão, devem estar posicionados
em linha reta. .Além dos teclados estarem adequados, outros acessorios estão sendo usados, é
favorecem bastante a ergonomia. Como por exemplo:
O apoio do punho no teclado, é muito favoravel, porque complementa o tampo
da mesa, e evita, que os punhos permanecem em flexão acima dos 25, Esta
posição e prejucidicial porque aumenta o atrito dos tendões com a bainha do
retinaculo, e amplia a aréa de contato com o canto vivo de mesas inadequadas.
37
O apoio punho-mouse, este tem caracteristica semelhante ao apoio para punho
no teclado.Mesmo que não seja muito utilizado na digitação, muitos utilizam o
mouse, ou para navegar na internet ou em trabalhos. Sendo uma uma peça que
não e fixa, o usuario pode utiliza-la na posição que desejar.
Segundo a Norma Regulamentadora NR-17 ERGONOMIA da portaria
1.789.de
02.19.1998..17.4. EQUIPAMENTOS DOS POSTOS DE TRABALHO.
17.4.3.os equipamentos utilizados no processamento eletrônico de dados com
terminais de vídeo, devem observar o seguinte:
b) o teclado deve ser independente e ter mobilidade, permitindo ao trabalhador ajustá lo de acordo com as tarefas a serem executadas;
c) a tela, o teclado e o suporte para documentos devem ser colocados de maneira que
as distâncias olho-tela, olho-teclado e olho-documento sejam aproximadamente iguais.
Apesar de que, nos dias atuais a ergonomia esta se tornando mais conhecida, é o
surgimento de novos materiais e novos designs. Ainda, existe controvesias, porque nem
sempre à utilização desse mobiliario, denominado “ergonomico”, podera ter o resultado
desejavel, devido a dificuldades no ajusto do mesmo, ou do proprio usuário que não quer se
adaptar a esta simples ferramenta, que faz grande diferença.
A instrução a respeito dos principios ergonomicos contribuem, para o paciente,
retornar as suas atividades diarias, e ter o seu desempenho no ambiente de trabalho, tais como:
manusear adequadamente as ferramentas e adapta-las ergonomicamente;
buscar sempre objetos usando todos os dedos em vez de apenas;
utilizar a posição de pinça;
Fazer uso de adaptações, como luvas antivibratorias durante a realização de
atividades;
Quando fazer uso do computador, adequa-los a objetos ergonomicos, como
(suporte para punho, evitar flexionar o punho durante a digitação).
Segundo BARBOSA (2002) nada adianta o individuo possuir um mobiliario
ergonomico”quando ele não é”.
A fisioterapia aplicada a ergonomia, auxilia,coopera,e alem de tudo, proporciona, um
ambiente de trabalho, adequado para os funcionarios.Mas o principal é a colaboração de todas
principalmente do trabahador. O mobiliario, quando é visto como ferramenta de trabalho, é
um fator determinante na intervenção ergonomica com sucesso.
38
Segundo o NIOSH, é de extrema importância a adequação das ferramentas, para
permitir que o pulso do usuário, venha estar em uma posição mais natural durante o trabalho.
Outras recomendações envolveram a modificadas das estações de trabalho, alterar o método
existente para executar a tarefa do trabalho, fornecer pausas de descanso mais freqüentes.
3.3 Relação Emocional X Incapacidade
A relação doença e incapacidade, requer uma ampla abordagem. Pois gera, transtornos
fisicos e emocionais aos paciente com síndrome do túnel do carpo. A invisibilidade da
doença, esconde por muitas vezes, o estado da sintomatologia. O paciente projeta-se, em um
ambiente de stress emocional elevado, devido a incapacidade gerada pela doença. Em muitos
casos, bilateral..
No mundo competitvo, onde o mais importante é a “produtividade a qualquer preço”,
esta cada vez mais dificl, valorizar o fator humano. Neste ponto crucial, e de extrema
importancia, a atuação da psicologia na fisioterapia..
“Para se compreender o comportamento humano, é necessario ir além do
que ocorre no individuo issolado, estudando-se tambem o meio onde vive o homem,
a sua familia, a sua comunidade e suas complexas interações sociais. E necessario
tabem considerar a natureza fisica do seu organismo, os seus mecanismos nervosos,
os seus sentidos e a sua musculatura .pois a natureza biologica do organismo tem um
papel fundamental na experiencia”.12
Na decada de 50 e 60, psicologos organizacionais, grandes pensadores das relalações
humanas, reagiram contra a premissa de Taylor, de que “as pessoas deveriam ser tratadas
como robôs”. Seus argumentos, eram, de que, para entender a natureza dos seres humanos,
seus sentimentos, desejos e aspirações.Constataram que o trabalho simplesmente mecanico,
gerava desconforto ao funcionario, e quando era acompanho de pausas, elevava a
1212
ALENCAR, Eunice M.L.Soriano DE. A Psicologia:Introdução dos princípios básicos do comprtamento.11
ed. Petropólis, Vozes. 2000, pág.64-86
39
produtividade, este fato foi contatado pelos “Estudos Hawthorne” nos anos de 1920 e 1930
por Elton Mayo nawthorne da Western Eletric Company.
A
motivação no trabalho, visando o bem estar, aumenta a produtividade, e
proporciona a melhoria
na saude do trabalhador. A cobrança
continua em torno do
funcionario, eleva o nivel de stress.(Guerrier,2000)
De acordo com BARBOSA (2006): a psicologia do trabalho, busca conhecer as
pessoas alem do trabalho, deixar transparecer sua preocupação com o lado humano do
trabalho. A real preocupação com a qualidade de vida das pessoas fora do trabalho, colocar-se
no lugar do trabalhador para poder entender as variações comportamentais correntes .
