Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais – CESCAGE http://www.cescage.edu.br/revistanutrir ISSN: 2358-2669 / Vol. I nº1 / Jan – Jul / 2014 AVALIAÇÃO DO CONTROLE DIETÉTICO EM PACIENTES COM PÉ DIABÉTICO INTERNADOS EM UMA INSTITUIÇÃO HOSPITALAR DE PONTA GROSSA-PR Talâmita Maria Schmitke¹ Enny Antunes Grein² Mariana Chiossi Tsuneto² RESUMO: Tendo em vista que a diabetes mellitus é caracterizado por uma hiperglicemia crônica resultante de defeitos na secreção da insulina, na sua ação, ou em ambas, este fator está relacionado a várias complicações em longo prazo e a mais séria e temível é aquela que afeta especificamente os pés. O presente artigo tem como objetivo avaliar o controle dietético habitual em pacientes com pé diabético e saber se os mesmos receberam orientações nutricionais adequadas. Para a coleta de dados foi necessário o uso do questionário de frequência alimentar que é o método mais utilizado para mensurar a dieta pregressa. Observou-se um consumo elevado de carboidratos refinados, doces, leite integral e leguminosas. Foi constatado um percentual alto do consumo diário de frutas e baixa ingestão diária de carnes, legumes e verduras. Em relação às recomendações nutricionais apenas duas pessoas receberam orientação de um profissional nutricionista, cinco de médicos e três descobriram a patologia no dia da amputação. De um modo geral os dados demonstram que os hábitos alimentares inadequados e também a ausência de orientação nutricional por profissionais da área de nutrição, comprovam que levam a complicações futuras e também para que se tenha uma reeducação alimentar satisfatória nos diabéticos é preciso que o local no qual ele esteja inserido passe também por transformações. PALAVRAS-CHAVE: DIABETES MELLITUS, PÉ DIABÉTICO, CONTROLE DIETÉTICO. EVALUATION OF DIETARY CONTROL IN PATIENTS WITH DIABETIC FOOT HOSPITALIZED IN A HOSPITAL PONTA GROSSA-PR ABSTRACT: Considering that diabetes mellitus is characterized by chronic hyperglycemia resulting from defects in insulin secretion , in its action, or both , this factor is related to several long-term complications and more serious and fearsome is one that specifically affects feet . This article aims to assess habitual dietary control in patients with diabetic foot and whether they received adequate nutrition guidelines . To collect the data required the use of food frequency questionnaire is the most widely used method for measuring past diet . There was a high intake of refined carbohydrates , sweets , whole milk and legumes . A high percentage of daily fruit and low daily intake of meat and vegetables was found . Regarding nutritional advice only two people received guidance from a professional nutritionist , five and three 36 ¹Acadêmica do Curso de Graduação em Nutrição da Faculdade dos Campos Gerais. E-mail: [email protected] ²Docente do Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais. E-mail: [email protected] ² Docente do Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais. E-mail: [email protected] Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais – CESCAGE http://www.cescage.edu.br/revistanutrir ISSN: 2358-2669 / Vol. I nº1 / Jan – Jul / 2014 doctors discovered the disease on the day of amputation. Overall the data show thatinappropriate eating habits and also the absence of nutritional guidance for professionals in nutrition, proving that lead to future complications and also in order to have a satisfactory nutritional education in diabetics is necessary that the location which it is inserted also pass through transformations. KEYWORDS: DIABETES MELLITUS, DIABETIC FOOT, DIETARY CONTROL. 1 INTRODUÇÃO O diabetes mellitus é um crescente problema de saúde pública, acometendo populações de países em todos os estágios de desenvolvimento socioeconômico, sendo considerada uma síndrome de etiologia múltipla que afeta indivíduos de ambos os sexos e de todas as faixas etárias. É caracterizada por uma hiperglicemia crônica resultante de defeitos na secreção da insulina, na sua ação, ou em ambas. Segundo Geraldo, Alfenas, Alves et al (2008) a hiperglicemia é associada a complicações em longo prazo, entre elas a nefropatia, doenças coronárias, retinopatia, acidente vascular cerebral, ulceras no pé (pé diabético) e amputação. Entre as complicações mais onerosas aquelas que afetam especificamente os pés estão entre as mais sérias e temíveis (SANTOS, 2008). O foco desta pesquisa é o Pé diabético, no qual consiste em lesões cutâneas e de planos profundos relacionados a alterações neuropáticas, vasculares, ortopédicas, infecciosas e funcionais que podem ocorrer nos pés dos portadores de diabetes (COSSON; NEY – OLIVEIRA; ADAN, 