Rio, 27 de Maio de 2008. Trabalho de A2 Prof.: Celeste Alunas: Miriel Tânia Silva Ribeiro E Eline Azevedo Brazão Matrícula: 2007020004 Matricula:2007020225 Curso: Ciências Biológicas (3º período) Funções da Química Orgânica Introdução Química Orgânica é um ramo da química que estuda os compostos extraídos dos organismos vivos. Essa divisão foi proposta em 1777 pelo químico alemão Torbern Olof Bergman. Em 1807, foi formulada a Teoria da Força Vital por Jöns Jacob Berzelius. Ela baseava-se na idéia de que os compostos orgânicos precisavam de uma força maior (a vida) para serem sintetizados. Friedrich Wöhler, em 1828, derrubou a teoria de seu professor Berzelius sintetizando em laboratório a uréia. Percebe-se que a definição de Bergman para a química orgânica não era adequada, então, o químico alemão Friedrich August Kekulé propôs a nova definição aceita atualmente: “Química Orgânica é o ramo da Química que estuda os compostos do carbono”. A química orgânica é o estudo das substâncias que constituem a matéria viva e dos compostos resultantes das suas transformações. Hoje em dia, prefere-se a designação de compostos de carbono, visto que este elemento é comum a todos eles e é, em parte, responsável pelas suas propriedades. Contudo, nem todos os compostos que possuem o elemento carbono são incluídos no grupo dos compostos de carbono. A facilidade com que os átomos de carbono formam ligações covalentes (simples, duplas ou triplas) com outros átomos de carbono ou com átomos de outros elementos explica o número e a variedade de compostos orgânicos. Os compostos orgânicos podem ser agrupados e classificados de acordo com a presença de determinados grupos de átomos nas suas moléculas, que são responsáveis pelo comportamento químico dessas famílias de compostos orgânicos. Qualquer composto orgânico é constituído por uma cadeia carbonada não reactiva, e por uma parte reactiva, o grupo funcional. Os Hidrocarbonetos Só carbonos e hidrogênios, nomenclatura com terminação (o). Suas classificações: Alcanos (hidrocarboneto de cadeia aberta, ligação simples entre os carbonos); Alcenos (hidrocarboneto de cadeia aberta, com ligação dupla entre os carbonos); Alcinos (hidrocarboneto de cadeia aberta, com ligação triplas entre os carbonos); Ciclanos (hidrocarboneto de cadeia fechada, ligação simples entre os carbonos); Ciclenos (hidrocarboneto de cadeia fechada, com ligação dupla entre os carbonos); Arómaticos (hidrocarboneto com o anel benzênico). Benzeno (aromático) Naftaleno (aromático). É capaz de efetuar até 4 ligações sigma (Tetravalente). Ligações múltiplas. O caráter da ligação é anfótero (não importa se é metal ou não-metal). Formar cadeias carbônicas (aminoácidos, proteínas, ácidos nucléicos, diesel, etc). Na química orgânica, compostos orgânicos são nomeados de acordo com: Hidrocarbonetos (apresentam somente carbono e hidrogênio em sua fórmula molecular). Prefixo Nomenclatura dos Alcanos Lineares: nº de Carbonos , Nome: 1 : Metano 2 : Etano 3 : Propano 4 : Butano 5 : Pentano 6 : Hexano 7 : Heptano 8 : Octano 9 : Nonano 10 : Decano Intermediário É indicado pela classificação da cadeia quanto à saturação: Saturada (an): Aquelas que possuem apenas ligações simples entre os carbonos. Insaturada: aquelas que possuem 2 ou 3 ligações entre os carbonos. 1 dupla ligação ---> EN 2 duplas ligações ---> DIEN 3 duplas ligações ---> TRIEN 1 tripla ligação ---> IN 2 triplas ligações ---> DIIN 3 triplas ligações ---> TRIIN 1 dupla ligação e uma tripla ligação -> ENIN Sufixo Hidrocarbonetos ---> O Ác. Carboxílicos --> Ácido Oico Cetona ------------> Ona Aldeido -----------> Al Álcool ------------> Ol Éster -------------> Hidrocarboneto+Ato De Ila Haleto Possuem um elemento halogênio (coluna 17/7A). Ex.: CH3-CH2-Br bromo-etano; Cl - CH - Cl | Cl Tricloro-metano (clorofórmio). Éter Possui o oxigênio entre carbonos. Nomenclatura: (Número de carbonos da menor cadeia) OXI-(nome da cadeia maior) Ex.: CH2-O-CH2-CH3 - metóxi-etano CH3-CH2-CH2-O-CH2-CH3 - etóxi-propano CH3-CH2-O-CH2-CH3 - etóxi-etano (éter etílico) Os Álcoois Os álcoois caracterizam-se por possuírem um ou mais grupos hidroxilo ou oxidrilo, OH, ligados à cadeia carbonada. O grupo hidroxilo constitui, pois, o grupo funcional álcool. A nomenclatura dos álcoois segue as regras já referidas