Anexo I Resumo de Seminários: Tema: Uma viagem à Índia – Responsável: Estela Maria Rodrigues Alves Ribeiro – Bolsista MEC/SESu – PET Um dos países mais populosos do mundo e um dos países mais pobres também. Foi neste contexto que vivi os trinta dias mais emocionantes da minha busca espiritual neste planeta. Foi em meio ao caos deste país que encontrei uma frestinha de plenitude e quietude dentro de mim. Índia, cobiçada pelas suas especiarias durante a era das navegações, foi o rumo da minha viagem junto a minha família no dia 2 de janeiro de 2009. Porém o real motivo desta aventura foi mergulhar profundamente no tempero da Espiritualidade, e conseguir entender e unir a mente analítica e a mente intuitiva, o Ocidente e o Oriente. Descontando o período de meio dia que fizemos escala em Amsterdã, o total de horas da viagem foi de 20 até a capital Nova Deli. Lá o choque cultural já foi muito grande sem contar com o cheiro nada auspicioso notável em pleno aeroporto. De lá partimos com destino a Rishikesh, foram 250 quilômetros e mais 10 horas de viagem. Rishikesh é uma cidade repleta de ashrams (templos), fica no pé do Himalaia e o rio Ganges ainda tem suas águas bem límpidas e puras neste local. Bebidas alcoólicas são proibidas de serem vendidas por uma lei municipal. Lá minha família e eu, hospedamos em um “hotel”, que na verdade era um quarto de aluguel. Nossos dias foram marcados pelo desapego. Desapego do conforto, mordomias, da nossa imagem, vaidade e até necessidades básicas como tomar banho, não era sempre que isso acontecia. Tudo isso para que nada exterior fosse mais importante que o mergulho para dentro de si. O ashram (templo) que estávamos seguindo tinha uma rotina durante o dia todo. Contudo, cada ser humano é livre para escolher fazer o que quiser, assim como é também livre para viver o desapego. Na índia, como a maioria sabe, é repleto de inúmeros hotéis e palácios cinco e seis estrelas, com toda mordomia, conforto e tecnologia que necessitar. Seguimos o propósito da viagem, a rotina que mantínhamos era iniciada as 5:30 da manhã e terminava as 9hrs da noite. Dentre os afazeres estava basicamente: yoga, chi kung, vigília de mantras, Sat sangs (“palestras” feitas pelo Mestre, que em sânscrito significa – “o encontro com a verdade”), meditação, kirtan (cânticos devocionais), pujas (rituias devocionais), mergulhos no rio Ganges, e seva, que é “O amor em movimento”, ou seja, serviço prestado pelos buscadores e freqüentadores do templo, desinteressadamente, apenas por servir. Dentro desta rotina comum, cada pessoa vive o seu processo interno e individual, é um trabalho intenso de autodesenvolvimento e observação, às vezes dolorido, profundo, mas muito doce também e repleto de amor. Pude aprender mais sobre mim, observar meus condicionamentos, muitos inconscientes, e tive a chance de transformar, sempre com a ajuda, orientação e amor do Mestre Prem Baba. Talvez, a lição mais importante desta viagem é que pude descobrir que a Índia não é um lugar aonde se chega de avião, ela está dentro de cada pessoa, basta querer acessar o aqui e agora que muitos chamam de amor verdadeiro. Tema: Vivência – Responsável: Tiago Bodê e Karen Silva Luko – Bolsistas MEC/SESu – PET Em “Vivência”, os petianos Tiago Bodê e Karen Silva Luko contaram, em uma apresentação aberta à comunidade acadêmica, sobre experiências que vivenciaram ao conviver com pessoas culturalmente diferentes em seus locais de origem, podendo, assim, absorver novos conceitos de vida e outra realidade social e cultural. Dessa forma, eles puderam trazer para os participantes seus aprendizados e comparar tais realidades entre si e com aquelas vivenciadas por todos ali presentes. Os locais sobre os quais cada um dos ministrantes falou foram escolhidos justamente por serem bastante distintos, podendo até ser considerados extremos, para fim comparativo. Sendo assim, Tiago relatou sobre ...., em que visitou as casas de muitas famílias de uma comunidade carente, afastada do meio urbano e, portanto, sem recursos considerados básicos nas cidades atualmente. Por sua vez, Karen expôs o cotidiano de uma família típica dos Estados Unidos., com todas as facilidades encontradas graças à tecnologia disponível, mas também com as dificuldades que a