Saúde Integral: Desafios na Formação

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FICHA CATALOGRÁFICA
Universidade do Estado da Bahia
Biblioteca Prof. Edivaldo Boaventura
S471
Semana Científica em Saúde e Ambiente (5. : 2015: Salvador, BA)
Saúde integral : desafios na formação, atenção e prevenção / V
SEMCISA, 05 e 06 de novembro de 2015. Salvador (BA). – Salvador :
UNEB, 2016.
99 p.
Evento realizado pela Universidade do Estado da Bahia,
Departamento de Ciências da Vida, Núcleo de Pesquisa e Extensão –
Salvador (BA).
UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
JOSÉ BITES DE CARVALHO
REITOR DA UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
CARLA LIANE NASCIMENTO SANTOS
VICE-REITORA DA UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
MARIA CELESTE SOUZA DE CASTRO
PRÓ-REITOR DE EXTENSÃO
KÁTHIA MARISE BORGES SALES
PRÓ-REITOR DE ENSINO DE GRADUAÇÃO
UBIRATAN AZEVEDO DE MENEZES
PRÓ-REITOR DE ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL
ATSON CARLOS DE SOUZA FERNANDES
PRÓ-REITOR DE PESQUISA E ENSINO DE PÓS-GRADUAÇÃO
MARCO ANTONIO ARAÚJO SILVANY
DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA VIDA
BRUNO ANTÔNIO VELOSO CERQUEIRA
COORDENADOR DO NÚCLEO DE PESQUISA E EXTENSÃO
COMISSÃO ORGANIZADORA
ANÍBAL DE FREITAS SANTOS JÚNIOR
BRUNO ANTÔNIO VELOSO CERQUEIRA
EDENISE MARIA SANTOS DA SILVA
FABÍOLA RIOS VASCONCELOS
JONATHA MUNDURUCA BOTELHO
JOSELITA MOURA SACRAMENTO
MARCEL TAVARES DE FARIAS
MÁRCIO COSTA DE SOUZA
MARCO ANTÔNIO ARAÚJO SILVANY
ROBERTO RODRIGUES BANDEIRA TOSTA MACIEL
SANDRA ASSIS BRASIL
THADEU BORGES SOUZA SANTOS
REALIZAÇÃO
APOIO
COMISSÃO AVALIADORA
ACÁSSIA BENJAMIM LEAL
ANDERSON CARVALHO DOS SANTOS
ÂNGELA CRISTINA FAGUNDES GÓES
BRUNO ANTÔNIO VELOSO CERQUEIRA
CARLA MARIA LIMA SANTOS
CARLOS ANDRÉ GOMES SILVA
CLARA OLIVEIRA ESTEVES
CONCEIÇÃO SILVA OLIVEIRA
EDENISE MARIA SANTOS DA SILVA BATALHA
EDSON DELGADO RODRIGUES
FERNANDA WARKEN ROSA CAMELIER
HELENA MARIA SILVEIRA FRAGA MAIA
JOANA ANGÉLICA TELLES SANTANA
JULIANA CORTES DE FREITAS
KARLA VILA NOVA DE ARAÚJO FIGUEIREDO
LORENA BARRETO ARRUDA GUEDES
LUCIANA FERREIRA DA SILVA
LUCIENE DA CRUZ FERNANDES
MARA RENATA RISSATO
MARCELO PEIXOTO SOUZA
MARCIA CRISTINA MACIEL DE AGUIAR
MÁRCIO COSTA DE SOUZA
MARCOS ANTÔNIO ALMEIDA MATOS
MARIÂNGELA VIEIRA LOPES SILVA
MIRIAN ROCHA VASQUEZ
NADJA GOMES DE SANTANA
NICOLE RIBEIRO DA SILVA SANTOS
SILVANA LIMA VIEIRA
SILVANA LIMA GUIMARÃES FRANÇA
SUELEM MARIA PINHEIRO FERREIRA
SUIANE COSTA FERREIRA
MONITORES
ANDERSON FERREIRA DOS SANTOS
ANNIELE SANTOS DE MATOS
CAMILA LIMA ANDRADE
CLÁUDIA MONTEIRO DE SOUZA
DANIELLE BRANDÃO DE MELO
ELAYNE SANTOS MOREIRA
FABRÍCIO MARQUES DIAS
GISELE GABRIEL ALENCAR
GLICIA OLIVEIRA SANTOS SILVA
HENRIQUE DA CONCEIÇÃO COSTA
JESSICA SILVA SOUZA
JOSÉ REINALDO OLIVEIRA SILVA
JULIANA BARBOSA DOS SANTOS
KALINA IAN DOS SANTOS CERQUEIRA
KALLYNE FERREIRA SOUZA
LAIS ALVES PORTO
LAISE DOS SANTOS LOBO
LARISSA LIMA COSTA
LILIÃ DE LIMA PINHEIRO
LILIAN SANTANA SANTOS
LUANA SILVA COSTA
LUZIA DA SILVA PASSOS
MAÍRA CARVALHO OLIVEIRA
MICHELE BATISTA DA SILVA
NADJA DE ALMEIDA FERREIRA
POLIANA CONCEIÇÃO DOS SANTOS
PRISCILA DE JESUS SILVA
RAIANE MATOS SANTANA
TAIANA SANTOS SANTANA
TALITA RODRIGUES DE SANTANA
TAMARA DA SILVA SANTANA
TARSILA VIANA OLIVEIRA
THAIS BATISTA BARRETO BASTOS
VANESSA ALVES DE OLIVEIRA
APRESENTAÇÃO
A Universidade é a nossa casa! Seja bem-vindo ao SEMCISA 2015!!!
A quinta edição da Semana Científica em Saúde e Ambiente - V SEMCISA buscou dar
visibilidade às ações de ensino, pesquisa e extensão realizados por estudantes e professores da
área de saúde e de ciências biológicas do Departamento de Ciências da Vida da Universidade do
Estado da Bahia, dando continuidade às trocas de conhecimento já iniciadas em edições
passadas.
Neste ano, buscou-se aprofundar o olhar sobre a formação profissional na área da saúde,
destacando aspectos que se desdobram e se interconectam entre a técnica profissional, a
dimensão do cuidado, a formação científica e a gestão em saúde.
As mesas e debates
realizados enfatizaram a importância de uma formação cada vez mais plural, dinâmica e
interdisciplinar. Incluindo a gestão e práticas sustentáveis como fundamentais na formação e
manutenção de nossas instituições de cuidado e preservação dos serviços prestados à
população.
O Núcleo de Pesquisa e Extensão – NUPE – do Departamento de Ciências da Vida mantém seu
engajamento pela construção de uma universidade cada vez mais sensível à sociedade e suas
demandas, permitindo ampliação dos projetos de pesquisa, atividades de extensão e parcerias
com as comunidades e traduzindo, neste evento, atualidades científicas e possibilidades
inovadoras para a formação e engajamento na saúde.
PROGRAMAÇÃO
05.11.2015
HORÁRIO
TEMA
GESTÃO EM SAÚDE
8h00min às
10h00min
E SUSTENTABILIDADE
PALESTRANTES
MEDIADOR
Prof. Hugo Costa Ribeiro Junior
Prof. Marcelo
Paixão
Diretor do HGRS
Profª. Maíra Pereira Dantas
UNEB
Hospital Português
10h00min às
12h30min
FORMAÇÃO PROFISSIONAL
NA ÁREA DE SAÚDE
Profª. Patrícia Suguri
Odontologia - UFBA
Profª. Carla Cardoso
Profª. Suiane Ferreira - UNEB
UNEB
Prof. Paulo Eduardo Xavier de Mendonça
Prof. Márcio Costa
Diretor do INCA/SP
UNEB
Prof. Bruno
Cerqueira
13h30min às
14h30min
CUIDADO AO PACIENTE
14h30min às
18h00min
O PAPEL DA ESCRITA
CIENTÍFICA NA FORMAÇÃO
PROFISSIONAL
Prof. Gilson Luiz Volpato - UNESP/SP
18h00min às
20h00min
TEMAS LIVRES
Sessão de Pôsteres
UNEB
06.11.2015
HORÁRIO
TEMA
PALESTRANTE
MEDIADOR
8h00min às
O PAPEL DA ESCRITA
CIENTÍFICA NA FORMAÇÃO
PROFISSIONAL
Prof. Gilson Volpato - UNESP/SP
Prof. Bruno
Cerqueira UNEB
13h30min às
15h00min
CUIDADO AO PACIENTE
Prof. Márcio Costa - UNEB
15h00min às
17h00min
TEMAS LIVRES
Sessão de Pôsteres
17h00min às
19h00min
PREMIAÇÃO V SEMCISA
MELHORES TRABALHOS
12h30min
Prof. Bruno
Cerqueira UNEB
N-ACILHIDRAZONAS INIBE A PROLIFERAÇÃO DE LINFÓCITOS IN VITRO
AUTORES
Dahara Keyse Carvalho Silva, Tatiana Barbosa dos Santos, Cássio Santana Meira, Diogo Rodrigo
Moreira, Tiago Fernandes, Eliezer Jesus Barreiro, Milena Botelho Pereira Soares, Elisalva Teixeira
Guimarães.
RESUMO
Introdução: O principal tratamento de doenças autoimunes e alergias consiste na utilização de
glicocorticóides. Entretanto, tendo em vista os sérios efeitos adversos causados pelo seu uso e a
carência de drogas alternativas, faz-se necessário a investigação de novos compostos com
potencial imunossupressor menos tóxicos e mais eficazes. As hidrazonas são compostos
orgânicos sintéticos candidatas em potencial.Objetivos: Avaliar a capacidade das Nacilhidrazonas em inibir a proliferação de linfócitos in vitro.Métodos: Inicialmente, foi avaliada a
citotoxicidade dos compostos em macrófagos da linhagem J774. Em seguida, em concentrações
não tóxicas, foi avaliado o efeito dos compostos sobre a proliferação de linfócitos, utilizando
cultura de esplenócitos obtidos do baço de camundongos da linhagem BALB/c estimulados com a
concanavalina A (2 µg/mL) ou anti-CD3/anti-CD28. Neste ensaio, a taxa de proliferação de
linfócitos foi avaliada pela incorporação de 3H-timidina. Posteriormente, foi realizada a terapia
combinada do composto que apresentou melhor resultado nos ensaios anteriores com a
dexametasona, através da construção de isobologramas. Resultados/Discussão: Os compostos
testados apresentaram baixa citotoxicidade, com valores de CC50(concentração citotóxica de 50
%) superiores a 50 μM quando comparados com a violeta de genciana (CC50 = 0,48 ± 0,04), uma
droga citotóxica de referência. Nos experimentos posteriores concentrações abaixo de 50 μM
foram utilizadas. De um total de 10 compostos, apenas três não foram ativos sobre a proliferação
avaliada em culturas de esplenócitos estimulados com concanavalina A. Dentre os compostos
testados, o que apresentou o melhor perfil, sendo capaz de inibir de forma concentração
dependente a proliferação de linfócitos estimulada tanto por concanavalina A quanto pelo
estímulo com anti-CD3/anti-CD28 foi o composto 5, com valor de IC50(concentração inibitória de
50%) de 0,9 μM.Foi observado também que com adição do RU 486, um antagonista de receptor
glicocorticóide,não foi capaz de inibir o efeito do composto 5. Como esperado, o RU486 inibiu o
efeito dadexametasona. A construção de isobologramas indicou uma interação sinérgica entre a
dexametasona e o composto 5. Conclusão: Os resultados indicam que o composto 5 tem a
capacidade de inibir a proliferação de linfócitos através de uma via diferente dos glicocorticóides e
que, em combinação com a dexametasona, há um efeito sinérgico entre os mesmos.
PRESENÇA DE REARRANJOS GÊNICOS NO GENE BRCA² EM MULHERES COM CÂNCER
DE MAMA E/OU OVÁRIO NO ESTADO DA BAHIA
AUTORES
Juliana Cortes de Freitas, Taisa Manuela Machado Lopes, Ivana Nascimento, Maria Betânia.
RESUMO
Devido às altas taxas de incidência e mortalidade, o câncer de mama é considerado um
expressivo problema de saúde pública no Brasil e uma das neoplasias mais comuns que afetam
mulheres em todo mundo. Outro grave tipo de câncer que acomete mulheres é o câncer de
ovário, neoplasia maligna epitelial mais comum do trato genital feminino, e a terceira em ordem
de incidência, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer. Aproximadamente 5 a 10% dos
casos de câncer de mama e ovário são hereditários e as causas estão associadas à presença de
mutações germinativas em genes de predisposição, entre os quais se destacam BRCA1 e
BRCA2. Famílias com características indicativas da síndrome de predisposição ao câncer de
mama e ovários hereditários (HBOC) podem não ser portadoras para mutações deletérias
pontuais e deveriam ser testadas para a presença de rearranjos gênicos, visto que essas
anormalidades respondem por, no mínimo, 10% de todos os casos de câncer de mama e ovário
já identificados. Por tanto, para verificar a frequência de rearranjos nos genes BRCA1/2 em uma
amostra de 200 pacientes com câncer de mama e/ou ovário procedentes de diferentes regiões do
estado da Bahia, atendidos no ambulatório de genética do Complexo HUPES/UFBA realizamos a
técnica de MLPA (Multiplex Ligation-dependent Probre Amplification) utilizando DNA extraído a
partir de sangue periférico. Até o momento foram testados 56 pacientes e identificamos uma
duplicação do exón 21 no gene BRCA2, em uma portadora de câncer de ovário com diagnóstico
aos 39 anos e câncer de mama aos 42 anos. O cálculo de risco para portar mutação em BRCA1
foi superior a 75% e de 11% em BRCA2. Além disso, a paciente apresentava história familiar para
câncer de mama e ovário. Destacamos, que a mutação encontrada resultante da técnica de
MLPA, ainda não foi citada em publicações anteriores sendo necessárias análises posteriores
para caracterização molecular desta nova mutação. As alterações estruturais provocados por
rearranjos gênicos em BRCA1/2 podem explicar um número considerável de casos de HBOC.
Esperamos que os resultados possam fornecer novos dados epidemiológicos a respeito do
câncer de mama e ovário, e contribuir para que intervenções preventivas, baseadas em
diagnósticos moleculares, diminuam o risco de câncer em portadores de mutações.
EXPRESSÃO HETERÓLOGA DE PTERIDINA REDUTASE DE LEISHMANIA BRASILIENSIS.
AUTORES
OLIVEIRA, Thais Fonseca de; PIRES, Acássia Benjamin Leal; CASTILHO, Marcelo dos Santos
RESUMO
INTRODUÇÃO: Leishmania brasiliensis é agente causador da leishmaniose cutânea mucosa. A
inibição da via dos folatos tem permitido desenvolvimento de fármacos contra doenças inibidores
da dihidrofolatoredutase. A baixa suscetibilidade dos parasitas está associada a presença da
pteridinaredutase, o gene Pteridina Redutase-1 (PTR1) de Leishmania que participa da redução
da biopterina em sua forma ativa, a tethahidrobiopterina (H4B).Essa proteína atua como via
alternativa para a redução do ácido fólico ou pteridinas não conjugadas quando a DHFR está
inibida. Moléculas que inibam seletivamente ambas as enzimas dos parasitas podem ser
promissoras no desenvolvimento de fármacos contra leishmaniose. OBJETIVOS: Obter a enzima
pteridina redutase ( PTR1) de L. braziliensis, clonada em sistema heterólogo e purificada em fase
solúvel.MÉTODO: Foi feito o planejamento dos oligonucleotídeos iniciadores (primers) específicos
para a amplificação do gene alvo, PTR1. A reação de amplificação do DNA foi realizada pela
técnica de PCR, na primeira reação o resultado indicou que não houve a amplificação desejada,
então foi realizado um novo planejamento de primers e a reação de PCR com o primer novo foi
bem sucedida. Houve a obtenção do DNA plasmidial e o inserto e o vetor foram digeridos
separadamente. A digestão do inserto foi feita simultaneamente com a enzima, após a digestão
foi realizada a reação de ligação dos fragmentos. A transformação foi realizada na célula
hospedeira E. coli BL21 e realizado o teste de expressão, variando as concentrações de IPTG (00,2mM - 0,5 mM– 1 mM).RESULTADOS: Durante esse período foi possível realizar a
amplificação do gene da PTR1 de L. brasiliensis a partir dos primers planejados, a obtenção do
DNA plasmidial do vetor pET 28a e a ligação do inserto e vetor. Foram obtidos 2 transformantes
em 10 colônias testadas. Ocorreu a expressão do gene clonado na condição de 0,5mM de IPTG e
25ºC de temperatura e a proteína foi purificada na forma solúvel na concentração de 100mM e
200mM de Imidazol. DISCUSSÃO: Conseguimos realizar o objetivo geral que era clonar e
expressar a pteridina retuctase de L. brasiliensis para que a mesma seja utilizada posteriormente
em testes de inibição por novas moléculas. Entretanto, não conseguimos demonstrar a atividade
da enzima.CONCLUSÕES: A pteridina retuctase recombinante de L. brasiliensis foi obtida na
forma solúvel, entretanto, não foi possível realizar os testes cinéticos para demonstrar a atividade
da enzima no tempo de execução desse projeto. Mas esses testes ainda serão executados no
laboratório posteriormente a fim de observar a atividade enzimática.
MARCADORES GENÉTICOS DO HOSPEDEIRO ASSOCIADO À CARCINOGENESE
HEPÁTICA
AUTORES
Emanuele lima bandeira, Luciano kalabric silva.
RESUMO
O hepatocarcinoma é uma das neoplasias malignas com elevada taxa de morbimortalidade dos
últimos tempos. Esse tipo de câncer vem atingindo milhões de pessoas, com um elevado número
de óbitos. Existem vários fatores que podem desencadear uma desordem nos hepatócitos, a fim
de chegar a uma carcinogenese hepática. Dentre esses fatores estão os agentes etiológicos das
hepatites virais, especificamente os vírus B, D e C. Por meio de várias vias moleculares são
capazes de integrarem-se e promover eventos para que venha inibir o mecanismo natural da
apoptose, favorecendo uma desordem celular e a formação da massa tumoral.O objetivo deste
trabalho é descrever os marcadores genéticos do hospedeiro associado à carcinogenese
hepática. Trata-se de uma revisão de literatura no qual foram realizadas buscas de artigos em
bases de referências online (SCIELO, MEDLINE e BIREME), nos idiomas inglês e português.
Quanto mais cedo for diagnosticado o hepatocarcinoma, melhores serão os índices de sobrevida
dos casos. Um dos marcadores que mais se destaca é a alfafetoproteina (AFP), porém a
sensibilidade e especificidade deste marcador não têm sido tão satisfatórias para o diagnóstico.
Com o avanço da medicina e as novas técnicas moleculares, tem sido descoberto e se mostrado
bastante específico novos marcadores moleculares para o diagnóstico do hepatocarcinoma.
Dentre estes estão o SALL4, proteantigens, citoquinas, enzimas e isoenzimas. A identificação de
um marcador sensivel e especifico para o diagnostico precoce do hepatocarcinoma pode propiciar
um melhor prognostico da doença.
CARACTERIZAÇÃO DOS TEMAS SOBRE AUTOMEDICAÇÃO POR IDOSOS:
REVISÃO SISTEMÁTICA
AUTORES
Lara Souza de Andrade, Silvana Lima Vieira; Edenise Maria Silva Batalha.
RESUMO
Introdução: A automedicação pode ser definida como uso de medicamentos sem a prescrição,
orientação ou acompanhamento do médico, dentista ou enfermeiros, segundo normativas
técnicas estabelecidas. Segundo a literatura, existem diversos modos de a automedicação ser
praticada além de adquirir o medicamento não prescrito, dentre eles inclui-se: compartilhar
remédios com outras pessoas, utilizar sobras de prescrições, reutilizar antigas receitas e
descumprir a prescrição profissional, prolongando ou interrompendo o período de tempo
indicados na receita ou a dosagem orientada. Pode ocasionar danos irreversíveis à saúde, tendo
a população idosa maior susceptibilidade aos danos associados ao uso inadequado dos
medicamentos. Este estudo teve como objetivos caracterizar os temas abordados nos resultados
de artigos científicos publicados entre 2006 e 2014 sobre automedicação por idosos, a partir dos
descritores "automedicação”, “idosos” e “enfermagem”, na Biblioteca Virtual em Saúde nos
idiomas inglês, português e espanhol. Trata-se de um dos objetivos do trabalho de conclusão de
curso intitulado: práticas de automedicação em idosos brasileiros: revisão sistemática. Método:
pesquisa bibliográfica, do tipo revisão sistemática. Os dados foram descritos utilizando estatística
descritiva e categorizados de acordo com a abordagem temática. Resultados: foram selecionados
10 artigos originais, onde a patir da leitura detalhada dos resultados foi possível realizar a análise
temática das abordagens dos artigos: perfil sóciodemográfico dos idosos (100%), Prevalência da
automedicação e/ou principais fármacos em uso sem prescrição (100%), Padrão de consumo e
Medicamentos mais consumidos (80%), Automedicação em idosos e doença pré-existente (80%),
Acesso à farmácia e consulta médica (50%), Associação da automedicação e variáveis
sociodemográficas e econômicas (40%), Associação da automedicação e autopercepção de
saúde(40%), Influências para automedicação (30%), Ocasião/ motivo para automedicação (30%).
Discussão: Os temas mais freqüentes foram; perfil sociodemográfico dos idosos e prevalência da
automedicação e principais fármacos em uso sem prescrição (100%) e Padrão de consumo e
Medicamentos mais consumidos (80%). Os temas abordados nas produções permitiram
identificar que a ocasião/ motivo para automedicação, contudo os aspectos influenciavam a
prática foram pouco abordadas nos estudos. Desta forma, estas problemáticas são essenciais
para o entendido do processo e para criação de medidas de intervenção a fim de diminuir os
fatores risco da prática da automedicação por idosos. Conclusão: esta revisão permitiu
caracterizar os temas abordados nos resultados de artigos científicos publicados entre 2006 à
2014, sobre automedicação por idosos, evidenciando a necessidade de novas pesquisas a fim de
criar estratégias que busquem assegurar o uso adequado dos fármacos pela população idosa.
CONHECIMENTO, ATITUDES E PRÁTICAS DE ADOLESCENTES DE ESCOLAS PÚBLICAS
RELACIONADOS AO HIV/AIDS E ÀS OUTRAS IST
AUTORES
SANTOS, Tainara; MAGNO, Laio.
RESUMO
Introdução: A adolescência é uma fase da vida marcada por intensas transformações biológicas,
comportamentais, socioculturais, na qual ocorre a estruturação da personalidade, bem como o
desenvolvimento acelerado da cognição. Os adolescentes representam cerca de 20% da
população brasileira, o que corresponde. A vivência da sexualidade torna-se mais evidente nesta
fase da vida e, muitas vezes, manifesta-se através de práticas sexuais desprotegidas, o que pode
intensificar a vulnerabilidade desta população ao HIV/aids e à outras infecções sexualmente
transmissíveis (IST). Objetivo: Descrever o conhecimento, atitudes e práticas de adolescentes de
escolas públicas relacionados ao HIV/aids e outras IST. Metodologia: Estudo transversal
descritivo, realizado durante uma atividade de intervenção da USF em duas escolas públicas
localizadas no território de uma unidade de saúde da família (USF) do Distrito Sanitário CabulaBeirú em 2015. Para produção dos dados, utilizou-se questionário estruturado com 24 perguntas
distribuídas em três blocos: dados sócios demográficos, dados de vinculação e dados sobre
práticas sexuais e IST. Os critérios de inclusão foram os seguintes: estar na faixa etária de 11 a
19 anos e estar matriculado nas escolas públicas do território. Foi solicitado consentimento verbal
da direção da escola e assentimento verbal dos adolescentes, visto que a atividade estava
vinculada à intervenção da USF. Resultados: Participaram do estudo 70 estudantes matriculados
em duas escolas do território da USF, 62,8% eram do sexo feminino e 37,2% do sexo masculino.
No que diz respeito ao vínculo dos adolescentes com a equipe de saúde, percebeu-se que a
maioria conhecia a USF (95,7%). Entre as meninas, verificou-se que 41% ainda não tomaram a
vacina contra o HPV, o que significa que uma grande parcela das meninas não está coberta
contra esta infecção. No que tange aos dados acerca dos comportamentos sexuais, 52,9% dos
adolescentes já iniciaram a atividade sexual e, dentre destes, apenas 35,1% admitiram usar
sempre o preservativo, 48,6% revelaram somente utilizar “às vezes” e 18,9% afirmaram nunca
usar camisinha. Em relação ao conhecimento das IST, 71,4% dos participantes disseram que já
ouviram falar sobre elas, porém apenas 57% afirmaram ter conhecimentos suficientes para
prevenção destas doenças. Sobre as formas de transmissão do HIV, percebeu-se que muitos não
conheciam: 32,8% referiram que o HIV poderia ser transmitido através do beijo, 7,1% pelo abraço
e 39% desconheciam que o vírus poderia ser transmitido através do sangue contaminado.
Conclusão: Foi possível concluir que é necessária a intensificação de atividades educativas que
abordem temática da prevenção de HIV/aids e de outras IST no ambiente escolar pelos
profissionais de saúde da USF. Nestas atividades, os jovens devem atuar mais que mero
expectadores, mas como pessoas empoderadas e multiplicadoras de prevenção em saúde.
IMPORTÂNCIA DA COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR NOS
SERVIÇOS DE SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIA
AUTORES
Vanesa Conceição de Jesus, Isabele dos Santos Dantas.
RESUMO
Introdução: As infecções hospitalares são consideradas como graves problemas de saúde
pública, pois elevam os custos sociais e econômicos. Nesse contexto, o setor Comissão de
Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), é um órgão de assessoria á autoridade máxima de uma
dada instituição que trabalha ativamente na prevenção e controle das infecções hospitalares.
Objetivo: Descrever a experiência obtida através do estágio extracurricular na CCIH, do município
de Salvador – Bahia. Métodos: Trata-se de um relato de experiência desenvolvido durante as
atividades realizadas no setor de CCIH de certa instituição, no munícipio de Salvador – Bahia,
pelas discentes do curso de enfermagem. Resultados: A experiência vivenciada se fez singular e
substancial para as acadêmicas, constituindo-se numa prática fundamental para futura formação
profissional, fomentando as discentes o contato com a realidade que este setor desenvolve nas
unidades, tentando minimizar os riscos inerentes as práticas de saúde. Discussão: Este período
vivenciado permitiu uma ampliação do conhecimento adquirido na disciplina Controle de Infecção
e Segurança em Serviço de Saúde da Universidade do Estado da Bahia - UNEB, salientado ser o
único curso de saúde da universidade que possui esta matéria na grade curricular. As atividades
realizadas no setor CCIH são diversas, entre elas destaca-se a vigilância epidemiológica de
pacientes internados, análise de exames clínicos e laboratoriais relacionados a processos
infecciosos, controle de antibiótico profilático e visita técnica as unidades assistenciais, sendo
importante destacar que estas ações são baseadas nas portarias e protocolos instituídos pela
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Conclusão: O período experenciado
proporcionou para as discentes um olhar diferenciado sobre a importância que a CCIH possui nos
serviços de saúde, pois os cuidados em saúde não se restringem somente para as práticas
assistências, visto que, o processo do cuidar também está relacionado à educação, prevenção,
manutenção e controle da saúde.
POTENCIALIDADES DA MONITORIA DE ENSINO E DE EXTENSAO ÀS NECESSIDADES DA
PESSOA COM DOENÇA FALCIFORME
AUTORES
Thadeu Borges Souza Santos; Silvana Lima Vieira; Nathalia Almeida Suzart; Carolina Santos Pinho;
Amanda Bispo; Juliete Lima
RESUMO
Introdução. Processo do Cuidar na Atenção Básica é componente curricular profissionalizante do
curso de Enfermagem da UNEB e ele é desenvolvido articuladamente com os projetos de
extensão e monitoria de ensino. Durante suas atividades, o graduando é sensibilizado a refletir
sobre a Teoria das Necessidades Humanas Básicas, correlacioná-la à condição clínico-sócioepidemiológica da Pessoa com Doença Falciforme e entender o cuidado de enfermagem na
perspectiva da Rede de Atenção a Saúde. Como estratégia pedagógica, conduz-se o graduando
discente à construção de estudo dirigido, aproximação com a sistematização da assistência,
técnicas propedêuticas e aproximação com a problemática de saúde-doença numa Unidade
Básica de Saúde que é referencia para o Programa de Atenção a Pessoa com DF. Esta UBS se
localiza no Distrito Sanitário Cabula-Beirú, região de maior incidência da DF na Bahia e território
sede do Campus I da UNEB. Para efetivação deste propósito, as monitorias de ensino e extensão
são articuladas, permitindo aos monitores voluntários relevante vivência no processo de ensinoaprendizagem das habilidades docentes e extensionista. Objetivo. relatar sensibilização de
monitoras à iniciação do processo de ensino-aprendizagem problematizador focado nas
necessidades da pessoa com doença falciforme em componente curricular da graduação de
Enfermagem da UNEB. Método. Este é um relato de experiência de uma prática pedagógica ativa
adotada para subsidiar o desenvolvimento da habilidade docente em discentes. Foi aplicada no
componente curricular que se caracteriza pela iniciação do ciclo profissionalizante. As monitoras
foram selecionadas pelo desempenho apresentado no mesmo componente, sensibilizadas à
perspectiva problematizadora do processo de ensino-aprendizagem e ao desafio de tornar visível
academicamente o cuidado as necessidades humanas básicas da pessoa com doença falciforme.
Elas atuaram na facilitação da interação docente-discente-paciente durante exercícios práticos
em laboratório de habilidades. Posteriormente, relataram o convívio, sentimentos e superações
que tiveram no semestre letivo. Resultados/Discussão. A partir de grupo tutorial de trabalho,
expressaram vivencias de territorialização e problemática da Doença Falciforme. Desenvolveu-se
discussão e desenvolvimento de conhecimento sobre necessidades da PDF. Relataram como
dimensões: a) vivencia de diagnostico situacional, b) amadurecimento didático, c)
desenvolvimento de habilidades comunicativas, interpessoal e de humanização e d) habilidade
sócio-assitencial crítica. Conclusão. Percebe-se que o graduando em enfermagem desenvolveu
habilidades docente, compreensão academia sobre sujeito cuidador para melhorar aprendizagem,
implementação de política e necessidades humanas. Palavras-chave: enfermagem, monitoria,
doença falciforme, pedagogia ativa.
FATORES GERADORES DE ESTRESSE OCUPACIONAL NOS ENFERMEIROS QUE ATUAM
NA UTI: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
AUTORES
Marileide Oliveira dos Santos, Érica Alves de Jesus, Alessandra Ribeiro Querino, Maiana Lourenço Silva.
RESUMO
Introdução:Estudos baseados em dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT)
apontam que todas as profissões presenciam o estresse, no entanto a equipe de enfermagem
vem sendo apontada como uma das profissões mais estressantes, devido ao contato direto com a
dor e o sofrimento (RODRIGUES et al, 2011). Dessa forma, os enfermeiros que atuam na
Unidade de Terapia Intensiva (UTI) são submetidos constantemente à sobrecarga de trabalho
mental, psíquica e física, contribuindo para o aparecimento do estresse e doenças
psicossomáticas em decorrência do mesmo. Diante do exposto e do atual modelo de vida da
sociedade, o estresse ocupacional tornou-se uma importante fonte de inquietação, o qual vem
sendo reconhecido como um sério fator de risco para o bem-estar psicossocial do indivíduo.
Objetivos: Identificar os principais estressores ocupacionais dos enfermeiros (as) que atuam em
UTI. Métodos: Trata-se de uma revisão bibliográfica integrativa, modalidade que permite
sumarizar os resultados encontrados no levantamento dos artigos e obter conclusões sobre o
tema de interesse. Para construção desse estudo foram realizadas buscas nos periódicos
indexados na base de dados do Scielo e Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), através dos
descritores “estresse ocupacional, enfermeiros, Unidade de Terapia Intensiva”, publicados no
período de 2010 – 2013. Foram identificados 06 artigos no Scielo e 27 no BVS. Os critérios de
seleção adotados foram: artigos em português, que contivesse no título os descritores
selecionados, respondesse os objetivos pré-estabelecido e respeitasse o período supracitado.
Foram excluídos da pesquisa os artigos que não atendesse os critérios inclusão supracitado.
Inicialmente foi realizada uma breve leitura do título e, conforme os critérios inclusão
estabelecidos, foram selecionados 05 artigos que tinham aproximação como o tema e objetivos
do estudo. Em seguida, foram analisados os textos na íntegra e, por análise interpretativa, foi
realizada a discussão e apresentação dos resultados. Resultados: Nos artigos analisado, foi
possível identificar que os estressores ocupacionais mais citados pelos enfermeiros foram:
escassez de recursos materiais e humanos, prestar assistência ao pacientes em estado crítico,
coordenar a equipe de enfermagem, sobrecarga de serviços, desvalorização dos profissionais de
enfermagem, estrutura física inadequada, relacionamento interpessoal com os demais membros
da equipe e especificidade exigidas para realização das tarefas na UTI. Discussão: Os
profissionais de enfermagem, respondem pela maior parte das atividades de cuidado e
acolhimento ao cliente e à família, além das práticas assistenciais intensas. Diante desse
contexto, ocorre uma grande possibilidade desses profissionais serem expostos a diversos
fatores que favorecem o surgimento do estresse ocupacional. Conclusões: O trabalho em
unidades de terapia intensiva esta permeado de várias atividades que desencadeia o estresse
ocupacional aos enfermeiros, o que pode repercutir na qualidade do cuidado prestado. A
pesquisa também demonstrou que nos últimos três anos (2010 – 2013) houve poucas
publicações nas bases de dados sobre os estressores ocupacionais dos enfermeiros que atuam
na UTI. Dessa maneira, sugere-se a realização de novas pesquisas acerca da temática, a fim de
promover maiores reflexões e discussões sobre as repercussões do estresse na saúde desses
trabalhadores.
INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA: RELATO DE CASO EM CLINÍCA DE UROLOGIA DE UM
HOSPITAL REFERÊNCIA
AUTORES
Jórdan Santos de Jesus; Helen Cristina da Silva Paes; Geovana Lima Chaves
RESUMO
Introdução: A Insuficiência Renal Crônica (IRC) é a perda da função renal caracterizada por
lesões lentas, progressivas e irreversíveis. A hipertensão arterial, o diabetes mellitus, a
glomerulonefrite e obstruções no trato urinário constituem as principais causas da doença renal
crônica. A IRC requer o uso de métodos para além de medicamentos e dieta, sendo necessário
submeter o paciente a diálise ou transplante renal para sua sobrevida. Objetivo: descrever o
estudo de caso sobre um adulto com insuficiência renal, internado na Clínica de Urologia de um
hospital referência do estado da Bahia, identificando os principais diagnósticos de enfermagem
encontrados. Métodos: a coleta de dados sobre histórico e quadro do paciente durante o
internamento foram obtidas a partir de evoluções realizadas pelo grupo de prática, das evoluções
médicas e pesquisa no prontuário, os dados foram coletados no período de prática da disciplina
Enfermagem na Saúde do Adulto, em maio de 2015. A partir da coleta de dados do prontuário,
foram estabelecidos os diagnósticos de enfermagem de acordo com a taxionomia II da North
American Nursing Diagnosis Association (NANDA). Relato de Caso: Paciente G. S. F. do sexo
masculino, 37 anos, procedente de Nova Fátima/BA, pardo, casado, aposentado, lavrador,
admitido no dia 15/04/2015. Pesa 74Kg; mede 1,78m; IMC: 23,36. Paciente hipertenso, com
quadro de DRC (Doença Renal Crônica) dialítica há 06 anos, com diagnóstico de fístula vesicointestinal e estenose de uretra, internado em setembro de 2014 para realização de cirurgia eletiva
de uretroplastia. Apresentava diurese pelo reto. Foi submetido a cistoscopia no dia 29/09/14,
sendo observada uretra de pequeno calibre, infantilizada, não transponível pelo uretrómo.
Discussão: Os diagnósticos de enfermagem encontrados foram: Eliminação urinária prejudicada
caracterizada por Retenção relacionada a Obstrução anatômica; Risco de Infecção tendo Fator
de Risco: Procedimentos invasivos. Após a identificação dos diagnósticos foram elaboradas
prescrições de enfermagem e o plano de alta. Conclusão: A IRC é multifatorial e demanda o
tratamento das causas controláveis, como a hipertensão arterial, diabetes mellitus,
acompanhamento nutricional e das reversíveis: desobstruções anatômicas, para além, faz-se
necessário a diálise (hemodiálise ou diálise peritoneal) ou transplante renal para continuidade de
uma vida com qualidade. Os diagnósticos de enfermagem permitem ao enfermeiro estabelecer
um perfil do estado de saúde do paciente norteando a sua assistência, para que ela seja prestada
de modo integral e científico.
IATROGENIAS DECORRENTES DA RESSUSCITAÇÃO CARDIOPULMONAR
AUTORES
Suiane Costa Ferreira, Luzany Kelly Soares Roma, Camila Cabral Brito
RESUMO
INTRODUÇÃO: A parada cardiorrespiratória (PCR) é uma situação dramática, muitas vezes inesperada,
onde a atividade miocárdica e ventilatória é insuficiente para a manutenção da circulação sanguínea e
oxigenação em um indivíduo sem expectativa de morte naquele momento. A PCR é responsável por
morbimortalidade elevada. Imediatamente após a sua identificação, deve-se iniciar a ressuscitação
cardiopulmonar (RCP) seja por uma equipe de profissionais de saúde ou leigos treinados. O atendimento à
PCR exige infraestrutura adequada, rapidez, habilidade técnica e trabalho harmônico entre os socorristas
para que haja maior chance de recuperação.Quando estes pré-requisitos não são alcançados surge o
risco para ocorrência de iatrogenias e comprometimento da segurança do paciente. OBJETIVO: Sintetizar
o conhecimento produzido na literatura nacional e internacional sobre as iatrogenias decorrentes da
ressuscitação cardiopulmonar. METODOLOGIA: Revisão sistemática da literatura, de abordagem
qualitativa, baseada em artigos científicos publicados entre 2000-2013 captados no Portal de Periódicos
da CAPES. Os descritores utilizados para foram ressuscitação cardiopulmonar (cardiopulmonary
resuscitation) e doença iatrogênica (iatrogenic disease). Os dados foram extraídos de forma padronizada
por meio do instrumento de coleta, o que subsidiou a caracterização das produções científicas
selecionadas e a definição das categorias de análise. RESULTADOS: Do levantamento inicial de 77
artigos, apenas 12 compuseram a amostra final. Com relação à base de dados, 58,33% dos artigos
estavam indexados na base de dados PubMed. Com relação ao tipo de pesquisa, 58,33 % eram relatos de
casos. 50% dos artigos foram publicados nos anos de 2001 e 2009.A análise dos artigos possibilitou
sintetizar o conhecimento sobre as iatrogenias decorrentes da reanimação cardiopulmonar em quatro
categorias temáticas: traumatismo torácico, traumatismo abdominal, complicação das vias aéreas e fatores
condicionantes das iatrogenias. DISCUSSÃO: Apesar das compressões cardíacas na RCP serem
benéficas essas intervenções podem conduzir a um trauma fechado provocando várias lesões, entre elas,
as toracoabdominais (contusão pulmonar, fraturas costais, de clavícula, esterno, lesão da aorta) o que
está relacionado a posição da mão durante as compressões cardíacas, o posicionamento do socorrista e
da vítima, a taxa de compressão e descompressão e profundidade da massagem cardíaca. A massagem
cardíaca externa possibilita ainda a ocorrência das lesões toracoabdominais tanto por compressão direta
ou como resultado de forças transmitidas através do diafragma para as vísceras abdominais, podendo
surgir pneumoperitônio, pneumobilia, insuflação gástrica. Durante a obtenção da via aérea avançada
pode-se ocasionar fraturas e avulsões de dentes, lesão de mucosa ou glote, intubação esofágica com
ruptura gástrica. CONCLUSÃO: A falta de conhecimento sobre as iatrogenias resultantes da RCP
ocasionam mortes evitáveis e por isso se faz necessária uma maior discussão sobre essa temática na
graduação. O fator humano é o mais relevante para o aparecimento de ocorrências iatrogênicas, dessa
forma o investimento contínuo na educação permanente para leigos e profissionais de saúde é essencial,
acompanhando sempre as atualizações das diretrizes internacionais e nacionais para o atendimento à
PCR.
A IMPORTÂNCIA DO PROJETO DE EXTENSÃO “SEGURANÇA DO PACIENTE UM DESAFIO
NOSSO” PARA O PROCESSO FORMATIVO DISCENTE
AUTORES
Maiane Lima de Souza; Adileia Santos da Silva; Dennifer da Rocha da Silva; Elaine Basílio dos Santos;
Jórdan Santos de Jesus; Edenise Maria Santos da Silva Batalha.
RESUMO
Introdução: A segurança do paciente é um aspecto essencial da qualidade nos serviços de saúde
(SS), visto que estes desenvolvem atividades complexas em ambientes dinâmicos, o que pode
acarretar em erros e eventos adversos (EA). Diversas iniciativas vêm sendo instituídas no intuito
de fortalecer as questões relacionadas à temática e aprimorar os sistemas e SS na direção de
evitar e minimizar risco de danos e potencializar as estratégias pautadas em processos mais
seguros e eficazes. No Brasil, temos como exemplo o Programa Nacional de Segurança do
Paciente que tem como objetivo principal contribuir para a qualificação do cuidado em saúde em
todo território nacional, além de salientar a importância de se fomentar o tema segurança do
paciente no processo de formação dos profissionais de saúde. Nesse entendimento, o projeto de
extensão “Segurança do Paciente: um desafio nosso” lotado no Departamento de Ciências da
Vida surge como uma possibilidade dentro dessa perspectiva, uma vez que visa disseminar o
conhecimento e estimular a discussão em relação à segurança do paciente em um enfoque
multiprofissional. Objetivo: Compartilhar as experiências vivenciadas no projeto de extensão
“Segurança do paciente um desafio nosso” e apresentar a sua importância para o processo
formativo discente. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência vivenciado pelos monitores
do projeto juntos nessa empreitada à cerca de um ano. Nossa equipe é composta por discentes
do curso de Enfermagem da Universidade do Estado da Bahia pertencentes ao 5º, 7º e 9º
semestre. Resultados e Discussão: As ações extensionistas experenciadas se baseiam em
estudos sistemáticos sobre o tema, confecção e realização de seminários na área de segurança
do paciente para discentes e profissionais de saúde. Através do seu cunho educativo e científico
o
projeto
cria
espaços
de
aprendizagem
e
fortalecimento
da
relação
universidade/serviço/sociedade. Com o desenvolvimento das atividades de monitoria pudemos
perceber que houve uma maior sensibilização dos participantes com relação a garantir a
segurança do paciente fazendo-os questionar e repensar suas práticas, possibilitando o
crescimento conjunto da equipe do projeto e do público alvo quanto à aspectos essenciais de
uma assistência segura. Além disso, a atuação como monitores neste projeto se mostrou
fundamental por possibilitar a criação de novos meios e processos de produção, inovação e
disponibilização de conhecimentos, permitindo a ampliação do acesso ao saber e do nosso
desenvolvimento formativo e pessoal. Conclusão: Através deste projeto a atenção voltada à
segurança do paciente poderá subsidiar melhoria na qualidade dos SS que tem como missão a
beneficência e não maleficência para com os seus usuários. Ainda, a experiência como monitores
favorece o crescimento e amadurecimento prático enquanto estudantes e futuros profissionais de
saúde, no que concerne a esta temática que é de extrema relevância para se atingir uma
prestação de assistência de qualidade.
PROJETO DE EXTENSÃO-COMPARTILHANDO SABERES E PROMOVENDO SAÚDE:
ATIVIDADES 2015
AUTORES
Joana Angélica Teles Santana
RESUMO
INTRODUÇÃO A educação em saúde proporciona ao indivíduo o acesso ao conhecimento,
desenvolve o senso crítico permitindo o agir de forma mais coerente com suas convicções e
possibilita, contribuir para a transformação da sociedade, além de promover uma vida mais
saudável. Ao enfermeiro, cabe o papel de educador, uma vez que lida diretamente com pessoas,
visando a promoção da saúde, prevenção de doenças e minimização de agravos. Para tal, é
necessário que este seja dotado de conhecimentos mínimos de aspectos pedagógicos, de como
se processa a aprendizagem, bem como de técnicas que promovam um melhor relacionamento
com a comunidade. O projeto busca incentivar a participação de alunos em atividades
extensionistas no âmbito da Universidade, possibilitando uma real interação com a comunidade;
desenvolver atividades educativas relacionadas à saúde na comunidade através de organizações
já estabelecidos, visando inserir alunos da disciplina Estágio Curricular Supervisionado I no
desenvolvimento de ações educativas na comunidade; capacitar os acadêmicos da área da
saúde dos elementos fundamentais das metodologias ativas na saúde visando atuação em
comunidades; promover encontros para o desenvolvimento de habilidades na realização de
oficinas educativas. OBJETIVO Socializar através de fotos algumas atividades desenvolvidas pelo
projeto de extensão: Compartilhando Saberes e Promovendo Saúde no ano de 2015. MÉTODO O
Projeto vem sendo desenvolvido desde 2012 através de organizações já estabelecidos junto a
idosos do Centro Social Urbano de um bairro populoso de Salvador. Foram realizadas 15 oficinas
temáticas desenvolvidas com a participação dos acadêmicos de Enfermagem da Disciplina
Estágio Curricular Supervisionado I junto a idosos que participam do Centro Social Urbano de um
bairro populoso de Salvador. As oficinas temáticas foram escolhidas pelos idosos, discutidas com
os docentes envolvidos no projeto, organizadas e desenvolvidas através de metodologia lúdica e
participativa com uso de músicas, dinâmica de grupo, jogos, brincadeiras, cantigas tradicionais,
entre outras. As fotografias foram realizadas durante as atividades com consentimento do grupo
participante. A avaliação de cada oficina foi realizada com técnicas diversas após a atividade.
RESULTADOS E DISCUSSÃO Revelam o interesse dos idosos em participar das atividades por
promover diversão, aquisição de conhecimentos e compartilhamento de saberes. As fotos
demonstram participação ativa, alegria e diversão aliada a troca de saberes. CONCLUSÃO Para
os acadêmicos tem sido uma atividade de grande valia por contribuir na troca de saberes, no
convívio com os idosos, bem como possibilita a produção de conhecimento. A principal
dificuldade relaciona-se a inserção de bolsista no projeto decorrente da disponibilidade de carga
horária exigida pela universidade.
EDUCAÇÃO EM SERVIÇO: TÉCNICA DE MENSURAÇÃO DA PRESSÃO INTRA-ABDOMINAL
UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
AUTORES
Maiana Lourenço Silva, Marileide Oliveira dos Santos, Érica Alves de Jesus.
RESUMO
Introdução: A pressão intra-abdominal (PIA) é um método de monitorização hemodinâmica
invasiva, que realiza a medida da pressão do compartimento abdominal através da inserção de
um cateter ou indiretamente com a monitorização da pressão vesical, gástrica ou de outras
cavidades. Sua mensuração é um procedimento de enfermagem, sendo de suma importância que
seja realizada de forma fidedigna para que possa direcionar melhor a assistência prestada ao
cliente. Objetivo: O presente estudo consistiu em um relato de experiência sobre a realização de
uma educação em serviço no período de maio de 2013 para equipe de enfermagem da UTI geral
de um hospital público da Bahia sobre os princípios técnico e teórico que norteiam a prática de
mensuração da PIA. Metodologia: Atividade realizada através de uma simulação a beira do leito
montado exclusivamente para a aplicação da ação educativa, tendo como público alvo os
profissionais da equipe de enfermagem da UTI supracitada. Para o melhor desenvolvimento da
atividade foram aplicadas as seguintes etapas: uma breve explanação teórica sobre a temática
abordada, seguido de questionamentos direcionado ao público alvo, com a proposta que os
mesmos demostrassem seus conhecimentos prático e cientifico na realização da mensuração da
PlA. Posteriormente com base no exposto pela equipe de enfermagem, os facilitadores
apresentaram passo a passo a técnica e os cuidados de enfermagem para realizarem o
procedimento. Logo após foi aberto um espaço de discussão para que as partes envolvidas
pudessem expor suas dúvidas e questionamento que surgiram em relação ao tema. Discussão: A
prática da mensuração da PIA ainda permeia algumas dúvidas entre os profissionais da
enfermagem que atuam na UTI, fato esse evidenciado através dos inúmeros questionamentos
que surgiram, além do receio que os mesmos demostraram ao exporem seus conhecimentos
práticos. Com isso a educação em serviço possibilitou reforçar as orientações sobre a prática de
mensuração da PIA, promovendo uma sensibilização dos profissionais envolvidos, os quais
mostraram motivados a buscarem mais conhecimento sobre o tema abordado. Conclusão:
Apesar da mensuração da PIA não ser um procedimento rotineiro na maioria das UTI, faz-se
necessário que o profissional de enfermagem responsável pela realização dessa prática tenha o
conhecimento científico e técnico para realizar o procedimento de forma fidedigna, garantido
qualidade da assistência prestada. Dessa forma, sugere-se que mais educação em serviço sejam
realizadas pela coordenação de enfermagem sobre a temática, bem como outros assuntos, a fim
de sanar as dúvidas que vão surgindo ao longo da prática assistencial. Palavras-chave: Pressão
Intra-abdominal; Enfermagem; Educação em Serviço.
IMUNIZAÇÃO INFANTIL: PERFIL DAS DOSES APLICADAS EM CRIANÇAS EM UMA
UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA
AUTORES
Sheila Silva Maia; Verine Silva de Souza; Denise Santana Silva dos Santos.
RESUMO
Introdução: As doenças infectocontagiosas podem levar crianças, no Brasil e no mundo, a
sequelas importantes e a óbito. Em se tratando da morbi-mortalidade infantil, esse agravo
costuma ser consequência do impacto do meio ambiente sobre a criança causando infecções
respiratórias agudas, diarréia e a doenças imunopreveníveis. O declínio da mortalidade nos
países em desenvolvimento passa pelas ações explicitas de saúde pública, como as campanhas
de imunização, especialmente, pelo combate as doenças infecciosas e endêmicas. Dessa forma,
observa-se uma tendência à redução da mortalidade infantil devido a implementação de um
sistema de saúde que se propõe a assegurar aos cidadãos equidade, universalidade e igualdade
no acesso. Objetivo: Descrever o perfil das doses aplicadas em crianças em uma Unidade de
Saúde da Família na cidade do Salvador-BA, no período de dezembro de 2014 a maio de 2015.
Método: Trata-se de um estudo retrospectivo com dados coletados no Boletim de registros de
doses aplicadas para o APIWEB – versão 3, com abordagem quantitativa, de natureza descritiva
e enfoque no levantamento documental. As variáveis contempladas foram: doses aplicadas e
faixa etária. Os dados analisados foram simplificados e apresentados em forma de gráficos com
indicação de porcentagem. Resultados e Discussões: No período de dezembro de 2014 a maio
de 2015 foram administradas 2905 doses de vacinas em crianças menores de 5 anos. Sendo a
Vacina Inativada contra Pólio - VIP/ Vacina Oral contra Pólio- VOP responsáveis pela maior
quantidade de doses aplicadas entre as crianças com 20%, seguido da Pneumocócica 10 com
449 doses e Meningocócica C 328 doses. Vale ressaltar que essas vacinas são administradas em
várias doses e a criança deve tomar todas as doses indicadas para ter a eficácia da vacina e a
proteção imunológica. Em três meses a Influenza atingiu o quantitativo de 96 doses, essa vacina
é administrada em esquema de campanha programada anualmente pelo Ministério da Saúde no
período do outono. A administração da tríplice viral foi 160 doses, ela é a única vacina
disponibilizada pelo SUS que combate a Varicela. Essa disparidade entre as doses distribuídas
não permite garantir que a criança esteja com seu calendário vacinal em dia, primeiro porque o
sistema APIWEB não identifica nominalmente as doses e segundo porque como a sala de vacina
é para demanda aberta os valores não podem ser estimados como valores de continuidade da
caderneta de vacina das crianças. Conclusão: O quantitativo de doses administradas não significa
o número de crianças atingidas por conta da quantidade de doses de cada vacina. A vacinação
na primeira infância é uma ação relevante de prevenção de doenças. Por isso, o conhecimento
dos pais é uma importante questão para que a vacinação infantil chegue ao nível de efetividade
esperado na cobertura vacinal.
METODOLOGIA ATIVA ADOTADA NO COMPONENTE PROCESSO DO CUIDAR DE
ENFERMAGEM AO PACIENTE COM LESÕES TEGUMENTARES
AUTORES
Cristiane Purificação de Oliveira Teixeira; William Mendes Lobão; Bárbara Pérez; Thadeu Borges Souza
Santos; Silvana Lima Vieira
RESUMO
Introdução. Processo do Cuidar na Média e Alta Complexidade é componente curricular
profissionalizante do curso de Enfermagem da UNEB, desenvolvido através de aulas teóricas e
práticas em laboratório de habilidades e unidade de internação hospitalar. Suas estratégias
metodológicas contemplam aula expositiva e dialogada, desenvolvimento de habilidades técnicas
com suporte de monitoria de ensino e utilização de recursos ativadores da construção do
conhecimento. Durante suas atividades, os alunos são sensibilizados a desenvolver simulação
teórica e prática em laboratório, com abordagem generalista ao estudo semiológico e
semiotécnico. Os graduandos tiveram experiência prática na realização de curativos em lesões
tegumentares na prática de campo em hospital público de Salvador, no setor de Ortopedia. Eles
vivenciaram o cuidar aos pacientes e realização de antissepsia e utilização de coberturas
especiais, com a supervisão docente. Como estratégia pedagógica, os graduandos foram
conduzidos à construção de maquetes para reproduzir os estágios I, II, III e IV das lesões
tegumentares, realizando exposição e apresentado as manifestações clínicas, tratamentos com
curativos especiais, entendimento sobre comissão de pele/feridas e o condutas da equipe de
enfermagem e papel do enfermeiro como gestor do cuidado. Objetivo. Apresentar vivência de
graduandos em enfermagem do componente processo do cuidar na media e alta complexidade,
frente à adoção de metodologias ativas de ensino-aprendizado sobre pacientes portadores de
lesões tegumentares. Método. Este é um relato de experiência de uma prática pedagógica ativa.
Foi aplicada no componente curricular que se caracteriza pela iniciação do ciclo
profissionalizante. A atividade foi realizada com todos os alunos do componente curricular, pois
os mesmos tiveram momentos em estágios na unidade básica e hospitalar para cuidar do
paciente portador de lesão. Resultados/Discussão. A partir de grupo de trabalho apresentado, os
alunos construíram maquetes das lesões tegumentares, demonstrando segurança na exposição,
explanaram sobre a identificação dos estágios das lesões, suas manifestações clínicas e
tratamento. Expressaram vivencias e associaram os pacientes portadores de lesões aos
respectivos estágios. Durante a prática hospitalar, relataram as limitações que perceberam na
prática do monitoramento das lesões e a competência dos enfermeiros para indicação do
tratamento terapêutico adequado. Conclusão. O estudo apresentado remete o entendimento
sobre a lesão do sistema tegumentar, suas especificidades e complexidades. Através desta
conduta percebeu-se a necessidade da identificação, monitoramento dos estágios e tratamento
terapêutico adequado. O graduando foi sensibilizado quanto a importância do papel do enfermeiro
na gestão do cuidado ao paciente portador de lesão tegumentar, reconhecer os estágios e
respectivos tratamentos e complicações. Percebe-se que o graduando em enfermagem
desenvolveu a atividade com autonomia e criatividade, realizou a exposição das maquetes
ressaltando a importância do papel do enfermeiro como protagonista na conduta adequada ao
paciente portador de lesão, a importância da qualificação profissional para o reconhecimento da
manifestação clínica e terapêutica efetiva (entendendo o que há de atual em curativos especiais)
e a sensibilização para o respeito ao paciente como ser integral.
FACILIDADES E DIFICULDADES NA EDUCAÇÃO EM SAÚDE COM IDOSOS NA
PREVENÇÃO DE COMPLICAÇÕES DE CARDIOVASCULARES
AUTORES
Silvana Lima Vieira, Thadeu Borges Souza Santos.
RESUMO
Introdução: As doenças cardiovasculares (DCV) estão entre as principais causas de adoecimento
e morte na população brasileira, segundo estudos epidemiológicos do Ministério da Saúde. Suas
complicações estão associadas ao aumento das demandas de usuários aos serviços médicos
ambulatoriais, hospitalares e de reabilitação, bem como permitir desestruturação social e
comprometimento da renda familiar, com expressiva morbidade e impacto na qualidade de vida.
As DCV compreendem um amplo grupo de patologias clínicas resultantes em sua maioria de
problemas crônicos, como a hipertensão, o diabetes, dentre outros. Objetivos: relatar as
dificuldades e facilidades encontradas pela equipe executora de um projeto de extensão nas
atividades educativas voltadas à prevenção de risco cardiovascular em idosos de uma
Universidade Aberta da Terceira Idade. Justifica-se pela relevância da efetivação do tripé ensinopesquisa e extensão, voltadas à população idosa, na prevenção de doenças e agravos de origem
cardiovascular. Método: Estudo descritivo, de natureza qualitativa, do tipo relato de experiência.
Os participantes da pesquisa foram 3 professores e 03 bolsistas do projeto de extensão intitulado:
prevenção de complicações cardiovasculares em idosos de uma universidade aberta da terceira
idade. Resultados: as atividades dos professores e bolsistas de extensão são voltadas à
promoção à saúde e prevenção de agravos e doenças, possibilitando desenvolvimento de
habilidades como interação interpessoal nas oficinas de saúde da UATI. Quanto ao tema riscos
cardiovasculares, evidenciou-se que os idosos ainda possuem muitos questionamentos sobre as
transformações em sua saúde e no processo de adoecimento e limitações no que tange ao
aparelho cardiovascular. As facilidades apontadas pela equipe foram: fácil interação com os
idosos, retorno positivo no uso de jogos interativos de memória sobre a temática e participação
ativa nas discussões em sala de aula. Quanto às dificuldades, destaca-se a dispersão dos idosos
nas atividades de maior atenção como aulas expositivas e interesse ainda centrado na doença e
medicalização em detrimento da prevenção. Discussão: Pode-se constatar que é necessário que
a equipe executora desenvolva estratégias dinâmicas nas oficinas de saúde, de modo a permitir a
interação e interesse dos idosos na temática proposta. Conclusão: Percebe-se que a participação
docente e a aproximação discente nos projetos e atividades extensionistas adquire grande
relevância, considerando a possibilidade de contato direto com a população, em meio à
comunidade, através de atividades de educação em saúde com temas e necessidades oriundas
do próprio indivíduo. Nesta perspectiva, a realização dessas atividades tornam-se fundamentais
por envolver o ambiente acadêmico e comunidade num só lócus, e principalmente aproximando o
discente, futuro profissional da real necessidade e demandas que ultrapassam a teoria e relações
institucionais, possibilitando alcançar o plano de sensibilização para a partir daí, sensibilizar na
mudança de comportamentos e autocuidado.
CUIDADOS DA ENFERMEIRA ÁS CRIANÇAS COM DOENÇA FALCIFORME: PESQUISA
BIBLIOGRÁFICA.
AUTORES
Fabiana Maria dos Santos Mendes; Denise Santana Silva dos Santos.
RESUMO
Introdução: A doença falciforme é uma enfermidade genética, caracterizada por um tipo de
hemoglobina mutante denominada por hemoglobina S ou (Hb S), a qual, quando submetida à
baixa concentração do oxigênio , adquire o formato de uma foice, obstruindo o fluxo sanguíneo,
afetando determinado órgão. Objetivo geral desse estudo foi analisar por meio de uma pesquisa
bibliográfica, em publicações nacionais, quais os cuidados da enfermeira às crianças com doença
falciforme. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, de caráter descritivo, com
abordagem qualitativa. A busca eletrônica ocorreu nos meses de agosto a dezembro de 2014,
mediante ás consultas nas bases de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências
da Saúde (LILACS) e Base de Dados de Enfermagem (BDENF) que foram acessadas
eletronicamente por meio da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Os descritores utilizados nessa
pesquisa foram doença falciforme, criança, enfermagem, os quais constam nos descritores de
ciência da saúde (DeCS). A partir dessas buscas e através de critérios de inclusão e exclusão
foram selecionados 22 artigos para análise e interpretação dos dados. Resultados e Discussões:
Os resultados foram apresentados inicialmente por meio de caracterização das publicações
analisadas e por 3 categorias temáticas. A primeira categoria definiu o perfil dos eventos agudos
que ocorrem em crianças com doença falciforme, os quais são determinantes para a
morbimortalidade das mesmas. A segunda categoria identificou ações como imunização,
profilaxia e tratamento como medidas eficazes na qualidade de vida das crianças com essa
patologia. A terceira categoria aborda os cuidados da enfermeira às crianças com doença
falciforme e ressalta que essa profissional deve oferecer cuidados peculiares às crianças com
doença falciforme, com base no conhecimento científico, relacionando a teoria com a prática.
Conclusão: Conclui-se que a enfermeira exerce papel fundamental no cuidado às crianças com
doença falciforme, prestando assistência de forma qualificada tanto para essas crianças, como
para os seus familiares.
ASSIMETRIAS POSTURAIS E MÉTODOS DE AVALIAÇÃO POSTURAL NA DOENÇA DE
PARKINSON
AUTORES
Rita de Cássia Oliveira dos Santos, Ioná da Costa Barreto Nascimento, Barbara Silva, Caroline Guerreiro,
Aquiles Assunção Camelier, Fernanda Warken Rosa Camelier.
RESUMO
INTRODUÇÃO: A DPOC é uma doença inflamatória crônica que provoca limitação do fluxo aéreo
em resposta aos agentes agressores da via aérea, inalação de gases e partículas nocivas, em
especial, o tabaco. A insuficiência respiratória causada pela DPOC acarreta danos à mecânica
pulmonar e musculatura periférica. Desta forma, o principal musculo da respiração, o diafragma,
torna-se responsável por desencadear desvios posturais pelas suas inserções. OBJETIVO:
Avaliar a postura em ortostase dos pacientes portadores de DPOC. MATERIAL E MÉTODOS:
Trata-se de um estudo descritivo, de corte transversal. Foram incluídos os pacientes com
diagnóstico de DPOC, estáveis, de ambos os sexos e que conseguiram realizar a espirometria.
Os dados foram coletados no período de outubro de 2014 a outubro de 2015, na UNEB. Os
pacientes foram avaliados utilizando-se uma ficha de avaliação postural subjetiva modificada de
Magge e o Software de avaliação postural (SAPO). A avaliação postural subjetiva e as fotografias
foram realizadas simultaneamente considerando as vistas anterior, lateral e posterior, evitando as
compensações na postura. As fotos foram digitalizadas e analisadas por um avaliador cego. Foi
realizada analise descrita no programa SPSS 17.0. O projeto foi aprovado pelo CEP/UNEB.
RESULTADOS: Foram avaliados 18 portadores de DPOC, 14 (77,8%) eram do sexo masculino,
com média de idade de 64,8±7,4 anos, 16 (88,6%) classificados com obstrução de moderada a
muito grave. Na avaliação postural subjetiva considerando a vista anterior, oito (44,4%) estavam
com a cabeça em rotação esquerda, 13 (72,8%) elevação do ombro esquerdo, quatro (22,2%)
rotação esquerda do tronco, seis (33,3%) crista ilíaca esquerda mais elevada. Na vista lateral, 13
(72,2%) com interiorização da cabeça e joelhos recurvatun, nove (50,0%) protusão de ombros e
hiperlordose lombar, dez (55,6%) hipercifose e anteversão pélvica. Vista posterior, oito (44,4%)
apresentavam assimetria escapular e onze (64,7%) pés planos. Na avaliação computadorizada
na vista anterior, nove (50,0%) apresentaram cabeça inclinada e acrômio elevada a esquerda
respectivamente, 15 (83,3%) redução do ângulo esquerdo entre o acrômio e a espinha ilíaca
antero superior EIAS, e 13 (72,2%) apresentavam membros inferiores genuvarum. Na vista
posterior, 15 (83,3%) possuíam assimetria escapular e na vista lateral, 12 (66,7%) estavam com a
cabeça em rotação esquerda. DISCUSSÃO: Alguns fatores como a hiperinsulflação pulmonar;
uso excessivo da musculatura respiratória; padrão respiratório toracoabdominal; diminuição da
mobilidade torácica e adoção de posturas viciosas favorecem as assimetrias posturais na DPOC.
A hiperinsulflação pulmonar favorece as alterações que envolve a cintura escapular, pélvica e
coluna torácica pelas inserções do diafragma no esterno, costelas e região dorso-lombar,
alterando assim a biomecânica da caixa torácica e a organização da coluna. O diafragma,
principal músculo da respiração, também é responsável pelo controle da postura, e a inserção
das suas aponeuroses no iliopsoas, quadrado lombar e transverso do abdome também
contribuem para as alterações posturais. CONCLUSÃO: A DPOC provoca disfunções estruturais
ao indivíduo, principalmente com a progressão da doença e o uso excessivo da musculatura
respiratória. As alterações funcionais respiratórias e as repercussões biomecânicas provocam
adaptações dos músculos tornando-os responsáveis pelas compensações na estrutura corporal
global.
ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL FISIOTERAPEUTA COM PRÁTICAS INTEGRATIVAS E
COMPLEMENTARES NA CIDADE DO SALVADOR, BAHIA
AUTORES
Iasminy Ferreira, Marcelo Peixoto
RESUMO
Identificar o perfil sociodemográfico e profissional dos fisioterapeutas que atuavam com as
Práticas Integrativas Complementares, na cidade do Salvador-Bahia. MÉTODOS: Realizou-se um
estudo quantitativo, transversal descritivo, composto por profissionais fisioterapeutas que
atuavam com recursos terapêuticos alternativos. Foram incluídos os indivíduos que exerciam
suas atividades profissionais com alguma intervenção não convencional; tido uma formação
nessa área e pelo menos um ano de experiência clínica. Foram excluídos aqueles que estavam
em férias ou licença médica no período da coleta dos dados. Os participantes responderam a um
questionário estruturado construído para a pesquisa. A coleta foi realizada por meio de dados
primários no período de janeiro/2015 a agosto /2015, sendo realizado um estudo piloto para
calibrar o instrumento e o pesquisador. O banco de dados foi estruturado no software Excel (XP)
e a análise realizada no Epi Info versão 7.1.4.0. Na análise das variáveis foram realizados o Teste
de Fisher. RESULTADOS: A amostra foi composta por 20 fisioterapeutas, 13 (65,0%) eram sexo
masculino. As terapias integrativas mais utilizadas pelos profissionais foram a acupuntura com 15
(75,0%), as práticas corporais/manuais com 14 (70,0%) e a meditação com cinco (25,0%).
CONCLUSÃO: A atuação do fisioterapeuta com as Prática Integrativas e Complementares é
caracterizada em sua maioria pelo exercício profissional da acupuntura.
DISFUNÇÕES PNEUMOFUNCIONAIS NA DOENÇA DE PARKINSON
AUTORES
Henrique da Conceição Costa, Bárbara Silva dos Santos, Paula Silva Oliveira, Nicole Nunes Souza Costa,
Luís Gustavo de Souza Carvalho, Isabela Barbosa Gomes, Larissa Evely Almeida Araújo, Caroline
Ferreira Guerreiro, Fernanda Warken Rosa Camelier
RESUMO
INTRODUÇÃO: A Doença de Parkinson é uma patologia neurodegenerativa ocasionada pela
perda gradual dos neurônios dopaminérgicos da substância negra. Na tétrade onde se
apresentam rigidez muscular, bradicinesia, tremor de repouso e instabilidade postural. Há
dificuldade de expansão pulmonar e alteração na caixa torácica acarretando alterações
respiratórias. A diminuição da complacência pulmonar pode ocorrer devido à postura de flexão do
tronco e limitação de ADM. Métodos como a cirtometria, manovacuometria e espirometria podem
ser utilizados para avaliação pneumofuncional, que podem indicar presença ou não de alterações
e assim, direcionar a prevenção e o tratamento desta condição clínica. OBJETIVO: Sistematizar o
conhecimento acerca das alterações funcionais respiratórias na Doença de Parkinson.
METODOLOGIA: Foi realizado um estudo de revisão de literatura, com pesquisa nas bases de
dados PubMed, SciELO, e Bireme por meio das seguintes palavras-chave: “função pulmonar”,
“doença de parkinson” e “espirometria” combinadas entre si e separadas, nos idiomas inglês e
português. Foram incluídos artigos científicos originais que realizaram avaliação da função
respiratória em pacientes com doença de Parkinson. Foram excluídos os artigos que não
avaliaram a função pulmonar e seus desfechos, e artigos não disponibilizados na íntegra.
RESULTADOS: Encontrou-se 39 artigos, sendo destes, 12 incluídos. DISCUSSÃO: A alteração
dopaminérgica na DP pode acarretar dentre outros sintomas, déficts posturais tendo como
consequências complicações pneumofuncionais, de mobilidade, clearance pulmonar, entre
outros. Utilizando a manovacuometria para avaliar a força muscular respiratória, três artigos
relataram diminuição da PImáx e PEmáx, sendo esta secundária ao aumento da rigidez, redução
da pressão de recolhimento elástico, diminuição do volume de ar e taxas de fluxo de ar inspirado.
