FICHA CATALOGRÁFICA Universidade do Estado da Bahia Biblioteca Prof. Edivaldo Boaventura S471 Semana Científica em Saúde e Ambiente (5. : 2015: Salvador, BA) Saúde integral : desafios na formação, atenção e prevenção / V SEMCISA, 05 e 06 de novembro de 2015. Salvador (BA). – Salvador : UNEB, 2016. 99 p. Evento realizado pela Universidade do Estado da Bahia, Departamento de Ciências da Vida, Núcleo de Pesquisa e Extensão – Salvador (BA). UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA JOSÉ BITES DE CARVALHO REITOR DA UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA CARLA LIANE NASCIMENTO SANTOS VICE-REITORA DA UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA MARIA CELESTE SOUZA DE CASTRO PRÓ-REITOR DE EXTENSÃO KÁTHIA MARISE BORGES SALES PRÓ-REITOR DE ENSINO DE GRADUAÇÃO UBIRATAN AZEVEDO DE MENEZES PRÓ-REITOR DE ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL ATSON CARLOS DE SOUZA FERNANDES PRÓ-REITOR DE PESQUISA E ENSINO DE PÓS-GRADUAÇÃO MARCO ANTONIO ARAÚJO SILVANY DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA VIDA BRUNO ANTÔNIO VELOSO CERQUEIRA COORDENADOR DO NÚCLEO DE PESQUISA E EXTENSÃO COMISSÃO ORGANIZADORA ANÍBAL DE FREITAS SANTOS JÚNIOR BRUNO ANTÔNIO VELOSO CERQUEIRA EDENISE MARIA SANTOS DA SILVA FABÍOLA RIOS VASCONCELOS JONATHA MUNDURUCA BOTELHO JOSELITA MOURA SACRAMENTO MARCEL TAVARES DE FARIAS MÁRCIO COSTA DE SOUZA MARCO ANTÔNIO ARAÚJO SILVANY ROBERTO RODRIGUES BANDEIRA TOSTA MACIEL SANDRA ASSIS BRASIL THADEU BORGES SOUZA SANTOS REALIZAÇÃO APOIO COMISSÃO AVALIADORA ACÁSSIA BENJAMIM LEAL ANDERSON CARVALHO DOS SANTOS ÂNGELA CRISTINA FAGUNDES GÓES BRUNO ANTÔNIO VELOSO CERQUEIRA CARLA MARIA LIMA SANTOS CARLOS ANDRÉ GOMES SILVA CLARA OLIVEIRA ESTEVES CONCEIÇÃO SILVA OLIVEIRA EDENISE MARIA SANTOS DA SILVA BATALHA EDSON DELGADO RODRIGUES FERNANDA WARKEN ROSA CAMELIER HELENA MARIA SILVEIRA FRAGA MAIA JOANA ANGÉLICA TELLES SANTANA JULIANA CORTES DE FREITAS KARLA VILA NOVA DE ARAÚJO FIGUEIREDO LORENA BARRETO ARRUDA GUEDES LUCIANA FERREIRA DA SILVA LUCIENE DA CRUZ FERNANDES MARA RENATA RISSATO MARCELO PEIXOTO SOUZA MARCIA CRISTINA MACIEL DE AGUIAR MÁRCIO COSTA DE SOUZA MARCOS ANTÔNIO ALMEIDA MATOS MARIÂNGELA VIEIRA LOPES SILVA MIRIAN ROCHA VASQUEZ NADJA GOMES DE SANTANA NICOLE RIBEIRO DA SILVA SANTOS SILVANA LIMA VIEIRA SILVANA LIMA GUIMARÃES FRANÇA SUELEM MARIA PINHEIRO FERREIRA SUIANE COSTA FERREIRA MONITORES ANDERSON FERREIRA DOS SANTOS ANNIELE SANTOS DE MATOS CAMILA LIMA ANDRADE CLÁUDIA MONTEIRO DE SOUZA DANIELLE BRANDÃO DE MELO ELAYNE SANTOS MOREIRA FABRÍCIO MARQUES DIAS GISELE GABRIEL ALENCAR GLICIA OLIVEIRA SANTOS SILVA HENRIQUE DA CONCEIÇÃO COSTA JESSICA SILVA SOUZA JOSÉ REINALDO OLIVEIRA SILVA JULIANA BARBOSA DOS SANTOS KALINA IAN DOS SANTOS CERQUEIRA KALLYNE FERREIRA SOUZA LAIS ALVES PORTO LAISE DOS SANTOS LOBO LARISSA LIMA COSTA LILIÃ DE LIMA PINHEIRO LILIAN SANTANA SANTOS LUANA SILVA COSTA LUZIA DA SILVA PASSOS MAÍRA CARVALHO OLIVEIRA MICHELE BATISTA DA SILVA NADJA DE ALMEIDA FERREIRA POLIANA CONCEIÇÃO DOS SANTOS PRISCILA DE JESUS SILVA RAIANE MATOS SANTANA TAIANA SANTOS SANTANA TALITA RODRIGUES DE SANTANA TAMARA DA SILVA SANTANA TARSILA VIANA OLIVEIRA THAIS BATISTA BARRETO BASTOS VANESSA ALVES DE OLIVEIRA APRESENTAÇÃO A Universidade é a nossa casa! Seja bem-vindo ao SEMCISA 2015!!! A quinta edição da Semana Científica em Saúde e Ambiente - V SEMCISA buscou dar visibilidade às ações de ensino, pesquisa e extensão realizados por estudantes e professores da área de saúde e de ciências biológicas do Departamento de Ciências da Vida da Universidade do Estado da Bahia, dando continuidade às trocas de conhecimento já iniciadas em edições passadas. Neste ano, buscou-se aprofundar o olhar sobre a formação profissional na área da saúde, destacando aspectos que se desdobram e se interconectam entre a técnica profissional, a dimensão do cuidado, a formação científica e a gestão em saúde. As mesas e debates realizados enfatizaram a importância de uma formação cada vez mais plural, dinâmica e interdisciplinar. Incluindo a gestão e práticas sustentáveis como fundamentais na formação e manutenção de nossas instituições de cuidado e preservação dos serviços prestados à população. O Núcleo de Pesquisa e Extensão – NUPE – do Departamento de Ciências da Vida mantém seu engajamento pela construção de uma universidade cada vez mais sensível à sociedade e suas demandas, permitindo ampliação dos projetos de pesquisa, atividades de extensão e parcerias com as comunidades e traduzindo, neste evento, atualidades científicas e possibilidades inovadoras para a formação e engajamento na saúde. PROGRAMAÇÃO 05.11.2015 HORÁRIO TEMA GESTÃO EM SAÚDE 8h00min às 10h00min E SUSTENTABILIDADE PALESTRANTES MEDIADOR Prof. Hugo Costa Ribeiro Junior Prof. Marcelo Paixão Diretor do HGRS Profª. Maíra Pereira Dantas UNEB Hospital Português 10h00min às 12h30min FORMAÇÃO PROFISSIONAL NA ÁREA DE SAÚDE Profª. Patrícia Suguri Odontologia - UFBA Profª. Carla Cardoso Profª. Suiane Ferreira - UNEB UNEB Prof. Paulo Eduardo Xavier de Mendonça Prof. Márcio Costa Diretor do INCA/SP UNEB Prof. Bruno Cerqueira 13h30min às 14h30min CUIDADO AO PACIENTE 14h30min às 18h00min O PAPEL DA ESCRITA CIENTÍFICA NA FORMAÇÃO PROFISSIONAL Prof. Gilson Luiz Volpato - UNESP/SP 18h00min às 20h00min TEMAS LIVRES Sessão de Pôsteres UNEB 06.11.2015 HORÁRIO TEMA PALESTRANTE MEDIADOR 8h00min às O PAPEL DA ESCRITA CIENTÍFICA NA FORMAÇÃO PROFISSIONAL Prof. Gilson Volpato - UNESP/SP Prof. Bruno Cerqueira UNEB 13h30min às 15h00min CUIDADO AO PACIENTE Prof. Márcio Costa - UNEB 15h00min às 17h00min TEMAS LIVRES Sessão de Pôsteres 17h00min às 19h00min PREMIAÇÃO V SEMCISA MELHORES TRABALHOS 12h30min Prof. Bruno Cerqueira UNEB N-ACILHIDRAZONAS INIBE A PROLIFERAÇÃO DE LINFÓCITOS IN VITRO AUTORES Dahara Keyse Carvalho Silva, Tatiana Barbosa dos Santos, Cássio Santana Meira, Diogo Rodrigo Moreira, Tiago Fernandes, Eliezer Jesus Barreiro, Milena Botelho Pereira Soares, Elisalva Teixeira Guimarães. RESUMO Introdução: O principal tratamento de doenças autoimunes e alergias consiste na utilização de glicocorticóides. Entretanto, tendo em vista os sérios efeitos adversos causados pelo seu uso e a carência de drogas alternativas, faz-se necessário a investigação de novos compostos com potencial imunossupressor menos tóxicos e mais eficazes. As hidrazonas são compostos orgânicos sintéticos candidatas em potencial.Objetivos: Avaliar a capacidade das Nacilhidrazonas em inibir a proliferação de linfócitos in vitro.Métodos: Inicialmente, foi avaliada a citotoxicidade dos compostos em macrófagos da linhagem J774. Em seguida, em concentrações não tóxicas, foi avaliado o efeito dos compostos sobre a proliferação de linfócitos, utilizando cultura de esplenócitos obtidos do baço de camundongos da linhagem BALB/c estimulados com a concanavalina A (2 µg/mL) ou anti-CD3/anti-CD28. Neste ensaio, a taxa de proliferação de linfócitos foi avaliada pela incorporação de 3H-timidina. Posteriormente, foi realizada a terapia combinada do composto que apresentou melhor resultado nos ensaios anteriores com a dexametasona, através da construção de isobologramas. Resultados/Discussão: Os compostos testados apresentaram baixa citotoxicidade, com valores de CC50(concentração citotóxica de 50 %) superiores a 50 μM quando comparados com a violeta de genciana (CC50 = 0,48 ± 0,04), uma droga citotóxica de referência. Nos experimentos posteriores concentrações abaixo de 50 μM foram utilizadas. De um total de 10 compostos, apenas três não foram ativos sobre a proliferação avaliada em culturas de esplenócitos estimulados com concanavalina A. Dentre os compostos testados, o que apresentou o melhor perfil, sendo capaz de inibir de forma concentração dependente a proliferação de linfócitos estimulada tanto por concanavalina A quanto pelo estímulo com anti-CD3/anti-CD28 foi o composto 5, com valor de IC50(concentração inibitória de 50%) de 0,9 μM.Foi observado também que com adição do RU 486, um antagonista de receptor glicocorticóide,não foi capaz de inibir o efeito do composto 5. Como esperado, o RU486 inibiu o efeito dadexametasona. A construção de isobologramas indicou uma interação sinérgica entre a dexametasona e o composto 5. Conclusão: Os resultados indicam que o composto 5 tem a capacidade de inibir a proliferação de linfócitos através de uma via diferente dos glicocorticóides e que, em combinação com a dexametasona, há um efeito sinérgico entre os mesmos. PRESENÇA DE REARRANJOS GÊNICOS NO GENE BRCA² EM MULHERES COM CÂNCER DE MAMA E/OU OVÁRIO NO ESTADO DA BAHIA AUTORES Juliana Cortes de Freitas, Taisa Manuela Machado Lopes, Ivana Nascimento, Maria Betânia. RESUMO Devido às altas taxas de incidência e mortalidade, o câncer de mama é considerado um expressivo problema de saúde pública no Brasil e uma das neoplasias mais comuns que afetam mulheres em todo mundo. Outro grave tipo de câncer que acomete mulheres é o câncer de ovário, neoplasia maligna epitelial mais comum do trato genital feminino, e a terceira em ordem de incidência, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer. Aproximadamente 5 a 10% dos casos de câncer de mama e ovário são hereditários e as causas estão associadas à presença de mutações germinativas em genes de predisposição, entre os quais se destacam BRCA1 e BRCA2. Famílias com características indicativas da síndrome de predisposição ao câncer de mama e ovários hereditários (HBOC) podem não ser portadoras para mutações deletérias pontuais e deveriam ser testadas para a presença de rearranjos gênicos, visto que essas anormalidades respondem por, no mínimo, 10% de todos os casos de câncer de mama e ovário já identificados. Por tanto, para verificar a frequência de rearranjos nos genes BRCA1/2 em uma amostra de 200 pacientes com câncer de mama e/ou ovário procedentes de diferentes regiões do estado da Bahia, atendidos no ambulatório de genética do Complexo HUPES/UFBA realizamos a técnica de MLPA (Multiplex Ligation-dependent Probre Amplification) utilizando DNA extraído a partir de sangue periférico. Até o momento foram testados 56 pacientes e identificamos uma duplicação do exón 21 no gene BRCA2, em uma portadora de câncer de ovário com diagnóstico aos 39 anos e câncer de mama aos 42 anos. O cálculo de risco para portar mutação em BRCA1 foi superior a 75% e de 11% em BRCA2. Além disso, a paciente apresentava história familiar para câncer de mama e ovário. Destacamos, que a mutação encontrada resultante da técnica de MLPA, ainda não foi citada em publicações anteriores sendo necessárias análises posteriores para caracterização molecular desta nova mutação. As alterações estruturais provocados por rearranjos gênicos em BRCA1/2 podem explicar um número considerável de casos de HBOC. Esperamos que os resultados possam fornecer novos dados epidemiológicos a respeito do câncer de mama e ovário, e contribuir para que intervenções preventivas, baseadas em diagnósticos moleculares, diminuam o risco de câncer em portadores de mutações. EXPRESSÃO HETERÓLOGA DE PTERIDINA REDUTASE DE LEISHMANIA BRASILIENSIS. AUTORES OLIVEIRA, Thais Fonseca de; PIRES, Acássia Benjamin Leal; CASTILHO, Marcelo dos Santos RESUMO INTRODUÇÃO: Leishmania brasiliensis é agente causador da leishmaniose cutânea mucosa. A inibição da via dos folatos tem permitido desenvolvimento de fármacos contra doenças inibidores da dihidrofolatoredutase. A baixa suscetibilidade dos parasitas está associada a presença da pteridinaredutase, o gene Pteridina Redutase-1 (PTR1) de Leishmania que participa da redução da biopterina em sua forma ativa, a tethahidrobiopterina (H4B).Essa proteína atua como via alternativa para a redução do ácido fólico ou pteridinas não conjugadas quando a DHFR está inibida. Moléculas que inibam seletivamente ambas as enzimas dos parasitas podem ser promissoras no desenvolvimento de fármacos contra leishmaniose. OBJETIVOS: Obter a enzima pteridina redutase ( PTR1) de L. braziliensis, clonada em sistema heterólogo e purificada em fase solúvel.MÉTODO: Foi feito o planejamento dos oligonucleotídeos iniciadores (primers) específicos para a amplificação do gene alvo, PTR1. A reação de amplificação do DNA foi realizada pela técnica de PCR, na primeira reação o resultado indicou que não houve a amplificação desejada, então foi realizado um novo planejamento de primers e a reação de PCR com o primer novo foi bem sucedida. Houve a obtenção do DNA plasmidial e o inserto e o vetor foram digeridos separadamente. A digestão do inserto foi feita simultaneamente com a enzima, após a digestão foi realizada a reação de ligação dos fragmentos. A transformação foi realizada na célula hospedeira E. coli BL21 e realizado o teste de expressão, variando as concentrações de IPTG (00,2mM - 0,5 mM– 1 mM).RESULTADOS: Durante esse período foi possível realizar a amplificação do gene da PTR1 de L. brasiliensis a partir dos primers planejados, a obtenção do DNA plasmidial do vetor pET 28a e a ligação do inserto e vetor. Foram obtidos 2 transformantes em 10 colônias testadas. Ocorreu a expressão do gene clonado na condição de 0,5mM de IPTG e 25ºC de temperatura e a proteína foi purificada na forma solúvel na concentração de 100mM e 200mM de Imidazol. DISCUSSÃO: Conseguimos realizar o objetivo geral que era clonar e expressar a pteridina retuctase de L. brasiliensis para que a mesma seja utilizada posteriormente em testes de inibição por novas moléculas. Entretanto, não conseguimos demonstrar a atividade da enzima.CONCLUSÕES: A pteridina retuctase recombinante de L. brasiliensis foi obtida na forma solúvel, entretanto, não foi possível realizar os testes cinéticos para demonstrar a atividade da enzima no tempo de execução desse projeto. Mas esses testes ainda serão executados no laboratório posteriormente a fim de observar a atividade enzimática. MARCADORES GENÉTICOS DO HOSPEDEIRO ASSOCIADO À CARCINOGENESE HEPÁTICA AUTORES Emanuele lima bandeira, Luciano kalabric silva. RESUMO O hepatocarcinoma é uma das neoplasias malignas com elevada taxa de morbimortalidade dos últimos tempos. Esse tipo de câncer vem atingindo milhões de pessoas, com um elevado número de óbitos. Existem vários fatores que podem desencadear uma desordem nos hepatócitos, a fim de chegar a uma carcinogenese hepática. Dentre esses fatores estão os agentes etiológicos das hepatites virais, especificamente os vírus B, D e C. Por meio de várias vias moleculares são capazes de integrarem-se e promover eventos para que venha inibir o mecanismo natural da apoptose, favorecendo uma desordem celular e a formação da massa tumoral.O objetivo deste trabalho é descrever os marcadores genéticos do hospedeiro associado à carcinogenese hepática. Trata-se de uma revisão de literatura no qual foram realizadas buscas de artigos em bases de referências online (SCIELO, MEDLINE e BIREME), nos idiomas inglês e português. Quanto mais cedo for diagnosticado o hepatocarcinoma, melhores serão os índices de sobrevida dos casos. Um dos marcadores que mais se destaca é a alfafetoproteina (AFP), porém a sensibilidade e especificidade deste marcador não têm sido tão satisfatórias para o diagnóstico. Com o avanço da medicina e as novas técnicas moleculares, tem sido descoberto e se mostrado bastante específico novos marcadores moleculares para o diagnóstico do hepatocarcinoma. Dentre estes estão o SALL4, proteantigens, citoquinas, enzimas e isoenzimas. A identificação de um marcador sensivel e especifico para o diagnostico precoce do hepatocarcinoma pode propiciar um melhor prognostico da doença. CARACTERIZAÇÃO DOS TEMAS SOBRE AUTOMEDICAÇÃO POR IDOSOS: REVISÃO SISTEMÁTICA AUTORES Lara Souza de Andrade, Silvana Lima Vieira; Edenise Maria Silva Batalha. RESUMO Introdução: A automedicação pode ser definida como uso de medicamentos sem a prescrição, orientação ou acompanhamento do médico, dentista ou enfermeiros, segundo normativas técnicas estabelecidas. Segundo a literatura, existem diversos modos de a automedicação ser praticada além de adquirir o medicamento não prescrito, dentre eles inclui-se: compartilhar remédios com outras pessoas, utilizar sobras de prescrições, reutilizar antigas receitas e descumprir a prescrição profissional, prolongando ou interrompendo o período de tempo indicados na receita ou a dosagem orientada. Pode ocasionar danos irreversíveis à saúde, tendo a população idosa maior susceptibilidade aos danos associados ao uso inadequado dos medicamentos. Este estudo teve como objetivos caracterizar os temas abordados nos resultados de artigos científicos publicados entre 2006 e 2014 sobre automedicação por idosos, a partir dos descritores "automedicação”, “idosos” e “enfermagem”, na Biblioteca Virtual em Saúde nos idiomas inglês, português e espanhol. Trata-se de um dos objetivos do trabalho de conclusão de curso intitulado: práticas de automedicação em idosos brasileiros: revisão sistemática. Método: pesquisa bibliográfica, do tipo revisão sistemática. Os dados foram descritos utilizando estatística descritiva e categorizados de acordo com a abordagem temática. Resultados: foram selecionados 10 artigos originais, onde a patir da leitura detalhada dos resultados foi possível realizar a análise temática das abordagens dos artigos: perfil sóciodemográfico dos idosos (100%), Prevalência da automedicação e/ou principais fármacos em uso sem prescrição (100%), Padrão de consumo e Medicamentos mais consumidos (80%), Automedicação em idosos e doença pré-existente (80%), Acesso à farmácia e consulta médica (50%), Associação da automedicação e variáveis sociodemográficas e econômicas (40%), Associação da automedicação e autopercepção de saúde(40%), Influências para automedicação (30%), Ocasião/ motivo para automedicação (30%). Discussão: Os temas mais freqüentes foram; perfil sociodemográfico dos idosos e prevalência da automedicação e principais fármacos em uso sem prescrição (100%) e Padrão de consumo e Medicamentos mais consumidos (80%). Os temas abordados nas produções permitiram identificar que a ocasião/ motivo para automedicação, contudo os aspectos influenciavam a prática foram pouco abordadas nos estudos. Desta forma, estas problemáticas são essenciais para o entendido do processo e para criação de medidas de intervenção a fim de diminuir os fatores risco da prática da automedicação por idosos. Conclusão: esta revisão permitiu caracterizar os temas abordados nos resultados de artigos científicos publicados entre 2006 à 2014, sobre automedicação por idosos, evidenciando a necessidade de novas pesquisas a fim de criar estratégias que busquem assegurar o uso adequado dos fármacos pela população idosa. CONHECIMENTO, ATITUDES E PRÁTICAS DE ADOLESCENTES DE ESCOLAS PÚBLICAS RELACIONADOS AO HIV/AIDS E ÀS OUTRAS IST AUTORES SANTOS, Tainara; MAGNO, Laio. RESUMO Introdução: A adolescência é uma fase da vida marcada por intensas transformações biológicas, comportamentais, socioculturais, na qual ocorre a estruturação da personalidade, bem como o desenvolvimento acelerado da cognição. Os adolescentes representam cerca de 20% da população brasileira, o que corresponde. A vivência da sexualidade torna-se mais evidente nesta fase da vida e, muitas vezes, manifesta-se através de práticas sexuais desprotegidas, o que pode intensificar a vulnerabilidade desta população ao HIV/aids e à outras infecções sexualmente transmissíveis (IST). Objetivo: Descrever o conhecimento, atitudes e práticas de adolescentes de escolas públicas relacionados ao HIV/aids e outras IST. Metodologia: Estudo transversal descritivo, realizado durante uma atividade de intervenção da USF em duas escolas públicas localizadas no território de uma unidade de saúde da família (USF) do Distrito Sanitário CabulaBeirú em 2015. Para produção dos dados, utilizou-se questionário estruturado com 24 perguntas distribuídas em três blocos: dados sócios demográficos, dados de vinculação e dados sobre práticas sexuais e IST. Os critérios de inclusão foram os seguintes: estar na faixa etária de 11 a 19 anos e estar matriculado nas escolas públicas do território. Foi solicitado consentimento verbal da direção da escola e assentimento verbal dos adolescentes, visto que a atividade estava vinculada à intervenção da USF. Resultados: Participaram do estudo 70 estudantes matriculados em duas escolas do território da USF, 62,8% eram do sexo feminino e 37,2% do sexo masculino. No que diz respeito ao vínculo dos adolescentes com a equipe de saúde, percebeu-se que a maioria conhecia a USF (95,7%). Entre as meninas, verificou-se que 41% ainda não tomaram a vacina contra o HPV, o que significa que uma grande parcela das meninas não está coberta contra esta infecção. No que tange aos dados acerca dos comportamentos sexuais, 52,9% dos adolescentes já iniciaram a atividade sexual e, dentre destes, apenas 35,1% admitiram usar sempre o preservativo, 48,6% revelaram somente utilizar “às vezes” e 18,9% afirmaram nunca usar camisinha. Em relação ao conhecimento das IST, 71,4% dos participantes disseram que já ouviram falar sobre elas, porém apenas 57% afirmaram ter conhecimentos suficientes para prevenção destas doenças. Sobre as formas de transmissão do HIV, percebeu-se que muitos não conheciam: 32,8% referiram que o HIV poderia ser transmitido através do beijo, 7,1% pelo abraço e 39% desconheciam que o vírus poderia ser transmitido através do sangue contaminado. Conclusão: Foi possível concluir que é necessária a intensificação de atividades educativas que abordem temática da prevenção de HIV/aids e de outras IST no ambiente escolar pelos profissionais de saúde da USF. Nestas atividades, os jovens devem atuar mais que mero expectadores, mas como pessoas empoderadas e multiplicadoras de prevenção em saúde. IMPORTÂNCIA DA COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR NOS SERVIÇOS DE SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIA AUTORES Vanesa Conceição de Jesus, Isabele dos Santos Dantas. RESUMO Introdução: As infecções hospitalares são consideradas como graves problemas de saúde pública, pois elevam os custos sociais e econômicos. Nesse contexto, o setor Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), é um órgão de assessoria á autoridade máxima de uma dada instituição que trabalha ativamente na prevenção e controle das infecções hospitalares. Objetivo: Descrever a experiência obtida através do estágio extracurricular na CCIH, do município de Salvador – Bahia. Métodos: Trata-se de um relato de experiência desenvolvido durante as atividades realizadas no setor de CCIH de certa instituição, no munícipio de Salvador – Bahia, pelas discentes do curso de enfermagem. Resultados: A experiência vivenciada se fez singular e substancial para as acadêmicas, constituindo-se numa prática fundamental para futura formação profissional, fomentando as discentes o contato com a realidade que este setor desenvolve nas unidades, tentando minimizar os riscos inerentes as práticas de saúde. Discussão: Este período vivenciado permitiu uma ampliação do conhecimento adquirido na disciplina Controle de Infecção e Segurança em Serviço de Saúde da Universidade do Estado da Bahia - UNEB, salientado ser o único curso de saúde da universidade que possui esta matéria na grade curricular. As atividades realizadas no setor CCIH são diversas, entre elas destaca-se a vigilância epidemiológica de pacientes internados, análise de exames clínicos e laboratoriais relacionados a processos infecciosos, controle de antibiótico profilático e visita técnica as unidades assistenciais, sendo importante destacar que estas ações são baseadas nas portarias e protocolos instituídos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Conclusão: O período experenciado proporcionou para as discentes um olhar diferenciado sobre a importância que a CCIH possui nos serviços de saúde, pois os cuidados em saúde não se restringem somente para as práticas assistências, visto que, o processo do cuidar também está relacionado à educação, prevenção, manutenção e controle da saúde. POTENCIALIDADES DA MONITORIA DE ENSINO E DE EXTENSAO ÀS NECESSIDADES DA PESSOA COM DOENÇA FALCIFORME AUTORES Thadeu Borges Souza Santos; Silvana Lima Vieira; Nathalia Almeida Suzart; Carolina Santos Pinho; Amanda Bispo; Juliete Lima RESUMO Introdução. Processo do Cuidar na Atenção Básica é componente curricular profissionalizante do curso de Enfermagem da UNEB e ele é desenvolvido articuladamente com os projetos de extensão e monitoria de ensino. Durante suas atividades, o graduando é sensibilizado a refletir sobre a Teoria das Necessidades Humanas Básicas, correlacioná-la à condição clínico-sócioepidemiológica da Pessoa com Doença Falciforme e entender o cuidado de enfermagem na perspectiva da Rede de Atenção a Saúde. Como estratégia pedagógica, conduz-se o graduando discente à construção de estudo dirigido, aproximação com a sistematização da assistência, técnicas propedêuticas e aproximação com a problemática de saúde-doença numa Unidade Básica de Saúde que é referencia para o Programa de Atenção a Pessoa com DF. Esta UBS se localiza no Distrito Sanitário Cabula-Beirú, região de maior incidência da DF na Bahia e território sede do Campus I da UNEB. Para efetivação deste propósito, as monitorias de ensino e extensão são articuladas, permitindo aos monitores voluntários relevante vivência no processo de ensinoaprendizagem das habilidades docentes e extensionista. Objetivo. relatar sensibilização de monitoras à iniciação do processo de ensino-aprendizagem problematizador focado nas necessidades da pessoa com doença falciforme em componente curricular da graduação de Enfermagem da UNEB. Método. Este é um relato de experiência de uma prática pedagógica ativa adotada para subsidiar o desenvolvimento da habilidade docente em discentes. Foi aplicada no componente curricular que se caracteriza pela iniciação do ciclo profissionalizante. As monitoras foram selecionadas pelo desempenho apresentado no mesmo componente, sensibilizadas à perspectiva problematizadora do processo de ensino-aprendizagem e ao desafio de tornar visível academicamente o cuidado as necessidades humanas básicas da pessoa com doença falciforme. Elas atuaram na facilitação da interação docente-discente-paciente durante exercícios práticos em laboratório de habilidades. Posteriormente, relataram o convívio, sentimentos e superações que tiveram no semestre letivo. Resultados/Discussão. A partir de grupo tutorial de trabalho, expressaram vivencias de territorialização e problemática da Doença Falciforme. Desenvolveu-se discussão e desenvolvimento de conhecimento sobre necessidades da PDF. Relataram como dimensões: a) vivencia de diagnostico situacional, b) amadurecimento didático, c) desenvolvimento de habilidades comunicativas, interpessoal e de humanização e d) habilidade sócio-assitencial crítica. Conclusão. Percebe-se que o graduando em enfermagem desenvolveu habilidades docente, compreensão academia sobre sujeito cuidador para melhorar aprendizagem, implementação de política e necessidades humanas. Palavras-chave: enfermagem, monitoria, doença falciforme, pedagogia ativa. FATORES GERADORES DE ESTRESSE OCUPACIONAL NOS ENFERMEIROS QUE ATUAM NA UTI: UMA REVISÃO INTEGRATIVA AUTORES Marileide Oliveira dos Santos, Érica Alves de Jesus, Alessandra Ribeiro Querino, Maiana Lourenço Silva. RESUMO Introdução:Estudos baseados em dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT) apontam que todas as profissões presenciam o estresse, no entanto a equipe de enfermagem vem sendo apontada como uma das profissões mais estressantes, devido ao contato direto com a dor e o sofrimento (RODRIGUES et al, 2011). Dessa forma, os enfermeiros que atuam na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) são submetidos constantemente à sobrecarga de trabalho mental, psíquica e física, contribuindo para o aparecimento do estresse e doenças psicossomáticas em decorrência do mesmo. Diante do exposto e do atual modelo de vida da sociedade, o estresse ocupacional tornou-se uma importante fonte de inquietação, o qual vem sendo reconhecido como um sério fator de risco para o bem-estar psicossocial do indivíduo. Objetivos: Identificar os principais estressores ocupacionais dos enfermeiros (as) que atuam em UTI. Métodos: Trata-se de uma revisão bibliográfica integrativa, modalidade que permite sumarizar os resultados encontrados no levantamento dos artigos e obter conclusões sobre o tema de interesse. Para construção desse estudo foram realizadas buscas nos periódicos indexados na base de dados do Scielo e Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), através dos descritores “estresse ocupacional, enfermeiros, Unidade de Terapia Intensiva”, publicados no período de 2010 – 2013. Foram identificados 06 artigos no Scielo e 27 no BVS. Os critérios de seleção adotados foram: artigos em português, que contivesse no título os descritores selecionados, respondesse os objetivos pré-estabelecido e respeitasse o período supracitado. Foram excluídos da pesquisa os artigos que não atendesse os critérios inclusão supracitado. Inicialmente foi realizada uma breve leitura do título e, conforme os critérios inclusão estabelecidos, foram selecionados 05 artigos que tinham aproximação como o tema e objetivos do estudo. Em seguida, foram analisados os textos na íntegra e, por análise interpretativa, foi realizada a discussão e apresentação dos resultados. Resultados: Nos artigos analisado, foi possível identificar que os estressores ocupacionais mais citados pelos enfermeiros foram: escassez de recursos materiais e humanos, prestar assistência ao pacientes em estado crítico, coordenar a equipe de enfermagem, sobrecarga de serviços, desvalorização dos profissionais de enfermagem, estrutura física inadequada, relacionamento interpessoal com os demais membros da equipe e especificidade exigidas para realização das tarefas na UTI. Discussão: Os profissionais de enfermagem, respondem pela maior parte das atividades de cuidado e acolhimento ao cliente e à família, além das práticas assistenciais intensas. Diante desse contexto, ocorre uma grande possibilidade desses profissionais serem expostos a diversos fatores que favorecem o surgimento do estresse ocupacional. Conclusões: O trabalho em unidades de terapia intensiva esta permeado de várias atividades que desencadeia o estresse ocupacional aos enfermeiros, o que pode repercutir na qualidade do cuidado prestado. A pesquisa também demonstrou que nos últimos três anos (2010 – 2013) houve poucas publicações nas bases de dados sobre os estressores ocupacionais dos enfermeiros que atuam na UTI. Dessa maneira, sugere-se a realização de novas pesquisas acerca da temática, a fim de promover maiores reflexões e discussões sobre as repercussões do estresse na saúde desses trabalhadores. INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA: RELATO DE CASO EM CLINÍCA DE UROLOGIA DE UM HOSPITAL REFERÊNCIA AUTORES Jórdan Santos de Jesus; Helen Cristina da Silva Paes; Geovana Lima Chaves RESUMO Introdução: A Insuficiência Renal Crônica (IRC) é a perda da função renal caracterizada por lesões lentas, progressivas e irreversíveis. A hipertensão arterial, o diabetes mellitus, a glomerulonefrite e obstruções no trato urinário constituem as principais causas da doença renal crônica. A IRC requer o uso de métodos para além de medicamentos e dieta, sendo necessário submeter o paciente a diálise ou transplante renal para sua sobrevida. Objetivo: descrever o estudo de caso sobre um adulto com insuficiência renal, internado na Clínica de Urologia de um hospital referência do estado da Bahia, identificando os principais diagnósticos de enfermagem encontrados. Métodos: a coleta de dados sobre histórico e quadro do paciente durante o internamento foram obtidas a partir de evoluções realizadas pelo grupo de prática, das evoluções médicas e pesquisa no prontuário, os dados foram coletados no período de prática da disciplina Enfermagem na Saúde do Adulto, em maio de 2015. A partir da coleta de dados do prontuário, foram estabelecidos os diagnósticos de enfermagem de acordo com a taxionomia II da North American Nursing Diagnosis Association (NANDA). Relato de Caso: Paciente G. S. F. do sexo masculino, 37 anos, procedente de Nova Fátima/BA, pardo, casado, aposentado, lavrador, admitido no dia 15/04/2015. Pesa 74Kg; mede 1,78m; IMC: 23,36. Paciente hipertenso, com quadro de DRC (Doença Renal Crônica) dialítica há 06 anos, com diagnóstico de fístula vesicointestinal e estenose de uretra, internado em setembro de 2014 para realização de cirurgia eletiva de uretroplastia. Apresentava diurese pelo reto. Foi submetido a cistoscopia no dia 29/09/14, sendo observada uretra de pequeno calibre, infantilizada, não transponível pelo uretrómo. Discussão: Os diagnósticos de enfermagem encontrados foram: Eliminação urinária prejudicada caracterizada por Retenção relacionada a Obstrução anatômica; Risco de Infecção tendo Fator de Risco: Procedimentos invasivos. Após a identificação dos diagnósticos foram elaboradas prescrições de enfermagem e o plano de alta. Conclusão: A IRC é multifatorial e demanda o tratamento das causas controláveis, como a hipertensão arterial, diabetes mellitus, acompanhamento nutricional e das reversíveis: desobstruções anatômicas, para além, faz-se necessário a diálise (hemodiálise ou diálise peritoneal) ou transplante renal para continuidade de uma vida com qualidade. Os diagnósticos de enfermagem permitem ao enfermeiro estabelecer um perfil do estado de saúde do paciente norteando a sua assistência, para que ela seja prestada de modo integral e científico. IATROGENIAS DECORRENTES DA RESSUSCITAÇÃO CARDIOPULMONAR AUTORES Suiane Costa Ferreira, Luzany Kelly Soares Roma, Camila Cabral Brito RESUMO INTRODUÇÃO: A parada cardiorrespiratória (PCR) é uma situação dramática, muitas vezes inesperada, onde a atividade miocárdica e ventilatória é insuficiente para a manutenção da circulação sanguínea e oxigenação em um indivíduo sem expectativa de morte naquele momento. A PCR é responsável por morbimortalidade elevada. Imediatamente após a sua identificação, deve-se iniciar a ressuscitação cardiopulmonar (RCP) seja por uma equipe de profissionais de saúde ou leigos treinados. O atendimento à PCR exige infraestrutura adequada, rapidez, habilidade técnica e trabalho harmônico entre os socorristas para que haja maior chance de recuperação.Quando estes pré-requisitos não são alcançados surge o risco para ocorrência de iatrogenias e comprometimento da segurança do paciente. OBJETIVO: Sintetizar o conhecimento produzido na literatura nacional e internacional sobre as iatrogenias decorrentes da ressuscitação cardiopulmonar. METODOLOGIA: Revisão sistemática da literatura, de abordagem qualitativa, baseada em artigos científicos publicados entre 2000-2013 captados no Portal de Periódicos da CAPES. Os descritores utilizados para foram ressuscitação cardiopulmonar (cardiopulmonary resuscitation) e doença iatrogênica (iatrogenic disease). Os dados foram extraídos de forma padronizada por meio do instrumento de coleta, o que subsidiou a caracterização das produções científicas selecionadas e a definição das categorias de análise. RESULTADOS: Do levantamento inicial de 77 artigos, apenas 12 compuseram a amostra final. Com relação à base de dados, 58,33% dos artigos estavam indexados na base de dados PubMed. Com relação ao tipo de pesquisa, 58,33 % eram relatos de casos. 