[...] Desde que comecei a trabalhar na digitação, em 1982, passei a sentir
um incomodo no braço, principalmente no pulso. Depois veio a dor...as outras
colegas reclamavam da mesma coisa... com o tempo a gente vai ficando isolada...
não consegue fazer mais nada de interessante...agora...até namorar fica
dificil...fiquei traumatizada quando o medico do INPS me mandou para a
fisioterapia. Lá, todos os doentes faziam o mesmo tratamento, independente da
doença. Tanto fazia ser acidente, derrame cerebral, tenossinovite...foi horrivel...a
gente piorava porque fazia exercicios com as mãos, apertando uma bolinha de
borracha...e aquela agua suja da hidromassagem... não gosto nem de lembrar...eu me
sinto aleijada. Não aguento olhar para as minhas maos e ver os meus dedos tortos e a
palma da mão afundada, mesmo depois de 2 cirurgias, incontaveis sessões de
fisioterapia e infiltrações com corticoides. Depois de tentar voltar ao trabalho por 3
vezes e o Centro de Reabilitação Profissional não ter conseguido me arrumar uma
ocupação que não agravasse o meu quadro, fui aposentada, em 1989.aposentada aos
29 anos...por invalidez.13
[...] Zizumina,44, não consegue segurar uma caneca d’água. Josefa, 50,
sente dores ao varrer a casa.Ednalva, 41, tem dificuldade para levantar os
braços.Marli,39, está com dedos da mão esquerda atrofiados.Francisca,40, só dorme
co soníferos. As quatro são amigas há mais de dez anos, trabalhavam juntas em uma
montadora em São Paulo Há dois anos, depois de inumeros afastamentos medicos,
elas sairam do trabalho, após um acordo, mas ainda sofrem com as lesões.(Oneill
2000)14.
13
NICOLETTE, Sergio. LER – Lesoes por Esforco Repetitivo. Fasciculo 1.Centro Brasileiro de Ortopedia
Ocupacional. São Paulo.1996.
14
ONEIL, M.J.As mulheres e o risco de LER.Folha de S.Paulo.SãoPaulo 02.04.2000
40
[...]A historia de Kakani, também traz as marcas da rejeição. Nascida em
1995, na tribo dos indios suruuarrás, que vivem semi isolados no sul do Amazonas.
Hakani foi condenada a morte quando completou 2 anos, porque não se desenvolvia
no mesmo ritmo das outras crianças.escalados para ser os carrascos, seus pais
prepararam o timbô, um veneno obtido a partir da maceração de um cipó.mas, em
vez de cumprirem a sentença, ingeriram eles mesmos a substância. O duplo suicidio
enfureceu a tribo, que pressionou o irmão mais velho de Hakani, Aruaji, então com
15 anos, a cumprir a tarefa. Ele atacou-a com um porrete.quando a estava
enterrando, ouviu-a chorar. Aruaji abriu a cova e retirou a irmã.ao ver a cena,
Kimaru, um dos avôs, pegou seu arco e flechou a menina entre o ombro e o
peito.tomado de remorso, o velho suruuarrá também se suicidou com timbô.a
flechada, no entanto, não foi suficiente para matar a menina. Seus ferimentos foram
tratados às escondidas pelo casal de missionários protestantes.eles apelaram à tribo
para que deixasse Hakani viver.A menina, então passou a dormir ao relento e comer
as sobras que encontrava pelo châo.”Era tratada como um bicho.Com 5 anos os
indios autorizaram os missionarios a levá-la para o Hospital. Marcia e Edson Suzuki
conseguiram adotar a indiazinha.Graças ao seu empenho, o hipotireioidismo foi
controlado mas os maus tratos e desnutrição deixaram sequelas.Aos 12 anos, Hakani
mede 1.20 metro, altura (Coutinho, 2007)15
[...]Nesses casos precisa lidar com o medo, com a ansiedade e, com
frequência, com a hostilidade dos companheiros que lhe culpam pela ocorrência e;ou
lhe imputam atributos desvalorativos como os associados à preguiça e simulação,
expressões como LERdo, LERdeza, tenopreguicite não são estranhas aos cotidianos
laborais com os casos de LER,DORT.16
Pacientes traumatizados mostram-se especialmente sensiveis à presença dos
profissionais que lhes dão suporte e tratamento. (Marinho,2006)..
Segundo EDWARS (1999) sentem depressão, ansiedade ou qualquer
disturbio
afetivo, sue visão deles mesmos e do mundo esta afetada. Um nivel significativo de angustia
emocional irá provavelmente, requerer ajuda especial, e certamente quaisquer expressões de
intensão suicida ou auto-destruição devem ser trazidas para a atenção de um psicologico ou
psquiatra.
15
COUTINHO,Leonardo.Tribos indígenas ainda praticam o infanticídio.Revista Veja.São Paulo.15.08.07.
JACQUES, Maria da Graça.Acidentes e doenças ocupacionais: implicações psíquicas. II Congresso
internacional sobre Saúde Mental no Trabalho.Goiânia, 12 a 14 de Outubro de 2006.
16
41
Estamos vivendo em uma época, “dos excluidos”. O trabalhador, vivencia, uma
grande barreira social. O empregador, quando olha a carteira profissional cheia de carimbos e
afastamentos desistem de contrata-los.São vistos, apenas como ,uma mera peça quebrada, sem
conserto. A atitude de excluir, são caracteristicas dos animais, que rejeitam, os filhote quando
nascem defeituosos. Um exemplo, comparativo, é o que ocorre com os povos indigenas, que
além de rejeitar, matam tambem as crianças , em outras palavras, executam o “infancidio”.
As doenças ocupacionais é associada frequentemente com desabilitação de problemas
com stress emocional e psicológico, dor crônica, ansiedade, depressão.A dor é um incomodo e
e torna-se, mais dificel de controlar, e severos problemas emocionais podem
surgir.(Pascarelli, 2004).
3.4 Tratamento Conservador
O tratamento consiste, em identificar a causa base,afastando outras hipoteses, que não
sejam de origem ocupacional. Pois algumas patologias como artrite reumatoide são tratadas
clinicamente.