Um trabalho não encontrou diminuição significativa no grupo de indivíduos parkinsonianos em
comparação ao controle, o que pode ter relação com características da amostra. A partir das
medidas de cirtometria, dois trabalhos apresentaram redução da expansibilidade torácica em
parkinsonianos, e esta variável demonstrou correlação negativa alta com a idade. A redução da
amplitude de movimento do tórax é derivada da rigidez muscular, bradicinesia e postura em
flexão de tronco. A eficácia da tosse esteve diminuída em dois trabalhos. Configurando-se como
um mecanismo complexo e importante para o clearance pulmonar e limpeza das vias aéreas,
houve correlação negativa alta com o grau de comprometimento neurológico. A diminuição da
força muscular e da expansibilidade torácica são fatores que contribuem para uma tosse ineficaz.
Em quatro estudos, pacientes com DP apresentaram redução dos volumes e capacidades
pulmonares, sendo este resultado ligado à diminuição da expansibilidade pulmonar. Em um dos
estudos, não houve diferença significativa desta variável comparado a um grupo controle, o que
neste caso pode haver influência do grau de comprometimento neurológico da população
estudada (I e II de HY). A levodopa apresentou melhora dos valores espirométricos em dois
estudos, porém em um artigo não houve significância estatística nas comparações, o que pode
ter ligação com as características da população estudada. CONCLUSÕES: Pacientes com DP
apresentam redução da mobilidade torácica, pico de fluxo de tosse, força muscular respiratória e
redução dos volumes e capacidades, que comprometem a independência e funcionalidade no
parkinsoniano.
ASSIMETRIAS POSTURAIS E MÉTODOS DE AVALIAÇÃO POSTURAL NA DOENÇA DE
PARKINSON
AUTORES
Ioná da Costa Barreto Nascimento; Rita de Cássia Oliveira dos Santos; Isabela Barbosa Gomes; Caroline
Ferreira Guerreiro; Ana Caline Nóbrega da Costa; Fernanda Warken Rosa Camelier
RESUMO
INTRODUÇÃO: A doença de Parkinson (DP) é um transtorno neurodegenerativo, crônico e
progressivo, caracterizado por déficits na síntese da Dopamina (DA) no sistema nervoso central
(SNC). A alteração na síntese dopaminérgica no SNC na DP é gerada pela degeneração dos
neurônios na parte compacta da substância negra; comprometendo a neuromodulação do
movimento realizada pelos núcleos da base. Além dos distúrbios motores, a DP gera
anormalidades nas aferências sensoriais e no processamento motor sensorial que causam a
instabilidade na postura. Analisando-se a crescente inversão da pirâmide etária e agregado a este
fenômeno o aumento da prevalência de doenças crônicas como a DP, torna-se primordial analisar
a senilidade de maneira diferenciada. OBJETIVO: Sistematizar o conhecimento acerca
assimetrias posturais e métodos de avaliação postural em portadores de DP. MÉTODOS: Tratase de uma revisão de literatura. A pesquisa fora conduzida nas bases de dados eletrônicas da
Pubmed, SciELO, Google Scholar e Science Direct. A coleta de dados ocorreu entre Agosto de
2014 a Julho de 2015. Foi realizada a combinação de termos: “doença de Parkinson”, “alterações
posturais”, “avaliação da postura” e “fotogrametria”; as palavras chave foram utilizadas juntas e/ou
separadas, nas línguas portuguesa e inglesa. Foram incluídos neste estudo artigos científicos
originais que realizaram avaliação postural em indivíduos portadores da Doença de Parkinson,
que foram publicados nos últimos 10 anos. Artigos não localizados/não disponibilizados na
íntegra foram excluídos, e aqueles que realizaram a avaliação da postura de portadores de
parkinsonismo secundário também foram excluídos. RESULTADOS: A busca resultou na seleção
de 29 artigos, sendo que foram encontrados 17 artigos na Pubmed três foram incluídos; dos
quatro artigos localizados no SciELO dois foram excluídos; dos dois artigos encontrados no
Google Schoolar apenas um foi incluído, e dos seis selecionados na Science Direct um foi
selecionado. Desta forma, sete artigos publicados nos últimos 10 anos, nos idiomas inglês e
português, foram incluídos. DISCUSSÃO: A partir da análise destes artigos, constatou-se que o
método de avaliação da postura mais utilizado é a avaliação postural subjetiva. Observou-se que
indivíduos com DP tendem a apresentar assimetrias posturais que predominaram o plano sagital,
dentre os distúrbios mais frequentes estão a hiperlordose cervical, hipercifose torácica,
arqueamento anterior do tronco. A análise biomecânica da postura de indivíduos com DP
evidenciou a instalação de uma postura flexora. O arqueamento do tronco associado a outras
anormalidades posturais possui um impacto significativo sob a função respiratória, já que este
arqueamento conduz a limitação da amplitude torácica repercutindo negativamente sobre os
volumes pulmonares. CONCLUSÃO: A análise biomecânica da postura de indivíduos
parkinsonianos demonstrou que há predomínio dos distúrbios no plano sagital, havendo, portanto
a instalação de uma postura arqueada. A avaliação postural é um método eficaz para a detecção
de alterações estruturais e seu impacto nas funções respiratória, na manutenção do equilíbrio, e
na marcha e outras atividades essenciais para o desempenho funcional. Sugere-se que mais
pesquisas com este tema sejam realizadas, a fim de ampliar o conhecimento acerca deste
assunto.
SEGURANÇA E REPRODUTIBILIDADE DO TESTE TIMED UP AND GO EM IDOSOS
HOSPITALIZADOS
AUTORES
Marilucia Louvores dos Santos, Bruno Prata Martinez, Leonardo Pamponet Simões, Isis Resende Ramos,
Fernanda Warken Rosa Camelier, Aquiles Assunção Camelier
RESUMO
Introdução: Testes físicos seguros e confiáveis são importantes para rastrear risco de queda em
idosos. Não existem estudos que avaliaram a segurança e confiabilidade do teste Timed Up and
Go(TUG) em idosos hospitalizados. Objetivos: Avaliar a segurança e reprodutibilidade do TUG
em idosos hospitalizados. Métodos: Trata-se de um estudo transversal onde foram coletadas três
aferições do TUG para cada idoso, sendo considerado o melhor desempenho em segundos(s).
Outras variáveis coletadas foram função cognitiva(MEEM), índice de comorbidades de Charlson,
perfil admissional (clínico ou cirúrgico), relato de quedas no último ano e IMC. Para avaliar a
confiabilidade relativa utilizou-se o coeficiente de correlação intraclasse(CCI) e para absoluta a
análise Bland-Altman. Resultados: Comporam o estudo 68 idosos com idade média 70,4±7,7
anos, índice de Charlson 5,4±2,0 e predomínio do perfil clínico(64,7%). Nenhum dos 204 testes
foi interrompido pelos critérios estabelecidos. Houve redução gradativa entre a primeira e terceira
aferição (1a=11,6±6,54;2a=10,7±6,22 e 3a=10,3±5,54; valor p=0,001) e elevado CCI (1a e 2a:
CCI=0,98; 1a e 3a: CCI=0,98; 2a e 3a: CCI=0,98; valor p=0,001), sendo que a maior correlação
com o melhor desempenho foi associada a 3a aferição (CCI=0,99; valor p=0,001). Identificou-se
que os menores viés (0,29 s) e limites de concordância (- 1,1 a 1,68 s) ocorreram também entre a
3a aferição e a de melhor desempenho. A medida de erro do método para avaliação da
variabilidade foi 0,5 s e a alteração clinicamente significante 3,4 segundos. Conclusão: O TUG foi
um instrumento seguro e com boa reprodutibilidade para mensuração do desempenho físico em
idosos hospitalizados. Palavras-chave: idosos, reprodutibilidade dos testes, segurança, hospital,
mobilidade.
OCORRÊNCIA DE SINTOMAS AUDITIVOS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM ANEMIA
FALCIFORME
AUTORES
Agda Araújo Gomes Alves, Mara Renata Rissatto Lago, Ana Carolina Guimarães, Fernando Gesteira de
Pinho, Cristina Salles, Ana Marice Teixeira Ladeia.
RESUMO
Introdução: A anemia falciforme (AF) é uma hemoglobinopatia hereditária autossômica recessiva
tendo como principal consequência a vaso-oclusão. Considerando a presença de isquemias na
Cóclea, danos ao sistema auditivo não são inesperados. Estudos relatam a presença de sintomas
auditivos na AF, porém, há escassez de estudos com o objetivo de determinar a frequência de
sintomas auditivos na população mais jovem com AF. Objetivo: Verificar a ocorrência de sintomas
auditivos em crianças e adolescente com AF. Método: Estudo descritivo prospectivo que incluiu
35 participantes, com idades entre 6 a 18 anos, com hemoglobinopatia (HbSS) encaminhados de
um ambulatório de referencia de hematologia pediátrica, atendidos no programa de extensão
“Atendimento Audiológico a Crianças e Adolescentes com AF” na Clínica Escola de
Fonoaudiologia da Universidade do Estado da Bahia (UNEB). O estudo foi aprovado pelo CEP da
Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP) CAAE: 33705714.3.0000.5544 e todos os
participantes assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE). Foi realizado
exame físico (peso e altura) para cálculo do índice de massa corpórea (IMC) e uma entrevista
padronizada adaptada do estudo de Silva 2009, para análise das variáveis referente à frequência
de diminuição da audição (hipoacusia) e sintomas otoneurológicos (zumbido e/ou vertigemtontura rotatória). Resultados: A idade média do grupo 12,17±3,41 anos; IMC 16±2,12;
predomínio do sexo masculino 65,7%; e etnia auto-referida pardos 57,10%. Quanto aos sintomas
auditivos destaca-se que 20% referiram diminuição da audição, sendo 42,9% diminuição súbita
da audição e do total dos participantes 54,3% referiram presença de sintomas otoneurológicos
(zumbido e/ou vertigem) há aproximadamente 16 meses. Discussão: A ocorrência de sintomas
auditivos como diminuição da audição, zumbido e/ou vertigem demonstrada neste estudo é
referida na literatura como decorrentes da sensibilidade da cóclea a vaso-oclusão devido às
células falcêmicas, e considerando o fato da Orelha Interna ser vascularizada pela artéria
labiríntica (uma artéria terminal final) torna-a muito mais suscetível. Conclusão: No presente
estudo observou-se a presença de sintomas auditivos principalmente vertigem e/ou zumbido
seguido de diminuição da audição em crianças e adolescentes com AF indicando que o
comprometimento audiológico pode ser precoce nessa população.
MONITORAMENTO AUDIOLÓGICO EM BEBÊS COM INDICADORES DE RISCO PARA
DEFICIÊNCIA AUDITIVA
AUTORES
Camila Soares Carneiro, Mara Renata Rissatto Lago
RESUMO
I ntrodução: O monitoramento audiológico tem a finalidade de auxiliar na identificação das perdas
auditivas tardias e/ou progressivas e de alterações no desenvolvimento das habilidades auditivas,
que podem culminar em alterações na aquisição da linguagem oral. A literatura tem encontrado
baixo índice de perdas auditivas no monitoramento audiológico, que foram inicialmente
negligenciadas pelas famílias e/ou cuidadores do lactente. Objetivo: Descrever os resultados de
um programa de monitoramento audiológico em lactentes com indicadores de risco para
deficiência auditiva (IRDA). Método: Estudo descritivo, ambiprospectivo e transversal. Foram
coletados 56 prontuários de lactentes entre 6 e 18 meses com resultado PASSA na Triagem
Auditiva Neonatal (TAN) e presença de IRDA. O estudo foi realizado na Clínica-escola de
Fonoaudiologia da Universidade do Estado da Bahia. Os pais/responsáveis responderam um
questionário sobre o perfil sociodemográfico materno e do lactente, e outro do desenvolvimento
motor, auditivo e da linguagem do lactente. Em seguida, foram realizados os procedimentos do
monitoramento audiológico do lactente: a Audiometria de Observação Comportamental (BOA), a
Audiometria com Reforço Visual (VRA) e a pesquisa do Reflexo Cócleo-palpebral (RCP).
Resultados: Foram selecionados 56 lactentes, 22 (39,28%) participaram do monitoramento
audiológico e 34 (60,7%) não participaram pelo número fornecido estar errado ou ser inexistente,
por terem marcado e não comparecido e pela impossibilidade de marcar atendimento por outros
motivos. A média da idade do grupo avaliado foi de 11,6 meses. 100% dos lactentes tiveram
localização da fonte sonora adequados na BOA e presença de RCP. No VRA, 19 (86,36%)
lactentes apresentaram resultados adequados, 2 (9,09%) apresentaram resultados inadequados
e 1 (4,54%) não colaborou para a realização do procedimento. Discussão: Os resultados indicam
possíveis alterações auditivas nos casos com resultados inadequados, sendo necessário a
realização de avaliação médica específica e procedimentos eletrofisiológicos para o diagnóstico
diferencial, além de corroborar com a literatura, que demonstra um baixo índice de resultados
inadequados em um ou mais procedimentos do monitoramento. Essas possíveis alterações
podem acarretar em atrasos no desenvolvimento da linguagem. A não adesão das mães ao
monitoramento, segundo a literatura, pode ocorrer por esquecimento do dia da consulta, situação
socioeconômica, grau de instrução baixo, impossibilidade de comparecer no horário do
atendimento, falta de orientação sobre a importância do monitoramento audiológico para a saúde
auditiva da criança por desconhecimento e não valorização do programa de monitoramento
audiológico precoce pelos profissionais de saúde envolvidos no período pré, peri e pós-natal,
entre outros motivos. Conclusão: O monitoramento indicou predomínio de normalidade no
desenvolvimento das habilidades auditivas dos lactentes avaliados e alta taxa de evasão,
indicando a necessidade de ações que promovam à população informações sobre a importância
do monitoramento audiológico.
GRUPO TERAPÊUTICO DE LINGUAGEM ESCRITA: EXPERIÊNCIA COM GÊNEROS
DISCURSIVOS
AUTORES
Cássia Regina Santana de Souza; Rosa Najara Almeida de Lima; Emile Almeida Moura Santos; Júlia
Escalda
RESUMO
Introdução: A proposta de atuação fonoaudiológica em grupos terapêuticos apresentada
fundamenta-se na abordagem sócio-histórica, sob a qual considera-se a linguagem como
principal mediador semiótico das interações comunicativas que possibilita, nas interações grupais,
partilhar conhecimentos prévios (vivenciados na cultura), e conhecimentos situacionais
(vivenciados no contexto), gerando a construção compartilhada do conhecimento. Nesse sentido,
considera-se na abordagem terapêutica grupal voltada para a superação das dificuldades de
leitura e escrita, as fronteiras individuais de cada sujeito, mas também os espaços de interseção
nos contextos interativos, o compartilhamento de interesses e dificuldades que permeiam a
formação grupal. Neste trabalho são considerados os diversos gêneros discursivos nas esferas
de atividades humanas, buscando-se abordar a linguagem escrita dentro de situações de
comunicação, sociais e históricas, vividas pelos participantes. Objetivo: Relatar a experiência do
trabalho com gêneros discursivos em um dos grupos terapêuticos do projeto de extensão
“Oficinas de linguagem escrita: abordagem em grupos terapêuticos”, realizado na clínica-escola
de Fonoaudiologia da Universidade do Estado da Bahia. Métodos: Trata-se de relato de
experiência do trabalho desenvolvido por três monitoras-facilitadoras do projeto de extensão e
três crianças, com queixas de linguagem escrita, realizado no segundo semestre de 2014. Nesse
grupo específico, as entrevistas iniciais já tinham sido realizadas com pais e responsáveis, que
conheciam a metodologia desenvolvida. Realizou-se reavaliação fonoaudiológica das crianças e o
grupo selecionou temas de interesse que foram desenvolvidos em atividades de práticas de
leitura compartilhada, produção de textos, análise e escrita. As produções do grupo foram
selecionadas para a confecção de um produto final. Resultados: Dada a proposta teóricometodológica do projeto de extensão, os interesses comuns foram negociados e os participantes
foram reunidos em torno de um projeto. À época do desenvolvimento das atividades, ocorria no
Brasil a Copa do Mundo de futebol, que foi motivadora do tema. A proposta de projeto foi de
conhecer a cultura de lugares de interesse e histórias países participantes do torneio de futebol.
O percurso teve início com a proposta inicial das monitoras sobre a África e, em seguida, propôsse que cada criança selecionasse um país pelo qual tivesse interesse e pesquisasse sobre ele.
Foram explorados contos africanos, textos informativos, jornalísticos e históricos trazidos por
todos os participantes do grupo sobre os países selecionados. Buscando respeitar o momento de
desenvolvimento de cada participante, os textos foram lidos de forma compartilhada, analisados
quanto às suas formas e usos sociais e realizadas atividades sobre os temas. O produto final foi
um álbum que compilou os textos lidos e todas as produções desenvolvidas pelas crianças
durante o semestre. Discussão e conclusões: Houve adesão ao processo de construção coletiva
de textos negociados entre todos os participantes do grupo (crianças e monitoras), inclusive
motivando uma delas que, inicialmente, relatava não ter interesse pelas atividades propostas.
Reitera-se a importância de se respeitar as particularidades dos indivíduos do grupo, as
dinâmicas de interações que são ali desenvolvidas, dando significado às práticas de linguagem
escrita no contexto terapêutico grupal.
COMUNIDADES DE APRENDIZAGEM: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA COM GRUPOS
INTERATIVOS
AUTORES
Débora Larissa de Sousa Ramos
RESUMO
Introdução: As Comunidades de Aprendizagem são um projeto educativo de transformação social
e cultural, que tem por objetivo o oposto da adaptação e da segregação. Comunidades de
Aprendizagem visam transformar o contexto, por exemplo, utilizando a criação de grupos
heterogêneos nas salas de aula, onde professores e voluntários estão envolvidos. A origem deste
modelo educativo foi a Escola de Pessoas Adultas de La Verneda-Sant Martí, situada em
Barcelona, que iniciou seu funcionamento em 1978 visando coordenar as ações da escola com as
ações da comunidade e hoje representa um referencial educativo a nível internacional. Objetivos:
Este trabalho tem por objetivo relatar a experiência educativa vivida durante o programa Ciência
sem Fronteiras com Comunidades de Aprendizagem em uma escola privada na cidade de
Granada, província andaluza da Espanha. Métodos: O centro educativo em questão iniciou o
projeto Comunidades de Aprendizagem em outubro de 2014 e, por ser de caráter experimental, o
voluntariado contava com professores e alunos da própria instituição, que se dividiam em
diversas atividades, a saber: tertúlias dialógicas, grupos interativos e biblioteca tutorada. Os
grupos interativos trabalham sob a perspectiva de que é por meio da interação com os outros que
as crianças averiguam de que se trata a cultura e como concebem o mundo. Resultados: Em
fevereiro de 2015, o voluntariado estendeu-se à comunidade em geral, abrangendo também pais
de alunos, ex-alunos, estudantes de outras instituições de ensino e pessoas do bairro. Foi
realizada pela coordenação uma roda de conversa antes do início das atividades. A reunião foi
composta por dinâmicas de integração, informações sobre o projeto e seus objetivos e um espaço
para perguntas e explanação de expectativas. Este trabalho teve duração de três meses e os
voluntários participavam geralmente entre duas a três vezes por semana, de acordo com sua
disponibilidade de tempo. Para as sessões de grupos interativos, o professor prepara uma
atividade que possibilite a discussão dos estudantes e a sala é dividida em pequenos grupos de
três a cinco membros. Cada voluntário participa de um grupo com o objetivo de dinamizar as
questões da atividade proposta, sempre visando o questionamento entre os estudantes e com o
cuidado de não dar a resposta. Ou seja, o voluntário se coloca numa posição horizontal perante
os discentes, ao invés de ocupar o papel geralmente exercido pelo adulto na sala de aula:
detentor do conhecimento; aquele que ensina. O projeto deste curso letivo foi finalizado com uma
roda de conversa entre professores, alunos e voluntários, que teve por objetivo o
compartilhamento das experiências vivenciadas, bem como explorar sugestões e críticas aos
métodos aplicados. Discussão e conclusões: De maneira geral, a experiência com grupos
interativos se mostrou uma alternativa eficiente e complementária à forma como a educação vem
sendo posta atualmente porque representa uma contrapartida ao tradicionalismo. Afinal,
consegue abarcar a educação no seu sentido mais amplo, incentivando e instigando, para além
do academicismo, valores sociais, como o respeito às diversidades, a cooperação e a construção
de vínculos.
CARACTERIZAÇÃO DOS ATENDIMENTOS DE UM SERVIÇO DE TRIAGEM AUDITIVA
NEONATAL EM SALVADOR – BA
AUTORES
Mauricio Souza Freitas, Ana Terra Brito de Jesus, Letícia Marques Borges de Matos, Sizera Ferreira dos
Santos.
RESUMO
Introdução: A deficiência auditiva (DA) na infância é um problema com repercussões graves no
desenvolvimento da fala, cognição e aspectos educacionais do indivíduo. Sendo assim, a
Triagem Auditiva Neonatal (TAN) tem o objetivo de identificar, o mais precocemente, uma
possível perda auditiva em neonatos e lactentes. A TAN consiste na realização de exames para
captação de medidas fisiológicas e eletrofisiológicas da audição, encaminhamentos para
diagnóstico da deficiência e intervenções adequadas à criança e sua família. A Lei Federal
12.303, de 2 de agosto de 2010, com base na magnitude das alterações auditivas, dispõe sobre a
obrigatoriedade de realização gratuita do exame de Emissões Otoacústicas Evocadas (EOA-E),
em todos os hospitais e maternidades nas crianças nascidas em suas dependências. Objetivo:
Caracterizar os atendimentos, no período de janeiro a outubro de 2015, realizados por um serviço
de TAN de um Hospital Geral localizado em Salvador – BA. Metodologia: Trata-se de um estudo
descritivo, de abordagem quantitativa e corte retrospectivo, em que foi realizada uma análise
documental em banco de dados. Resultados: No período de 01 de janeiro a 22 de outubro de
2015, foram realizados 1817 exames de EOA-TE. Quanto à Unidade de Internamento Hospitalar
de origem, 86,73% foram do Alojamento Conjunto (AC), 7,34% da Unidade de Cuidados
Intermediários Neonatais, 3,63% da Unidade Canguru, 0,33% da Unidade de Terapia Intensiva
Neonatal (UTIN), 0,22% do Centro Obstétrico e 0,22% da Enfermaria Pediátrica. Além disso,
foram realizados 82 (4,51%) exames de crianças nascidas no hospital, mas que já haviam saído
de alta hospitalar e retornaram à unidade para realização do teste. Do total de exames realizados
no período estudado, 1624 (89,38%) obtiveram como resposta “passa” em ambas as orelhas, e
193 (10,62%) apresentaram resultados alterados em uma ou ambas as orelhas e, portanto, foram
encaminhados para reteste. O exame de Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico
(PEATE) foi indicado para 140 (7,70%) indivíduos. Discussão: O elevado número de exames
realizados, justifica-se pelo fato de ser uma maternidade referência EM GESTAÇAO DE ALTO
RISCO que realiza partos de gestantes oriundas de todo estado da Bahia. Acredita-se que foi
realizado um maior número de exames em pacientes internados no AC, pois esta é a unidade
com o maior número de leitos e maior número de pacientes eletivos ao exame EOA-E. Já no CO,
o curto período de internamento e a rápida transferência às demais unidades, justifica a
realização de apenas 0,22% dos exames no período analisado. Na enfermaria pediátrica, o
número reduzido de exames se dá pelo perfil de crianças maiores e já submetidas à TAN
anteriormente. Vale ressaltar que o encaminhamento para o reteste e para o exame de captação
do PEATE são condutas importantes para melhor definição da condição auditiva e para
contribuição do topodiagnóstico da alteração auditiva. Conclusão: O serviço de TAN dentro da
unidade hospitalar se mostra um dispositivo de grande relevância devido sua possibilidade de
ampla abrangência no território hospitalar, além de ser um exame rápido, indolor e não invasivo,
com resultado imediato e possibilidades de encaminhamento precoce para diagnóstico
audiológico completo.
ÍNDICE DE RETORNO AO RETESTE EM UM SERVIÇO DE TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL
EM SALVADOR–BA
AUTORES
Mauricio Souza Freitas, Ana Terra Brito de Jesus, Letícia Marques Borges de Matos, Sizera Ferreira dos
Santos.
RESUMO
ÍNDICE DE RETORNO AO RETESTE EM UM SERVIÇO DE TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL
EM SALVADOR–BA. Introdução: A audição nos primeiros anos de vida é essencial para o
desenvolvimento da criança, exigindo que o diagnóstico da deficiência auditiva (DA) e a
intervenção terapêutica sejam realizados o mais precocemente possível. Diversos comitês
nacionais e internacionais relacionados à perda auditiva na infância recomendam a implantação
da Triagem Auditiva Neonatal (TAN), que consiste no rastreamento auditivo de recém nascidos
antes da alta hospitalar. Considerando a magnitude das alterações auditivas, a Lei Federal
12.303, de 2 de agosto de 2010, dispõe sobre a obrigatoriedade de realização gratuita do exame
de Emissões Otoacústicas Evocadas (EOA-E), em todos os hospitais e maternidades nas
crianças nascidas em suas dependências. Objetivo: Verificar o índice de retorno para o reteste do
exame de Emissões Otoacústicas Evocadas Transientes (OEA-TE), no período de janeiro a
outubro de 2015, em um serviço de TAN de um Hospital Geral localizado em Salvador – BA.
Metodologia: Foi realizado um estudo descritivo, retrospectivo, através da análise documental em
banco de dados com informações do período de 01 de janeiro a 22 de outubro de 2015.
Resultados: No período analisado, foram realizados 1817 exames de EOA-TE. Destes exames,
1624 (89,38%) apresentaram resultado “passa” em ambas as orelhas, e 193 (10,62%) tiveram
respostas alteradas, “falha”, uni ou bilateralmente, sendo assim, foram encaminhados para
reteste. Dos pacientes encaminhados para o reteste, 16,06% compareceram para realização do
exame e, 83,93% não retornou para o reteste das EOA - TE. Dentre os que não compareceram
para o reteste, 48,76% tiveram resultado “falha” em ambas as orelhas e 51,23% tiveram resultado
“falha” em apenas uma orelha, no primeiro exame. Com relação a cidade de origem, 70,37%
residia em Salvador, 20,37% no interior da Bahia e 9,25% na região metropolitana de Salvador. A
idade materna variou de 14 a 50 anos, com média de 25,82. Discussão: O elevado número de
exames realizados sugere a grande abrangência de crianças submetidas à TAN na instituição
onde a pesquisa foi realizada, no entanto, o número reduzido de retornos para o reteste,
demonstra uma fragilidade no processo de diagnóstico precoce das alterações auditivas. Apesar
do hospital possuir uma maternidade referência estadual para gestantes de alto risco, e receber
pacientes de diversas cidades da Bahia, a maioria dos recém-nascidos/lactentes que não
retornam para a realização do reteste residem em Salvador, sugerindo pouco envolvimento das
mães com as questões relacionadas à audição, além da necessidade da criação de programas de
follow up, parcerias com a Atenção Básica para referência e contra-referência, bem como reforço
das orientações sobre a importância do diagnóstico precoce para o bom desenvolvimento da
criança. Conclusão: Os dados analisados sugerem a necessidade de maior sensibilização da
população acerca da importância da TAN, sobretudo a continuidade do processo diagnóstico, por
meio do reteste do exame de EOA-TE, para os casos indicados.
IMITANCIOMETRIA EM NEONATOS E LACTENTES: CURVA TIMPANOMÉTRICA E
REFLEXOS ACÚSTICOS
AUTORES
Monique Lopes da Rocha; Mara Renata Rissatto Lago
RESUMO
Introdução: A imitanciometria com tom sonda na frequência de 1000Hz é a mais apropriada para
a população com idade até seis meses. Na literatura pesquisada, foram encontrados poucos
estudos que analisaram neonatos e lactentes com indicadores de risco para perda auditiva
(IRPA), sendo necessário padronização das medidas imitanciométricas nesta população.
Objetivos: Identificar os padrões timpanométricos e do reflexo acústico estapediano, utilizando a
sonda de 1000Hz em neonatos e lactentes com e sem IRPA. Método: Estudo transversal,
analítico, com grupo de comparação. Foram avaliados 31 neonatos e lactentes (62 orelhas)
divididos em: Grupo I - 22 neonatos e lactentes sem IRPA (44 orelhas) e Grupo II - 9 neonatos e
lactentes com IRPA (18 orelhas), com presença de Emissões Otoacústicas Transientes (EOAT).
Foi realizada a avaliação das medidas Imitanciométricas (timpanometria e reflexo acústico) com
tom sonda de 1000Hz. Dados clínicos e sociodemográficos coletados através de prontuário.
Todos os procedimentos foram realizados na Clínica-Escola de Fonoaudiologia Prof. Jurandy
Gomes do Aragão, da Universidade do Estado da Bahia, 2015. Resultados: Foram analisadas 33
orelhas do Grupo I e 18 do Grupo II. 84,6% no Grupo I e 88,9% no Grupo II apresentaram curva
timpanométrica normal, segundo Sutton. Destes, 100% de ambos os grupos apresentaram curva
de pico único (PU). Os reflexos acústicos estapedianos contralaterais e ipsilaterais, quanto a
presença/ausência e quanto ao Limiar do Reflexo Acústico Estapediano (LRAE), não mostraram
diferenças estatisticamente significante entre os grupos. Discussão: A curva de PU também foi
encontrada em maior proporção em diversos estudos e é considerada indicativa de orelha média
sem alterações. Este achado é justificado, visto que, todos os participantes tiveram EOAT
presentes. A presença do reflexo acústico estapediano indica um apoio adicional para
caracterizar a função normal da orelha média e do arco reflexo. Os limiares do reflexo acústico
variaram entre 70 dBNPS (valor mínimo encontrado) à 105 dBNPS, para reflexos ipsilaterais, e
uma variação entre 65 dBNA à 105 dBNA para reflexos contralaterais, sem diferença
estatisticamente significante entre os grupos. Esse dado discorda do que foi encontrado na
literatura, que apresenta diferença entre limiares do reflexo acústico ipsilaterais nas frequências
de 1000, 2000 e 4000Hz no grupo com indicadores de risco. Conclusão: Neonatos e lactentes
com Emissões Otoacústicas presentes, com ou sem IRPA apresentaram o mesmo padrão para
timpanometria e reflexos acústicos estapedianos, com tom sonda de 1000Hz.
ATUAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA NA SINDROME DE GUILLAIN-BARRÉ NA INFÂNCIA:
RELATO DE CASO
AUTORES
JESUS, A.T.B; FREITAS, M.S; RIBEIRO, V.A; ALMEIDA, H.M, CHALLUB H.A, CONCEIÇÃO, P.R.E.S,
VAZ, D.C
RESUMO
INTRODUÇÃO: A Síndrome de Guillain Barré é uma polirradiculoneurite desmielinizante
inflamatória aguda, caracterizada por fraqueza muscular ascendente, parestesia, sobretudo em
extremidades, diplegia facial, paralisia bulbar e, em alguns casos, envolvimento de musculatura
respiratória e deglutição. Frequentemente está associada a quadro infeccioso, de origem
respiratória ou gastrointestinal. A doença pode atingir adultos e crianças, tendo ocorrência rara
em crianças pequenas. O prognóstico varia conforme a gravidade das manifestações e demanda
intervenção multiprofissional, no entanto, geralmente é benigno com total recuperação em 60%
dos casos. OBJETIVO: Descrever as principais manifestações fonoaudiológicas na Síndrome de
Guillain Barré na infância. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de caso de uma paciente de 11
anos, sexo feminino, com diagnóstico de Síndrome de Guillain Barre. O estudo foi desenvolvido
com base na história clínica, nos dados do prontuário médico e registros dos atendimentos
fonoaudiológicos durante internamento na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e Enfermaria
Pediátrica de um Hospital Estadual em Salvador/Ba. RESULTADOS: A paciente foi admitida na
emergência pediátrica com relato de fraqueza muscular em membros inferiores há 3 dias,
apresentou piora significativa na admissão hospitalar, evoluindo com força muscular abolida em
membros inferiores, ascendendo para membros superiores, desconforto respiratório importante e
disfagia. Foi encaminhada para a UTI pediátrica, com necessidade de via alternativa de
alimentação e suporte ventilatório, inicialmente por intubação orotraqueal e em seguida por
traqueostomia (TQT). O atendimento fonoaudiológico iniciou-se após solicitação da equipe
médica, na avaliação fonoaudiológica inicial a paciente foi encontrada acordada, colaborativa, em
ventilação mecânica via TQT e alimentação por sonda nasoenteral. Neste momento evidenciouse abertura espontânea limitada de mandíbula, mobilidade e força de lábios, língua e bochechas
reduzidas, fraqueza importante de musculatura respiratória, com proteção de vias aéreas
prejudicada, sendo contraindicada alimentação por via oral no momento. O acompanhamento
fonoaudiológico aconteceu 5 vezes por semana, por tempo médio de 30 minutos, conforme
tolerância da paciente. Foram realizados exercícios oromiofuncionais, estimulação tátil, térmica e
gustativa, e estimulação à comunicação por meios alternativos. Além disso, houve discussões
com a equipe de fisioterapia a respeito do desmame da ventilação mecânica. Durante
acompanhamento fonoaudiológico, a paciente evoluiu satisfatoriamente e encerrou o
internamento hospitalar com alimentação por via oral exclusiva, conforme prescrição nutricional,
sem restrição de consistências, decanulada da TQT e comunicando-se verbalmente.
DISCUSSÃO: Observa-se o impacto positivo da intervenção fonoaudiológica na reabilitação do
caso de Síndrome de Guillain Barre na infância. A realização de exercícios voltados para a
estimulação da musculatura orofacial, colabora para o trofismo muscular e acelera o processo de
remielinização, favorecendo a recuperação desses pacientes e o reestabelecimento das funções
de mastigação, deglutição e fala. CONCLUSÃO: Este estudo demonstrou que a intervenção
fonoaudiológica favoreceu o bom prognóstico da paciente estudada, com retorno da alimentação
por via oral, bem como dos aspectos da comunicação.
A VERTENTE PRÁTICA DO PIASC: RELATO DE EXPERIÊNCIA
AUTORES
Catarina Cavalcante, Gabriel Freitas, Juliana Sampaio, Larissa Luciano, Taís Diane, Thais Regis Aranha
Rossi, Márcia Maria Rosa da Silva.
