FACULDADE TECSOMA Curso de Administração de Empresas MARKETING COMO UMA FERRAMENTA CRUCIAL NA CONQUISTA DE NOVOS CLIENTES. Laís Damaso de Oliveira Paracatu-MG 2011 Laís Damaso de Oliveira MARKETING COMO UMA FERRAMENTA CRUCIAL NA CONQUISTA DE NOVOS CLIENTES. Monografia apresentada à Faculdade Tecsoma como pré-requisito, parcial para obtenção do título de Bacharel em Administração. Orientador: Fernando A. Antunes Paracatu – MG 2011 LAIS DAMASO DE OLIVEIRA MARKETING COMO UMA FERRAMENTA CRUCIAL NA CONQUISTA DE NOVOS CLIENTES. Monografia apresentada à Faculdade Tecsoma, como exigência, parcial a obtenção do título de bacharel em Administração. _____________________________________ Fernando Antunes (Orientador) – Faculdade Tecsoma ____________________________________ Geraldo Batista de Oliveira (TECSOMA) ______________________________________ Professor Convidado (TECSOMA) Paracatu, 06 de Dezembro de 2011. FICHA CATOLOGRÁFICA. Damaso, Laís Oliveira , 1990 Marketing como uma ferramenta crucial na conquista de novos clientes/ Laís Damaso de Oliveira – Paracatu 2011. 111 f. Orientador: Fernando Antunes Monografia de conclusão de curso de graduação – Faculdade Tecsoma, Curso de Administração de Empresas. Bibliografia. 1.Marketing. 2. Comercialização de Produtos. 3. Atendimento ao cliente. I. Antunes, Fernando.II. Faculdade Tecsoma Curso de Administração de empresas. III. Título. CDU: 658.8 A meu pai, exemplo de Administrador; a minha mãe, pelo amor e dedicação de sempre e ao Breno, pelo amor, apoio e incentivo em todos os momentos. 16 Agradeço primeiramente ao Professor Fernando Antunes pela orientação dada com tanto carinho e compreensão. Os colegas de trabalho que me auxiliaram em todo estágio. A Deus por me guiar pelo cominho certo, por oferecer boas oportunidades e pela inteligência e saúde concedida.E a todos que contribuíram e dedicaram para excelência do Marketing Meus sinceros agradecimentos! 16 Só a especulação ousada pode nos levar adiante e não o acúmulo de fatos. ALBERT EINSTEIN LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS PAC - Posto de Atendimento Cooperativo SICOOB - Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil COOPER - Cooperativa dos empregados da viação ferra OCB - Organização de cooperativas brasileiras PIB - Produto interno bruto SWOT - Strengths, Weaknesses, Opportunities, Threats BCG - Boston Consulting Group BANCOOB - Banco cooperativo do Brasil DDA - Débito Direto Autorizado CDA - Crédito Direto Associado INSS - Instituto Nacional do Seguro Social BNDS - Banco nacional do desenvolvimento econômico e social RDC - Recibo de Depósito Cooperativo LISTA DE TABELAS TAB. 01 – CRONOGRAMA DAS ATIVIDADES ........................................................25 TAB. 02 – DESCRIÇÃO DOS RECURSOS HUMANOS ...........................................26 TAB.03 – RECURSOS MATERIAIS ..........................................................................27 TAB.04 – RECURSOS FINANCEIROS ................................................................. ...28 TAB. 05 – TOTAL DE RECURSOS UTILIZADOS ..................................................28 TAB.06 – SEGMENTAÇÃO AMBIENTAL .................................................................55 TAB.07– QUADRO DE METAS (CONSÓRCIO IMÓVEIS ) ......................................93 TAB.08 – ESTIMATIVA DE FATURAMENTO (CONSÓRCIO IMÓVEIS) .................93 TAB.09 – PROMOÇÃO ( CONSÓRCIOS) ................................................................94 TAB.10 – QUADRO DE METAS (CONSÓRCIO CARROS) .....................................94 TAB.11 – ESTIMATIVA DE FATURAMENTO (CONSÓRCIO CARROS) .................95 TAB.12 – QUADRO DE METAS (CONSÓRCIO MOTOCICLETAS).........................96 TAB.13 – ESTIMATIVA DE FATURAMENTO (CONSÓRCIO MOTOCICLETAS) ....96 TAB.14 – 5W2H CONSÓRCIOS................................................................................97 TAB.15 – QUADRO DE METAS (VIVAMED) ............................................................98 TAB.16 – PROMOÇÃO (VIVAMED) ..........................................................................98 TAB.17 – ESTIMATIVA DE FATURAMENTO ( VIVAMED) ......................................99 TAB.18 – 5W2H VIVAMED .......................................................................................99 TAB.19 – QUADRO DE METAS (QUITACRED) ....................................................100 TAB.20 – ESTIMATIVA DE FATURAMENTO ( QUITACRED) ...............................101 TAB.21 – PROMOÇÃO (QUITACRED) ...................................................................101 TAB.22 – 5W2H QUITACRED ................................................................................102 LISTA DE FIGURAS FIGURA 01 – ORGANOGRAMA DA CREDIPATOS PAC-LAGOA GRANDE ..........15 FIGURA 02 – FLUXOGRAMA DE TAREFAS PARA PLANEJAMENTO DE MARKETING .............................................................................................................41 FIGURA 03 – MODELO ESQUEMÁTICO DA ANÁLISE DE SWOT .........................46 FIGURA 04 – MATRIZ PARTICIPAÇÃO/ CRESCIMENTO DO MERCADO BCG ....50 LISTA DE GRÁFICOS GRÁFICO 01 – CONHECIMENTO TÉCNICO E GERENCIAMENTO ......................85 GRÁFICO 02 – TARIFAS COBRADAS PELA CREDIPATOS ..................................86 GRÁFICO 03 – ATENDIMENTO AOS COOPERADOS DA CREDIPATOS .............87 GRÁFICO 04 – AMBIENTE VISUAL DA CREDIPATOS (PAC-LAGOA GRANDE) ..88 GRÁFICO 05 – RESPOSTAS DOS ASSOCIADOS QUANTO AOS PRODUTOS E SERVIÇOS DA COOPERATIVA ...............................................................................89 GRÁFICO 06 – TEMPO DO ATENDIMENTO AOS COOPERADOS DA SICOOB CREDIPATOS ...........................................................................................................90 RESUMO O trabalho acadêmico de conclusão de curso apresentado a Faculdade Tecsoma, tem como propósito contribuir com a discussão sobre a relevância do plano de marketing a ser implantado na Cooperativa de Crédito de Patos de Minas (PACLagoa Grande). O trabalho foi estruturado sob a modalidade de experiência, e compõe-se de uma revisão do referencial teórico, mediante uma apreciação conceitual e crítica de alguns aspectos conexos ao assunto. Fatores considerados relevantes formam o contexto histórico do plano de marketing. Todo trabalho foi desenvolvido através de referências e pesquisas baseadas em linhas de pensamento de renomados autores da área, resultaram ao final na estruturação de um roteiro para o desenvolvimento passo a passo de um plano estratégico de marketing de fácil implantação. O trabalho conclui com a afirmação de que um bom plano de marketing pode contribuir bastante para a de alguns problemas de comercialização de uma empresa. Entretanto, mais do que isso ele auxilia na antecipação dos estados futuros desejados, direcionando o caminho a ser trilhado. É sobre tudo, um instrumento facilitador, das estratégias empresariais, em cenários tão competitivos. Palavras-chave: Plano de Marketing, Cooperativismo, Atendimento. ABSTRACT The academic work of completing the course presented Tecsoma College, aims to contribute to the discussion about the relevance of the marketing plan to be implemented in the Cooperative Credit Patos de Minas (PAC-Lagoa Grande). The work was structured in the form of experience, and consists of a review of theoretical, conceptual and through a critical examination of some aspects related to the subject. Factors considered relevant form the historical context of the marketing plan. All work was developed through research based on references and lines of thought from renowned authors in the area resulted in structuring the end of a roadmap for the development step by step in a strategic marketing plan easy to implement. The work concludes with the assertion that a good marketing plan can contribute greatly to the problems of marketing a company. But more than that it helps to anticipate the desired future state, directing the way to go. It's about everything, a facilitator, business strategies, so competitive scenarios. Keywords: Marketing Plan, Cooperatives, Customer Service. SUMÁRIO 1 INFORMAÇÕES SOBRE A EMPRESA ..............................................................15 1.1 Razão social.....................................................................................................15 1.2 Nome Fantasia.................................................................................................15 1.3 Endereço ......................................................................................................... 15 1.4 CNPJ................................................................................................................ 15 1.5 Inscrição Estadual.......................................................................................... 15 1.6 Quadro Societário ...........................................................................................15 1.7 Capital Social...................................................................................................16 1.8 Organograma...................................................................................................16 1.9 Objetivos Sociais... ........................................................................................ 16 1.10 Missão da Empresa .......................................................................................17 1.11 Público-Alvo da Empresa .............................................................................18 1.12 Atividades a Desenvolver na Empresa........................................................18 2 INFORMAÇÕES SOBRE O ESTÁGIO ................................................................19 2.1 Coordenador do Estágio................................................................................ 19 2.2 Professor Orientador... .................................................................................. 19 2.3 Supervisor de Estágio na Empresa .............................................................. 19 2.4 Área de Conhecimento do Estágio ................................................................19 3 PROJETO MONOGRÁFICO................................................................................20 3.1 Título.................................................................................................................20 3.2 Tema... ............................................................................................................. 20 3.3 Objetivos ..........................................................................................................20 3.3.1 Objetivo Geral...............................................................................................20 3.3.2 Objetivos Específicos... .............................................................................. 