rotina de uma grande cidade implica. Ao final da discussão, pôde-se observar que, apesar da alta discrepância, ambos petianos foram bem recebidos pelos seus hospedeiros e compartilharam de uma grande simpatia pelos locais visitados. Tema: Biomedicina – Responsáveis: Evandro Katsui Utsunomia e Juliana Ravelli B. Martins – Bolsistas MEC/SESu-PET No dia 28 de maio foi apresentado o tema Biomedicina, contando com a presença de 21 pessoas. O objetivo do seminário foi esclarecer aos alunos temas relacionados ao curso e possíveis áreas de trabalho e estágio, visto que a Biomedicina é uma ciência que permite uma visão ampla do conhecimento biológico. Também foi abordada a importância desse profissional da saúde, o qual possui formação generalista e capacidade para atuar em diversos níveis da área de saúde. A Biomedicina busca o entendimento do corpo humano, procurando relacionar as diversas áreas para que se possa ter a visão do todo. Inicialmente, foi abordado o histórico da profissão, incluindo a trajetória e a regulamentação da mesma. A implantação do primeiro curso foi na Escola Paulista de Medicina, em 1966. No ano seguinte, o curso teve início na Faculdade de Ciências Médicas e Biológicas de Botucatu (UNESP). Em seguida, as áreas de atuação do biomédico foram apresentadas, bem como o papel do profissional em cada uma delas, mostrando que o mercado de trabalho é bastante diversificado. Ao todo são 33 campos de atuação. Os biomédicos estão presentes em laboratórios clínicos indústrias, empresas, hospitais, bancos de sangue, universidades e institutos de pesquisa. As pesquisas biomédicas visam esclarecer dúvidas, levando à melhoria da qualidade de vida da população. Outra atividade de destaque do biomédico é o ensino, em que o profissional prepara estudantes da graduação para exercer a carreira biomédica. Além disso, o CRBM (Conselho Regional de Biomedicina) e CFBM (Conselho Federal de Biomedicina) foram citados, visando esclarecer a importância dos mesmos para o biomédico, já que são responsáveis pela fiscalização, regulamentação, orientação e defesa dos direitos desse profissional. Para finalizar, foram apresentadas as principais dúvidas sobre a atuação do biomédico e os alunos presentes puderam participar, apresentando as suas dúvidas sobre o curso e atuação profissional. Tema: Tráfico de Mulheres – Responsável: Karen Silva Luko e Fernando Peixoto – bolsista MEC/SESu – PET O Tráfico de mulheres é um problema social que há muito assola mulheres e até mesmo crianças em nosso país. Apesar de antigo, esse problema permanece negligenciado devido ao fato de que as maiores afetadas pertencem a classes mais baixas, sendo pouco interessante defendê-las de tal abuso. O problema, na verdade, é muito mais complexo e a visão simplista de que a defesa das vitimas de seus exploradores seria suficiente não é correta. Como dito anteriormente, este se trata de um problema social em que, muitas vezes, as próprias famílias são responsáveis pela venda dessas jovens por não terem muitos meios de obtenção de recursos. Desta forma, para solucionar o problema seria necessário primeiro solucionar a desigualdade no Brasil. Felizmente, nem tudo está perdido quando o assunto é trafico de mulheres. A jornalista Priscila Sirqueira fundou uma ONG de apoio às vitimas do tráfico de pessoas e ainda luta contra esse crime, consequentemente, ajudando milhares de mulheres todos os anos. Iniciativas como estas surgem para não esquecermos de que sempre existe esperança e meios para resolução de todos os impasses. Tema: O Império Asteca – Responsável: Thalita de Almeida Tavares – Bolsista MEC/SESu-PET Este seminário contou com a presença de (quantas pessoas) O Império Asteca foi uma civilização mesoamericana e pré-colombiana localizada onde está o atual México e tinha cerca de um milhão de habitantes em 1519 (quando Hernan Cortez chegou ao local). Tinha como centro a cidade de Tenochtetlán, que foi conquistada por meio de guerras, comum no Império Asteca. Tinha sua estrutura social baseada nas guerras e dentre os habitantes, a grande maioria era composta por militares e o desempenho bélico era muito valorizado e poderia determinar a posição social. As famílias eram baseadas em casamentos e tinham uma organização patriarcal, mas