RESUMO
Introdução: O Programa de Integração Academia, Serviço e Comunidade (PIASC) é um
componente curricular teórico-prático que visa permitir o contato e a atuação discente na Atenção
Básica, bem como também possibilitar a troca de experiências entre profissionais de saúde,
agentes comunitários e usuários do Sistema Único de Saúde. O PIASC também sustenta
conceitos sobre humanização na saúde, trazendo uma proposta de horizontalidade no
tratamento. No seu desenvolvimento teórico, a disciplina traz abordagens sobre temas de
fundamental importância para compreensão crítica do Sistema de Saúde no Brasil como aspectos
históricos das políticas de saúde, Reforma Sanitária Brasileira, Sistema Único de Saúde, Modelos
de Atenção, Condições de saúde da população brasileira, Determinantes Sociais, Participação
social. Em sala são debatidos diversos assuntos de teor muito reflexivo, por exemplo, o
empoderamento (ainda limitado ou nulo) dos usuários;ao contexto, muitas vezes desfavorável,
em que o mesmo está inserido e ao fazer meramente tecnicista dos profissionais de saúde
atualmente, sobretudo no que tange o serviço público. Objetivo: Relatar a experiência dos
estudantes do primeiro semestre dos cursos de Fisioterapia e Fonoaudiologia ao vivenciarem as
atividades práticas do componente curricular PIASC (I) na identificação do processo de
territorialização da comunidade da Saramandaia, situada no Distrito Sanitário Cabula-Beiru.
Métodos: A visita a comunidade da Saramandaia foi realizada pelos estudantes e mediada pelos
professores do componente curricular PIASC. O relato de experiência foi elaborado como
proposta da disciplina Metodologia Científica e do Trabalho Científico, com o enfoque de
instrumentalizar os estudantes para a produção de trabalhos acadêmicos. Resultados e
discussão: A unidade de saúde em Saramandaia, ainda que limitada a poucos metros quadrados,
conta com quatro equipes completas de saúde da família, tenta contemplar toda a população do
bairro. As demandas das 40 mil pessoas são muitas e nem sempre estão relacionadas
obrigatoriamente a uma condição de enfermidade. No território de Saramandaia foi possível
visitar as microáreas com o Agentes Comunitários de Saúde e realizar reuniões com os
profissionais da gestão do serviço para compreensão do processo de trabalho das equipes,
gerenciamento, mapeamento do território, reconhecimento de direcionalidade e competências
culturais. É necessário analisar o meio em que aquele usuário está incluído para, a partir disto, ter
um entendimento menos conteudista e assistir àquela pessoa de modo integral e humanizado,
fazendo considerações sociais. Entender as carências do sujeito é o primeiro passo para
desenvolver estratégias de como empoderá-lo, fazendo com que o mesmo tenha domínio e
conhecimento frente às suas dificuldades e, então, possa saná-las. Conclusão: A vertente prática
do PIASC propicia aos estudantes vivenciarem a Unidade Básica de Saúde conhecendo a
mesma e sua dinâmica, correlacionando com as temáticas teóricas e avaliando o que de fato está
sendo aplicado conforme esboçado.
METODOLOGIA DE TERAPIA EM GRUPO PARA CRIANÇAS COM QUEIXAS NA FLUÊNCIA
AUTORES
Anderson Ferreira dos Santos, Aline Cristiane Gama Moura, Marcos Henrique Oliveira, Ana Regina
Graner.
RESUMO
Introdução: A linguagem é caracterizada como o conhecimento de um código linguístico. Durante
o processo de desenvolvimento infantil, a criança desenvolve esse código à medida que o utiliza
para produzir e compreender mensagens. Nesta etapa de aquisição, a criança pode encontrar
dificuldades em alinhar-se aos padrões de comunicação ditos normais. Dentre as desordens
comunicativas, destaca-se as disfluências, que quando não intervindas precocemente, são
grandes as chances de desenvolver um quadro de gagueira. Nas novas abordagens
fonoaudiológicas, a terapia em grupo é legitimizada por trabalhar a construção conjunta do
conhecimento entre os sujeitos, proporcionando a troca de experiências e ressignificações dos
processos patológicos. Objetivo: Descrever a metodologia da terapia em grupo para crianças que
apresentam queixas de disfluências. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência ocorrido
em uma clinica escola de fonoaudiologia de uma instituição de ensino superior de Salvador.
Fizeram parte do grupo terapêutico sete crianças, todas do sexo masculino, de quatro a seis anos
de idade. Os pacientes foram divididos em dois grupos permanentes para o desenvolvimento das
condutas. Aconteceram dez encontros entre os períodos de abril de 2015 a outubro de 2015, nos
quais foram realizadas avaliação de linguagem e posterior intervenção terapêutica. Concomitante
as terapias, aconteceram três encontros em grupo com os pais que buscava numa proposta de
conserva semi direcionada, apresentar situações e orientações quanto à conduta dos mesmo
perante seus filhos e as disfluência. Resultados: Os primeiros encontros foram destinados a
atividades de avaliação da linguagem, apresentação e busca na criação de vínculos. A medida
que aconteciam as terapias, a familiaridade com os participantes e a criação do vinculo
terapêutico mostraram-se ferramentas decisivas para adesão a proposta terapêutica. O uso de
contação de historias foi à temática com melhor receptividade pelos pacientes. Referente as
queixas iniciais de disfluências gagas, pode-se constatar que algumas crianças não
apresentavam este quadro, mas sim uma alteração fonológica. No que tange aos encontros com
os pais, as trocas de relatos dos mesmos ajudou na construção plural do conhecimento. Por fim,
é nítido o desconhecimento sobre a melhor maneira de abordagem durante as disfluências dos
filhos. Conclusão: A terapia em grupo, quando realizada entendendo as particularidades dos
pacientes, apresenta-se uma ferramenta eficaz de trabalho, a medida que ela dinamiza a conduta
terapêutica e consegue atender um número maior de usuários, diminuindo assim as grandes filas
de atendimento de clinicas escola. Conclui-se também que a alternativa de desenvolver oficinas
com os pais é um ótimo recurso para co-responsabilizá-los quanto a sua importância na terapia
fonoaudiológica e embasa-los na conduta mais coerente com os filhos em seu cotidiano.
INDICARORES DA EVOLUÇÃO DA INGESTA ORAL NA DISFAGIA NEUROGÊNICA
INFANTIL: ESTUDO DE CASO
AUTORES
JESUS, A.T.B; FREITAS, M.S; RIBEIRO, V.A; ALMEIDA, H.M, CHALLUB H.A, CONCEIÇÃO, P.R.E.S,
VAZ, D.C
RESUMO
INTRODUÇÃO: A disfagia representa um importante aspecto na assistência à população
pediátrica, pois pode acarretar graves complicações, entre elas a pneumonia aspirativa de
repetição, a desidratação e a desnutrição. O processo de reabilitação fonoaudiológica da
deglutição contempla exercícios miofuncionais orofaciais, estimulação tátil e térmica, entre outras
técnicas fonoterápicas. Se faz importante o acompanhamento da eficácia terapêutica e evolução
da ingesta oral dos pacientes submetidos à intervenção fonoaudiológica. Tal acompanhamento
pode acontecer por meio de avaliações instrumentais, como a videofluroscopia, ou com uso de
protocolos/escalas, como o instrumento Functional Oral Intake Scale (FOIS) que gradua, em
níveis, a ingesta por via oral, permitindo o monitoramento da evolução e eficácia terapêutica
fonoaudiológica. OBJETIVO: Verificar a evolução da ingesta oral na disfagia orofaríngea
neurogênica infantil em uma paciente submetida à fonoterapia. METODOLOGIA: Trata-se de um
relato de caso de uma paciente de 11 meses de idade, sexo feminino, com diagnóstico de
Malformação de Chiari, mielomeningocele lombar e torácica, hidrocefalia e sequela neurológica
de hipertensão intracraniana secundária a meningite bacteriana. O estudo foi desenvolvido na
Enfermaria Pediátrica de um Hospital Estadual em Salvador/Ba. RESULTADOS: A paciente foi
admitida na Enfermaria no pós-operatório de colocação de Derivação Ventrículo Peritoneal
(DVP), secundária a hidrocefalia. Na avaliação fonoaudiológica inicial, a paciente encontrava-se
acordada, com hipotonia global e orofacial, ausência de vedamento labial, estase salivar em
cavidade oral, hiporresponsiva ao toque intra e extra oral. A avaliação fonoaudiológica evidenciou
disfagia orofaríngea neurogênica grave, com classificação nível I na escala FOIS, isto é, sem
indicação de alimentação por via oral e, portanto, alimentação exclusiva por via alternativa de
alimentação. Os atendimentos aconteceram 5 vezes por semana, com sessões de
aproximadamente 30 minutos, conforme tolerância da paciente. A fonoterapia consistiu em
estimulações táteis e gustativas em regiões extra e intra orais, e orientações sobre forma segura
à oferta da dieta por via oral. Após 10 atendimentos, a paciente evoluiu para o nível II da escala
FOIS, em que se iniciou a estimulação gustativa por via oral, em seguida para o nível III, na 18ª
sessão de fonoterapia, mantendo via alternativa de alimentação e oferta constante de
alimentação por via oral. A paciente apresentou boa evolução da ingesta oral, bom estado geral,
ganho ponderal e sem intercorrências pulmonares. A alta fonoaudiológica e hospitalar ocorreu
após 22 sessões de fonoterapia e a paciente encontrava-se no nível V da escala FOIS,
alimentando-se exclusivamente por via oral, em múltiplas consistências, porém com necessidade
de preparo especial dos alimentos. DISCUSSÃO: A escala FOIS, apesar de ter sido elaborada
para aplicação em indivíduos pós-acidente vascular encefálico, se mostrou eficaz no
acompanhamento da funcionalidade da alimentação na criança estudada, mostrando-se um
instrumento útil para o controle da evolução da ingesta por via oral do início ao término da
intervenção fonoaudiológica no âmbito hospitalar. CONCLUSÃO: Este estudo demonstrou que a
intervenção fonoaudiológica favoreceu o retorno da alimentação por via oral com segurança da
paciente estudada, e a escala FOIS constituiu um importante marcador para verificação da
eficácia terapêutica fonoaudiológica, ao longo das intervenções durante internamento hospitalar.
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA DOENÇA REUMÁTICA CRÔNICA DO CORAÇÃO EM
SALVADOR DE 2009 – 2014
AUTORES
Catarina Magalhães da Paixão Barata, Ícaro Gabriel Silva Santos.
RESUMO
INTRODUÇÃO: A doença reumática crônica do coração (DRCC) é uma complicação da febre
reumática, decorrente de uma faringite causada pelo Streptococcus pyogenes. Assim como a
insuficiência cardíaca (IC), ela é uma doença crônica, porém, mais prevalente em regiões em
desenvolvimento. OBJETIVO: Comparar o perfil epidemiológico da DRCC em Salvador/Bahia
com o da IC. MÉTODO: Estudo epidemiológico descritivo, baseado em dados secundários do
DataSUS em Salvador/Bahia, no período de 2009-2014, utilizando valores relativos e absolutos
de faixa etária, sexo, óbitos e taxa de mortalidade. RESULTADOS: Casos de DRCC em
Salvador/Bahia, 2009 (111/266), 2010 (100/281), 2011 (141/425), 2012 (210/552), 2013
(183/525), 2014 (148/507), total (893/2556). Casos de IC em Salvador/Bahia, 2009 (1275/20156),
2010 (1223/20019), 2011 (1518/20332), 2012 (1612/18907), 2013 (1794/18008), 2014
(1748/17212), total (9170/114634). Óbitos por DRCC/IC em Salvador, 2009 (5/160), 2010 (4/166),
2011 (5/189), 2012 (17/227), 2013 (10/228), 2014 (14/200), total (55/1170). Taxa de mortalidade
por DRCC/IC, 2009 (4,5/12,55), 2010 (4/13,57), 2011 (3,55/12,45), 2012 (8,10/14,08), 2013
(5,46/12,71), 2014 (9,46/11,44), total (6,16/12,76). Óbitos por DRCC por sexo
(masculino/feminino), 2009 (29/82), 2010 (35/65), 2011 (51/90), 2012 (70/140), 2013 (71/112),
2014 (58/90), total (314/579). Taxa de mortalidade por DRCC por sexo (masculino/feminino),
2009 (3,45/4,88), 2010 (5,71/3,08), 2011 (7,84/1,11), 2012 (2,86/10,71), 2013 (5,63/5,36), 2014
(8,62/10), total (5,73/6,39). Casos de DRCC por sexo e idade, 20-29 anos (51/85), 30-39 anos
(66/153), 40-49 anos (58/159), 50-59 anos (55/95), 60-69 anos (61/54), 70-79 anos (20/26), 80
anos e mais (3/7). DISCUSSÃO: Na Bahia, 7,99% dos casos de IC foram em Salvador, com um
aumento de 28,53% dos casos na cidade, em oposição a um decréscimo de 17,1% no estado.
Foram registrados 893 casos de DRCC em Salvador; sendo 35,16% homens e 64,83% mulheres.
Foi observado um aumento de 25% dos casos de DRCC em Salvador, e aumento de 47,53% no
estado. O maior número de casos de DRCC se encontra na faixa dos 30-39 anos, seguida por 4049 anos, 50-59 anos, 20-29 anos, 60-69 anos, 70-79 anos e 80 anos e mais. Nas mulheres, a
maior prevalência é dos 40-49 anos, enquanto nos homens é dos 30-39 anos. Avaliando-se a
mortalidade, registrou-se 18 mortes em mulheres e 37 em homens por DRCC em Salvador; com
taxa de mortalidade de 6,16%, sendo esta maior em mulheres. Neste período houve um aumento
de 64,28% no número de óbitos e de 52,43% na taxa de mortalidade. Em relação à IC, foram
registrados em Salvador 1170 óbitos, com mortalidade de 12,76%; com aumento de 20% no
número de óbitos e um decréscimo de 8,84% na taxa de mortalidade no período estudado.
CONCLUSÃO: A DRCC na Bahia segue um perfil similar ao da IC, sendo que a primeira
apresenta uma prevalência cerca de 4 vezes maior na capital. A taxa de mortalidade por IC é
cerca de 2 vezes maior que a por DRCC; entretanto, o aumento percentual do número de óbitos
nos últimos 5 anos é cerca de 3,2 maior na DRCC. Esta apresenta maior prevalência na faixa
etária dos 40-49 anos, com incidência 1,8 vezes maior em mulheres.
DETERMINAÇÃO DA ATIVIDADE TRIPANOCIDA DE INÉDITOS COMPLEXOS METÁLICOS
ASSOCIADOS À TIOUREIAS
AUTORES
José Simão Rodrigues, Cássio Meira, Diogo Moreira, Alzir Batista, Milena Botelho e Elisalva Guimarães.
RESUMO
Introdução: O protozoário Trypanosoma cruzi, agente causador da doença de Chagas, infecta ao
longo das regiões endêmicas mais de 15 milhões de pessoas, sendo a principal causa de doença
cardíaca prematura. Em torno de 30% dos infectados avançam para a fase crônica, a qual é
caracterizada por diversas manifestações clínicas, incluindo cardiomiopatias e mais raramente
danos no trato digestório e/ou lesões no sistema nervoso periférico. As únicas drogas disponíveis
atualmente para o tratamento desta doença são o benzonidazol e o nifurtimox. Embora a
eficiência dessas drogas na fase aguda seja comprovada, a taxa de cura durante a fase crônica
não é regular, além das pronunciadas reações adversas com a utilização prolongada.
Considerando-se que o uso terapêutico destes dois medicamentos é limitado e existe uma
carência de drogas alternativas para um tratamento adequado da doença de Chagas, é de grande
valia a busca de quimioterápicos mais eficazes. Objetivo: Este estudo tem como objetivo a
identificação de novos fármacos úteis no tratamento da doença de Chagas, através da avaliação
da atividade antiparasitária de complexos de paládio (II) ou platina (II) com tioureias. Metodologia:
Testes foram realizados para verificar o potencial citotóxico dos complexos metálicos em estudo;
Avaliar a capacidade destes compostos em inibir a viabilidade de tripomastigotas; Verificar
capacidade dos complexos metálicos de inibição da invasão e redução da infecção em
macrófagos peritoneais infectados por T. cruzi in vitro; Determinar o padrão de morte celular em
tripomastigotas tratados com os compostos mais ativos. Resultados/Discussão: Foi observado
que nem o sal precursor de paládio/platina e nem a tioureia sem o metal apresentaram atividade
antiparasitária quando testados em concentrações de até 10 μM. Por outro lado, os complexos
paládio-tioureia e platina-tioureia apresentaram uma potente atividade antiparasitária frente a
formas tripomastigotas de T. cruzi. De uma maneira comparativa, os complexos de platinatioureia foram mais potentes que os complexos de paládio-tioureia. Os compostos de código
PtdpA5, PtdpfA20 e PtdpfA23 apresentaram os melhores perfis, com valores de CI50 de 0,3±0,06
μM, 0,17±0,01 μM e 0,27±0,09 μM respectivamente. Nas mesmas condições, a droga de
referência benzonidazol apresentou um CI50 de 10,61±0,87 μM, sendo 35 vezes menos potente
do que os complexos mais ativos. A citotoxicidade em células de mamíferos e a seletividade dos
compostos também foram determinadas. Em comparação com a violeta de genciana (CC50 =
0,82±0,12 μM), os complexos apresentaram baixa citotoxicidade, com destaque para os
complexos PtdpA5, PtdpfA17 e PtdpfA20 que apresentaram índices de seletividade de 5,6, 6,5 e
6,7 respectivamente. Não foi observada redução no número de células infectadas após o
tratamento e a apoptose, foi o principal mecanismo de morte celular observado, evidenciado por
uma maior marcação com a anexina dos parasitos tratados. Conclusão: Foi observado que as
tioureias sem metal não apresentaram atividade antiparasitária. A inserção de um metal de
transição na estrutura das tioureias levou a formação de compostos com ação antiparasitária; As
drogas testadas não apresentaram bons resultados quanto a inibição de infecção/proliferação
intracelular parasitária; A apoptose foi o mecanismo principal de morte celular induzida pelos
compostos testados.
ESTADO DA ARTE DAS ALTERAÇÕES HORMONAIS E BIOQUÍMICAS RELACIONADAS AO
ESTRESSE EMOCIONAL
AUTORES
Vinicius Nascimento dos Santos; Astria Dias Ferrão Gonzáles.
RESUMO
Introdução: O estresse é um estado de ameaça a homeostasia corporal, resultante de exposição
a forças adversas intrínsecas ou extrínsecas, denominadas estressores, que induzem um
complexo de respostas fisiológicas e comportamentais, com o objetivo de manter e/ou
restabelecer a homeostasia. Para tanto, faz-se necessário a ativação de dois sistemas neurohormonais, o eixo Hipotálamo-Pituitária-Suprarrenal (HPA), em que o cortisol e o principal efetor,
e o Sistema Simpato-Adreno-Medular (SAM), que envolve a libertação das catecolaminas,
epinefrina e noradrenalina. Objetivos: Caracterizar o estado da arte do tema, buscando verificar
possível correlação entre alterações associados aos hormônios relacionados ao estresse, cortisol
e catecolaminas, e dislipidemias. Métodos: Revisão sistemática descritiva, realizada entre julho
de 2014 a agosto de 2015. Utilizou-se de levantamento bibliográfico nos periódicos das bases
indexadas on line na Scielo, Medline/PubMed, do NCBI, e ScienceDirect. Incluiu-se trabalhos
publicados no período entre o ano de 1994-2014, de origem nacional e internacional, sendo as
palavras stress, cortisol, glucocorticoid, catecholamines e dyslipidemia os descritores de busca.
Resultados: Após aplicação de critérios de inclusão e exclusão, obteve-se 11 publicações que
contemplaram a proposta do presente estudo. Veen et al.(2009) observou que os pacientes com
depressão e/ou transtornos de ansiedade apresentaram um cortisol média superior, em
comparação com controles saudáveis (P=0,01). Persistiu-se a associação positiva entre os
parâmetros de cortisol e a prevalência de dislipidemia, mesmo após ajuste para idade, uso de
álcool e tabagismo (b=0,31, P=0,02 e b=-0.29, P=0,02, respectivamente), o que não ocorreu nos
controles. Para além, Davis e Emory (1995), em um estudo de respostas ao estresse realizado
com 36 recém-nascidos, sendo compostos equitativamente pelo sexo masculino e feminino,
sugere que as diferenças sexuais em respostas do córtex adrenal podem estar presentes no
nascimento, de modo que se revelou maiores respostas de cortisol livre em recém-nascidos do
sexo masculino. Discussão: Resultados corroboram para a hipótese de que pessoas com
transtornos, como estresse e ansiedade, apresentam perturbações do eixo HPA e,
consequentemente, no metabolismo das lipoproteínas. Haja vista que o desarranjo do eixo HPA
desencadeará excesso de glicocorticoide, induzindo resistência à insulina, e, por conseguinte,
aumento da lipólise através da inibição das lípases. O aumento da lipólise resulta em maiores
níveis séricos de colesterol total, LDL, triglicérides e diminuição dos níveis séricos de HDL.
Estudos controlados de estresse, em crianças, são praticamente inexistentes. Maiores níveis de
cortisol foram encontrados nos homens quando comparados as mulheres. Kudielka et al.(2005)
supõem que essa maior reatividade ao estresse tem associação positiva com o elevado risco
para as doenças relacionadas, como doenças cardiovasculares e diabetes, assumindo a possível
explicação para maior prevalência destas doenças no sexo masculino. Conclusão: Concluiu-se
que a concentração crônica elevada de cortisol e catecolaminas associam-se positivamente com
alterações do metabolismo lipídico em pessoas com depressivos e/ou transtornos de ansiedade.
A sedimentação de informações sobre as alterações hormonais e bioquímicas associadas a
esses processos são imprescindíveis para novas abordagens na prevenção, diagnóstico e
terapêutica, podendo assim evitar as futuras complicações de alta morbimortalidade associadas à
dislipidemia.
PROFILAXIA PÓS-EXPOSIÇÃO AO HIV: PERCEPÇÃO DE GRADUANDOS DE MEDICINA DE
UMA UNIVERSIDADE DA BAHIA
AUTORES
ANA GABRIELA ÁLVARES TRAVASSOS; VINICIUS NASCIMENTO DOS SANTOS.
RESUMO
Introdução: A Profilaxia Pós-Exposição (PEP) é a utilização de terapia antirretroviral (TARV) para
reduzir o risco de aquisição de infecção por HIV. Intervenções baseadas em TARV são
recomendadas como parte de um pacote abrangente de prevenção combinada, principalmente,
para jovens de 15 a 24 anos, faixa etária com aumento de infecções pelo HIV. Objetivos: Avaliar o
grau de conhecimento sobre a PEP entre graduandos em Medicina de uma Instituição de Ensino
Superior da Bahia. Métodos: Estudo de corte transversal, realizado em julho de 2015, tendo como
público elegível alunos do primeiro ao sétimo semestre de uma escola médica de Salvador. Foi
disponibilizado questionário estruturado autoaplicado no Google docs, com variáveis sócioepidemiológicas, sexualidade e PEP, indicações de uso e locais de acesso. Análise estatística
realizada através do SPSS, versão 20. Resultados: Obteve-se resposta de 60 universitários.
Maioria do sexo feminino 60,0%(36/60), a média de idade de 22,8(±3,78), 80,0%(48/60) declarouse pardo/negro e 98,3%(59/60) solteiros. Em 33,4%(20/60) participantes, a renda familiar foi de
até 2 salários mínimos. Observou-se que 15,0%(9/60) mantêm relações sexuais com pessoas do
mesmo sexo; 25,5%(13/51) praticam sexo anal e 80,4%(41/51) relataram sexo oral, sendo que
40,4%(21/52) não fazem uso regular do preservativo. Embora 80,0%(48/60) dos participantes
tenham ouvido falar sobre a PEP, 71,7%(43/60) não souberam informar o tempo limite entre
exposição e início da PEP, 66,6%(40/60) desconhecem fatores que influenciam na eficácia e
86,6%(52/60) pessoas não sabem o tempo de duração da profilaxia. Além disso, 76,7%(46/60)
desconhecem o local para a realização da PEP. 100% afirmaram nunca ter realizado PEP.
Discussão: Os resultados deste estudo evidenciam desafios a serem enfrentados para
implantação das novas estratégias de prevenção da infecção pelo HIV, bem como para uma
efetiva utilização dos métodos eficazes já existentes, por exemplo, a camisinha. Dados
encontrados sobre o uso do preservativo são corroborados por pesquisas do Ministério da Saúde
que apontam que 45% dos brasileiros não usam regularmente o preservativo. Além disso, mais
de dois terços dos participantes possuíam informações insuficientes da PEP e Unidades de
Saúde, em Salvador, que ofereçam a estratégia de prevenção, evidenciando uma concreta
barreira ao serviço e, consequentemente, a prevenção de novas infecções após exposições de
risco. Conclusões: O estudo evidenciou um conhecimento limitado sobre a intervenção,
principalmente, locais de acesso. É urgente a promoção e aprofundamento desses
conhecimentos entre jovens, para que a PEP seja utilizada adequadamente como estratégia de
prevenção de novas infecções do HIV.
ADOLESCENTES VIVENDO COM HIV/AIDS ACOMPANHADOS EM UM CENTRO DE
REFERÊNCIA NA BAHIA – VULNERABILIDADES INVISÍVEIS
AUTORES
Krysna Pires Lessa, Camila Silva Souza, Raiza Trindade Silva, Eveline Xavier Pereira de Souza, Maiara
Santos Timbó, Tatiana Haguihara, Ana Gabriela Alvares Travassos·.
RESUMO
Introdução: O número de adolescentes vivendo com HIV/AIDS vem aumentando em todo o
mundo. Além da transmissão vertical, o estado de vulnerabilidade dos adolescentes está
relacionado à iniciação sexual precoce, nível de conhecimento baixo e deficiência de políticas de
prevenção para este público. O objetivo deste estudo é caracterizar a população de adolescentes
infectados pelo HIV atendidos em centro de referência na Bahia. Método: Estudo de corte
transversal, onde foram avaliadas características sócio-epidemiológicas e clínicas obtidas através
de revisão de prontuários de adolescentes de ambos os sexos atendidos em centro de referência
na Bahia, no período de janeiro a abril de 2012. Resultados: Foram avaliados 43 adolescentes
acompanhados no Centro de referência em DST/Aids. A média de idade dos adolescentes no
momento da consulta foi 14,3(+-3,5), 58,1%(25/43) eram sexo feminino e 49,1%(18/43) sexo
masculino, 62,8%(27/43) residem na capital, 76,7%(33/43) estudam, 7,0%(3/43) trabalham,
7,0%(3/43) já possuem união estável, 62,8%(27/43) tiveram transmissão vertical, 53,5%(23/43) já
possuem diagnóstico de AIDS, 81,4%(35/43) estão em uso de terapia antiretroviral, 37,2%(16/43)
declararam ter iniciado vida sexual, 18,6%(8/43) tem ou tiveram uma DST, apenas 9,3%(4/43)
usam regularmente preservativo . Entre as adolescentes, 28% (7/25) já engravidaram, tendo entre
1 e 2 filhos. Conclusão: A adolescência é um período de muitas mudanças e adaptações. Ter
uma doença que estigmatiza nesta fase da vida necessita de suporte familiar, psicológico e
clínico. O início de atividade sexual e inserção na vida adulta dos adolescentes vivendo com
HIV/AIDS precisa ser melhor estudado. Nosso estudo traz informações que podem contribuir para
o planejamento de ações e políticas públicas voltadas para essa população.
TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL: COMPARAÇÃO ENTRE VOLUME PRESCRITO E
ADMINISTRADO E INTERCORRÊNCIAS ASSOCIADAS EM HOSPITAL PÚBLICO
AUTORES
Thaisy Cristina Honorato Santos Alves; Aline Luquini Santos; Camila Anjos de Jesus; Denise Bournam da
Silva·.
RESUMO
Terapia Nutricional Enteral (TNE) é utilizada quando existe alguma impossibilidade da
alimentação via oral ou quando a ingestão via oral é insuficiente, porém na pratica clínica
diferenças entre o volume prescrito e administrado tem sido demonstradas. O objetivo foi
quantificar o volume diário de dieta enteral administrado aos pacientes em uso de terapia
nutricional enteral; comparar o volume prescrito e o administrado de dieta enteral para os
pacientes; verificar quais fatores podem interferir na administração da terapia nutricional enteral
para pacientes hospitalizados. O estudo foi caracterizado como transversal, quantitativo,
observacional e prospectivo, realizado nas enfermarias de clínica médica e cirúrgica de um
hospital público da cidade de Salvador-BA, entre setembro de 2013 e maio de 2014. Foram
incluídos pacientes adultos e idosos em uso de terapia nutricional enteral exclusiva. Diariamente,
ocorreu a coleta dos dados relacionados ao volume de dieta enteral infundido e intercorrências
associadas. A análise dos dados foi realizada utilizando o Software SPSS 13.0 for Windows.
Participaram do estudo 51 pacientes, sendo 56,9% do sexo masculino e 66,7% idosos. Pôde-se
observar que, em média os pacientes receberam volume de dieta enteral inferior ao prescrito em
mais de 50% dos casos e volume considerado muito baixo em 29,9% dos casos, quando
avaliadas as divergências entre o volume prescrito e administrado. Foi possível verificar ainda,
em média, como principais intercorrências para a não administração de dieta enteral: 18,9% jejum
como preparo para exames ou procedimentos; 11% problemas relacionados a bomba de infusão;
9,1% ausência de dieta disponível no reservatório de armazenamento; 9,1% exteriorização
acidental da sonda ou retirada da sonda pela equipe de enfermagem; 7,7% obstrução da sonda;
5,2% problemas no TGI; 3,9% recusa do paciente em aceitar a dieta; 3,7% estado clinico grave
do paciente; 7% outras causas; cabe ressaltar porém que lamentavelmente em 24,4% dos casos
em que os pacientes estavam sem dieta ou sem sonda não havia nenhuma causa aparente para
a não administração da dieta enteral. A maioria dos pacientes recebeu volume de dieta enteral
menor do que o prescrito pelo profissional responsável, sendo que grande parte deles recebeu
um percentual considerado muito baixo em relação ao volume prescrito. Dentre as diversas
intercorrências que estiveram associadas à administração inadequada da terapia nutricional
enteral, foram alistadas como mais frequentes o jejum como preparo para a realização de exames
ou procedimentos, problemas relacionados à bomba de infusão de dieta, estado clínico grave,
exteriorização acidental da sonda ou retirada pela equipe de enfermagem e ausência de dieta
disponível no reservatório para armazenamento da mesma, destacando-se, porém que na maior
parte dos casos em que o paciente se encontrava sem dieta ou sem sonda não havia um motivo
aparente para que isso ocorresse. Os resultados sugerem a necessidade de se buscar soluções
práticas a fim de minimizar as intercorrências a que o paciente em uso de terapia nutricional
enteral são submetidos.
COMPLICAÇÕES GASTROINTESTINAIS EM PACIENTES EM USO DE NUTRICÃO ENTERAL
EM UM HOSPITAL PÚBLICO DE SALVADOR.
AUTORES
Aline Portela; Camila Anjos de Jesus, Cláudia Pamponet Barbosa; Márcia Jacqueline de Jesus Guimarães;
Ledy Raquel Bispo de Souza; Maria Fernanda Cayres Noronha de Oliveira; Nathalia Ramos Andrade;
Tainá Gislaine Oliveira; Taise Souza de Jesus; Thaisy Cristina Honorato Santos Alves ·.
RESUMO
INTRODUÇÃO: A Terapia Nutricional Enteral (TNE) constitui uma alternativa terapêutica para
manutenção ou recuperação do estado nutricional em pacientes com impossibilidade de manter
alimentação via oral. Porém, apesar dos reconhecidos benefícios, complicações gastrointestinais
como diarreia, distensão abdominal e vômitos é uma realidade de pacientes hospitalizados, que
muitas vezes tem sido atribuída à administração da terapia nutricional. Assim, o presente estudo
objetivou avaliar a ocorrência de complicações gastrointestinais em pacientes hospitalizados em
uso de terapia nutricional enteral. MATERIAL E MÉTODOS: Estudo longitudinal, quantitativo,
observacional, prospectivo, com pacientes adultos e idosos em um hospital público de SalvadorBA no período de agosto de 2014 a janeiro de 2015. O período de acompanhamento totalizou um
mínimo de 1 (uma) e um máximo de 4 (quatro) semanas de acompanhamento para cada
paciente. O início da coleta de dados se deu no momento de introdução da TNE e o término na
suspensão da terapia nutricional enteral exclusiva, alta hospitalar, óbito ou conclusão da quarta
semana de acompanhamento. O banco de dados foi construído utilizando o programa Microsoft
Office Excel versão 2007. Os dados foram analisados utilizando o Software SPSS 13.0 for
Windows. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A amostra foi constituída por 44 pacientes em uso de
TNE exclusiva, 23 (52, 3%) do sexo masculino, e 32 (72, 7%) idosos. Em 6 pacientes (13,6%) não
foi possível acompanhar o percentual de dieta administrado devido a intercorrências clínicas. Dos
38 (86,4%) pacientes que puderem ser acompanhados na primeira semana, 14 (36,8%)
apresentaram complicações gastrointestinais. Dentre os pacientes avaliados, 15 receberam baixo
volume de dieta prescrito (26,7% desses apresentaram complicações do trato gastrointestinal),
enquanto entre os 23 que receberam 70% ou mais do volume de dieta prescrito, 43,5%
apresentaram sintomas gastrointestinais. A ocorrência de complicações intestinais nos pacientes
durante o uso da terapia nutricional enteral é uma realidade que ainda necessita de estudos
profundos para melhor resolvê-la. Os sintomas do TGI podem aparecer não somente pela
introdução desta forma de terapia, mas, podem estar associados ou até mesmo serem agravados
em pacientes com longos períodos de internação, uso extensivo de medicamentos (laxantes,
medicamentos que contêm sorbitol, antibióticos e agentes oncológicos) ou podem surgir como um
resultado de doenças subjacentes ou condições médicas tais como diabetes mellitus, HIV ou por
algum tipo de contaminação. CONCLUSÃO: Complicações gastrointestinais são frequentes em
pacientes em uso de TNE. No entanto a nutrição enteral não deve ser vista como a principal
causa dos sintomas do TGI. A maioria das complicações gastrointestinais podem ser evitadas se
a prescrição, evolução da TNE e o acompanhamento nutricional forem feitos de forma adequada.