50% dos artigos foram publicados nos anos de 2001 e 2009.A análise dos artigos possibilitou sintetizar o conhecimento sobre as iatrogenias decorrentes da reanimação cardiopulmonar em quatro categorias temáticas: traumatismo torácico, traumatismo abdominal, complicação das vias aéreas e fatores condicionantes das iatrogenias. DISCUSSÃO: Apesar das compressões cardíacas na RCP serem benéficas essas intervenções podem conduzir a um trauma fechado provocando várias lesões, entre elas, as toracoabdominais (contusão pulmonar, fraturas costais, de clavícula, esterno, lesão da aorta) o que está relacionado a posição da mão durante as compressões cardíacas, o posicionamento do socorrista e da vítima, a taxa de compressão e descompressão e profundidade da massagem cardíaca. A massagem cardíaca externa possibilita ainda a ocorrência das lesões toracoabdominais tanto por compressão direta ou como resultado de forças transmitidas através do diafragma para as vísceras abdominais, podendo surgir pneumoperitônio, pneumobilia, insuflação gástrica. Durante a obtenção da via aérea avançada pode-se ocasionar fraturas e avulsões de dentes, lesão de mucosa ou glote, intubação esofágica com ruptura gástrica. CONCLUSÃO: A falta de conhecimento sobre as iatrogenias resultantes da RCP ocasionam mortes evitáveis e por isso se faz necessária uma maior discussão sobre essa temática na graduação. O fator humano é o mais relevante para o aparecimento de ocorrências iatrogênicas, dessa forma o investimento contínuo na educação permanente para leigos e profissionais de saúde é essencial, acompanhando sempre as atualizações das diretrizes internacionais e nacionais para o atendimento à PCR. A IMPORTÂNCIA DO PROJETO DE EXTENSÃO “SEGURANÇA DO PACIENTE UM DESAFIO NOSSO” PARA O PROCESSO FORMATIVO DISCENTE AUTORES Maiane Lima de Souza; Adileia Santos da Silva; Dennifer da Rocha da Silva; Elaine Basílio dos Santos; Jórdan Santos de Jesus; Edenise Maria Santos da Silva Batalha. RESUMO Introdução: A segurança do paciente é um aspecto essencial da qualidade nos serviços de saúde (SS), visto que estes desenvolvem atividades complexas em ambientes dinâmicos, o que pode acarretar em erros e eventos adversos (EA). Diversas iniciativas vêm sendo instituídas no intuito de fortalecer as questões relacionadas à temática e aprimorar os sistemas e SS na direção de evitar e minimizar risco de danos e potencializar as estratégias pautadas em processos mais seguros e eficazes. No Brasil, temos como exemplo o Programa Nacional de Segurança do Paciente que tem como objetivo principal contribuir para a qualificação do cuidado em saúde em todo território nacional, além de salientar a importância de se fomentar o tema segurança do paciente no processo de formação dos profissionais de saúde. Nesse entendimento, o projeto de extensão “Segurança do Paciente: um desafio nosso” lotado no Departamento de Ciências da Vida surge como uma possibilidade dentro dessa perspectiva, uma vez que visa disseminar o conhecimento e estimular a discussão em relação à segurança do paciente em um enfoque multiprofissional. Objetivo: Compartilhar as experiências vivenciadas no projeto de extensão “Segurança do paciente um desafio nosso” e apresentar a sua importância para o processo formativo discente. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência vivenciado pelos monitores do projeto juntos nessa empreitada à cerca de um ano. Nossa equipe é composta por discentes do curso de Enfermagem da Universidade do Estado da Bahia pertencentes ao 5º, 7º e 9º semestre. Resultados e Discussão: As ações extensionistas experenciadas se baseiam em estudos sistemáticos sobre o tema, confecção e realização de seminários na área de segurança do paciente para discentes e profissionais de saúde. Através do seu cunho educativo e científico o projeto cria espaços de aprendizagem e fortalecimento da relação universidade/serviço/sociedade. Com o desenvolvimento das atividades de monitoria pudemos perceber que houve uma maior sensibilização dos participantes com relação a garantir a segurança do paciente fazendo-os questionar e repensar suas práticas, possibilitando o crescimento conjunto da equipe do projeto e do público alvo quanto à aspectos essenciais de uma assistência segura. Além disso, a atuação como monitores neste projeto se mostrou fundamental por possibilitar a criação de novos meios e processos de produção, inovação e disponibilização de conhecimentos, permitindo a ampliação do acesso ao saber e do nosso desenvolvimento formativo e pessoal. Conclusão: Através deste projeto a atenção voltada à segurança do paciente poderá subsidiar melhoria na qualidade dos SS que tem como missão a beneficência e não maleficência para com os seus usuários. Ainda, a experiência como monitores favorece o crescimento e amadurecimento prático enquanto estudantes e futuros profissionais de saúde, no que concerne a esta temática que é de extrema relevância para se atingir uma prestação de assistência de qualidade. PROJETO DE EXTENSÃO-COMPARTILHANDO SABERES E PROMOVENDO SAÚDE: ATIVIDADES 2015 AUTORES Joana Angélica Teles Santana RESUMO INTRODUÇÃO A educação em saúde proporciona ao indivíduo o acesso ao conhecimento, desenvolve o senso crítico permitindo o agir de forma mais coerente com suas convicções e possibilita, contribuir para a transformação da sociedade, além de promover uma vida mais saudável. Ao enfermeiro, cabe o papel de educador, uma vez que lida diretamente com pessoas, visando a promoção da saúde, prevenção de doenças e minimização de agravos. Para tal, é necessário que este seja dotado de conhecimentos mínimos de aspectos pedagógicos, de como se processa a aprendizagem, bem como de técnicas que promovam um melhor relacionamento com a comunidade. O projeto busca incentivar a participação de alunos em atividades extensionistas no âmbito da Universidade, possibilitando uma real interação com a comunidade; desenvolver atividades educativas relacionadas à saúde na comunidade através de organizações já estabelecidos, visando inserir alunos da disciplina Estágio Curricular Supervisionado I no desenvolvimento de ações educativas na comunidade; capacitar os acadêmicos da área da saúde dos elementos fundamentais das metodologias ativas na saúde visando atuação em comunidades; promover encontros para o desenvolvimento de habilidades na realização de oficinas educativas. OBJETIVO Socializar através de fotos algumas atividades desenvolvidas pelo projeto de extensão: Compartilhando Saberes e Promovendo Saúde no ano de 2015. MÉTODO O Projeto vem sendo desenvolvido desde 2012 através de organizações já estabelecidos junto a idosos do Centro Social Urbano de um bairro populoso de Salvador. Foram realizadas 15 oficinas temáticas desenvolvidas com a participação dos acadêmicos de Enfermagem da Disciplina Estágio Curricular Supervisionado I junto a idosos que participam do Centro Social Urbano de um bairro populoso de Salvador. As oficinas temáticas foram escolhidas pelos idosos, discutidas com os docentes envolvidos no projeto, organizadas e desenvolvidas através de metodologia lúdica e participativa com uso de músicas, dinâmica de grupo, jogos, brincadeiras, cantigas tradicionais, entre outras. As fotografias foram realizadas durante as atividades com consentimento do grupo participante. A avaliação de cada oficina foi realizada com técnicas diversas após a atividade. RESULTADOS E DISCUSSÃO Revelam o interesse dos idosos em participar das atividades por promover diversão, aquisição de conhecimentos e compartilhamento de saberes. As fotos demonstram participação ativa, alegria e diversão aliada a troca de saberes. CONCLUSÃO Para os acadêmicos tem sido uma atividade de grande valia por contribuir na troca de saberes, no convívio com os idosos, bem como possibilita a produção de conhecimento. A principal dificuldade relaciona-se a inserção de bolsista no projeto decorrente da disponibilidade de carga horária exigida pela universidade. EDUCAÇÃO EM SERVIÇO: TÉCNICA DE MENSURAÇÃO DA PRESSÃO INTRA-ABDOMINAL UM RELATO DE EXPERIÊNCIA AUTORES Maiana Lourenço Silva, Marileide Oliveira dos Santos, Érica Alves de Jesus. RESUMO Introdução: A pressão intra-abdominal (PIA) é um método de monitorização hemodinâmica invasiva, que realiza a medida da pressão do compartimento abdominal através da inserção de um cateter ou indiretamente com a monitorização da pressão vesical, gástrica ou de outras cavidades. Sua mensuração é um procedimento de enfermagem, sendo de suma importância que seja realizada de forma fidedigna para que possa direcionar melhor a assistência prestada ao cliente. Objetivo: O presente estudo consistiu em um relato de experiência sobre a realização de uma educação em serviço no período de maio de 2013 para equipe de enfermagem da UTI geral de um hospital público da Bahia sobre os princípios técnico e teórico que norteiam a prática de mensuração da PIA. Metodologia: Atividade realizada através de uma simulação a beira do leito montado exclusivamente para a aplicação da ação educativa, tendo como público alvo os profissionais da equipe de enfermagem da UTI supracitada. Para o melhor desenvolvimento da atividade foram aplicadas as seguintes etapas: uma breve explanação teórica sobre a temática abordada, seguido de questionamentos direcionado ao público alvo, com a proposta que os mesmos demostrassem seus conhecimentos prático e cientifico na realização da mensuração da PlA. Posteriormente com base no exposto pela equipe de enfermagem, os facilitadores apresentaram passo a passo a técnica e os cuidados de enfermagem para realizarem o procedimento. Logo após foi aberto um espaço de discussão para que as partes envolvidas pudessem expor suas dúvidas e questionamento que surgiram em relação ao tema. Discussão: A prática da mensuração da PIA ainda permeia algumas dúvidas entre os profissionais da enfermagem que atuam na UTI, fato esse evidenciado através dos inúmeros questionamentos que surgiram, além do receio que os mesmos demostraram ao exporem seus conhecimentos práticos. Com isso a educação em serviço possibilitou reforçar as orientações sobre a prática de mensuração da PIA, promovendo uma sensibilização dos profissionais envolvidos, os quais mostraram motivados a buscarem mais conhecimento sobre o tema abordado. Conclusão: Apesar da mensuração da PIA não ser um procedimento rotineiro na maioria das UTI, faz-se necessário que o profissional de enfermagem responsável pela realização dessa prática tenha o conhecimento científico e técnico para realizar o procedimento de forma fidedigna, garantido qualidade da assistência prestada. Dessa forma, sugere-se que mais educação em serviço sejam realizadas pela coordenação de enfermagem sobre a temática, bem como outros assuntos, a fim de sanar as dúvidas que vão surgindo ao longo da prática assistencial. Palavras-chave: Pressão Intra-abdominal; Enfermagem; Educação em Serviço. IMUNIZAÇÃO INFANTIL: PERFIL DAS DOSES APLICADAS EM CRIANÇAS EM UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA AUTORES Sheila Silva Maia; Verine Silva de Souza; Denise Santana Silva dos Santos. RESUMO Introdução: As doenças infectocontagiosas podem levar crianças, no Brasil e no mundo, a sequelas importantes e a óbito. Em se tratando da morbi-mortalidade infantil, esse agravo costuma ser consequência do impacto do meio ambiente sobre a criança causando infecções respiratórias agudas, diarréia e a doenças imunopreveníveis. O declínio da mortalidade nos países em desenvolvimento passa pelas ações explicitas de saúde pública, como as campanhas de imunização, especialmente, pelo combate as doenças infecciosas e endêmicas. Dessa forma, observa-se uma tendência à redução da mortalidade infantil devido a implementação de um sistema de saúde que se propõe a assegurar aos cidadãos equidade, universalidade e igualdade no acesso. Objetivo: Descrever o perfil das doses aplicadas em crianças em uma Unidade de Saúde da Família na cidade do Salvador-BA, no período de dezembro de 2014 a maio de 2015. Método: Trata-se de um estudo retrospectivo com dados coletados no Boletim de registros de doses aplicadas para o APIWEB – versão 3, com abordagem quantitativa, de natureza descritiva e enfoque no levantamento documental. As variáveis contempladas foram: doses aplicadas e faixa etária. Os dados analisados foram simplificados e apresentados em forma de gráficos com indicação de porcentagem. Resultados e Discussões: No período de dezembro de 2014 a maio de 2015 foram administradas 2905 doses de vacinas em crianças menores de 5 anos. Sendo a Vacina Inativada contra Pólio - VIP/ Vacina Oral contra Pólio- VOP responsáveis pela maior quantidade de doses aplicadas entre as crianças com 20%, seguido da Pneumocócica 10 com 449 doses e Meningocócica C 328 doses. Vale ressaltar que essas vacinas são administradas em várias doses e a criança deve tomar todas as doses indicadas para ter a eficácia da vacina e a proteção imunológica. Em três meses a Influenza atingiu o quantitativo de 96 doses, essa vacina é administrada em esquema de campanha programada anualmente pelo Ministério da Saúde no período do outono. A administração da tríplice viral foi 160 doses, ela é a única vacina disponibilizada pelo SUS que combate a Varicela. Essa disparidade entre as doses distribuídas não permite garantir que a criança esteja com seu calendário vacinal em dia, primeiro porque o sistema APIWEB não identifica nominalmente as doses e segundo porque como a sala de vacina é para demanda aberta os valores não podem ser estimados como valores de continuidade da caderneta de vacina das crianças. Conclusão: O quantitativo de doses administradas não significa o número de crianças atingidas por conta da quantidade de doses de cada vacina. A vacinação na primeira infância é uma ação relevante de prevenção de doenças. Por isso, o conhecimento dos pais é uma importante questão para que a vacinação infantil chegue ao nível de efetividade esperado na cobertura vacinal. METODOLOGIA ATIVA ADOTADA NO COMPONENTE PROCESSO DO CUIDAR DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM LESÕES TEGUMENTARES AUTORES Cristiane Purificação de Oliveira Teixeira; William Mendes Lobão; Bárbara Pérez; Thadeu Borges Souza Santos; Silvana Lima Vieira RESUMO Introdução. Processo do Cuidar na Média e Alta Complexidade é componente curricular profissionalizante do curso de Enfermagem da UNEB, desenvolvido através de aulas teóricas e práticas em laboratório de habilidades e unidade de internação hospitalar. Suas estratégias metodológicas contemplam aula expositiva e dialogada, desenvolvimento de habilidades técnicas com suporte de monitoria de ensino e utilização de recursos ativadores da construção do conhecimento. Durante suas atividades, os alunos são sensibilizados a desenvolver simulação teórica e prática em laboratório, com abordagem generalista ao estudo semiológico e semiotécnico. Os graduandos tiveram experiência prática na realização de curativos em lesões tegumentares na prática de campo em hospital público de Salvador, no setor de Ortopedia. Eles vivenciaram o cuidar aos pacientes e realização de antissepsia e utilização de coberturas especiais, com a supervisão docente. Como estratégia pedagógica, os graduandos foram conduzidos à construção de maquetes para reproduzir os estágios I, II, III e IV das lesões tegumentares, realizando exposição e apresentado as manifestações clínicas, tratamentos com curativos especiais, entendimento sobre comissão de pele/feridas e o condutas da equipe de enfermagem e papel do enfermeiro como gestor do cuidado. Objetivo. Apresentar vivência de graduandos em enfermagem do componente processo do cuidar na media e alta complexidade, frente à adoção de metodologias ativas de ensino-aprendizado sobre pacientes portadores de lesões tegumentares. Método. Este é um relato de experiência de uma prática pedagógica ativa. Foi aplicada no componente curricular que se caracteriza pela iniciação do ciclo profissionalizante. A atividade foi realizada com todos os alunos do componente curricular, pois os mesmos tiveram momentos em estágios na unidade básica e hospitalar para cuidar do paciente portador de lesão. Resultados/Discussão. A partir de grupo de trabalho apresentado, os alunos construíram maquetes das lesões tegumentares, demonstrando segurança na exposição, explanaram sobre a identificação dos estágios das lesões, suas manifestações clínicas e tratamento. Expressaram vivencias e associaram os pacientes portadores de lesões aos respectivos estágios. Durante a prática hospitalar, relataram as limitações que perceberam na prática do monitoramento das lesões e a competência dos enfermeiros para indicação do tratamento terapêutico adequado. Conclusão. O estudo apresentado remete o entendimento sobre a lesão do sistema tegumentar, suas especificidades e complexidades. Através desta conduta percebeu-se a necessidade da identificação, monitoramento dos estágios e tratamento terapêutico adequado. O graduando foi sensibilizado quanto a importância do papel do enfermeiro na gestão do cuidado ao paciente portador de lesão tegumentar, reconhecer os estágios e respectivos tratamentos e complicações. Percebe-se que o graduando em enfermagem desenvolveu a atividade com autonomia e criatividade, realizou a exposição das maquetes ressaltando a importância do papel do enfermeiro como protagonista na conduta adequada ao paciente portador de lesão, a importância da qualificação profissional para o reconhecimento da manifestação clínica e terapêutica efetiva (entendendo o que há de atual em curativos especiais) e a sensibilização para o respeito ao paciente como ser integral. FACILIDADES E DIFICULDADES NA EDUCAÇÃO EM SAÚDE COM IDOSOS NA PREVENÇÃO DE COMPLICAÇÕES DE CARDIOVASCULARES AUTORES Silvana Lima Vieira, Thadeu Borges Souza Santos. RESUMO Introdução: As doenças cardiovasculares (DCV) estão entre as principais causas de adoecimento e morte na população brasileira, segundo estudos epidemiológicos do Ministério da Saúde. Suas complicações estão associadas ao aumento das demandas de usuários aos serviços médicos ambulatoriais, hospitalares e de reabilitação, bem como permitir desestruturação social e comprometimento da renda familiar, com expressiva morbidade e impacto na qualidade de vida. As DCV compreendem um amplo grupo de patologias clínicas resultantes em sua maioria de problemas crônicos, como a hipertensão, o diabetes, dentre outros. Objetivos: relatar as dificuldades e facilidades encontradas pela equipe executora de um projeto de extensão nas atividades educativas voltadas à prevenção de risco cardiovascular em idosos de uma Universidade Aberta da Terceira Idade. Justifica-se pela relevância da efetivação do tripé ensinopesquisa e extensão, voltadas à população idosa, na prevenção de doenças e agravos de origem cardiovascular. Método: Estudo descritivo, de natureza qualitativa, do tipo relato de experiência. Os participantes da pesquisa foram 3 professores e 03 bolsistas do projeto de extensão intitulado: prevenção de complicações cardiovasculares em idosos de uma universidade aberta da terceira idade. Resultados: as atividades dos professores e bolsistas de extensão são voltadas à promoção à saúde e prevenção de agravos e doenças, possibilitando desenvolvimento de habilidades como interação interpessoal nas oficinas de saúde da UATI. Quanto ao tema riscos cardiovasculares, evidenciou-se que os idosos ainda possuem muitos questionamentos sobre as transformações em sua saúde e no processo de adoecimento e limitações no que tange ao aparelho cardiovascular. As facilidades apontadas pela equipe foram: fácil interação com os idosos, retorno positivo no uso de jogos interativos de memória sobre a temática e participação ativa nas discussões em sala de aula. Quanto às dificuldades, destaca-se a dispersão dos idosos nas atividades de maior atenção como aulas expositivas e interesse ainda centrado na doença e medicalização em detrimento da prevenção. Discussão: Pode-se constatar que é necessário que a equipe executora desenvolva estratégias dinâmicas nas oficinas de saúde, de modo a permitir a interação e interesse dos idosos na temática proposta. Conclusão: Percebe-se que a participação docente e a aproximação discente nos projetos e atividades extensionistas adquire grande relevância, considerando a possibilidade de contato direto com a população, em meio à comunidade, através de atividades de educação em saúde com temas e necessidades oriundas do próprio indivíduo. Nesta perspectiva, a realização dessas atividades tornam-se fundamentais por envolver o ambiente acadêmico e comunidade num só lócus, e principalmente aproximando o discente, futuro profissional da real necessidade e demandas que ultrapassam a teoria e relações institucionais, possibilitando alcançar o plano de sensibilização para a partir daí, sensibilizar na mudança de comportamentos e autocuidado. CUIDADOS DA ENFERMEIRA ÁS CRIANÇAS COM DOENÇA FALCIFORME: PESQUISA BIBLIOGRÁFICA. AUTORES Fabiana Maria dos Santos Mendes; Denise Santana Silva dos Santos. RESUMO Introdução: A doença falciforme é uma enfermidade genética, caracterizada por um tipo de hemoglobina mutante denominada por hemoglobina S ou (Hb S), a qual, quando submetida à baixa concentração do oxigênio , adquire o formato de uma foice, obstruindo o fluxo sanguíneo, afetando determinado órgão. Objetivo geral desse estudo foi analisar por meio de uma pesquisa bibliográfica, em publicações nacionais, quais os cuidados da enfermeira às crianças com doença falciforme. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, de caráter descritivo, com abordagem qualitativa. A busca eletrônica ocorreu nos meses de agosto a dezembro de 2014, mediante ás consultas nas bases de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Base de Dados de Enfermagem (BDENF) que foram acessadas eletronicamente por meio da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Os descritores utilizados nessa pesquisa foram doença falciforme, criança, enfermagem, os quais constam nos descritores de ciência da saúde (DeCS). A partir dessas buscas e através de critérios de inclusão e exclusão foram selecionados 22 artigos para análise e interpretação dos dados. Resultados e Discussões: Os resultados foram apresentados inicialmente por meio de caracterização das publicações analisadas e por 3 categorias temáticas. A primeira categoria definiu o perfil dos eventos agudos que ocorrem em crianças com doença falciforme, os quais são determinantes para a morbimortalidade das mesmas. A segunda categoria identificou ações como imunização, profilaxia e tratamento como medidas eficazes na qualidade de vida das crianças com essa patologia. A terceira categoria aborda os cuidados da enfermeira às crianças com doença falciforme e ressalta que essa profissional deve oferecer cuidados peculiares às crianças com doença falciforme, com base no conhecimento científico, relacionando a teoria com a prática. Conclusão: Conclui-se que a enfermeira exerce papel fundamental no cuidado às crianças com doença falciforme, prestando assistência de forma qualificada tanto para essas crianças, como para os seus familiares. ASSIMETRIAS POSTURAIS E MÉTODOS DE AVALIAÇÃO POSTURAL NA DOENÇA DE PARKINSON AUTORES Rita de Cássia Oliveira dos Santos, Ioná da Costa Barreto Nascimento, Barbara Silva, Caroline Guerreiro, Aquiles Assunção Camelier, Fernanda Warken Rosa Camelier. RESUMO INTRODUÇÃO: A DPOC é uma doença inflamatória crônica que provoca limitação do fluxo aéreo em resposta aos agentes agressores da via aérea, inalação de gases e partículas nocivas, em especial, o tabaco. A insuficiência respiratória causada pela DPOC acarreta danos à mecânica pulmonar e musculatura periférica. Desta forma, o principal musculo da respiração, o diafragma, torna-se responsável por desencadear desvios posturais pelas suas inserções. OBJETIVO: Avaliar a postura em ortostase dos pacientes portadores de DPOC. MATERIAL E MÉTODOS: Trata-se de um estudo descritivo, de corte transversal. Foram incluídos os pacientes com diagnóstico de DPOC, estáveis, de ambos os sexos e que conseguiram realizar a espirometria. Os dados foram coletados no período de outubro de 2014 a outubro de 2015, na UNEB. Os pacientes foram avaliados utilizando-se uma ficha de avaliação postural subjetiva modificada de Magge e o Software de avaliação postural (SAPO). A avaliação postural subjetiva e as fotografias foram realizadas simultaneamente considerando as vistas anterior, lateral e posterior, evitando as compensações na postura. As fotos foram digitalizadas e analisadas por um avaliador cego. Foi realizada analise descrita no programa SPSS 17.0. O projeto foi aprovado pelo CEP/UNEB. RESULTADOS: Foram avaliados 18 portadores de DPOC, 14 (77,8%) eram do sexo masculino, com média de idade de 64,8±7,4 anos, 16 (88,6%) classificados com obstrução de moderada a muito grave. Na avaliação postural subjetiva considerando a vista anterior, oito (44,4%) estavam com a cabeça em rotação esquerda, 13 (72,8%) elevação do ombro esquerdo, quatro (22,2%) rotação esquerda do tronco, seis (33,3%) crista ilíaca esquerda mais elevada. Na vista lateral, 13 (72,2%) com interiorização da cabeça e joelhos recurvatun, nove (50,0%) protusão de ombros e hiperlordose lombar, dez (55,6%) hipercifose e anteversão pélvica. Vista posterior, oito (44,4%) apresentavam assimetria escapular e onze (64,7%) pés planos. Na avaliação computadorizada na vista anterior, nove (50,0%) apresentaram cabeça inclinada e acrômio elevada a esquerda respectivamente, 15 (83,3%) redução do ângulo esquerdo entre o acrômio e a espinha ilíaca antero superior EIAS, e 13 (72,2%) apresentavam membros inferiores genuvarum. Na vista posterior, 15 (83,3%) possuíam assimetria escapular e na vista lateral, 12 (66,7%) estavam com a cabeça em rotação esquerda. DISCUSSÃO: Alguns fatores como a hiperinsulflação pulmonar; uso excessivo da musculatura respiratória; padrão respiratório toracoabdominal; diminuição da mobilidade torácica e adoção de posturas viciosas favorecem as assimetrias posturais na DPOC. A hiperinsulflação pulmonar favorece as alterações que envolve a cintura escapular, pélvica e coluna torácica pelas inserções do diafragma no esterno, costelas e região dorso-lombar, alterando assim a biomecânica da caixa torácica e a organização da coluna. O diafragma, principal músculo da respiração, também é responsável pelo controle da postura, e a inserção das suas aponeuroses no iliopsoas, quadrado lombar e transverso do abdome também contribuem para as alterações posturais. CONCLUSÃO: A DPOC provoca disfunções estruturais ao indivíduo, principalmente com a progressão da doença e o uso excessivo da musculatura respiratória. As alterações funcionais respiratórias e as repercussões biomecânicas provocam adaptações dos músculos tornando-os responsáveis pelas compensações na estrutura corporal global. ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL FISIOTERAPEUTA COM PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES NA CIDADE DO SALVADOR, BAHIA AUTORES Iasminy Ferreira, Marcelo Peixoto RESUMO Identificar o perfil sociodemográfico e profissional dos fisioterapeutas que atuavam com as Práticas Integrativas Complementares, na cidade do Salvador-Bahia. MÉTODOS: Realizou-se um estudo quantitativo, transversal descritivo, composto por profissionais fisioterapeutas que atuavam com recursos terapêuticos alternativos. Foram incluídos os indivíduos que exerciam suas atividades profissionais com alguma intervenção não convencional; tido uma formação nessa área e pelo menos um ano de experiência clínica. Foram excluídos aqueles que estavam em férias ou licença médica no período da coleta dos dados. Os participantes responderam a um questionário estruturado construído para a pesquisa. A coleta foi realizada por meio de dados primários no período de janeiro/2015 a agosto /2015, sendo realizado um estudo piloto para calibrar o instrumento e o pesquisador. O banco de dados foi estruturado no software Excel (XP) e a análise realizada no Epi Info versão 7.1.4.0. Na análise das variáveis foram realizados o Teste de Fisher. RESULTADOS: A amostra foi composta por 20 fisioterapeutas, 13 (65,0%) eram sexo masculino. As terapias integrativas mais utilizadas pelos profissionais foram a acupuntura com 15 (75,0%), as práticas corporais/manuais com 14 (70,0%) e a meditação com cinco (25,0%). CONCLUSÃO: A atuação do fisioterapeuta com as Prática Integrativas e Complementares é caracterizada em sua maioria pelo exercício profissional da acupuntura. DISFUNÇÕES PNEUMOFUNCIONAIS NA DOENÇA DE PARKINSON AUTORES Henrique da Conceição Costa, Bárbara Silva dos Santos, Paula Silva Oliveira, Nicole Nunes Souza Costa, Luís Gustavo de Souza Carvalho, Isabela Barbosa Gomes, Larissa Evely Almeida Araújo, Caroline Ferreira Guerreiro, Fernanda Warken Rosa Camelier RESUMO INTRODUÇÃO: A Doença de Parkinson é uma patologia neurodegenerativa ocasionada pela perda gradual dos neurônios dopaminérgicos da substância negra. Na tétrade onde se apresentam rigidez muscular, bradicinesia, tremor de repouso e instabilidade postural. Há dificuldade de expansão pulmonar e alteração na caixa torácica acarretando alterações respiratórias. A diminuição da complacência pulmonar pode ocorrer devido à postura de flexão do tronco e limitação de ADM. Métodos como a cirtometria, manovacuometria e espirometria podem ser utilizados para avaliação pneumofuncional, que podem indicar presença ou não de alterações e assim, direcionar a prevenção e o tratamento desta condição clínica. OBJETIVO: Sistematizar o conhecimento acerca das alterações funcionais respiratórias na Doença de Parkinson. METODOLOGIA: Foi realizado um estudo de revisão de literatura, com pesquisa nas bases de dados PubMed, SciELO, e Bireme por meio das seguintes palavras-chave: “função pulmonar”, “doença de parkinson” e “espirometria” combinadas entre si e separadas, nos idiomas inglês e português. Foram incluídos artigos científicos originais que realizaram avaliação da função respiratória em pacientes com doença de Parkinson. Foram excluídos os artigos que não avaliaram a função pulmonar e seus desfechos, e artigos não disponibilizados na íntegra. RESULTADOS: Encontrou-se 39 artigos, sendo destes, 12 incluídos. DISCUSSÃO: A alteração dopaminérgica na DP pode acarretar dentre outros sintomas, déficts posturais tendo como consequências complicações pneumofuncionais, de mobilidade, clearance pulmonar, entre outros. Utilizando a manovacuometria para avaliar a força muscular respiratória, três artigos relataram diminuição da PImáx e PEmáx, sendo esta secundária ao aumento da rigidez, redução da pressão de recolhimento elástico, diminuição do volume de ar e taxas de fluxo de ar inspirado. Um trabalho não encontrou diminuição significativa no grupo de indivíduos parkinsonianos em comparação ao controle, o que pode ter relação com características da amostra. A partir das medidas de cirtometria, dois trabalhos apresentaram redução da expansibilidade torácica em parkinsonianos, e esta variável demonstrou correlação negativa alta com a idade. A redução da amplitude de movimento do tórax é derivada da rigidez muscular, bradicinesia e postura em flexão de tronco. A eficácia da tosse esteve diminuída em dois trabalhos. Configurando-se como um mecanismo complexo e importante para o clearance pulmonar e limpeza das vias aéreas, houve correlação negativa alta com o grau de comprometimento neurológico. A diminuição da força muscular e da expansibilidade torácica são fatores que contribuem para uma tosse ineficaz. Em quatro estudos, pacientes com DP apresentaram redução dos volumes e capacidades pulmonares, sendo este resultado ligado à diminuição da expansibilidade pulmonar. Em um dos estudos, não houve diferença significativa desta variável comparado a um grupo controle, o que neste caso pode haver influência do grau de comprometimento neurológico da população estudada (I e II de HY). A levodopa apresentou melhora dos valores espirométricos em dois estudos, porém em um artigo não houve significância estatística nas comparações, o que pode ter ligação com as características da população estudada. CONCLUSÕES: Pacientes com DP apresentam redução da mobilidade torácica, pico de fluxo de tosse, força muscular respiratória e redução dos volumes e capacidades, que comprometem a independência e funcionalidade no parkinsoniano. ASSIMETRIAS POSTURAIS E MÉTODOS DE AVALIAÇÃO POSTURAL NA DOENÇA DE PARKINSON AUTORES Ioná da Costa Barreto Nascimento; Rita de Cássia Oliveira dos Santos; Isabela Barbosa Gomes; Caroline Ferreira Guerreiro; Ana Caline Nóbrega da Costa; Fernanda Warken Rosa Camelier RESUMO INTRODUÇÃO: A doença de Parkinson (DP) é um transtorno neurodegenerativo, crônico e progressivo, caracterizado por déficits na síntese da Dopamina (DA) no sistema nervoso central (SNC). A alteração na síntese dopaminérgica no SNC na DP é gerada pela degeneração dos neurônios na parte compacta da substância negra; comprometendo a neuromodulação do movimento realizada pelos núcleos da base. Além dos distúrbios motores, a DP gera anormalidades nas aferências sensoriais e no processamento motor sensorial que causam a instabilidade na postura. Analisando-se a crescente inversão da pirâmide etária e agregado a este fenômeno o aumento da prevalência de doenças crônicas como a DP, torna-se primordial analisar a senilidade de maneira diferenciada. OBJETIVO: Sistematizar o conhecimento acerca assimetrias posturais e métodos de avaliação postural em portadores de DP. MÉTODOS: Tratase de uma revisão de literatura. A pesquisa fora conduzida nas bases de dados eletrônicas da Pubmed, SciELO, Google Scholar e Science Direct. A coleta de dados ocorreu entre Agosto de 2014 a Julho de 2015. Foi realizada a combinação de termos: “doença de Parkinson”, “alterações posturais”, “avaliação da postura” e “fotogrametria”; as palavras chave foram utilizadas juntas e/ou separadas, nas línguas portuguesa e inglesa. Foram incluídos neste estudo artigos científicos originais que realizaram avaliação postural em indivíduos portadores da Doença de Parkinson, que foram publicados nos últimos 10 anos. Artigos não localizados/não disponibilizados na íntegra foram excluídos, e aqueles que realizaram a avaliação da postura de portadores de parkinsonismo secundário também foram excluídos. RESULTADOS: A busca resultou na seleção de 29 artigos, sendo que foram encontrados 17 artigos na Pubmed três foram incluídos; dos quatro artigos localizados no SciELO dois foram excluídos; dos dois artigos encontrados no Google Schoolar apenas um foi incluído, e dos seis selecionados na Science Direct um foi selecionado. Desta forma, sete artigos publicados nos últimos 10 anos, nos idiomas inglês e português, foram incluídos. DISCUSSÃO: A partir da análise destes artigos, constatou-se que o método de avaliação da postura mais utilizado é a avaliação postural subjetiva. Observou-se que indivíduos com DP tendem a apresentar assimetrias posturais que predominaram o plano sagital, dentre os distúrbios mais frequentes estão a hiperlordose cervical, hipercifose torácica, arqueamento anterior do tronco. A análise biomecânica da postura de indivíduos com DP evidenciou a instalação de uma postura flexora. O arqueamento do tronco associado a outras anormalidades posturais possui um impacto significativo sob a função respiratória, já que este arqueamento conduz a limitação da amplitude torácica repercutindo negativamente sobre os volumes pulmonares. CONCLUSÃO: A análise biomecânica da postura de indivíduos parkinsonianos demonstrou que há predomínio dos distúrbios no plano sagital, havendo, portanto a instalação de uma postura arqueada. A avaliação postural é um método eficaz para a detecção de alterações estruturais e seu impacto nas funções respiratória, na manutenção do equilíbrio, e na marcha e outras atividades essenciais para o desempenho funcional. Sugere-se que mais pesquisas com este tema sejam realizadas, a fim de ampliar o conhecimento acerca deste assunto. SEGURANÇA E REPRODUTIBILIDADE DO TESTE TIMED UP AND GO EM IDOSOS HOSPITALIZADOS AUTORES Marilucia Louvores dos Santos, Bruno Prata Martinez, Leonardo Pamponet Simões, Isis Resende Ramos, Fernanda Warken Rosa Camelier, Aquiles Assunção Camelier RESUMO Introdução: Testes físicos seguros e confiáveis são importantes para rastrear risco de queda em idosos. Não existem estudos que avaliaram a segurança e confiabilidade do teste Timed Up and Go(TUG) em idosos hospitalizados. Objetivos: Avaliar a segurança e reprodutibilidade do TUG em idosos hospitalizados. Métodos: Trata-se de um estudo transversal onde foram coletadas três aferições do TUG para cada idoso, sendo considerado o melhor desempenho em segundos(s). Outras variáveis coletadas foram função cognitiva(MEEM), índice de comorbidades de Charlson, perfil admissional (clínico ou cirúrgico), relato de quedas no último ano e IMC. Para avaliar a confiabilidade relativa utilizou-se o coeficiente de correlação intraclasse(CCI) e para absoluta a análise Bland-Altman. Resultados: Comporam o estudo 68 idosos com idade média 70,4±7,7 anos, índice de Charlson 5,4±2,0 e predomínio do perfil clínico(64,7%). Nenhum dos 204 testes foi interrompido pelos critérios estabelecidos. Houve redução gradativa entre a primeira e terceira aferição (1a=11,6±6,54;2a=10,7±6,22 e 3a=10,3±5,54; valor p=0,001) e elevado CCI (1a e 2a: CCI=0,98; 1a e 3a: CCI=0,98; 2a e 3a: CCI=0,98; valor p=0,001), sendo que a maior correlação com o melhor desempenho foi associada a 3a aferição (CCI=0,99; valor p=0,001). Identificou-se que os menores viés (0,29 s) e limites de concordância (- 1,1 a 1,68 s) ocorreram também entre a 3a aferição e a de melhor desempenho. A medida de erro do método para avaliação da variabilidade foi 0,5 s e a alteração clinicamente significante 3,4 segundos. Conclusão: O TUG foi um instrumento seguro e com boa reprodutibilidade para mensuração do desempenho físico em idosos hospitalizados. Palavras-chave: idosos, reprodutibilidade dos testes, segurança, hospital, mobilidade. OCORRÊNCIA DE SINTOMAS AUDITIVOS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM ANEMIA FALCIFORME AUTORES Agda Araújo Gomes Alves, Mara Renata Rissatto Lago, Ana Carolina Guimarães, Fernando Gesteira de Pinho, Cristina Salles, Ana Marice Teixeira Ladeia. RESUMO Introdução: A anemia falciforme (AF) é uma hemoglobinopatia hereditária autossômica recessiva tendo como principal consequência a vaso-oclusão. Considerando a presença de isquemias na Cóclea, danos ao sistema auditivo não são inesperados. Estudos relatam a presença de sintomas auditivos na AF, porém, há escassez de estudos com o objetivo de determinar a frequência de sintomas auditivos na população mais jovem com AF. Objetivo: Verificar a ocorrência de sintomas auditivos em crianças e adolescente com AF. Método: Estudo descritivo prospectivo que incluiu 35 participantes, com idades entre 6 a 18 anos, com hemoglobinopatia (HbSS) encaminhados de um ambulatório de referencia de hematologia pediátrica, atendidos no programa de extensão “Atendimento Audiológico a Crianças e Adolescentes com AF” na Clínica Escola de Fonoaudiologia da Universidade do Estado da Bahia (UNEB). O estudo foi aprovado pelo CEP da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP) CAAE: 33705714.3.0000.5544 e todos os participantes assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE). Foi realizado exame físico (peso e altura) para cálculo do índice de massa corpórea (IMC) e uma entrevista padronizada adaptada do estudo de Silva 2009, para análise das variáveis referente à frequência de diminuição da audição (hipoacusia) e sintomas otoneurológicos (zumbido e/ou vertigemtontura rotatória). Resultados: A idade média do grupo 12,17±3,41 anos; IMC 16±2,12; predomínio do sexo masculino 65,7%; e etnia auto-referida pardos 57,10%. Quanto aos sintomas auditivos destaca-se que 20% referiram diminuição da audição, sendo 42,9% diminuição súbita da audição e do total dos participantes 54,3% referiram presença de sintomas otoneurológicos (zumbido e/ou vertigem) há aproximadamente 16 meses. Discussão: A ocorrência de sintomas auditivos como diminuição da audição, zumbido e/ou vertigem demonstrada neste estudo é referida na literatura como decorrentes da sensibilidade da cóclea a vaso-oclusão devido às células falcêmicas, e considerando o fato da Orelha Interna ser vascularizada pela artéria labiríntica (uma artéria terminal final) torna-a muito mais suscetível. Conclusão: No presente estudo observou-se a presença de sintomas auditivos principalmente vertigem e/ou zumbido seguido de diminuição da audição em crianças e adolescentes com AF indicando que o comprometimento audiológico pode ser precoce nessa população. MONITORAMENTO AUDIOLÓGICO EM BEBÊS COM INDICADORES DE RISCO PARA DEFICIÊNCIA AUDITIVA AUTORES Camila Soares Carneiro, Mara Renata Rissatto Lago RESUMO I ntrodução: O monitoramento audiológico tem a finalidade de auxiliar na identificação das perdas auditivas tardias e/ou progressivas e de alterações no desenvolvimento das habilidades auditivas, que podem culminar em alterações na aquisição da linguagem oral. A literatura tem encontrado baixo índice de perdas auditivas no monitoramento audiológico, que foram inicialmente negligenciadas pelas famílias e/ou cuidadores do lactente. Objetivo: Descrever os resultados de um programa de monitoramento audiológico em lactentes com indicadores de risco para deficiência auditiva (IRDA). Método: Estudo descritivo, ambiprospectivo e transversal. Foram coletados 56 prontuários de lactentes entre 6 e 18 meses com resultado PASSA na Triagem Auditiva Neonatal (TAN) e presença de IRDA. O estudo foi realizado na Clínica-escola de Fonoaudiologia da Universidade do Estado da Bahia. Os pais/responsáveis responderam um questionário sobre o perfil sociodemográfico materno e do lactente, e outro do desenvolvimento motor, auditivo e da linguagem do lactente. Em seguida, foram realizados os procedimentos do monitoramento audiológico do lactente: a Audiometria de Observação Comportamental (BOA), a Audiometria com Reforço Visual (VRA) e a pesquisa do Reflexo Cócleo-palpebral (RCP). Resultados: Foram selecionados 56 lactentes, 22 (39,28%) participaram do monitoramento audiológico e 34 (60,7%) não participaram pelo número fornecido estar errado ou ser inexistente, por terem marcado e não comparecido e pela impossibilidade de marcar atendimento por outros motivos. A média da idade do grupo avaliado foi de 11,6 meses. 100% dos lactentes tiveram localização da fonte sonora adequados na BOA e presença de RCP. No VRA, 19 (86,36%) lactentes apresentaram resultados adequados, 2 (9,09%) apresentaram resultados inadequados e 1 (4,54%) não colaborou para a realização do procedimento. Discussão: Os resultados indicam possíveis alterações auditivas nos casos com resultados inadequados, sendo necessário a realização de avaliação médica específica e procedimentos eletrofisiológicos para o diagnóstico diferencial, além de corroborar com a literatura, que demonstra um baixo índice de resultados inadequados em um ou mais procedimentos do monitoramento. Essas possíveis alterações podem acarretar em atrasos no desenvolvimento da linguagem. A não adesão das mães ao monitoramento, segundo a literatura, pode ocorrer por esquecimento do dia da consulta, situação socioeconômica, grau de instrução baixo, impossibilidade de comparecer no horário do atendimento, falta de orientação sobre a importância do monitoramento audiológico para a saúde auditiva da criança por desconhecimento e não valorização do programa de monitoramento audiológico precoce pelos profissionais de saúde envolvidos no período pré, peri e pós-natal, entre outros motivos. Conclusão: O monitoramento indicou predomínio de normalidade no desenvolvimento das habilidades auditivas dos lactentes avaliados e alta taxa de evasão, indicando a necessidade de ações que promovam à população informações sobre a importância do monitoramento audiológico. GRUPO TERAPÊUTICO DE LINGUAGEM ESCRITA: EXPERIÊNCIA COM GÊNEROS DISCURSIVOS AUTORES Cássia Regina Santana de Souza; Rosa Najara Almeida de Lima; Emile Almeida Moura Santos; Júlia Escalda RESUMO Introdução: A proposta de atuação fonoaudiológica em grupos terapêuticos apresentada fundamenta-se na abordagem sócio-histórica, sob a qual considera-se a linguagem como principal mediador semiótico das interações comunicativas que possibilita, nas interações grupais, partilhar conhecimentos prévios (vivenciados na cultura), e conhecimentos situacionais (vivenciados no contexto), gerando a construção compartilhada do conhecimento. Nesse sentido, considera-se na abordagem terapêutica grupal voltada para a superação das dificuldades de leitura e escrita, as fronteiras individuais de cada sujeito, mas também os espaços de interseção nos contextos interativos, o compartilhamento de interesses e dificuldades que permeiam a formação grupal. Neste trabalho são considerados os diversos gêneros discursivos nas esferas de atividades humanas, buscando-se abordar a linguagem escrita dentro de situações de comunicação, sociais e históricas, vividas pelos participantes. Objetivo: Relatar a experiência do trabalho com gêneros discursivos em um dos grupos terapêuticos do projeto de extensão “Oficinas de linguagem escrita: abordagem em grupos terapêuticos”, realizado na clínica-escola de Fonoaudiologia da Universidade do Estado da Bahia. Métodos: Trata-se de relato de experiência do trabalho desenvolvido por três monitoras-facilitadoras do projeto de extensão e três crianças, com queixas de linguagem escrita, realizado no segundo semestre de 2014. Nesse grupo específico, as entrevistas iniciais já tinham sido realizadas com pais e responsáveis, que conheciam a metodologia desenvolvida. Realizou-se reavaliação fonoaudiológica das crianças e o grupo selecionou temas de interesse que foram desenvolvidos em atividades de práticas de leitura compartilhada, produção de textos, análise e escrita. As produções do grupo foram selecionadas para a confecção de um produto final. Resultados: Dada a proposta teóricometodológica do projeto de extensão, os interesses comuns foram negociados e os participantes foram reunidos em torno de um projeto. À época do desenvolvimento das atividades, ocorria no Brasil a Copa do Mundo de futebol, que foi motivadora do tema. A proposta de projeto foi de conhecer a cultura de lugares de interesse e histórias países participantes do torneio de futebol. O percurso teve início com a proposta inicial das monitoras sobre a África e, em seguida, propôsse que cada criança selecionasse um país pelo qual tivesse interesse e pesquisasse sobre ele. Foram explorados contos africanos, textos informativos, jornalísticos e históricos trazidos por todos os participantes do grupo sobre os países selecionados. Buscando respeitar o momento de desenvolvimento de cada participante, os textos foram lidos de forma compartilhada, analisados quanto às suas formas e usos sociais e realizadas atividades sobre os temas. O produto final foi um álbum que compilou os textos lidos e todas as produções desenvolvidas pelas crianças durante o semestre. Discussão e conclusões: Houve adesão ao processo de construção coletiva de textos negociados entre todos os participantes do grupo (crianças e monitoras), inclusive motivando uma delas que, inicialmente, relatava não ter interesse pelas atividades propostas. Reitera-se a importância de se respeitar as particularidades dos indivíduos do grupo, as dinâmicas de interações que são ali desenvolvidas, dando significado às práticas de linguagem escrita no contexto terapêutico grupal. COMUNIDADES DE APRENDIZAGEM: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA COM GRUPOS INTERATIVOS AUTORES Débora Larissa de Sousa Ramos RESUMO Introdução: As Comunidades de Aprendizagem são um projeto educativo de transformação social e cultural, que tem por objetivo o oposto da adaptação e da segregação. Comunidades de Aprendizagem visam transformar o contexto, por exemplo, utilizando a criação de grupos heterogêneos nas salas de aula, onde professores e voluntários estão envolvidos. A origem deste modelo educativo foi a Escola de Pessoas Adultas de La Verneda-Sant Martí, situada em Barcelona, que iniciou seu funcionamento em 1978 visando coordenar as ações da escola com as ações da comunidade e hoje representa um referencial educativo a nível internacional. Objetivos: Este trabalho tem por objetivo relatar a experiência educativa vivida durante o programa Ciência sem Fronteiras com Comunidades de Aprendizagem em uma escola privada na cidade de Granada, província andaluza da Espanha. Métodos: O centro educativo em questão iniciou o projeto Comunidades de Aprendizagem em outubro de 2014 e, por ser de caráter experimental, o voluntariado contava com professores e alunos da própria instituição, que se dividiam em diversas atividades, a saber: tertúlias dialógicas, grupos interativos e biblioteca tutorada. Os grupos interativos trabalham sob a perspectiva de que é por meio da interação com os outros que as crianças averiguam de que se trata a cultura e como concebem o mundo. Resultados: Em fevereiro de 2015, o voluntariado estendeu-se à comunidade em geral, abrangendo também pais de alunos, ex-alunos, estudantes de outras instituições de ensino e pessoas do bairro. Foi realizada pela coordenação uma roda de conversa antes do início das atividades. A reunião foi composta por dinâmicas de integração, informações sobre o projeto e seus objetivos e um espaço para perguntas e explanação de expectativas. Este trabalho teve duração de três meses e os voluntários participavam geralmente entre duas a três vezes por semana, de acordo com sua disponibilidade de tempo. Para as sessões de grupos interativos, o professor prepara uma atividade que possibilite a discussão dos estudantes e a sala é dividida em pequenos grupos de três a cinco membros. Cada voluntário participa de um grupo com o objetivo de dinamizar as questões da atividade proposta, sempre visando o questionamento entre os estudantes e com o cuidado de não dar a resposta. Ou seja, o voluntário se coloca numa posição horizontal perante os discentes, ao invés de ocupar o papel geralmente exercido pelo adulto na sala de aula: detentor do conhecimento; aquele que ensina. O projeto deste curso letivo foi finalizado com uma roda de conversa entre professores, alunos e voluntários, que teve por objetivo o compartilhamento das experiências vivenciadas, bem como explorar sugestões e críticas aos métodos aplicados. Discussão e conclusões: De maneira geral, a experiência com grupos interativos se mostrou uma alternativa eficiente e complementária à forma como a educação vem sendo posta atualmente porque representa uma contrapartida ao tradicionalismo. Afinal, consegue abarcar a educação no seu sentido mais amplo, incentivando e instigando, para além do academicismo, valores sociais, como o respeito às diversidades, a cooperação e a construção de vínculos. CARACTERIZAÇÃO DOS ATENDIMENTOS DE UM SERVIÇO DE TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL EM SALVADOR – BA AUTORES Mauricio Souza Freitas, Ana Terra Brito de Jesus, Letícia Marques Borges de Matos, Sizera Ferreira dos Santos. RESUMO Introdução: A deficiência auditiva (DA) na infância é um problema com repercussões graves no desenvolvimento da fala, cognição e aspectos educacionais do indivíduo. Sendo assim, a Triagem Auditiva Neonatal (TAN) tem o objetivo de identificar, o mais precocemente, uma possível perda auditiva em neonatos e lactentes. A TAN consiste na realização de exames para captação de medidas fisiológicas e eletrofisiológicas da audição, encaminhamentos para diagnóstico da deficiência e intervenções adequadas à criança e sua família. A Lei Federal 12.303, de 2 de agosto de 2010, com base na magnitude das alterações auditivas, dispõe sobre a obrigatoriedade de realização gratuita do exame de Emissões Otoacústicas Evocadas (EOA-E), em todos os hospitais e maternidades nas crianças nascidas em suas dependências. Objetivo: Caracterizar os atendimentos, no período de janeiro a outubro de 2015, realizados por um serviço de TAN de um Hospital Geral localizado em Salvador – BA. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, de abordagem quantitativa e corte retrospectivo, em que foi realizada uma análise documental em banco de dados. Resultados: No período de 01 de janeiro a 22 de outubro de 2015, foram realizados 1817 exames de EOA-TE. Quanto à Unidade de Internamento Hospitalar de origem, 86,73% foram do Alojamento Conjunto (AC), 7,34% da Unidade de Cuidados Intermediários Neonatais, 3,63% da Unidade Canguru, 0,33% da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), 0,22% do Centro Obstétrico e 0,22% da Enfermaria Pediátrica. Além disso, foram realizados 82 (4,51%) exames de crianças nascidas no hospital, mas que já haviam saído de alta hospitalar e retornaram à unidade para realização do teste. Do total de exames realizados no período estudado, 1624 (89,38%) obtiveram como resposta “passa” em ambas as orelhas, e 193 (10,62%) apresentaram resultados alterados em uma ou ambas as orelhas e, portanto, foram encaminhados para reteste. O exame de Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico (PEATE) foi indicado para 140 (7,70%) indivíduos. Discussão: O elevado número de exames realizados, justifica-se pelo fato de ser uma maternidade referência EM GESTAÇAO DE ALTO RISCO que realiza partos de gestantes oriundas de todo estado da Bahia. Acredita-se que foi realizado um maior número de exames em pacientes internados no AC, pois esta é a unidade com o maior número de leitos e maior número de pacientes eletivos ao exame EOA-E. Já no CO, o curto período de internamento e a rápida transferência às demais unidades, justifica a realização de apenas 0,22% dos exames no período analisado. Na enfermaria pediátrica, o número reduzido de exames se dá pelo perfil de crianças maiores e já submetidas à TAN anteriormente. Vale ressaltar que o encaminhamento para o reteste e para o exame de captação do PEATE são condutas importantes para melhor definição da condição auditiva e para contribuição do topodiagnóstico da alteração auditiva. Conclusão: O serviço de TAN dentro da unidade hospitalar se mostra um dispositivo de grande relevância devido sua possibilidade de ampla abrangência no território hospitalar, além de ser um exame rápido, indolor e não invasivo, com resultado imediato e possibilidades de encaminhamento precoce para diagnóstico audiológico completo. ÍNDICE DE RETORNO AO RETESTE EM UM SERVIÇO DE TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL EM SALVADOR–BA AUTORES Mauricio Souza Freitas, Ana Terra Brito de Jesus, Letícia Marques Borges de Matos, Sizera Ferreira dos Santos. RESUMO ÍNDICE DE RETORNO AO RETESTE EM UM SERVIÇO DE TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL EM SALVADOR–BA. Introdução: A audição nos primeiros anos de vida é essencial para o desenvolvimento da criança, exigindo que o diagnóstico da deficiência auditiva (DA) e a intervenção terapêutica sejam realizados o mais precocemente possível. Diversos comitês nacionais e internacionais relacionados à perda auditiva na infância recomendam a implantação da Triagem Auditiva Neonatal (TAN), que consiste no rastreamento auditivo de recém nascidos antes da alta hospitalar. Considerando a magnitude das alterações auditivas, a Lei Federal 12.303, de 2 de agosto de 2010, dispõe sobre a obrigatoriedade de realização gratuita do exame de Emissões Otoacústicas Evocadas (EOA-E), em todos os hospitais e maternidades nas crianças nascidas em suas dependências. Objetivo: Verificar o índice de retorno para o reteste do exame de Emissões Otoacústicas Evocadas Transientes (OEA-TE), no período de janeiro a outubro de 2015, em um serviço de TAN de um Hospital Geral localizado em Salvador – BA. Metodologia: Foi realizado um estudo descritivo, retrospectivo, através da análise documental em banco de dados com informações do período de 01 de janeiro a 22 de outubro de 2015. Resultados: No período analisado, foram realizados 1817 exames de EOA-TE. Destes exames, 1624 (89,38%) apresentaram resultado “passa” em ambas as orelhas, e 193 (10,62%) tiveram respostas alteradas, “falha”, uni ou bilateralmente, sendo assim, foram encaminhados para reteste. Dos pacientes encaminhados para o reteste, 16,06% compareceram para realização do exame e, 83,93% não retornou para o reteste das EOA - TE. Dentre os que não compareceram para o reteste, 48,76% tiveram resultado “falha” em ambas as orelhas e 51,23% tiveram resultado “falha” em apenas uma orelha, no primeiro exame. Com relação a cidade de origem, 70,37% residia em Salvador, 20,37% no interior da Bahia e 9,25% na região metropolitana de Salvador. A idade materna variou de 14 a 50 anos, com média de 25,82. Discussão: O elevado número de exames realizados sugere a grande abrangência de crianças submetidas à TAN na instituição onde a pesquisa foi realizada, no entanto, o número reduzido de retornos para o reteste, demonstra uma fragilidade no processo de diagnóstico precoce das alterações auditivas. Apesar do hospital possuir uma maternidade referência estadual para gestantes de alto risco, e receber pacientes de diversas cidades da Bahia, a maioria dos recém-nascidos/lactentes que não retornam para a realização do reteste residem em Salvador, sugerindo pouco envolvimento das mães com as questões relacionadas à audição, além da necessidade da criação de programas de follow up, parcerias com a Atenção Básica para referência e contra-referência, bem como reforço das orientações sobre a importância do diagnóstico precoce para o bom desenvolvimento da criança. Conclusão: Os dados analisados sugerem a necessidade de maior sensibilização da população acerca da importância da TAN, sobretudo a continuidade do processo diagnóstico, por meio do reteste do exame de EOA-TE, para os casos indicados. IMITANCIOMETRIA EM NEONATOS E LACTENTES: CURVA TIMPANOMÉTRICA E REFLEXOS ACÚSTICOS AUTORES Monique Lopes da Rocha; Mara Renata Rissatto Lago RESUMO Introdução: A imitanciometria com tom sonda na frequência de 1000Hz é a mais apropriada para a população com idade até seis meses. Na literatura pesquisada, foram encontrados poucos estudos que analisaram neonatos e lactentes com indicadores de risco para perda auditiva (IRPA), sendo necessário padronização das medidas imitanciométricas nesta população. Objetivos: Identificar os padrões timpanométricos e do reflexo acústico estapediano, utilizando a sonda de 1000Hz em neonatos e lactentes com e sem IRPA. Método: Estudo transversal, analítico, com grupo de comparação. Foram avaliados 31 neonatos e lactentes (62 orelhas) divididos em: Grupo I - 22 neonatos e lactentes sem IRPA (44 orelhas) e Grupo II - 9 neonatos e lactentes com IRPA (18 orelhas), com presença de Emissões Otoacústicas Transientes (EOAT). Foi realizada a avaliação das medidas Imitanciométricas (timpanometria e reflexo acústico) com tom sonda de 1000Hz. Dados clínicos e sociodemográficos coletados através de prontuário. Todos os procedimentos foram realizados na Clínica-Escola de Fonoaudiologia Prof. Jurandy Gomes do Aragão, da Universidade do Estado da Bahia, 2015. Resultados: Foram analisadas 33 orelhas do Grupo I e 18 do Grupo II. 84,6% no Grupo I e 88,9% no Grupo II apresentaram curva timpanométrica normal, segundo Sutton. Destes, 100% de ambos os grupos apresentaram curva de pico único (PU). Os reflexos acústicos estapedianos contralaterais e ipsilaterais, quanto a presença/ausência e quanto ao Limiar do Reflexo Acústico Estapediano (LRAE), não mostraram diferenças estatisticamente significante entre os grupos. Discussão: A curva de PU também foi encontrada em maior proporção em diversos estudos e é considerada indicativa de orelha média sem alterações. Este achado é justificado, visto que, todos os participantes tiveram EOAT presentes. A presença do reflexo acústico estapediano indica um apoio adicional para caracterizar a função normal da orelha média e do arco reflexo. Os limiares do reflexo acústico variaram entre 70 dBNPS (valor mínimo encontrado) à 105 dBNPS, para reflexos ipsilaterais, e uma variação entre 65 dBNA à 105 dBNA para reflexos contralaterais, sem diferença estatisticamente significante entre os grupos. Esse dado discorda do que foi encontrado na literatura, que apresenta diferença entre limiares do reflexo acústico ipsilaterais nas frequências de 1000, 2000 e 4000Hz no grupo com indicadores de risco. Conclusão: Neonatos e lactentes com Emissões Otoacústicas presentes, com ou sem IRPA apresentaram o mesmo padrão para timpanometria e reflexos acústicos estapedianos, com tom sonda de 1000Hz. ATUAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA NA SINDROME DE GUILLAIN-BARRÉ NA INFÂNCIA: RELATO DE CASO AUTORES JESUS, A.T.B; FREITAS, M.S; RIBEIRO, V.A; ALMEIDA, H.M, CHALLUB H.A, CONCEIÇÃO, P.R.E.S, VAZ, D.C RESUMO INTRODUÇÃO: A Síndrome de Guillain Barré é uma polirradiculoneurite desmielinizante inflamatória aguda, caracterizada por fraqueza muscular ascendente, parestesia, sobretudo em extremidades, diplegia facial, paralisia bulbar e, em alguns casos, envolvimento de musculatura respiratória e deglutição. Frequentemente está associada a quadro infeccioso, de origem respiratória ou gastrointestinal. A doença pode atingir adultos e crianças, tendo ocorrência rara em crianças pequenas. O prognóstico varia conforme a gravidade das manifestações e demanda intervenção multiprofissional, no entanto, geralmente é benigno com total recuperação em 60% dos casos. OBJETIVO: Descrever as principais manifestações fonoaudiológicas na Síndrome de Guillain Barré na infância. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de caso de uma paciente de 11 anos, sexo feminino, com diagnóstico de Síndrome de Guillain Barre. O estudo foi desenvolvido com base na história clínica, nos dados do prontuário médico e registros dos atendimentos fonoaudiológicos durante internamento na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e Enfermaria Pediátrica de um Hospital Estadual em Salvador/Ba. RESULTADOS: A paciente foi admitida na emergência pediátrica com relato de fraqueza muscular em membros inferiores há 3 dias, apresentou piora significativa na admissão hospitalar, evoluindo com força muscular abolida em membros inferiores, ascendendo para membros superiores, desconforto respiratório importante e disfagia. Foi encaminhada para a UTI pediátrica, com necessidade de via alternativa de alimentação e suporte ventilatório, inicialmente por intubação orotraqueal e em seguida por traqueostomia (TQT). O atendimento fonoaudiológico iniciou-se após solicitação da equipe médica, na avaliação fonoaudiológica inicial a paciente foi encontrada acordada, colaborativa, em ventilação mecânica via TQT e alimentação por sonda nasoenteral. Neste momento evidenciouse abertura espontânea limitada de mandíbula, mobilidade e força de lábios, língua e bochechas reduzidas, fraqueza importante de musculatura respiratória, com proteção de vias aéreas prejudicada, sendo contraindicada alimentação por via oral no momento. O acompanhamento fonoaudiológico aconteceu 5 vezes por semana, por tempo médio de 30 minutos, conforme tolerância da paciente. Foram realizados exercícios oromiofuncionais, estimulação tátil, térmica e gustativa, e estimulação à comunicação por meios alternativos. Além disso, houve discussões com a equipe de fisioterapia a respeito do desmame da ventilação mecânica. Durante acompanhamento fonoaudiológico, a paciente evoluiu satisfatoriamente e encerrou o internamento hospitalar com alimentação por via oral exclusiva, conforme prescrição nutricional, sem restrição de consistências, decanulada da TQT e comunicando-se verbalmente. DISCUSSÃO: Observa-se o impacto positivo da intervenção fonoaudiológica na reabilitação do caso de Síndrome de Guillain Barre na infância. A realização de exercícios voltados para a estimulação da musculatura orofacial, colabora para o trofismo muscular e acelera o processo de remielinização, favorecendo a recuperação desses pacientes e o reestabelecimento das funções de mastigação, deglutição e fala. CONCLUSÃO: Este estudo demonstrou que a intervenção fonoaudiológica favoreceu o bom prognóstico da paciente estudada, com retorno da alimentação por via oral, bem como dos aspectos da comunicação. A VERTENTE PRÁTICA DO PIASC: RELATO DE EXPERIÊNCIA AUTORES Catarina Cavalcante, Gabriel Freitas, Juliana Sampaio, Larissa Luciano, Taís Diane, Thais Regis Aranha Rossi, Márcia Maria Rosa da Silva. RESUMO Introdução: O Programa de Integração Academia, Serviço e Comunidade (PIASC) é um componente curricular teórico-prático que visa permitir o contato e a atuação discente na Atenção Básica, bem como também possibilitar a troca de experiências entre profissionais de saúde, agentes comunitários e usuários do Sistema Único de Saúde. O PIASC também sustenta conceitos sobre humanização na saúde, trazendo uma proposta de horizontalidade no tratamento. No seu desenvolvimento teórico, a disciplina traz abordagens sobre temas de fundamental importância para compreensão crítica do Sistema de Saúde no Brasil como aspectos históricos das políticas de saúde, Reforma Sanitária Brasileira, Sistema Único de Saúde, Modelos de Atenção, Condições de saúde da população brasileira, Determinantes Sociais, Participação social. Em sala são debatidos diversos assuntos de teor muito reflexivo, por exemplo, o empoderamento (ainda limitado ou nulo) dos usuários;ao contexto, muitas vezes desfavorável, em que o mesmo está inserido e ao fazer meramente tecnicista dos profissionais de saúde atualmente, sobretudo no que tange o serviço público. Objetivo: Relatar a experiência dos estudantes do primeiro semestre dos cursos de Fisioterapia e Fonoaudiologia ao vivenciarem as atividades práticas do componente curricular PIASC (I) na identificação do processo de territorialização da comunidade da Saramandaia, situada no Distrito Sanitário Cabula-Beiru. Métodos: A visita a comunidade da Saramandaia foi realizada pelos estudantes e mediada pelos professores do componente curricular PIASC. O relato de experiência foi elaborado como proposta da disciplina Metodologia Científica e do Trabalho Científico, com o enfoque de instrumentalizar os estudantes para a produção de trabalhos acadêmicos. Resultados e discussão: A unidade de saúde em Saramandaia, ainda que limitada a poucos metros quadrados, conta com quatro equipes completas de saúde da família, tenta contemplar toda a população do bairro. As demandas das 40 mil pessoas são muitas e nem sempre estão relacionadas obrigatoriamente a uma condição de enfermidade. No território de Saramandaia foi possível visitar as microáreas com o Agentes Comunitários de Saúde e realizar reuniões com os profissionais da gestão do serviço para compreensão do processo de trabalho das equipes, gerenciamento, mapeamento do território, reconhecimento de direcionalidade e competências culturais. É necessário analisar o meio em que aquele usuário está incluído para, a partir disto, ter um entendimento menos conteudista e assistir àquela pessoa de modo integral e humanizado, fazendo considerações sociais. Entender as carências do sujeito é o primeiro passo para desenvolver estratégias de como empoderá-lo, fazendo com que o mesmo tenha domínio e conhecimento frente às suas dificuldades e, então, possa saná-las. Conclusão: A vertente prática do PIASC propicia aos estudantes vivenciarem a Unidade Básica de Saúde conhecendo a mesma e sua dinâmica, correlacionando com as temáticas teóricas e avaliando o que de fato está sendo aplicado conforme esboçado. METODOLOGIA DE TERAPIA EM GRUPO PARA CRIANÇAS COM QUEIXAS NA FLUÊNCIA AUTORES Anderson Ferreira dos Santos, Aline Cristiane Gama Moura, Marcos Henrique Oliveira, Ana Regina Graner. RESUMO Introdução: A linguagem é caracterizada como o conhecimento de um código linguístico. Durante o processo de desenvolvimento infantil, a criança desenvolve esse código à medida que o utiliza para produzir e compreender mensagens. Nesta etapa de aquisição, a criança pode encontrar dificuldades em alinhar-se aos padrões de comunicação ditos normais. Dentre as desordens comunicativas, destaca-se as disfluências, que quando não intervindas precocemente, são grandes as chances de desenvolver um quadro de gagueira. Nas novas abordagens fonoaudiológicas, a terapia em grupo é legitimizada por trabalhar a construção conjunta do conhecimento entre os sujeitos, proporcionando a troca de experiências e ressignificações dos processos patológicos. Objetivo: Descrever a metodologia da terapia em grupo para crianças que apresentam queixas de disfluências. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência ocorrido em uma clinica escola de fonoaudiologia de uma instituição de ensino superior de Salvador. Fizeram parte do grupo terapêutico sete crianças, todas do sexo masculino, de quatro a seis anos de idade. Os pacientes foram divididos em dois grupos permanentes para o desenvolvimento das condutas. Aconteceram dez encontros entre os períodos de abril de 2015 a outubro de 2015, nos quais foram realizadas avaliação de linguagem e posterior intervenção terapêutica. Concomitante as terapias, aconteceram três encontros em grupo com os pais que buscava numa proposta de conserva semi direcionada, apresentar situações e orientações quanto à conduta dos mesmo perante seus filhos e as disfluência. Resultados: Os primeiros encontros foram destinados a atividades de avaliação da linguagem, apresentação e busca na criação de vínculos. A medida que aconteciam as terapias, a familiaridade com os participantes e a criação do vinculo terapêutico mostraram-se ferramentas decisivas para adesão a proposta terapêutica. O uso de contação de historias foi à temática com melhor receptividade pelos pacientes. Referente as queixas iniciais de disfluências gagas, pode-se constatar que algumas crianças não apresentavam este quadro, mas sim uma alteração fonológica. No que tange aos encontros com os pais, as trocas de relatos dos mesmos ajudou na construção plural do conhecimento. Por fim, é nítido o desconhecimento sobre a melhor maneira de abordagem durante as disfluências dos filhos. Conclusão: A terapia em grupo, quando realizada entendendo as particularidades dos pacientes, apresenta-se uma ferramenta eficaz de trabalho, a medida que ela dinamiza a conduta terapêutica e consegue atender um número maior de usuários, diminuindo assim as grandes filas de atendimento de clinicas escola. Conclui-se também que a alternativa de desenvolver oficinas com os pais é um ótimo recurso para co-responsabilizá-los quanto a sua importância na terapia fonoaudiológica e embasa-los na conduta mais coerente com os filhos em seu cotidiano. INDICARORES DA EVOLUÇÃO DA INGESTA ORAL NA DISFAGIA NEUROGÊNICA INFANTIL: ESTUDO DE CASO AUTORES JESUS, A.T.B; FREITAS, M.S; RIBEIRO, V.A; ALMEIDA, H.M, CHALLUB H.A, CONCEIÇÃO, P.R.E.S, VAZ, D.C RESUMO INTRODUÇÃO: A disfagia representa um importante aspecto na assistência à população pediátrica, pois pode acarretar graves complicações, entre elas a pneumonia aspirativa de repetição, a desidratação e a desnutrição. O processo de reabilitação fonoaudiológica da deglutição contempla exercícios miofuncionais orofaciais, estimulação tátil e térmica, entre outras técnicas fonoterápicas. Se faz importante o acompanhamento da eficácia terapêutica e evolução da ingesta oral dos pacientes submetidos à intervenção fonoaudiológica. Tal acompanhamento pode acontecer por meio de avaliações instrumentais, como a videofluroscopia, ou com uso de protocolos/escalas, como o instrumento Functional Oral Intake Scale (FOIS) que gradua, em níveis, a ingesta por via oral, permitindo o monitoramento da evolução e eficácia terapêutica fonoaudiológica. OBJETIVO: Verificar a evolução da ingesta oral na disfagia orofaríngea neurogênica infantil em uma paciente submetida à fonoterapia. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de caso de uma paciente de 11 meses de idade, sexo feminino, com diagnóstico de Malformação de Chiari, mielomeningocele lombar e torácica, hidrocefalia e sequela neurológica de hipertensão intracraniana secundária a meningite bacteriana. O estudo foi desenvolvido na Enfermaria Pediátrica de um Hospital Estadual em Salvador/Ba. RESULTADOS: A paciente foi admitida na Enfermaria no pós-operatório de colocação de Derivação Ventrículo Peritoneal (DVP), secundária a hidrocefalia. Na avaliação fonoaudiológica inicial, a paciente encontrava-se acordada, com hipotonia global e orofacial, ausência de vedamento labial, estase salivar em cavidade oral, hiporresponsiva ao toque intra e extra oral. A avaliação fonoaudiológica evidenciou disfagia orofaríngea neurogênica grave, com classificação nível I na escala FOIS, isto é, sem indicação de alimentação por via oral e, portanto, alimentação exclusiva por via alternativa de alimentação. Os atendimentos aconteceram 5 vezes por semana, com sessões de aproximadamente 30 minutos, conforme tolerância da paciente. A fonoterapia consistiu em estimulações táteis e gustativas em regiões extra e intra orais, e orientações sobre forma segura à oferta da dieta por via oral. Após 10 atendimentos, a paciente evoluiu para o nível II da escala FOIS, em que se iniciou a estimulação gustativa por via oral, em seguida para o nível III, na 18ª sessão de fonoterapia, mantendo via alternativa de alimentação e oferta constante de alimentação por via oral. A paciente apresentou boa evolução da ingesta oral, bom estado geral, ganho ponderal e sem intercorrências pulmonares. A alta fonoaudiológica e hospitalar ocorreu após 22 sessões de fonoterapia e a paciente encontrava-se no nível V da escala FOIS, alimentando-se exclusivamente por via oral, em múltiplas consistências, porém com necessidade de preparo especial dos alimentos. DISCUSSÃO: A escala FOIS, apesar de ter sido elaborada para aplicação em indivíduos pós-acidente vascular encefálico, se mostrou eficaz no acompanhamento da funcionalidade da alimentação na criança estudada, mostrando-se um instrumento útil para o controle da evolução da ingesta por via oral do início ao término da intervenção fonoaudiológica no âmbito hospitalar. CONCLUSÃO: Este estudo demonstrou que a intervenção fonoaudiológica favoreceu o retorno da alimentação por via oral com segurança da paciente estudada, e a escala FOIS constituiu um importante marcador para verificação da eficácia terapêutica fonoaudiológica, ao longo das intervenções durante internamento hospitalar. PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA DOENÇA REUMÁTICA CRÔNICA DO CORAÇÃO EM SALVADOR DE 2009 – 2014 AUTORES Catarina Magalhães da Paixão Barata, Ícaro Gabriel Silva Santos. RESUMO INTRODUÇÃO: A doença reumática crônica do coração (DRCC) é uma complicação da febre reumática, decorrente de uma faringite causada pelo Streptococcus pyogenes. Assim como a insuficiência cardíaca (IC), ela é uma doença crônica, porém, mais prevalente em regiões em desenvolvimento. OBJETIVO: Comparar o perfil epidemiológico da DRCC em Salvador/Bahia com o da IC. MÉTODO: Estudo epidemiológico descritivo, baseado em dados secundários do DataSUS em Salvador/Bahia, no período de 2009-2014, utilizando valores relativos e absolutos de faixa etária, sexo, óbitos e taxa de mortalidade. RESULTADOS: Casos de DRCC em Salvador/Bahia, 2009 (111/266), 2010 (100/281), 2011 (141/425), 2012 (210/552), 2013 (183/525), 2014 (148/507), total (893/2556). Casos de IC em Salvador/Bahia, 2009 (1275/20156), 2010 (1223/20019), 2011 (1518/20332), 2012 (1612/18907), 2013 (1794/18008), 2014 (1748/17212), total (9170/114634). Óbitos por DRCC/IC em Salvador, 2009 (5/160), 2010 (4/166), 2011 (5/189), 2012 (17/227), 2013 (10/228), 2014 (14/200), total (55/1170). Taxa de mortalidade por DRCC/IC, 2009 (4,5/12,55), 2010 (4/13,57), 2011 (3,55/12,45), 2012 (8,10/14,08), 2013 (5,46/12,71), 2014 (9,46/11,44), total (6,16/12,76). Óbitos por DRCC por sexo (masculino/feminino), 2009 (29/82), 2010 (35/65), 2011 (51/90), 2012 (70/140), 2013 (71/112), 2014 (58/90), total (314/579). Taxa de mortalidade por DRCC por sexo (masculino/feminino), 2009 (3,45/4,88), 2010 (5,71/3,08), 2011 (7,84/1,11), 2012 (2,86/10,71), 2013 (5,63/5,36), 2014 (8,62/10), total (5,73/6,39). Casos de DRCC por sexo e idade, 20-29 anos (51/85), 30-39 anos (66/153), 40-49 anos (58/159), 50-59 anos (55/95), 60-69 anos (61/54), 70-79 anos (20/26), 80 anos e mais (3/7). DISCUSSÃO: Na Bahia, 7,99% dos casos de IC foram em Salvador, com um aumento de 28,53% dos casos na cidade, em oposição a um decréscimo de 17,1% no estado. Foram registrados 893 casos de DRCC em Salvador; sendo 35,16% homens e 64,83% mulheres. Foi observado um aumento de 25% dos casos de DRCC em Salvador, e aumento de 47,53% no estado. O maior número de casos de DRCC se encontra na faixa dos 30-39 anos, seguida por 4049 anos, 50-59 anos, 20-29 anos, 60-69 anos, 70-79 anos e 80 anos e mais. Nas mulheres, a maior prevalência é dos 40-49 anos, enquanto nos homens é dos 30-39 anos. Avaliando-se a mortalidade, registrou-se 18 mortes em mulheres e 37 em homens por DRCC em Salvador; com taxa de mortalidade de 6,16%, sendo esta maior em mulheres. Neste período houve um aumento de 64,28% no número de óbitos e de 52,43% na taxa de mortalidade. Em relação à IC, foram registrados em Salvador 1170 óbitos, com mortalidade de 12,76%; com aumento de 20% no número de óbitos e um decréscimo de 8,84% na taxa de mortalidade no período estudado. CONCLUSÃO: A DRCC na Bahia segue um perfil similar ao da IC, sendo que a primeira apresenta uma prevalência cerca de 4 vezes maior na capital. A taxa de mortalidade por IC é cerca de 2 vezes maior que a por DRCC; entretanto, o aumento percentual do número de óbitos nos últimos 5 anos é cerca de 3,2 maior na DRCC. Esta apresenta maior prevalência na faixa etária dos 40-49 anos, com incidência 1,8 vezes maior em mulheres. DETERMINAÇÃO DA ATIVIDADE TRIPANOCIDA DE INÉDITOS COMPLEXOS METÁLICOS ASSOCIADOS À TIOUREIAS AUTORES José Simão Rodrigues, Cássio Meira, Diogo Moreira, Alzir Batista, Milena Botelho e Elisalva Guimarães. RESUMO Introdução: O protozoário Trypanosoma cruzi, agente causador da doença de Chagas, infecta ao longo das regiões endêmicas mais de 15 milhões de pessoas, sendo a principal causa de doença cardíaca prematura. Em torno de 30% dos infectados avançam para a fase crônica, a qual é caracterizada por diversas manifestações clínicas, incluindo cardiomiopatias e mais raramente danos no trato digestório e/ou lesões no sistema nervoso periférico. As únicas drogas disponíveis atualmente para o tratamento desta doença são o benzonidazol e o nifurtimox. Embora a eficiência dessas drogas na fase aguda seja comprovada, a taxa de cura durante a fase crônica não é regular, além das pronunciadas reações adversas com a utilização prolongada. Considerando-se que o uso terapêutico destes dois medicamentos é limitado e existe uma carência de drogas alternativas para um tratamento adequado da doença de Chagas, é de grande valia a busca de quimioterápicos mais eficazes. Objetivo: Este estudo tem como objetivo a identificação de novos fármacos úteis no tratamento da doença de Chagas, através da avaliação da atividade antiparasitária de complexos de paládio (II) ou platina (II) com tioureias. Metodologia: Testes foram realizados para verificar o potencial citotóxico dos complexos metálicos em estudo; Avaliar a capacidade destes compostos em inibir a viabilidade de tripomastigotas; Verificar capacidade dos complexos metálicos de inibição da invasão e redução da infecção em macrófagos peritoneais infectados por T. cruzi in vitro; Determinar o padrão de morte celular em tripomastigotas tratados com os compostos mais ativos. Resultados/Discussão: Foi observado que nem o sal precursor de paládio/platina e nem a tioureia sem o metal apresentaram atividade antiparasitária quando testados em concentrações de até 10 μM. Por outro lado, os complexos paládio-tioureia e platina-tioureia apresentaram uma potente atividade antiparasitária frente a formas tripomastigotas de T. cruzi. De uma maneira comparativa, os complexos de platinatioureia foram mais potentes que os complexos de paládio-tioureia. Os compostos de código PtdpA5, PtdpfA20 e PtdpfA23 apresentaram os melhores perfis, com valores de CI50 de 0,3±0,06 μM, 0,17±0,01 μM e 0,27±0,09 μM respectivamente. Nas mesmas condições, a droga de referência benzonidazol apresentou um CI50 de 10,61±0,87 μM, sendo 35 vezes menos potente do que os complexos mais ativos. A citotoxicidade em células de mamíferos e a seletividade dos compostos também foram determinadas. Em comparação com a violeta de genciana (CC50 = 0,82±0,12 μM), os complexos apresentaram baixa citotoxicidade, com destaque para os complexos PtdpA5, PtdpfA17 e PtdpfA20 que apresentaram índices de seletividade de 5,6, 6,5 e 6,7 respectivamente. Não foi observada redução no número de células infectadas após o tratamento e a apoptose, foi o principal mecanismo de morte celular observado, evidenciado por uma maior marcação com a anexina dos parasitos tratados. Conclusão: Foi observado que as tioureias sem metal não apresentaram atividade antiparasitária. A inserção de um metal de transição na estrutura das tioureias levou a formação de compostos com ação antiparasitária; As drogas testadas não apresentaram bons resultados quanto a inibição de infecção/proliferação intracelular parasitária; A apoptose foi o mecanismo principal de morte celular induzida pelos compostos testados. ESTADO DA ARTE DAS ALTERAÇÕES HORMONAIS E BIOQUÍMICAS RELACIONADAS AO ESTRESSE EMOCIONAL AUTORES Vinicius Nascimento dos Santos; Astria Dias Ferrão Gonzáles. RESUMO Introdução: O estresse é um estado de ameaça a homeostasia corporal, resultante de exposição a forças adversas intrínsecas ou extrínsecas, denominadas estressores, que induzem um complexo de respostas fisiológicas e comportamentais, com o objetivo de manter e/ou restabelecer a homeostasia. Para tanto, faz-se necessário a ativação de dois sistemas neurohormonais, o eixo Hipotálamo-Pituitária-Suprarrenal (HPA), em que o cortisol e o principal efetor, e o Sistema Simpato-Adreno-Medular (SAM), que envolve a libertação das catecolaminas, epinefrina e noradrenalina. Objetivos: Caracterizar o estado da arte do tema, buscando verificar possível correlação entre alterações associados aos hormônios relacionados ao estresse, cortisol e catecolaminas, e dislipidemias. Métodos: Revisão sistemática descritiva, realizada entre julho de 2014 a agosto de 2015. Utilizou-se de levantamento bibliográfico nos periódicos das bases indexadas on line na Scielo, Medline/PubMed, do NCBI, e ScienceDirect. Incluiu-se trabalhos publicados no período entre o ano de 1994-2014, de origem nacional e internacional, sendo as palavras stress, cortisol, glucocorticoid, catecholamines e dyslipidemia os descritores de busca. Resultados: Após aplicação de critérios de inclusão e exclusão, obteve-se 11 publicações que contemplaram a proposta do presente estudo. Veen et al.(2009) observou que os pacientes com depressão e/ou transtornos de ansiedade apresentaram um cortisol média superior, em comparação com controles saudáveis (P=0,01). Persistiu-se a associação positiva entre os parâmetros de cortisol e a prevalência de dislipidemia, mesmo após ajuste para idade, uso de álcool e tabagismo (b=0,31, P=0,02 e b=-0.29, P=0,02, respectivamente), o que não ocorreu nos controles. Para além, Davis e Emory (1995), em um estudo de respostas ao estresse realizado com 36 recém-nascidos, sendo compostos equitativamente pelo sexo masculino e feminino, sugere que as diferenças sexuais em respostas do córtex adrenal podem estar presentes no nascimento, de modo que se revelou maiores respostas de cortisol livre em recém-nascidos do sexo masculino. Discussão: Resultados corroboram para a hipótese de que pessoas com transtornos, como estresse e ansiedade, apresentam perturbações do eixo HPA e, consequentemente, no metabolismo das lipoproteínas. Haja vista que o desarranjo do eixo HPA desencadeará excesso de glicocorticoide, induzindo resistência à insulina, e, por conseguinte, aumento da lipólise através da inibição das lípases. O aumento da lipólise resulta em maiores níveis séricos de colesterol total, LDL, triglicérides e diminuição dos níveis séricos de HDL. Estudos controlados de estresse, em crianças, são praticamente inexistentes. Maiores níveis de cortisol foram encontrados nos homens quando comparados as mulheres. Kudielka et al.(2005) supõem que essa maior reatividade ao estresse tem associação positiva com o elevado risco para as doenças relacionadas, como doenças cardiovasculares e diabetes, assumindo a possível explicação para maior prevalência destas doenças no sexo masculino. Conclusão: Concluiu-se que a concentração crônica elevada de cortisol e catecolaminas associam-se positivamente com alterações do metabolismo lipídico em pessoas com depressivos e/ou transtornos de ansiedade. A sedimentação de informações sobre as alterações hormonais e bioquímicas associadas a esses processos são imprescindíveis para novas abordagens na prevenção, diagnóstico e terapêutica, podendo assim evitar as futuras complicações de alta morbimortalidade associadas à dislipidemia. PROFILAXIA PÓS-EXPOSIÇÃO AO HIV: PERCEPÇÃO DE GRADUANDOS DE MEDICINA DE UMA UNIVERSIDADE DA BAHIA AUTORES ANA GABRIELA ÁLVARES TRAVASSOS; VINICIUS NASCIMENTO DOS SANTOS. RESUMO Introdução: A Profilaxia Pós-Exposição (PEP) é a utilização de terapia antirretroviral (TARV) para reduzir o risco de aquisição de infecção por HIV. Intervenções baseadas em TARV são recomendadas como parte de um pacote abrangente de prevenção combinada, principalmente, para jovens de 15 a 24 anos, faixa etária com aumento de infecções pelo HIV. Objetivos: Avaliar o grau de conhecimento sobre a PEP entre graduandos em Medicina de uma Instituição de Ensino Superior da Bahia. Métodos: Estudo de corte transversal, realizado em julho de 2015, tendo como público elegível alunos do primeiro ao sétimo semestre de uma escola médica de Salvador. Foi disponibilizado questionário estruturado autoaplicado no Google docs, com variáveis sócioepidemiológicas, sexualidade e PEP, indicações de uso e locais de acesso. Análise estatística realizada através do SPSS, versão 20. Resultados: Obteve-se resposta de 60 universitários. Maioria do sexo feminino 60,0%(36/60), a média de idade de 22,8(±3,78), 80,0%(48/60) declarouse pardo/negro e 98,3%(59/60) solteiros. Em 33,4%(20/60) participantes, a renda familiar foi de até 2 salários mínimos. Observou-se que 15,0%(9/60) mantêm relações sexuais com pessoas do mesmo sexo; 25,5%(13/51) praticam sexo anal e 80,4%(41/51) relataram sexo oral, sendo que 40,4%(21/52) não fazem uso regular do preservativo. Embora 80,0%(48/60) dos participantes tenham ouvido falar sobre a PEP, 71,7%(43/60) não souberam informar o tempo limite entre exposição e início da PEP, 66,6%(40/60) desconhecem fatores que influenciam na eficácia e 86,6%(52/60) pessoas não sabem o tempo de duração da profilaxia. Além disso, 76,7%(46/60) desconhecem o local para a realização da PEP. 100% afirmaram nunca ter realizado PEP. Discussão: Os resultados deste estudo evidenciam desafios a serem enfrentados para implantação das novas estratégias de prevenção da infecção pelo HIV, bem como para uma efetiva utilização dos métodos eficazes já existentes, por exemplo, a camisinha. Dados encontrados sobre o uso do preservativo são corroborados por pesquisas do Ministério da Saúde que apontam que 45% dos brasileiros não usam regularmente o preservativo. Além disso, mais de dois terços dos participantes possuíam informações insuficientes da PEP e Unidades de Saúde, em Salvador, que ofereçam a estratégia de prevenção, evidenciando uma concreta barreira ao serviço e, consequentemente, a prevenção de novas infecções após exposições de risco. Conclusões: O estudo evidenciou um conhecimento limitado sobre a intervenção, principalmente, locais de acesso. É urgente a promoção e aprofundamento desses conhecimentos entre jovens, para que a PEP seja utilizada adequadamente como estratégia de prevenção de novas infecções do HIV. ADOLESCENTES VIVENDO COM HIV/AIDS ACOMPANHADOS EM UM CENTRO DE REFERÊNCIA NA BAHIA – VULNERABILIDADES INVISÍVEIS AUTORES Krysna Pires Lessa, Camila Silva Souza, Raiza Trindade Silva, Eveline Xavier Pereira de Souza, Maiara Santos Timbó, Tatiana Haguihara, Ana Gabriela Alvares Travassos·. RESUMO Introdução: O número de adolescentes vivendo com HIV/AIDS vem aumentando em todo o mundo. Além da transmissão vertical, o estado de vulnerabilidade dos adolescentes está relacionado à iniciação sexual precoce, nível de conhecimento baixo e deficiência de políticas de prevenção para este público. O objetivo deste estudo é caracterizar a população de adolescentes infectados pelo HIV atendidos em centro de referência na Bahia. Método: Estudo de corte transversal, onde foram avaliadas características sócio-epidemiológicas e clínicas obtidas através de revisão de prontuários de adolescentes de ambos os sexos atendidos em centro de referência na Bahia, no período de janeiro a abril de 2012. Resultados: Foram avaliados 43 adolescentes acompanhados no Centro de referência em DST/Aids. A média de idade dos adolescentes no momento da consulta foi 14,3(+-3,5), 58,1%(25/43) eram sexo feminino e 49,1%(18/43) sexo masculino, 62,8%(27/43) residem na capital, 76,7%(33/43) estudam, 7,0%(3/43) trabalham, 7,0%(3/43) já possuem união estável, 62,8%(27/43) tiveram transmissão vertical, 53,5%(23/43) já possuem diagnóstico de AIDS, 81,4%(35/43) estão em uso de terapia antiretroviral, 37,2%(16/43) declararam ter iniciado vida sexual, 18,6%(8/43) tem ou tiveram uma DST, apenas 9,3%(4/43) usam regularmente preservativo . Entre as adolescentes, 28% (7/25) já engravidaram, tendo entre 1 e 2 filhos. Conclusão: A adolescência é um período de muitas mudanças e adaptações. Ter uma doença que estigmatiza nesta fase da vida necessita de suporte familiar, psicológico e clínico. O início de atividade sexual e inserção na vida adulta dos adolescentes vivendo com HIV/AIDS precisa ser melhor estudado. Nosso estudo traz informações que podem contribuir para o planejamento de ações e políticas públicas voltadas para essa população. TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL: COMPARAÇÃO ENTRE VOLUME PRESCRITO E ADMINISTRADO E INTERCORRÊNCIAS ASSOCIADAS EM HOSPITAL PÚBLICO AUTORES Thaisy Cristina Honorato Santos Alves; Aline Luquini Santos; Camila Anjos de Jesus; Denise Bournam da Silva·. RESUMO Terapia Nutricional Enteral (TNE) é utilizada quando existe alguma impossibilidade da alimentação via oral ou quando a ingestão via oral é insuficiente, porém na pratica clínica diferenças entre o volume prescrito e administrado tem sido demonstradas. O objetivo foi quantificar o volume diário de dieta enteral administrado aos pacientes em uso de terapia nutricional enteral; comparar o volume prescrito e o administrado de dieta enteral para os pacientes; verificar quais fatores podem interferir na administração da terapia nutricional enteral para pacientes hospitalizados. O estudo foi caracterizado como transversal, quantitativo, observacional e prospectivo, realizado nas enfermarias de clínica médica e cirúrgica de um hospital público da cidade de Salvador-BA, entre setembro de 2013 e maio de 2014. Foram incluídos pacientes adultos e idosos em uso de terapia nutricional enteral exclusiva. Diariamente, ocorreu a coleta dos dados relacionados ao volume de dieta enteral infundido e intercorrências associadas. A análise dos dados foi realizada utilizando o Software SPSS 13.0 for Windows. Participaram do estudo 51 pacientes, sendo 56,9% do sexo masculino e 66,7% idosos. Pôde-se observar que, em média os pacientes receberam volume de dieta enteral inferior ao prescrito em mais de 50% dos casos e volume considerado muito baixo em 29,9% dos casos, quando avaliadas as divergências entre o volume prescrito e administrado. Foi possível verificar ainda, em média, como principais intercorrências para a não administração de dieta enteral: 18,9% jejum como preparo para exames ou procedimentos; 11% problemas relacionados a bomba de infusão; 9,1% ausência de dieta disponível no reservatório de armazenamento; 9,1% exteriorização acidental da sonda ou retirada da sonda pela equipe de enfermagem; 7,7% obstrução da sonda; 5,2% problemas no TGI; 3,9% recusa do paciente em aceitar a dieta; 3,7% estado clinico grave do paciente; 7% outras causas; cabe ressaltar porém que lamentavelmente em 24,4% dos casos em que os pacientes estavam sem dieta ou sem sonda não havia nenhuma causa aparente para a não administração da dieta enteral. A maioria dos pacientes recebeu volume de dieta enteral menor do que o prescrito pelo profissional responsável, sendo que grande parte deles recebeu um percentual considerado muito baixo em relação ao volume prescrito. Dentre as diversas intercorrências que estiveram associadas à administração inadequada da terapia nutricional enteral, foram alistadas como mais frequentes o jejum como preparo para a realização de exames ou procedimentos, problemas relacionados à bomba de infusão de dieta, estado clínico grave, exteriorização acidental da sonda ou retirada pela equipe de enfermagem e ausência de dieta disponível no reservatório para armazenamento da mesma, destacando-se, porém que na maior parte dos casos em que o paciente se encontrava sem dieta ou sem sonda não havia um motivo aparente para que isso ocorresse. Os resultados sugerem a necessidade de se buscar soluções práticas a fim de minimizar as intercorrências a que o paciente em uso de terapia nutricional enteral são submetidos. COMPLICAÇÕES GASTROINTESTINAIS EM PACIENTES EM USO DE NUTRICÃO ENTERAL EM UM HOSPITAL PÚBLICO DE SALVADOR. AUTORES Aline Portela; Camila Anjos de Jesus, Cláudia Pamponet Barbosa; Márcia Jacqueline de Jesus Guimarães; Ledy Raquel Bispo de Souza; Maria Fernanda Cayres Noronha de Oliveira; Nathalia Ramos Andrade; Tainá Gislaine Oliveira; Taise Souza de Jesus; Thaisy Cristina Honorato Santos Alves ·. RESUMO INTRODUÇÃO: A Terapia Nutricional Enteral (TNE) constitui uma alternativa terapêutica para manutenção ou recuperação do estado nutricional em pacientes com impossibilidade de manter alimentação via oral. Porém, apesar dos reconhecidos benefícios, complicações gastrointestinais como diarreia, distensão abdominal e vômitos é uma realidade de pacientes hospitalizados, que muitas vezes tem sido atribuída à administração da terapia nutricional. Assim, o presente estudo objetivou avaliar a ocorrência de complicações gastrointestinais em pacientes hospitalizados em uso de terapia nutricional enteral. MATERIAL E MÉTODOS: Estudo longitudinal, quantitativo, observacional, prospectivo, com pacientes adultos e idosos em um hospital público de SalvadorBA no período de agosto de 2014 a janeiro de 2015. O período de acompanhamento totalizou um mínimo de 1 (uma) e um máximo de 4 (quatro) semanas de acompanhamento para cada paciente. O início da coleta de dados se deu no momento de introdução da TNE e o término na suspensão da terapia nutricional enteral exclusiva, alta hospitalar, óbito ou conclusão da quarta semana de acompanhamento. O banco de dados foi construído utilizando o programa Microsoft Office Excel versão 2007. Os dados foram analisados utilizando o Software SPSS 13.0 for Windows. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A amostra foi constituída por 44 pacientes em uso de TNE exclusiva, 23 (52, 3%) do sexo masculino, e 32 (72, 7%) idosos. Em 6 pacientes (13,6%) não foi possível acompanhar o percentual de dieta administrado devido a intercorrências clínicas. Dos 38 (86,4%) pacientes que puderem ser acompanhados na primeira semana, 14 (36,8%) apresentaram complicações gastrointestinais. Dentre os pacientes avaliados, 15 receberam baixo volume de dieta prescrito (26,7% desses apresentaram complicações do trato gastrointestinal), enquanto entre os 23 que receberam 70% ou mais do volume de dieta prescrito, 43,5% apresentaram sintomas gastrointestinais. A ocorrência de complicações intestinais nos pacientes durante o uso da terapia nutricional enteral é uma realidade que ainda necessita de estudos profundos para melhor resolvê-la. Os sintomas do TGI podem aparecer não somente pela introdução desta forma de terapia, mas, podem estar associados ou até mesmo serem agravados em pacientes com longos períodos de internação, uso extensivo de medicamentos (laxantes, medicamentos que contêm sorbitol, antibióticos e agentes oncológicos) ou podem surgir como um resultado de doenças subjacentes ou condições médicas tais como diabetes mellitus, HIV ou por algum tipo de contaminação. CONCLUSÃO: Complicações gastrointestinais são frequentes em pacientes em uso de TNE. No entanto a nutrição enteral não deve ser vista como a principal causa dos sintomas do TGI. A maioria das complicações gastrointestinais podem ser evitadas se a prescrição, evolução da TNE e o acompanhamento nutricional forem feitos de forma adequada. EVOLUÇÃO DO ÍNDICE DE MASSA CORPORAL DE PACIENTES COM DOENÇAS CARDIOVASCULARES SOB TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL AUTORES Cláudia Pamponet Barbosa, Camila dos Anjos de Jesus, Aline Portela de Almeida, Márcia Jacqueline de Jesus Guimarães, Nathalia Ramos do Santo Andrade, Taise de Souza Jesus, Ledy Raquel Bispo de Souza, Tainá Gislaine Carneiro de Oliveira, Maria Fernanda Cayres Noronha de Oliveira, Thaisy Cristina Honorato Santos Alves RESUMO INTRODUÇÃO: A Terapia Nutricional Enteral (TNE) é uma estratégia empregada no cotidiano hospitalar com a finalidade de beneficiar a recuperação do estado nutricional do paciente por uso de sondas. Estudos têm detectado que, dentre uma parcela considerável de pacientes hospitalizados que passam a receber a TNE, encontram-se aqueles que têm como enfermidade de base as doenças cardiovasculares (DCVs). Concomitantemente, o uso dessa terapia tem favorecido a manutenção e até mesmo a recuperação do estado nutricional, o qual tem um grande impacto na resposta individual à enfermidade e, portanto, as deficiências devem ser detectadas precocemente. O IMC (Índice de Massa Corporal) é um dos indicadores antropométricos mais utilizados na avaliação do estado nutricional devido a sua facilidade de aplicação, baixo custo e pequena variação intra ou intermedidor. OBJETIVO: Avaliar a evolução do IMC em pacientes diagnosticados com DCVs em uso de TNE em um hospital público. METODOLOGIA: O presente estudo envolve uma pesquisa longitudinal, quantitativa, de caráter observacional e prospectivo, envolvendo pacientes adultos e idosos internados em enfermarias de clínica médica e cirúrgica de um hospital público de grande porte da cidade de Salvador-BA. A amostra do presente estudo foi constituída por 23(100%) pacientes, em uso de TNE e que tinham DCVs como doença de base ou que apresentavam doenças do trato gastrointestinal e cardiovasculares associadas. RESULTADOS: Dos 23 pacientes incluídos no estudo, 13(56,5%) pacientes eram do sexo feminino e 10(43,5%) do sexo masculino; 20(87%) pacientes idosos e 3(13%) adultos. Ao longo do estudo pôde-se acompanhar a evolução deste índice em 6 pacientes dos quais, 2(8,7%) apresentaram evolução positiva deste índice e 4(17,4%) evoluíram negativamente; em 17 (73,9%) pacientes não foi possível acompanhar a evolução do IMC devido a dificuldade em aferir as medidas antropométricas, complicações no quadro clínico dos mesmos ou a saída desses pacientes do estudo. DISCUSSÃO: Neste estudo foi possível observar que a maioria dos pacientes avaliados eram idosos e do sexo feminino. Dos pacientes que puderam ter o IMC acompanhado ao longo do estudo a maioria apresentou evolução negativa, sendo que a redução do IMC pode ser causada por diversos fatores, como períodos prolongados de jejum, oferta energética insuficiente, dentre outros tipos de intercorrências. O presente estudo revela a dificuldade de se realizar avaliação antropométrica e monitoramento de parâmetros comumente utilizados, como o IMC, entre pacientes hospitalizados. Desta forma, faz-se relevante empregar uma associação de vários indicadores para melhorar a precisão e acurácia do diagnóstico nutricional, favorecendo a detecção precoce de risco ou déficit nutricional e consequente intervenção nutricional apropriada. CONCLUSÃO: Para aumentar os efeitos positivos oriundos da TNE, faz-se necessária a realização de uma melhor assistência a estes pacientes em uso dessa terapia através de um trabalho multidisciplinar mais preciso desde o momento da admissão dos pacientes até sua possível alta hospitalar. Estudos têm demonstrado que existe uma relação positiva entre TNE e a evolução do IMC. Sugere-se a elaboração de novos estudos que contribuam para o aprimoramento do uso da TNE em pacientes com DCVs e da sua relação com a evolução do IMC. FATORES QUE INFLUENCIAM NO CONSUMO E QUALIDADE DO DESJEJUM DE ESTUDANTES DE NUTRIÇÃO AUTORES Eliane dos Santos da Conceição; Mariana Pereira Santana Real; Milena Torres Ferreira; Mírian Rocha Vázquez; Tamila das Neves Ferreira. RESUMO INTRODUÇÃO: O desjejum é considerado uma das principais refeições, porque oferta ao organismo fonte exógena de macro e micronutrientes após um período prévio de jejum noturno. A recomendação brasileira é que forneça em média 25% do total energético consumido durante o dia, é a principal refeição para a ingestão de cálcio, pois concentra alimentos fontes desse mineral, leites e derivados. Seu consumo influencia na efetividade das atividades matinais e no desempenho cognitivo. Porém o estilo de vida contemporâneo tem indicado um declínio em seu consumo, principalmente entre os jovens. OBJETIVO: Conhecer os fatores que condicionam o consumo e a qualidade do desjejum de estudantes do curso de Nutrição da Universidade do Estado da Bahia. METODOLOGIA: Estudo descritivo, com pesquisa de campo, corte transversal, quali-quantitativo. População amostral de 23 estudantes, sexo feminino, idade 20 a 28 anos, dos últimos semestres do curso de nutrição. A coleta de dados foi realizada por meio do questionário qualitativo e Questionário de Frequência Alimentar. O “desjejum de boa qualidade” foi aquele que incluiu um alimento do grupo dos lácteos, dos cereais e das frutas. “Desjejum de qualidade satisfatória” alimentos de dois grupos distintos, “desjejum de qualidade insuficiente” de um grupo, “má qualidade” não incluiu alimentos de nenhum dos grupos. Considerou-se como hábito do desjejum quando os estudantes o fizeram entre 5-7 vezes na semana. Os dados foram expressos como media ± DE para as variáveis quantitativas e em % para as variáveis qualitativas. O trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UNEB sob o n. 724.60.5. RESULTADOS: Conforme o Índice de Massa Corporal 91,3% das 23 estudantes eram eutróficas. 39,1% praticavam exercício físico e dormiam em torno de 6,26±1,32 horas. 65,2% moravam com os pais. 100% das estudantes realizavam o desjejum. 95,6% o faziam em casa. O fator mais citado para influência na realização da refeição foi disponibilidade de tempo 34,8%. 56,5% o realizavam entre cinco e seis horas da manhã. Quanto à qualidade, não apresentaram “desjejum de boa qualidade”, 26% realizavam “desjejum satisfatório”, 61% “insuficiente”, 13% de “má qualidade”. Os alimentos mais consumidos no “desjejum de qualidade satisfatória” foram às frutas 50%, no “desjejum de qualidade insuficiente” apenas 14,3% a consumiam. Quanto à autoavaliação da qualidade 34,8% o consideraram muito bom. DISCUSSÃO: O estilo de vida atual está modificando a tradicional distribuição das refeições, afetando, sobretudo o hábito do desjejum, pois geralmente tem sido omitido, entretanto quando este é realizado nem sempre pode ser considerado de “boa qualidade”. Podemos verificar que mesmo pertencendo ao curso de nutrição às universitárias não realizaram “desjejum de boa qualidade”, corroborando com estudos que apontam existir uma tendência entre os universitários de realizarem desjejum de baixo valor nutricional, que poderá repercutir negativamente no desempenho cognitivo e nas funções orgânicas de maneira geral. CONCLUSÃO: Todas as estudantes realizavam desjejum habitualmente. Entretanto, houve uma predominância do “desjejum de qualidade insuficiente”. O fator que mais influenciou na realização da refeição foi a disponibilidade de tempo. A QUALIDADE DO DESJEJUM E SUA RELAÇÃO COM O IMC ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS AUTORES Eliane dos Santos da Conceição; Mariana Pereira Santana Real; Milena Torres Ferreira; Mírian Rocha Vázquez; Tamila das Neves Ferreira. RESUMO INTRODUÇÃO: O desjejum pode contribuir para um adequado aporte de energia e nutrientes, além disso, auxiliar na adequação nutricional dos indivíduos. Por ser a primeira refeição do dia, talvez, seja a de mais fácil realização, no entanto é a refeição mais omitida pelos jovens, essa omissão pode favorecer o aumento do peso corporal, pois existe uma tendência que as próximas refeições sejam mais rápidas e calóricas. OBJETIVO: Analisar a qualidade do desjejum de estudantes de três cursos da área de Saúde da Universidade do Estado da Bahia e sua possível relação com o Índice de Massa Corporal. METODOLOGIA: Estudo descritivo, com pesquisa de campo, corte transversal, quali-quantitativo. Amostra foi composta por 64 estudantes dos últimos semestres: 23 de fisioterapia, 18 de fonoaudiologia, 23 de nutrição, sexo feminino, idade entre 20 e 25 anos. A coleta de dados foi realizada por meio do questionário qualitativo e Questionário de Frequência Alimentar. O “desjejum de boa qualidade” foi aquele que incluiu um alimento do grupo dos lácteos, dos cereais e das frutas. “Desjejum de qualidade satisfatória” alimentos de dois grupos distintos, “desjejum de qualidade insuficiente” de um grupo, “má qualidade” não incluiu alimentos de nenhum dos grupos. Considerou-se como hábito de desjejum quando os estudantes o fizeram entre 5-7 vezes na semana. Para a avaliação antropométrica foi calculado o Índice de Massa Corporal (IMC) e classificado segundo os critérios da Organização Mundial da Saúde (OMS). Os dados foram expressos como media ± DE para as variáveis quantitativas, e em % para as variáveis qualitativas. Os valores médios foram comparados utilizando o teste ANOVA e as proporções foram comparadas mediante a prova de X². O trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UNEB sob o n. 724.60.5. RESULTADOS: Quanto ao Índice de Massa Corporal 71,9% eram eutróficas, 14,6% baixo peso, 14,2% sobrepeso. 99% realizavam o desjejum. Nenhum grupo das estudantes apresentou “desjejum de boa qualidade”, 21,9% realizavam “desjejum satisfatório”, 57,8% “insuficiente”, 20,3% de “má qualidade”. Não se observou diferenças estatisticamente significativas nos valores do IMC das estudantes que consomem desjejum de distintas qualidades (p>0.05). A qualidade do desjejum não se relacionou com a prevalência de sobrepeso e baixo peso (p=0,26). DISCUSSÃO: O consumo regular do desjejum poderá favorecer no equilíbrio da massa corporal reduzindo os riscos de sobrepeso e obesidade conforme alguns estudos, se nutricionalmente adequado fornece vitaminas, minerais, fibras, contribui para menor ingestão de lipídios, além de aumentar a sensação de saciedade do comensal, e assim, controlar a ingestão em excesso de calorias ao longo do dia. Já a sua omissão tem mostrado uma associação positiva com o excesso de gordura corpórea. No entanto, nesse estudo não se observou essa correlação. CONCLUSÃO: Entre as universitárias houve uma tendência de realizarem desjejum de “qualidade insuficiente”. Não foi observada uma influência da qualidade do desjejum sobre o Índice de Massa Corporal. ASSOCIAÇÃO DE ACANTHOSIS NIGRICANS E RESISTÊNCIA À INSULINA EM PACIENTES COM SÍNDROME METABÓLICA APÓS DIETA HIPOCALÓRICA AUTORES Erica Santos Oliveira; Edilene Maria Queiroz Araújo; Radamés Coutinho de Lima; Luama Araújo dos Santos; Domingos Rios; Gildásio da Conceição·. RESUMO Introdução: A Síndrome Metabólica (SM) é um distúrbio do metabolismo caracterizado por dislipidemias, hipertensão arterial, obesidade central e hiperglicemia, gerado devido ao quadro de resistência à insulina (RI), que atua como uma das principais causas no surgimento dessa síndrome. Em consequência dessas alterações na homeostase corporal, ocorre a formação de Acanthosis Nigricans (AN) caracterizada por aspecto aveludado e hiperpigmentação da pele. Objetivos: Verificar a associação de AN e resistência à insulina de pacientes portadores de SM sob influência de dieta hipocalórica. Materiais e Métodos: Ensaio clínico realizado com 65 pacientes adultos com AN, portadores de SM segundo os critérios da International Diabetes Federation, atendidos em uma clinica escola da Universidade do Estado da Bahia- UNEB em Salvador. Realizou-se avaliação física, antropométrica, bioquímica e a intervenção foi feita com dieta hipocalórica. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética da UNEB sob a resolução de número: 03409712.9.3001.5023. Resultados e Discussão: A amostra foi composta inicialmente por 66 pacientes, sendo que desse total, 17 seguiram a dieta por dois meses. Dentre esses, 81,5% eram mulheres e 18,5% homens, com idade média 52 anos. A redução do número de pacientes avaliados ocorreu devido à baixa adesão da dieta e evasão dos mesmos, inviabilizando as próximas avaliações. Houve maior prevalência de hipertensão (84,6%), seguido sob redução de HDL-c (73,7%), diabetes (58,5%) e aumento dos triglicérides (37,7%). Resistência à insulina ocorreu em 86,2 % dos indivíduos. Dados semelhantes ao encontrados por Pinheiro et al., em que 84% dos pacientes com AN apresentaram resistência à insulina. Segundo IMC 32,3% tinham sobrepeso e 35,4% eram obesos grau I. A dieta teve influencia significativa na redução do IMC (p 0,003) e mostrou tendência à significância com circunferência da cintura (CC) (p 0,071) e Homabeta (p 0,094). Mogul et al. em seu estudo avaliaram um grupo em seguimento de dieta hipocalórica, onde encontraram resultado significativo para redução de peso, melhora no HDL-c, redução da circunferência da cintura e pressão arterial diastólica. Houve melhora da AN em 41,2% dos pacientes. Não foram encontrados estudos avaliando a influência da dieta diretamente na resposta da AN, mas sugere-se que a melhora ocorra em consequência do aumento da sensibilidade a insulina, controle glicêmico, redução de peso e CC. Inclusive a melhora destes parâmetros também foi observada, pois houve melhoria do perfil glicêmico na insulina de jejum (52,9%), Homa-IR (41,2%) e Homa-beta (52,9%). Já a CC (59,1%) e IMC (77,3%). Quanto aos parâmetros lipídicos HDL-c que diminuiu e triglicérides que aumentaram, acredita-se que a melhora destes esteja relacionados com a prática de exercícios físicos e fatores genéticos. Além do metabolismo de insulina alterado nesses indivíduos, o que causa impactos negativos ao metabolismo lipídico. Conclusão: A dieta hipocalórica mostrou-se eficaz na melhora da AN e dos cofatores associados à SM como Diabetes, Triglicerídeos, CC, pressão arterial sistólica e RI. Ainda assim, são necessárias pesquisas populacionais e de maior tempo de dieta hipocalórica para aumentar o poder estatístico dos resultados. ESTRATÉGIAS NUTRICIONAIS NOS EFEITOS ADVERSOS DO TRATAMENTO ONCOLÓGICO AUTORES CHALHUB, H.A.; RIBEIRO, V.A.; CONCEIÇÃO, P.R.E.S.; ALMEIDA, H.M.; JESUS, A.T.B; LESSA, J.R.L.C; MAGALHÃES, C.B. RESUMO Introdução: Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o novo estilo de vida expõe, cada vez mais, a população aos fatores de risco que predispõem o crescimento de tumores. A estimativa do Instituto para o ano de 2015, é de aproximadamente 576 mil novos casos de câncer no país. A quimioterapia, radioterapia e o tratamento cirúrgico podem afetar negativamente o trato gastrointestinal, comprometendo a ingestão alimentar, a absorção de nutrientes e, consequentemente, o estado nutricional desses pacientes. Objetivo: Elaborar um capítulo sobre Estratégias Nutricionais nos Efeitos Adversos do Tratamento Oncológico, que fará parte do Manual de Nutrição Clínica em Oncologia de um Hospital de Salvador-Ba, abordando as estratégias nutricionais que podem ser adotadas para reduzir os sintomas da toxicidade do tratamento ao trato gastrintestinal (TGI). Metodologia: foi realizada uma revisão de literatura sobre nutrição e oncologia a partir de consensos, institutos especializados, artigos originais e de revisão, pesquisados na base de dados: PubMED e SciELO. Resultados e Discussão: o capítulo foi elaborado com base nos principais efeitos adversos que acometem os pacientes em tratamento oncológico, como mucosite, náuseas, vômitos, xerostomia, disfagia, odinofagia, entre outros, descrevendo sugestões de estratégias nutricionais que minimizam a sintomatologia. O comprometimento da ingestão alimentar e, consequentemente, do estado nutricional desses pacientes, pode evoluir para desnutrição moderada a grave, sendo a caquexia fator de pior prognóstico para esses pacientes. Conclusão: Visto os diferentes afeitos adversos que o tratamento oncológico traz e a alta mortalidade dessa doença, todo e qualquer esforço para manter a qualidade de vida e o estado nutricional adequado é relevante, uma vez que contribui para aumentar a expectativa de vida desses pacientes. Portanto, o Capítulo de Estratégias Nutricionais nos Efeitos Adversos do Tratamento Oncológico torna-se um instrumento relevante no cuidado ao paciente oncológico, haja vista a aplicabilidade das sugestões na intervenção nutricional para que a ingestão alimentar não fique prejudicada por longo período e que não repercuta no estado nutricional do paciente. Palavras-chaves: nutrição; quimioterapia; radioterapia; efeitos adversos; estratégias nutricionais. ALERGIAS ALIMENTARES TARDIAS: POR QUÊ RETIRAR O GLÚTEN E A LACTOSE DA SUA ALIMENTAÇÃO AUTORES CHALHUB, H.A.; RIBEIRO, V.A.; CONCEIÇÃO, P.R.E.S.; ALMEIDA, H.M.; JESUS, A.T.B. RESUMO Introdução: O glúten é uma proteína presente no trigo, centeio, cevada e aveia, considerada de difícil digestão devido, principalmente, a fração denominada gliadina, e que pode gerar ativação do sistema imune e causar diversos sintomas no organismo. A lactose é um açúcar presente no leite de vaca, capaz de desencadear transtornos gastrointestinais às pessoas intolerantes, contudo a maior relação com as alergias derivadas do leite de vaca deve-se ao fato do organismo não digerir a betalactoglobulina, uma proteína presente principalmente no soro do leite. Objetivo: Demonstrar como uma alimentação rica em glúten e em leite e derivados estão relacionadas à processos de alergia tardias, contribuindo para o surgimento de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT). Metodologia: Foi realizada uma revisão de literatura sobre os termos: glúten, lactose, betalactoglobulina, alergias tardias, hipersensibilidades alimentares nos idiomas português e inglês, a partir de artigos originais e revisão publicados nos últimos cinco anos, pesquisados nas bases de dados: PubMed, BIREME e CAPES Periódicos, e a partir de capítulos que discorrem sobre o tema presentes em livros publicados no ano de 2014. Resultados e Discussão: As reações alérgicas tardias ao glúten e a proteína do leite de vaca são mecanismos imunológicos mediados, principalmente, por IgG, que podem desencadear sintomas entre 2 a 72 horas após o consumo, por isso são de difícil diagnóstico. Sintomas como enxaquecas, rinite, asma, dermatite, inchaços, distúrbios digestivos, ansiedade, hiperatividade e distúrbios de concentração são sinais de que o nosso organismo está em desequilíbrio nutricional. Grande parte desse desequilíbrio é decorrente de uma alimentação com alto consumo de produtos alimentícios, contendo glúten e betalactoglobulina (reconhecidos pelo sistema imune como toxinas exógenas) e a baixa ingestão ou ausência de alimentos in natura (essenciais para o funcionamento adequado dos órgãos). Os mecanismos de defesa contra as toxinas exógenas são realizados pelo sistema imunológico e pelos órgãos de detoxificação, principalmente fígado e intestino. Esses órgãos são dependentes de nutrientes específicos para seu funcionamento eficaz, quando estes estão em falta acabam comprometendo a eficiência e gerando uma sobrecarga metabólica. A ativação crônica do sistema imunológico e da detoxificação enterohepática, associado à carências nutricionais, geram um processo inflamatório crônico e favorecem o surgimento de DCNT, como obesidade e diabetes mellitus. Conclusão: O consumo de alimentos alergênicos, como o trigo e o leite, pode estar diretamente relacionado ao surgimento de sintomas diversos, decorrentes do processo inflamatório e da sobrecarga dos órgãos de defesa (intestino e fígado). A cronicidade dessa sobrecarga pode ocasionar o surgimento de doenças crônicas não transmissíveis, alvo de discussão nos principais órgãos mundiais e nacionais de saúde, devido a sua crescente prevalência. Uma alimentação adequada, com predominância de alimentos naturais e saudáveis, e sem a presença de alimentos fontes de glúten, lactose e betalactoglobulina tendem a promover o equilíbrio metabólico e bioquímico do organismo, contribuindo para o bem-estar físico e emocional da população. NUTRIÇÃO E CICATRIZAÇÃO DE FERIDA APÓS PICADA DE ANIMAL PEÇONHENTO: UM RELATO DE CASO AUTORES Helena Maia Almeida, Ana Terra Brito de Jesus, Helen Ávila Chalhub, Pamella Raianny do Espírito Santo Conceição, Virgínia Alves Ribeiro , Carine de Oliveira Souza, Isolda Carneiro Freitas Lages , Maria Estela Masavitch Cabanelas. RESUMO Introdução: Os acidentes com animais peçonhentos são comumente registrados nos países tropicais devido às condições favoráveis ao desenvolvimento dessas espécies, principalmente os répteis. Os acidentes ofídicos foram incluídos, pela Organização Mundial da Saúde, na lista das doenças tropicais negligenciadas, apesar de ser um dos agravos mais notificados pelo Sistema de Informações de Agravos de Notificação (SINAN). Objetivo: Descrever a importância da intervenção nutricional no processo de cicatrização de feridas, abordar a função das proteínas nesse processo e apresentar as principais recomendações nutricionais, com enfoque nos micronutrientes mais estudados na cicatrização. Metodologia: Trata-se de um relato de caso de uma paciente de 49 anos, sexo feminino, que sofreu um acidente ofídico, resultando em fasceíte necrotizante em membro inferior esquerdo. O estudo foi desenvolvido na enfermaria cirúrgica de um Hospital de grande porte no município de Salvador- Bahia. Discussão: O acidente foi ocasionado por serpente da espécie Bothrops, mais conhecida como Jararaca, à mesma possui o veneno identificado como jararagina, que é uma metaloproteinase hemorrágica isolada. A ação da jararagina baseia-se na lesão das células endoteliais, ativação e liberação de mediadores inflamatórios levando a morte celular. A paciente foi submetida à desbridamento em membro inferior esquerdo. Após procedimento cirúrgico iniciou acompanhamento com a Serviço de Atenção aos Portadores de Ferida (SAPFe) e com o serviço de nutrição do hospital. A conduta nutricional foi iniciar dieta hipercalórica, hiperptotéica, associada à Terapia Nutricional Enteral, através de suplementação nutricional oral 3x/dia, garantindo oferta de 60g/dia de proteína, 27 mcg de zinco, 714mcg de vitamina A, 750mg de vitaminaC , 114mg de vitamina E, 192 mcg selênio e 4,5mg de carotenoides, a suplementar durante 15 dias. A partir do sétimo dia com sinais evidentes de recuperação do tecido cicatricial, a dose foi reduzida para 2x/dia, até o momento da alta hospitalar. Resultados: Evoluiu com boa resposta a suplementação nutricional, apresentando melhora gradativa da cicatrização, resultando em alta hospitalar para acompanhamento em unidade básica de saúde e ambulatório de acompanhamento de feridas. Conclusão: A participação de uma equipe multiprofissional proporcionou um bom prognóstico para a paciente, ressaltando a importância da atenção ao suporte nutricional adequado que contribuiu para o processo de cicatrização eficiente, devido à oferta adequada de proteína, vitaminas e minerais, elementos fundamentais para uma boa recuperação tecidual. ASSOCIAÇÃO ENTRE MICROALBUMINÚRIA E OS INDICADORES BIOQUÍMICOS DE PERFIL LIPÍDICO EM PORTADORES DE SÍNDROME METABÓLICA AUTORES Radamés Coutinho de Lima; Edilene Maria Queiroz Araújo, Laís Barreto Vieira, Nila Mara Smith Galvão Bahamonde, Domingos Lázaro Souza Rios, Maria de Lourdes Lima RESUMO Introdução: A Síndrome Metabólica (SM) é caracterizada como um distúrbio complexo que envolve uma série de fatores, como obesidade central avaliada pela circunferência da cintura elevada, hipertensão arterial, dislipidemias e estados hiperglicêmicos. Atualmente é considerada um problema de saúde pública de prevalência estimada entre 17 e 25% na população geral. Tais alterações estão fortemente associadas ao aumento do risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares e renais, devido às disfunções e danos endoteliais causados pela hipertrigliceridemia e/ou baixas concentrações séricas de lipoproteína de alta densidade (HDL-c) e microalbuminúria em pacientes com SM. O quadro de microalbuminúria é causado pela excreção anormal aumentada de albumina e seu diagnóstico laboratorial é realizado através da relação albumina/creatinina urinária. Objetivos: Determinar a prevalência de microalbuminúria e verificar a associação entre microalbuminúria e as concentrações sanguíneas de triglicerídios e HDL-c (componentes da SM) e colesterol total, LDL e VLDL em portadores de SM. Materiais e Métodos: Estudo observacional, analítico e do tipo transversal ou de prevalência. Envolveu 58 pacientes adultos (>20 anos), de ambos os sexos, diagnosticados com SM pelos critérios propostos pela International Diabetes Federation (2006) atendidos no Centro de Estudos e Atendimento Dietoterápico. O critério definido para diagnóstico de microalbuminúria foi a relação entre albumina/creatinina urinária de 30-300mg/g. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética da Universidade do Estado da Bahia, CAAE sob a resolução de número: 03409712.9.3001.5023. Resultados: A prevalência de microalbuminúria entre portadores de SM foi de 19% (n= 11). Não foi observada a associação significativa entre microalbuminúria e os valores séricos de HDL-c, TG, LDL-c, CT ou VLDL-c em pacientes com SM. Discussão: Entre os 58 pacientes portadores de SM, verificou-se uma prevalência de microalbuminúria de 19,0%, sendo que 79,3% eram normoalbuminúricos e 1,7% de macroalbuminúricos. Os critérios da SM, TG e HDL-c, tiveram a amostra reduzida a 56 pacientes, pois 2 deles não realizaram os exames. Não foi encontrada significância estatística entre os níveis de TG e microalbuminúria com prevalência de 70,0%, opondo-se ao que é descrito na literatura. Em relação aos níveis de HDL-c, apesar de todos os indivíduos (100%) apresentarem valores abaixo da normalidade, não houve significância estatística entre pacientes microalbuminúricos. Para as frações de LDL-c e CT, nenhum dos indivíduos com microalbuminúria (0%) apresentou valores alterados, confirmando a pouca relação entre microalbuminúria, SM e níveis de LDL-c e CT. O mesmo aplicou-se para os níveis de VLDLc, onde apenas 10% dos microalbuminúricos apresentaram níveis alterados, enquanto 22,2% eram normoalbuminúricos. Conclusão: O estudo não verificou significância estatística entre microalbuminúria e os níveis séricos tanto dos critérios da SM, TG e HDL-c quanto dos outros níveis, LDL-c, CT e VLDL-c, como já foi evidenciado por outros estudos. Acredita-se que o número reduzido de participantes, nesta pesquisa, justifique os resultados encontrados. No entanto, há associação entre SM e microalbuminúria, sendo importante o monitoramento da taxa de excreção de albumina na prática clínica de pacientes portadores de SM. INFLUÊNCIA DA DIETA OCIDENTAL NA FISIOPATOLOGIA DA ACNE VULGAR: UM ESTUDO DE REVISÃO AUTORES BISPO, Laís dos Santos; SOUZA, Carine de Oliveira.·. RESUMO A acne vulgar é uma afecção da pele que atinge o folículo piloso na estrutura denominada unidade pilossebácea. Diversos fatores são atribuídos ao desenvolvimento da acne vulgar, dentre eles a dieta, alterações hormonais, estresse e o uso de cosméticos comedogênicos. O objetivo do estudo foi avaliar a associação entre dieta ocidental e a fisiopatologia da acne vulgar. Pelo método de revisão de literatura buscou-se, nas bases de dados Scielo, Science Direct, Lilacs, Pubmed e Medline, artigos científicos originais e de revisão, teses, dissertações, periódicos dentro desta temática. Encontraram-se 151 estudos, sendo selecionados 41 que atenderam aos critérios de seleção. Estudos buscam relacionar o consumo de determinados alimentos que integram a dieta ocidental, tais como leite de vaca e alimentos de alto índice glicêmico, a fisiopatologia da acne vulgar. Há registro na literatura de associações positivas entre fatores presentes na dieta ocidental e a acne, embora os mecanismos pelos quais estes produtos alimentícios influenciam a ocorrência ou agravamento do quadro dessa afecção ainda não estão totalmente elucidados. A despeito dos avanços das investigações cientificas, destaca-se que na área da nutrição estética, há carência de pesquisas com desenho metodológico adequado para elucidar a influência da dieta na ocorrência da acne vulgar. OBESIDADE INFANTIL:UM ICEBERG NUTRICIONAL AUTOR Lorena Rebeca Nascimento RESUMO A obesidade é uma doença de etiologia multifatorial que está associada ao acúmulo de lipídeos dentro dos adipócitos, considerada a ponta do iceberg de uma miríade de alterações endócrinas, comportamentais, neurofisiológicas, nutricionais e genéticas. Em crianças, a obesidade normalmente está associada aos níveis de leptina e à sensibilidade a insulina e está diretamente relacionada ao sedentarismo, devido ao avanço dos recursos tecnológicos nas residências em detrimento das atividades físicas, além do baixo consumo de verduras, confirmando a influência do meio ambiente sobre o desenvolvimento do excesso de peso. Esse trabalho tem por objetivo estudar os principais fatores que estão associados à obesidade infantil, co-relacionandos com o processo inflamatório que ocorre nas células adiposas. O estudo se caracteriza por uma revisão de literatura integrativa. Foram realizadas pesquisas nas bases de dados Scielo, Pubmed, Lilacs e Google Acadêmico, utilizando os descritores “obesidade”, “imunologia”, “intestino”, “hormôrnio”. Os artigos foram selecionados dentre aqueles que contemplavam publicação de até 10 anos. Estudos demonstram que, em indivíduos obesos, o tecido adiposo aumenta a síntese de adipocinas (citocinas), com efeito pró-inflamatório, como o angio-tensinogêneo, o TNF-α, a interleucina 6 (IL-6), a leptina que age como hormônio antiobesidade e outras, ao contrário do observado em indivíduos magros, em que estas moléculas não são tão expressas. Conclui-se que é necessário o tratamento precoce da obesidade ainda na infância, a fim de evitar o acúmulo de tecido adiposo na fase adulta. A integração entre o paciente, a família, os profissionais e serviços de saúde somando-se as mudanças nos hábitos alimentares e a prática de atividade física, ajudam a reduzir o surgimento de doenças cardiovasculares, diabetes, Acidente Vascular Cerebral (AVC), Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e alguns tipos de cânceres. TEOR DE MINERAIS OFERTADOS A PACIENTES EM USO DE TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL EM UM HOSPITAL DA CIDADE DE SALVADOR – BA AUTORES Nathalia Ramos Dos Santos Andrade, Taise de Souza Jesus, Camila Anjos de Jesus, Claudia Pamponet Barbosa, Maria Fernanda Cayres Noronha de Oliveira, Ledy Raquel Bispo de Souza Taina Gislaine Carneiro de Oliveira, Aline Portela de Almeida, Marcia Jacqueline de Jesus Guimaraes, Thaisy Cristina Honorato Alves·. RESUMO INTRODUÇÃO A terapia nutrição enteral (TNE) assinalar-se como uma importante alternativa de fornecimento de nutrientes ao paciente hospitalizado, viabilizando a manutenção ou recuperação do estado nutricional, sendo utilizada para substituir ou complementar a alimentação via oral. Diversas condições em âmbito hospitalar podem interferir na oferta da nutrição planejada, como jejum para procedimento, obstruções de sonda, ou até interferências preveníeis como praticas inadequadas da equipe multidisciplinar de terapia nutricional. Por este pretexto, uma análise da oferta dos minerais aos pacientes hospitalizados em utilização da TNE torna-se de grande valor, visto que os minerais são de ativa importância para a manutenção do estado nutricional e a prevenção de enfermidades. MATERIAL E METODO O presente estudo foi realizado em caráter longitudinal, observacional e prospectivo em um hospital público em Salvador-Ba. A população de amostra envolveu pacientes adultos e idosos, admitidos após a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. O volume de dieta foi aferido duas vezes ao dia, determinando através de cálculos simples o valor de dieta administrado durante as 24 horas. A composição da dieta em relação aos micronutrientes foi obtida através da verificação dos rótulos das dietas utilizadas, estes valores foram comparados com as Dietary Reference Intakes, de acordo com a idade e gênero de cada paciente. A relação entre o volume administrado e o volume prescrito pelo nutricionista para cada paciente, demostrou o percentual de dieta administrada. RESULTADOS E DISCUSSÃO Neste presente estudo foram analisados 100 indivíduos, sendo 51% do sexo feminino e 68% idosos. Constatou-se neste estudo que há diferenças entre do percentual de dieta administrado em relação ao prescrito pelo nutricionista ao longo de todas as semanas avaliadas. Quanto ao teor de minerais verificou-se portanto que em todo o estudo, em média 20% dos pacientes receberam o nutriente ferro em quantidade inadequada, 25% de zinco, 32% de selênio, e 74% de cálcio. Esses dados se mostram muito preocupantes visto que os minerais são de extrema relevância à saúde, representando cerca de 4 a 5 % do peso corporal, e desempenhando diversas funções no organismo, suas deficiências podem causar diversos agravos a saúde como osteoporose, anemias, defeitos imunológicos, inflamações, hemorragias e outros. CONCLUSÃO Dado o exposto, conclui-se que a maioria dos pacientes em uso de terapia nutricional enteral do presente estudo recebeu valores de dieta abaixo do prescrito pelo nutricionista e consequentemente teores de mineral em percentuais abaixo do recomendado em todas as semanas estudadas, o que mostra-se preocupante considerando que suas deficiências podem contribuir para o aparecimento e agravamento de inúmeras enfermidades. Os dados do presente estudo sugerem a importância impar da reavaliação das condutas hospitalares e principalmente a composição de dietas utilizadas para terapia nutricional enteral. PERFIL NUTRICIONAL DOS PACIENTES CARDIOPATAS PEDIÁTRICOS ADMITIDOS EM UM HOSPITAL PÚBLICO DE SALVADOR-BA AUTORES CONCEIÇÃO, P.R.E.S; CHALHUB, H.A.; RIBEIRO, V.A¹; ALMEIDA, H.M; JESUS, A.T.B; CAJUHY, F.S; CÂMERA, P.P.C. RESUMO Introdução: A disfunção cardíaca na criança abrange tanto as doenças cardíacas congênitas, que incluem as anomalias congênitas do coração e dos grandes vasos, como as cardiopatias adquiridas. São várias as alterações fisiológicas nas crianças que possuem essas disfunções, dentre elas, aumento do consumo de oxigênio, problemas de sucção, infecções respiratórias de repetição, insuficiência cardíaca, hipermetabolismo, redução da absorção intestinal de nutriente e inadequada ingestão alimentar. Essas alterações influenciam diretamente no estado nutricional da criança contribuindo para a subnutrição e o retardo do crescimento. Objetivo: Avaliar o perfil nutricional das crianças e adolescentes com cardiopatia no ano de 2014, em um Hospital Público de Salvador – Bahia. Metodologia: Foi realizado um estudo transversal com pacientes internados na enfermaria de cardiologia pediátrica em um hospital público de Salvador- Bahia, com idade de 0 a 17 anos, de ambos os gêneros, no período de agosto a outubro de 2014; sendo mensurados peso e altura através de equipamentos específicos, e também obtidos dados de fonte secundária através de dados dos prontuários: idade, gênero, data de admissão e tipo de cardiopatia. Através dos dados da Organização Mundial da Saúde, foi possível determinar o diagnóstico nutricional dos pacientes. Os resultados foram avaliados através do Microsoft Office Excel 2007 em forma de gráficos e através de percentuais. Resultados e Discussão: O maior número de pacientes foi do sexo masculino, em estudos como o de Monteiro em 2012 a maioria dos pacientes cardiopatas também era do sexo masculino, no presente estudo a maioria tinha idade de 5 a 17 anos. A maioria dos pesquisados possuía cardiopatia congênita (89,3%), e apenas 10,71% apresentava algum tipo de cardiopatia adquirida. Com relação à classificação nutricional 71% eram eutróficos, e 29% apresentava desnutrição. Segundo Palma, 2009, a prevalência de desnutrição em crianças com cardiopatia congênitas varia de 24 a 90% conforme o método de avaliação e a população estudada. Conclusão: Evidenciou-se que a maioria dos pacientes apresentou-se dentro da faixa de normalidade nutricional. Em contrapartida, essas crianças apresentam risco iminente para desenvolver alterações nutricionais. ELABORAÇÃO DE CARDÁPIO COM CONSISTÊNCIA ADAPTADA PARA PACIENTES PORTADORES DE DISFAGIA AUTORES Riberio, V.A.; Kelmer K.; Jesus, A.T.B; Chalhub, H.A. ; Conceição, P.R.E.S.; Almeida, H.M. ; Goes, A.C.F.. RESUMO INTRODUÇÃO: O ato de se alimentar extrapola o simples aspecto de atender as necessidades energéticas fundamentais para manutenção da vida. A alimentação deve ser vista ainda como fonte importante de prazer, mediada por sabores, consistências e aparência dos alimentos. Algumas condições de saúde podem comprometer este ato e dentre elas a desordem no processo de deglutição tem impacto importante na saúde do paciente hospitalizado. Tal desordem é denominada disfagia e pode ter como causa, um problema mecânico ou neurológico. Clinicamente pode manifestar-se por meio de sintomas como distúrbio na mastigação, dificuldade em iniciar a deglutição, regurgitação nasal, controle da saliva diminuído, tosse e/ou engasgos durante refeições favorecendo a desnutrição e a desidratação nesses pacientes. OBJETIVO: Elaborar um cardápio com consistência adaptada à pacientes portadores de disfagia, visando favorecer a aceitação, reduzir o risco de broncoaspiração e principalmente otimizar a oferta calórica diária a esses pacientes. METODOLOGIA: Trata-se de um projeto de intervenção realizado em um Hospital público de grande porte em Salvador/Ba. Foi realizada uma revisão da literatura sobre nutrição e disfagia nas bases de dados: Lilacs e PubMed, bem como uma troca de experiências com profissionais de outros serviços hospitalares visando aprimorar o resultado final. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Observou-se ao longo da elaboração desse projeto uma grande falha de comunicação entre os profissionais nutricionistas e fonoaudiólogos com relação as terminologias das consistências alimentares e a principal dificuldade encontrada foi em relação aos itens pertencentes a consistência pastosa que compõe as dietas hospitalares. Como produto final do projeto de intervenção obteve-se o cardápio adaptado para a consistência pastosa homogênea. O cardápio foi baseado no contrato existente entre empresa prestadora de serviço e o serviço de nutrição do hospital e é composto por 6 refeições diárias, com opções de substituições. A prescrição de espessamento dos itens líquidos, ficará a critério fonoaudiólogo, após avaliação da deglutição. O cardápio está indicado para pacientes com necessidades de modificação da alimentação para uma consistência mais segura, conforme seu desempenho de deglutição. É válido ressaltar que adaptar uma alimentação normal a outra consistência pode ser um desafio, visto que na consistência pastosa o sabor, a variedade e a aparência da refeição podem estar comprometidos, interferindo na aceitação e ingesta do paciente. CONCLUSÃO: Desta forma o presente cardápio visa garantir equilíbrio nutricional ao paciente além de oferecer uma refeição saborosa, atrativa e variada, com ênfase nos sabores e aparência do prato devolvendo o prazer ao se alimentar. Com isso, espera-se a adoção do cardápio elaborado pelo serviço e inclusão do mesmo no quadro de dietas alimentares oferecidas pelo hospital, contribuindo para uma assistência integral e de qualidade ao paciente hospitalizado. AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO NUTRICIONAL EM ATLETAS DE CAPOEIRA DE SALVADOR-BAHIA AUTORES Mariana Pereira Santana Real; Nadja Gomes de Santana.·. RESUMO A capoeira é reconhecida internacionalmente como uma modalidade esportiva criada no Brasil. Atualmente, apesar deste esporte ser bastante difundido em vários países, ainda vem resistindo às várias repressões e vencendo alguns desafios que visam a valorização desta arte, considerada como Patrimônio Cultural do Brasil. OBJETIVO: avaliar o conhecimento nutricional em atletas de capoeira de salvador- BA. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa de campo, descritiva, composta por uma amostra de 31 atletas, filiados à Federação de Capoeira da Bahia. Foram utilizados dois questionários para a execução do estudo, onde o primeiro mediu o nível sócio econômico e escolaridade e o segundo o conhecimento nutricional. Os dados foram tabulados com auxílio do software Microsoft Excel 2007 e analisados com uso do programa SPSS for Windows 13. RESULTADOS E DISCUSSÃO: 74,2% da amostra foi composta por participantes do sexo masculino (n=23) e 25,8% do sexo feminino (n=8). Entre os domínios que avaliaram o conhecimento nutricional dos atletas, o domínio 1, referente à gorduras trans foi o que obteve maior pontos na média, onde atletas com o nível superior completo (0,84 ± 0,21) e pessoas pertencentes às classes sociais mais elevadas (0,81 ± 0,24) obtiveram maiores pontuações. No entanto, não houve diferença estatisticamente significativa entre o conhecimento nutricional, os domínios estudados e a raça dos participantes. CONCLUSÃO: verificou-se a necessidade de orientação nutricional que ressalte a saúde e bem estar no esporte tanto para aqueles que alcançaram menores pontuações, onde classes sociais são menos favorecidas, quanto os que conseguiram maiores médias no presente estudo. AVALIAÇÃO DA FLUIDEZ DE PREPARAÇÕES PARA DIETA ENTERAL ARTESANAL EM UMA UNIDADE DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO AUTORES Mariana Pereira Santana Real; Andrea Cirne Conceição; Telma Figueredo Maia RESUMO A atenção domiciliar ao paciente hospitalizado é uma prática que tem sido construída com o intuito de garantir a atenção integral e humanizada, além de reduzir os custos, os riscos de infecção e proporcionar a liberação de leitos para outros pacientes. A dieta enteral artesanal é uma forma de garantir a nutrição adequada do paciente em terapia nutricional enteral domiciliar, ainda que apresente riscos de contaminação é uma boa alternativa para a recuperação destes pacientes. OBJETIVO: testar a fluidez na sonda das preparações incluídas na sugestão de cardápio domiciliar para pacientes que estão em uso de sonda enteral em um hospital de Salvador. METODOLOGIA: Foi realizado um estudo qualitativo, transversal e exploratório, com a análise de consistência de preparações para a dieta enteral artesanal. RESULTADOS: houve diferença na fluidez de alimentos coados, não coados e submetidos a pressão da seringa ou não. DISCUSSÃO: este estudo ressalta a importância do nutricionista apropriar-se do estudo da prática dietética, para subsidiar uma prescrição nutricional viável, em conformidade com a via de administração da dieta, com praticidade, denotando confiança e credibilidade na relação com o paciente e sua família. CONCLUSÃO: Desta forma é importante um maior controle relativo ao processo produtivo desde a produção das preparações, a sanitização de equipamentos, superfícies de contato, boas práticas de manipulação e de produção. Estas medidas objetivam a melhora da qualidade da alimentação, evitando os riscos e consequências danosas à saúde do paciente. AVALIAÇÃO DO RENDIMENTO DAS POLPAS DE SUCO EM UMA UNIDADE DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO AUTORES Mariana Pereira santana Real; Andrea Cirne Conceição; Telma Figueredo Maia RESUMO De acordo com as Normas Técnicas, para produção de polpas, néctares e sucos de frutas, aprovadas pela Câmara Técnica de Alimentos do Ministério da Saúde, (Resolução 12/78), o produto deve ser preparado com frutas sadias, limpas, isentas de matéria ferrosa, de parasitas e de outros detritos animais e vegetais. OBJETIVO: analisar a produção dos sucos de polpa de frutas congeladas em uma Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN) na cidade de Salvador-Ba. METODOLOGIA: foi adotada a observação quantitativa, onde foram utilizadas três marcas de polpas da fruta (1 kg) de fabricantes diferentes para a obtenção do suco. RESULTADOS E DISCUSSÃO: percebeu-se que à uma alternância significativa do rendimento do suco produzido na UAN, que varia de acordo com a dupla escalada para a elaboração. Alguns aspectos estão diretamente ligados aos resultados obtidos da pesquisa, como: a despadronização das jarras utilizadas como auxílio na elaboração do alimento, levando ao colaborador subestimar a quantidade de água necessária para o preparo; o aproveitamento total da polpa que reflete diretamente no rendimento final; As marcas das polpas, onde os colaboradores relataram de qualidade inferior ou regular. CONCLUSÃO: Dessa forma, sugere-se uma capacitação a cada três meses dos colaboradores, com a finalidade de padronizar os utensílios utilizados para a elaboração dos sucos o que garantirá com melhor consistência e controle da produção. MICROALBUMINÚRIA E RESISTÊNCIA À INSULINA - RELAÇÃO ENTRE ESSES MARCADORES EM PACIENTES COM SÍNDROME METABÓLICA AUTORES Radamés Coutinho de Lima; Edilene Maria Queiroz Araújo; Najara Brandão Amaral; Nila Mara Smith Galvão Bahamonde; Domingos Lázaro Souza Rios; Gildásio Carvalho da Conceição·. RESUMO Introdução: A Síndrome Metabólica (SM) é representada pela associação de obesidade central, Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), Hipertrigliceridemia e/ou baixas concentrações séricas de lipoproteína de alta densidade (HDL-c), hiperglicemia, Diabetes Mellitus (DM) e/ou resistência insulínica (RI). A hiperglicemia, frequente nesses pacientes, promove o aumento na pressão capilar glomerular, ocorrendo alteração no sistema renina angiotensina intra-renal que favorecerá a uma elevação na excreção de albuminúria. A microalbuminúria (Malb) é a excreção de albumina na faixa de 30-300 mg/dia. Sendo assim, a detecção de microalbuminúria é considerada como primeiro sinal clínico de lesão renal. Objetivos: verificar associação entre Microalbuminúria, resistência à insulina e DM em pacientes portadores de síndrome metabólica. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo observacional e transversal realizado com 58 pacientes, adultos e idosos, ambos os sexos, portadores de SM diagnosticados segundo a International Diabetes Federation (IDF). Todos os indivíduos, incluídos na pesquisa, receberam atendimento nutricional, foram submetidos a um inquérito demográfico, realizaram exames físicos, bioquímicos e antropométricos. Para a dosagem de microalbuminúria, os pacientes tiveram que coletar o spot urinário da primeira urina da manhã, completo, sem descarte, em embalagem de 1 litro de água mineral, correspondendo à chamada amostra isolada. Para a avaliação do grau de secreção e resistência à insulina foram utilizados os índices de HOMA, um cálculo de execução simples, que se fundamenta nas dosagens da insulinemia e da glicemia, ambas de jejum. Os dados foram analisados com o auxílio do Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) para Windows, versão 18.0, sendo considerado significativo o p ≤ 0,05. A pesquisa foi submetida ao Comitê de Ética da Universidade do Estado da Bahia, CAAE e aprovada pela resolução de número: 03409712.9.3001.5023. Resultados e discussão: a amostra apresentou um total de 58 pacientes, com maior prevalência do sexo feminino (81%) e adultos (67,8%). De acordo com os resultados encontrados, verificou-se uma prevalência de microalbuminúria de 19,0%, sendo que 79,3% eram normoalbuminúricos e 1,7% de macroalbuminúricos. Tanto os pacientes com Malb quanto os normoalbuminúricos apresentaram glicemia de jejum alterada, 90,9% e 76,1%, respectivamente. No estudo de Palaniappan et al (2003) sobre a população coreana, em geral, também mostrou que indivíduos com microalbuminúria tinham glicemia de jejum mais elevada do que indivíduos sem microalbuminúria. Houve associação significativa (p= 0,027) entre RI e a microalbuminúria, porém em uma direção inversa, sendo a maior prevalência de resistência à insulina em indivíduos normoalbuminúricos (87%) em relação àqueles com microalbuminúria (54,5%), o que reafirma a teoria de Palaniappan et al (2003) que descreveram que na SM há uma fraca associação de Malb com a RI. Conclusão: Os achados aqui apontam que há forte relação entre Microalbuminúria, hiperglicemia e Diabetes em indivíduos com SM. Acredita-se que se faz necessário novas pesquisas para avaliar a relação inversa entre RI e Malb nos pacientes com SM. INFLUENCIA DO SISTEMA NEURONAL NO CONTROLE DA FOME E SACIEDADE AUTORES Eliane dos Santos da Conceição; Mariana Pereira Santana Real; Miriam Rocha Vázquez; Najara Amaral Brandão·. RESUMO Introdução: Na regulação da saciedade e do apetite estão os fatores neuronais, endócrinos, adipocitários, intestinais e psicológicos. A relação direta entre sistema nervoso e ingestão alimentar ocorre, principalmente, através do núcleo arqueado do hipotálamo que regulam a sensação de fome e saciedade, sendo que essas áreas sofrem estímulos pré e pós absortivos. O desequilíbrio da ingestão alimentar pode ser em decorrência de elementos fisiopatológicos e/ou ambientais causando sobrepeso, obesidade e distúrbios alimentares. A leptina atua na diminuição da ingestão alimentar, redução da massa corporal pelo aumento do gasto energético e metabolismo de glicose e de gorduras. Objetivos: Verificar a influência neuronal no controle da fome e saciedade, verificar como os hormônios regulam a fome e a saciedade, analisar as implicações do controle neuronal na obesidade. Materiais e métodos: o estudo se caracteriza por uma revisão de literatura integrativa. Foram realizadas pesquisas nas bases de dados Scielo, Pubmed, Bireme e Google Acadêmico, utilizando os descritores, “sistema endócrino”, “intestino”, “hormôrnio”, “leptina”, “obesidade”. Os artigos foram selecionados dentre aqueles que contemplavam publicação de até 10 anos, não dispensando a leitura de outros fora desse quesito de acordo sua significância no assunto. Resultados e Discussão: A leptina determina a depressão dos neurônios que expressam NPY e AGRP (hormônios orexígenos), ou seja, a sensação de fome é deprimida. A leptina também estimula a atividade de neurônios produtores de POMC, um composto que é precursor do hormônio estimulador de melanócito α (α-MSH), que possui propriedade anorexígena (diminui o consumo alimentar) ao se ligar aos receptores de melanocortina 3 e 4 (MC3 e MC4). A secreção de insulina, assim como da leptina, também é afetada pela proporção de massa adiposa, estimulando os receptores hipotalâmicos a favor da saciedade. No hipotálamo há abundantes receptores de leptina, além de ter também em outros locais como o próprio tecido adiposo e no músculo esquelético controlando o consumo de glicose reduzindo a glicemia. Conclusão: o controle da ingestão alimentar e a homeostase energética é influenciada por diversos fatores, havendo uma regulação consciente que é determinada pelas necessidades energéticas dos indivíduos, e uma regulação subconsciente que poderá predispor uma alimentação além das necessidades reais do indivíduo. INTERAÇÃO ENTRE ALIMENTOS E FÁRMACOS AUTORES CHALHUB, Helen Ávila; CONCEIÇÃO, Pamella Raianny Esprito do Santo; LEAL, Sheila Reis; SILVA, Luiane Rose Santos. Orientador: RAMOS, Tércio·. RESUMO Os alimentos fornecem os nutrientes necessários à manutenção das funções fisiológicas do corpo humano. Quando ocorrem alterações de ordem funcional e/ou estrutural no organismo, faz-se necessário o uso de medicamentos para a recuperação da saúde. Porém, a administração de medicamentos com alimentos pode interferir na velocidade e extensão da absorção da droga ou do nutriente, devido a interação alimento-droga. Portanto, torna-se importante conhecer esta interação, pois permitiria um controle mais efetivo, favorecendo resultados mais eficazes, com a redução e eliminação de interações indesejáveis. O Objetivo do presente trabalho é verificar interações alimento-droga e seus efeitos sobre o estado nutricional dos indivíduos e eficácia do fármaco. Através de uma revisão bibliográfica sobre a interação fármaco-nutriente, incluindo artigos científicos obtidos nas bases de dados BIREME (MEDLINE, LILACS e SCIELO), entre os anos de 2002 a 2010, com as palavras-chaves: interação alimento-droga, absorção, medicamento, nutrientes. Dessa forma podemos considerar que a administração de medicamentos com as refeições se faz por três razões fundamentais: possibilidade de aumento da absorção; redução do efeito irritante sobre a mucosa gastrintestinal; e uso como auxiliar no cumprimento da terapia, associando sua ingestão com uma atividade fixa como as principais refeições. Contudo, essa combinação pode afetar a biodisponibilidade do fármaco por modificações nos processos farmacocinético e farmacodinâmico, como por exemplo, sua interação com Ca, Fe e fibras, que formam um complexo, prejudicando a absorção da droga, diminuindo assim eficácia do tratamento medicamentoso. Do mesmo modo, afeta biodisponibilidade de nutrientes, pois alguns medicamentos como AAS, diuréticos entres outros, afetam negativamente a absorção de nutrientes, acarretando prejuízo ao estado nutricional do indivíduo. Estes riscos são maiores em pacientes que fazem tratamento crônico como idosos e desnutridos, podendo causar aumento da necessidade de utilização do fármaco e piora do estado nutricional. O comprometimento do estado nutricional pode diminuir o efeito terapêutico ou aumentar o efeito tóxico. Ademais, o uso abusivo de medicamentos no Brasil (ONU, 2012), principalmente a automedicação, interfere no estado nutricional dos indivíduos e ameaça à saúde pública do país. USO DE REALÇADORES NATURAIS COMO ALTERNATIVA NA PERCEPÇÃO SENSORIAL DE IDOSOS AUTORES Manuella Cordeiro Lucena, Telma Maria Sousa Bandeira , Carine Oliveira Souza. RESUMO O envelhecimento é um processo natural do ser humano, relacionado a mudanças no comportamento e no corpo, decorrente das transformações que acontecem ao longo do tempo, afetando suas funções e influenciando os hábitos alimentares relacionados com a quantidade e a qualidade dos alimentos consumidos, os quais, nem sempre, estão adequadas às necessidades reais desses indivíduos. A redução do consumo alimentar dos idosos ocorre através da diminuição da sensibilidade por gostos primários: doce, amargo, ácido e salgado, associado com eventual perda da acuidade visual, audição e olfato. Com o decréscimo da quantidade de papilas gustativas na língua, faz com que o limiar de percepção esteja alterado, levando indivíduos utilizarem quantidades maiores de aditivos químicos para poder perceber os sabores - em especial, o doce e o salgado – utilizando, consequentemente maiores quantidades de sal e edulcorantes sintéticos, podendo intensificar doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes e hipertensão. Assim, para a diminuição do uso dessas substâncias químicas, fazem-se necessárias alternativas que possam ser usadas como intensificadores de sabor – especialmente doce e salgado, mas que sejam naturais para a utilização de produtos menos industrializados. Desse modo, esse trabalho tem o objetivo de discutir, à luz da literatura, sobre o uso de realçadores naturais de sabor, como as especiarias e ervas aromáticas são eficazes na redução da ingestão de aditivos químicos, como o sal e os edulcorantes sintéticos, por intensificarem a percepção a estes sabores, além de favorecer na diminuição dos gastos do consumidor por serem alternativas mais econômicas e mais acessíveis à compra. A metodologia do trabalho foi realizada através de uma pesquisa exploratória bibliográfica, utilizando quatro bases de dados: SCIELO, LILACS-BIREME, RGNUTRI E PUBMED. Através dos estudos, pôde-se perceber com esta revisão, que há carência de artigos científicos relacionados aos critérios de inclusão nesta pesquisa, assim como assuntos relacionados ao tema nas bases de dados pesquisadas. Área de Concentração do resumo RISCOS OCUPACIONAIS EM UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA, EM SALVADOR/BA: UMA VISÃO DA SAÚDE DO TRABALHADOR. AUTORES Aníbal de Freitas Santos Júnior, Andreia Gonçalves Batista Lima, Leonardo Lordelo Sampaio, Icaro Gabriel Silva Santos, Isabele Santos Guimaraes Lustosa, Joao Vitor V. C. de Oliveira, Juliana Pereira dos Santos, Monique Lopes da Rocha, Naiane Barbosa Reis, Silas Ricarti M. Pacheco, Taise de Souza Jesus, Vanesa Conceição de Jesus, Verônica Matos Batista RESUMO O conhecimento dos riscos relacionados à Atenção Básica de Saúde são essenciais para compreender as relações entre trabalho e processo saúde doença. Este trabalho compreende as ações desenvolvidas pelo Grupo PET-Vigilância em Saúde, da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), financiado pelos Ministérios da Saúde e da Educação, e objetiva traçar o perfil da Saúde Ocupacional da Unidade Saúde da Família (USF) – Humberto Castro Lima (Pernambuezinho), no município Salvador/BA. Trata-se de um estudo transversal (n = 50), com aplicação de questionários semiestruturados, no período de março/2015, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da UNEB, sob protocolo no 821.743/2014. A maioria dos entrevistados é do sexo feminino (72%); raça negra (34%); faixa etária entre 30 a 50 anos (68%), com ensino médio (40%) e superior (36%), completos; atuam entre um a dez anos no serviço e usam como meio de transporte, o sistema coletivo de ônibus urbano. Cerca de 40% da amostra foi composta por Agentes Comunitários de Saúde (ACS). Dentre os entrevistados, 32% afirmaram ter sofrido algum acidente no trabalho (descarte incorreto e lesões com perfuro-cortantes) e buscaram auxílio médico imediato (70%). Verificou-se que 88% dos trabalhadores citaram que desconhecem qualquer tipo de fiscalização no local de trabalho, referente à integridade da saúde do trabalhador e indicaram não haver medidas sustentáveis no ambiente. No que se refere às Normas Regulamentadoras (NR), 64% dos entrevistados as desconhecem; sendo a NR 32 citada por, apenas, 10% da população estudada. A exposição à riscos químicos (medicamentos) foi evidenciada em 60% da amostra, com o uso de luvas descartáveis para minimizá-la. A luminosidade foi apontada como fator positivo, por 70% dos entrevistados. Entretanto, 36% citaram a exposição ao ruído como principal risco físico. Cerca de 56% dos profissionais mencionaram exposição a fluidos biológicos na sala de curativos. Como medidas de biossegurança, o uso de luvas, máscaras, jalecos, bem como coleta especial destes resíduos foram indicados. Um total de 78% dos trabalhadores destacou o stress como um risco, pois a USF está localizada numa região com índices elevados de violência urbana. Cerca de 30% afirmaram adotar uma postura inadequada no ambiente de trabalho e, 60% desaprovam o layout dos móveis e organização do espaço físico. Ademais, 82% afirmaram não participar de palestras/orientações sobre riscos ergonômicos no seu atual vínculo de trabalho. Percebeu-se que a maioria dos trabalhadores atuam há bastante tempo na USF, sendo expostos à uma rotina de atividades. A falta de informações sobre Segurança no Trabalho e instruções normativas traduz uma preocupação. Verificou-se que os riscos ergonômicos e biológicos mereceram destaque no que se refere à exposição ocupacional. Neste contexto, acredita-se que medidas educativas são necessárias para promoção da mudança de comportamento com finalidade de contribuir para melhorias nas condições de saúde destes trabalhadores. PREVALÊNCIA DE SINTOMAS DE INCONTINÊNCIA URINÁRIA EM OBESOS AUTORES Amanda Andrade de Castro, Lorena Barreto Arruda Guedes·. RESUMO OBJETIVO: Verificar em uma população composta por homens e mulheres em tratamento da obesidade a prevalência, o tipo mais frequente e a descrição dos possíveis fatores que se associam a incontinência urinária (IU). MÉTODOS: Estudo de corte transversal descritivo com pacientes obesos atendidos no Serviço de Fisioterapia do Centro de Endocrinologia e Diabetes do Estado da Bahia (CEDEBA) no período de janeiro a setembro de 2015. Foram coletados dados do prontuário do paciente a partir de um formulário padronizado desenvolvido para a pesquisa e da aplicação do International Consultation on Incontinence Questionnaire – Short Form (ICIQ-SF). Para a análise do banco de dados foi utilizado o Statistical Package for Social Sciences (SPSS), versão 9.0 para Windows. Na análise descritiva foram aplicados: média com desvio padrão para as variáveis numéricas contínuas e proporção para as variáveis categóricas. RESULTADOS: A amostra de 133 pacientes foi predominantemente feminina, adulta, sedentária e com comorbidades como a hipertensão arterial, uma prevalência de 51,9% de IU, sendo a tipo mista a mais comum. CONCLUSÕES: Com base nos resultados encontrados, há uma importante prevalência de IU em obesos, com sintomatologia de impacto muito grave. Empoderar os profissionais de saúde com este conhecimento permite que a atenção ao paciente com obesidade se torne mais eficaz quanto às alterações do assoalho pélvico, impactando de forma positiva no tratamento mais rápido, sem grandes complicações e na melhora da qualidade de vida. ASSOCIAÇÃO ENTRE PERDA AUDITIVA, DIABETES MELLITUS E HIPERTENSÃO ARTERIAL: ACHADOS EM SALVADOR - BAHIA. AUTORES RODRIGUES, I.S.C., LOBO, L.S., FERNANDES, L., FRAGA-MAIA, H. RESUMO Introdução: Para pleno desenvolvimento de suas funções normais, as células do corpo precisam do suprimento adequado de oxigênio e nutrientes em seu ciclo natural. As células da estria vascular são responsáveis diretas pelo fornecimento destes nutrientes para células do órgão de Corti, na cóclea, onde se processam as informações auditivas. Alterações vasculares e metabólicas podem ocasionar lesões em vasos sanguíneos e capilares, bem como nas membranas basais celulares. Muitas destas alterações podem ser decorrentes das mais prevalentes Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e o Diabetes Mellitus tipo 2 (DM). Objetivo: Investigar a co-ocorrência de perda auditiva em adultos portadores de HAS e/ou DM tipo 2 em pacientes de uma clínica escola de Salvador/BA. Materiais e Métodos: Trata-se de estudo transversal com indivíduos apresentando queixas auditivas e reportaram portadores de DM2 e/ou HAS. Excluídos aqueles que apresentaram perdas auditivas congênita e em exposição a ruído em ambiente de trabalho. Banco dados criado no programa Excel for Windows (V. 7.0) e analisado no programa de análise estatística Stata® (V.10.0). Para avaliar a existência de diferença de proporções entre as variáveis do estudo utilizou-se o Teste Qui-Quadrado de Pearson ou de Fischer. Foram consideradas como estatisticamente significantes associações com p-valor <0,05. O projeto foi aprovado pela Plataforma Brasil/ CEP UNEB (Parecer n 241.434/2013). Resultados: A distribuição da faixa etária mostrou-se bastante ampla, de 24 a 85 anos, com predomínio da população entre os 45 a 64 anos. Percebeu-se que 84,2% dos pacientes apresentaram algum tipo de perda auditiva detectável pelo exame de audiometria tonal. Detectou-se que 98,5% dos pacientes triados não apresentavam antecedentes familiares para perdas auditivas, que apenas 3,4% deles utilizava aparelho para amplificação. Observou-se ainda que 72,8% dos pacientes referiram ter modificado hábitos depois da percepção de alterações auditivas e, dentre estes, 79,7% referiram apresentar zumbido. A maior parte das orelhas apresentou PASN (72,5). Curva tipo A encontrada em 35,5% das orelhas estudadas e em 50,7% pôde-se encontrar alterações na curva, sendo estas do tipo Ad, As ou C. Destes pacientes, 17,8% não apresentaram reflexo mas apresentaram alteração na curva timpanométrica e 82,2% apresentaram reflexos alterados ou ausência total de reflexos, mesmo apresentando curva normal. Discussão: Perda auditiva sensorioneural mostrou-se significativamente associada com a presença de Diabetes Mellitus. Infere-se que as alterações metabólicas causadas pela DM, como as neuropatias e angiopatias podem acelerar disfunções do sistema auditivo. Conclusão: Os dados sugerem uma associação entre DM2 e perda auditiva que pode causar impacto no modo de vida dos afetados. Recomenda-se o acompanhamento fonoaudiológico dos portadores de HAS e/ou DM2, que os mesmos possam ser avaliados em unidades do SUS e que a proposta de saúde auditiva seja incluída no programa HIPERDIA consolidando ainda mais o papel da Fonoaudiologia na Saúde Pública. PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO ACADEMIA SERVIÇO COMUNIDADE: UMA NOVA CONCEPÇÃO NA FORMAÇÃO DO PROFISSIONAL DE SAÚDE AUTORES Luciana Cavalcanti; Isabela Rodrigues; Carla Cardoso·. RESUMO Introdução: Durante muito tempo o processo de formação de profissionais de nível superior em saúde não adotava ações reflexivas dentro das práticas educativas voltadas para o serviço. Com o advento de estudos e da mudança do perfil do profissional de saúde no contexto da Atenção Primária, englobando processos de produção, promoção e manutenção da saúde na sociedade, tem-se a necessidade de ampliação desta pratica. Objetivo Geral: Apresentar o processo de implantação de novo componente curricular para a formação de profissionais de saúde em uma universidade e sua influência na formação de futuros profissionais de saúde. Materiais e Métodos: Realizou-se estudo descritivo elaborado a partir do Diário de campo de estudantes dos cursos de Fonoaudiologia e Fisioterapia do novo curriculum dos cursos de saúde da UNEB implantado a partir de 2012.1, abordando as atividades envolvidas nas componentes curriculares PIASC e as impressões geradas nos docentes envolvidos através da exposição das três etapas que constituíram o processo e os resultados obtidos em cada uma delas. Resultados: Observou-se durante o primeiro ciclo da componente que as Unidades de Saúde da Família tinham suas localizações, em relação aos territórios de abrangência, não muito centrais. A situação de moradia apresentou-se como fator que corroborava para a manutenção, do quadro. E estas, apresentavam questões de segurança pública, além da presença de doenças endêmicas como Hanseníase e Tuberculose. No que se referiu ao serviço, foi constatado que as equipes de saúde estavam incompletas, e que existia carência de material. Finalmente, na última fase, as ações de planejamento em saúde realizadas resultaram em processos de educação em saúde e empoderamento como a elaboração de Ofício para o Conselho Distrital e Municipal de Saúde e a criação de Conselho de Local de Saúde. Discussão: O principal ponto a ser destacado a partir de estudos como este é a importância da uma mudança de concepção sobre o processo de aprendizagem na área de saúde, procurando a formação completa, considerando para isso os conhecimentos prévios não apenas da sociedade, mas também dos alunos de graduação, atores deste processo. Conclusão: Através da componente foi possível verificar os desafios que estão envolvidos para a consolidação de programas idealizados pelo SUS sendo a imersão de discentes e docentes na comunidade uma possiblidade maior de êxito nas ações de saúde. Uma vez que o estudante, na qualidade de futuro trabalhador passa a dispor da oportunidade de conviver com a dinâmica das comunidades. Através da trajetória apresentada infere-se que programas multidisciplinares como o PIASC podem ser utilizados como estratégias de construção da interação entre o saber acadêmico e a participação popular na construção de profissionais mais bem preparados para atuar no SUS. CROMOTERAPIA E AROMATERAPIA: UM OLHAR DA MEDICINA QUÂNTICA NA EDUCAÇÃO DE FUTUROS PROFISSIONAIS DA SAÚDE AUTORES Isabela Rodrigues; Cláudia Lopes·. RESUMO Introdução: Cada vez mais indivíduos buscam a manutenção do equilíbrio da saúde que refletem na procura por tratamentos diferenciados, que valorizam o ser humano e tragam bem estar. Há um intenso crescimento da procura pela prática das terapias alternativas que valorizam a natureza, o ser humano e as energias presentes em cada organismo. No Brasil o marco para introdução das Práticas Alternativas de Saúde foi a 8ª Conferência Nacional de Saúde. Estes princípios tornam o SUS um sistema onde os diálogos e práticas não hegemônicas encontram lugar para se desenvolverem. A formação dos profissionais de saúde tem sido pautada no paradigma cartesiano e atuado continuamente nas partes isoladas do todo. Ao prestar assistência a saúde, o profissional atua harmonizando e buscando o equilíbrio em todas as dimensões do ser humano. Há também um entendimento de que é necessário um olhar holístico, que não é encontrado na medicina tradicional tão fragmentada pelas especializações, neste contexto se inserem as práticas integrativas. Objetivo: Construção de um panorama conceitual destas terapias complementares afim de justificar sua importância como proposta de curso de extensão dos cursos de saúde nas Instituições de ensino superior. Métodos: Revisão