Cap.08: Dinâmica II: Movimento no Plano Do professor para o aluno ajudando na avaliação de compreensão do capítulo. Fundamental que o aluno tenha lido o capítulo. 8.1 Dinâmica em duas dimensões ► A equação da segunda lei de Newton é geral, determina a aceleração em qualquer sistema de coordenadas e de qualquer tipo de movimento, linear ou no plano. ► Os componentes X e Y do vetor aceleração: ► As equações de posição e de velocidade são: ► Aplicação: Exemplo 8.1 Movimento dos projéteis ► O movimento dos projéteis, sem a resistência do ar, foi estudado no Cap. 4 e concluiu-se que o a trajetória é parabólica. O efeito resistivo do ar, força de arraste, sobre um corpo em movimento foi estudado no Cap. 6 e esta força é diretamente proporcional ao quadrado da velocidade e está dirigida no sentido contrário ao movimento, FD = A v2/4. ► Deduzir a Eq.8.4: Dedução feita em sala de aula. ► A figura abaixo representa a trajetória y(x) do movimento da bola lançada no ar. A resolução numérica da eq. 8.4, acima, foi realizada com os valores vo = 25,0m/s, A= 2,00 x 10 -3 m2, m = 5,00x10-3g . Os ângulos de lançamentos escolhidos são 300 , 60o (as linhas tracejadas) e 45o, linha contínua. O alcance máximo da bola não corresponde a um ângulo de lançamento de 45 o . O alcance máximo de 14,5m atingido corresponde quando a bola é lançada com ângulo de 30o e as trajetórias não são parabólicas. No vácuo, o alcance máximo será aproximadamente 64,0m e as trajetórias são parabólicas. ym 8 6 4 2 0 0 5 Na figura ao lado estão representadas as variações das velocidades vy(t), linha tracejada, e vx(t), linha contínua, em ângulo de lançamento de 60o. O tempo de voo sem a resistência do ar é 4,40s. O tempo de movimento da bola com a resistência do ar lançado neste ângulo é t=2,60s. Diferentemente de movimento da bola num meio desprovido de ar, o componente horizontal da velocidade, vx, não é constante, diminui com o tempo e lentamente após o tempo de 1,0s. Aproximadamente neste instante o componente vertical da velocidade é nula, vy=0, quando a bola alcança a altura máxima, 8,0m. 10 15 xm v ms 30 20 10 0 10 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 ts ► Responda a questão Pare E Pense 8.1. 8.2 Velocidade e aceleração no movimento circular uniforme ► Num movimento circular uniforme existe somente a aceleração centrípeta dada pela Eq. 8.5. ►Obs. O autor, na página 213, escreve: O sistema de coordenadas XY no centro do círculo e a partícula em movimento circular são representadas na Fig.(HS01) Os vetores unitários radial, r̂ , e tangencial, t̂ , foram apresentados nas aulas. As relações destes vetores unitários com os do sistema cartesiano são, conforme a figura ao lado, xrcos; yrsen r rrˆ xiˆyˆj x y rˆ iˆ ˆj r r ˆ ˆ r ˆ cosi senj eˆ t é+/2 t̂ seniˆcosˆ j Os dois vetores unitários r̂ e t̂ definem a orientação dos eixos do sistema de coordenadas polares cilíndricas, (r, , z). Um corpo em movimento circular é descrito por este sistema de coordenadas. Vale lembrar que o raio r tem como origem o centro do círculo, o ângulo começa do eixo x positivo crescente no sentido anti-horário e z, eixo longitudinal do cilindro, é o eixo perpendicular ao plano XY. Dessa forma expressamos sempre o vetor aceleração radial ou centrípeta na forma v2 ac rˆ r ► Obs. Na página 213, o autor afirma que o eixo r aponta da partícula para o centro do círculo. Isto não é correto! O sistema de coordenadas cilíndricas, apresentado em aula, tem como origem no centro do círculo, dessa forma o eixo r aponta do centro do círculo para a partícula. O centro do círculo pode ser a origem do sistema inercial, lugar em que não há nenhuma força e está em repouso ou a velocidade constante. A partícula num movimento circular não constitui um sistema inercial, pois contraria a primeira lei de Newton, ela está sob a ação de uma força, a força, comumente, denominada centrípeta. ► Responda a questão Pare E Pense 8.2. 