EVOLUÇÃO DO ÍNDICE DE MASSA CORPORAL DE PACIENTES COM DOENÇAS
CARDIOVASCULARES SOB TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL
AUTORES
Cláudia Pamponet Barbosa, Camila dos Anjos de Jesus, Aline Portela de Almeida, Márcia Jacqueline de
Jesus Guimarães, Nathalia Ramos do Santo Andrade, Taise de Souza Jesus, Ledy Raquel Bispo de
Souza, Tainá Gislaine Carneiro de Oliveira, Maria Fernanda Cayres Noronha de Oliveira, Thaisy Cristina
Honorato Santos Alves
RESUMO
INTRODUÇÃO: A Terapia Nutricional Enteral (TNE) é uma estratégia empregada no cotidiano
hospitalar com a finalidade de beneficiar a recuperação do estado nutricional do paciente por uso
de sondas. Estudos têm detectado que, dentre uma parcela considerável de pacientes
hospitalizados que passam a receber a TNE, encontram-se aqueles que têm como enfermidade
de base as doenças cardiovasculares (DCVs). Concomitantemente, o uso dessa terapia tem
favorecido a manutenção e até mesmo a recuperação do estado nutricional, o qual tem um
grande impacto na resposta individual à enfermidade e, portanto, as deficiências devem ser
detectadas precocemente. O IMC (Índice de Massa Corporal) é um dos indicadores
antropométricos mais utilizados na avaliação do estado nutricional devido a sua facilidade de
aplicação, baixo custo e pequena variação intra ou intermedidor. OBJETIVO: Avaliar a evolução
do IMC em pacientes diagnosticados com DCVs em uso de TNE em um hospital público.
METODOLOGIA: O presente estudo envolve uma pesquisa longitudinal, quantitativa, de caráter
observacional e prospectivo, envolvendo pacientes adultos e idosos internados em enfermarias
de clínica médica e cirúrgica de um hospital público de grande porte da cidade de Salvador-BA. A
amostra do presente estudo foi constituída por 23(100%) pacientes, em uso de TNE e que tinham
DCVs como doença de base ou que apresentavam doenças do trato gastrointestinal e
cardiovasculares associadas. RESULTADOS: Dos 23 pacientes incluídos no estudo, 13(56,5%)
pacientes eram do sexo feminino e 10(43,5%) do sexo masculino; 20(87%) pacientes idosos e
3(13%) adultos. Ao longo do estudo pôde-se acompanhar a evolução deste índice em 6 pacientes
dos quais, 2(8,7%) apresentaram evolução positiva deste índice e 4(17,4%) evoluíram
negativamente; em 17 (73,9%) pacientes não foi possível acompanhar a evolução do IMC devido
a dificuldade em aferir as medidas antropométricas, complicações no quadro clínico dos mesmos
ou a saída desses pacientes do estudo. DISCUSSÃO: Neste estudo foi possível observar que a
maioria dos pacientes avaliados eram idosos e do sexo feminino. Dos pacientes que puderam ter
o IMC acompanhado ao longo do estudo a maioria apresentou evolução negativa, sendo que a
redução do IMC pode ser causada por diversos fatores, como períodos prolongados de jejum,
oferta energética insuficiente, dentre outros tipos de intercorrências. O presente estudo revela a
dificuldade de se realizar avaliação antropométrica e monitoramento de parâmetros comumente
utilizados, como o IMC, entre pacientes hospitalizados. Desta forma, faz-se relevante empregar
uma associação de vários indicadores para melhorar a precisão e acurácia do diagnóstico
nutricional, favorecendo a detecção precoce de risco ou déficit nutricional e consequente
intervenção nutricional apropriada. CONCLUSÃO: Para aumentar os efeitos positivos oriundos da
TNE, faz-se necessária a realização de uma melhor assistência a estes pacientes em uso dessa
terapia através de um trabalho multidisciplinar mais preciso desde o momento da admissão dos
pacientes até sua possível alta hospitalar. Estudos têm demonstrado que existe uma relação
positiva entre TNE e a evolução do IMC. Sugere-se a elaboração de novos estudos que
contribuam para o aprimoramento do uso da TNE em pacientes com DCVs e da sua relação com
a evolução do IMC.
FATORES QUE INFLUENCIAM NO CONSUMO E QUALIDADE DO DESJEJUM DE
ESTUDANTES DE NUTRIÇÃO
AUTORES
Eliane dos Santos da Conceição; Mariana Pereira Santana Real; Milena Torres Ferreira; Mírian Rocha
Vázquez; Tamila das Neves Ferreira.
RESUMO
INTRODUÇÃO: O desjejum é considerado uma das principais refeições, porque oferta ao
organismo fonte exógena de macro e micronutrientes após um período prévio de jejum noturno. A
recomendação brasileira é que forneça em média 25% do total energético consumido durante o
dia, é a principal refeição para a ingestão de cálcio, pois concentra alimentos fontes desse
mineral, leites e derivados. Seu consumo influencia na efetividade das atividades matinais e no
desempenho cognitivo. Porém o estilo de vida contemporâneo tem indicado um declínio em seu
consumo, principalmente entre os jovens. OBJETIVO: Conhecer os fatores que condicionam o
consumo e a qualidade do desjejum de estudantes do curso de Nutrição da Universidade do
Estado da Bahia. METODOLOGIA: Estudo descritivo, com pesquisa de campo, corte transversal,
quali-quantitativo. População amostral de 23 estudantes, sexo feminino, idade 20 a 28 anos, dos
últimos semestres do curso de nutrição. A coleta de dados foi realizada por meio do questionário
qualitativo e Questionário de Frequência Alimentar. O “desjejum de boa qualidade” foi aquele que
incluiu um alimento do grupo dos lácteos, dos cereais e das frutas. “Desjejum de qualidade
satisfatória” alimentos de dois grupos distintos, “desjejum de qualidade insuficiente” de um grupo,
“má qualidade” não incluiu alimentos de nenhum dos grupos. Considerou-se como hábito do
desjejum quando os estudantes o fizeram entre 5-7 vezes na semana. Os dados foram expressos
como media ± DE para as variáveis quantitativas e em % para as variáveis qualitativas. O
trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UNEB sob o n. 724.60.5.
RESULTADOS: Conforme o Índice de Massa Corporal 91,3% das 23 estudantes eram eutróficas.
39,1% praticavam exercício físico e dormiam em torno de 6,26±1,32 horas. 65,2% moravam com
os pais. 100% das estudantes realizavam o desjejum. 95,6% o faziam em casa. O fator mais
citado para influência na realização da refeição foi disponibilidade de tempo 34,8%. 56,5% o
realizavam entre cinco e seis horas da manhã. Quanto à qualidade, não apresentaram “desjejum
de boa qualidade”, 26% realizavam “desjejum satisfatório”, 61% “insuficiente”, 13% de “má
qualidade”. Os alimentos mais consumidos no “desjejum de qualidade satisfatória” foram às frutas
50%, no “desjejum de qualidade insuficiente” apenas 14,3% a consumiam. Quanto à
autoavaliação da qualidade 34,8% o consideraram muito bom. DISCUSSÃO: O estilo de vida
atual está modificando a tradicional distribuição das refeições, afetando, sobretudo o hábito do
desjejum, pois geralmente tem sido omitido, entretanto quando este é realizado nem sempre pode
ser considerado de “boa qualidade”. Podemos verificar que mesmo pertencendo ao curso de
nutrição às universitárias não realizaram “desjejum de boa qualidade”, corroborando com estudos
que apontam existir uma tendência entre os universitários de realizarem desjejum de baixo valor
nutricional, que poderá repercutir negativamente no desempenho cognitivo e nas funções
orgânicas de maneira geral. CONCLUSÃO: Todas as estudantes realizavam desjejum
habitualmente. Entretanto, houve uma predominância do “desjejum de qualidade insuficiente”. O
fator que mais influenciou na realização da refeição foi a disponibilidade de tempo.
A QUALIDADE DO DESJEJUM E SUA RELAÇÃO COM O IMC ESTUDANTES
UNIVERSITÁRIOS
AUTORES
Eliane dos Santos da Conceição; Mariana Pereira Santana Real; Milena Torres Ferreira; Mírian Rocha
Vázquez; Tamila das Neves Ferreira.
RESUMO
INTRODUÇÃO: O desjejum pode contribuir para um adequado aporte de energia e nutrientes,
além disso, auxiliar na adequação nutricional dos indivíduos. Por ser a primeira refeição do dia,
talvez, seja a de mais fácil realização, no entanto é a refeição mais omitida pelos jovens, essa
omissão pode favorecer o aumento do peso corporal, pois existe uma tendência que as próximas
refeições sejam mais rápidas e calóricas. OBJETIVO: Analisar a qualidade do desjejum de
estudantes de três cursos da área de Saúde da Universidade do Estado da Bahia e sua possível
relação com o Índice de Massa Corporal. METODOLOGIA: Estudo descritivo, com pesquisa de
campo, corte transversal, quali-quantitativo. Amostra foi composta por 64 estudantes dos últimos
semestres: 23 de fisioterapia, 18 de fonoaudiologia, 23 de nutrição, sexo feminino, idade entre 20
e 25 anos. A coleta de dados foi realizada por meio do questionário qualitativo e Questionário de
Frequência Alimentar. O “desjejum de boa qualidade” foi aquele que incluiu um alimento do grupo
dos lácteos, dos cereais e das frutas. “Desjejum de qualidade satisfatória” alimentos de dois
grupos distintos, “desjejum de qualidade insuficiente” de um grupo, “má qualidade” não incluiu
alimentos de nenhum dos grupos. Considerou-se como hábito de desjejum quando os estudantes
o fizeram entre 5-7 vezes na semana. Para a avaliação antropométrica foi calculado o Índice de
Massa Corporal (IMC) e classificado segundo os critérios da Organização Mundial da Saúde
(OMS). Os dados foram expressos como media ± DE para as variáveis quantitativas, e em %
para as variáveis qualitativas. Os valores médios foram comparados utilizando o teste ANOVA e
as proporções foram comparadas mediante a prova de X². O trabalho foi aprovado pelo Comitê
de Ética em Pesquisa da UNEB sob o n. 724.60.5. RESULTADOS: Quanto ao Índice de Massa
Corporal 71,9% eram eutróficas, 14,6% baixo peso, 14,2% sobrepeso. 99% realizavam o
desjejum. Nenhum grupo das estudantes apresentou “desjejum de boa qualidade”, 21,9%
realizavam “desjejum satisfatório”, 57,8% “insuficiente”, 20,3% de “má qualidade”. Não se
observou diferenças estatisticamente significativas nos valores do IMC das estudantes que
consomem desjejum de distintas qualidades (p>0.05). A qualidade do desjejum não se relacionou
com a prevalência de sobrepeso e baixo peso (p=0,26). DISCUSSÃO: O consumo regular do
desjejum poderá favorecer no equilíbrio da massa corporal reduzindo os riscos de sobrepeso e
obesidade conforme alguns estudos, se nutricionalmente adequado fornece vitaminas, minerais,
fibras, contribui para menor ingestão de lipídios, além de aumentar a sensação de saciedade do
comensal, e assim, controlar a ingestão em excesso de calorias ao longo do dia. Já a sua
omissão tem mostrado uma associação positiva com o excesso de gordura corpórea. No entanto,
nesse estudo não se observou essa correlação. CONCLUSÃO: Entre as universitárias houve uma
tendência de realizarem desjejum de “qualidade insuficiente”. Não foi observada uma influência
da qualidade do desjejum sobre o Índice de Massa Corporal.
ASSOCIAÇÃO DE ACANTHOSIS NIGRICANS E RESISTÊNCIA À INSULINA EM PACIENTES
COM SÍNDROME METABÓLICA APÓS DIETA HIPOCALÓRICA
AUTORES
Erica Santos Oliveira; Edilene Maria Queiroz Araújo; Radamés Coutinho de Lima; Luama Araújo dos
Santos; Domingos Rios; Gildásio da Conceição·.
RESUMO
Introdução: A Síndrome Metabólica (SM) é um distúrbio do metabolismo caracterizado por
dislipidemias, hipertensão arterial, obesidade central e hiperglicemia, gerado devido ao quadro de
resistência à insulina (RI), que atua como uma das principais causas no surgimento dessa
síndrome. Em consequência dessas alterações na homeostase corporal, ocorre a formação de
Acanthosis Nigricans (AN) caracterizada por aspecto aveludado e hiperpigmentação da pele.
Objetivos: Verificar a associação de AN e resistência à insulina de pacientes portadores de SM
sob influência de dieta hipocalórica. Materiais e Métodos: Ensaio clínico realizado com 65
pacientes adultos com AN, portadores de SM segundo os critérios da International Diabetes
Federation, atendidos em uma clinica escola da Universidade do Estado da Bahia- UNEB em
Salvador. Realizou-se avaliação física, antropométrica, bioquímica e a intervenção foi feita com
dieta hipocalórica. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética da UNEB sob a resolução de
número: 03409712.9.3001.5023. Resultados e Discussão: A amostra foi composta inicialmente
por 66 pacientes, sendo que desse total, 17 seguiram a dieta por dois meses. Dentre esses,
81,5% eram mulheres e 18,5% homens, com idade média 52 anos. A redução do número de
pacientes avaliados ocorreu devido à baixa adesão da dieta e evasão dos mesmos, inviabilizando
as próximas avaliações. Houve maior prevalência de hipertensão (84,6%), seguido sob redução
de HDL-c (73,7%), diabetes (58,5%) e aumento dos triglicérides (37,7%). Resistência à insulina
ocorreu em 86,2 % dos indivíduos. Dados semelhantes ao encontrados por Pinheiro et al., em
que 84% dos pacientes com AN apresentaram resistência à insulina. Segundo IMC 32,3% tinham
sobrepeso e 35,4% eram obesos grau I. A dieta teve influencia significativa na redução do IMC (p
0,003) e mostrou tendência à significância com circunferência da cintura (CC) (p 0,071) e Homabeta (p 0,094). Mogul et al. em seu estudo avaliaram um grupo em seguimento de dieta
hipocalórica, onde encontraram resultado significativo para redução de peso, melhora no HDL-c,
redução da circunferência da cintura e pressão arterial diastólica. Houve melhora da AN em
41,2% dos pacientes. Não foram encontrados estudos avaliando a influência da dieta diretamente
na resposta da AN, mas sugere-se que a melhora ocorra em consequência do aumento da
sensibilidade a insulina, controle glicêmico, redução de peso e CC. Inclusive a melhora destes
parâmetros também foi observada, pois houve melhoria do perfil glicêmico na insulina de jejum
(52,9%), Homa-IR (41,2%) e Homa-beta (52,9%). Já a CC (59,1%) e IMC (77,3%). Quanto aos
parâmetros lipídicos HDL-c que diminuiu e triglicérides que aumentaram, acredita-se que a
melhora destes esteja relacionados com a prática de exercícios físicos e fatores genéticos. Além
do metabolismo de insulina alterado nesses indivíduos, o que causa impactos negativos ao
metabolismo lipídico. Conclusão: A dieta hipocalórica mostrou-se eficaz na melhora da AN e dos
cofatores associados à SM como Diabetes, Triglicerídeos, CC, pressão arterial sistólica e RI.
Ainda assim, são necessárias pesquisas populacionais e de maior tempo de dieta hipocalórica
para aumentar o poder estatístico dos resultados.
ESTRATÉGIAS NUTRICIONAIS NOS EFEITOS ADVERSOS DO TRATAMENTO
ONCOLÓGICO
AUTORES
CHALHUB, H.A.; RIBEIRO, V.A.; CONCEIÇÃO, P.R.E.S.; ALMEIDA, H.M.; JESUS, A.T.B; LESSA,
J.R.L.C; MAGALHÃES, C.B.
RESUMO
Introdução: Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o novo estilo de vida expõe, cada vez
mais, a população aos fatores de risco que predispõem o crescimento de tumores. A estimativa
do Instituto para o ano de 2015, é de aproximadamente 576 mil novos casos de câncer no país. A
quimioterapia, radioterapia e o tratamento cirúrgico podem afetar negativamente o trato
gastrointestinal, comprometendo a ingestão alimentar, a absorção de nutrientes e,
consequentemente, o estado nutricional desses pacientes. Objetivo: Elaborar um capítulo sobre
Estratégias Nutricionais nos Efeitos Adversos do Tratamento Oncológico, que fará parte do
Manual de Nutrição Clínica em Oncologia de um Hospital de Salvador-Ba, abordando as
estratégias nutricionais que podem ser adotadas para reduzir os sintomas da toxicidade do
tratamento ao trato gastrintestinal (TGI). Metodologia: foi realizada uma revisão de literatura sobre
nutrição e oncologia a partir de consensos, institutos especializados, artigos originais e de
revisão, pesquisados na base de dados: PubMED e SciELO. Resultados e Discussão: o capítulo
foi elaborado com base nos principais efeitos adversos que acometem os pacientes em
tratamento oncológico, como mucosite, náuseas, vômitos, xerostomia, disfagia, odinofagia, entre
outros, descrevendo sugestões de estratégias nutricionais que minimizam a sintomatologia. O
comprometimento da ingestão alimentar e, consequentemente, do estado nutricional desses
pacientes, pode evoluir para desnutrição moderada a grave, sendo a caquexia fator de pior
prognóstico para esses pacientes. Conclusão: Visto os diferentes afeitos adversos que o
tratamento oncológico traz e a alta mortalidade dessa doença, todo e qualquer esforço para
manter a qualidade de vida e o estado nutricional adequado é relevante, uma vez que contribui
para aumentar a expectativa de vida desses pacientes. Portanto, o Capítulo de Estratégias
Nutricionais nos Efeitos Adversos do Tratamento Oncológico torna-se um instrumento relevante
no cuidado ao paciente oncológico, haja vista a aplicabilidade das sugestões na intervenção
nutricional para que a ingestão alimentar não fique prejudicada por longo período e que não
repercuta no estado nutricional do paciente. Palavras-chaves: nutrição; quimioterapia;
radioterapia; efeitos adversos; estratégias nutricionais.
ALERGIAS ALIMENTARES TARDIAS: POR QUÊ RETIRAR O GLÚTEN E A LACTOSE DA
SUA ALIMENTAÇÃO
AUTORES
CHALHUB, H.A.; RIBEIRO, V.A.; CONCEIÇÃO, P.R.E.S.; ALMEIDA, H.M.; JESUS, A.T.B.
RESUMO
Introdução: O glúten é uma proteína presente no trigo, centeio, cevada e aveia, considerada de
difícil digestão devido, principalmente, a fração denominada gliadina, e que pode gerar ativação
do sistema imune e causar diversos sintomas no organismo. A lactose é um açúcar presente no
leite de vaca, capaz de desencadear transtornos gastrointestinais às pessoas intolerantes,
contudo a maior relação com as alergias derivadas do leite de vaca deve-se ao fato do organismo
não digerir a betalactoglobulina, uma proteína presente principalmente no soro do leite. Objetivo:
Demonstrar como uma alimentação rica em glúten e em leite e derivados estão relacionadas à
processos de alergia tardias, contribuindo para o surgimento de Doenças Crônicas Não
Transmissíveis (DCNT). Metodologia: Foi realizada uma revisão de literatura sobre os termos:
glúten, lactose, betalactoglobulina, alergias tardias, hipersensibilidades alimentares nos idiomas
português e inglês, a partir de artigos originais e revisão publicados nos últimos cinco anos,
pesquisados nas bases de dados: PubMed, BIREME e CAPES Periódicos, e a partir de capítulos
que discorrem sobre o tema presentes em livros publicados no ano de 2014. Resultados e
Discussão: As reações alérgicas tardias ao glúten e a proteína do leite de vaca são mecanismos
imunológicos mediados, principalmente, por IgG, que podem desencadear sintomas entre 2 a 72
horas após o consumo, por isso são de difícil diagnóstico. Sintomas como enxaquecas, rinite,
asma, dermatite, inchaços, distúrbios digestivos, ansiedade, hiperatividade e distúrbios de
concentração são sinais de que o nosso organismo está em desequilíbrio nutricional. Grande
parte desse desequilíbrio é decorrente de uma alimentação com alto consumo de produtos
alimentícios, contendo glúten e betalactoglobulina (reconhecidos pelo sistema imune como
toxinas exógenas) e a baixa ingestão ou ausência de alimentos in natura (essenciais para o
funcionamento adequado dos órgãos). Os mecanismos de defesa contra as toxinas exógenas são
realizados pelo sistema imunológico e pelos órgãos de detoxificação, principalmente fígado e
intestino. Esses órgãos são dependentes de nutrientes específicos para seu funcionamento
eficaz, quando estes estão em falta acabam comprometendo a eficiência e gerando uma
sobrecarga metabólica. A ativação crônica do sistema imunológico e da detoxificação enterohepática, associado à carências nutricionais, geram um processo inflamatório crônico e
favorecem o surgimento de DCNT, como obesidade e diabetes mellitus. Conclusão: O consumo
de alimentos alergênicos, como o trigo e o leite, pode estar diretamente relacionado ao
surgimento de sintomas diversos, decorrentes do processo inflamatório e da sobrecarga dos
órgãos de defesa (intestino e fígado). A cronicidade dessa sobrecarga pode ocasionar o
surgimento de doenças crônicas não transmissíveis, alvo de discussão nos principais órgãos
mundiais e nacionais de saúde, devido a sua crescente prevalência. Uma alimentação adequada,
com predominância de alimentos naturais e saudáveis, e sem a presença de alimentos fontes de
glúten, lactose e betalactoglobulina tendem a promover o equilíbrio metabólico e bioquímico do
organismo, contribuindo para o bem-estar físico e emocional da população.
NUTRIÇÃO E CICATRIZAÇÃO DE FERIDA APÓS PICADA DE ANIMAL PEÇONHENTO: UM
RELATO DE CASO
AUTORES
Helena Maia Almeida, Ana Terra Brito de Jesus, Helen Ávila Chalhub, Pamella Raianny do Espírito Santo
Conceição, Virgínia Alves Ribeiro , Carine de Oliveira Souza, Isolda Carneiro Freitas Lages , Maria Estela
Masavitch Cabanelas.
RESUMO
Introdução: Os acidentes com animais peçonhentos são comumente registrados nos países
tropicais devido às condições favoráveis ao desenvolvimento dessas espécies, principalmente os
répteis. Os acidentes ofídicos foram incluídos, pela Organização Mundial da Saúde, na lista das
doenças tropicais negligenciadas, apesar de ser um dos agravos mais notificados pelo Sistema
de Informações de Agravos de Notificação (SINAN). Objetivo: Descrever a importância da
intervenção nutricional no processo de cicatrização de feridas, abordar a função das proteínas
nesse processo e apresentar as principais recomendações nutricionais, com enfoque nos
micronutrientes mais estudados na cicatrização. Metodologia: Trata-se de um relato de caso de
uma paciente de 49 anos, sexo feminino, que sofreu um acidente ofídico, resultando em fasceíte
necrotizante em membro inferior esquerdo. O estudo foi desenvolvido na enfermaria cirúrgica de
um Hospital de grande porte no município de Salvador- Bahia. Discussão: O acidente foi
ocasionado por serpente da espécie Bothrops, mais conhecida como Jararaca, à mesma possui o
veneno identificado como jararagina, que é uma metaloproteinase hemorrágica isolada. A ação
da jararagina baseia-se na lesão das células endoteliais, ativação e liberação de mediadores
inflamatórios levando a morte celular. A paciente foi submetida à desbridamento em membro
inferior esquerdo. Após procedimento cirúrgico iniciou acompanhamento com a Serviço de
Atenção aos Portadores de Ferida (SAPFe) e com o serviço de nutrição do hospital. A conduta
nutricional foi iniciar dieta hipercalórica, hiperptotéica, associada à Terapia Nutricional Enteral,
através de suplementação nutricional oral 3x/dia, garantindo oferta de 60g/dia de proteína, 27
mcg de zinco, 714mcg de vitamina A, 750mg de vitaminaC , 114mg de vitamina E, 192 mcg
selênio e 4,5mg de carotenoides, a suplementar durante 15 dias. A partir do sétimo dia com sinais
evidentes de recuperação do tecido cicatricial, a dose foi reduzida para 2x/dia, até o momento da
alta hospitalar. Resultados: Evoluiu com boa resposta a suplementação nutricional, apresentando
melhora gradativa da cicatrização, resultando em alta hospitalar para acompanhamento em
unidade básica de saúde e ambulatório de acompanhamento de feridas. Conclusão: A
participação de uma equipe multiprofissional proporcionou um bom prognóstico para a paciente,
ressaltando a importância da atenção ao suporte nutricional adequado que contribuiu para o
processo de cicatrização eficiente, devido à oferta adequada de proteína, vitaminas e minerais,
elementos fundamentais para uma boa recuperação tecidual.
ASSOCIAÇÃO ENTRE MICROALBUMINÚRIA E OS INDICADORES BIOQUÍMICOS DE
PERFIL LIPÍDICO EM PORTADORES DE SÍNDROME METABÓLICA
AUTORES
Radamés Coutinho de Lima; Edilene Maria Queiroz Araújo, Laís Barreto Vieira, Nila Mara Smith Galvão
Bahamonde, Domingos Lázaro Souza Rios, Maria de Lourdes Lima
RESUMO
Introdução: A Síndrome Metabólica (SM) é caracterizada como um distúrbio complexo que
envolve uma série de fatores, como obesidade central avaliada pela circunferência da cintura
elevada, hipertensão arterial, dislipidemias e estados hiperglicêmicos. Atualmente é considerada
um problema de saúde pública de prevalência estimada entre 17 e 25% na população geral. Tais
alterações estão fortemente associadas ao aumento do risco de desenvolvimento de doenças
cardiovasculares e renais, devido às disfunções e danos endoteliais causados pela
hipertrigliceridemia e/ou baixas concentrações séricas de lipoproteína de alta densidade (HDL-c)
e microalbuminúria em pacientes com SM. O quadro de microalbuminúria é causado pela
excreção anormal aumentada de albumina e seu diagnóstico laboratorial é realizado através da
relação albumina/creatinina urinária. Objetivos: Determinar a prevalência de microalbuminúria e
verificar a associação entre microalbuminúria e as concentrações sanguíneas de triglicerídios e
HDL-c (componentes da SM) e colesterol total, LDL e VLDL em portadores de SM. Materiais e
Métodos: Estudo observacional, analítico e do tipo transversal ou de prevalência. Envolveu 58
pacientes adultos (>20 anos), de ambos os sexos, diagnosticados com SM pelos critérios
propostos pela International Diabetes Federation (2006) atendidos no Centro de Estudos e
Atendimento Dietoterápico. O critério definido para diagnóstico de microalbuminúria foi a relação
entre albumina/creatinina urinária de 30-300mg/g. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética
da Universidade do Estado da Bahia, CAAE sob a resolução de número: 03409712.9.3001.5023.
Resultados: A prevalência de microalbuminúria entre portadores de SM foi de 19% (n= 11). Não
foi observada a associação significativa entre microalbuminúria e os valores séricos de HDL-c,
TG, LDL-c, CT ou VLDL-c em pacientes com SM. Discussão: Entre os 58 pacientes portadores de
SM, verificou-se uma prevalência de microalbuminúria de 19,0%, sendo que 79,3% eram
normoalbuminúricos e 1,7% de macroalbuminúricos. Os critérios da SM, TG e HDL-c, tiveram a
amostra reduzida a 56 pacientes, pois 2 deles não realizaram os exames. Não foi encontrada
significância estatística entre os níveis de TG e microalbuminúria com prevalência de 70,0%,
opondo-se ao que é descrito na literatura. Em relação aos níveis de HDL-c, apesar de todos os
indivíduos (100%) apresentarem valores abaixo da normalidade, não houve significância
estatística entre pacientes microalbuminúricos. Para as frações de LDL-c e CT, nenhum dos
indivíduos com microalbuminúria (0%) apresentou valores alterados, confirmando a pouca relação
entre microalbuminúria, SM e níveis de LDL-c e CT. O mesmo aplicou-se para os níveis de VLDLc, onde apenas 10% dos microalbuminúricos apresentaram níveis alterados, enquanto 22,2%
eram normoalbuminúricos. Conclusão: O estudo não verificou significância estatística entre
microalbuminúria e os níveis séricos tanto dos critérios da SM, TG e HDL-c quanto dos outros
níveis, LDL-c, CT e VLDL-c, como já foi evidenciado por outros estudos. Acredita-se que o
número reduzido de participantes, nesta pesquisa, justifique os resultados encontrados. No
entanto, há associação entre SM e microalbuminúria, sendo importante o monitoramento da taxa
de excreção de albumina na prática clínica de pacientes portadores de SM.
INFLUÊNCIA DA DIETA OCIDENTAL NA FISIOPATOLOGIA DA ACNE VULGAR: UM
ESTUDO DE REVISÃO
AUTORES
BISPO, Laís dos Santos; SOUZA, Carine de Oliveira.·.
RESUMO
A acne vulgar é uma afecção da pele que atinge o folículo piloso na estrutura denominada
unidade pilossebácea. Diversos fatores são atribuídos ao desenvolvimento da acne vulgar, dentre
eles a dieta, alterações hormonais, estresse e o uso de cosméticos comedogênicos. O objetivo do
estudo foi avaliar a associação entre dieta ocidental e a fisiopatologia da acne vulgar. Pelo
método de revisão de literatura buscou-se, nas bases de dados Scielo, Science Direct, Lilacs,
Pubmed e Medline, artigos científicos originais e de revisão, teses, dissertações, periódicos
dentro desta temática. Encontraram-se 151 estudos, sendo selecionados 41 que atenderam aos
critérios de seleção. Estudos buscam relacionar o consumo de determinados alimentos que
integram a dieta ocidental, tais como leite de vaca e alimentos de alto índice glicêmico, a
fisiopatologia da acne vulgar. Há registro na literatura de associações positivas entre fatores
presentes na dieta ocidental e a acne, embora os mecanismos pelos quais estes produtos
alimentícios influenciam a ocorrência ou agravamento do quadro dessa afecção ainda não estão
totalmente elucidados. A despeito dos avanços das investigações cientificas, destaca-se que na
área da nutrição estética, há carência de pesquisas com desenho metodológico adequado para
elucidar a influência da dieta na ocorrência da acne vulgar.
OBESIDADE INFANTIL:UM ICEBERG NUTRICIONAL
AUTOR
Lorena Rebeca Nascimento
RESUMO
A obesidade é uma doença de etiologia multifatorial que está associada ao acúmulo de lipídeos
dentro dos adipócitos, considerada a ponta do iceberg de uma miríade de alterações endócrinas,
comportamentais, neurofisiológicas, nutricionais e genéticas. Em crianças, a obesidade
normalmente está associada aos níveis de leptina e à sensibilidade a insulina e está diretamente
relacionada ao sedentarismo, devido ao avanço dos recursos tecnológicos nas residências em
detrimento das atividades físicas, além do baixo consumo de verduras, confirmando a influência
do meio ambiente sobre o desenvolvimento do excesso de peso. Esse trabalho tem por objetivo
estudar os principais fatores que estão associados à obesidade infantil, co-relacionandos com o
processo inflamatório que ocorre nas células adiposas. O estudo se caracteriza por uma revisão
de literatura integrativa. Foram realizadas pesquisas nas bases de dados Scielo, Pubmed, Lilacs
e Google Acadêmico, utilizando os descritores “obesidade”, “imunologia”, “intestino”, “hormôrnio”.
Os artigos foram selecionados dentre aqueles que contemplavam publicação de até 10 anos.
Estudos demonstram que, em indivíduos obesos, o tecido adiposo aumenta a síntese de
adipocinas (citocinas), com efeito pró-inflamatório, como o angio-tensinogêneo, o TNF-α, a
interleucina 6 (IL-6), a leptina que age como hormônio antiobesidade e outras, ao contrário do
observado em indivíduos magros, em que estas moléculas não são tão expressas. Conclui-se
que é necessário o tratamento precoce da obesidade ainda na infância, a fim de evitar o acúmulo
de tecido adiposo na fase adulta. A integração entre o paciente, a família, os profissionais e
serviços de saúde somando-se as mudanças nos hábitos alimentares e a prática de atividade
física, ajudam a reduzir o surgimento de doenças cardiovasculares, diabetes, Acidente Vascular
Cerebral (AVC), Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e alguns tipos de cânceres.
TEOR DE MINERAIS OFERTADOS A PACIENTES EM USO DE TERAPIA NUTRICIONAL
ENTERAL EM UM HOSPITAL DA CIDADE DE SALVADOR – BA
AUTORES
Nathalia Ramos Dos Santos Andrade, Taise de Souza Jesus, Camila Anjos de Jesus, Claudia Pamponet
Barbosa, Maria Fernanda Cayres Noronha de Oliveira, Ledy Raquel Bispo de Souza Taina Gislaine
Carneiro de Oliveira, Aline Portela de Almeida, Marcia Jacqueline de Jesus Guimaraes, Thaisy Cristina
Honorato Alves·.
RESUMO
INTRODUÇÃO A terapia nutrição enteral (TNE) assinalar-se como uma importante alternativa de
fornecimento de nutrientes ao paciente hospitalizado, viabilizando a manutenção ou recuperação
do estado nutricional, sendo utilizada para substituir ou complementar a alimentação via oral.
Diversas condições em âmbito hospitalar podem interferir na oferta da nutrição planejada, como
jejum para procedimento, obstruções de sonda, ou até interferências preveníeis como praticas
inadequadas da equipe multidisciplinar de terapia nutricional. Por este pretexto, uma análise da
oferta dos minerais aos pacientes hospitalizados em utilização da TNE torna-se de grande valor,
visto que os minerais são de ativa importância para a manutenção do estado nutricional e a
prevenção de enfermidades. MATERIAL E METODO O presente estudo foi realizado em caráter
longitudinal, observacional e prospectivo em um hospital público em Salvador-Ba. A população de
amostra envolveu pacientes adultos e idosos, admitidos após a assinatura do Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido. O volume de dieta foi aferido duas vezes ao dia,
determinando através de cálculos simples o valor de dieta administrado durante as 24 horas. A
composição da dieta em relação aos micronutrientes foi obtida através da verificação dos rótulos
das dietas utilizadas, estes valores foram comparados com as Dietary Reference Intakes, de
acordo com a idade e gênero de cada paciente. A relação entre o volume administrado e o
volume prescrito pelo nutricionista para cada paciente, demostrou o percentual de dieta
administrada. RESULTADOS E DISCUSSÃO Neste presente estudo foram analisados 100
indivíduos, sendo 51% do sexo feminino e 68% idosos. Constatou-se neste estudo que há
diferenças entre do percentual de dieta administrado em relação ao prescrito pelo nutricionista ao
longo de todas as semanas avaliadas. Quanto ao teor de minerais verificou-se portanto que em
todo o estudo, em média 20% dos pacientes receberam o nutriente ferro em quantidade
inadequada, 25% de zinco, 32% de selênio, e 74% de cálcio. Esses dados se mostram muito
preocupantes visto que os minerais são de extrema relevância à saúde, representando cerca de 4
a 5 % do peso corporal, e desempenhando diversas funções no organismo, suas deficiências
podem causar diversos agravos a saúde como osteoporose, anemias, defeitos imunológicos,
inflamações, hemorragias e outros. CONCLUSÃO Dado o exposto, conclui-se que a maioria dos
pacientes em uso de terapia nutricional enteral do presente estudo recebeu valores de dieta
abaixo do prescrito pelo nutricionista e consequentemente teores de mineral em percentuais
abaixo do recomendado em todas as semanas estudadas, o que mostra-se preocupante
considerando que suas deficiências podem contribuir para o aparecimento e agravamento de
inúmeras enfermidades. Os dados do presente estudo sugerem a importância impar da
reavaliação das condutas hospitalares e principalmente a composição de dietas utilizadas para
terapia nutricional enteral.