De acordo com PEREIRA (1993) existem relatos sobre tratamento conservador da
STC desde 1956, incluindo uso de injeção de esteróides, splint para punho, splint combinado
com uso de vitaminas, splint combinado com uso de esteróides e de antiinflamatórios não
hormonais. Diversos autores, desde 1976, como Ellis (11,13), Wolf (39) e Folkers (15), têm
chamado a atenção para o uso da vitamina B6 como tratamento da STC.
As recomendações do, NIOSH, para controlar a Síndrome do Túnel do Carpo, é
focalizar no objetivo, para aliviar as posições inábeis do pulso e movimentos repetitivos da
mão, e reduzir a vibração das ferramentas da mão.
Segundo MAENO (2001), a respeito das ocorrências de doenças profissionais, quando
o agente causal no trabalho é bem identificado, também a relação causa-efeito se estabelece
facilmente, embora haja fatores coadjuvantes.
A ortese de repouso para o punho,colocada em posição neutra (0) reduz a pressão
dentro do túnel do carpo.Pois,elimina os movimentos principalmente de flexão, e ajuda a
diminuir os sintomas, com o uso associado de anti-inflamatorios.
E, indicada para ser utilizada, principalmente, no periodo noturno ou, dependendo da
intensidade dos sintomas, em tempo integral.
42
Segundo FREITAS(2006) após um periodo de tempo, é depois de notoria dimuição da
dor, após 4 a 6 semanas, o paciente é orientado a usar a ortese apenas durante a realização das
atividades que pocisionam a mão de maneira inadequada e no periodo noturno. O paciente
deve retornar ao medico para reavaliação.
A orientação e o treinamento das posturas e posições durante a atividade laboral é uma
parte fundamental do tratamento de reabilitação. O paciente deve evitar posições, que
provoquem a flexão forçada do punho, movimentos repetitivos de flexão dos dedos com a
flexão do punho e posições que mantem a preensão com o punho e dedos flexionados por um
periodo prolongado.
A fisioterapia pode auxiliar com os recursos termoeletricos. A crioterapia, utilizada
atraves da compressas gelada, durante cerca de 20 minutos, proporciona o alivio da dor.
A aplicação do frio aos tecidos (crioterapia), envolve a transferência de energia
termica para fora dos tecidos(Kitchen,1998).
Segundo
PORTER(2005):o
gelo
promove
alternancia
de
vasodilatação
e
vasoconstricção, assim afetando o edema. Tambem reduz, a taxa de disparo neuronal,
reduzindo assim o número de disparos de resposas dolorosas.
O ultrasson terapeutico pulsado, segundo FREITAS (2006) pode atuar na resolução do
edema secundario ao dano tecidual, reduz a dor.
A Estimulação Eletrica Nervosa Transcutânea (TENS), é uma modalidade de
tratamento que tem sua eficacia comprovada em controlar sindromes dolorosas agudas e
cronicas. Os modos de estimulação, são escolhidos, para atuar no alivio da dor, e são
determinados pelo estimulo do equipamento,frequencia do pulso, duração do pulso, largura e
intensidade.
O modo convencional e mais usado, e consiste em frequencias de 50 a 150 pulsos por
segundo, e duração de 20 a 100 microssegundos. A intesidade deve ser suficiente, para que o
paciente sinta, a sensação de formigament, mas sem contração muscular. O tempo
aproximado de aplicação e 15 a 20 minutos.
O terapeuta deve mover o eletrodo ao longo da distribuição do nervo mediano para
determinar qual o lugar em que a sensação de irradiação do estimulo eletrico é
maior.(Freitas,2006)
A laserterapia é tambem eficaz, no que diz respeito ao tratamento da STC. O laser
usado na terapia é o de baixa potência, como o laser de arsenieto de galio (AsGa) e o laser de
hélio-neônio (He-Ne).
43
Proporciona o efeito analgesico, antiinflamatorio, antiedematoso e cicatrizante.
Indicado para lesões traumaticas dos tecidos osteomusculares,nervoso, ligamentos e capsulas
aticulares. Como dor crônica e sindromes compressivas,STC e outras.
O mais utilizado no tratamento consevador e de 1 a 4 J;cm. E o tempo varia de 2 a 5
minutos, por cada sessão.FREITAS (2006) sugere, que o tempo total não exceda 40 minutos.
Segundo MONTGOMERY(2007) o tracionamento alivia as dores é proporciona o
alivio de pressão nas estruturas em torno do nervo mediano.A acupuntura é uma tecnica, que
auxilia na diminuição da dor.
O alongamento pode aliviar a compressão do túnel carpal, e demais posturas usadas na
ioga podem diminuir a compressão nervosa,além de melhorar o fluxo sanguineo ao nervo
mediano. (Garfinkel et al , 1998)
A
aplicação
de
carga
por
tensão,
denominada
também
de
tração,alongamento,alongamento longitudinal ou estensão. Os tecidos se alongam sob a
aplicação de carga tensiva, sendo
utilizada para aumentar o tamanho de tecidos
encurtados.(Lederman,2001)
Segundo MEALS (2000), a injeção de corticosteróide no canal do carpo pode ser
medida curativa para os sintomas inicais e leves.essas medicação acelera a resolução de
qualquer espessamento tenossinovial inflamatorio, proporciode carga dando alivio da
compressão.
De acordo com NICOLETTI (1996), o efeito analgésico da acupuntura abole também
os arcos reflexo patológicos, controla a dor em 85% dos pacientes em especial nas afecções
miofasciais e osteoligamentares.
Poderá ser necessária a liberação do túnel do carpo se não houver resposta ao
tratamento conservador.(Andrews,2000)
Segundo MATTAR Jr et al.(1996), o tratamento cirúrgico geralmente é realizado,
quando os pacientes têm síndrome do túnel do carpo severa(ou avançada).
De acordo com, KOUYOUMDJIAN(1999),
a cirúrgia deve ser indicada após
tratamento conservador ineficaz, apesar de representar um procedimento terapêutico
indiscutível, continua sendo tema controverso, pois seus efeitos adversos não devem ser
menosprezado.
