Analisando o perfil dos profissionais entrevistados (Tabela 01

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Interdisciplinar: Revista Eletrônica da UNIVAR
http://revista.univar.edu.br
Ano de publicação: 2014
N°.:12 Vol.:2 Págs.:84 - 89
ISSN 1984-431X
PREVALÊNCIA DE HEPATITES B E C EM PROFISSIONAIS DA SAÚDE DE UM
HOSPITAL EM BARRA DO GARÇAS/MT
Rodrigo Vargas Soares1, Maria Fernanda Spegiorin Salla Brune2 e Anderson Assis de Faria3
RESUMO: A transmissão de patógenos veiculados pelo material biológico, principalmente os vírus das hepatites B e
C, representa importante risco ocupacional para os profissionais de saúde. O objetivo dessa pesquisa foi investigar a
soroprevalência das Hepatites B e C nestes profissionais. Dentre os 54 profissionais que participaram da pesquisa, 39
(72%) estiveram envolvidos e um ou mais acidentes com material biológico. A maior parte dos acidentados (71 %) eram
técnicos de enfermagem, e 90% tiveram exposição ao sangue. Houve predomínio de subnotificação em 79,5 % dos
acidentados, e a prevalência da hepatite B nas vítimas foi de 2,56 %, não havendo casos positivos para hepatite C.
Palavras chave: acidentes de trabalho, biossegurança, hepatites B e C.
ABSTRACT: The pathogen transmission related by the biological material, mainly the hepatitis B and C viruses,
represents a huge occupational risk for health professionals. The objective of this research was to investigate the
conceptions and practices of the Municipal Hospital’s health professionals on biosecurity, as well as the seroprevalence
of Hepatitis B and C on these professionals. From 54 professionals that took part in the research, 39 (72%) were
involved in one or more accidents with biological material. Most of the injured (71%) were Nursing Technician, and
90% were exposed to blood. There was more sub notifications in 79, 5% of the injured, and the prevalence of Hepatitis
B virus on the victims was 2, 56%.There were no positive cases for Hepatitis C virus.
Key Words : accidents in the workplace, Biosecurity, Hepatitis B and C
1
Biólogo e Farmacêutico pela Universidade Federal de Mato Grosso (2012), Pós-graduado em Analises Clinicas pelas Faculdades Unidas do Vale
do Araguaia.
2
Farmacêutica Doutora em Bioquímica pela Universidade Federal de Viçosa (2005), Professora da UFMT/Unidade de Barra do Garças
3
Biologo, mestre em Ecologia de Conservação da Biodiversidade pela Universidade Federal de Mato Grosso, Professor das Faculdades Unidas do Vale
do Araguaia
1. INTRODUÇÃO
A exposição do trabalhador a riscos tem
ocupado espaço nas discussões sobre a saúde e
segurança dos trabalhadores. No que se refere aos
profissionais da área de saúde, o ambiente oferece
vários riscos associados a suas atividades, sendo o de
maior impacto o risco biológico (SOUZA, 2002).
Entre os patógenos veiculados por material
biológico os vírus das hepatites B (HBV) e C (HCV)
têm grande importância, pelo seu potencial de causar
infecção crônica (cerca de 5% a 10% dos indivíduos
adultos infectados) e, sobretudo pelo alto risco de
transmissão, que varia de 6,0% a 30,0%, nos acidentes
com perfurocortantes envolvendo sangue sabidamente
contaminado (MARZIALE, 2010)
Para o CDC (1997), trabalhador da área da
saúde é qualquer pessoa, cujas atividades envolvem o
contato direto com pacientes com sangue ou outros
fluidos corpóreos, dentro de um estabelecimento de
saúde.
Dessa forma, podem-se englobar pessoas
que trabalham em hospitais, unidades básicas de saúde,
clínicas e consultórios médicos, odontológicos, banco
de sangue, centro de hemodiálise, laboratório de
analises clinicas, centro de ensino e pesquisa, serviço
de emergências e outros que estejam ligados a esse
conceito (CAETANO & LIMA, 2000).