para os hidrocarbonetos. Caso se trate de um monoálcool, é portanto só com um grupo hidroxilo na cadeia carbonada, o nome é dado pelo número de átomos de carbono da cadeia principal (a maior que contém o grupo hidroxilo) acrescido da terminação (ol). Caso se trate de um poliálcool, o nome termina em (diol, triol, etc), consoante o número de grupos hidroxilo ligados à cadeia carbonada. A numeração da cadeia carbonada é feita de modo a que os átomos de carbono onde estão implatados os grupos hidroxilo tenham a menor numeração possível. Se o grupo hidroxilo se encontrar ligado diretamente a um anel aromático, os compostos têm a designação de fenóis. Função álcool: – OH Fórmula geral dos álcoois: R – OH Exs.: Hidratação de alcenos Substituição nucleófila. No entanto, esta reacção só é útil com substratos incapazes de reagir rapidamente por E2. Na presença de bases fortes, os álcoois atuam como doadores de prótons. Os álcoois são geralmente ácidos ligeiramente mais fracos do que a água, com valores de pKa entre 16 e 18. Os álcoois são compostos versáteis, e podem ser usados como material de partida para a preparação de uma grande variedade de compostos. Oxidação de álcoois a compostos carbonilo. A oxidação de álcoois pode dar origem a um aldeído, uma cetona, ou um ácido carboxílico, dependendo do álcool, do agente oxidante e das condições da reação. Normalmente usam-se compostos de Cr(VI) como oxidantes. A reação de um álcool primário com ácido crômico (preparado por acidificação de soluções de cromato, CrO42, ou dicromato, Cr2O72-) dá origem principalmente ao ácido carboxílico correspondente: Álcoois primários Os álcoois primários têm o grupo hidroxila ligado a um carbono primário; um exemplo é o etanol. A fórmula geral dos álcoois primários é: Para se oxidar um álcool primário apenas até ao estado de aldeído não se pode usar ácido crômico, pois este é um oxidante muito forte. Em vez deste, usam-se outras espécies de Cr(VI), por exemplo clorocromato de piridínio - PCC - ou dicromato de piridínio – PDC, em solução anidra. Álcoois secundários Os álcoois secundários têm o grupo hidroxila ligado a um carbono secundário; por exemplo: 2-propanol. A fórmula geral é: Os álcoois secundários são oxidados a cetonas pelos mesmos reagentes que oxidam os álcoos primários: Álcoois terciários Os álcoois terciários têm o grupo hidroxila ligado a um carbono terciário; por exemplo: 2-metil-2-propanol (trimetilcarbinol). A fórmula geral é: Os álcoois terciários, por não possuírem hidrogênio ligado ao carbono hidroxilado, não são facilmente oxidados. O etanol ou álcool etílico é o tipo de álcool mais comum. Está contido nas bebidas alcoólicas, é usado para limpeza doméstica e também é combustível para automóveis. A fórmula do etanol é CH3CH2OH. O metanol ou álcool metílico é um álcool que não deve ser ingerido, pois é extremamente tóxico para o Fígado. A fórmula do metanol é CH3OH. Álcool anidro é um álcool com até 1% de água (já que é difícil a obtenção de álcool totalmente puro), e pode ser adicionado à gasolina para aumento da octanagem, atuando como "antidetonante", para que a gasolina possa ser comprimida no pistão do motor carburante ao máximo e não entre em combustão antes de acionada a vela do motor. O álcool bornílico é obtido ligado com o hidroterpendio que corresponde a cânfora. O álcool desnaturado é uma composição com o metileno. O álcool natural é obtido pela fermentação e destilação de produtos agricolas e naturais. Os Aldeídos e as Cetonas Os aldeídos e as cetonas pertencem a duas famílias de compostos orgânicos caracterizados por possuírem na sua cadeia carbonada o grupo carbonilo, C = O. A diferença entre eles reside somente na posição do grupo carbonilo: nos aldeídos está posicionado num átomo de carbono primário (C1) e, portanto, numa das extremidades da cadeia carbonada; nas cetonas está posicionado num átomo de carbono secundário (C2), onde nunca se encontra numa posição terminal. O nome dos aldeídos é dado pelo nome do alcano com cadeia carbonada idêntica à do aldeído, mas com a terminação (al). A numeração da cadeia carbonada é sempre iniciada pelo átomo de carbono do grupo carbonilo, seguindo-se as restantes regras de nomenclatura dos compostos orgânicos já estudados. Quanto às cetonas os seus nomes seguem