bibliográfica teóricoreflexiva com levantamento bibliográfico nas bases de dados do Portal Capes, Lilacs, Bireme, Scielo, Medline. Critérios de inclusão: artigos publicados completos em periódicos nacionais e internacionais; que abordassem a temática do estudo, dentro da área de interesse e publicados nos últimos dez anos; Legislação nacional de saúde pública vigente no país. Análise dos dados aproxima-se da abordagem qualitativa, tendo em vista interpretação e a análise dos elementos teóricos. Resultados: Foram identificados dois tipos principais de terapias vibracionais utilizados no Brasil: Cromoterapia Ciência das cores considerada uma forma de medicina energética sua atuação se dá de forma a alterar ou manter as vibrações do corpo em busca de um estado de saúde. Aromaterapia arte e ciência que visa promover saúde e bem-estar do corpo, da mente e das emoções, através do uso terapêutico do aroma natural das plantas por seus óleos essenciais. Discussão: Na prática clínica, as mensagens carreadas pela influência das cores tem potencial de atuar produzindo sensações e possibilitando acessar o lado emocional e subjetivo do sujeito. O desenvolvimento de linhagens bacterianas resistentes aos medicamentos sintéticos levou ao surgimento de medicamentos mais potentes, caros e que traziam mais efeitos indesejados houve a renovação no interesse em pesquisar e utilizar as essências vegetais em tratamentos médicos por serem mais baratas, acessíveis e com efeitos consideravelmente mais suaves. Conclusão: Há também uma busca constante por profissionais capacitados para atuar junto a um público que tem procurado ativamente por terapias que visam o equilíbrio e a harmonia entre corpo e mente. A Universidade também precisa manter-se atualizada no sentido de formar profissionais que atendam a este perfil com o principal objetivo de resgatar a importância da inclusão dessa temática no processo de ensino e aprendizado das instituições de ensino superior e nos programas de educação permanente das instituições de saúde. HUMANIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE: UMA QUESTÃO RELEVANTE PARA QUALIDADE DOS SERVIÇOS. AUTORES Josemare Pereira Silva Duarte, Edimar Caetité Junior. RESUMO Ações que centram atenção nas relações humanas, na produção de vínculo e no acolhimento, são cada vez mais necessárias no sentido de oferecer àqueles que fazem uso dos serviços de saúde, serviços cada vez mais qualificados. Assim, identificou-se a necessidade de se fazer um estudo que tem como tema abordagem teórica sobre a relevância da humanização dos profissionais de saúde para qualidade dos seus serviços. Dessa forma, contextualizou-se o processo de humanização na saúde e sistematizou-se a humanização dos profissionais de saúde na busca da qualidade dos seus serviços, para se chegar ao objetivo geral que seria evidenciar a relevância da humanização dos profissionais de saúde para obtenção de qualidade nos seus serviços. A metodologia empregada foi a pesquisa bibliográfica, cuja coleta de informações sobre o tema deu embasamento para as conclusões obtidas nesse estudo. Destarte vislumbrou-se a necessidade de humanizar os profissionais de saúde a fim de gerar qualidade a esses serviços por melhorar a relação profissional de saúde – usuário levando consequentemente a um beneficiamento na qualidade de vida daqueles que necessitam do atendimento. Concluiu-se assim que a humanização dos profissionais de saúde influi diretamente na qualidade dos serviços de saúde e pode ajudar tanto na melhoria do ambiente de trabalho quanto na melhoria da saúde do paciente. MORBI-MORTALIDADE DA DENGUE NO MUNÍCIPIO DE SALVADOR - BAHIA AUTORES Lorrana Mendes Gama; Auguto César Costa Cardoso·. RESUMO INTRODUÇÃO: A dengue é uma doença infeciosa aguda com ampla proliferação em países tropicais, cujo agente etiológico é um vírus pertencente á família Flaviviridae, do qual são conhecidos 4 soro tipos. Transmitida através da picada do Aedes Aegyti infectado, inseto originado da África Subsaariana, onde se domesticou e adptou-se a aréa urbana, reproduzindo – se facilmente em reservatórios de água acumulada. Uma vez infectado o mosquito é capaz de transmitir enquanto viver. OBJETIVO Descrever a morbi-mortalidade da Dengue nos períodos de 2008 a 2012 no município de Salvador. METODOLOGIA Trata-se de um estudo descritivo, de caráter exploratório com abordagem quantitativa. Utilizados os dados secundários obtidos no Sistema de Informação e Agravos e Notificação (SINAN), e Sistema de Mortalidade (SIM) e base demográfica IBGE no período de 2008 a 2012. A área de estudo foi o munícipio de Salvador, as variáveis selecionadas: Sexo (feminino e masculino), faixa etária ( 0 a maiores de 80 anos), Raça (Preta, Amarela, Parda, Indígena) Unidade Federativa (Bahia), Município de Notificação ( Salvador), Evolução (Cura, Óbito pelo agravo notificado e outras causas), e Grau de FHD ( Grau I,II,III,e IV). Exclui-se da análise os casos registrados como ignorados. Realizou-se a analise dos dados a partir e posteriormente calculou-se os indicadores: Proporção e Taxa, utilizando os softwares Tabnet e Exell 2010.RESULTADOS Dentre o período selecionado foram notificados 263.027 (8,14%) casos de dengue na Bahia, já em Salvador houve 26.050 casos (9,9 %). O coeficiente de incidência do período foi de: 185,10 em Salvador, com taxa de mortalidade de 0,20, das 29 mortes no período 55,17% foram do sexo feminino e 44,82% no sexo masculino na faixa etária de 20 a 39 anos, representando 38% dos casos.DISCURSSÃOSalvador foi o município de maior notificação no período, o ano de 2008 representou o menor do período estudado com 84,13 da incidência da doença, sendo menor no sexo masculino (80,75) e no ano de 2010 o maior (230,26) concentrando o maior número de casos no sexo feminino (216,57) no período analisado, este mesmo gênero apresentou o maior percentual dos óbitos na evolução da doença 16 (55,17) e masculino 13 (44,82) , a cura representou foi de 12.845 (49,3%). A faixa etária dos 20 a 39 concentrou o maior numero de casos notificados (9.910) para ambos os sexos.CONCLUSÃOA análise dos dados permitiu descrever o perfil morbimortalidade da dengue no município de Salvador. O dengue clássico representou a maioria dos casos notificados, e evolução de cura predominante contudo houve grande percentual do número de casos Ignorados e em Branco comprometendo análise e resultados da tabulação dos dados. RELAÇÃO ENTRE DOENÇAS CARDIOVASCULARES E NÍVEL SOCIOECONÔMICO POPULACIONAL.·. AUTORES George da Silva Pereira, Vitória Fernandes F. de Melo·. RESUMO As Doenças Cardiovasculares (DCV) são hoje a primeira causa de mortalidade no Brasil, representando 29,4% das mortes no País e tendo um alto custo para o Sistema Único de Saúde (SUS). Esse quadro epidemiológico, ainda em transição no Brasil, país em desenvolvimento, está ligado a fatores como: Mudança nos hábitos de vida, sedentarismo, alimentação inadequada e, ainda, estresse cotidiano. No entanto, fatores socioeconômicos são também Determinantes Sociais em Saúde (DSS) de alta relevância que devem ser analisados quanto a sua correlação com as DCV. Desse modo, este estudo objetivou analisar a correlação entre as Doenças Cardiovasculares (DCV) e o contexto socioeconômico da população acometida por estas. A metodologia utilizada trata-se de um Estudo exploratório, baseado na Revisão de literatura, o qual selecionou artigos científicos, publicados nos últimos dez anos, encontrados nas bases de dados SCIELO e LILACS, que incluíam a temática doenças cardiovasculares e fatores sociais e/ou econômicos. As análises desses estudos convergiram quanto aos resultados. Ishitani e et. Al (2006) mostraram que a mortalidade por DCV foi maior quando os selecionados possuíam baixa escolaridade e baixa renda. Cesarino et. Al (2008) constataram em seu estudo que indivíduos com menor escolaridade apresentam maior prevalência de Hipertensão Arterial sistêmica (HAS) em todas as idades em comparação aos de níveis intermediário e de maior escolaridade. Scherr e Ribeiro (2009) em um estudo que analisava os fatores de riscos para DCV, feito com quatro categorias de mulheres: Idosas, médicas, universitárias e faxineiras, estas três últimas adultas, demonstraram que essa última categoria tinha os piores índices de risco: Colesterol alto e HAS, semelhantes a das idosas, e tabagismo, obesidade e sedentarismo pior que as outras categorias. Pôde-se perceber que os fatores socioeconômicos são importantes DSS que devem ser considerados em políticas públicas também relacionadas a DCV e na prática dos profissionais de saúde. Pessoas com baixa renda tem menor acesso à bens e serviços, como, por exemplo, espaços para realização de atividades físicas e lazer e realização de exames periódicos. Níveis de educação mais baixos que também se relacionam a baixa renda, tem relação com menor acesso às informações sobre hábitos de vida saudáveis, ou se há, não tem sido passado de maneira efetiva á essa população. Políticas públicas e estratégias de prevenção e promoção de saúde cardiovascular devem ser implementadas e dirigidas, prioritariamente, a população mais carente e com menor nível de escolaridade, pois percebe-se que esse é o maior grupo de risco. Estratégias como a educação permanente em saúde e a construção de espaços públicos para práticas de atividades físicas em bairros carentes são possíveis estratégias efetivas para reversão do atual quadro do Brasil. Percebe-se que ainda são poucos os estudos que fazem a correlação entre fatores socioeconômicos e as DCV, necessitando-se de mais pesquisas na área. ANÁLISE SITUACIONAL SOBRE O FUNCIONAMENTO DO PROGRAMA HIPERDIA EM UMA USF DO DISTRITO SANITÁRIO CABULA-BEIRÚ AUTORES Alisson de Souza Almeida, Amanda Jaqueline Chagas Bispo, Amanda Macedo Dias Santana, Camilla Eli Galvão de Carvalho e Fábio Alves dos Santos Lima. Laio Magno RESUMO INTRODUÇÃO: O diabetes (DIA) e a hipertensão arterial sistêmica (HAS) são doenças crônicas não transmissíveis com alta prevalência na população brasileira, que impactam a qualidade de vida das pessoas, sobretudo quando não são tratadas adequadamente. OBJETIVOS: Descrever uma análise situacional sobre o funcionamento do Programa Hiperdia em uma Unidade de Saúde da Família do distrito sanitário Cabula-Beirú, propondo medidas para melhorar as ações deste programa. MÉTODOS: Utilizou-se o Planejamento e Programação Local em Saúde (PPLS). Para a análise da situação, realizaram-se questionários com pessoas vivendo com DIA e HAS. Posteriormente, foram realizados os seguintes momentos do PPLS: definição de objetivos; definição de ações, análise de viabilidade e desenho de estratégias; e a elaboração da programação operativa. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foram entrevistados 53 usuários, sendo a maioria de mulheres (79,2%). Do total da amostra, 26,5% viviam com HAS e DIA concomitantemente, enquanto que 66% viviam apenas com HAS e 7,5% viviam somente com DIA. A maioria possui apenas o ensino fundamental (64,2%) e poucas pessoas nunca estudaram (5,6%). No que diz respeito à compreensão sobre a cronicidade das doenças, observou-se que 22,6% e 45,3% ainda não compreendem que a HAS e o DIA, respectivamente, são doenças que perduram por toda a vida, e que necessitam, portanto, de um tratamento initerrupto. Além disso, a maioria referiu não praticar exercícios físicos regularmente (56,6%) e muitos ainda não conheciam a dose e o nome dos medicamentos prescritos para o controle das doenças (24,5%). Desse modo, levantou-se o seguinte problema: “informações insuficientes dos usuários da USF acerca das doenças e do programa HIPERDIA em 2015”, e a partir deste problema definiu-se o seguinte objetivo geral: “disponibilizar informações aos usuários da unidade sobre as doenças e sobre o programa HIPERDIA”; e os seguintes objetivos específicos: “promover orientação nutricional, estimular práticas de atividades físicas” e “promover orientações farmacológicas sobre a medicação de uso continuo”. Posteriormente, construiu-se uma programação operativa para cada objetivo específico, listando as ações, as atividades a serem realizadas, os responsáveis e os prazos. CONCLUSÕES: Conclui-se que o momento da análise situacional foi muito importante para a construção do PPLS, principalmente por permitir a construção de uma programação operativa baseada nas reais necessidades de saúde das pessoas vivendo com HAS e DIA. Além disso, o Programa Hiperdia consiste em uma abordagem unificada e mais eficaz das enfermidades trazidas pelos agravos supracitados, facilitando o tratamento da(s) etiopatogenia(s), levando-se em consideração a semelhança dos fatores de riscos, tratamento medicamentoso ou não, a cronicidade da doença e suas complicações, sendo esse programa viável e possível, salientando que é de suma importância a disponibilidade dos profissionais envolvidos, pois as ações pontuais realizadas, terão efeitos duradouros. PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE ACIDENTES RELACIONADOS AO TRABALHO NA BAHIA, DE 2008 A 2011. AUTORES Fabiane Soares Gomes; Fábio Tavares; Cíntia Santos; Adryanna Cardim·. RESUMO Acidente de trabalho é toda lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho de um indivíduo que ocorre durante exercício do trabalho ou em outros momentos á serviço da empresa. O estudo trata-se de uma abordagem quantitativa de caráter descritivo que visa caracterizar o perfil epidemiológico de acidentes de trabalho ocorridos na Bahia a partir dos dados disponibilizados pelo Ministério da Previdência Social, evidenciando aspectos como sexo, faixa etária dos trabalhadores que são mais acometidos e a sua disposição anual. Ademais, tais variáveis foram discutidas a partir dos coeficientes de mortalidade e de morbidade de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho. Para este estudo, foram coletados e descritos os registros de acidentes relacionados ao trabalho em segurados pela Previdência Social, ocorridos entre janeiro de 2008 a dezembro de 2011, no estado da Bahia, disponibilizados pelo Ministério da Previdência Social. Após análise as seguintes características se predominaram: Os ATs ocorrem mais no sexo masculino, idade entre 45 a 54 anos, e os AT típico são superiores aos AT trajeto, evidenciando ainda um número elevado de acidente fatais. Portanto, os acidentes de trabalho são considerados um problema de saúde pública pelas suas expressivas taxas de morbi-mortalidade na população brasileira. Embora seja reconhecido a sua magnitude, os indicadores dos acidentes relacionados ao trabalho ainda não refletem a realidade dos problemas presentes e vivenciados pelos trabalhadores. E a partir dos resultados encontrados, sugere-se, então, a ampliação de ações educativas e dispositivos de segurança para evitar acidentes relacionados ao trabalho, com ênfase na proteção dos trabalhadores quanto aos acidentes de trabalho, que podem ocasionar em doenças ocupacionais e/ou morte desses trabalhadores. E, em especial, com trabalhadores do sexo masculino de modo a evidenciar os riscos que estão expostos e às elevadas taxas de morbi-mortalidade relacionados ao trabalho. Além de pensar em estratégias que possam repercutir nesses indicadores, dirimir os problemas relacionados à subnotificação, e promover melhores condições de trabalho e vida. RISCO CARDIOVASCULAR EM ESCOLARES DOMICILIADOS NO DISTRITO SANITÁRIO CABULA BEIRU E SEUS FATORES SOCIOECONÔMICOS ASSOCIADOS AUTORES Raoni Soares da Silva, Helena Maria Silveira Fraga Maia. RESUMO INTRODUÇÃO As doenças cardiovasculares (DCV) representam um grupo de doenças crônicas não transmissíveis que tem significativo impacto nos indicadores mundiais de saúde, e podem surgir em qualquer faixa etária, implicando na qualidade de vida e no desenvolvimento de uma população. OBJETIVOS Investigou-se os fatores de risco cardiovascular em escolares de 7 a 14 anos de idade domiciliados na cidade do Salvador, Bahia, Brasil e seus fatores socioeconômicos associados. MÉTODOS Realizou-se um estudo transversal com alunos matriculados na rede pública de ensino. Foram incluídos os que se encontravam frequentando regularmente a unidade escolar. Foram excluídos os que não apresentassem níveis cognitivos para a concessão de informações sobre a própria saúde e hábitos de vida. Dados primários foram coletados por meio de formulários por entrevistadores treinados e a magnitude da associação entre as variáveis estudadas e a pressão arterial elevada foi estimada pelo cálculo da razão de chances (OR), adotando-se o intervalo de confiança a 95% (IC95%) como medida de precisão. O projeto foi aprovado pelo CEP UNEB (241.434/2013) e financiado pelo PRO/PET-Saúde 2012. RESULTADOS A população era predominantemente do sexo masculino (56,8%), com idades variando entre 7 a 10 anos (54,9%), cor da pele parda (59,9%) e que, dentre estes, 23,0% encontravam-se hipertensos. Sobrepeso/obesidade e sedentarismo se mostraram associados de modo estatisticamente significante com hipertensão OR=4,22; IC95% 1,74 – 10,22 e OR=5,87; IC95% 1,58 – 21,72 respectivamente. DISCUSSÃO A alta prevalência de doenças cardiovasculares em todo mundo já é bem reportada, todavia atenção especial tem sido dirigida para a população mais jovem que está sujeita, como os adultos, a uma rotina de baixo gasto calórico, alimentação inadequada e lazer sedentário, gerando risco para o surgimento das DCV. (MENDES et al., 2006; LANCAROTTE et al., 2010). A prevalência de pressão arterial elevada relatada, reforça a crescente exposição a fatores de risco comportamentais relacionados sobretudo ao peso elevado e à inatividade física. Níveis pressóricos elevados em escolares foram também reportados por outros autores. Moura et al. (2015) estimaram prevalência de 13,7%, Já para Sousa Júnior et al. 26 (2013), a ocorrência foi de 18,0%. Com relação à inatividade física resultados semelhantes foram apresentados por Campos et al. (2009) encontraram em 17,3% de meninos inativos e 22,6% das meninas inativas fisicamente. Também Gonçalves et al. (2007) em um estudo de coorte no RS, com prevalência de sedentarismo de 48,7 %. Outra condição associada de forma significante com a pré-hipertensão ou hipertensão arterial foi o peso elevado, fator de grande impacto na saúde e de elevada prevalência em diversas regiões do Brasil, como no estudo de Rinaldi et al., (2012) relatando a associação entre o excesso de peso na pressão arterial já na infância. CONCLUSÕES Conclui-se que o sobrepeso/obesidade e a inatividade física foram os principais fatores de risco cardiovascular entre escolares. Recomenda-se a implementação de programas de prevenção e promoção de saúde direcionados a parcela mais jovem da população e a adoção de estratégias para o controle do peso e estímulo à prática regular de atividade física nas escolas. HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA: REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE PACIENTES ATENDIDOS NA ATENÇÃO BÁSICA AUTORES Sabrina Nogueira Brito; Helena Maria Silveira Fraga Maia; Juliana Viana Freitas·. RESUMO INTRODUÇÃO: A adesão terapêutica é de suma importância devido à cronicidade da Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS). Fatores como conhecimento dos pacientes hipertensos acerca da sua condição, concepções de saúde-doença e redes sociais, a exemplo do vínculo com a família e a equipe de saúde influenciam diretamente na adesão ao tratamento. As Representações Sociais (RS) têm sido abordadas em estudos que buscam entender a relação do aspecto cultural e psicossocial com o modo de enfrentamento de portadores de HAS, que justificam e orientam suas atitudes e expectativas frente a sua condição. OBJETIVO: O presente estudo visa conhecer as RS de pacientes portadores de HAS acerca do tratamento, sua adesão e dos fatores de risco para agravos decorrentes desta patologia. MÉTODOS: Foi realizada uma pesquisa qualitativa com portadores de HAS que estivessem frequentando ou buscando atendimento em uma Unidade de Saúde da Família na cidade de Salvador-BA. Foram incluídos aqueles que se encontravam nas unidades no período da coleta de dados e que se disponibilizaram a participar e assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Foram excluídos aqueles que interromperam a entrevista e não prosseguiram na pesquisa. A coleta foi realizada por meio de entrevistas guiadas por um roteiro semiestruturado no período de agosto a novembro de 2013. Estas foram gravadas em um dispositivo e transcritas ipsis litteris. Para a análise optou-se pela perspectiva de Minayo que envolve a organização dos dados em três etapas: ordenação dos dados, classificação dos dados e análise final, possibilitando a determinação de categorias priori e êmicas. O projeto foi aprovado pela Plataforma Brasil/ CEP UNEB (241.434/2013) e financiado pelo PRO Saúde/PET-Saúde 2012. RESULTADOS: Os hipertensos demonstraram um conhecimento superficial e contraditório acerca da patologia e seus fatores de risco, relataram dificuldades diante da necessidade da ingestão diária de medicamentos e da adoção de hábitos de vida saudáveis. Percebeu-se também as múltiplas influências das redes sociais na adesão ao tratamento. DISCUSSÃO: A natureza multifatorial da HAS parece ser um fator que dificulta a compreensão da sua etiologia, assim, estratégias de prevenção devem ser um componente fundamental na Atenção Básica, devendo ser intensificadas para que a informação e o conhecimento cheguem de forma clara à população. A adesão ao tratamento medicamentoso sofre influências intrínsecas do próprio paciente como, por exemplo, a sua rotina e a sua relação com os membros da equipe de saúde. O diagnóstico da HAS pode impactar significativamente a vida dos seus portadores, por ser uma condição crônica e que exige a adoção de novos hábitos de vida. Redes sociais diz respeito ao conjunto de seres com quem interagimos regularmente, podendo ser constituídas por pessoas, serviços, crenças e objetos. Estas podem ter uma influência positiva na perspectiva do apoio à adesão terapêutica, ou influência negativa ao causar danos e conflitos. CONCLUSÕES: As RS dos hipertensos interferem diretamente em sua percepção sobre a doença, guiando-os em suas condutas de saúde. Conhecer as RS de hipertensos contribui para a integralidade do cuidado para esta população. ESTRATÉGIAS DE ENFRENTAMENTO E QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTES ONCOLÓGICOS EM RECIDIVA AUTORES Rocío Andrea Quintana; Ilena Rafaela Gama de B. Oliveira·. RESUMO Introdução: Os pacientes oncológicos em situação de recidiva passam por variados eventos estressores relacionados à volta ao tratamento. Isto gera um impacto emocional significativo, levando-o a procurar formas de enfrentar este momento. A situação atual, junto com as estratégias de enfrentamento que o paciente adotar, podem influenciar na qualidade de vida deste. Objetivos: Este estudo correlacionou os dados das estratégias de enfrentamento e a qualidade de vida de pacientes oncológicos em recidiva atendidos em uma clínica oncológica privada de Salvador.Objetivos específicos: Apresentar os dados demográficos dos pacientes;Acessar dados sobre qualidade de vida;Identificar as estratégias de enfrentamento mais utilizadas pelos pacientes. Métodos: Estudo de campo de caráter transversal. Foi utilizada uma abordagem quantitativa de pesquisa, com uma amostra de 30 pacientes.Foram utilizados 3 instrumentos: Questionário sociodemográfico e dados clínicos, EMEP e EORTC- QLQ C30 versão 3.0. A analise dos dados obtidos foi realizada através do Software SPSS 16.0 statistics. Resultados e Conclusões: Dos 30 pacientes, 21 eram do sexo feminino e 9 do sexo masculino. A idade variou entre 46 e 87 anos, com mediana de 59, sendo que 47% da amostra tinha 60 anos ou mais.44,8% (13) apresentou escolaridade superior completa e 41,4% (12) média completa.53,3% (16) residiam em Salvador e 46,7% (14) era procedente de outra localidade. Os resultados apontaram as estratégias centradas no problema (md= 4,1111) e as práticas religiosas (md= 3,9286) como principais formas de enfrentamento adotadas pela amostra, junto com um alto índice geral de qualidade de vida (md= 75,0000). Levando em consideração os dados obtidos e a literatura, as estratégias de enfrentamento adotadas parecem estar contribuindo para a melhora de qualidade de vida desta população. A quantidade limitada de sujeitos na amostra comprometeu a relevância estatística dos resultados. Ainda assim, se faz significativa para desenvolver intervenções psicológicas específicas e multidisciplinares para a população estudada. Recomenda-se realizar estudos futuros com um maior número de participantes e outros de caráter qualitativo. Também parecem interessantes estudos futuros em serviços públicos de saúde. AGRAVOS FONOAUDIOLÓGICOS E IDENTIFICAÇÃO PRECOCE: A RELAÇÃO COM O CONHECIMENTO DOS PAIS E OU CUIDADORES.·. AUTORES CARDOSO, C.; REIS, S. M RESUMO Noções de saúde e doença são resultados de fatores biológicos, sociológicos, econômicos, ambientais e culturais. Os agravos no desenvolvimento infantil têm grande incidência na faixa etária de 2 a 5 anos, tornando necessário o aumento desse conhecimento nas pessoas que convivem com crianças, possibilitando a identificação precoce e a intervenção adequada.Objetivo: Verificar a associação entre o conhecimento prévio dos pais e ou cuidadores e a identificação precoce dos agravos fonoaudiológicos. Metodologia: Estudo de caráter exploratório descritivo e prospectivo de natureza qualiquantitativa. Foi aplicado um questionário elaborado para essa pesquisa, aos pais e/ou cuidadores e realizada avaliação fonoaudiológica, através de protocolos validados e de referência específica, nas áreas de linguagem, audição, motricidade oral e voz em crianças de ambos os sexos, da faixa etária de quatro anos e um mês até cinco anos e onze meses, no Distrito de Saúde Boca do Rio em Salvado/BA. Resultado: Foi obtida uma amostra de 17 entrevistados, desses 58,8% (10/17) realizaram avaliação fonoaudiológica. Das avaliações realizadas, cerca de 50% (5/10) dos pais relataram alterações fonoaudiológicas nas crianças, e 50% (5/10) não relataram. Dos pais que perceberam em seus filhos algum distúrbio fonoaudiológico, cerca de 80% (4/5) estava relacionada à área da linguagem, e 20% (1/5) a área de voz. Em relação à avaliação nas dez crianças, na área de linguagem, no nível pragmático, foram identificadas 50% (5/10) das crianças com déficit nas habilidades pragmáticas. Em cerca de 10% (1/10) das crianças não foi realizada essa avaliação e cerca de 40% (4/10) das crianças encontram-se dentro do perfil de normalidade. Sendo que, nenhum dos pais relatou dificuldades nessas habilidades. Na avaliação fonológica, foram encontrados em 80% (8/10) das crianças a presença de processos fonológicos. Em uma das crianças 10% (1/10) não foi realizada essa avaliação, e cerca de 10% (1/10) das crianças encontra-se com todos os fonemas adquiridos e estabilizados. Sendo que, apenas 40% (4/10) dos pais conseguiram identificar alguma questão relacionada à área fonológica, desses pais 20% (2/10) queixaram-se de Gagueira e 20% (2/10) de Distúrbio Fonológico. Quanto à voz, foi identificada uma criança 10% (1/10) com questões relacionadas à rouquidão, cerca de 10% (1/10) dos pais apontou essa dificuldade na criança, 90% (9/10) das crianças encontram-se dentro dos padrões de normalidade vocais. Em relação à área de Motricidade Orofacial, foram encontradas 60% (6/10) de crianças com alteração nessa área. Sendo que em uma criança 10% (1/10) não foi realizada essa avaliação. E em 30% (3/10) das crianças não foram identificadas alterações oromiofuncionais. E nenhum dos pais relatou queixa nessa área. Não foi possível realizar a avaliação na área de Audiologia devido à falta de infraestrutura na Unidade Básica de Saúde e de logística. Discussão: Observou-se que a maioria dos pais no geral souberam identificar os fatores de risco para o desenvolvimento de um distúrbio fonoaudiológico, com certa prevalência na área de linguagem no nível fonológico. Conclusão: Portanto, apesar dos pais não conhecerem as áreas da Fonoaudiologia, conseguiram identificar os fatores de risco para o desenvolvimento de alterações fonoaudiológicas. ABORDANDO MEIO AMBIENTE E SAÚDE COM JOVENS EM ALTO DAS POMBAS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.·. AUTORES Bruno Henrique Ramos Bispo, Laís Alves Mendes, Sandra Brasil.·. RESUMO Introdução: As questões ambientais, sobretudo aquelas envolvendo o descarte inadequado do lixo, configuram um grave problema de saúde pública em Salvador - BA, e se apresentam, tradicionalmente, como de difícil resolução pelos setores públicos da cidade. Esse problema assume magnitude ainda maior em locais como o Alto das Pombas, devido à grande produção do lixo doméstico pela população local, somada ao descarte inadequado deste lixo e ao seu local de concentração – próximo à USF e em frente à Lavanderia Comunitária. O descarte do lixo doméstico é visto por parte significativa dos moradores como um problema secundário, frente às demais demandas da comunidade, embora produza enorme poluição visual e fomente a presença de animais peçonhentos, vetores de doenças infecto-contagiosas. Ações de educação em saúde se tornam fundamentais para que se possa ampliar a percepção da produção de lixo urbano e doméstico, bem como potencializar o real enfrentamento ao problema. Objetivos: Apresentar a experiência das ações de educação em Meio Ambiente e Saúde realizadas por discentes do PIASC III - UNEB com jovens residentes na comunidade de Alto das Pombas. Métodos: A partir da ferramenta do Planejamento e Programação Local em Saúde (PPLS), elegeu-se o problema do descarte inadequado do lixo para elaboração de ações de educação em saúde. Foram realizadas oficinas durante os meses setembro e outubro de 2015 com adolescentes entre 11 e 16 anos, participantes da ONG Fatumbi. Optou-se pelo trabalho com fotografia para, através do exercício do olhar, perceber as interrelações saúde-ambiente-comunidade e fomentar observações e reflexões do problema evocados pelo registro fotográfico. Resultados e discussão: Observou-se, inicialmente, uma concepção “engessada” sobre meio ambiente por parte dos jovens, representado por eles com elementos da natureza, e descolado da realidade existente no bairro. No decorrer das ações, no entanto, a noção de meio ambiente passou a contemplar elementos urbanos e seus aspectos negativos. A compreensão do acúmulo do lixo como um grave problema que afeta a vida dos moradores e inviabiliza locais para recreação ou convivência foi a principal fala dos jovens. Conclusões: As atividades realizadas foram exitosas, pois, através da ludicidade e da arte fotográfica, geraram entusiasmo no grupo e promoveram o despertar para um olhar crítico dos jovens no que tange a problemas e desafios relacionados ao meio ambiente e sua comunidade, especialmente referente à disposição inapropriada do lixo. O recurso à foto também despertou, em alguns dos participantes, um interesse na arte da fotografia. Cabe destacar, ainda, a relevância dessas intervenções para a formação dos estudantes dos cursos de saúde, uma vez que promovem a aquisição de conceitos e conhecimentos que extrapolam o meio acadêmico, permitindo desenvolver habilidades e a construção de valores que facilitarão a atuação no campo da saúde pública. REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA E SEUS IMPACTOS NA QUALIDADE DE VIDA DOS TRABALHADORES DO DERBA - BA AUTOR Vanessa Barbosa dos Anjos RESUMO O presente estudo busca discutir as novas configurações do trabalho na sociedade capitalista e suas implicações na qualidade de vida dos trabalhadores. O foco da discussão recai sobre a situação vivida pelos trabalhadores que desenvolvem suas atividades laborais na sede do Departamento de Infraestrutura de Transportes do Estado da Bahia – DERBA. Como objetivo neste estudo, nos propomos analisar os impactos da implantação de processos de reestruturação produtiva na condição de trabalho e na qualidade vida dos trabalhadores, buscamos ao longo do estudo também, caracterizar a implantação dos processos de reestruturação produtiva na instituição e as mudanças ocorridas na organização do trabalho, identificando formas de resistência dos trabalhadores. Para atingirmos os objetivos apresentados a metodologia utilizada foi inicialmente a pesquisa bibliográfica. Em seguida, para o trabalho de campo foram realizadas entrevistas com os trabalhadores vinculados ao DERBA, a fim de compreender como a precarização do trabalho faz-se presente nas diversas formas de ingresso na instituição. À seleção da amostra foi feita a partir dos diferentes vínculos empregatícios presentes na mesma: concursado efetivo, concursado REDA – Regime Especial de Direito Administrativo, cargo comissionado e terceirizado. Foram entrevistados oito trabalhadores. Os resultados das entrevistas foram organizados conforme os objetivos da pesquisa e analisados à luz do referencial teórico. Com relação aos rebatimentos desta realidade do mundo do trabalho na vida dos trabalhadores, as entrevistas trouxeram questões como: remanejamento dos trabalhadores para outros setores, sem seu consentimento; baixos salários e por isso, dificuldade de acesso às suas necessidades básicas, violação dos direitos trabalhistas e extensas jornadas de trabalho, ou seja, precarização do trabalho. O artigo subdivide-se em dois tópicos: Mundo do Trabalho – Para entender o processo histórico de precarização do trabalho no Brasil, no qual discute-se como configura-se o processo de