as mulheres possuíam importantes funções dentro da sociedade. Enquanto seus filhos eram ainda pequenos, as mulheres cuidavam da casa, das crianças e deveriam prezar pelo amor, verdade e fidelidade conjugal. Após os filhos crescerem, as esposas poderiam exercer uma profissão, sendo disponíveis as profissões de lavadeiras e curandeiras. A sociedade pode ser representada por uma pirâmide, onde o topo da pirâmide era ocupado pelos membros da família real e pelos sacerdotes. No meio da pirâmide, estavam os militares que eram muitos. E na base estavam os servos (que trabalhavam nas terras reais) e os comuns (comerciantes e agricultores). Poderia haver mobilidade social, de acordo com o desempenho nas guerras ou ainda, se o indivíduo decidisse por seguir a vida sacerdotal. A economia era sustentada pelo comércio, que acontecia em uma praça central. Esse comércio era extremamente organizado e contava com fiscais que verificavam se as trocas eram justas. Se fosse verificada injustiça entre pesos e medidas, o material era recolhido e destruído. As trocas entre mercadorias eram feitas e se houvesse diferença, eram dadas sementes de cacau como troco. Na agricultura, destacava-se a produção de cacau e milho (desconhecidos pelos europeus até então), além de arroz e amendoim. A importância do cacau na sociedade asteca vai muito além de seu valor comercial, pois a bebida feita de cacau era tida como a bebida dos deuses e tinha grande papel nos rituais astecas. Na ciência, os astecas se destacaram na astronomia, aritmética e arquitetura (embora os Maias possuíssem um maior desenvolvimento dessa área). Possuíam uma escrita pictográfica original: as figuras, originalmente tinham uma correspondência com a mensagem, mas posteriormente foram perdendo essa ligação e passou a ser desenhos com significados. Havia algumas bibliotecas nas cidades que foram destruídas com a chegada dos espanhóis. A educação era priorizada na sociedade e cabia aos sacerdotes passar os conhecimentos. Existiam dois tipos de “escolas”, uma mais rígida (calmecas) e outra menos, que era destinada a comuns e gentios. Dentro da educação entrava também a passagem de cultura como histórias, mitos e canções. O Império Asteca tem sua história montada baseada em conquistas bélicas, pelas quais, o império foi crescendo e ocupando sua importância na História mundial. Quando havia a intenção de atacar um lugar, um embaixador era enviado previamente para destacar o que queria como pagamento. Durante as guerras, cirurgiões eram levados para suturar os feridos, escribas contabilizavam prisioneiros que posteriormente viriam a se tornar escravos ou eram levados para sacrifício aos deuses. Não existia prisão e todos os soldados inimigos eram capturados, não mortos, como era de costume europeu. Dentro os artefatos da Mitologia Asteca, temos a famosa Pedra do Sol, que funcionava como um calendário cíclico: Os Astecas acreditavam que cada mundo durava o período de um sol. No fim desse período, o mundo era destruído e iniciava-se outra era. Segundo eles, sua sociedade, bem como a nossa atual, era a era do Quarto Sol, e essa era acabaria no ano de 2012, para iniciar o Quinto Sol. A Pedra do Sol representava a continuidade dos Sóis, e segundo os Astecas, todas as eras repetiam os mesmos eventos, continuamente. Por isso, era permitido aos sacerdotes prever o futuro baseado nos eventos que aconteceram durante os outros sóis, que estão todos identificados na Pedra do Sol. Em relação às riquezas do Império, que tanto interessaram os espanhóis, temos que a utilização do ouro nessa sociedade era comum. Há muito eles conheciam técnicas de fundição e molde de ouro e outras pedras preciosas, como jade, por exemplo. Dentro da economia, essas pedras tinham pouca importância, pois eram usadas como adorno comum. São conhecidas as famosas Máscaras de deuses feitas de ouro, jade, turquesa, dentre outros materiais. E foi exatamente isso que chamou tanta atenção dos espanhóis, ainda impulsionados pelo Mito do El Dourado. Em 1519, quando Hernan Cortez chegou ao local, impressionouse pela quantidade de ouro e rapidamente saqueou e dominou toda a população. Sabe-se que alguns fatores foram essenciais na vitória dos espanhóis sobre os astecas: Primeiramente, segundo as previsões