Os acidentes de trabalho com material
biológico constituem-se em constante preocupação do
Serviço de Controle de Infecção Hospitalar, pelo risco
que trazem aos profissionais de saúde (SECCO et al,
2011). Assim, devem ser tratados como casos de
emergência médica, uma vez que as intervenções para
profilaxia da infecção pelo HIV e hepatite B
necessitam ser iniciadas logo após a ocorrência do
acidente, para a sua maior eficácia (MINISTÉRIO DA
SAÚDE, 1998).
Trabalhadores que geralmente lidam com
sangue humano e fluidos corporais, devem ser
considerados de alto risco para infecção por este vírus.
Embora o HIV e o vírus da hepatite B e C tenham sido
os mais divulgados, existem outros microrganismos
84
patogênicos que podem ser transmitidos por acidentes
com perfuro-cortantes (BRASIL, 2001).
Os fatores acima citados ressaltam a
importância de investigações da soroprevalência de
hepatite B e C entre esses profissionais, pois muitos
não realizam estes exames, e portanto não sabem serem
portadores de tais doenças.
Sendo assim, o presente trabalho teve com
objetivo, analisar a soroprevalência e situação vacinal
das Hepatites B e C nestes profissionais.
2 MATERIAIS E MÁTODOS
2.1. Tipo de estudo e público-alvo
O estudo foi descritivo, exploratório e
qualitativo, realizado no Hospital Municipal de Barra
do Garças/MT, na Unidade Hospitalar Municipal
Milton Pessoa Morbeck.
O público-alvo da pesquisa foi composto por
sessenta profissionais da saúde atuantes no Hospital
Municipal de Barra do Garças/MT no ano de 2011. A
participação de cada profissional no estudo foi
espontânea, com consentimento livre e esclarecido,
considerando os aspectos éticos e legais envolvendo a
pesquisa com seres humanos.
Os critérios de inclusão foram: profissionais
atuantes no Hospital Municipal de Barra do
Garças/MT, com idade mínima de dezoito anos, os
quais consentiram em participar da pesquisa. Foram
excluídos do estudo os profissionais atuantes no
Hospital Municipal de Barra do Garças/MT que não se
dispuseram a participar da pesquisa.
Após a análise dos questionários, foram
selecionados os profissionais que relataram acidentes
para a coleta de uma amostra de sangue, visando
pesquisar as sorologias para as hepatites B e C.
2.2. Local da pesquisa - descrição da Unidade
Hospitalar Municipal Milton Pessoa Morbeck,
Barra do Garças/MT.
Trata-se de um estabelecimento Público
Municipal, com atendimento exclusivo ao Sistema
Único de Saúde para Internação, Urgência e
Emergência e Atendimento Ambulatorial, sendo
também sede do Consórcio Intermunicipal de Saúde.
Possui 96 leitos no total, atendendo as Especialidades
de Clínica Médica, Pediatria, Cirurgia Geral,
Ginecologia e Obstetrícia, UTI – adulto e Ortopedia.
Dispõe de serviços de apoio diagnóstico:
Radiodiagnóstico Médico, Tomografia, Laboratório de
Análises Clínicas e Ultra-sonografia. E serviço de
apoio logístico como: Centro Cirúrgico, Central de
Material Esterilizado, lavanderia, Cozinha e Farmácia.
uma amostra de sangue para a pesquisa das hepatites B
e C.
Utilizaram-se os métodos Imuno-rápido
HBsAg e Imuno-rápido anti HCV para detecção dos
vírus da Hepatite B e C, respectivamente, através de
kits reagentes adquiridos pelo pesquisador. Em
ambos os kits utilizou-se a metodologia
imunocromatográfica, por meio de antígenos
sintéticos e recombinantes, imobilizados na
membrana para identificação seletiva de anti-HCV
em amostras de soro ou sangue total.