8.3 Dinâmica do movimento circular uniforme ► Uma partícula ( carro, espaçonave e outros corpos) em movimento circular uniforme possui uma aceleração dirigida para o centro do círculo. Pela segunda lei de Newton, uma força, direcionada para o centro do círculo, mantém a partícula em sua trajetória circular. Esta força por estar direcionada para o centro do círculo é, comumente, denominada força centrípeta. ► Esta força não é novo tipo de força. Veremos que ela pode ser uma força de atrito, uma força gravitacional, a força exercida pela lateral do carro ou por uma corda ou qualquer outra força. Dizemos: ► Uma força centrípeta acelera (taxa de variação da velocidade) um corpo modificando a direção de sua velocidade, sem alterar o módulo da velocidade do corpo. ► Expressão: ► Estudar o Exemplo 8.3: Girando o carrinho em um círculo horizontal. ► Nesta figura, qual a direção do percurso quando a corda é cortada? Qual lei de Newton você utiliza em sua resposta? ► Estudar o Exemplo 8.4, o veículo faz uma curva numa rodovia não inclinada. Responder: (a) A velocidade máxima depende da massa do veículo? (b) Suponha que a pista esteja úmida. O que pode acontecer com o carro na curva ao atingir a velocidade calculada no Exemplo 8.4? ► Estudar o Exemplo 8.5, o veículo faz uma curva numa rodovia inclinada. ► A equação final deste exemplo depende da massa do carro? ► (a) Se a rapidez do carro é de 13,4 m/s e o raio da curva é de 35,0m, a que ângulo a curva deveria ser inclinada para que o carro não dependa do atrito para fazer a curva sem derrapar? ►(b) O que acontece com o carro, se o motorista tenta fazer a curva com velocidade maior que 13,4m/s? Faça o diagrama de corpo livre. ► (c) O que acontece com o carro, se o motorista tenta fazer a curva com velocidade menor que 13,4m/s? Faça o diagrama de corpo livre. ► Pergunta : Imagine que, numa futura colonização em Marte, esta mesma estrada fosse construída neste planeta. Ela poderia ser percorrida com a mesma velocidade? Explicar. ► Carro em uma curva: Imagine um passageiro sentado no assento traseiro de um carro que se move com grande velocidade escalar constante ao longo de uma estrada plana. O carro vira à esquerda fazendo uma curva na forma de um arco de círculo de raio r, o passageiro desliza para a direita sobre o assento e então fica comprimido contra aparte lateral do carro durante o movimento curvilíneo do veículo. Como se explica isso? Enquanto o carro está fazendo uma curva, ele está, digamos, em movimento circular uniforme; ou seja, ele possui uma aceleração dirigida para o centro do círculo. Pela segunda Lei de Newton, uma força deve ser a causa desta aceleração. Além disso, a força deve também estar dirigida para o centro do círculo. Denomina-se essa força de força centrípeta. No caso do movimento deste carro, a força centrípeta é uma força de atrito exercida pela estrada sobre os pneus; ela faz com que a trajetória curvilínea seja possível. Para que o passageiro no carro possa deslocar em movimento circular uniforme juntamente com o veículo, também deve existir um força centrípeta sobre ele. Essa força centrípeta é exercida pelo assento sobre o passageiro. Entretanto, essa força não sendo suficiente para acompanhar o movimento circular, o passageiro desliza lateralmente sobre o assento até pressionar a porta. Desta forma, a compressão exercida pela parte lateral do carro fornece a força centrípeta necessária para o passageiro acompanhar o carro em movimento circular uniforme (uma razão pelo uso do cinto de segurança). ► Estudar o Exemplo 8.6: Uma pedra em uma funda. ► A expressão obtida da velocidade da pedra depende da massa. ► À medida que aumenta o valor da velocidade o que acontece com o ângulo do cipó? Concluir a resposta analiticamente. ► Converta a expressão final do Exemplo 8.6 em independente da massa da pedra. ► Este Exemplo é o mesmo modelo do pêndulo cônico apresentado em aula. ► Responda a questão Pare E Pense 8.3. 8.4 Órbitas circulares ►O modelo explicativo de órbita ao redor de um planeta é de um corpo em constante queda. ► Neste item deve-se considerar o satélite de massa m numa órbita circular ao redor de um planeta de massa M: ˆ ˆ m aF ;m a r F r c g c g G M m G M m a 2 a 2 ( = g ; E q . ( 8 . 