A intervenção cirurgica, por sua vez, é uma questão delicada.Os autores relatam, que
somente nos casos, em que o tratamento conservador, não teve exito.Pois muitos pacientes,
recusam-se a realizar.Isto, deve ser discutido, com o medico, e demais profissionais, que
estiverem cuidando do paciente. A melhor resposta é a prevenção.
44
CONCLUSÃO
A síndrome do túnel do carpo é considerada como a neuropatia periférica mais
comum, de repercussão mundial, onde em muitos casos, a sua etiologia, esta sendo atribuída à
atividade profissional.
A epidemiologia destaca as mulheres, com este distúrbio. Como fazem parte da classe
economicamente ativa, esta situação, gera conflitos pessoais, e psicológicos. A realidade
torna-se mais um obstáculo a ser vencido, pois agora, existe a obrigação da sustentabilidade
familiar. Em algumas situações, participam da dupla jornada, cuidam dos afazeres
domésticos, trabalham fora, e ainda tem que dar atenção a família
A mulher, considerada frágil, passou a ter destaque na sociedade, ganhou espaço no
mercado de trabalho. Aos poucos estas guerreiras, buscam seu espaço no mundo capitalista.
Em algumas empresas ocupam, a posição de chefias, mas os salários ainda não são
compatíveis em relação ao sexo oposto. Em meio a esta competitividade, estão destacando-se
as doenças ocupacionais, e uma dentre elas, que estão tomando conhecimento público a
“STC”, vem afastando dezenas de trabalhadoras, em plena atividade laboral.
As pesquisas no Brasil, em sua maioria, são realizadas em conjunto com as outras
doenças ocupacionais, incluídas na LER, DORT. Em, sua parcialidade, os dados não são
conclusivos, apenas mostram os sintomas, e contribui para a invisibilidade da STC.
Alguns países desenvolvidos como os Estados Unidos, realizam pesquisas mais
efetivas, em relação à síndrome do túnel do carpo. Mas a realidade continua distante.
Dependendo do estagio, em encontra-se à STC, o tratamento conservador,
proporcionará resultados satisfatórios. E no caso, de negativa, o paciente deverá ser
encaminhado ao médico, para a cirurgia, e depois retorna a fisioterapia, para um tratamento
pós-operatório.
A ação preventiva continua sendo a melhor solução. O Brasil esta compreendendo esta
nova dinamica ocupacional,como outros países industrializados.Buscando a melhoria da
qualidade do ambiente de trabalho com novas tecnologias,onde algumas empresas estáo
desenvolvendo ações, visando a melhor qualidade na atividade laboral. Apesar de que, nos
dias atuais a ergonomia esta se tornando mais conhecida, é o surgimento de novos materiais e
novos designs. Ainda, existe controvesias, porque nem sempre à utilização desse mobiliario,
denominado “ergonomico”, podera ter o resultado desejavel, devido a dificuldades no ajusto
45
do mesmo, ou do proprio usuário que não quer se adaptar a esta simples ferramenta, que faz
grande diferença.
Apesar dos esforços de poucos, mais sem duvida, dedicados profissionais. Ao longo
do tempo, vem demonstrando, que à prevenção é a melhor alternativa. Alem de evitar gastos
desnecessários, com indenizações, afastamentos, o grande beneficiário será o trabalhador
Ou seja, o empregador e empregado serão os melhores beneficiados, mas isto é uma
questão delicada, porque nem todos querem investir no potencial humano.Os investimentos,
com campanhas preventivas no Brasil, é precario. A solução é uma questão a ser analisada,
por todos. .
46
REFERENCIAS
ALENCAR,Eunice M.L.Soriano de. A Psicologia:introdução aos princípios básicos do
comportamento.11 ed.Petropolis:Vozes.2000.pag.64-86.
ANDREWS, James R, et al. Reabilitação física das lesões desportivas. Cap.15 IN:
Reabilitação das lesões do punho e da mão. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.2 ed. 2000.
440-443.
BARBOSA, Luis Guilherme. Fisioterapia preventiva nos distúrbios osteomusculares
relacionados ao trabalho – DORTS.- A fisioterapia do trabalho aplicada. Rio de
Janeiro:Guanabara Koogan,2005
BARBOSA, Valéria et.al. Dor e parestesias nos memebros superiores e diagnóstico da
síndrome do túnel do carpo.Arq.Neuro-Psiquiatria , dez.2006,vol.64, n0.4, p.997-1000.
BOWLER,R.M;CONE,J.E. Segredos em medicina do trabalho: respostas necessárias ao diaadia em rounds, na clínica, em exames orais e escritos.Porto Alegre:Editora Artmed, 2001.
CHIARELLO, Berenice; DRUSSO,Patricia et al. Fisioterapia Reumatologica.São
Paulo:Manole.2005. Cap.15.pág 276.
COLLUCI,C;BIANCARELLI,A. LER,DORT – atingem 310 mil paulistanos.Folha de
S.Paulo. SãoPaulo.2001
________, Dados oficiais ocultam incidência da doença. Folha de S.Paulo.São Paulo 2001.
COUTINHO,Leonardo.Tribos indigenas ainda praticam o infanticidio.São Paulo:Revista
Veja.15.08.07.
COUTO,H.A. A Ergonomia aplicada ao trabalho:o manual técnico da máquina humana.
VII.Belo Horizonte:Ergo,1996.
DÂNGELO,J.G;FATINNI,C.A. Anatomia humana sistêmica e segmentar. 2ed.Rio de
Janeiro: Atheneu,1995,cap18,p.333-334.
DELIBERATO, Paulo C.P. Fisioterapia preventiva:fundamentos e aplicações. São
Paulo:Manole.2002, p.110-190.
47
EDWARS, Susan.Fisioterapia neurologica: uma abordagem centrada na resolução de
problemas. Porto Alegre:Artmed.1999.pag.68-71.