20 3.4 Problematização..............................................................................................21 3.4.1 Hipótese ........................................................................................................21 3.5 Justificativa......................................................................................................22 3.6 Resultados Esperados................................................................................... 23 3.7 Metodologia de Trabalho ................................................................................24 3.7.1 Metodologia Pesquisa Bibliográficas .........................................................24 3.7.2 Metodologia Estudo de Caso ......................................................................24 3.8 Cronograma de Atividades.............................................................................26 3.9 Recursos ......................................................................................................... 27 3.9.1 Recursos Humanos......................................................................................27 3.9.2 Recursos Materiais ......................................................................................28 3.9.3 Recursos Financeiros... .............................................................................. 28 3.9.4 Total Geral de Recursos ..............................................................................29 4 INTRODUÇÃO .....................................................................................................30 5 REVISÃO DA LITERATURA ...............................................................................31 5.1 Revisões Históricas ... ................................................................................... 31 5.1.1 História do Marketing...................................................................................31 5.1.2 História do Cooperativismo.........................................................................33 5.1.2.1 Cooperativismo no Brasil .........................................................................36 5.1.2.2 Cooperativas de Crédito no Brasil.......................................................... 37 5.1.2.3 Legislação das Cooperativas e forma de atuação .................................38 5.3 Planejamento de Marketing ............................................................................40 5.3.1 Missão e Metas... ......................................................................................... 43 5.3.2 Organize o Plano ..........................................................................................44 5.3.3 Faça análise da situação... ......................................................................... 45 5.3.3.1 Análise de SWOT.......................................................................................46 5.3.4 Estabeleça objetivos ....................................................................................48 5.3.5 Gere estratégias e gerencie as melhores...................................................49 5.3.6.1 Matriz BCG ................................................................................................ 50 5.3.6 Formule programas de Marketing...............................................................52 5.3.7 Escreva o plano ............................................................................................53 5.3.8 Comunique e implemente o plano ............................................................. 53 5.3.9 Use um sistema de controle........................................................................53 5.3.10 Atualize o plano ..........................................................................................54 5.4 Ambientes de Marketing ................................................................................ 55 5.4.1 Ambiente Interno ..........................................................................................57 5.4.1.1 Contabilidade e finanças ..........................................................................57 5.4.1.2 Produção................................................................................................... 58 5.4.1.3 Pesquisa e Desenvolvimento ...................................................................58 5.4.1.4 Compras.................................................................................................... 58 5.4.1.5 Recursos Humanos...................................................................................59 5.4.1.6 Marketing ...................................................................................................59 5.4.2 Ambiente Operacional .................................................................................60 5.4.2.1 Clientes ..................................................................................................... 61 5.4.2.2 Concorrentes .............................................................................................61 5.4.2.4 Fornecedores e distribuidores .................................................................62 5.4.3 Ambiente externo (Macro-Ambiente)......................................................... 