1 3 ) ) c c r r ► Note-se que g não é constante, diminui com a distância r. A medida de r é a partir do centro do planeta. ►A Eq.(8.14), na sua forma correta, deve ser escrita como vorb GM r ► Verifica-se a velocidade orbital independe da massa do corpo em órbita. ►Problema: Calcular a velocidade orbital de um satélite a uma distância h =320 km da superfície da Terra. ►Orbitando a Terra: O astronauta no ônibus espacial flutua em sua cabine durante a órbita ao redor da Terra. O que está acontecendo? Tanto astronauta como ônibus espacial estão em movimento circular uniforme e possuem acelerações dirigidas para o centro do círculo ( centro da Terra). Pela segunda lei de Newton, forças centrípetas devem ser a causa destas acelerações. Desta vez, as forças centrípetas são as forças gravitacionais ( a atração sobre o astronauta e sobre o ônibus espacial) exercidas pela Terra e dirigidas radialmente em direção ao centro da Terra. Tanto no carro como no ônibus espacial, o passageiro e o astronauta estão em movimento circular uniforme; apesar de ambos experimentarem sensações diferentes em cada situação. No carro, o passageiro é comprimido contra a parte lateral, ele sente a pressão lateral. No ônibus espacial, o astronauta flutuando pela cabine não tem a sensação de qualquer força atuando sobre ele. Por que esta diferença? A diferença está na natureza das duas forças centrípetas. No passageiro, a força centrípeta é a compressão do corpo em contato com a parte lateral do carro. No astronauta, a força centrípeta é a atração gravitacional da Terra sobre cada átomo do corpo. É uma força sem contato, não há compressão ou empurrão sobre o corpo do astronauta, isto é, nenhuma sensação de força (conhecida como ausência de peso). Esta ideia é enganosa, existe a atração exercida pela Terra sobre o astronauta, só que ela é um pouco menor do que se estivesse na superfície da Terra, pois a força gravitacional diminui com o quadrado da distância ao centro da Terra. 8.5 Forças fictícias ► As forças reais satisfazem as três leis de Newton, ou seja, medido pelo observador no referencial inercial. As medidas das forças realizadas pelo observador não inercial são chamadas forças fictícias. ►Exemplos de forças fictícias: 1. O trem freia bruscamente e o passageiro acelera para frente, e ele pode concluir que uma força atuou sobre ele e provocou sua aceleração. Explicar que essa força é fictícia. 2. O exemplo anterior é da mudança na sua velocidade. Outro exemplo de uma força fictícia devido a uma mudança na direção do vetor velocidade pode-se citar um carro fazendo uma curva. O passageiro é deslocado lateralmente em direção à porta do veículo e ele explica que este deslocamento é devido a atuação de uma força sobre ele. Explicar que essa força é fictícia. 3. Uma pequena esfera de massa m pendurada em uma corda do teto de um vagão, que está acelerando para a direita, fig.(A). Os dois observadores, inercial, (A), e não inercial, (B), concordam que a corda faz um ângulo com relação à vertical. O observador não inercial diz que uma força causa o desvio da corda observado da vertical. (a) Ambos os observadores veem o vagão acelerando? (b) O modelo utilizado para a esfera pelos observadores é o mesmo, ou seja, ela está em equilíbrio estático, dinâmico ou somente em uma direção? (c) Aplicar a segunda lei de Newton na forma de componentes à esfera de acordo com os observadores inercial e não inercial. (d) Como o módulo da força fictícia está relacionado com a aceleração do vagão medido pelo observador inercial (A)? ►Força centrífuga? O veículo ao fazer uma curva, ele constitui um referencial inercial ou não inercial? ► Força centrífuga? Ao resolver problema envolvendo um movimento circular uniforme, é muito comum incluir uma força extra para fora m v2 /r para manter o corpo no lugar ou para mantê-lo em equilíbrio; essa força para fora é usualmente chamada de força centrífuga. Resista a essa tentação, por que esse procedimento é simplesmente errado! Apresentaremos