2.4. Análise dos dados
Os dados coletados foram agrupados e
tabelados, e os resultados foram analisados de forma
descritiva e matemático-estatística, usando freqüência
absoluta e porcentagem, e apresentando-se como media
± desvio-padrão. Para a confecção dos gráficos foi
utilizado o programa Excel®.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foram entregues 60 questionários aos
profissionais de saúde do Hospital Municipal de Barra
do Garças/MT, dos quais 54 foram respondidos por
aqueles que aceitaram participar da pesquisa, enquanto
seis recusaram-se a participar.
Quanto à categoria profissional dos
entrevistados, houve predomínio dos técnicos de
enfermagem (70,3%), seguidos pelos auxiliares de
laboratório (16,6%), enfermeiros e bioquímicos (5,55%
cada classe) e auxiliares de enfermagem (1,85%)
(Tabela 1).
Diversos trabalhos têm demonstrado
valores expressivos de acidentes envolvendo material
biológico em trabalhadores de saúde como
demonstrado por Kuchembecker (1999) com 20%,
Caetano & Lima (2000) com 34%, e Chaves (2000)
com 32,9%. A incidência de acidentes de trabalho
envolvendo material biológico, entre os profissionais
de saúde do Hospital Municipal de Barra do
Garças/MT esteve bem acima desses valores citados,
com 72% dos profissionais envolvidos em acidentes,
conforme mostrado na Figura 1.
2.3. Avaliação da sorologia de Hepatites B e C
Conforme citado anteriormente, após a
análise dos questionários foram selecionados os
profissionais que relataram acidentes para a coleta de
85
Figura 1. Ocorrência (%) de acidentes de trabalho com
os profissionais de saúde do Hospital Municipal de
Barra do Garças/MT entrevistados neste estudo (n=54).
Dentre os profissionais entrevistados,
72% (n=39) sofreram um ou mais acidentes
envolvendo material biológico (Figura 1). Índice
semelhante foi encontrado por Damasceno (2006),
estudando acidentes de trabalho com material biológico
de uma unidade de emergência de Goiânia/GO, o autor
observou a freqüência de 62 % de profissionais de
saúde acidentados com material biológico.
Em relação ao grau de instrução e freqüência
de acidentes (Figura 3), o presente estudo demonstrou
que o grau de instrução não influenciou na freqüência
de acidentes, onde os profissionais com apenas nível
médio tiveram uma freqüência de acidentes igual a
70%, índice semelhante aos profissionais com nível
superior, que tiveram uma freqüência de acidentes com
material biológico de 73%.
O presente estudo contraria os estudos de
Zangirolani et al, (2008), em que os referidos autores
inferem que quanto maior a escolaridade, o trabalhador
pode reduzir em até 86% a chance de acidentes de
trabalho.
A presente pesquisa apresentou dados
divergentes da pesquisa citada, onde a freqüência de
acidentes foi maior entre profissionais de nível superior
que os profissionais de nível médio e fundamental
(Figura 3).
Muitos autores têm confirmado a grande
freqüência de acidentes de trabalho envolvendo
material biológico ocorridos com perfurocortantes, o
que vem a confirmar os resultados encontrados neste
trabalho, conforme mostrado na Figura 5.
Figura 2. Percentual de vítimas de acidentes de
trabalho segundo a categoria profissional no Hospital
Municipal de Barra do Garças/MT.
O elevado percentual de acidentes entre os
técnicos de enfermagem observado na Figura 2
(71,7%) justifica-se por ser a maioria entre os
profissionais entrevistados, e também são profissionais
que estão em contato permanente com os pacientes na
realização dos procedimentos hospitalares. A equipe de
enfermagem é uma das principais categorias
profissionais sujeitas à exposição a materiais
biológicos, e não está somente relacionada à assistência
direta a clientes, mas também ao tipo e à freqüência de
procedimentos realizados (ZANGUIROLANI, 2008).
Na Figura 3 têm-se a freqüência de acidentes
relacionada ao grau de instrução do profissional de
saúde, separados entre ensino fundamental, médio e
superior.
Figura 3. Relação entre o grau de instrução e
freqüência de acidentes nos profissionais Hospital
Municipal de Barra do Garças/MT.