2005). A neuropatia periférica afeta os nervos sensoriais periféricos, provocando a redução ou perda da sensibilidade, permitindo que o indivíduo não perceba a agressão tecidual. De acordo com Cayado (1999) a ausência de uma irrigação eficiente para os membros inferiores e a fragilidade da pele impede que os mecanismos de defesa contra infecções funcionem, retarda a cicatrização das feridas e interfere na atuação dos antimicrobianos. Desta forma, desencadeia a gangrena e a amputação subsequente. Há vários fatores ligados para o surgimento do pé diabético, entre eles a negligência no controle nos níveis de glicose no sangue, o tipo de alimentação e os cuidados inadequados com os pés. A patologia representa um considerável impacto econômico para o paciente e para a sociedade, tendo em vista que a maior parte dos custos diretos de seu tratamento está relacionada às suas complicações, que comprometem a produtividade, a qualidade de vida e a sobrevida dos indivíduos, e que muitas vezes podem ser reduzidos ou evitados (MCLELLAN; BARBALHO; CATTALINI et al. 2007). A educação nutricional é um dos meios mais eficazes para melhorar a qualidade de vida dos diabéticos, um controle dietético adequado além de normalizar os níveis de glicemia, proporciona um peso ideal, previne hipertensão, dislipidemia, doenças cardiovasculares e a nefropatia. 37 Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais – CESCAGE http://www.cescage.edu.br/revistanutrir ISSN: 2358-2669 / Vol. I nº1 / Jan – Jul / 2014 A adesão do indivíduo ao planejamento dietético é de difícil passagem, pois há necessidade de mudanças nos padrões alimentares e introdução de novos hábitos, uma vez que a nutrição é um dos componentes primordiais para os portadores de Diabetes mellitus (PIENIZ, 2007). Para conhecer o hábito alimentar do paciente é necessário utilizar guias de alimentação para auxiliar no seguimento da dieta, um deles é a frequência alimentar. O presente estudo teve como objetivo avaliar o controle dietético em pacientes com pé diabético e saber se os mesmos receberam orientações nutricionais adequadas. 2 MATERIAL E MÉTODOS A pesquisa realizada foi de base qualiquantitativa, conduzida no mês de agosto de 2012. Foi avaliado 10 pacientes de ambos os gêneros com idade entre 42 a 78 anos, portadores de diabetes mellitus tipo 2 acometidos com o pé diabético, internados em uma Instituição Hospitalar na cidade de Ponta Grossa – Paraná. Foi utilizado um questionário de frequência alimentar (QFA), o mesmo é composto por 7 Grupos alimentares com possibilidade de resposta em relação ao consumo diário, semanal, mensal e raramente. E perguntas abertas como o consumo de ingestão hídrica e se receberam recomendações nutricionais ligadas à doença antes da complicação. A partir das informações geradas pelo instrumento foi possível identificar o controle dietético dos pacientes com o pé diabético, internados e se foram orientados para uma dieta correta antes da amputação dos membros inferiores. As analises estatísticas foram realizadas utilizando o Microsoft Office Excel 2007 e os resultados expostos por meio da construção de gráficos com distribuição de frequências percentuais. 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO Constatou-se que entre os 10 pacientes avaliados, oito eram do sexo masculino e dois eram do sexo feminino, com uma média de idade de 62 ±10,99 anos (42 a 78 anos). Segundo Santos e Bernardino (2009) estudos epidemiológicos indicam que a maioria dos portadores de diabetes têm problemas com seus pés após os 40 anos de idade e que a incidência desses problemas aumenta com a idade. Também referem que as amputações são mais comuns nos homens do que nas mulheres. Em um estudo realizado por Paiva, Bersusa e Escuder (2006) a incidência e a prevalência do diabetes tipo 2 sem complicações é de 1,4 a 1,8 vezes mais frequente nas mulheres do que nos homens. Estes achados podem estar relacionados ao fato da mulher procurar mais assistência de saúde em relação aos homens (SANTOS; BERNARDINO, 2009). Em relação ao peso a média foi de 77,5±14,56 Kg com variação de 64 a 113 Kg. Na pesquisa de Brito, Buzo e Salado (2009), 81,92% dos entrevistados apresentaram de 50 a 90 kg, resultado semelhante encontrado no presente estudo. Em relação ao Índice de Massa Corpórea o valor encontrado foi de 27,5±5,10 Kg/m² (22 a 35 kg/m²). Gomes e colaboradores (2006) investigaram 2.254 pacientes 38 Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais – CESCAGE http://www.cescage.edu.br/revistanutrir ISSN: 2358-2669 / Vol. I nº1 / Jan – Jul / 2014 diabéticos tipo 2, de várias regiões do Brasil e constataram que 948 (42,1%) tinham sobrepeso com uma