FILHO,Cantarino et al. Ginastica de pausa, trabalho e produtividade.Revista brasileira de
educação fisica e desportos.Brasilia.v.6 n 20,
p3842.1974.http://www.inep.gov.br/pesquisa/bbe-online/det.asp?cod=49943&type=P
FREITAS, Paula Pardini et al. Reabilitação da mão: edição revista e atualizada. São
Paulo.Atheneu.2006.
GARFINKEL, M. S.et al. Yoga-based intervention for carpal tunnel syndrome: a randomized
trial. Journal of the american medical association. v.280, p. 1601-1603, nov. 1998. In:
http://jama.ama-assn.org/ acesso:29.11.07
GUERRIER, Yvonne.Comportamento organizacional em hoteis e restaurantes:uma
perspectiva internacional.cap.05.São Paulo:Futura.2000.pag.129.
KITCHEN,Sheila,BAZIN,Sarah. Eletroterapia de Clayton.São Paulo: Manole.10
ed.1998.pag. 123.-131.
KOLING, Aloisio. Ginastica laboral Compensatória. Revista brasileira de educação fisíca e
desportos. Brasilia.v.12.n.44,p.20-25.1980. In: .http://www.inep.gov.br/pesquisa/bbeonline/det.asp?cod=49943&type=P
KONIN, Jeff G. Cinesiologia para fisioterapeutas.Rio de Janeiro:Guanabara
Koogan.2006.pag.100-115.
KOUYOUMDJIAN, João A. Síndrome do túnel do carpo: aspectos atuais. Arq. NeuroPsiquiatria, Junho 1999, vol.57, n2B, p.504-512. http://www.scielo.br/cgi-bin/wxis.exe/iah/
LEDERMAN, E. Fundamentos da terapia manual – fisiologia, neurologia e psicologia. São
Paulo: Manole, 2001, cap. 04, p. 23-40.
JACQUES, Maria da Graça. Acidentes e doenças ocupacionais:implicações psiquicas. II
Congresso Internacional sobre Saúde Mental no Trabalho.Goiânia.2006.
MACHADO, Angelo B.M. Neuroanatomia funcional.2ed.São Paulo:Atheneu.2003.pag.102.
48
MAENO,Maria et al.Diagnostico, tratamento, reabilitação, prevenção e fisiopatologia da
LER;DORT.serie A.Normas e Manuais e Tecnicos n.104.Distrito Federal.Ministerio da
Saúde.2001.
MARINHO, Ana P,FIORELLI, José O. Psicologia na fisioterapia. São Paulo:Atheneu.
2005.pag. 168-169.
MATTAR Jr., et al. Liberação endoscópica do canal do carpo por acesso único: estudo
comparativo com a técnica aberta convencional. Revista brasileira de ortopedia. v. 31, n. 04,
p. 297-302, abr. 1996,In: http://www.rbo.org.br/materia.asp?mt=1086&idIdioma=1
MEALS, R. A. Punho e mão. In: WEINSTEIN, S. L.; BUCKWALTER, J. A.
Ortopedia de Turek – princípios e sua aplicação. 5 ed. São Paulo: Manole, 2000, cap.
12, p. 434-437.
MONTGOMERY, Kate.End your carpal tunnel pain without surgery:The montgomety
method. 3ed.USA:Sports Touch Publishing.2007.
MORAES, Antônio E.DE. Urgência, urgentissima.Folha de S.Paulo.São Paulo.2000
NETTERNETTER, F. H.et al. Atlas interativo de anatomia humana. NOVARTIS,1999, CDROM.
NICOLLETI,Sergio.LER – Lesões por Esforço Repetitivo. Fasciculo 1.São Paulo:Centro
brasileiro de ortopedia ocupacional. Pag2.1996. http://www.cboo.com.br. Acesso
em::25.10.07.
NICOLLETI, Segio.LER – Lesões por Esforços Repetitivos: Tratamento dos distúrbios
músculo esqueletico ocupacionais (DMO). Fasciculo 5.São Paulo.Centro brasileiro de
ortopedia ocuapcional.pág.27.1996. http://www.cboo.com.br. Acesso em:25.10.2007.
OLIVEIRA,C.R. Lesões por esforços repetitivos. Revista Brasileira de saúde
ocupacional.BeloHorizonte.v.19,n 73, 1991.pag.59-83.
OLIVEIRA, J.T DE.Controversias a respeito do diagnostico clinico e eletrofisiologico e a
relação com o trabalho.Arquivos de Neuro-Psiquiatria.v.58 n4.São Paulo.p.1142-1148.2000.
http://www.scielo.br/cgi-bin/wxis.exe/iah.Acesso em 27.09.2007
ONEILL, H.J.P.S. As mulheres e o risco de LER. São Paulo:Folha de S.Paulo. 02.04.2000
49
ONEILL, H.J.P.S. A sociedade precisa inteirar-se do que são LERDORT, bem como das
formas de prevenção.São Paulo:Folha de S.Paulo.29.02.2000
ONEILL, H.J.P.S. As novas conquistas do trabalhador.São Paulo: Folha de
S.Paulo.02.04.2000.
O’SULLIVAN, Susan B.SHMITZ,Thomas J.Fisioterapia: Avaliação e Tratamento.2ed. São
Paulo:Manole.1993.pag.1-23.
PASCARELLI, Emil. Complete Guide to Repetitive Strain Injury: What You Need to Know
Abou RSI & Carpal Tunnel Syndrome. Estados Unidos.Editora: Wiley.
PEREIRA, Síndrome do túnel do carpo: análise comparativa entre tratamento conservador e
cirúrgico. Revista Brasileira de ortopedia agosto.1993. acesso
27.11.2007In:http://www.rbo.org.br/materia.asp?mt=1086&idIdioma=1
PERES, Leandra.País gasta R$ 981 milhões com LER em bancários.São Paulo: Folha de
S.Paulo.2007.