Figura 5. Freqüência das circunstâncias que resultaram
em acidentes de trabalho, segundo relato dos 39
profissionais que participaram da pesquisa no Hospital
municipal de Barra do Garças/MT.
Analisando as circunstâncias do acidente
(Figura 5), 56% se acidentaram com perfurocortantes,
10% devido ao descarte inadequado, 5% durante
procedimento laboratorial, 3% na lavagem de material
e 26 % em outros procedimentos não citados. Segundo
Ribeiro e Shimizo (2007) a diversidade e
simultaneidade de cargas de trabalho podem contribuir
para a ocorrência desses acidentes.
Para Marziale (2003) os acidentes de
trabalho com os profissionais da área da saúde estão
relacionados com questões de ordem pessoal, como:
desatenção, pressa e despreparo. Na maioria das vezes
associadas a fatores provenientes das condições de
trabalho oferecidas.
A Figura 6 demonstra que o fluido biológico
envolvido na maior parte dos acidentes ocorridos no
Hospital Municipal de Barra do Garças/MT foi o
sangue, respondendo por 90% dos acidentes. O risco
do acidentes envolvendo grande quantidade de sangue
e lesão profunda também aumenta o risco de
soroconversão, como o que acontece com agulhas ocas.
O contato com sangue pode ser responsável pela
86
transmissão do vírus HIV, e dos vírus das hepatites tipo
B e C.
Individual (EPI) entre os profissionais acidentados
(n=39) do Hospital Municipal de Barra do Garças/MT.
Situação
vacinal
Vacinado
Não
vacinado
Total
Figura 6. Fluidos biológicos envolvidos nos acidentes
de trabalho, segundo relato dos 39 profissionais que
participaram da pesquisa, no Hospital municipal de
Barra do Garças/MT.
O sangue também está envolvido na maior
parte dos acidentes ocorridos na pesquisa de Ciorllia &
Zanetta (2004), numa pesquisa realizada no Hospital
Universitário do Município de São José do Rio
Preto/SP, onde os autores encontraram índice de 70,2
% de acidentes envolvendo tal fluído biológico.
O sangue é o material biológico que tem os
maiores títulos de vírus das hepatites B (HVB) e C
(HCV), sendo considerado o principal responsável pela
transmissão dos vírus no serviço de saúde. O risco de
contaminação pelos HVB e HCV está relacionado,
principalmente, ao grau de exposição ao sangue no
ambiente de trabalho, e também à presença dos
antígenos HbsAg e HbcAg positivos no paciente fonte
(SPAGNUOLO, 2008).
Não usava
Uso do EPI
usava
%
24,2
N
º
22
66,6
Não
respondeu
N
%
º
3
9
2
33,3
3
50
1
16,6
10
25,6
25
64,1
4
10,2
N %
º
3 84,6
3
6 15,3
N
º
8
%
3 100
9
Conforme se observa na Tabela 2, as
precauções de proteção individual nem sempre são
seguidas. Considerando o conjunto de profissionais que
sofreram acidente de trabalho, observa-se que a maioria
(85%) foram vacinados contra hepatite B. No entanto,
quando se analisa a situação vacinal contra hepatite B e
uso do EPI no momento do acidente, 33,3 % dos
profissionais não vacinados não usavam EPI. Ou seja,
o profissional está totalmente desprotegido de um
possível contato com o vírus da hepatite B, contando
apenas com as barreiras naturais.
A vacina ainda é a precaução universal mais
recomendada em relação ao vírus da hepatite B. A
vacina para hepatite B, uma das principais medidas de
prevenção, é extremamente eficaz com 90 a 95% de
resposta vacinal em adultos imunocompetentes (Brasil,
1999), sendo oferecida gratuitamente na rede pública
de saúde desde 1995. Com base nos dados, 16,6 % dos
trabalhadores que se acidentaram não foram vacinados,
revela a necessidade constante de campanhas de
vacinação e orientação em serviço (Tabela 2).