média de IMC de 28,3±5,2 Kg/m², valor parecido com o do estudo, porém as amostras são diferentes. Em relação à ingestão hídrica 70% (n=7) da amostra ingerem mais de seis copos de água por dia. Na pesquisa de Brito, Buzo e Salado (2009) a frequência do consumo de água foi de 60,24% ingerem mais de cinco copos de água por dia, considerando um fator essencial para os pacientes com DM, ajudando assim a melhorar a função renal. A respeito de orientações nutricionais recebidas para o controle da glicemia, apenas 20% (n=2) dos indivíduos receberam recomendações por um profissional nutricionista, porém desistiram do tratamento dietoterápico, podemos observar na fala dos pacientes o por que. ―Eu tentei me controlar, mas não consigo por que gosto de comer bastante, e também cansa de ficar comendo sempre tudo certinho” (P1). “As coisas para as pessoas que tem diabetes são muito caras, não tem muita variedade, daí a gente não consegue se alimentar corretamente como eles pedem” (P2) A dificuldade de seguir a dieta prescrita pelo nutricionista acontece porque está ligada a vários processos como: os hábitos adquiridos, ao valor cultural do alimento, ao horário definido, às condições financeiras e à questão psicológica envolvida. A transgressão e o anseio alimentar estão sempre presentes na vida do paciente diabético (SANTANA,1998). Já os outros 50% (n=5) do pacientes relataram que tiveram recomendação sobre a alimentação com os médicos que diagnosticaram a patologia, e 30% (n=3) descobriram que tem diabetes no dia em que foram amputar os membros inferiores. A figura 1 demonstra a frequência alimentar dos entrevistados. Já que a dieta do diabético é um dos fatores essenciais para manter os níveis glicêmicos dentro dos padrões recomendados. 39 Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais – CESCAGE http://www.cescage.edu.br/revistanutrir ISSN: 2358-2669 / Vol. I nº1 / Jan – Jul / 2014 100% 90% 80% 10% 20% 20% 50% 20% 10% 10% 20% 30% 30% 60% 30% 10% 10% 20% 70% 40% 10% 70% 30% 30% 90% 70% 50% 60% 30% 50% 30% 0% Raramente consome 4 a 6 vezes por semana 1 a 3 vezes por semana Diariamente Figura 01: Frequência alimentar dos portadores de pé diabético. Fonte: O Autor, 2012. Quanto à ingestão de Carboidratos e derivados 70% dos entrevistados consomem diariamente, 20% de 1 a 3 vezes por semana e 10% de 4 a 6 vezes por semana, sendo na maioria carboidratos refinados. O recomendado para a população brasileira é o consumo do grupo dos carboidratos na forma integral, pois estes contêm maiores teores de fibras, vitaminas, minerais e substâncias bioativas que ajudam a proteger a saúde (BRASIL, 2005). A Wold Hearth Organization (2003) evidencia estudos em que os alimentos de baixo índice glicêmico, como os carboidratos integrais, estão associados a um melhor controle da glicemia em portadores de diabetes e com a proteção contra a obesidade. Já em relação aos legumes e verduras, 30% ingerem diariamente, 30% de 1 a 3 vezes por semana, 20% de 4 a 6 vezes por semana e 20% raramente. Segundo Benetti e Ceni (2010) estes alimentos possuem fatores muito positivos por serem fontes de fibras, vitaminas e minerais que auxiliam no controle da glicemia. O percentual de frutas consumidas diariamente foi de 50%, 30% de 1 a 3 vezes por semana, 10% de 4 a 6 vezes por semana e 10% raramente. Philippi, Jaime e Ferreira (2008), relatam que as frutas, devem estar presentes diariamente na dieta, pois contribuem para proteger a saúde, o consumo inadequado de frutas é um dos cinco principais fatores associados à carga total de doenças. Com relação aos leites e derivados 60% refere consumir 40 Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais – CESCAGE http://www.cescage.edu.br/revistanutrir ISSN: 2358-2669 / Vol. I nº1 / Jan – Jul / 2014 diariamente, 30% de 1 a 3 vezes por semana e 10% raramente consome, apenas dois pacientes relataram ingerir leite desnatado e semidesnatado. O colesterol, gordura presente no leite integral e em seus derivados, é altamente indesejável para os diabéticos que têm de duas a três vezes mais propensão às doenças macrovasculares. Sendo assim, os melhores leites para os diabéticos e para as pessoas de uma forma geral, que precisam restringir o consumo de gordura, são os semidesnatado ou desnatado que mantêm suas características protéicas, de sódio e de cálcio (FILHO,2009). O valor encontrado para a ingestão das carnes foi de 30% diariamente e 70% de 1 a 3 vezes por semana. As proteínas possuem funções no organismo e entre elas destacam-se a reparação de novos tecidos e a defesa contra corpos estranhos. As leguminosas, como os feijões, são ingeridas com um valor de 90% diariamente e 10% 1 a 3 vezes por