63 5.4.3.1 Ambiente demográfico..............................................................................64 5.4.3.2 Ambiente Econômico................................................................................66 5.4.2.3 Ambiente sociocultural............................................................................ 67 5.4.2.4 Ambiente Natural.......................................................................................69 5.4.2.5 Ambiente tecnológico ...............................................................................70 5.4.2.6 Ambiente Político ......................................................................................71 6. ESTUDO DE CASO... ........................................................................................ 73 6.1 Revisão Histórica ............................................................................................73 6.1.1 História do Bancoob ....................................................................................73 6.1.2 Rede SICOOB ...............................................................................................73 6.1.3.História da Credipatos .................................................................................74 6.1.4 História do PAC Lagoa Grande ...................................................................76 6.2 Portfólio dos produtos e serviços oferecidos ..............................................76 6.2.1 Cartões SICOOBcard ...................................................................................76 6.2.2 Consórcio..................................................................................................... 77 6.2.3 Conta corrente..............................................................................................77 6.2.4 Conta salários...............................................................................................78 6.2.5 Débito automático ........................................................................................78 6.2.6 DDA................................................................................................................78 6.2.7 Domicílio bancário .......................................................................................79 6.2.8 Crédito Direto ao Associado .......................................................................79 6.2.9 Crédito Consignado .....................................................................................80 6.2.10 Desconto de Títulos ...................................................................................81 6.2.11 Financiamentos ..........................................................................................81 6.2.12 Financiamentos Rurais ..............................................................................81 6.2.13 Repasses.....................................................................................................82 6.2.14 Poupanças ..................................................................................................82 6.2.15 Seguros .......................................................................................................83 6.2.16 SICOOB NET ...............................................................................................83 6.3 Aplicação do Marketing no SICOOB Credipatos ..........................................83 6.3.1 Análise do Macro-Ambiente da SICOOB Credipatos ................................84 6.3.2 Ambiente operacional da SICOOB Credipatos ..........................................85 6.3.2.1 Clientes ......................................................................................................86 6.3.2.2 Concorrentes .............................................................................................89 6.3.2.3 Fornecedores.............................................................................................91 CONCLUSÃO .........................................................................................................94 7 PLANO DE MARKETING ....................................................................................95 7.1 Consórcios ......................................................................................................95 7.1.1 Consórcio Imobiliário...................................................................................95 7.1.2 Consórcio de Automóveis ...........................................................................97 7.1.3 Consórcio Motocicleta .................................................................................98 7.2 5W2H ................................................................................................................99 7.3 Plano de Saúde (Viva Med).............................................................................99 7.4 Quitacred........................................................................................................102 7.5 Ações Táticas ................................................................................................104 8 LIMITAÇÕES DE RECURSOS ..........................................................................104 ANEXO I ...............................................................................................................105 16 1 INFORMAÇÕES SOBRE A EMPRESA 1.1 Razão social Cooperativa de Crédito de Patos de Minas Ltda. 1.2 Nome Fantasia SICOOB Credipatos 1.3 Endereço Rua Presidente Juscelino 104 B, centro, Lagoa Grande-MG. CEP: 38755-000 Telefone: (34) 3816-2000 1.4 CNPJ 25.387.671/0001-88 1.5 Inscrição Estadual ISENTO 1.6 Quadro Societário Diretor Presidente: Mozart Pacheco Diretor Administrativo: Pedro Francisco Ferreira Diretor Financeiro: Eli Bernardes Dias Conselho Administração: Ivan Roberto Pelet, Silvio Teixeira da Silva, Vanilda Braga Machado, Ivoney Augusto Casali. 