dos sacerdotes, com base na Pedra do Sol, por volta de 1519, um deus retornaria para a terra com intuito de punir os injustos e exigir rituais e sacrifícios. Quando Cortez chegou, eles rapidamente associaram a profecia ao espanhol, não o combatendo logo de princípio, oferecendo sacrifícios e ouro. Todavia, mesmo quando os astecas guerrearam com o exército espanhol, eles se assustaram com os cavalos que foram trazidos da Europa, porque nunca tinham visto animal semelhante. Fora isso, os astecas perdiam muito tempo aprisionando o inimigo para poder oferecer aos deuses, enquanto os espanhóis matavam. Tudo isso contribuiu para o fim do Império Asteca, um dos grandes povos da antiguidade, que juntamente com os Maias, provam que a evolução organizacional e cultural não foi somente na Europa, como sempre foi afirmado. Tema: Mistérios da Humanidade – Responsáveis: Bianca Santos e Gisele Schiavo- alunas bolsistas MEC/SESu- PET No dia 24 de outubro, foi apresentado o seminário “Mistérios da Humanidade”, que contou com a participação de 17 pessoas. Nele tentamos elucidar alguns dos maiores enigmas da humanidade, como: TRIÂNGULO DAS BERMUDAS O mistério do Tiângulo das Bermudas teve início à 1500 anos atrás, porém só em 1945, com o desaparecimento de 5 aviões de bombardeiro da marinha americana é que ele se tornou alvo de sérias especulações. Dentre as teorias propostas a quem tem recebido destaque é uma em que a presença de grandes bolsas de gás, comuns no leito do mar nesta área, ao subir à superfície se dissolveriam na água, diminuindo a flutuação e causando o naufrágio de navios. Apesar da resolução deste enigma, existe outro que ainda permanece obscuro, os restos de uma muralha composta de pedras colossais encontrados, levando muitos a acreditar que esses destroços poderiam ser da cidade perdida, Atlântida. ATLÂNTIDA Segundo a lenda Atlântida era uma ilha situada no mediterrâneo possuidora de grande beleza e lar de uma civilização avançada com enormes riquezas. Ela seria localizada numa região extremamente instável, propícia a terremotos, vulcões e tsunamis e seria devido a estes fenômenos que ela teria sido destruída duas vezes antes de seu completo desaparecimento. A presença de documentos, que contam como foi seu surgimento, dia-a-dia e destruição, em salas abaixo de pirâmides e esfinge apontam que os povos egípicios, maias e astecas seriam descendentes de atlantianos que sobreviveram a tragédia. EL DOURADO Outro cidade enigmática é El Dourado, que de acordo com relatos, seria feita de ouro puríssimo e teria surgido muito antes do desaparecimento de Atlântida. Ela se encontraria no coração do planeta em um lugar cercado por uma vasta vegetação, lagos e rios de água cristalina e animais mansos e serviciais. A quem diga que sua localização permaneceria preservada, até hoje, pelo fato de sua estrutura de segurança conseguir escapar a ciência terrestre. PIRÂMIDES DO EGITO E ESFINGE Um mistério que intriga muita gente, são as pirâmides do Egito que serviram como câmaras mortuárias para grandes reis. Dentre elas, as mais famosas são as pirâmides de Guizé (conglomerado de 3 pirâmides), localizadas próximas a esfinge. Os cientistas já conseguiram responder como seria possível a construção desses monumentos sem a tecnologia presente atualmente, no entanto, as dúvidas relacionadas ao por quê de sua construção ou como os egípicios tinham tamanho conhecimento sobre geometria e astronomia permanecem sem resposta. STONEHENGE Stonehenge é uma formação de megalítos em círculo que teve sua construção dividida em três fases. Devido a realização de experimentos com carbono-14, foi posssível afirmar que os druidas não eram seus criadores, como todos pensavam, entretanto ainda não se descobriu quem o é. Um fato estranho sobre Stonehenge é que as pedras colocadas no círculo não são provenientes daquela região, o que implica que alguém as teria transportado até lá, mas como e por que, ainda não se sabe. MOAIS DA ILHA DE PÁSCOA Tão impressionate quanto a formação dos megalítos são os moais, que são gigantescas estátuas esculpidas ao pé de um vulcão e presentes em toda extensão da Ilha de Páscoa. Eles contabilizam um total de 887 estátuas que diferem em época de construção, aparência, tamanho e localização na