semana. De acordo com a Associação Nacional de Assistência ao Diabético (2012), as leguminosas possuem fibras macias que colaboram para controlar os níveis de gordura no sangue e de glicose, evitando glicemias muito altas. Em relação aos alimentos de baixo valor nutricional 50% relataram consumir diariamente, 30% 1 a 3 vezes por semana e 20% raramente consomem. Este é um fator alarmante para os indivíduos diabéticos, pois o consumo excessivo de doces faz com que prejudique o tratamento dietético e aumente os níveis de açúcar no sangue causando complicações. Em um estudo feito por Brito, Buzo e Salado (2009), com 83 indivíduos portadores de diabetes tipo 1 e 2, sem as complicações, foi observado que 95,18% dos entrevistados consomem carboidratos e derivados todos os dias. Já em relação aos doces 57,83% referem não consumir, sendo este resultado significativo por serem portadores de DM. Com relação a legumes e verduras 67,47% refere consumir diariamente e as frutas são consumidas diariamente em 36,14%. As carnes são ingeridas diariamente em 59,04% e o leite em 54,22%. Na figura 2, estão representados o consumo de alguns alimentos industrializados e lanches rápidos (Fast Foods) com suas respectivas frequências. 41 Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais – CESCAGE http://www.cescage.edu.br/revistanutrir ISSN: 2358-2669 / Vol. I nº1 / Jan – Jul / 2014 100% 90% 10% 30% 80% 70% 30% 60% 60% Raramente consome 50% 40% Uma vez por mês 40% 1 a 3 vezes por semana 40% Diariamente 30% 20% 10% 40% 30% 20% 0% Embutidos Enlatados Lanches rápidos Figura 02: Consumo de alimentos industrializados e lanches rápidos. Fonte: O Autor, 2012. Analisando o consumo de embutidos cerca de 20% dos entrevistados consomem diariamente, 40% de 1 a 3 vezes por semana, 30% uma vez por mês e 10% raramente consome. Em relação aos enlatados 30% ingerem de 1 a 3 vezes por semana, 40% uma vez por mês e 30% raramente consome. O diabetes aumenta o risco de desenvolver pressão alta (hipertensão arterial). Grandes quantidades de cloreto de sódio (sal de cozinha) na alimentação podem aumentar ainda mais esse risco e sobrecarregar os rins (DIEHL, 2012). Os lanches rápidos não são predominantes no presente estudo com um percentual de 40% consumidos uma vez por mês e 60% raramente. Souza (2012) orienta que estes tipos de alimentos possuem muito sal e gorduras saturadas, que por não serem naturais não são absorvidas pelo organismo. 4 CONCLUSÃO O presente estudo permitiu analisar o controle dietético dos pacientes diabéticos que são acometidos por uma das complicações, o pé diabético. Os hábitos alimentares inadequados presentes nesta pesquisa e também a ausência de orientação nutricional por profissionais da área de nutrição, comprovam que levam a complicações futuras. E muitas vezes quando os diabéticos recebem as primeiras orientações nutricionais sobre uma dieta adequada se depararam com sua condição financeira, cabe ao nutricionista propor estratégias e dar opções aos pacientes a alimentos acessíveis de acordo com as condições socioeconômicas do 42 Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais – CESCAGE http://www.cescage.edu.br/revistanutrir ISSN: 2358-2669 / Vol. I nº1 / Jan – Jul / 2014 paciente e encontrar meios de substituições. Um controle dietético saudável rico em carboidratos integrais, legumes, verduras, frutas e carnes magras, e pobres em frituras, gorduras saturadas, embutidos e enlatados conduz para um fator positivo na diminuição da glicemia, prevenindo assim as complicações da patologia. É importante enfatizar que os hábitos alimentares dos indivíduos são aderidos ao longo da vida e são influenciados pelo meio social em que vivem. Por isso para que se tenha uma reeducação alimentar satisfatória nos diabéticos é preciso que o local no qual ele esteja inserido passe também por transformações. BRITO, K. M; BUZO, R. A. C; SALADO, G. A. Estilo de vida e hábitos alimentares de pacientes diabéticos. Revista Saúde e Pesquisa, v. 2, n. 3, p. 357-362, set./dez. 2009. REFERÊNCIAS DIEHL, L. A. Dieta do diabético. 2012. Disponível em: <http://www.portalendocrino.com.br/dia betes_dieta.shtml> Acesso em: 07/09/2012. Associação Nacional de Assistência ao Diabético (ANAD). Dieta. 2012. Disponível em: < http://www.anad.org.br/institucional/Die ta.asp> Acesso em: 07/09/2012. BENETTI, F; CENI, G. C. Frequência do consume alimentar de pacientes diabéticos em acompanhamento ambulatorial na região norte do RS, no segundo semestre de 2008. Vivências: Revista Eletrônica de Extensão da URI, Vol.6, N.9: p.124-135, Maio/2010. BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. 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