reestruturação produtiva no Brasil e seus impactos sobre o mundo do trabalho; e implantação dos processos de reestruturação do DERBA, no qual buscamos caracterizar estes processos nesta instituição. Dessa forma, as condições de trabalho em que a classe trabalhadora está submetida são desumanas e precárias. Por tanto, não proporcionam o desenvolvimento pleno das potencialidades intelectuais, habilidades físicas e qualidade de vida, a partir da divisão sócio técnica do trabalho. Em vista à discussão apresentada a creca das relações de trabalho na sociedade capitalista, entendemos que a categoria trabalho como objeto de estudo é de suma relevância para categoria profissional, visto que, a mesma tem sofrido com a precarização das relações de emprego decorrentes do atual modo de produção. ACESSO AOS SERVIÇOS DE SAÚDE POR ADOLESCENTES BRASILEIROS AUTORES Maísa Mônica Flores Martins; Rosana Aquino·. RESUMO Introdução: O acesso aos serviços de saúde tem sido apresentado como um dos elementos do sistema de saúde, relacionados à entrada do indivíduo no serviço, à organização dos serviços, a assistência médica, bem como a continuidade do tratamento. Refere ainda a existência de barreiras impostas aos usuários como filas para a marcação de consultas e espera para atendimento, a existência de horários inadequados e dificuldades em atender à demanda espontânea. O conhecimento das condições de acesso e utilização dos adolescentes brasileiros aos serviços de saúde torna-se elementar ao planejamento das ações de saúde, e especialmente da Atenção Primária à Saúde, por constituir porta de entrada do sistema público. Objetivo: Avaliar o acesso aos serviços de saúde por adolescentes, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), 2012. Método: Estudo transversal a partir do banco PeNSE, realizada pelo Ministério de Saúde (MS) em parceria como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. A amostra por conglomerados teve um total de 109.104 indivíduos. A análise foi realizada com os escolares de todos os estratos geográficos oriundos de escolas públicas que atendem ao questionamento: nos últimos 12 meses você procurou atendimento em alguma Unidade Básica de Saúde (UBS)? (n= 33.742). Na análise desse estudo foi considerada como variável dependente as características de acesso dos serviços das UBS, enquanto que as demais variáveis analisadas foram consideradas covariáveis. Foi realizada análise descritiva das variáveis demográficas e econômicas dos escolares e familiares. A comparação entre as proporções do desfecho foi submetido a análise do teste do χ2 de Pearson, com nível de significância de 0,05. A pesquisa foi aprovada pelo Conselho de Ética em Pesquisas do MS, sob o Parecer nº 192/2012, referente ao Registro nº 16805 do CONEP/MS, em 27/03/2012. Resultados e Discussão: Observou-se uma predominância de procura de 27,9% e 23,9%, respectivamente, para a região nordeste e norte. Entretanto, foi a região sul que apresentou maior proporção de atendimento em UBS com 86,7% dos escolares. Proporções de 54,1% sexo feminino, faixa etária de 11 a 14 anos de idade com 61% e 48,7% para raça/cor parda. No entanto, a raça/cor branca obteve maior frequência de atendimento na UBS com 85%. Com relação a escolaridade, os escolares com pais com maiores níveis de escolaridade foram os mais atendimento quando procuraram as UBS. Somente 15,7% afirmaram trabalhar, sendo os escolares que não trabalham terem tido acesso de 84,6%. Na comparações das características demográficas e socioeconômicas dos escolares que procuraram uma UBS apenas as variáveis que não foram estatisticamente significante a nível de 5% foram raça/cor e receber dinheiro pelo trabalho desenvolvido. Dos escolares entrevistados 28.480 utilizaram de fato os serviços de saúde, correspondendo a uma taxa de acesso/utilização de 84,4%. Conclusão: Uma vez que a UBS é tida como norteadora das ações de saúde visando diminuir as desigualdades sociais e possibilitando maior acesso aos serviços de saúde. Torna-se imprescindível a aproximação do adolescente a este modelo assistencial a fim de atender as necessidade de saúde, e acessar às ações de promoção e prevenção da saúde. EDUCAÇÃO EM SAÚDE DIRIGIDA A ESCOLARES: DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS PARA RESULTADOS E EFEITOS AUTORES Lori da Conceição da França ,Helena Maria Silveira Fraga Maia RESUMO INTRODUÇÃO: Trabalhar com educação em saúde tem sido uma poderosa arma contra o surgimento ou o agravamento de doenças, principalmente das doenças crônicas não transmissíveis devido à grande dificuldade de adesão do tratamento. As evidencias cientificas apontam que os escolares têm adotado, cada vez mais, hábitos de vida não saudáveis, devido as facilidades que o avanço tecnológico e industrial proporciona, principalmente nas últimas décadas em que ocorreu um barateamento destes recursos e que estes se tornaram bastante acessíveis a população conquistando o público jovem. OBJETIVO: Desejou-se descrever a frequência de fatores de risco cardiovascular em escolares egressos de um programa multiprofissional de educação em saúde destinado a adoção de hábitos de vida saudável. MÉTODOS: Realizou-se uma investigação com egressos do projeto “Doutores Mirins: Multiplicadores do Conhecimento”. Foram convidados a participar escolares de 10 a 14 anos os que tivessem obtido 75% de frequência no programa. Os dados foram analisados descritivamente. O projeto foi aprovado pelo CEP UNEB (241.434/2013) e financiado pelo PRO/PET-Saúde 2012. RESULTADOS: Observouse que 65,8% eram do sexo feminino e 62,2% tinham idades variando de 12 a 13 anos. Constatou-se 32,4% de sobrepeso, 18,9% de hipertensão e 24,3% de sedentarismo. O tempo gasto com o computador/televisão foi maior que 2 horas para 75,7%. O padrão alimentar foi considerado como obesogênico já que a frequência de consumo de saladas, verduras e frutas foi elevada para cerca de 90% dos escolares, enquanto o consumo de alimentos ricos em açúcar, sódio e gorduras foi considerado elevado para 78% deles. DISCUSSÃO: Deste modo, pode-se supor que o programa multiprofissional de educação em saúde destinado a escolares na faixa etária de 10 a 14 anos tenha sido moderadamente eficaz para a adoção de hábitos de vida saudável. Todavia, considera-se como positivo a noção, mesmo em tenra idade, da importância dos hábitos de vida saudável. Resultados semelhantes não foram evidenciados na literatura, pois muitos informam e apenas quantificam os hábitos, sem analisar este tipo de concepção. Saber que eles discerniram este tipo conteúdo é de extrema importância para as estratégias de prevenção, pois mesmo sabendo do correto, existem grandes entraves socioeconômicos e culturais que impedem e dificultam que estas noções sejam postas em práticas. Entre estes se incluem o reduzido poder de compra, a jornada intensa de trabalho dos pais que podem dar preferência a alimentos processados e de fácil estocagem e o apelo da mídia e tecnologia que influenciam para a adoção de tempos elevados de tela. CONCLUSÕES: Os resultados permitem concluir que, a despeito da participação em um programa multiprofissional de educação em saúde destinado a escolares na faixa etária de 10 a 14 anos, a frequência de fatores de risco cardiovascular é elevada para estes. Sedentarismo, tempo de tela elevado, sobrepeso/obesidade, pressão arterial alterada, consumo de álcool e dieta obesogênica são achados importantes que devem suscitar reflexões. Ações de educação em saúde global devem ser estimuladas e promover a adoção de hábitos condizentes com uma vida longeva e saudável. INTEGRAÇÃO ENSINO-SERVIÇO-COMUNIDADE: RELATO DA EXPERIÊNCIA DO PROFISSIONAL DE SAÚDE EM FORMAÇÃO AUTOR Leonardo dos Anjos Santos RESUMO Introdução: O componente curricular Programa de Integração Academia, Serviço e Comunidade (PIASC) é ministrado nos três primeiros semestres dos cursos de Graduação do Departamento de Ciências da Vida, UNEB. O PIASC I é ofertado do 1o semestre e possibilita ao estudante da área da saúde o conhecimento do território de uma comunidade de um Distrito Sanitário, bem como insere o mesmo no cotidiano de um serviço público de saúde. Objetivo: Relatar a experiência vivenciada por um estudante do primeiro semestre do curso de Fisioterapia quanto as atividades práticas do componente curricular PIASC (I) na identificação do processo de territorialização da comunidade do Arenoso, situada no Distrito Sanitário Cabula-Beiru. Métodos: A visita a comunidade do Arenoso foi realizada pelos estudantes e mediada pelos professores do componente curricular PIASC. O relato de experiência foi elaborado como proposta da disciplina Metodologia Científica e do Trabalho Científico, com o enfoque de instrumentalizar os estudantes para a produção de trabalhos acadêmicos. Resultados e Discussão: A USF Professor Guilherme Rodrigues da Silva trabalhar em micro áreas. As características particulares foram observadas em campo; quanto a moradia algumas casas com uma alvenaria, acabamento e garagens, outras sem reboco, em divergência outras moradias em uma área denominada “Beira Rio” as casas estavam em condições precárias em becos e vielas. A comunidade de Arenoso é muito acolhedora. A simplicidade das casas, de estrutura verticalizada com pouco ou nenhum acabamento, a simplicidade das pessoas sempre com um grato bom dia, demonstram uma carência e por isso um acompanhamento mais cuidadoso por parte da USF. Ao iniciarmos de fato nossas observações na comunidade, um aspecto muito importante nos chama a atenção. O NASF trabalha de forma muito integrativa junto à comunidade. No dia em questão, podemos observar a atuação do projeto Academia da Saúde, que atua com a prática de atividade física e de socialização. Isso possibilitou compreender, que os princípios do SUS quando posto em prática atua fundamentalmente e de forma eficaz com a promoção e prevenção de saúde. Uma situação que chamou a atenção, diz respeito aos determinantes no processo saúde-doença. O primeiro ponto diz respeito ao grande número de cachorros no bairro, muitos deles sem cuidado e com feridas pelo corpo. O outro ponto trata-se do descuido com o descarte do lixo. A coleta no bairro de Arenoso é feita de forma estratégica e diária, pois há um grande predomínio de becos e vielas. No entanto, uma área do bairro apresentava um descarte de lixo incorreto gerando um acúmulo de lixos e dejetos, constituindo assim um potencial patológico. Arenoso não dispõe de muitos locais de lazer, havendo uma predominância maciça em campos de futebol, o que constitui um aspecto perigoso ao aliciamento à criminalidade. Conclusão: Foi possível compreender a noção de integralidade preconizada pelo SUS, além da teoria proporcionado pela atividade prática do PIASC. O SISTEMA ENDÓCRINO NO CONTROLE ALIMENTAR: HORMÔNIO OXINTOMODULINA AUTORES Ana Rafaela Nascimento Azevedo, Luana Galdino Rates, Mariana Pereira Santana Real, Priscila Diniz Ferreira Ávila·. RESUMO Introdução: De acordo com a Organização Mundial da Saúde a prevalência de obesidade está aumentando rapidamente no mundo. Diante da elevada prevalência de obesidade, despertou o interesse dos fisiologistas no estudo do controle da ingestão alimentar, na tentativa de desenvolver métodos contra esta epidemia. Consideráveis avanços foram obtidos na caracterização dos mecanismos hipotalâmicos no controle da ingestão alimentar. O hormônio intestinal oxintomodulina é liberado após alimentação na qual coordena a atividade digestiva promovendo saciedade surgindo como tratamento para a obesidade. Objetivo: o propósito deste trabalho é expandir o conhecimento a cerca do hormônio oxintomodulina, que foi recentemente descoberto, assim como sua utilização nos tratamentos para obesidade através de experimentos terapêuticos e técnicas de procedimentos cirúrgicos. Temos a finalidade de esclarecer a ação neurofisiológica, bioquímica e endócrina, bem como seus efeitos no controle alimentar. Metodologia: o estudo se caracteriza por uma revisão de literatura integrativa. Foram realizadas pesquisas nas bases de dados Scielo, Pubmed, Bireme e Google Acadêmico, utilizando os descritores “oxitomodulina”, “sistema endócrino”, “intestino”, “hormôrnio”. Os artigos foram selecionados dentre aqueles que contemplavam publicação de até 10 anos, não dispensando a leitura de outros fora desse quesito de acordo sua significância no assunto. Resultados e Discussão: dentre as vantagens oferecidas pela cirurgia bariátrica, pode-se citar a adaptação do sistema digestivo a dieta moderna. A capacidade gástrica pode ser diminuída sem problemas, pois os alimentos atuais são hipercalóricos e de menor volume. A resposta neuroendócrina pósprandial é acentuada com a cirurgia, promovendo a perda de peso, reduzindo a produção de grelina e resistina, favorecendo que mais nutrientes cheguem ao íleo, com aumento da produção da oxintomodulina, além da PYY e GLP-1. Conclusão: com base no estudo da oxintomodulina, concluímos que esse hormônio é classificado como endógeno, ou seja, produzido naturalmente no corpo humano, e que há alterações dos efeitos dela em pessoas com sobrepeso e obesidade. Essas pessoas podem ter como tratamento a administração exógena desse hormônio assim como tratamentos de cirurgias gastroplásticas, tratamentos estes que possuíram resultados positivos e relacionam a oxintomodulina com a obesidade. ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL FISIOTERAPEUTA COM PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES NA CIDADE DO SALVADOR, BAHIA AUTORES Iasminy Ferreira, Marcelo Peixoto·. RESUMO Identificar o perfil sociodemográfico e profissional dos fisioterapeutas que atuavam com as Práticas Integrativas Complementares, na cidade do Salvador-Bahia. MÉTODOS: Realizou-se um estudo quantitativo, transversal descritivo, composto por profissionais fisioterapeutas que atuavam com recursos terapêuticos alternativos. Foram incluídos os indivíduos que exerciam suas atividades profissionais com alguma intervenção não convencional; tido uma formação nessa área e pelo menos um ano de experiência clínica. Foram excluídos aqueles que estavam em férias ou licença médica no período da coleta dos dados. Os participantes responderam a um questionário estruturado construído para a pesquisa. A coleta foi realizada por meio de dados primários no período de janeiro/2015 a agosto /2015, sendo realizado um estudo piloto para calibrar o instrumento e o pesquisador. O banco de dados foi estruturado no software Excel (XP) e a análise realizada no Epi Info versão 7.1.4.0. Na análise das variáveis foram realizados o Teste de Fisher. RESULTADOS: A amostra foi composta por 20 fisioterapeutas, 13 (65,0%) eram sexo masculino. As terapias integrativas mais utilizadas pelos profissionais foram a acupuntura com 15 (75,0%), as práticas corporais/manuais com 14 (70,0%) e a meditação com cinco (25,0%). CONCLUSÃO: A atuação do fisioterapeuta com as Prática Integrativas e Complementares é caracterizada em sua maioria pelo exercício profissional da acupuntura. RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UMA LIGA ACADEMICA MULTIDISCIPLINAR EM UM SIMPÓSIO SOBRE SAÚDE DA MULHER AUTORES Paulo Igor Queiroz Brasil, Lucas Domingos de Jesus, Luana Andrade Santos, Vanessa de Jesus Santos. RESUMO Introdução:A Liga Acadêmica Multidisciplinar em Ambiente Hospitalar (LAMAH) é composta por acadêmicos de Farmácia, Fonoaudiologia, Fisioterapia, Medicina,Nutrição, Odontologia e Psicologia, que possuem o interesse em conhecer e a profundar seus estudos sobre a multidisciplinaridade no ambiente hospitalar. O presente estudo é uma reflexão sobre os resultados adquiridos a partir da experiência dos membros da LAMAH na produção do Simpósio"Saúde da mulher:uma abordagem multidisciplinar". Objetivos:O presente estudo tem por objetivo trazer reflexões acerca do cuidado, assistência e terapêutica dado a mulher; como o diálogo entre a equipe multidisciplinar se faz de grande valia para a atenção a saúde da mulher e incentivar a problematização de profissionais da área da saúde e acadêmicos para a assistência multiprofissional à saúde integral da mulher. Métodos:Relato de experiência cujo foco é a descrição da relação multidisciplinar desde a concepção do simpósio: “Saúde da Mulher – Uma Abordagem Multidisciplinar”, até sua realização. Resultados:Este evento significou um avanço em direção a quebra no processo cristalizado, tradicional e especializado de como realizar as intervenções na saúde da mulher. Através dele, conseguimos nos aproximar mais da realidade dos serviços de saúde que estão lotados de pacientes que necessitam de uma atenção integral que nenhum profissional consegue oferecer sozinho. Ainda mais quando se trata do sexo feminino que possui tantas particularidades inerentes a este grupo populacional. Discussão:A abordagem multidisciplinar acerca da atenção a saúde da mulher se faz de grande importância,considerando a necessidade do cuidado integral e humanizado às mulheres que chegam aos serviços de saúde precisando de alguma assistência. Os principais temas debatidos no simpósio foram as novas políticas de assistência a saúde da mulher como a humanização,seja ela no parto ou em toda a assistência a mulher,e a discussão da violência obstétrica cometida por diferentes profissionais. Além disso, houve a reflexão do quanto a mulher ainda é descriminada durante o parto e sua participação quase que passiva nas decisões do mesmo. O incentivo e a conscientização originados da comunidade feminina sobre o cuidado da sua saúde, a importância se fazer os exames rotineiros e principalmente o empoderamento da mulher sobre seu parto e todas as questões envolvidas da mulher são temas essenciais que devem ter o olhar multidisciplinar e um acolhimento integral da equipe dentro contexto hospitalar. Conclusão: O diálogo estabelecido entre as áreas de saúde é de suma importância para garantir um atendimento integral das necessidades da mulher no ambiente hospitalar. O compartilhamento de informações entre os profissionais evita equívocos e permite uma abordagem muito mais humanizada, garante a identificação do indivíduo como sujeito, participante ativo em seu tratamento e reabilitação. PRESSÃO ARTERIAL, PERFIL ANTROPOMÉTRICO E DEMAIS FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR EM ESCOLARES DA REDE PÚBLICA. AUTORES Jéssica Borges Kroth; Helena Fraga Maia RESUMO OBJETIVO: Avaliaram-se os níveis pressóricos, o perfil antropométrico e demais fatores de risco cardiovascular de escolares da rede pública. MÉTODOS: Foi realizado um estudo transversal com adolescentes matriculados em escolas públicas na cidade do Salvador, Bahia e incluídos aqueles com 14 a 19 anos que frequentavam regularmente as escolas de agosto de 2014 a maio de 2015. Foram coletados dados antropométricos, clínicos, relativos a hábitos de vida e fatores de risco. Análises bivariadas e multivariadas utilizando a regressão logística foram utilizadas. A magnitude da associação entre estas e a pressão arterial elevada foi estimada pelo cálculo do Odds Ratio (OR), adotando-se o intervalo de confiança a 95% (IC95%). As análises foram realizadas no programa Stata (V. 12.0) e o projeto foi aprovado pelo CEP/UNEB. RESULTADOS: Foram incluídos 160 escolares e, dentre estes, 24,4% apresentavam níveis tensionais compatíveis com pré-hipertensão ou hipertensão. Idade entre 14 a 15 anos (OR 0,32; IC95% = 0,13 – 0,75), presença de Acanthosis Nigricans (AN) (OR= 4,5; IC95% = 1,01 – 19,8) e tempo de atividades sedentárias inferior a 2 horas diárias (OR = 0,35; IC95% = 0,14 – 0,84) se mostraram associados com PA elevada. DISCUSSÃO: Discute-se a alta frequência de níveis pressóricos alterados, a sua relação com os fatores de risco e proteção identificados, bem como a prevalência significativa do consumo regular de bebida alcóolica, sedentarismo e alimentação inadequada. Os dados obtidos de pré-hipertensão/hipertensão são maiores do que o esperado e ultrapassam as estimativas nacionais. Esse fenômeno de associação entre PA e excesso de peso corporal pode ser explicado fisiopatologicamente por meio de alterações hormonais, metabólicas e hemodinâmicas como a hiperatividade do sistema nervoso simpático, as modificações na função e estrutura dos vasos, a resistência à insulina e a maior sensibilidade da PA ao sal. Assim, considerando que 30% dos adolescentes e crianças obesos têm HAS, a perda de peso corpóreo é uma das principais indicações para o seu tratamento. Um fator de risco usualmente não valorizado foi a AN. Todavia, é possível que o espessamento existente na pele seja causado pela resistência insulínica e hiperinsulinemia. Esses dados reforçam a importância da adoção de inspeção da AN em dobras cutâneas e principalmente no pescoço na avaliação clínica de crianças e adolescentes no nível primário de saúde. Recomenda-se ainda a aferição da pressão arterial em todas as consultas a partir dos três anos de idade com frequência mínima anual, especialmente pelo fato da HAS se tratar de uma condição sensível à ações da Atenção Primária à Saúde (APS). De modo semelhante, cuidados com a alimentação e sedentarismo devem ser rotineiros e supervisionados por profissionais da APS. CONCLUSÕES: Os resultados apontam que os escolares entrevistados apresentam elevada prevalência de valores alterados de PA, que a presença de AN se configura como importante fator de risco, que idade mais jovem e tempo menor que 2 horas de inatividade física representam fatores de proteção. Espera-se contribuir para um rastreamento mais efetivo na detecção de fatores de risco cardiovascular em adolescentes. SISTEMAS DE SAÚDE ENTRE OS TUPINAMBÁ DE OLIVENÇA: PRÁTICAS DE SAÚDE E ITINERÁRIOS TERAPÊUTICO AUTORES Pâmela Adelina da Silva Damasceno, Rafael Jorge Silva Camara e Amanda Silva Rodrigues·. RESUMO Os Tupinambá de Olivença somam mais de 7 mil indígenas. Para usufruírem do direito à saúde, utilizam os pólos-base, onde atuam equipes multidisciplinares de saúde. Esses pólos estão vinculados ao Distrito Sanitário Especial Indígena da Bahia. Todas essas instâncias são norteadas pela Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas, que deve garantir atenção integral à saúde desses povos considerando sua diversidade sociocultural. Faz-se necessário conhecer a maneira que esse grupo encontra para compreender e agir frente às experiências de doença. Este manuscrito é um estudo de natureza qualitativa que busca descrever os sistemas de saúde acionados pelo povo indígena Tupinambá de Olivença, bem como descrever as práticas de saúde presentes entre esse povo, delineando ainda os itinerários terapêuticos empreendidos na resolução de questões de saúde doença. Foi realizada pesquisa bibliográfica sobre o subsistema de saúde indígena no Brasil e também pesquisa descritiva, de abordagem qualitativa, procurando, a partir da experiência dos sujeitos, descrever significados atribuídos aos fenômenos. Na coleta dos dados foi utilizada as estratégias: i) Convivência e observação direta da experiência dos participantes, transcrição dos dados que originará um banco de dados; ii) Conversação e diálogos para tentar extrair e descrever a seguinte questão: O que você faz para resolver seus problemas relacionados à saúde doença? O estudo integra a pesquisa intitulada Saúde, doença e itinerários terapêuticos: conhecendo os Tupinambá de Olivença que foi aprovada pelo protocolo no 519.850 no CEP da UESC. Foram realizados quinze contatos em campo – na aldeia Itapoã – contando consultas acompanhadas e visitas ao pólo base na cidade de Ilhéus. Não há estrutura de unidade de saúde no local – macas, camas, balança – de maneira que boa parte das consultas médicas e de enfermagem que conseguimos acompanhar se limitam a coleta de queixas e coleta de sinais vitais. Assim, os itinerários terapêuticos que conseguimos mapear estão relacionados ao Subsistema de Atenção à Saúde Indígena – SIASI. Ao acionar esse sistema três situações foram vivenciadas: i. Procuram algum parente na própria localidade; ii. Procuram inicialmente algum membro da equipe de saúde – em muitos dos casos observados o contato primeiro é com o ASI da localidade (ou sua esposa); iii. Procuram o enfermeiro responsável pelo pólo base, em Ilhéus. Todavia, deparamos com situações em que essas medidas não foram suficientes para que os indígenas tivessem suas demandas atendidas e em que, figuras externas à aldeia e à equipe do pólo, foram acionadas. Não consideramos que as situações vivenciadas durante esse período tenham sido suficientes para desenharmos um entendimento sobre a saúde entre o povo Tupinambá. Parece-nos prudente reconhecer que as concepções sobre saúde e doença presentes entre eles são múltiplas e por vezes disputantes e que as relações entre os sistemas de atenção à saúde acionados por eles, para serem percebidas, necessitam de análises mais profundas. O povo Tupinambá vivencia situações de conflito iminente relacionados à demarcação de seu território, e tal fato produz efeitos nas relações, já que insere novos códigos sociais nas interações face a face. Nesse sentido, mapear os sistemas operantes e conhecer algumas práticas de saúde e itinerários terapêuticos será algo a ser alcançado na medida em que as relações com os membros da equipe de pesquisa produzam novos patamares de interação. PERFIL DOS EGRESSOS DO CURSO DE FONOAUDIOLOGIA DE SALVADOR QUE ATUAM NA SAÚDE PÚBLICA.·. AUTORES Ana Carla Matos dos Santos, Rina Tereza D`Ângelo Nunes RESUMO Introdução: observar a trajetória dos egressos da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) na saúde pública configura-se como fonte de informações que norteiam a tomada de decisões no planejamento de políticas públicas e investimento na formação que atenda a demanda do SUS na Bahia e no Brasil. Objetivos: apresentar e discutir um perfil dos egressos de Fonoaudiologia da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) com foco na atuação em Saúde Pública. Métodos: Estudo transversal descritivo para o qual foram convidados 244 dos 265 egressos do curso de Fonoaudiologia/UNEB (Primeira à vigésima primeira turma), submetidos a um ques¬tionário de 08 questões objetivas relativas à situação profissional, continuidade de estudos e 02 referente a pontos positivos e negativos da experiência em saúde pública. Resultados: O total de respondentes constitui uma amostra equivalente a 72,54% de egressos sendo que destes 6,78% nunca exerceram a profissão de fonoaudiólogo, 19,21% atualmente não exercem mais a profissão, 38,98% atua no setor privado e 35,02% atuam na Saúde Pública. No Estado da Bahia temos 43,47% atuando no setor privado e 39,66% na Saúde Pública. Os fonoaudiólogos que atuam no setor privado na Bahia estão em sua maioria em clínicas particulares (35,71%) e dos que atuam no setor público a maioria está em hospitais (18,75%); predomina como vínculo empregatício a terceirização (51,92%). Quanto à área de atuação dos que fazem parte do setor público na Bahia predomina a disfagia e neonatologia (36,54%) seguida da realização de exames audiológicos (21,15%) e docência (17,31%). Em relação ao aperfeiçoamento profissional, dos que atuam em saúde pública, predomina a especialização (72,72%). Conclusão: Através do conhecimento obtido com esta pesquisa tornou-se possível traçar um panorama da atuação dos egressos do curso de Fonoaudiologia da UNEB na Saúde Pública, aspecto fundamental na elaboração de políticas públicas em saúde e educação. SALA DE ESPERA COMO OPORTUNIDADE PARA EDUCAÇÃO EM SAÚDE AUTORES Juliane Falcão da Silva; Sara Moreira dos Santos; Tatyele Silva Miranda; Joana Angélica Teles Santana·. RESUMO INTRODUÇÂO: A educação em saúde é um dos principais meios para viabilizar a promoção da saúde na atenção básica. As atividades de sala de espera é uma prática interessante e eficaz no ensino de enfermagem, pois permite a interação do discente com os usuários, proporciona um trabalho educativo em saúde, favorece a divulgação da profissão e aumenta o vínculo da população com a unidade. O objetivo desse estudo foi descrever as experiências de se realizar Educação em Saúde na Sala de Espera de uma Unidade de Saúde da Família. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de Experiência com caráter descritivo baseado em vivências e observações dos discentes em uma unidade básica de saúde. A experiência foi vivenciada por acadêmicas de enfermagem do 8º semestre no Estagio Curricular Supervisionado I da Universidade do Estado da Bahia – UNEB em 2015. As ações foram realizadas na Unidade, enquanto os usuários aguardavam por atendimento. RESULTADOS: Durante as atividades de discussões, os usuários foram bem participativos, solicitaram orientações e compartilharam experiências, o que ajuda a desmistificar algumas inverdades relacionadas a saúde. CONCLUSÂO: A atividade educativa obteve alta adesão, a prática participativa colaborou para fortalecer orientações já disponibilizadas pelos profissionais e entender algumas práticas dos usuários, a interação e o exercício de prática educativa foram essenciais para despertar o interesse dos usuários. FREQUÊNCIA DE POSTURAS ESCOLIÓTICAS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES: RASTREIO ESCOLAR AUTORES JÉSSICA SEMÍRAMIS LISBOA PEREIRA, GIOVANA ROSSI FIGUEIRÔA·. RESUMO OBJETIVO: Estimar a frequência de posturas escolióticas em escolares no início da adolescência, e identificar possíveis fatores associados. MÉTODOS: Trata-se de um estudo transversal com crianças e adolescentes de 9 a 14 anos matriculados em uma Escola Municipal do Distrito Sanitário Cabula-Beirú na cidade de Salvador, Ba. Os estudantes foram submetidos a uma avaliação postural, teste de Adams e aplicação de questionário semi-estruturado, nos meses de agosto e setembro de 2015. As análises foram conduzidas no programa SPSS versão 13.0, e realizado o teste Qui-quadrado de Pearson para verificar associações entre as variáveis, utilizando-se significância estatística para valor de p<0,05. RESULTADOS: Dos 108 escolares que participaram da pesquisa 38 (35,2%) apresentaram postura escoliótica detectada pelo teste de Adams. A alteração foi mais frequente no sexo feminino, com valor estatisticamente significativo para esta variável (p= 0,035). Apresença de assimetria do triangulo de tales também se associou significativamente com o desvio lateral da coluna (p=0,001).CONCLUSÃO:A elevada frequência de postura escoliótica deste estudo reforça a necessidade de implantação de programas de prevenção primária nas escolas. Além de promover a detecção precoce da escoliose, estes programas podem contribuir para reduzir a incidência de outros agravos posturais. No entanto, novos estudos são encorajados tanto para reforçar a necessidade de uma atenção primária integrada à rede educacional quanto para investigar possíveis fatores associados. alavras-chave: Escoliose; Criança; Adolescente; Programas de rastreamento; Saúde escolar. A RELAÇÃO ENSINO/APRENDIZAGEM EM AMBIENTE RUIDOSO E O PROCESSO DE MEDICALIZAÇÃO AUTORES Danielle Pinheiro Carvalho Oliveira, Elaine Cristina de Oliveira·. RESUMO O ruído excessivo em sala de aula acarreta prejuízos para a saúde do professor e do aluno, bem como para a relação ensino/aprendizagem. Este estudo teve como objetivos: monitorar e mensurar a intensidade de ruído em sala de aula; identificar os períodos de ruído mais intenso; observar nos momentos de ruído mais intenso as estratégias utilizadas pelo professor e seus alunos para ensinar/aprender; analisar a percepção do professor e dos seus alunos sobre os efeitos do ruído. Buscou-se, ainda, fazer uma análise sobre a relação entre o excesso de ruído no ambiente escolar e o processo de medicalização. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal da Bahia, sob parecer número 962.206. A coleta de dados foi realizada na sala de aula, em cinco encontros, durante a realização de atividades escolares como leitura e escrita. Participaram do estudo um professor e vinte alunos matriculados no 3º ano do ensino fundamental de uma escola pública municipal da cidade de Salvador/BA. Foram realizadas medições do ruído, filmagens, relatorias e entrevista semi-dirigida com o professor e conversa informal com os alunos. Observou-se ruído acima do esperado para o ambiente de sala de aula; nos momentos mais ruidosos notou-se mudança no uso de estratégias linguísticas, gestuais e comportamentais relacionadas ao processo de ensino/aprendizagem tanto por parte do professor quanto dos alunos; mudanças nas estratégias metodológicas utilizadas pelo professor; condições de trabalho precárias que atingem a saúde, a relação ensino/aprendizagem e o desempenho tanto do professor quanto dos alunos. Conclui-se que o aumento do ruído no ambiente escolar, além de ter efeitos prejudiciais para a saúde dos professores e dos escolares, pode contribuir para o processo de medicalização da educação. Por mais que professores e alunos se esforçassem para minimizar os efeitos prejudiciais do ruído no ambiente escolar (e eles se esforçavam muito), suas ações eram, de fato, insuficientes. Culpabilizar esses atores pela produção do ruído e esperar apenas deles ações que diminuam seus efeitos, desresponsabiliza o poder público e corrobora com o processo de medicalização subjacente a essa lógica. A redução de ruído no ambiente escolar não pode depender apenas de ações ou intervenções individualizadas, marcadas na figura do professor, do aluno ou da escola. Essas intervenções são de responsabilidade também do poder público, dependem do investimento na infraestrutura da escola e da criação de políticas públicas educacionais mais efetivas.