ilha. O que se sabe sobre as estranhas estátuas é que elas foram construidas por povos locais, com o uso de ferramentas simples e que foi usada uma jangada(feita de troncos de árvores locais) para transportar a estátua, depois de pronta, até sua localização atual. Já, a função que eles tinham ou o por que de uns apresentarem “chapéus” e outros não, é desconhecida. LINHAS DE NAZCA As Linhas de Nazca são figuras com forma geométricas ou de animais que permanecem intactas até hoje e só podem ser observadas ao sobrevoar a região. Surgiram muitas hipóteses para explicar como elas foram criadas, por quem e com qual finalidade, até que finalmente, em 2007, um grupo de pesquisadores encontrou indícios de que as figuras apontariam para um ponto aonde as águas se encontrariam, presumiu-se, então, que elas estariam lá para que os deuses pudesssem ver do ceú o caminho para suas água e, assim, abençoá-las trazendo fertilidade e prosperidade a região. O MONSTRO DO LAGO NESSIE OU NESSIE O monstro do Lago Ness vive nas profundezas do Lago Ness na Escócia e suas aparições datam de 1500 anos atrás. No entanto, sua foto mais famosa foi a de 1934, que depois mostrou-se falsa. Posteriormente a descoberta da falsificação da foto, houveram outras aparições de Nessie levando a constantes expedições em busca de evidências da existência do mostro. Por falta de provas concretas, em 2003, o Governo Escocês decretou que não existe nenhum monstro dentro do lago. Procuraram-se, então, outras explicações para as aparições vistas como: confusão com esturjões ou enguias gigantes; libertação de gases da falha tectónica ou ventos fortes que causassem ondas parecidas com as formas avistadas. Tema: Reforma Ortográfica – Responsáveis: Fábio Glanso e Jaqueline Camargo - Bolsistas MEC/SESu – PET No início da apresentação foi explanado alguns aspectos históricos relacionados a identidade cultural de um país em função de seu idioma, visto que, o idioma reflete aspectos culturais, formação histórica entre outros aspectos como a influência de outras nações, através dos estrangeirismos. Desse modo foi explanado sobre a importância da unificação de um idioma, bem como, os impactos decorrentes de sua fragmentação. Para isso foi utilizado como exemplo uma passagem bíblica, citada abaixo: Episódio de Torre de Babel: “Ora, em toda a terra havia apenas uma linguagem e uma só maneira de falar.” “Então, desceu o Senhor para ver a cidade e a torre, que os filhos dos homens edificavam; e disse: Eis que o povo é um, e todos têm a mesma linguagem. Isto é apenas o começo: agora não haverá restrição para tudo quanto intentam fazer.” Em seguida foi mencionada a importância mundial do Português, pois é o 5º idioma mais falado no mundo, por cerca de 200 milhões de pessoas em 10 diferentes países: Brasil, Portugal, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e por Macau, Timor Leste e Goa no Oriente. Após a contextualização histórica e cultural, que envolve o idioma utilizado em um país, houve a explanação das principais modificações que ocorreram na língua Portuguesa, que passarão a vigorar a partir de janeiro de 2009. Sendo algumas representadas abaixo: O alfabeto brasileiro passa a ter 26 letras, em vez de 23. Foram incluídas k, w e y, usadas principalmente em siglas e palavras originárias de outras línguas. Exemplos: Franklin, Darwin, darwinismo, kuwaitiano, km (para quilômetro) e kg (para quilograma) O acento agudo usado para diferenciar duas palavras de significado diferente, mas escritas da mesma forma deixa de existir nos seguintes casos: Para (verbo), que se diferenciava da preposição para; Pelo (substantivo), que se diferenciava da preposição pelo; Há algumas exceções: Pôde (verbo poder no passado) conserva o acento para se distinguir de pode (verbo poder no presente); Pôr (verbo) conserva o acento para se distinguir de por (preposição). O acento agudo foi eliminado nos ditongos abertos das palavras paroxítonas, como: alcaloide, assembleia, boleia, epopeia, ideia, jiboia, paleozoico, paranóia. As palavras oxítonas terminadas em éi, éu e ói continuam acentuadas: chapéu, herói, corrói, remói, céu, véu, lençóis, anéis, fiéis, papéis, Ilhéus. Também ocorreram diversas alterações com relação ao uso do hífen, porém esse tema ainda é