PERFIL NUTRICIONAL DOS PACIENTES CARDIOPATAS PEDIÁTRICOS ADMITIDOS EM UM
HOSPITAL PÚBLICO DE SALVADOR-BA
AUTORES
CONCEIÇÃO, P.R.E.S; CHALHUB, H.A.; RIBEIRO, V.A¹; ALMEIDA, H.M; JESUS, A.T.B; CAJUHY, F.S;
CÂMERA, P.P.C.
RESUMO
Introdução: A disfunção cardíaca na criança abrange tanto as doenças cardíacas congênitas, que
incluem as anomalias congênitas do coração e dos grandes vasos, como as cardiopatias
adquiridas. São várias as alterações fisiológicas nas crianças que possuem essas disfunções,
dentre elas, aumento do consumo de oxigênio, problemas de sucção, infecções respiratórias de
repetição, insuficiência cardíaca, hipermetabolismo, redução da absorção intestinal de nutriente e
inadequada ingestão alimentar. Essas alterações influenciam diretamente no estado nutricional
da criança contribuindo para a subnutrição e o retardo do crescimento. Objetivo: Avaliar o perfil
nutricional das crianças e adolescentes com cardiopatia no ano de 2014, em um Hospital Público
de Salvador – Bahia. Metodologia: Foi realizado um estudo transversal com pacientes internados
na enfermaria de cardiologia pediátrica em um hospital público de Salvador- Bahia, com idade de
0 a 17 anos, de ambos os gêneros, no período de agosto a outubro de 2014; sendo mensurados
peso e altura através de equipamentos específicos, e também obtidos dados de fonte secundária
através de dados dos prontuários: idade, gênero, data de admissão e tipo de cardiopatia. Através
dos dados da Organização Mundial da Saúde, foi possível determinar o diagnóstico nutricional
dos pacientes. Os resultados foram avaliados através do Microsoft Office Excel 2007 em forma de
gráficos e através de percentuais. Resultados e Discussão: O maior número de pacientes foi do
sexo masculino, em estudos como o de Monteiro em 2012 a maioria dos pacientes cardiopatas
também era do sexo masculino, no presente estudo a maioria tinha idade de 5 a 17 anos. A
maioria dos pesquisados possuía cardiopatia congênita (89,3%), e apenas 10,71% apresentava
algum tipo de cardiopatia adquirida. Com relação à classificação nutricional 71% eram eutróficos,
e 29% apresentava desnutrição. Segundo Palma, 2009, a prevalência de desnutrição em crianças
com cardiopatia congênitas varia de 24 a 90% conforme o método de avaliação e a população
estudada. Conclusão: Evidenciou-se que a maioria dos pacientes apresentou-se dentro da faixa
de normalidade nutricional. Em contrapartida, essas crianças apresentam risco iminente para
desenvolver alterações nutricionais.
ELABORAÇÃO DE CARDÁPIO COM CONSISTÊNCIA ADAPTADA PARA PACIENTES
PORTADORES DE DISFAGIA
AUTORES
Riberio, V.A.; Kelmer K.; Jesus, A.T.B; Chalhub, H.A. ; Conceição, P.R.E.S.; Almeida, H.M. ; Goes, A.C.F..
RESUMO
INTRODUÇÃO: O ato de se alimentar extrapola o simples aspecto de atender as necessidades
energéticas fundamentais para manutenção da vida. A alimentação deve ser vista ainda como
fonte importante de prazer, mediada por sabores, consistências e aparência dos alimentos.
Algumas condições de saúde podem comprometer este ato e dentre elas a desordem no
processo de deglutição tem impacto importante na saúde do paciente hospitalizado. Tal
desordem é denominada disfagia e pode ter como causa, um problema mecânico ou neurológico.
Clinicamente pode manifestar-se por meio de sintomas como distúrbio na mastigação, dificuldade
em iniciar a deglutição, regurgitação nasal, controle da saliva diminuído, tosse e/ou engasgos
durante refeições favorecendo a desnutrição e a desidratação nesses pacientes. OBJETIVO:
Elaborar um cardápio com consistência adaptada à pacientes portadores de disfagia, visando
favorecer a aceitação, reduzir o risco de broncoaspiração e principalmente otimizar a oferta
calórica diária a esses pacientes. METODOLOGIA: Trata-se de um projeto de intervenção
realizado em um Hospital público de grande porte em Salvador/Ba. Foi realizada uma revisão da
literatura sobre nutrição e disfagia nas bases de dados: Lilacs e PubMed, bem como uma troca de
experiências com profissionais de outros serviços hospitalares visando aprimorar o resultado final.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Observou-se ao longo da elaboração desse projeto uma grande
falha de comunicação entre os profissionais nutricionistas e fonoaudiólogos com relação as
terminologias das consistências alimentares e a principal dificuldade encontrada foi em relação
aos itens pertencentes a consistência pastosa que compõe as dietas hospitalares. Como produto
final do projeto de intervenção obteve-se o cardápio adaptado para a consistência pastosa
homogênea. O cardápio foi baseado no contrato existente entre empresa prestadora de serviço e
o serviço de nutrição do hospital e é composto por 6 refeições diárias, com opções de
substituições. A prescrição de espessamento dos itens líquidos, ficará a critério fonoaudiólogo,
após avaliação da deglutição. O cardápio está indicado para pacientes com necessidades de
modificação da alimentação para uma consistência mais segura, conforme seu desempenho de
deglutição. É válido ressaltar que adaptar uma alimentação normal a outra consistência pode ser
um desafio, visto que na consistência pastosa o sabor, a variedade e a aparência da refeição
podem estar comprometidos, interferindo na aceitação e ingesta do paciente. CONCLUSÃO:
Desta forma o presente cardápio visa garantir equilíbrio nutricional ao paciente além de oferecer
uma refeição saborosa, atrativa e variada, com ênfase nos sabores e aparência do prato
devolvendo o prazer ao se alimentar. Com isso, espera-se a adoção do cardápio elaborado pelo
serviço e inclusão do mesmo no quadro de dietas alimentares oferecidas pelo hospital,
contribuindo para uma assistência integral e de qualidade ao paciente hospitalizado.
AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO NUTRICIONAL EM ATLETAS DE CAPOEIRA DE
SALVADOR-BAHIA
AUTORES
Mariana Pereira Santana Real; Nadja Gomes de Santana.·.
RESUMO
A capoeira é reconhecida internacionalmente como uma modalidade esportiva criada no Brasil.
Atualmente, apesar deste esporte ser bastante difundido em vários países, ainda vem resistindo
às várias repressões e vencendo alguns desafios que visam a valorização desta arte,
considerada como Patrimônio Cultural do Brasil. OBJETIVO: avaliar o conhecimento nutricional
em atletas de capoeira de salvador- BA. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa de campo,
descritiva, composta por uma amostra de 31 atletas, filiados à Federação de Capoeira da Bahia.
Foram utilizados dois questionários para a execução do estudo, onde o primeiro mediu o nível
sócio econômico e escolaridade e o segundo o conhecimento nutricional. Os dados foram
tabulados com auxílio do software Microsoft Excel 2007 e analisados com uso do programa SPSS
for Windows 13. RESULTADOS E DISCUSSÃO: 74,2% da amostra foi composta por
participantes do sexo masculino (n=23) e 25,8% do sexo feminino (n=8). Entre os domínios que
avaliaram o conhecimento nutricional dos atletas, o domínio 1, referente à gorduras trans foi o
que obteve maior pontos na média, onde atletas com o nível superior completo (0,84 ± 0,21) e
pessoas pertencentes às classes sociais mais elevadas (0,81 ± 0,24) obtiveram maiores
pontuações. No entanto, não houve diferença estatisticamente significativa entre o conhecimento
nutricional, os domínios estudados e a raça dos participantes. CONCLUSÃO: verificou-se a
necessidade de orientação nutricional que ressalte a saúde e bem estar no esporte tanto para
aqueles que alcançaram menores pontuações, onde classes sociais são menos favorecidas,
quanto os que conseguiram maiores médias no presente estudo.
AVALIAÇÃO DA FLUIDEZ DE PREPARAÇÕES PARA DIETA ENTERAL ARTESANAL EM
UMA UNIDADE DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
AUTORES
Mariana Pereira Santana Real; Andrea Cirne Conceição; Telma Figueredo Maia
RESUMO
A atenção domiciliar ao paciente hospitalizado é uma prática que tem sido construída com o
intuito de garantir a atenção integral e humanizada, além de reduzir os custos, os riscos de
infecção e proporcionar a liberação de leitos para outros pacientes. A dieta enteral artesanal é
uma forma de garantir a nutrição adequada do paciente em terapia nutricional enteral domiciliar,
ainda que apresente riscos de contaminação é uma boa alternativa para a recuperação destes
pacientes. OBJETIVO: testar a fluidez na sonda das preparações incluídas na sugestão de
cardápio domiciliar para pacientes que estão em uso de sonda enteral em um hospital de
Salvador. METODOLOGIA: Foi realizado um estudo qualitativo, transversal e exploratório, com a
análise de consistência de preparações para a dieta enteral artesanal. RESULTADOS: houve
diferença na fluidez de alimentos coados, não coados e submetidos a pressão da seringa ou não.
DISCUSSÃO: este estudo ressalta a importância do nutricionista apropriar-se do estudo da
prática dietética, para subsidiar uma prescrição nutricional viável, em conformidade com a via de
administração da dieta, com praticidade, denotando confiança e credibilidade na relação com o
paciente e sua família. CONCLUSÃO: Desta forma é importante um maior controle relativo ao
processo produtivo desde a produção das preparações, a sanitização de equipamentos,
superfícies de contato, boas práticas de manipulação e de produção. Estas medidas objetivam a
melhora da qualidade da alimentação, evitando os riscos e consequências danosas à saúde do
paciente.
AVALIAÇÃO DO RENDIMENTO DAS POLPAS DE SUCO EM UMA UNIDADE DE
ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
AUTORES
Mariana Pereira santana Real; Andrea Cirne Conceição; Telma Figueredo Maia
RESUMO
De acordo com as Normas Técnicas, para produção de polpas, néctares e sucos de frutas,
aprovadas pela Câmara Técnica de Alimentos do Ministério da Saúde, (Resolução 12/78), o
produto deve ser preparado com frutas sadias, limpas, isentas de matéria ferrosa, de parasitas e
de outros detritos animais e vegetais. OBJETIVO: analisar a produção dos sucos de polpa de
frutas congeladas em uma Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN) na cidade de Salvador-Ba.
METODOLOGIA: foi adotada a observação quantitativa, onde foram utilizadas três marcas de
polpas da fruta (1 kg) de fabricantes diferentes para a obtenção do suco. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: percebeu-se que à uma alternância significativa do rendimento do suco produzido
na UAN, que varia de acordo com a dupla escalada para a elaboração. Alguns aspectos estão
diretamente ligados aos resultados obtidos da pesquisa, como: a despadronização das jarras
utilizadas como auxílio na elaboração do alimento, levando ao colaborador subestimar a
quantidade de água necessária para o preparo; o aproveitamento total da polpa que reflete
diretamente no rendimento final; As marcas das polpas, onde os colaboradores relataram de
qualidade inferior ou regular. CONCLUSÃO: Dessa forma, sugere-se uma capacitação a cada
três meses dos colaboradores, com a finalidade de padronizar os utensílios utilizados para a
elaboração dos sucos o que garantirá com melhor consistência e controle da produção.
MICROALBUMINÚRIA E RESISTÊNCIA À INSULINA - RELAÇÃO ENTRE ESSES
MARCADORES EM PACIENTES COM SÍNDROME METABÓLICA
AUTORES
Radamés Coutinho de Lima; Edilene Maria Queiroz Araújo; Najara Brandão Amaral; Nila Mara Smith
Galvão Bahamonde; Domingos Lázaro Souza Rios; Gildásio Carvalho da Conceição·.
RESUMO
Introdução: A Síndrome Metabólica (SM) é representada pela associação de obesidade central,
Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), Hipertrigliceridemia e/ou baixas concentrações séricas de
lipoproteína de alta densidade (HDL-c), hiperglicemia, Diabetes Mellitus (DM) e/ou resistência
insulínica (RI). A hiperglicemia, frequente nesses pacientes, promove o aumento na pressão
capilar glomerular, ocorrendo alteração no sistema renina angiotensina intra-renal que favorecerá
a uma elevação na excreção de albuminúria. A microalbuminúria (Malb) é a excreção de albumina
na faixa de 30-300 mg/dia. Sendo assim, a detecção de microalbuminúria é considerada como
primeiro sinal clínico de lesão renal. Objetivos: verificar associação entre Microalbuminúria,
resistência à insulina e DM em pacientes portadores de síndrome metabólica. Materiais e
Métodos: Trata-se de um estudo observacional e transversal realizado com 58 pacientes, adultos
e idosos, ambos os sexos, portadores de SM diagnosticados segundo a International Diabetes
Federation (IDF). Todos os indivíduos, incluídos na pesquisa, receberam atendimento nutricional,
foram submetidos a um inquérito demográfico, realizaram exames físicos, bioquímicos e
antropométricos. Para a dosagem de microalbuminúria, os pacientes tiveram que coletar o spot
urinário da primeira urina da manhã, completo, sem descarte, em embalagem de 1 litro de água
mineral, correspondendo à chamada amostra isolada. Para a avaliação do grau de secreção e
resistência à insulina foram utilizados os índices de HOMA, um cálculo de execução simples, que
se fundamenta nas dosagens da insulinemia e da glicemia, ambas de jejum. Os dados foram
analisados com o auxílio do Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) para Windows,
versão 18.0, sendo considerado significativo o p ≤ 0,05. A pesquisa foi submetida ao Comitê de
Ética da Universidade do Estado da Bahia, CAAE e aprovada pela resolução de número:
03409712.9.3001.5023. Resultados e discussão: a amostra apresentou um total de 58 pacientes,
com maior prevalência do sexo feminino (81%) e adultos (67,8%). De acordo com os resultados
encontrados, verificou-se uma prevalência de microalbuminúria de 19,0%, sendo que 79,3% eram
normoalbuminúricos e 1,7% de macroalbuminúricos. Tanto os pacientes com Malb quanto os
normoalbuminúricos apresentaram glicemia de jejum alterada, 90,9% e 76,1%, respectivamente.
No estudo de Palaniappan et al (2003) sobre a população coreana, em geral, também mostrou
que indivíduos com microalbuminúria tinham glicemia de jejum mais elevada do que indivíduos
sem microalbuminúria. Houve associação significativa (p= 0,027) entre RI e a microalbuminúria,
porém em uma direção inversa, sendo a maior prevalência de resistência à insulina em indivíduos
normoalbuminúricos (87%) em relação àqueles com microalbuminúria (54,5%), o que reafirma a
teoria de Palaniappan et al (2003) que descreveram que na SM há uma fraca associação de Malb
com a RI. Conclusão: Os achados aqui apontam que há forte relação entre Microalbuminúria,
hiperglicemia e Diabetes em indivíduos com SM. Acredita-se que se faz necessário novas
pesquisas para avaliar a relação inversa entre RI e Malb nos pacientes com SM.
INFLUENCIA DO SISTEMA NEURONAL NO CONTROLE DA FOME E SACIEDADE
AUTORES
Eliane dos Santos da Conceição; Mariana Pereira Santana Real; Miriam Rocha Vázquez; Najara Amaral
Brandão·.
RESUMO
Introdução: Na regulação da saciedade e do apetite estão os fatores neuronais, endócrinos,
adipocitários, intestinais e psicológicos. A relação direta entre sistema nervoso e ingestão
alimentar ocorre, principalmente, através do núcleo arqueado do hipotálamo que regulam a
sensação de fome e saciedade, sendo que essas áreas sofrem estímulos pré e pós absortivos. O
desequilíbrio da ingestão alimentar pode ser em decorrência de elementos fisiopatológicos e/ou
ambientais causando sobrepeso, obesidade e distúrbios alimentares. A leptina atua na diminuição
da ingestão alimentar, redução da massa corporal pelo aumento do gasto energético e
metabolismo de glicose e de gorduras. Objetivos: Verificar a influência neuronal no controle da
fome e saciedade, verificar como os hormônios regulam a fome e a saciedade, analisar as
implicações do controle neuronal na obesidade. Materiais e métodos: o estudo se caracteriza por
uma revisão de literatura integrativa. Foram realizadas pesquisas nas bases de dados Scielo,
Pubmed, Bireme e Google Acadêmico, utilizando os descritores, “sistema endócrino”, “intestino”,
“hormôrnio”, “leptina”, “obesidade”. Os artigos foram selecionados dentre aqueles que
contemplavam publicação de até 10 anos, não dispensando a leitura de outros fora desse quesito
de acordo sua significância no assunto. Resultados e Discussão: A leptina determina a depressão
dos neurônios que expressam NPY e AGRP (hormônios orexígenos), ou seja, a sensação de
fome é deprimida. A leptina também estimula a atividade de neurônios produtores de POMC, um
composto que é precursor do hormônio estimulador de melanócito α (α-MSH), que possui
propriedade anorexígena (diminui o consumo alimentar) ao se ligar aos receptores de
melanocortina 3 e 4 (MC3 e MC4). A secreção de insulina, assim como da leptina, também é
afetada pela proporção de massa adiposa, estimulando os receptores hipotalâmicos a favor da
saciedade. No hipotálamo há abundantes receptores de leptina, além de ter também em outros
locais como o próprio tecido adiposo e no músculo esquelético controlando o consumo de glicose
reduzindo a glicemia. Conclusão: o controle da ingestão alimentar e a homeostase energética é
influenciada por diversos fatores, havendo uma regulação consciente que é determinada pelas
necessidades energéticas dos indivíduos, e uma regulação subconsciente que poderá predispor
uma alimentação além das necessidades reais do indivíduo.
INTERAÇÃO ENTRE ALIMENTOS E FÁRMACOS
AUTORES
CHALHUB, Helen Ávila; CONCEIÇÃO, Pamella Raianny Esprito do Santo; LEAL, Sheila Reis; SILVA,
Luiane Rose Santos. Orientador: RAMOS, Tércio·.
RESUMO
Os alimentos fornecem os nutrientes necessários à manutenção das funções fisiológicas do corpo
humano. Quando ocorrem alterações de ordem funcional e/ou estrutural no organismo, faz-se
necessário o uso de medicamentos para a recuperação da saúde. Porém, a administração de
medicamentos com alimentos pode interferir na velocidade e extensão da absorção da droga ou
do nutriente, devido a interação alimento-droga. Portanto, torna-se importante conhecer esta
interação, pois permitiria um controle mais efetivo, favorecendo resultados mais eficazes, com a
redução e eliminação de interações indesejáveis. O Objetivo do presente trabalho é verificar
interações alimento-droga e seus efeitos sobre o estado nutricional dos indivíduos e eficácia do
fármaco. Através de uma revisão bibliográfica sobre a interação fármaco-nutriente, incluindo
artigos científicos obtidos nas bases de dados BIREME (MEDLINE, LILACS e SCIELO), entre os
anos de 2002 a 2010, com as palavras-chaves: interação alimento-droga, absorção,
medicamento, nutrientes. Dessa forma podemos considerar que a administração de
medicamentos com as refeições se faz por três razões fundamentais: possibilidade de aumento
da absorção; redução do efeito irritante sobre a mucosa gastrintestinal; e uso como auxiliar no
cumprimento da terapia, associando sua ingestão com uma atividade fixa como as principais
refeições. Contudo, essa combinação pode afetar a biodisponibilidade do fármaco por
modificações nos processos farmacocinético e farmacodinâmico, como por exemplo, sua
interação com Ca, Fe e fibras, que formam um complexo, prejudicando a absorção da droga,
diminuindo assim eficácia do tratamento medicamentoso. Do mesmo modo, afeta
biodisponibilidade de nutrientes, pois alguns medicamentos como AAS, diuréticos entres outros,
afetam negativamente a absorção de nutrientes, acarretando prejuízo ao estado nutricional do
indivíduo. Estes riscos são maiores em pacientes que fazem tratamento crônico como idosos e
desnutridos, podendo causar aumento da necessidade de utilização do fármaco e piora do estado
nutricional. O comprometimento do estado nutricional pode diminuir o efeito terapêutico ou
aumentar o efeito tóxico. Ademais, o uso abusivo de medicamentos no Brasil (ONU, 2012),
principalmente a automedicação, interfere no estado nutricional dos indivíduos e ameaça à saúde
pública do país.
USO DE REALÇADORES NATURAIS COMO ALTERNATIVA NA PERCEPÇÃO SENSORIAL
DE IDOSOS
AUTORES
Manuella Cordeiro Lucena, Telma Maria Sousa Bandeira , Carine Oliveira Souza.
RESUMO
O envelhecimento é um processo natural do ser humano, relacionado a mudanças no
comportamento e no corpo, decorrente das transformações que acontecem ao longo do tempo,
afetando suas funções e influenciando os hábitos alimentares relacionados com a quantidade e a
qualidade dos alimentos consumidos, os quais, nem sempre, estão adequadas às necessidades
reais desses indivíduos. A redução do consumo alimentar dos idosos ocorre através da
diminuição da sensibilidade por gostos primários: doce, amargo, ácido e salgado, associado com
eventual perda da acuidade visual, audição e olfato. Com o decréscimo da quantidade de papilas
gustativas na língua, faz com que o limiar de percepção esteja alterado, levando indivíduos
utilizarem quantidades maiores de aditivos químicos para poder perceber os sabores - em
especial, o doce e o salgado – utilizando, consequentemente maiores quantidades de sal e
edulcorantes sintéticos, podendo intensificar doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes
e hipertensão. Assim, para a diminuição do uso dessas substâncias químicas, fazem-se
necessárias alternativas que possam ser usadas como intensificadores de sabor – especialmente
doce e salgado, mas que sejam naturais para a utilização de produtos menos industrializados.
Desse modo, esse trabalho tem o objetivo de discutir, à luz da literatura, sobre o uso de
realçadores naturais de sabor, como as especiarias e ervas aromáticas são eficazes na redução
da ingestão de aditivos químicos, como o sal e os edulcorantes sintéticos, por intensificarem a
percepção a estes sabores, além de favorecer na diminuição dos gastos do consumidor por
serem alternativas mais econômicas e mais acessíveis à compra. A metodologia do trabalho foi
realizada através de uma pesquisa exploratória bibliográfica, utilizando quatro bases de dados:
SCIELO, LILACS-BIREME, RGNUTRI E PUBMED. Através dos estudos, pôde-se perceber com
esta revisão, que há carência de artigos científicos relacionados aos critérios de inclusão nesta
pesquisa, assim como assuntos relacionados ao tema nas bases de dados pesquisadas.
Área de Concentração do resumo
RISCOS OCUPACIONAIS EM UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA, EM SALVADOR/BA:
UMA VISÃO DA SAÚDE DO TRABALHADOR.
AUTORES
Aníbal de Freitas Santos Júnior, Andreia Gonçalves Batista Lima, Leonardo Lordelo Sampaio, Icaro
Gabriel Silva Santos, Isabele Santos Guimaraes Lustosa, Joao Vitor V. C. de Oliveira, Juliana Pereira dos
Santos, Monique Lopes da Rocha, Naiane Barbosa Reis, Silas Ricarti M. Pacheco, Taise de Souza Jesus,
Vanesa Conceição de Jesus, Verônica Matos Batista
RESUMO
O conhecimento dos riscos relacionados à Atenção Básica de Saúde são essenciais para
compreender as relações entre trabalho e processo saúde doença. Este trabalho compreende as
ações desenvolvidas pelo Grupo PET-Vigilância em Saúde, da Universidade do Estado da Bahia
(UNEB), financiado pelos Ministérios da Saúde e da Educação, e objetiva traçar o perfil da Saúde
Ocupacional da Unidade Saúde da Família (USF) – Humberto Castro Lima (Pernambuezinho), no
município Salvador/BA. Trata-se de um estudo transversal (n = 50), com aplicação de
questionários semiestruturados, no período de março/2015, aprovado pelo Comitê de Ética em
Pesquisa (CEP) da UNEB, sob protocolo no 821.743/2014. A maioria dos entrevistados é do sexo
feminino (72%); raça negra (34%); faixa etária entre 30 a 50 anos (68%), com ensino médio
(40%) e superior (36%), completos; atuam entre um a dez anos no serviço e usam como meio de
transporte, o sistema coletivo de ônibus urbano. Cerca de 40% da amostra foi composta por
Agentes Comunitários de Saúde (ACS). Dentre os entrevistados, 32% afirmaram ter sofrido algum
acidente no trabalho (descarte incorreto e lesões com perfuro-cortantes) e buscaram auxílio
médico imediato (70%). Verificou-se que 88% dos trabalhadores citaram que desconhecem
qualquer tipo de fiscalização no local de trabalho, referente à integridade da saúde do trabalhador
e indicaram não haver medidas sustentáveis no ambiente. No que se refere às Normas
Regulamentadoras (NR), 64% dos entrevistados as desconhecem; sendo a NR 32 citada por,
apenas, 10% da população estudada. A exposição à riscos químicos (medicamentos) foi
evidenciada em 60% da amostra, com o uso de luvas descartáveis para minimizá-la. A
luminosidade foi apontada como fator positivo, por 70% dos entrevistados. Entretanto, 36%
citaram a exposição ao ruído como principal risco físico. Cerca de 56% dos profissionais
mencionaram exposição a fluidos biológicos na sala de curativos. Como medidas de
biossegurança, o uso de luvas, máscaras, jalecos, bem como coleta especial destes resíduos
foram indicados. Um total de 78% dos trabalhadores destacou o stress como um risco, pois a
USF está localizada numa região com índices elevados de violência urbana. Cerca de 30%
afirmaram adotar uma postura inadequada no ambiente de trabalho e, 60% desaprovam o layout
dos móveis e organização do espaço físico. Ademais, 82% afirmaram não participar de
palestras/orientações sobre riscos ergonômicos no seu atual vínculo de trabalho. Percebeu-se
que a maioria dos trabalhadores atuam há bastante tempo na USF, sendo expostos à uma rotina
de atividades. A falta de informações sobre Segurança no Trabalho e instruções normativas
traduz uma preocupação. Verificou-se que os riscos ergonômicos e biológicos mereceram
destaque no que se refere à exposição ocupacional. Neste contexto, acredita-se que medidas
educativas são necessárias para promoção da mudança de comportamento com finalidade de
contribuir para melhorias nas condições de saúde destes trabalhadores.
PREVALÊNCIA DE SINTOMAS DE INCONTINÊNCIA URINÁRIA EM OBESOS
AUTORES
Amanda Andrade de Castro, Lorena Barreto Arruda Guedes·.
RESUMO
OBJETIVO: Verificar em uma população composta por homens e mulheres em tratamento da obesidade a
prevalência, o tipo mais frequente e a descrição dos possíveis fatores que se associam a incontinência
urinária (IU). MÉTODOS: Estudo de corte transversal descritivo com pacientes obesos atendidos no
Serviço de Fisioterapia do Centro de Endocrinologia e Diabetes do Estado da Bahia (CEDEBA) no período
de janeiro a setembro de 2015. Foram coletados dados do prontuário do paciente a partir de um formulário
padronizado desenvolvido para a pesquisa e da aplicação do International Consultation on Incontinence
Questionnaire – Short Form (ICIQ-SF). Para a análise do banco de dados foi utilizado o Statistical Package
for Social Sciences (SPSS), versão 9.0 para Windows. Na análise descritiva foram aplicados: média com
desvio padrão para as variáveis numéricas contínuas e proporção para as variáveis categóricas.
RESULTADOS: A amostra de 133 pacientes foi predominantemente feminina, adulta, sedentária e com
comorbidades como a hipertensão arterial, uma prevalência de 51,9% de IU, sendo a tipo mista a mais
comum. CONCLUSÕES: Com base nos resultados encontrados, há uma importante prevalência de IU em
obesos, com sintomatologia de impacto muito grave. Empoderar os profissionais de saúde com este
conhecimento permite que a atenção ao paciente com obesidade se torne mais eficaz quanto às
alterações do assoalho pélvico, impactando de forma positiva no tratamento mais rápido, sem grandes
complicações e na melhora da qualidade de vida.
ASSOCIAÇÃO ENTRE PERDA AUDITIVA, DIABETES MELLITUS E HIPERTENSÃO
ARTERIAL: ACHADOS EM SALVADOR - BAHIA.
AUTORES
RODRIGUES, I.S.C., LOBO, L.S., FERNANDES, L., FRAGA-MAIA, H.
RESUMO
Introdução: Para pleno desenvolvimento de suas funções normais, as células do corpo precisam
do suprimento adequado de oxigênio e nutrientes em seu ciclo natural. As células da estria
vascular são responsáveis diretas pelo fornecimento destes nutrientes para células do órgão de
Corti, na cóclea, onde se processam as informações auditivas. Alterações vasculares e
metabólicas podem ocasionar lesões em vasos sanguíneos e capilares, bem como nas
membranas basais celulares. Muitas destas alterações podem ser decorrentes das mais
prevalentes Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), a Hipertensão Arterial Sistêmica
(HAS) e o Diabetes Mellitus tipo 2 (DM). Objetivo: Investigar a co-ocorrência de perda auditiva em
adultos portadores de HAS e/ou DM tipo 2 em pacientes de uma clínica escola de Salvador/BA.
Materiais e Métodos: Trata-se de estudo transversal com indivíduos apresentando queixas
auditivas e reportaram portadores de DM2 e/ou HAS. Excluídos aqueles que apresentaram
perdas auditivas congênita e em exposição a ruído em ambiente de trabalho. Banco dados criado
no programa Excel for Windows (V. 7.0) e analisado no programa de análise estatística Stata®
(V.10.0). Para avaliar a existência de diferença de proporções entre as variáveis do estudo
utilizou-se o Teste Qui-Quadrado de Pearson ou de Fischer. Foram consideradas como
estatisticamente significantes associações com p-valor <0,05. O projeto foi aprovado pela
Plataforma Brasil/ CEP UNEB (Parecer n 241.434/2013). Resultados: A distribuição da faixa
etária mostrou-se bastante ampla, de 24 a 85 anos, com predomínio da população entre os 45 a
64 anos. Percebeu-se que 84,2% dos pacientes apresentaram algum tipo de perda auditiva
detectável pelo exame de audiometria tonal. Detectou-se que 98,5% dos pacientes triados não
apresentavam antecedentes familiares para perdas auditivas, que apenas 3,4% deles utilizava
aparelho para amplificação. Observou-se ainda que 72,8% dos pacientes referiram ter modificado
hábitos depois da percepção de alterações auditivas e, dentre estes, 79,7% referiram apresentar
zumbido. A maior parte das orelhas apresentou PASN (72,5). Curva tipo A encontrada em 35,5%
das orelhas estudadas e em 50,7% pôde-se encontrar alterações na curva, sendo estas do tipo
Ad, As ou C. Destes pacientes, 17,8% não apresentaram reflexo mas apresentaram alteração na
curva timpanométrica e 82,2% apresentaram reflexos alterados ou ausência total de reflexos,
mesmo apresentando curva normal. Discussão: Perda auditiva sensorioneural mostrou-se
significativamente associada com a presença de Diabetes Mellitus. Infere-se que as alterações
metabólicas causadas pela DM, como as neuropatias e angiopatias podem acelerar disfunções
do sistema auditivo. Conclusão: Os dados sugerem uma associação entre DM2 e perda auditiva
que pode causar impacto no modo de vida dos afetados. Recomenda-se o acompanhamento
fonoaudiológico dos portadores de HAS e/ou DM2, que os mesmos possam ser avaliados em
unidades do SUS e que a proposta de saúde auditiva seja incluída no programa HIPERDIA
consolidando ainda mais o papel da Fonoaudiologia na Saúde Pública.
PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO ACADEMIA SERVIÇO COMUNIDADE: UMA NOVA
CONCEPÇÃO NA FORMAÇÃO DO PROFISSIONAL DE SAÚDE
AUTORES
Luciana Cavalcanti; Isabela Rodrigues; Carla Cardoso·.
RESUMO
Introdução: Durante muito tempo o processo de formação de profissionais de nível superior em
saúde não adotava ações reflexivas dentro das práticas educativas voltadas para o serviço. Com
o advento de estudos e da mudança do perfil do profissional de saúde no contexto da Atenção
Primária, englobando processos de produção, promoção e manutenção da saúde na sociedade,
tem-se a necessidade de ampliação desta pratica. Objetivo Geral: Apresentar o processo de
implantação de novo componente curricular para a formação de profissionais de saúde em uma
universidade e sua influência na formação de futuros profissionais de saúde. Materiais e Métodos:
Realizou-se estudo descritivo elaborado a partir do Diário de campo de estudantes dos cursos de
Fonoaudiologia e Fisioterapia do novo curriculum dos cursos de saúde da UNEB implantado a
partir de 2012.1, abordando as atividades envolvidas nas componentes curriculares PIASC e as
impressões geradas nos docentes envolvidos através da exposição das três etapas que
constituíram o processo e os resultados obtidos em cada uma delas. Resultados: Observou-se
durante o primeiro ciclo da componente que as Unidades de Saúde da Família tinham suas
localizações, em relação aos territórios de abrangência, não muito centrais. A situação de
moradia apresentou-se como fator que corroborava para a manutenção, do quadro. E estas,
apresentavam questões de segurança pública, além da presença de doenças endêmicas como
Hanseníase e Tuberculose. No que se referiu ao serviço, foi constatado que as equipes de saúde
estavam incompletas, e que existia carência de material. Finalmente, na última fase, as ações de
planejamento em saúde realizadas resultaram em processos de educação em saúde e
empoderamento como a elaboração de Ofício para o Conselho Distrital e Municipal de Saúde e a
criação de Conselho de Local de Saúde. Discussão: O principal ponto a ser destacado a partir de
estudos como este é a importância da uma mudança de concepção sobre o processo de
aprendizagem na área de saúde, procurando a formação completa, considerando para isso os
conhecimentos prévios não apenas da sociedade, mas também dos alunos de graduação, atores
deste processo. Conclusão: Através da componente foi possível verificar os desafios que estão
envolvidos para a consolidação de programas idealizados pelo SUS sendo a imersão de
discentes e docentes na comunidade uma possiblidade maior de êxito nas ações de saúde. Uma
vez que o estudante, na qualidade de futuro trabalhador passa a dispor da oportunidade de
conviver com a dinâmica das comunidades. Através da trajetória apresentada infere-se que
programas multidisciplinares como o PIASC podem ser utilizados como estratégias de construção
da interação entre o saber acadêmico e a participação popular na construção de profissionais
mais bem preparados para atuar no SUS.