PORTER,Stuart.Fisioterapia de Tidy. Rio de Janeiro:Elsevier.2005.p.169.
PRIORE,Mary De et al.A história do trabalho feminino. São Paulo:Contexto.1997. pag.320.
RUARO, A.J.C.Monografia:Analise de adequação de tecnicas de terapia manual de cotovelo
e punho no tratamento da STC:estudo de caso.Cascavel.2003.
SEVERINO,Antônio J. Metodologia do trabalho científico.São Paulo:Cortez.2004
SIZINIO, Hebert, XAVIER,Renato et al. Ortopedia e traumatologia: principios e
prática.2ed.cap11.Porto Alegre:Artmed. 1998.pag.155.
50
SITES CONSULTADOS:
http://www.fashionbubbles.com/tabs/historia/historia-da-moda/ acesso:27.09.2007
http://www.cdc.gov/niosh/ acesso em:27.09.2007
http://www2.uol.com.br/prevler/ acesso em 15.12.2007
http://www.cboo.com.br/ acesso em 15.12.2007
http://www.medicinenet.com/script/main/hp.asp acesso em 27.09.2007
http://adam.com/ acesso 27.09.2007
www.fm.usp.br/fofito/fisio/pessoal/isabel/biomecanicaonline/articulacoes/punho acesso em:
12.12.2007.
http://www.jobeluv.com.br/downloads/09-LuvasTermicas_e_Antivibracao.pdf acesso em:
12.12.2007.
http://www.nlm.nih.gov/medlineplus/handinjuriesanddisorders.html acesso 12.12.2007
http://www.mayoclinic.com/print/carpal-tunnelsyndrome acesso em: 20.08.2007
http://www.ninds.nih.gov/disorders/carpal_tunnel/carpal_tunnel.htm acesso em:20.08.2007
http://www.rheumatology.org/public/factsheets/carpaltunnel.asp acesso em: 05.10.2007
http://www.mayoclinic.com/ acesso:05.10.2007
http://www.assh.org/Content/NavigationMenu/PatientsPublic/HandConditions/HandSurgeryA
nesthesia/Surgery_Anesthesia.htm acesso 05.10.2007
http://www.apta.org/AM/Template.cfm?Section=Home&CONTENTID=20407&TEMPLAT
E=/CM/HTMLDisplay.cfm acesso em.05.10.2007
51
http://www.bls.gov/ acesso em:05.10.2007
http://familydoctor.org/online/famdocen/home/healthy/physical/injuries/774.printerview.html
acesso em:05.102007.
http://www.precomania.com/search_getprod.php/masterid=43445602 acesso em 28.11.2007.
http://www.seton.com.br/aanew/pdfs/DA104.pdf acesso em:28.11.2007
http://www.mercur.com.br/site/content/bodycare/resultado_busca.asp?Cod_Aplicacao_Bodyc
are=28 acesso em:28.11.2007
http://datafolha.folha.uol.com.br/ acesso em: 05.10.2007
http://vejaonline.abril.com.br/notitia/servlet/newstorm.ns.presentation.NavigationServlet?publ
icationCode=1 acesso em:05.10.2007
http://www.bls.gov/ acesso em 02.12.2007
http://jama.ama-assn.org/ acesso em:27.11.07
http://www.rbo.org.br/materia.asp?mt=1086&idIdioma=1 acesso em:25.11.07
52
NOTAS DE RODAPÉ
NICOLLETI,Sergio.LER – Lesões por Esforço Repetitivo. Fasciculo 1.São Paulo:Centro
brasileiro de ortopedia ocupacional. Pag2.1996
COUTO,H.A. A Ergonomia aplicada ao trabalho:o manual técnico da máquina humana.
VII.Belo Horizonte:Ergo,1996.
DELIBERATO, Paulo C.P. Fisioterapia preventiva:fundamentos e aplicações. São
Paulo:Manole.2002, p.110-190.
PRIORE,Mary De et al.A história do trabalho feminino. São Paulo:Contexto.1997. pag.320.
ONEILL, H.J.P.S. As mulheres e o risco de LER. São Paulo:Folha de S.Paulo. 02.04.2000
COLLUCI,C;BIANCARELLI,A. LER,DORT – atingem 310 mil paulistanos.Folha de
S.Paulo. SãoPaulo.2001
CHIARELLO, Berenice; DRUSSO,Patricia
Paulo:Manole.2005. Cap.15.pág 276.
et
al.
Fisioterapia
Reumatologica.São
FREITAS, Paula Pardini et al. Reabilitação da mão: edição revista e atualizada. São
Paulo.Atheneu.2006.
RUARO, A.J.C.Monografia:Analise de adequação de tecnicas de terapia manual de cotovelo
e punho no tratamento da STC:estudo de caso.Cascavel.2003.
BARBOSA, Luis Guilherme. Fisioterapia preventiva nos distúrbios osteomusculares
relacionados ao trabalho – DORTS.- A fisioterapia do trabalho aplicada. Rio de
Janeiro:Guanabara Koogan,2005
ALENCAR,Eunice M.L.Soriano de. A Psicologia:introdução aos princípios básicos do
comportamento.11 ed.Petropolis:Vozes.2000.pag.64-86.
COUTINHO,Leonardo.Tribos indigenas ainda praticam o infanticidio.São Paulo:Revista
Veja.15.08.07.
53
ANEXOS I
Histórico dos acontecimentos da STC por década.
1850- James Paget, discutiu a compressão do nervo mediano no pulso.
1920 – As mãos dos empacotadores de carnes, apareciam inchadas. Médicos em um relatório de autopsia,
encontraram dano no nervo mediano e no carpal ligamento
1930-As desordens repetitivas ocasionada por tensão, são evidentes na agricultura, nos trabalhadores que
executam tarefas manuais repetitivas.
1950- - Sargentos da Marinha Americana, mencionaram sobre às lesões por esforços repetitivos. George Phalen
.M.D, apresentou um relatório sobre a compressão do nervo mediano no pulso, no encontro anual Associação
Médica Americana.