também as regras de nomenclaturaconhecidas, com a diferença de apresentarem a terminação (ona). Os átomos de carbono devem ser numerados de modo a que o átomo de carbono do grupo carbonilo tenha a menor numeração possível. As cetonas são compostos orgânicos caracterizados pela presença do grupamento -C=O, carbonila, ligado a dois radicais orgânicos. Apresentam uma fórmula geral R-C(=O)-R', onde R e R' podem ser iguais (cetonas simples ou simétricas) ou diferentes (cetonas mistas ou assimétricas); alifáticos ou aromáticos; saturados ou insaturados. R e R' podem também estar unidos. Nesse caso, compõem um ciclo (cetonas cíclicas). Quando R ou R' é um átomo de hidrogénio, estamos na presença de um aldeído. Cetonas são formadas pela oxidação de álcoois secundários. Um átomo de hidrogênio (ligado ao oxigênio) é retirado e o átomo de oxigênio passa a fazer uma ligação dupla com o carbono da cadeia. Os Ácidos Carboxílicos Estes compostos têm na sua estrutura um ou mais grupos funcionais carboxilo, COOH, responsáveis pelo comportamento ácido destes compostos. Trata-se de uma função química composta de outros dois grupos funcionais: o grupo carbonilo, C = O, e o grupo hidroxilo, OH. O nome dos ácidos carboxílicos é obtido a partir do nome da cadeia carbonada principal que contém o(s) grupo(s) carboxilo. Caso apenas contenha um grupo carboxilo é um monoácido, com nome terminado em (óico); caso tenha dois grupos carboxilo é um diácido, um (dióico). Os ácidos carboxílicos de menor cadeia carbonada são líquidos, incolores e bastante solúveis em água graças às ligações de hidrogênio que podem estabelecer com as moléculas de água, dado que o grupo carboxilo é bastante polar. As interações com as moléculas de água permitem que, em parte, as moléculas de ácido se ionizem o que explica o comportamento ácido, ainda que fraco, destes compostos. Ácidos carboxílicos são geralmente ácidos fracos, com apenas 1% de moléculas RCOOH dissociadas em íons a temperatura ambiente em solução aquosa. Ácidos carboxílicos reagem com bases para formar carboxilatos sais, nos quais o hidrogênio do grupo -OH é substituído por um ion metálico. Deste modo, ácidos etanóicos/acéticos reagem com bicarbonato de sódio para formar etanoato sódico (acetato de sódio), dióxido de carbono, e água. OBS.: Os ácidos carboxílicos apresentam odor característico. Os monocarboxílicos que apresentam até 12 átomos de carbono apresentam cheiro bastante desagradável. Os indívíduos através do seu metabolismo produzem e excretam ácidos carboxílicos, que é de composição diferente para cada indivíduo; portanto, cada pessoa tem o seu cheiro característico. Por isso, o cão, que apresenta olfato bastante aguçado, reconhece as pessoas pelo cheiro. As Aminas As aminas são compostos orgânicos constituídos por carbono, hidrogênio e azoto. São compostos azotados derivados do amoníaco, por substituição de um ou mais hidrogênios por radicais alquilo. O nome das aminas é formado indicando antes do termo amina os nomes dos radicais alquilo ligados ao átomo de azoto, por ordem alfabética. Certas aminas apresentam mais do que um grupo amina, designam-se poliaminas. Para dar nome a estes compostos começa-se por referir os números que indicam a localização dos grupos amino, NH2, seguindo-se o nome do hidrocarboneto e, finalmente , o prefixo que indica o número de grupos amina seguido do termo amina. Exemplos: H2NCH2CH2NH2, 1,2 – etanodiamina; NH2CH2CH2CH(NH2)CH2CH2NH2, 1,3,5 – pentanotriamina. As aminas são uma classe de compostos químicos orgânicos nitrogenados derivados do amoníaco (NH3) e que resultam da substituição parcial ou total dos hidrogênios da molécula por grupos hidrocarbónicos (radicais alquilo ou arilo – frequentemente abreviados pela letra R). Se substituirmos um, dois ou três hidrogénios, teremos, respectivamente, aminas primárias (R-NH2), secundárias(R1R2NH) ou terciárias (R1R2R3N). As aminas podem ser classificadas como simples quando os grupos alquil são iguais ou mistos, se estes forem diferentes. Quando se usa os prefixos di e tri, indica-se que a amina é secundária ou terciária, respectivamente, e com grupos radicais iguais. Quando os grupos são diferentes, estes são nomeados sucessivamente, do menor para o maior, terminando o nome do composto com o sufixo “amina”. Algumas