O presente estudo demonstrou que o
acidente de trabalho não apresentou associação
significante como HCV positivo, confirmando os
achados de Polish et al (1993). A sorologia para
Hepatites B e C dos profissionais de Saúde acidentados
com material biológico no Hospital Municipal de Barra
do Garças é evidenciada na Figura 10.
Figura 7. Relação dos profissionais que comunicaram
o acidente de trabalho e as notificações realizadas no
Hospital municipal de Barra do Garças/MT.
O índice de não notificação foi bastante
elevado (79,4%) quando comparando a outros
trabalhos, os quais não ultrapassam os 50% (Spagnuolo
et al, 2008) (Figura 7).
Na Tabela 2 observa-se a prevalência da
vacinação completa contra a Hepatite B e sua relação
com o uso de EPIs.
Figura 10 – Resultados dos testes Imuno-rápido
HbsAg e Anti HCV dos profissionais de saúde
envolvidos em acidentes com material biológico no
Hospital Municipal de Barra do Garças/MT.
Tabela 2. Prevalência da Vacinação completa contra a
Hepatite B e uso do Equipamento de Proteção
87
O resultado dos testes Imuno-rápido HbsAg
e Anti HCV dos profissionais de saúde acidentados
identificou um índice de positividade para hepatite B
de 2,56 % e para Hepatite C, não demonstrou nenhum
caso positivo (Figura 10). A prevalência de 2,56 % de
Hepatite B, em profissionais de Saúde do Hospital
Municipal de Barra do Garças/MT, é superior àquela
encontrada por Ciorlia & Zaneta (2004), em que
encontraram um índice de 0,8%.No entanto, em relação
à hepatite C este índice foi inferior, pois os mesmos
autores encontraram índices de 1,7% em seus trabalhos
para hepatite C. Analisando os dados obtidos, este
índice é baixo, considerando o elevado índice de
acidentabilidade do hospital (72%) no presente
trabalho, mas resta a dúvida de até quando o
profissional de saúde vai continuar se acidentando e
não contraindo o vírus das hepatites.
Smith (2007) encontrou índices semelhantes
em sua pesquisa, ou seja, de 2,7% de prevalência de
Hepatite B nos profissionais de saúde estudados e
0,55% de prevalência de Hepatite C, em um estudo
realizado em um Hospital de Aracajú/SE.
Os dados do presente estudo (Figura 10)
estão de acordo com as pesquisas de Figueredo et al
(2003), analisando a literatura sobre o tema,
observaram que a freqüência do HCV em profissionais
de saúde era relativamente baixa.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Dentre os profissionais entrevistados, 72%
sofreram um ou mais acidentes envolvendo material
biológico, onde se observa que a maior parte destes
ocorreram com os técnicos de enfermagem (71,7% dos
acidentes);
O grau de instrução não influenciou na
freqüência de acidentes, e os profissionais com de 2 a
10 anos de profissão são os mais expostos aos
acidentes;
Analisando as circunstâncias do acidente, 56%
dos profissionais da saúde se acidentaram com
perfurocortantes, sendo o sangue o material biológico
mais freqüente nos acidentes;
O índice de não notificação de acidentes foi
bastante elevado, sendo 79,4%;
Constatou-se associação significativa entre a
capacitação em biossegurança ou segurança no trabalho
com a freqüência de acidentes;
O índice de positividade para hepatite B nos
profissionais de saúde acidentados foi de 2,56 %, e
para epatite C não houve positividade.
Assim, recomenda-se a implementação de um
programa voltado para uma melhor assistência à saúde
do trabalhador, como discussões ampliadas no hospital,
pois o presente estudo demonstrou que ações isoladas
não são resolutivas e não surtem efeitos. Ainda, devese considerar a necessidade urgente de implantação do
CEREST, ou outro programa, que em parceria com o
serviço de epidemiologia, apontem soluções para a
melhoria no sistema de notificação dos acidentes de
trabalho com exposição ao material biológico, além de
uma urgente readequação no fluxograma do hospital
para atendimento ao profissional acidentado.
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