CROMOTERAPIA E AROMATERAPIA: UM OLHAR DA MEDICINA QUÂNTICA NA
EDUCAÇÃO DE FUTUROS PROFISSIONAIS DA SAÚDE
AUTORES
Isabela Rodrigues; Cláudia Lopes·.
RESUMO
Introdução: Cada vez mais indivíduos buscam a manutenção do equilíbrio da saúde que refletem
na procura por tratamentos diferenciados, que valorizam o ser humano e tragam bem estar. Há
um intenso crescimento da procura pela prática das terapias alternativas que valorizam a
natureza, o ser humano e as energias presentes em cada organismo. No Brasil o marco para
introdução das Práticas Alternativas de Saúde foi a 8ª Conferência Nacional de Saúde. Estes
princípios tornam o SUS um sistema onde os diálogos e práticas não hegemônicas encontram
lugar para se desenvolverem. A formação dos profissionais de saúde tem sido pautada no
paradigma cartesiano e atuado continuamente nas partes isoladas do todo. Ao prestar assistência
a saúde, o profissional atua harmonizando e buscando o equilíbrio em todas as dimensões do ser
humano. Há também um entendimento de que é necessário um olhar holístico, que não é
encontrado na medicina tradicional tão fragmentada pelas especializações, neste contexto se
inserem as práticas integrativas. Objetivo: Construção de um panorama conceitual destas
terapias complementares afim de justificar sua importância como proposta de curso de extensão
dos cursos de saúde nas Instituições de ensino superior. Métodos: Revisão bibliográfica teóricoreflexiva com levantamento bibliográfico nas bases de dados do Portal Capes, Lilacs, Bireme,
Scielo, Medline. Critérios de inclusão: artigos publicados completos em periódicos nacionais e
internacionais; que abordassem a temática do estudo, dentro da área de interesse e publicados
nos últimos dez anos; Legislação nacional de saúde pública vigente no país. Análise dos dados
aproxima-se da abordagem qualitativa, tendo em vista interpretação e a análise dos elementos
teóricos. Resultados: Foram identificados dois tipos principais de terapias vibracionais utilizados
no Brasil: Cromoterapia Ciência das cores considerada uma forma de medicina energética sua
atuação se dá de forma a alterar ou manter as vibrações do corpo em busca de um estado de
saúde. Aromaterapia arte e ciência que visa promover saúde e bem-estar do corpo, da mente e
das emoções, através do uso terapêutico do aroma natural das plantas por seus óleos essenciais.
Discussão: Na prática clínica, as mensagens carreadas pela influência das cores tem potencial de
atuar produzindo sensações e possibilitando acessar o lado emocional e subjetivo do sujeito. O
desenvolvimento de linhagens bacterianas resistentes aos medicamentos sintéticos levou ao
surgimento de medicamentos mais potentes, caros e que traziam mais efeitos indesejados houve
a renovação no interesse em pesquisar e utilizar as essências vegetais em tratamentos médicos
por serem mais baratas, acessíveis e com efeitos consideravelmente mais suaves. Conclusão: Há
também uma busca constante por profissionais capacitados para atuar junto a um público que
tem procurado ativamente por terapias que visam o equilíbrio e a harmonia entre corpo e mente.
A Universidade também precisa manter-se atualizada no sentido de formar profissionais que
atendam a este perfil com o principal objetivo de resgatar a importância da inclusão dessa
temática no processo de ensino e aprendizado das instituições de ensino superior e nos
programas de educação permanente das instituições de saúde.
HUMANIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE: UMA QUESTÃO RELEVANTE PARA
QUALIDADE DOS SERVIÇOS.
AUTORES
Josemare Pereira Silva Duarte, Edimar Caetité Junior.
RESUMO
Ações que centram atenção nas relações humanas, na produção de vínculo e no acolhimento,
são cada vez mais necessárias no sentido de oferecer àqueles que fazem uso dos serviços de
saúde, serviços cada vez mais qualificados. Assim, identificou-se a necessidade de se fazer um
estudo que tem como tema abordagem teórica sobre a relevância da humanização dos
profissionais de saúde para qualidade dos seus serviços. Dessa forma, contextualizou-se o
processo de humanização na saúde e sistematizou-se a humanização dos profissionais de saúde
na busca da qualidade dos seus serviços, para se chegar ao objetivo geral que seria evidenciar a
relevância da humanização dos profissionais de saúde para obtenção de qualidade nos seus
serviços. A metodologia empregada foi a pesquisa bibliográfica, cuja coleta de informações sobre
o tema deu embasamento para as conclusões obtidas nesse estudo. Destarte vislumbrou-se a
necessidade de humanizar os profissionais de saúde a fim de gerar qualidade a esses serviços
por melhorar a relação profissional de saúde – usuário levando consequentemente a um
beneficiamento na qualidade de vida daqueles que necessitam do atendimento. Concluiu-se
assim que a humanização dos profissionais de saúde influi diretamente na qualidade dos serviços
de saúde e pode ajudar tanto na melhoria do ambiente de trabalho quanto na melhoria da saúde
do paciente.
MORBI-MORTALIDADE DA DENGUE NO MUNÍCIPIO DE SALVADOR - BAHIA
AUTORES
Lorrana Mendes Gama; Auguto César Costa Cardoso·.
RESUMO
INTRODUÇÃO: A dengue é uma doença infeciosa aguda com ampla proliferação em países
tropicais, cujo agente etiológico é um vírus pertencente á família Flaviviridae, do qual são
conhecidos 4 soro tipos. Transmitida através da picada do Aedes Aegyti infectado, inseto
originado da África Subsaariana, onde se domesticou e adptou-se a aréa urbana, reproduzindo –
se facilmente em reservatórios de água acumulada. Uma vez infectado o mosquito é capaz de
transmitir enquanto viver. OBJETIVO Descrever a morbi-mortalidade da Dengue nos períodos de
2008 a 2012 no município de Salvador. METODOLOGIA Trata-se de um estudo descritivo, de
caráter exploratório com abordagem quantitativa. Utilizados os dados secundários obtidos no
Sistema de Informação e Agravos e Notificação (SINAN), e Sistema de Mortalidade (SIM) e base
demográfica IBGE no período de 2008 a 2012. A área de estudo foi o munícipio de Salvador, as
variáveis selecionadas: Sexo (feminino e masculino), faixa etária ( 0 a maiores de 80 anos), Raça
(Preta, Amarela, Parda, Indígena) Unidade Federativa (Bahia), Município de Notificação (
Salvador), Evolução (Cura, Óbito pelo agravo notificado e outras causas), e Grau de FHD ( Grau
I,II,III,e IV). Exclui-se da análise os casos registrados como ignorados. Realizou-se a analise dos
dados a partir e posteriormente calculou-se os indicadores: Proporção e Taxa, utilizando os
softwares Tabnet e Exell 2010.RESULTADOS Dentre o período selecionado foram notificados
263.027 (8,14%) casos de dengue na Bahia, já em Salvador houve 26.050 casos (9,9 %). O
coeficiente de incidência do período foi de: 185,10 em Salvador, com taxa de mortalidade de 0,20,
das 29 mortes no período 55,17% foram do sexo feminino e 44,82% no sexo masculino na faixa
etária de 20 a 39 anos, representando 38% dos casos.DISCURSSÃOSalvador foi o município de
maior notificação no período, o ano de 2008 representou o menor do período estudado com 84,13
da incidência da doença, sendo menor no sexo masculino (80,75) e no ano de 2010 o maior
(230,26) concentrando o maior número de casos no sexo feminino (216,57) no período analisado,
este mesmo gênero apresentou o maior percentual dos óbitos na evolução da doença 16 (55,17)
e masculino 13 (44,82) , a cura representou foi de 12.845 (49,3%). A faixa etária dos 20 a 39
concentrou o maior numero de casos notificados (9.910) para ambos os sexos.CONCLUSÃOA
análise dos dados permitiu descrever o perfil morbimortalidade da dengue no município de
Salvador. O dengue clássico representou a maioria dos casos notificados, e evolução de cura
predominante contudo houve grande percentual do número de casos Ignorados e em Branco
comprometendo análise e resultados da tabulação dos dados.
RELAÇÃO ENTRE DOENÇAS CARDIOVASCULARES E NÍVEL SOCIOECONÔMICO
POPULACIONAL.·.
AUTORES
George da Silva Pereira, Vitória Fernandes F. de Melo·.
RESUMO
As Doenças Cardiovasculares (DCV) são hoje a primeira causa de mortalidade no Brasil,
representando 29,4% das mortes no País e tendo um alto custo para o Sistema Único de Saúde
(SUS). Esse quadro epidemiológico, ainda em transição no Brasil, país em desenvolvimento, está
ligado a fatores como: Mudança nos hábitos de vida, sedentarismo, alimentação inadequada e,
ainda, estresse cotidiano. No entanto, fatores socioeconômicos são também Determinantes
Sociais em Saúde (DSS) de alta relevância que devem ser analisados quanto a sua correlação
com as DCV. Desse modo, este estudo objetivou analisar a correlação entre as Doenças
Cardiovasculares (DCV) e o contexto socioeconômico da população acometida por estas. A
metodologia utilizada trata-se de um Estudo exploratório, baseado na Revisão de literatura, o qual
selecionou artigos científicos, publicados nos últimos dez anos, encontrados nas bases de dados
SCIELO e LILACS, que incluíam a temática doenças cardiovasculares e fatores sociais e/ou
econômicos. As análises desses estudos convergiram quanto aos resultados. Ishitani e et. Al
(2006) mostraram que a mortalidade por DCV foi maior quando os selecionados possuíam baixa
escolaridade e baixa renda. Cesarino et. Al (2008) constataram em seu estudo que indivíduos
com menor escolaridade apresentam maior prevalência de Hipertensão Arterial sistêmica (HAS)
em todas as idades em comparação aos de níveis intermediário e de maior escolaridade. Scherr
e Ribeiro (2009) em um estudo que analisava os fatores de riscos para DCV, feito com quatro
categorias de mulheres: Idosas, médicas, universitárias e faxineiras, estas três últimas adultas,
demonstraram que essa última categoria tinha os piores índices de risco: Colesterol alto e HAS,
semelhantes a das idosas, e tabagismo, obesidade e sedentarismo pior que as outras categorias.
Pôde-se perceber que os fatores socioeconômicos são importantes DSS que devem ser
considerados em políticas públicas também relacionadas a DCV e na prática dos profissionais de
saúde. Pessoas com baixa renda tem menor acesso à bens e serviços, como, por exemplo,
espaços para realização de atividades físicas e lazer e realização de exames periódicos. Níveis
de educação mais baixos que também se relacionam a baixa renda, tem relação com menor
acesso às informações sobre hábitos de vida saudáveis, ou se há, não tem sido passado de
maneira efetiva á essa população. Políticas públicas e estratégias de prevenção e promoção de
saúde cardiovascular devem ser implementadas e dirigidas, prioritariamente, a população mais
carente e com menor nível de escolaridade, pois percebe-se que esse é o maior grupo de risco.
Estratégias como a educação permanente em saúde e a construção de espaços públicos para
práticas de atividades físicas em bairros carentes são possíveis estratégias efetivas para reversão
do atual quadro do Brasil. Percebe-se que ainda são poucos os estudos que fazem a correlação
entre fatores socioeconômicos e as DCV, necessitando-se de mais pesquisas na área.
ANÁLISE SITUACIONAL SOBRE O FUNCIONAMENTO DO PROGRAMA HIPERDIA EM UMA
USF DO DISTRITO SANITÁRIO CABULA-BEIRÚ
AUTORES
Alisson de Souza Almeida, Amanda Jaqueline Chagas Bispo, Amanda Macedo Dias Santana, Camilla Eli
Galvão de Carvalho e Fábio Alves dos Santos Lima. Laio Magno
RESUMO
INTRODUÇÃO: O diabetes (DIA) e a hipertensão arterial sistêmica (HAS) são doenças crônicas
não transmissíveis com alta prevalência na população brasileira, que impactam a qualidade de
vida das pessoas, sobretudo quando não são tratadas adequadamente. OBJETIVOS: Descrever
uma análise situacional sobre o funcionamento do Programa Hiperdia em uma Unidade de Saúde
da Família do distrito sanitário Cabula-Beirú, propondo medidas para melhorar as ações deste
programa. MÉTODOS: Utilizou-se o Planejamento e Programação Local em Saúde (PPLS). Para
a análise da situação, realizaram-se questionários com pessoas vivendo com DIA e HAS.
Posteriormente, foram realizados os seguintes momentos do PPLS: definição de objetivos;
definição de ações, análise de viabilidade e desenho de estratégias; e a elaboração da
programação operativa. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foram entrevistados 53 usuários, sendo
a maioria de mulheres (79,2%). Do total da amostra, 26,5% viviam com HAS e DIA
concomitantemente, enquanto que 66% viviam apenas com HAS e 7,5% viviam somente com
DIA. A maioria possui apenas o ensino fundamental (64,2%) e poucas pessoas nunca estudaram
(5,6%). No que diz respeito à compreensão sobre a cronicidade das doenças, observou-se que
22,6% e 45,3% ainda não compreendem que a HAS e o DIA, respectivamente, são doenças que
perduram por toda a vida, e que necessitam, portanto, de um tratamento initerrupto. Além disso, a
maioria referiu não praticar exercícios físicos regularmente (56,6%) e muitos ainda não
conheciam a dose e o nome dos medicamentos prescritos para o controle das doenças (24,5%).
Desse modo, levantou-se o seguinte problema: “informações insuficientes dos usuários da USF
acerca das doenças e do programa HIPERDIA em 2015”, e a partir deste problema definiu-se o
seguinte objetivo geral: “disponibilizar informações aos usuários da unidade sobre as doenças e
sobre o programa HIPERDIA”; e os seguintes objetivos específicos: “promover orientação
nutricional, estimular práticas de atividades físicas” e “promover orientações farmacológicas sobre
a medicação de uso continuo”. Posteriormente, construiu-se uma programação operativa para
cada objetivo específico, listando as ações, as atividades a serem realizadas, os responsáveis e
os prazos. CONCLUSÕES: Conclui-se que o momento da análise situacional foi muito importante
para a construção do PPLS, principalmente por permitir a construção de uma programação
operativa baseada nas reais necessidades de saúde das pessoas vivendo com HAS e DIA. Além
disso, o Programa Hiperdia consiste em uma abordagem unificada e mais eficaz das
enfermidades trazidas pelos agravos supracitados, facilitando o tratamento da(s) etiopatogenia(s),
levando-se em consideração a semelhança dos fatores de riscos, tratamento medicamentoso ou
não, a cronicidade da doença e suas complicações, sendo esse programa viável e possível,
salientando que é de suma importância a disponibilidade dos profissionais envolvidos, pois as
ações pontuais realizadas, terão efeitos duradouros.
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE ACIDENTES RELACIONADOS AO TRABALHO NA BAHIA, DE
2008 A 2011.
AUTORES
Fabiane Soares Gomes; Fábio Tavares; Cíntia Santos; Adryanna Cardim·.
RESUMO
Acidente de trabalho é toda lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a
perda, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho de um indivíduo que ocorre
durante exercício do trabalho ou em outros momentos á serviço da empresa. O estudo trata-se de
uma abordagem quantitativa de caráter descritivo que visa caracterizar o perfil epidemiológico de
acidentes de trabalho ocorridos na Bahia a partir dos dados disponibilizados pelo Ministério da
Previdência Social, evidenciando aspectos como sexo, faixa etária dos trabalhadores que são
mais acometidos e a sua disposição anual. Ademais, tais variáveis foram discutidas a partir dos
coeficientes de mortalidade e de morbidade de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho.
Para este estudo, foram coletados e descritos os registros de acidentes relacionados ao trabalho
em segurados pela Previdência Social, ocorridos entre janeiro de 2008 a dezembro de 2011, no
estado da Bahia, disponibilizados pelo Ministério da Previdência Social. Após análise as
seguintes características se predominaram: Os ATs ocorrem mais no sexo masculino, idade entre
45 a 54 anos, e os AT típico são superiores aos AT trajeto, evidenciando ainda um número
elevado de acidente fatais. Portanto, os acidentes de trabalho são considerados um problema de
saúde pública pelas suas expressivas taxas de morbi-mortalidade na população brasileira.
Embora seja reconhecido a sua magnitude, os indicadores dos acidentes relacionados ao
trabalho ainda não refletem a realidade dos problemas presentes e vivenciados pelos
trabalhadores. E a partir dos resultados encontrados, sugere-se, então, a ampliação de ações
educativas e dispositivos de segurança para evitar acidentes relacionados ao trabalho, com
ênfase na proteção dos trabalhadores quanto aos acidentes de trabalho, que podem ocasionar
em doenças ocupacionais e/ou morte desses trabalhadores. E, em especial, com trabalhadores
do sexo masculino de modo a evidenciar os riscos que estão expostos e às elevadas taxas de
morbi-mortalidade relacionados ao trabalho. Além de pensar em estratégias que possam
repercutir nesses indicadores, dirimir os problemas relacionados à subnotificação, e promover
melhores condições de trabalho e vida.
RISCO CARDIOVASCULAR EM ESCOLARES DOMICILIADOS NO DISTRITO SANITÁRIO
CABULA BEIRU E SEUS FATORES SOCIOECONÔMICOS ASSOCIADOS
AUTORES
Raoni Soares da Silva, Helena Maria Silveira Fraga Maia.
RESUMO
INTRODUÇÃO As doenças cardiovasculares (DCV) representam um grupo de doenças crônicas
não transmissíveis que tem significativo impacto nos indicadores mundiais de saúde, e podem
surgir em qualquer faixa etária, implicando na qualidade de vida e no desenvolvimento de uma
população. OBJETIVOS Investigou-se os fatores de risco cardiovascular em escolares de 7 a 14
anos de idade domiciliados na cidade do Salvador, Bahia, Brasil e seus fatores socioeconômicos
associados. MÉTODOS Realizou-se um estudo transversal com alunos matriculados na rede
pública de ensino. Foram incluídos os que se encontravam frequentando regularmente a unidade
escolar. Foram excluídos os que não apresentassem níveis cognitivos para a concessão de
informações sobre a própria saúde e hábitos de vida. Dados primários foram coletados por meio
de formulários por entrevistadores treinados e a magnitude da associação entre as variáveis
estudadas e a pressão arterial elevada foi estimada pelo cálculo da razão de chances (OR),
adotando-se o intervalo de confiança a 95% (IC95%) como medida de precisão. O projeto foi
aprovado pelo CEP UNEB (241.434/2013) e financiado pelo PRO/PET-Saúde 2012.
RESULTADOS A população era predominantemente do sexo masculino (56,8%), com idades
variando entre 7 a 10 anos (54,9%), cor da pele parda (59,9%) e que, dentre estes, 23,0%
encontravam-se hipertensos. Sobrepeso/obesidade e sedentarismo se mostraram associados de
modo estatisticamente significante com hipertensão OR=4,22; IC95% 1,74 – 10,22 e OR=5,87;
IC95% 1,58 – 21,72 respectivamente. DISCUSSÃO A alta prevalência de doenças
cardiovasculares em todo mundo já é bem reportada, todavia atenção especial tem sido dirigida
para a população mais jovem que está sujeita, como os adultos, a uma rotina de baixo gasto
calórico, alimentação inadequada e lazer sedentário, gerando risco para o surgimento das DCV.
(MENDES et al., 2006; LANCAROTTE et al., 2010). A prevalência de pressão arterial elevada
relatada, reforça a crescente exposição a fatores de risco comportamentais relacionados
sobretudo ao peso elevado e à inatividade física. Níveis pressóricos elevados em escolares foram
também reportados por outros autores. Moura et al. (2015) estimaram prevalência de 13,7%, Já
para Sousa Júnior et al. 26 (2013), a ocorrência foi de 18,0%. Com relação à inatividade física
resultados semelhantes foram apresentados por Campos et al. (2009) encontraram em 17,3% de
meninos inativos e 22,6% das meninas inativas fisicamente. Também Gonçalves et al. (2007) em
um estudo de coorte no RS, com prevalência de sedentarismo de 48,7 %. Outra condição
associada de forma significante com a pré-hipertensão ou hipertensão arterial foi o peso elevado,
fator de grande impacto na saúde e de elevada prevalência em diversas regiões do Brasil, como
no estudo de Rinaldi et al., (2012) relatando a associação entre o excesso de peso na pressão
arterial já na infância. CONCLUSÕES Conclui-se que o sobrepeso/obesidade e a inatividade
física foram os principais fatores de risco cardiovascular entre escolares. Recomenda-se a
implementação de programas de prevenção e promoção de saúde direcionados a parcela mais
jovem da população e a adoção de estratégias para o controle do peso e estímulo à prática
regular de atividade física nas escolas.
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA: REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE PACIENTES
ATENDIDOS NA ATENÇÃO BÁSICA
AUTORES
Sabrina Nogueira Brito; Helena Maria Silveira Fraga Maia; Juliana Viana Freitas·.
RESUMO
INTRODUÇÃO: A adesão terapêutica é de suma importância devido à cronicidade da
Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS). Fatores como conhecimento dos pacientes hipertensos
acerca da sua condição, concepções de saúde-doença e redes sociais, a exemplo do vínculo com
a família e a equipe de saúde influenciam diretamente na adesão ao tratamento. As
Representações Sociais (RS) têm sido abordadas em estudos que buscam entender a relação do
aspecto cultural e psicossocial com o modo de enfrentamento de portadores de HAS, que
justificam e orientam suas atitudes e expectativas frente a sua condição. OBJETIVO: O presente
estudo visa conhecer as RS de pacientes portadores de HAS acerca do tratamento, sua adesão e
dos fatores de risco para agravos decorrentes desta patologia. MÉTODOS: Foi realizada uma
pesquisa qualitativa com portadores de HAS que estivessem frequentando ou buscando
atendimento em uma Unidade de Saúde da Família na cidade de Salvador-BA. Foram incluídos
aqueles que se encontravam nas unidades no período da coleta de dados e que se
disponibilizaram a participar e assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Foram
excluídos aqueles que interromperam a entrevista e não prosseguiram na pesquisa. A coleta foi
realizada por meio de entrevistas guiadas por um roteiro semiestruturado no período de agosto a
novembro de 2013. Estas foram gravadas em um dispositivo e transcritas ipsis litteris. Para a
análise optou-se pela perspectiva de Minayo que envolve a organização dos dados em três
etapas: ordenação dos dados, classificação dos dados e análise final, possibilitando a
determinação de categorias priori e êmicas. O projeto foi aprovado pela Plataforma Brasil/ CEP
UNEB (241.434/2013) e financiado pelo PRO Saúde/PET-Saúde 2012. RESULTADOS: Os
hipertensos demonstraram um conhecimento superficial e contraditório acerca da patologia e
seus fatores de risco, relataram dificuldades diante da necessidade da ingestão diária de
medicamentos e da adoção de hábitos de vida saudáveis. Percebeu-se também as múltiplas
influências das redes sociais na adesão ao tratamento. DISCUSSÃO: A natureza multifatorial da
HAS parece ser um fator que dificulta a compreensão da sua etiologia, assim, estratégias de
prevenção devem ser um componente fundamental na Atenção Básica, devendo ser
intensificadas para que a informação e o conhecimento cheguem de forma clara à população. A
adesão ao tratamento medicamentoso sofre influências intrínsecas do próprio paciente como, por
exemplo, a sua rotina e a sua relação com os membros da equipe de saúde. O diagnóstico da
HAS pode impactar significativamente a vida dos seus portadores, por ser uma condição crônica
e que exige a adoção de novos hábitos de vida. Redes sociais diz respeito ao conjunto de seres
com quem interagimos regularmente, podendo ser constituídas por pessoas, serviços, crenças e
objetos. Estas podem ter uma influência positiva na perspectiva do apoio à adesão terapêutica,
ou influência negativa ao causar danos e conflitos. CONCLUSÕES: As RS dos hipertensos
interferem diretamente em sua percepção sobre a doença, guiando-os em suas condutas de
saúde. Conhecer as RS de hipertensos contribui para a integralidade do cuidado para esta
população.
ESTRATÉGIAS DE ENFRENTAMENTO E QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTES
ONCOLÓGICOS EM RECIDIVA
AUTORES
Rocío Andrea Quintana; Ilena Rafaela Gama de B. Oliveira·.
RESUMO
Introdução: Os pacientes oncológicos em situação de recidiva passam por variados eventos
estressores relacionados à volta ao tratamento. Isto gera um impacto emocional significativo,
levando-o a procurar formas de enfrentar este momento. A situação atual, junto com as
estratégias de enfrentamento que o paciente adotar, podem influenciar na qualidade de vida
deste. Objetivos: Este estudo correlacionou os dados das estratégias de enfrentamento e a
qualidade de vida de pacientes oncológicos em recidiva atendidos em uma clínica oncológica
privada de Salvador.Objetivos específicos: Apresentar os dados demográficos dos
pacientes;Acessar dados sobre qualidade de vida;Identificar as estratégias de enfrentamento
mais utilizadas pelos pacientes. Métodos: Estudo de campo de caráter transversal. Foi utilizada
uma abordagem quantitativa de pesquisa, com uma amostra de 30 pacientes.Foram utilizados 3
instrumentos: Questionário sociodemográfico e dados clínicos, EMEP e EORTC- QLQ C30
versão 3.0. A analise dos dados obtidos foi realizada através do Software SPSS 16.0 statistics.
Resultados e Conclusões: Dos 30 pacientes, 21 eram do sexo feminino e 9 do sexo masculino. A
idade variou entre 46 e 87 anos, com mediana de 59, sendo que 47% da amostra tinha 60 anos
ou mais.44,8% (13) apresentou escolaridade superior completa e 41,4% (12) média
completa.53,3% (16) residiam em Salvador e 46,7% (14) era procedente de outra localidade. Os
resultados apontaram as estratégias centradas no problema (md= 4,1111) e as práticas religiosas
(md= 3,9286) como principais formas de enfrentamento adotadas pela amostra, junto com um alto
índice geral de qualidade de vida (md= 75,0000). Levando em consideração os dados obtidos e a
literatura, as estratégias de enfrentamento adotadas parecem estar contribuindo para a melhora
de qualidade de vida desta população. A quantidade limitada de sujeitos na amostra
comprometeu a relevância estatística dos resultados. Ainda assim, se faz significativa para
desenvolver intervenções psicológicas específicas e multidisciplinares para a população
estudada. Recomenda-se realizar estudos futuros com um maior número de participantes e
outros de caráter qualitativo. Também parecem interessantes estudos futuros em serviços
públicos de saúde.
AGRAVOS FONOAUDIOLÓGICOS E IDENTIFICAÇÃO PRECOCE: A RELAÇÃO COM O
CONHECIMENTO DOS PAIS E OU CUIDADORES.·.
AUTORES
CARDOSO, C.; REIS, S. M
RESUMO
Noções de saúde e doença são resultados de fatores biológicos, sociológicos, econômicos,
ambientais e culturais. Os agravos no desenvolvimento infantil têm grande incidência na faixa
etária de 2 a 5 anos, tornando necessário o aumento desse conhecimento nas pessoas que
convivem com crianças, possibilitando a identificação precoce e a intervenção adequada.Objetivo:
Verificar a associação entre o conhecimento prévio dos pais e ou cuidadores e a identificação
precoce dos agravos fonoaudiológicos. Metodologia: Estudo de caráter exploratório descritivo e
prospectivo de natureza qualiquantitativa. Foi aplicado um questionário elaborado para essa
pesquisa, aos pais e/ou cuidadores e realizada avaliação fonoaudiológica, através de protocolos
validados e de referência específica, nas áreas de linguagem, audição, motricidade oral e voz em
crianças de ambos os sexos, da faixa etária de quatro anos e um mês até cinco anos e onze
meses, no Distrito de Saúde Boca do Rio em Salvado/BA. Resultado: Foi obtida uma amostra de
17 entrevistados, desses 58,8% (10/17) realizaram avaliação fonoaudiológica. Das avaliações
realizadas, cerca de 50% (5/10) dos pais relataram alterações fonoaudiológicas nas crianças, e
50% (5/10) não relataram. Dos pais que perceberam em seus filhos algum distúrbio
fonoaudiológico, cerca de 80% (4/5) estava relacionada à área da linguagem, e 20% (1/5) a área
de voz. Em relação à avaliação nas dez crianças, na área de linguagem, no nível pragmático,
foram identificadas 50% (5/10) das crianças com déficit nas habilidades pragmáticas. Em cerca
de 10% (1/10) das crianças não foi realizada essa avaliação e cerca de 40% (4/10) das crianças
encontram-se dentro do perfil de normalidade. Sendo que, nenhum dos pais relatou dificuldades
nessas habilidades. Na avaliação fonológica, foram encontrados em 80% (8/10) das crianças a
presença de processos fonológicos. Em uma das crianças 10% (1/10) não foi realizada essa
avaliação, e cerca de 10% (1/10) das crianças encontra-se com todos os fonemas adquiridos e
estabilizados. Sendo que, apenas 40% (4/10) dos pais conseguiram identificar alguma questão
relacionada à área fonológica, desses pais 20% (2/10) queixaram-se de Gagueira e 20% (2/10)
de Distúrbio Fonológico. Quanto à voz, foi identificada uma criança 10% (1/10) com questões
relacionadas à rouquidão, cerca de 10% (1/10) dos pais apontou essa dificuldade na criança, 90%
(9/10) das crianças encontram-se dentro dos padrões de normalidade vocais. Em relação à área
de Motricidade Orofacial, foram encontradas 60% (6/10) de crianças com alteração nessa área.
Sendo que em uma criança 10% (1/10) não foi realizada essa avaliação. E em 30% (3/10) das
crianças não foram identificadas alterações oromiofuncionais. E nenhum dos pais relatou queixa
nessa área. Não foi possível realizar a avaliação na área de Audiologia devido à falta de
infraestrutura na Unidade Básica de Saúde e de logística. Discussão: Observou-se que a maioria
dos pais no geral souberam identificar os fatores de risco para o desenvolvimento de um distúrbio
fonoaudiológico, com certa prevalência na área de linguagem no nível fonológico. Conclusão:
Portanto, apesar dos pais não conhecerem as áreas da Fonoaudiologia, conseguiram identificar
os fatores de risco para o desenvolvimento de alterações fonoaudiológicas.
ABORDANDO MEIO AMBIENTE E SAÚDE COM JOVENS EM ALTO DAS POMBAS: UM
RELATO DE EXPERIÊNCIA.·.
AUTORES
Bruno Henrique Ramos Bispo, Laís Alves Mendes, Sandra Brasil.·.
RESUMO
Introdução: As questões ambientais, sobretudo aquelas envolvendo o descarte inadequado do
lixo, configuram um grave problema de saúde pública em Salvador - BA, e se apresentam,
tradicionalmente, como de difícil resolução pelos setores públicos da cidade. Esse problema
assume magnitude ainda maior em locais como o Alto das Pombas, devido à grande produção do
lixo doméstico pela população local, somada ao descarte inadequado deste lixo e ao seu local de
concentração – próximo à USF e em frente à Lavanderia Comunitária. O descarte do lixo
doméstico é visto por parte significativa dos moradores como um problema secundário, frente às
demais demandas da comunidade, embora produza enorme poluição visual e fomente a presença
de animais peçonhentos, vetores de doenças infecto-contagiosas. Ações de educação em saúde
se tornam fundamentais para que se possa ampliar a percepção da produção de lixo urbano e
doméstico, bem como potencializar o real enfrentamento ao problema. Objetivos: Apresentar a
experiência das ações de educação em Meio Ambiente e Saúde realizadas por discentes do
PIASC III - UNEB com jovens residentes na comunidade de Alto das Pombas. Métodos: A partir
da ferramenta do Planejamento e Programação Local em Saúde (PPLS), elegeu-se o problema
do descarte inadequado do lixo para elaboração de ações de educação em saúde. Foram
realizadas oficinas durante os meses setembro e outubro de 2015 com adolescentes entre 11 e
16 anos, participantes da ONG Fatumbi. Optou-se pelo trabalho com fotografia para, através do
exercício do olhar, perceber as interrelações saúde-ambiente-comunidade e fomentar
observações e reflexões do problema evocados pelo registro fotográfico. Resultados e discussão:
Observou-se, inicialmente, uma concepção “engessada” sobre meio ambiente por parte dos
jovens, representado por eles com elementos da natureza, e descolado da realidade existente no
bairro. No decorrer das ações, no entanto, a noção de meio ambiente passou a contemplar
elementos urbanos e seus aspectos negativos. A compreensão do acúmulo do lixo como um
grave problema que afeta a vida dos moradores e inviabiliza locais para recreação ou convivência
foi a principal fala dos jovens. Conclusões: As atividades realizadas foram exitosas, pois, através
da ludicidade e da arte fotográfica, geraram entusiasmo no grupo e promoveram o despertar para
um olhar crítico dos jovens no que tange a problemas e desafios relacionados ao meio ambiente
e sua comunidade, especialmente referente à disposição inapropriada do lixo. O recurso à foto
também despertou, em alguns dos participantes, um interesse na arte da fotografia. Cabe
destacar, ainda, a relevância dessas intervenções para a formação dos estudantes dos cursos de
saúde, uma vez que promovem a aquisição de conceitos e conhecimentos que extrapolam o meio
acadêmico, permitindo desenvolver habilidades e a construção de valores que facilitarão a
atuação no campo da saúde pública.
REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA E SEUS IMPACTOS NA QUALIDADE DE VIDA DOS
TRABALHADORES DO DERBA - BA
AUTOR
Vanessa Barbosa dos Anjos
RESUMO
O presente estudo busca discutir as novas configurações do trabalho na sociedade capitalista e
suas implicações na qualidade de vida dos trabalhadores. O foco da discussão recai sobre a
situação vivida pelos trabalhadores que desenvolvem suas atividades laborais na sede do
Departamento de Infraestrutura de Transportes do Estado da Bahia – DERBA. Como objetivo
neste estudo, nos propomos analisar os impactos da implantação de processos de reestruturação
produtiva na condição de trabalho e na qualidade vida dos trabalhadores, buscamos ao longo do
estudo também, caracterizar a implantação dos processos de reestruturação produtiva na
instituição e as mudanças ocorridas na organização do trabalho, identificando formas de
resistência dos trabalhadores. Para atingirmos os objetivos apresentados a metodologia utilizada
foi inicialmente a pesquisa bibliográfica. Em seguida, para o trabalho de campo foram realizadas
entrevistas com os trabalhadores vinculados ao DERBA, a fim de compreender como a
precarização do trabalho faz-se presente nas diversas formas de ingresso na instituição. À
seleção da amostra foi feita a partir dos diferentes vínculos empregatícios presentes na mesma:
concursado efetivo, concursado REDA – Regime Especial de Direito Administrativo, cargo
comissionado e terceirizado. Foram entrevistados oito trabalhadores. Os resultados das
entrevistas foram organizados conforme os objetivos da pesquisa e analisados à luz do
referencial teórico. Com relação aos rebatimentos desta realidade do mundo do trabalho na vida
dos trabalhadores, as entrevistas trouxeram questões como: remanejamento dos trabalhadores
para outros setores, sem seu consentimento; baixos salários e por isso, dificuldade de acesso às
suas necessidades básicas, violação dos direitos trabalhistas e extensas jornadas de trabalho, ou
seja, precarização do trabalho. O artigo subdivide-se em dois tópicos: Mundo do Trabalho – Para
entender o processo histórico de precarização do trabalho no Brasil, no qual discute-se como
configura-se o processo de reestruturação produtiva no Brasil e seus impactos sobre o mundo do
trabalho; e implantação dos processos de reestruturação do DERBA, no qual buscamos
caracterizar estes processos nesta instituição. Dessa forma, as condições de trabalho em que a
classe trabalhadora está submetida são desumanas e precárias. Por tanto, não proporcionam o
desenvolvimento pleno das potencialidades intelectuais, habilidades físicas e qualidade de vida, a
partir da divisão sócio técnica do trabalho. Em vista à discussão apresentada a creca das
relações de trabalho na sociedade capitalista, entendemos que a categoria trabalho como objeto
de estudo é de suma relevância para categoria profissional, visto que, a mesma tem sofrido com
a precarização das relações de emprego decorrentes do atual modo de produção.
ACESSO AOS SERVIÇOS DE SAÚDE POR ADOLESCENTES BRASILEIROS
AUTORES
Maísa Mônica Flores Martins; Rosana Aquino·.
RESUMO
Introdução: O acesso aos serviços de saúde tem sido apresentado como um dos elementos do
sistema de saúde, relacionados à entrada do indivíduo no serviço, à organização dos serviços, a
assistência médica, bem como a continuidade do tratamento. Refere ainda a existência de
barreiras impostas aos usuários como filas para a marcação de consultas e espera para
atendimento, a existência de horários inadequados e dificuldades em atender à demanda
espontânea. O conhecimento das condições de acesso e utilização dos adolescentes brasileiros
aos serviços de saúde torna-se elementar ao planejamento das ações de saúde, e especialmente
da Atenção Primária à Saúde, por constituir porta de entrada do sistema público. Objetivo: Avaliar
o acesso aos serviços de saúde por adolescentes, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde do
Escolar (PeNSE), 2012. Método: Estudo transversal a partir do banco PeNSE, realizada pelo
Ministério de Saúde (MS) em parceria como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. A
amostra por conglomerados teve um total de 109.104 indivíduos. A análise foi realizada com os
escolares de todos os estratos geográficos oriundos de escolas públicas que atendem ao
questionamento: nos últimos 12 meses você procurou atendimento em alguma Unidade Básica
de Saúde (UBS)? (n= 33.742). Na análise desse estudo foi considerada como variável
dependente as características de acesso dos serviços das UBS, enquanto que as demais
variáveis analisadas foram consideradas covariáveis. Foi realizada análise descritiva das
variáveis demográficas e econômicas dos escolares e familiares. A comparação entre as
proporções do desfecho foi submetido a análise do teste do χ2 de Pearson, com nível de
significância de 0,05. A pesquisa foi aprovada pelo Conselho de Ética em Pesquisas do MS, sob
o Parecer nº 192/2012, referente ao Registro nº 16805 do CONEP/MS, em 27/03/2012.
Resultados e Discussão: Observou-se uma predominância de procura de 27,9% e 23,9%,
respectivamente, para a região nordeste e norte. Entretanto, foi a região sul que apresentou maior
proporção de atendimento em UBS com 86,7% dos escolares. Proporções de 54,1% sexo
feminino, faixa etária de 11 a 14 anos de idade com 61% e 48,7% para raça/cor parda. No
entanto, a raça/cor branca obteve maior frequência de atendimento na UBS com 85%. Com
relação a escolaridade, os escolares com pais com maiores níveis de escolaridade foram os mais
atendimento quando procuraram as UBS. Somente 15,7% afirmaram trabalhar, sendo os
escolares que não trabalham terem tido acesso de 84,6%. Na comparações das características
demográficas e socioeconômicas dos escolares que procuraram uma UBS apenas as variáveis
que não foram estatisticamente significante a nível de 5% foram raça/cor e receber dinheiro pelo
trabalho desenvolvido. Dos escolares entrevistados 28.480 utilizaram de fato os serviços de
saúde, correspondendo a uma taxa de acesso/utilização de 84,4%. Conclusão: Uma vez que a
UBS é tida como norteadora das ações de saúde visando diminuir as desigualdades sociais e
possibilitando maior acesso aos serviços de saúde. Torna-se imprescindível a aproximação do
adolescente a este modelo assistencial a fim de atender as necessidade de saúde, e acessar às
ações de promoção e prevenção da saúde.
EDUCAÇÃO EM SAÚDE DIRIGIDA A ESCOLARES: DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS PARA
RESULTADOS E EFEITOS
AUTORES
Lori da Conceição da França ,Helena Maria Silveira Fraga Maia
RESUMO
INTRODUÇÃO: Trabalhar com educação em saúde tem sido uma poderosa arma contra o
surgimento ou o agravamento de doenças, principalmente das doenças crônicas não
transmissíveis devido à grande dificuldade de adesão do tratamento. As evidencias cientificas
apontam que os escolares têm adotado, cada vez mais, hábitos de vida não saudáveis, devido as
facilidades que o avanço tecnológico e industrial proporciona, principalmente nas últimas décadas
em que ocorreu um barateamento destes recursos e que estes se tornaram bastante acessíveis a
população conquistando o público jovem. OBJETIVO: Desejou-se descrever a frequência de
fatores de risco cardiovascular em escolares egressos de um programa multiprofissional de
educação em saúde destinado a adoção de hábitos de vida saudável. MÉTODOS: Realizou-se
uma investigação com egressos do projeto “Doutores Mirins: Multiplicadores do Conhecimento”.
Foram convidados a participar escolares de 10 a 14 anos os que tivessem obtido 75% de
frequência no programa. Os dados foram analisados descritivamente. O projeto foi aprovado pelo
CEP UNEB (241.434/2013) e financiado pelo PRO/PET-Saúde 2012. RESULTADOS: Observouse que 65,8% eram do sexo feminino e 62,2% tinham idades variando de 12 a 13 anos.
Constatou-se 32,4% de sobrepeso, 18,9% de hipertensão e 24,3% de sedentarismo. O tempo
gasto com o computador/televisão foi maior que 2 horas para 75,7%. O padrão alimentar foi
considerado como obesogênico já que a frequência de consumo de saladas, verduras e frutas foi
elevada para cerca de 90% dos escolares, enquanto o consumo de alimentos ricos em açúcar,
sódio e gorduras foi considerado elevado para 78% deles. DISCUSSÃO: Deste modo, pode-se
supor que o programa multiprofissional de educação em saúde destinado a escolares na faixa
etária de 10 a 14 anos tenha sido moderadamente eficaz para a adoção de hábitos de vida
saudável. Todavia, considera-se como positivo a noção, mesmo em tenra idade, da importância
dos hábitos de vida saudável. Resultados semelhantes não foram evidenciados na literatura, pois
muitos informam e apenas quantificam os hábitos, sem analisar este tipo de concepção. Saber
que eles discerniram este tipo conteúdo é de extrema importância para as estratégias de
prevenção, pois mesmo sabendo do correto, existem grandes entraves socioeconômicos e
culturais que impedem e dificultam que estas noções sejam postas em práticas. Entre estes se
incluem o reduzido poder de compra, a jornada intensa de trabalho dos pais que podem dar
preferência a alimentos processados e de fácil estocagem e o apelo da mídia e tecnologia que
influenciam para a adoção de tempos elevados de tela. CONCLUSÕES: Os resultados permitem
concluir que, a despeito da participação em um programa multiprofissional de educação em
saúde destinado a escolares na faixa etária de 10 a 14 anos, a frequência de fatores de risco
cardiovascular é elevada para estes. Sedentarismo, tempo de tela elevado, sobrepeso/obesidade,
pressão arterial alterada, consumo de álcool e dieta obesogênica são achados importantes que
devem suscitar reflexões. Ações de educação em saúde global devem ser estimuladas e
promover a adoção de hábitos condizentes com uma vida longeva e saudável.
INTEGRAÇÃO ENSINO-SERVIÇO-COMUNIDADE: RELATO DA EXPERIÊNCIA DO
PROFISSIONAL DE SAÚDE EM FORMAÇÃO
AUTOR
Leonardo dos Anjos Santos
RESUMO
Introdução: O componente curricular Programa de Integração Academia, Serviço e Comunidade
(PIASC) é ministrado nos três primeiros semestres dos cursos de Graduação do Departamento
de Ciências da Vida, UNEB. O PIASC I é ofertado do 1o semestre e possibilita ao estudante da
área da saúde o conhecimento do território de uma comunidade de um Distrito Sanitário, bem
como insere o mesmo no cotidiano de um serviço público de saúde. Objetivo: Relatar a
experiência vivenciada por um estudante do primeiro semestre do curso de Fisioterapia quanto as
atividades práticas do componente curricular PIASC (I) na identificação do processo de
territorialização da comunidade do Arenoso, situada no Distrito Sanitário Cabula-Beiru. Métodos:
A visita a comunidade do Arenoso foi realizada pelos estudantes e mediada pelos professores do
componente curricular PIASC. O relato de experiência foi elaborado como proposta da disciplina
Metodologia Científica e do Trabalho Científico, com o enfoque de instrumentalizar os estudantes
para a produção de trabalhos acadêmicos. Resultados e Discussão: A USF Professor Guilherme
Rodrigues da Silva trabalhar em micro áreas. As características particulares foram observadas
em campo; quanto a moradia algumas casas com uma alvenaria, acabamento e garagens, outras
sem reboco, em divergência outras moradias em uma área denominada “Beira Rio” as casas
estavam em condições precárias em becos e vielas. A comunidade de Arenoso é muito
acolhedora. A simplicidade das casas, de estrutura verticalizada com pouco ou nenhum
acabamento, a simplicidade das pessoas sempre com um grato bom dia, demonstram uma
carência e por isso um acompanhamento mais cuidadoso por parte da USF. Ao iniciarmos de fato
nossas observações na comunidade, um aspecto muito importante nos chama a atenção. O
NASF trabalha de forma muito integrativa junto à comunidade. No dia em questão, podemos
observar a atuação do projeto Academia da Saúde, que atua com a prática de atividade física e
de socialização. Isso possibilitou compreender, que os princípios do SUS quando posto em
prática atua fundamentalmente e de forma eficaz com a promoção e prevenção de saúde. Uma
situação que chamou a atenção, diz respeito aos determinantes no processo saúde-doença. O
primeiro ponto diz respeito ao grande número de cachorros no bairro, muitos deles sem cuidado e
com feridas pelo corpo. O outro ponto trata-se do descuido com o descarte do lixo. A coleta no
bairro de Arenoso é feita de forma estratégica e diária, pois há um grande predomínio de becos e
vielas. No entanto, uma área do bairro apresentava um descarte de lixo incorreto gerando um
acúmulo de lixos e dejetos, constituindo assim um potencial patológico. Arenoso não dispõe de
muitos locais de lazer, havendo uma predominância maciça em campos de futebol, o que
constitui um aspecto perigoso ao aliciamento à criminalidade. Conclusão: Foi possível
compreender a noção de integralidade preconizada pelo SUS, além da teoria proporcionado pela
atividade prática do PIASC.
O SISTEMA ENDÓCRINO NO CONTROLE ALIMENTAR: HORMÔNIO OXINTOMODULINA
AUTORES
Ana Rafaela Nascimento Azevedo, Luana Galdino Rates, Mariana Pereira Santana Real, Priscila Diniz
Ferreira Ávila·.
RESUMO
Introdução: De acordo com a Organização Mundial da Saúde a prevalência de obesidade está
aumentando rapidamente no mundo. Diante da elevada prevalência de obesidade, despertou o
interesse dos fisiologistas no estudo do controle da ingestão alimentar, na tentativa de
desenvolver métodos contra esta epidemia. Consideráveis avanços foram obtidos na
caracterização dos mecanismos hipotalâmicos no controle da ingestão alimentar. O hormônio
intestinal oxintomodulina é liberado após alimentação na qual coordena a atividade digestiva
promovendo saciedade surgindo como tratamento para a obesidade. Objetivo: o propósito deste
trabalho é expandir o conhecimento a cerca do hormônio oxintomodulina, que foi recentemente
descoberto, assim como sua utilização nos tratamentos para obesidade através de experimentos
terapêuticos e técnicas de procedimentos cirúrgicos. Temos a finalidade de esclarecer a ação
neurofisiológica, bioquímica e endócrina, bem como seus efeitos no controle alimentar.
Metodologia: o estudo se caracteriza por uma revisão de literatura integrativa. Foram realizadas
pesquisas nas bases de dados Scielo, Pubmed, Bireme e Google Acadêmico, utilizando os
descritores “oxitomodulina”, “sistema endócrino”, “intestino”, “hormôrnio”. Os artigos foram
selecionados dentre aqueles que contemplavam publicação de até 10 anos, não dispensando a
leitura de outros fora desse quesito de acordo sua significância no assunto. Resultados e
Discussão: dentre as vantagens oferecidas pela cirurgia bariátrica, pode-se citar a adaptação do
sistema digestivo a dieta moderna. A capacidade gástrica pode ser diminuída sem problemas,
pois os alimentos atuais são hipercalóricos e de menor volume. A resposta neuroendócrina pósprandial é acentuada com a cirurgia, promovendo a perda de peso, reduzindo a produção de
grelina e resistina, favorecendo que mais nutrientes cheguem ao íleo, com aumento da produção
da oxintomodulina, além da PYY e GLP-1. Conclusão: com base no estudo da oxintomodulina,
concluímos que esse hormônio é classificado como endógeno, ou seja, produzido naturalmente
no corpo humano, e que há alterações dos efeitos dela em pessoas com sobrepeso e obesidade.
Essas pessoas podem ter como tratamento a administração exógena desse hormônio assim
como tratamentos de cirurgias gastroplásticas, tratamentos estes que possuíram resultados
positivos e relacionam a oxintomodulina com a obesidade.
ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL FISIOTERAPEUTA COM PRÁTICAS INTEGRATIVAS E
COMPLEMENTARES NA CIDADE DO SALVADOR, BAHIA
AUTORES
Iasminy Ferreira, Marcelo Peixoto·.
RESUMO
Identificar o perfil sociodemográfico e profissional dos fisioterapeutas que atuavam com as
Práticas Integrativas Complementares, na cidade do Salvador-Bahia. MÉTODOS: Realizou-se um
estudo quantitativo, transversal descritivo, composto por profissionais fisioterapeutas que
atuavam com recursos terapêuticos alternativos. Foram incluídos os indivíduos que exerciam
suas atividades profissionais com alguma intervenção não convencional; tido uma formação
nessa área e pelo menos um ano de experiência clínica. Foram excluídos aqueles que estavam
em férias ou licença médica no período da coleta dos dados. Os participantes responderam a um
questionário estruturado construído para a pesquisa. A coleta foi realizada por meio de dados
primários no período de janeiro/2015 a agosto /2015, sendo realizado um estudo piloto para
calibrar o instrumento e o pesquisador. O banco de dados foi estruturado no software Excel (XP)
e a análise realizada no Epi Info versão 7.1.4.0. Na análise das variáveis foram realizados o Teste
de Fisher. RESULTADOS: A amostra foi composta por 20 fisioterapeutas, 13 (65,0%) eram sexo
masculino. As terapias integrativas mais utilizadas pelos profissionais foram a acupuntura com 15
(75,0%), as práticas corporais/manuais com 14 (70,0%) e a meditação com cinco (25,0%).
CONCLUSÃO: A atuação do fisioterapeuta com as Prática Integrativas e Complementares é
caracterizada em sua maioria pelo exercício profissional da acupuntura.
RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UMA LIGA ACADEMICA MULTIDISCIPLINAR EM UM
SIMPÓSIO SOBRE SAÚDE DA MULHER
AUTORES
Paulo Igor Queiroz Brasil, Lucas Domingos de Jesus, Luana Andrade Santos, Vanessa de Jesus Santos.
RESUMO
Introdução:A Liga Acadêmica Multidisciplinar em Ambiente Hospitalar (LAMAH) é composta por
acadêmicos de Farmácia, Fonoaudiologia, Fisioterapia, Medicina,Nutrição, Odontologia e
Psicologia, que possuem o interesse em conhecer e a profundar seus estudos sobre a
multidisciplinaridade no ambiente hospitalar. O presente estudo é uma reflexão sobre os
resultados adquiridos a partir da experiência dos membros da LAMAH na produção do
Simpósio"Saúde da mulher:uma abordagem multidisciplinar". Objetivos:O presente estudo tem
por objetivo trazer reflexões acerca do cuidado, assistência e terapêutica dado a mulher; como o
diálogo entre a equipe multidisciplinar se faz de grande valia para a atenção a saúde da mulher e
incentivar a problematização de profissionais da área da saúde e acadêmicos para a assistência
multiprofissional à saúde integral da mulher. Métodos:Relato de experiência cujo foco é a
descrição da relação multidisciplinar desde a concepção do simpósio: “Saúde da Mulher – Uma
Abordagem Multidisciplinar”, até sua realização. Resultados:Este evento significou um avanço em
direção a quebra no processo cristalizado, tradicional e especializado de como realizar as
intervenções na saúde da mulher. Através dele, conseguimos nos aproximar mais da realidade
dos serviços de saúde que estão lotados de pacientes que necessitam de uma atenção integral
que nenhum profissional consegue oferecer sozinho. Ainda mais quando se trata do sexo
feminino que possui tantas particularidades inerentes a este grupo populacional. Discussão:A
abordagem multidisciplinar acerca da atenção a saúde da mulher se faz de grande
importância,considerando a necessidade do cuidado integral e humanizado às mulheres que
chegam aos serviços de saúde precisando de alguma assistência. Os principais temas debatidos
no simpósio foram as novas políticas de assistência a saúde da mulher como a humanização,seja
ela no parto ou em toda a assistência a mulher,e a discussão da violência obstétrica cometida por
diferentes profissionais. Além disso, houve a reflexão do quanto a mulher ainda é descriminada
durante o parto e sua participação quase que passiva nas decisões do mesmo. O incentivo e a
conscientização originados da comunidade feminina sobre o cuidado da sua saúde, a importância
se fazer os exames rotineiros e principalmente o empoderamento da mulher sobre seu parto e
todas as questões envolvidas da mulher são temas essenciais que devem ter o olhar
multidisciplinar e um acolhimento integral da equipe dentro contexto hospitalar. Conclusão: O
diálogo estabelecido entre as áreas de saúde é de suma importância para garantir um
atendimento integral das necessidades da mulher no ambiente hospitalar. O compartilhamento de
informações entre os profissionais evita equívocos e permite uma abordagem muito mais
humanizada, garante a identificação do indivíduo como sujeito, participante ativo em seu
tratamento e reabilitação.
PRESSÃO ARTERIAL, PERFIL ANTROPOMÉTRICO E DEMAIS FATORES DE RISCO
CARDIOVASCULAR EM ESCOLARES DA REDE PÚBLICA.
AUTORES
Jéssica Borges Kroth; Helena Fraga Maia
RESUMO
OBJETIVO: Avaliaram-se os níveis pressóricos, o perfil antropométrico e demais fatores de risco
cardiovascular de escolares da rede pública. MÉTODOS: Foi realizado um estudo transversal
com adolescentes matriculados em escolas públicas na cidade do Salvador, Bahia e incluídos
aqueles com 14 a 19 anos que frequentavam regularmente as escolas de agosto de 2014 a maio
de 2015. Foram coletados dados antropométricos, clínicos, relativos a hábitos de vida e fatores
de risco. Análises bivariadas e multivariadas utilizando a regressão logística foram utilizadas. A
magnitude da associação entre estas e a pressão arterial elevada foi estimada pelo cálculo do
Odds Ratio (OR), adotando-se o intervalo de confiança a 95% (IC95%). As análises foram
realizadas no programa Stata (V. 12.0) e o projeto foi aprovado pelo CEP/UNEB. RESULTADOS:
Foram incluídos 160 escolares e, dentre estes, 24,4% apresentavam níveis tensionais
compatíveis com pré-hipertensão ou hipertensão. Idade entre 14 a 15 anos (OR 0,32; IC95% =
0,13 – 0,75), presença de Acanthosis Nigricans (AN) (OR= 4,5; IC95% = 1,01 – 19,8) e tempo de
atividades sedentárias inferior a 2 horas diárias (OR = 0,35; IC95% = 0,14 – 0,84) se mostraram
associados com PA elevada. DISCUSSÃO: Discute-se a alta frequência de níveis pressóricos
alterados, a sua relação com os fatores de risco e proteção identificados, bem como a prevalência
significativa do consumo regular de bebida alcóolica, sedentarismo e alimentação inadequada. Os
dados obtidos de pré-hipertensão/hipertensão são maiores do que o esperado e ultrapassam as
estimativas nacionais. Esse fenômeno de associação entre PA e excesso de peso corporal pode
ser explicado fisiopatologicamente por meio de alterações hormonais, metabólicas e
hemodinâmicas como a hiperatividade do sistema nervoso simpático, as modificações na função
e estrutura dos vasos, a resistência à insulina e a maior sensibilidade da PA ao sal. Assim,
considerando que 30% dos adolescentes e crianças obesos têm HAS, a perda de peso corpóreo
é uma das principais indicações para o seu tratamento. Um fator de risco usualmente não
valorizado foi a AN. Todavia, é possível que o espessamento existente na pele seja causado pela
resistência insulínica e hiperinsulinemia. Esses dados reforçam a importância da adoção de
inspeção da AN em dobras cutâneas e principalmente no pescoço na avaliação clínica de
crianças e adolescentes no nível primário de saúde. Recomenda-se ainda a aferição da pressão
arterial em todas as consultas a partir dos três anos de idade com frequência mínima anual,
especialmente pelo fato da HAS se tratar de uma condição sensível à ações da Atenção Primária
à Saúde (APS). De modo semelhante, cuidados com a alimentação e sedentarismo devem ser
rotineiros e supervisionados por profissionais da APS. CONCLUSÕES: Os resultados apontam
que os escolares entrevistados apresentam elevada prevalência de valores alterados de PA, que
a presença de AN se configura como importante fator de risco, que idade mais jovem e tempo
menor que 2 horas de inatividade física representam fatores de proteção. Espera-se contribuir
para um rastreamento mais efetivo na detecção de fatores de risco cardiovascular em
adolescentes.
SISTEMAS DE SAÚDE ENTRE OS TUPINAMBÁ DE OLIVENÇA: PRÁTICAS DE SAÚDE E
ITINERÁRIOS TERAPÊUTICO
AUTORES
Pâmela Adelina da Silva Damasceno, Rafael Jorge Silva Camara e Amanda Silva Rodrigues·.
RESUMO
Os Tupinambá de Olivença somam mais de 7 mil indígenas. Para usufruírem do direito à saúde,
utilizam os pólos-base, onde atuam equipes multidisciplinares de saúde. Esses pólos estão
vinculados ao Distrito Sanitário Especial Indígena da Bahia. Todas essas instâncias são
norteadas pela Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas, que deve garantir
atenção integral à saúde desses povos considerando sua diversidade sociocultural. Faz-se
necessário conhecer a maneira que esse grupo encontra para compreender e agir frente às
experiências de doença. Este manuscrito é um estudo de natureza qualitativa que busca
descrever os sistemas de saúde acionados pelo povo indígena Tupinambá de Olivença, bem
como descrever as práticas de saúde presentes entre esse povo, delineando ainda os itinerários
terapêuticos empreendidos na resolução de questões de saúde doença. Foi realizada pesquisa
bibliográfica sobre o subsistema de saúde indígena no Brasil e também pesquisa descritiva, de
abordagem qualitativa, procurando, a partir da experiência dos sujeitos, descrever significados
atribuídos aos fenômenos. Na coleta dos dados foi utilizada as estratégias: i) Convivência e
observação direta da experiência dos participantes, transcrição dos dados que originará um
banco de dados; ii) Conversação e diálogos para tentar extrair e descrever a seguinte questão: O
que você faz para resolver seus problemas relacionados à saúde doença? O estudo integra a
pesquisa intitulada Saúde, doença e itinerários terapêuticos: conhecendo os Tupinambá de
Olivença que foi aprovada pelo protocolo no 519.850 no CEP da UESC. Foram realizados quinze
contatos em campo – na aldeia Itapoã – contando consultas acompanhadas e visitas ao pólo
base na cidade de Ilhéus. Não há estrutura de unidade de saúde no local – macas, camas,
balança – de maneira que boa parte das consultas médicas e de enfermagem que conseguimos
acompanhar se limitam a coleta de queixas e coleta de sinais vitais. Assim, os itinerários
terapêuticos que conseguimos mapear estão relacionados ao Subsistema de Atenção à Saúde
Indígena – SIASI. Ao acionar esse sistema três situações foram vivenciadas: i. Procuram algum
parente na própria localidade; ii. Procuram inicialmente algum membro da equipe de saúde – em
muitos dos casos observados o contato primeiro é com o ASI da localidade (ou sua esposa); iii.
Procuram o enfermeiro responsável pelo pólo base, em Ilhéus. Todavia, deparamos com
situações em que essas medidas não foram suficientes para que os indígenas tivessem suas
demandas atendidas e em que, figuras externas à aldeia e à equipe do pólo, foram acionadas.
Não consideramos que as situações vivenciadas durante esse período tenham sido suficientes
para desenharmos um entendimento sobre a saúde entre o povo Tupinambá. Parece-nos
prudente reconhecer que as concepções sobre saúde e doença presentes entre eles são
múltiplas e por vezes disputantes e que as relações entre os sistemas de atenção à saúde
acionados por eles, para serem percebidas, necessitam de análises mais profundas. O povo
Tupinambá vivencia situações de conflito iminente relacionados à demarcação de seu território, e
tal fato produz efeitos nas relações, já que insere novos códigos sociais nas interações face a
face. Nesse sentido, mapear os sistemas operantes e conhecer algumas práticas de saúde e
itinerários terapêuticos será algo a ser alcançado na medida em que as relações com os
membros da equipe de pesquisa produzam novos patamares de interação.
PERFIL DOS EGRESSOS DO CURSO DE FONOAUDIOLOGIA DE SALVADOR QUE ATUAM
NA SAÚDE PÚBLICA.·.
AUTORES
Ana Carla Matos dos Santos, Rina Tereza D`Ângelo Nunes
RESUMO
Introdução: observar a trajetória dos egressos da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) na
saúde pública configura-se como fonte de informações que norteiam a tomada de decisões no
planejamento de políticas públicas e investimento na formação que atenda a demanda do SUS na
Bahia e no Brasil. Objetivos: apresentar e discutir um perfil dos egressos de Fonoaudiologia da
Universidade do Estado da Bahia (UNEB) com foco na atuação em Saúde Pública. Métodos:
Estudo transversal descritivo para o qual foram convidados 244 dos 265 egressos do curso de
Fonoaudiologia/UNEB (Primeira à vigésima primeira turma), submetidos a um ques¬tionário de 08
questões objetivas relativas à situação profissional, continuidade de estudos e 02 referente a
pontos positivos e negativos da experiência em saúde pública. Resultados: O total de
respondentes constitui uma amostra equivalente a 72,54% de egressos sendo que destes 6,78%
nunca exerceram a profissão de fonoaudiólogo, 19,21% atualmente não exercem mais a
profissão, 38,98% atua no setor privado e 35,02% atuam na Saúde Pública. No Estado da Bahia
temos 43,47% atuando no setor privado e 39,66% na Saúde Pública. Os fonoaudiólogos que
atuam no setor privado na Bahia estão em sua maioria em clínicas particulares (35,71%) e dos
que atuam no setor público a maioria está em hospitais (18,75%); predomina como vínculo
empregatício a terceirização (51,92%). Quanto à área de atuação dos que fazem parte do setor
público na Bahia predomina a disfagia e neonatologia (36,54%) seguida da realização de exames
audiológicos (21,15%) e docência (17,31%). Em relação ao aperfeiçoamento profissional, dos que
atuam em saúde pública, predomina a especialização (72,72%). Conclusão: Através do
conhecimento obtido com esta pesquisa tornou-se possível traçar um panorama da atuação dos
egressos do curso de Fonoaudiologia da UNEB na Saúde Pública, aspecto fundamental na
elaboração de políticas públicas em saúde e educação.
SALA DE ESPERA COMO OPORTUNIDADE PARA EDUCAÇÃO EM SAÚDE
AUTORES
Juliane Falcão da Silva; Sara Moreira dos Santos; Tatyele Silva Miranda; Joana Angélica Teles Santana·.
RESUMO
INTRODUÇÂO: A educação em saúde é um dos principais meios para viabilizar a promoção da
saúde na atenção básica. As atividades de sala de espera é uma prática interessante e eficaz no
ensino de enfermagem, pois permite a interação do discente com os usuários, proporciona um
trabalho educativo em saúde, favorece a divulgação da profissão e aumenta o vínculo da
população com a unidade. O objetivo desse estudo foi descrever as experiências de se realizar
Educação em Saúde na Sala de Espera de uma Unidade de Saúde da Família. METODOLOGIA:
Trata-se de um relato de Experiência com caráter descritivo baseado em vivências e observações
dos discentes em uma unidade básica de saúde. A experiência foi vivenciada por acadêmicas de
enfermagem do 8º semestre no Estagio Curricular Supervisionado I da Universidade do Estado
da Bahia – UNEB em 2015. As ações foram realizadas na Unidade, enquanto os usuários
aguardavam por atendimento. RESULTADOS: Durante as atividades de discussões, os usuários
foram bem participativos, solicitaram orientações e compartilharam experiências, o que ajuda a
desmistificar algumas inverdades relacionadas a saúde. CONCLUSÂO: A atividade educativa
obteve alta adesão, a prática participativa colaborou para fortalecer orientações já
disponibilizadas pelos profissionais e entender algumas práticas dos usuários, a interação e o
exercício de prática educativa foram essenciais para despertar o interesse dos usuários.
FREQUÊNCIA DE POSTURAS ESCOLIÓTICAS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES:
RASTREIO ESCOLAR
AUTORES
JÉSSICA SEMÍRAMIS LISBOA PEREIRA, GIOVANA ROSSI FIGUEIRÔA·.
RESUMO
OBJETIVO: Estimar a frequência de posturas escolióticas em escolares no início da
adolescência, e identificar possíveis fatores associados. MÉTODOS: Trata-se de um estudo
transversal com crianças e adolescentes de 9 a 14 anos matriculados em uma Escola Municipal
do Distrito Sanitário Cabula-Beirú na cidade de Salvador, Ba. Os estudantes foram submetidos a
uma avaliação postural, teste de Adams e aplicação de questionário semi-estruturado, nos meses
de agosto e setembro de 2015. As análises foram conduzidas no programa SPSS versão 13.0, e
realizado o teste Qui-quadrado de Pearson para verificar associações entre as variáveis,
utilizando-se significância estatística para valor de p<0,05. RESULTADOS: Dos 108 escolares
que participaram da pesquisa 38 (35,2%) apresentaram postura escoliótica detectada pelo teste
de Adams. A alteração foi mais frequente no sexo feminino, com valor estatisticamente
significativo para esta variável (p= 0,035). Apresença de assimetria do triangulo de tales também
se associou significativamente com o desvio lateral da coluna (p=0,001).CONCLUSÃO:A elevada
frequência de postura escoliótica deste estudo reforça a necessidade de implantação de
programas de prevenção primária nas escolas. Além de promover a detecção precoce da
escoliose, estes programas podem contribuir para reduzir a incidência de outros agravos
posturais. No entanto, novos estudos são encorajados tanto para reforçar a necessidade de uma
atenção primária integrada à rede educacional quanto para investigar possíveis fatores
associados. alavras-chave: Escoliose; Criança; Adolescente; Programas de rastreamento; Saúde
escolar.
A RELAÇÃO ENSINO/APRENDIZAGEM EM AMBIENTE RUIDOSO E O PROCESSO DE
MEDICALIZAÇÃO
AUTORES
Danielle Pinheiro Carvalho Oliveira, Elaine Cristina de Oliveira·.
RESUMO
O ruído excessivo em sala de aula acarreta prejuízos para a saúde do professor e do aluno, bem
como para a relação ensino/aprendizagem. Este estudo teve como objetivos: monitorar e
mensurar a intensidade de ruído em sala de aula; identificar os períodos de ruído mais intenso;
observar nos momentos de ruído mais intenso as estratégias utilizadas pelo professor e seus
alunos para ensinar/aprender; analisar a percepção do professor e dos seus alunos sobre os
efeitos do ruído. Buscou-se, ainda, fazer uma análise sobre a relação entre o excesso de ruído no
ambiente escolar e o processo de medicalização. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética
em Pesquisa com Seres Humanos da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal da
Bahia, sob parecer número 962.206. A coleta de dados foi realizada na sala de aula, em cinco
encontros, durante a realização de atividades escolares como leitura e escrita. Participaram do
estudo um professor e vinte alunos matriculados no 3º ano do ensino fundamental de uma escola
pública municipal da cidade de Salvador/BA. Foram realizadas medições do ruído, filmagens,
relatorias e entrevista semi-dirigida com o professor e conversa informal com os alunos.
Observou-se ruído acima do esperado para o ambiente de sala de aula; nos momentos mais
ruidosos notou-se mudança no uso de estratégias linguísticas, gestuais e comportamentais
relacionadas ao processo de ensino/aprendizagem tanto por parte do professor quanto dos
alunos; mudanças nas estratégias metodológicas utilizadas pelo professor; condições de trabalho
precárias que atingem a saúde, a relação ensino/aprendizagem e o desempenho tanto do
professor quanto dos alunos. Conclui-se que o aumento do ruído no ambiente escolar, além de
ter efeitos prejudiciais para a saúde dos professores e dos escolares, pode contribuir para o
processo de medicalização da educação. Por mais que professores e alunos se esforçassem
para minimizar os efeitos prejudiciais do ruído no ambiente escolar (e eles se esforçavam muito),
suas ações eram, de fato, insuficientes. Culpabilizar esses atores pela produção do ruído e
esperar apenas deles ações que diminuam seus efeitos, desresponsabiliza o poder público e
corrobora com o processo de medicalização subjacente a essa lógica. A redução de ruído no
ambiente escolar não pode depender apenas de ações ou intervenções individualizadas,
marcadas na figura do professor, do aluno ou da escola. Essas intervenções são de
responsabilidade também do poder público, dependem do investimento na infraestrutura da
escola e da criação de políticas públicas educacionais mais efetivas.
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