vezes indica-se o prefixo amino, indicando, de seguida a posição e o nome do grupo hidrocarbónico. Tais como a molécula NH3, da qual são derivadas formalmente, têm uma estrutura piramidal com 3 ligações sp3 e um par de electrões desemparelhados. Por isso, os orbitais apresentam hibridação sp3 e estão dirigidos em direção aos vértices de um tetraedro. O átomo de azoto localiza-se no centro do tetraedro; as ligações covalentes (com hidrogénio ou com o radical) formarão os vértices da base, a que se oporão os dois electrões desemparelhados no vértice do topo do tetraedro. A presença de um par de electrões livres é responsável por propriedades físicas e químicas particulares nas aminas. Como o azoto (nitrogénio) é menos electronegativo que o oxigénio, as ligação N-H apresentam-se menos polares que as ligações O-H (presentes nos álcoois). Por essa razão, as aminas formam pontes de hidrogénio mais débeis que os álcoois com pesos moleculares semelhantes. Como as ligações são mais fracas, compreende-se que os pontos de ebulição das diversas aminas também sejam mais baixos (necessitarão de menos energia para evaporar, porque também estão menos ligadas umas às outras). Assim, as aminas primárias e secundárias têm pontos de ebulição menores que os dos álcoois, mas maiores que os dos éteres de peso molecular semelhante. As aminas terciárias, sem pontes de hidrogénio, têm pontos de ebulição mais baixos que os das aminas primárias e secundárias de pesos moleculares semelhantes. Como a amônia, as aminas agem como bases razoavelmente fortes (veja a tabela com exemplos de valores de força de ácidos conjugados Ka). O átomo de nitrogênio possui um par de electrões livres que pode receber um ião H+ para formar um ião amônio substituído. Os pares de pontos sobre os átomos N nas reações químicas mostradas neste artigo representam o par de electrões livres do nitrogênio das aminas. Estes pares também contribuem para a solubilidade de aminas simples mediante a formação de pontes de hidrogênio com moléculas de água. Um haloalcano pode reagir com uma amina para formar uma amina alquilsubstituída correspondente, com liberação de um ácido de halogênio: Se a amina reagente é uma amina terciária neste tipo de reação, formam-se um catião de amônio quaternário e um anião haleto: Os compostos com iões emparelhados desta forma são chamados de sais quaternários de amônio. O "X" mostrado nas reações anteriores pode também ser outro tipo de grupo abandonador. Os aminoácidos contêm um grupo amino e um grupo carboxilo ligados ao mesmo átomo de carbono. Os aminoácidos unem-se uns aos outros através da ligação destes dois grupos – que formam um grupo amida – dando origem às ligações peptídicas que estruturam as proteínas. A degradação de proteínas (por exemplo, quando um pedaço de carne apodrece), leva, pelo contrário, à sua decomposição em aminas distintas. Os odores mais desagradáveis de que geralmente nos lembramos são, provavelmente, devidos à presença de aminas. Por exemplo, a 1,5-pentanodiamina (mais conhecida pelo sugestivo nome de cadaverina, libertada pelos corpos em putrefacção, o escatol, um composto heterocíclico presente nos excrementos, a 1,4-butanodiamina (putrescina – outro cheiro “a podre”), etc… Os alcalóides são compostos complexos presentes na constituição das plantas que contêm grupos amina. Podemos citar alguns exemplos mais conhecidos, como a morfina, a nicotina, etc. A importância das aminas, em termos biológicos, é inegável. A classe de compostos designados por β-feniletilaminas inclui a adrenalina, a noradrenalina, a mescalina, etc. As sulfamidas, que afetam as bactérias ao inibir nelas a produção de ácido fólico, mas que são inócuas para o ser humano, contêm um grupo amino. O neurotransmissor GABA (ácido 4-aminobutanóico) também contém um grupo amino. Alguns derivados do ácido p-aminobenzóico são também usados como anestésicos. Encontram-se aminas secundárias em alguns alimentos (carne e peixe) ou no fumo do tabaco. Estas podem reagir com os nitritos (presentes nos conservantes utilizados nos produtos alimentares e usados como fertilizante, no caso das plantas, como o tabaco), levando à formação de N-nitrosoaminas secundárias, que são cancerígenas. Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Portal de Química.