aqui três motivos para isso. Em primeiro lugar, o corpo não fica no lugar; ele está em movimento constante descrevendo uma trajetória circular. A direção da velocidade varia constantemente, portanto ele não está em equilíbrio. Em segundo lugar, caso existisse uma força orientada para fora (centrífuga) para equilibrar a força orientada para dentro, não existiria nenhuma força resultante para dentro para causar o movimento circular uniforme, e o corpo deveria mover em linha reta (primeira lei de Newton). Em terceiro lugar, a quantidade m v2 /r não é uma força. Ela corresponde ao membro m a de Fres = m a e não deve aparecer em Fres . É verdade que o passageiro de um carro que se desloca seguindo a trajetória circular de uma estrada plana tende a deslizar para fora da curva em resposta a uma força centrífuga. Porém esse passageiro está em um sistema acelerado, um sistema de referência não inercial no qual não vale nem a primeira nem a segunda lei de Newton. O que realmente ocorre é que o passageiro tende a manter seu movimento retilíneo, enquanto o lado externo do carro se desloca para dentro do passageiro à medida que o carro faz a curva. Em um sistema inercial não existe nenhuma força centrífuga atuando sobre o corpo. ► Obs. No texto, pag. 222, em vez de pássaro, poderia ser um guarda rodoviário parado no acostamento da pista. A gravidade em uma Terra que gira. ► Obs. Terra, quando planeta, se escreve com maiúscula. ► Minha correção: O sistema de coordenadas utilizado é fixo no centro do planeta, considerando somente a sua rotação. ► A figura ao lado apresenta duas posições, uma no equador e outra na latitude, nas quais são calculadas os efeitos da rotação da Terra na medida da aceleração da gravidade, chamada aceleração da gravidade efetiva. (Texto extraído das minhas notas sobre a gravitação.) g = g0 – 0,03 = 9,80 m/s2. 8.6 Por que a água fica no balde? ►Qual é a condição para que o vagão de montanha russa não se desprenda dos trilhos no topo do loop? ► O que acontece com o vagão de montanha russa se a força normal, N, for nula e negativa? ► Qual é a expressão da velocidade mínima com que o vagão pode completar o círculo? Explicar. ►Comente a semelhança desta velocidade com a da Eq, 8.14 ►Caso da água no balde. Um fio suficientemente forte deve estar amarrado ao balde tal que a tensão no fio faz o papel semelhante ao do trilho sobre o vagão. (a) Expressar a tensão no fio, T, nos casos em que c, c e c , Fig. 8.19. ► Responda a questão Pare E Pense 8.4. ►8.7 Movimento circular não uniforme ► Quais são as acelerações envolvidas no movimento circular não uniforme? ►O vagão de uma montanha russa, ao percorrer um loop, acelera ao descer por uma lado e desacelera ao subir pelo outro. Represente, na figura ao lado, os vetores acelerações centrípeta, tangencial e resultante nos pontos A e B indicados. ► Por causa da definição do sistema de coordenadas polares apresentada nas aulas, a força radial sempre está dirigida em direção ao centro do círculo. A direção da força tangencial é um vetor tangente ao círculo apontando no sentido anti-horário ou horário. ► Responda a questão Pare E Pense 8.5. Problemas Nos problemas abaixo, primeiro construir o diagrama de corpo livre e depois aplicar a segunda lei de Newton Respostas: (30.) 5,5 m/s. (31) coeficiente de atrito estático (concreto-borracha) = 1,0; tan(150 ) v rg e 34m / s 0 1 e tan(15 ) Resp. Calcular a velocidade angular máxima possível da moeda sob a ação da força de atrito estático em direção ao centro da plataforma. Esta velocidade calculada é maior do que 60 rpm, portanto a moeda não escorregará para fora da plataforma. Resp. Falta o coeficiente de atrito estático, 0,80. Descreverá um círculo horizontal. Resp. (A) -9,8 m/s2; (B) -12,9 m/s2; (C) -6,7 m/s2. Resp. Identifique a força de 1000N citado no texto. O coeficiente de atrito estático entre o concreto e a borracha é 1,0. (a) acelerações tangencial, 0,667m/s2, centrípeta, 1,78 m/s2, e resultante , 1,90 m/s2, e 21o. (b) t= 24s. Construir o diagrama vetorial da aceleração do item (a).