1970 – Os jogos tornaram-se populares, e as crianças começaram a desenvolver, os problemas conhecidos
como: o pulso dos invasores do espaço, é o polegar de nintendo.
1980 – Nesta, década às maquinas trabalharam mais intensamente para o homem. Trazendo acomodação,
gerando à tensão e o stress.A STC não obteve o destaque, apesar dos casos surgirem com maior intensidade
1990- Cada vez mais pessoas e pessoas usam computadores pessoais e seus dispositivos como mouse, estão
desenvolvendo a STC, e outros problemas no pulso e na mão. Denominado de “doença do mouse” in Norway.
2006 – A geração de dos atletas da computação, jovens adolescentes, são o grande alvo das LER;DORT.
Tabela 01- Histórico da STC
Fonte: MONTGOMERY, Kate.End your carpal tunnel pain without surgery:The montgomety method.
3ed.USA:Sports Touch Publishing.2007.
Anatomicas:
A) Diminuição do tamanho do túnel do carpal: Anormalidades do ossos do carpo, Hipertrofia do
ligamento transverso do carpo, Acromegalia.
B) Aumento do volume do carpo: Neuroma, Lipoma, Mieloma, Hipertrofia do ventre muscular, Artéria
mediano persistente, Sinóvia hipertrófica, Calo ósseo na região distal do radio, Osteófitos póstraumaticos, Hematoma, Síndrome de Linburg.
Fisiologicas:
A) Condições neuropáticas: Diabetes, Alcolismo, Lesão proximal do nervo mediano, Amioidose.
B) Condições inflamatórias: Tenossinovites, Artrite reumatóide, Infecção. Gota, Dermatomiosite,
Polimialgia reumática, Esclerodermia.
C) Alterações no equilíbrio hídrico: Gravidez, Contraceptivos orais, Eclâmpsia, Mixedema, Hemodiálise
por períodos prolongados, Doença de Raynaud, Obesidade, Posição horizontal e relaxamento
muscular.
Posicionamento e uso do punho (causa laboral):
A) Flexão e extensão repetitivas ( trabalho manual).
B) Preensão forçada repetitiva e liberação da ferramenta ou torção forçada da ferramenta de forma
repetitiva.
C) Movimentos dos dedos repetitivos com o punho em extensão: digitação, tocar instrumentos manuais.
D) Apoio de mão com o punho estendido: Paraplegia, andar longas distancias de bicicleta.
E) Imobilização com o punho fletido e desviado ulnamente: Gesso pós-fratura de Colles, Posição
inadequada durante o sono.
Tabela 02: Causas da STC.
Fonte: FREITAS, Paula Pardini et al. Reabilitação da mão: edição revista e atualizada. São
Paulo.Atheneu.2006.
54
ANEXO II
Revelou que mais de 50% dos caixas de alimentos (predominante por mulheres), sofrem algum grau de STC, e
outras formas de LER;DORTS. Como resultado das demandas físicas de produtos de exploração em alta
velocidade.
O, Departamento dos Estados Unidos do Trabalho (U.S Department of Labor), incluiu que STC, e a “chefe do
risco ocupacional da década de 90”, desabilitando trabalhadores em epidêmica proporções.
Atualmente, 25% de todos os operadores de computador tem STC, com estimativas que para o ano 2000, 50%
da toda a força de trabalho talvez esteja afetado
Somente 23% de todos os pacientes de STC, estão aptos a retornar as suas profissões precedentes depois da
cirurgia
Ate 36% de todos os pacientes de STC, requerem tratamento medico ilimitado.
Atualmente, STC afeta cerca de 8 milhões de americanos.
As mulheres são duas vezes mais prováveis de desenvolver STC ao contrario dos homens.
A cirurgia de STC,é a segunda mais comum tipo de cirurgia, com bem 230.000 procedimentos executados
anualmente. E, também, a primeira problema medico relatado, cerca de 65% dos casos entre as doenças
ocupacionais.
Tabela 03: Dados do NIOSH
Fonte: MONTGOMERY, Kate.End your carpal tunnel pain without surgery:The montgomety method.
3ed.USA:Sports Touch Publishing.2007.
1) Prevenção Primãria
a) Programas de conscientização dos funcionãrios;
b) Realizaçãp de análises biomecânicas, posturais e antropométricas;
c) Análise do instrumental e dos equipamentos;
d) Avaliação organizacional;
e) Estudo de viabilidade para implantação de revezamantos;
f) Prática de exercícios de distensionamentos;
g) Introdução de programas de integração familiar e orientações gerais
2) Prevenção Secundária
a) Terapèutica adequada precocemente administrada;
b) Manutenção das ações primárias;
c) Reabilitação inicial;
d) Acompanhamento psicológico;
e) Prática regular de exercícios respiratórios e de relaxamento;
f) Estudo de viabilidade para implantação de recolocação profissional
3) Prevenção Terciária
a) Reabilitação tardia (ou limitação da incapacidade)
b) Aspectos relativos a assistência social.
Tabela 04: Tipos de Prevenção
Fonte: DELIBERATO,Paulo.Fisioterapia Preventiva:fundamentos e aplicações.2002
55
ANEXOS III
1) Exercícios de alongamento – promovem o estiramento dos músculos aumentanto seu comprimeto, o
que por sua vez permite que se mantenham melhor preparados para atender às exigências das tarefas
ocupacionais;
2) Exercícios de fortalecimento de leve intensidade – agem aumentando a capacidade do músculo em
responder às solicitações do cotidiano, não somente em relação a intensidade de força produzida, mas
também na manutenção de atividades por períodos maiores de tempo;
3) Os exercícios de relaxamento – considerados importantes porque propiciam um momento de descanso
para os músculos mais exigidos em determinada tarefa laboral, além de promoverem a eliminação de
substâncias tóxicas;
4) Os exercícios respiratórios – sáo úteis na melhora da cpacidade respiratória e da coordenação dos
músculos envolvidos com a respiração, além de estarem associados ao relaxamento;
5) Os exercícios globais – promovem liberdade de movimento às articulações e melhoram a coordenação
motora, o equilíbrio e a flexibilidade..