bastante controverso e passível a modificações. A população terá até o fim de 2012 para se adaptar às novas regras, quando a nova ortografia será a única considerada correta. Tema: Descobertas Inesperadas – Responsáveis: Thaís Canto Cury e Gustavo Saraiva - Bolsistas MEC/SESu – PET O sonho de qualquer cientista é descobrir algo espetacular, que possa contribuir para o avanço da ciência, ou explicar fenômenos que há muito se tentava entender. Mas não é sempre assim. Em muitas descobertas importantes da história, o acaso teve papel predominante. São muitos os casos em que a descoberta é acidental, em que o pesquisador descobre algo importante sem querer, sem estar procurando ou minimamente interessado no problema que levou à descoberta. Para designar essa forma de descobrir fenômenos ou coisas inesperadamente, Horace Walpole, em 1754, criou a expressão “serendipitidade”. Essa palavra, originada da palavra ceilandesa “Serendip” foi criada após o autor, Walpole, ler um antigo conto de fadas oriental chamado “Três Príncipes de Serendip”, que contava a história de três garotos que faziam sempre descobertas por acidente e sagacidade, de coisas que não estavam procurando. Assim, o novo conceito de serendipitidade se refere à propensão de descobrir coisas por acaso ou em lugares inesperados, exatamente como acontece com alguns cientistas quando a descoberta foge do modelo estabelecido. A descoberta do LSD é um exemplo. O químico suíço Albert Hofmann, em uma tentativa de descobrir um composto químico para estimular o parto, descobriu sua propriedade psicodélica ao tomar uma dose maior no ano de 1943. Outro exemplo surgiu em 1968, quando Spencer Silver, um cientista da empresa americana 3M, pesquisava um adesivo muito aderente. Durante o processo alguma coisa deu errado. O resultado: um adesivo fraco que aderia levemente à superfície lisa em que era colocado, podendo ser facilmente removido e recolocado. Desse adesivo surgiu o bloco de notas Post-it, um produto muito comum em escritórios. Em outro caso, alguns adoçantes artificiais só chegaram aos lábios humanos porque cientistas esqueceram-se de lavar as mãos. Os adoçantes feitos de ciclamato foram descobertos em 1937 quando Michael Sveda estava trabalhando no laboratório para sintetizar medicamentos contra febre. Porém, ele encostou o cigarro na bancada do laboratório e quando o colocou novamente na boca sentiu o sabor doce do ciclamato. Já os adoçantes feitos de aspartame foram descobertos quando James M. Schlatter, em 1965, tentava produzir uma droga contra a úlcera quando decidiu lamber seu dedo, que estava contaminado com uma das substâncias que estava trabalhando. Assim foi descoberto o aspartame, que adoça 160 vezes mais do que o açúcar comum. Já o teflon foi descoberto na tentativa de criar um novo refrigerante com perfluoretileno polimerizado pressurizado em um recipiente. Nesta reação química original o ferro agiu como catalisador. Então, em 1954, o engenheiro francês Marc Grégoire criou a primeira panela revestida com resina de Teflon antiaderente, inerte a praticamente todos os elementos químicos e considerado o material mais escorregadio que existe. Descobertas clássicas como o Viagra, a Penicilina, o Forno Micro-ondas também dependeram da sorte dos pesquisadores. É importante ressaltar que descobertas acidentais não desmerecem o trabalho do cientista, pois elas nunca ocorreriam se não fosse o poder da observação do homem, sua capacidade de identificar a descoberta e reconhecer sua importância e suas implicações. Para terminar o seminário, foram apresentados, a titulo de curiosidade, alguns ganhadores do prêmio “Darwin Awards”, que tem como fundamento a premiação de pessoas que morreram de forma inusitada e inesperada, não deixando, assim, mais descendentes e fazendo com que seus genes não sejam passados a frente. Desta forma, estariam participando do processo de seleção natural, sendo selecionados negativamente. A seleção natural foi uma importante constatação na história da biologia e teve como autor o naturalista Charles Darwin. Desta forma então pudemos fazer uma relação entre como o acaso teve uma importância muito grande na história da ciência e de forma às vezes “cômica” foi importante no processo de evolução da espécie humana.