Tabela 05: Grupos de Exercicios
Fonte: (Idem)
A) Identificar as atividades que ofereçam maior risco de carga física, abrangendo também a fadiga visual,
ou cognitiva.
B) Analisar, detalhadamente, a atividade do ponto de vista ergonômico, para estabelecer o momento da
necessidade real de pausa para o exercício durante o processo de trabalho, visto que o cumprimento
puro e simples da NR-17, 50 minutos de trabalho para 10 minutos de descanso, não significa que
devamos transformar em pausas ativas todas as pausas.
C) A série de exercícios preconizada deve ser direcionada para que possa ser realizada no próprio local de
trabalho.
D) O tempo também é fator prioritário nessa atividade, visto que o objetivo é de interferir para auxiliar na
saúde e produtividade.
E) O biotipo do trabalhador é outro elemento a ser considerado na elaboração da sequência dos exercícios
compensatórios.
F) A idade é um outro fator importante
Tabela 06: Modelo de elaboração dos Exercicios Laboraia Compensatórios(MEELC)
Fonte: (Idem)
Tabela 07: Beneficios da atividade fisica
Benefícios físicos
 Melhora da mobilidade articular
Controle do peso corporal
 Melhora da resustência local e global
 Melhora do perfil lipídico
 Melhora da força muscular
 Aumento da densidade óssea

Melhora do equilíbrio e da coordenação
 Controle da pressão arterial
Beneficios psicossociais
 Alívio do stresse
 Manutenção da autonomia
 Aumento do bem-estar
 Redução do isolamento social
 Aumento da auto-estima
 Aumento da motivação
 Diminuição da ansiedade
 Incremento da consciência coletiva
Benefícios produtivos
 Diminuição de DORT’S
 Diminuição da rotatividade
 Diminuição do absenteísmo
 Melhora institucional
 Diminuição dos custos médicos
 Manutenção ou aumento da produção
Beneficios gerais
 Feito no próprio local de trabalho
 Ausência de equipamento específico (baixo
 Intensidade leve ou moderada
custo).
Tabela 07: Beneficios da atividade fisica
Fonte: (Idem)
56
ANEXOS IV
Figura 01: Trabalhadora na fabricação de tecidos
Fonte:www.bubles.com.br
Figura 02: Aréa de dor e parestesia
Fonte: http.www.medicinenet.com
57
ANEXO V
Figura 03: Teste de Phalen
Fonte: Avaliação fisioterapeutica do punho e da Mao. Silvia Maria Amado João.
www.fm.usp.br/fofito/fisio/pessoal/isabel/biomecanicaonline/articulacoes/punho
Figura 04: Teste de Tinel
Fonte: http://images.emedicinehealth.com/images/4453/4453-4463-5013-8805.jpg
58
ANEXOS VI
Figura 05: Nervo mediano
Fonte: www.nucleusinc.com
Figura 06: Nervo mediano e local de pressão
Fonte: (Idem)
59
ANEXOS VII
Figura 07: STC e provável local da cirurgia
Fonte: www.adam.com
Figura 08: Posição correta do punho durante a digitação
Fonte:http://64.233.179.104/translate_c?hl=ptBR&u=http://www.soundfeelings.com/&prev=/search%3
Fq%3Dcarpal%2Bsyndrome%26start%3D10%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DN
Figura 09: Posição errada do punho durante a digitação
Fonte: (idem)
60
ANEXOS VIII
Figura 10:Luvas antivibratórias
Fonte: http://www.jobeluv.com.br/downloads/09-LuvasTermicas_e_Antivibracao.pdf
Figura 11: Idem
Fonte: http://www.jobeluv.com.br/downloads/09-LuvasTermicas_e_Antivibracao.pdf
Figura 12: Teclado ergonomico sem fio
Fonte: http://www.precomania.com/search_getprod.php/masterid=43445602
61
ANEXOS IX
Figura 13: Apoio de punho para teclado
Fonte: http://www.seton.com.br/aanew/pdfs/DA104.pdf
Figura 14: Apoio de punho para mouse
Fonte: (idem)
Figura 15: Ortese para punho com tala (Túnel do carpo).
Fonte:http://www.mercur.com.br/site/content/bodycare/resultado_busca.asp?Cod_Aplicacao_Bodycare
=28
62
ANEXOS X
Figura 16: Ortese para punho
Fonte: (idem)
Figura 17: alongamento dos flexores do punho
Fonte: Propria autora
Figura 18:(Idem)
Fonte: (Idem)
63
ANEXOS XI
Figura 19: Tração manual
Fonte: (Idem)
Antecedentes de trabalho com
movimentos repetitivos (620) pacientes
com antecedente 330
casos
sem antecedente 228
casos
não registrado 21
casos
.
Grafico 01:Antecedentes de trabalho com movimentos repetitivos (620) pacientes.
Fonte: NICOLLETI,Sergio.LER – Lesões por Esforço Repetitivo. Fasciculo 1.São Paulo:Centro
brasileiro de ortopedia ocupacional. Pag2.1996
64
ANEXOS XII
Outros (22,60%)
Distribuição por
função
Telefonista (1,10%)
Auxiliar de escritório
(1,10%)
Operador de máquina
(1,50%)
Compensador (1,50%)
Costureira (1,50%)
Escriturario( 8,40%)
Caixa (13,1%)
0,00% 10,00%20,00%30,00%40,00%
Gráfico 02: Distribuição por função (620) pacientes
Fonte: (Idem)
punho (20,0%)
antebraço (15,1%)
mão (12,3%)
cervical (11,8%)
membro superior
(11,3%)
ombro (8,9%)
Gráfico 03:Distribuição segundo o local de queixas (620) pacientes
Fonte: (Idem)
Download