17 1.7 Capital Social R$ 15.000.000,00 1.8 Organograma GERENTE DA AGÊNGIA CAIXAS AGENTE DE ATENDIMENTO ESTAGIÁRIA AUX.SERVIÇOS GERAIS SEGURANÇA OFFICE BOY Figura 01: Organograma SICOOB Credipatos (PAC - Lagoa Grande) Fonte: Elaborado pelo autor. 1.9 Objetivos Sociais O SICOOB Credipatos tem por objetivos: I. Atender o quadro social com produtos e serviços próprios ou mediante convênios específicos com organismos oficiais e/ou instituições privadas II. Definir as metas e projetos empresariais, com diretrizes estabelecidas pelo SICOOB CENTRAL CREDIMINAS em conjunto com o SICOOB CREDIPATOS; III. Ocupar-se das ações de integração no campo social, bem como na educação cooperativista diretamente ou mediante incentivos específicos; 18 IV. Atuação ativa na área de atuação prevista no art. 1º, de seu Estatuto Social; V. Cumprir e fazer cumprir as normas legais, estatutárias e regimentais, bem como implantar e manter os controles internos de conformidade com os padrões estabelecidos pelo Sistema CREDIMINAS, utilizando-se de todos os serviços e recursos disponibilizados pelo SICOOB CENTRAL CREDIMINAS; VI. Zelar pelos interesses econômicos, sociais e políticos do SICOOB CREDIPATOS e do Sistema CREDIMINAS VII. Implantar, quando lhe convier, produtos e serviços desenvolvidos pelo sistema CREDIMINAS acompanhado a sua evolução, podendo apresentar sugestões para melhor aceitação desse mercado; VIII. Baixar normativos, dentro do âmbito de sua competência, respeitados os normativos legais, normativos do Conselho Monetário Nacional, do Banco Central (BANCEN), do SICOOB CENTRAL CREDIMINAS, seu próprio Estatuto Social e Regimento Eleitoral, além deste Regimento Interno; IX. Manter atualizado este Regimento Interno, em consonância com os normativos aprovados pelo Sistema CREDIMINAS; X. Prover maior união entre os associados, desenvolver espírito de coletividade, solidariedade e ajuda mútua; XI. Educar o associado a administrar suas finanças, incentivando a utilização racional de suas economias no próprio SICOOB CREDIPATOS; XII. Fixar políticas e estratégias com o objetivo de proporcionar crédito com melhores condições de mercado; XIV. Implantar normas de conteúdo ético e moral para os seus colaboradores, visando o cumprimento e a efetivação dos princípios jurídicos garantindo ao ser humano e a sociedade, cumprindo, dessa forma, a função social que lhe cabe. 1.10 Missão da Empresa Assegurar aos associados e suas comunidades, através da cooperação, soluções financeiras econômico e social. e de serviços compromissados seu desenvolvimento 19 1.11 Público Alvo da Empresa Todas as pessoas físicas ou jurídicas que desejam utilizar os serviços prestados pela entidade, desde que aceitem os propósitos sociais e concordem com as condições estabelecidas pelo Estatuto Social e satisfaçam as condições exigidas para tanto nele previstas. 1.12 Atividades a Desenvolver na Empresa • Elaborar proposta de Plano de Marketing. • Realizar um estudo bibliográfico a fim de adquirir conhecimento para idealização do projeto. • Elaborar cronograma de atividades. • Mensurar dados e sintetizar as informações obtidas. • Confeccionar e aplicar questionários com uma amostra de clientes. • Propor a implementação do projeto. 20 2 INFORMAÇÕES SOBRE O ESTÁGIO 2.1 Coordenador do Estágio Fernando Antunes 2.2 Professor Orientador Fernando Antunes 2.3 Supervisor de Estágio na Empresa Marleusa Paulino Rodrigues Carneiro 2.4 Área de Conhecimento do Estágio Comercialização de produtos – Atendimento ao Cliente 21 3 PROJETO MONOGRÁFICO 3.1 Título Marketing como uma ferramenta crucial na conquista de novos clientes. 3.2 Tema Clientes, um alvo a ser atingido: Estudo de caso na Cooperativa de Crédito de Patos de Minas. 3.3 Objetivos 3.3.1 Objetivo Geral Elaborar um plano de Marketing que possa reestruturar a comercialização de produtos e melhorar o nível de atendimento da filial de Lagoa Grande. 3.3.2 Objetivos Específicos • Elaborar ferramentas de divulgação dos produtos e da própria empresa. • Analisar a rede de clientes e seus potenciais para adquirir produtos. • Recorrer à população da cidade buscando novos associados. • Redefinir os conceitos de atendimento e a importância do associado. • Utilizar do conceito de cooperativa para sobressair diante das outras instituições de crédito. • Pesquisa com clientes da cooperativa e bibliografia. 22 3.4 Problematização Após algumas avaliações foi constatado que a filial da Credipatos situada em Lagoa Grande, após 15 anos de trabalho vem decaindo gradativamente seus lucros mensais, oriundos da comercialização de produtos. Sendo estes produtos, a venda de cartões de crédito; seguros automotivos e pessoais; consórcios; empréstimos entre outros. Todo esse detrimento dos últimos anos é causado pela falta de estrutura na divulgação e comercialização de seus produtos. Esse problema vem acarretando a decadência da agência. Sendo assim a ferramenta crucial que está causando o desgaste da filial de Lagoa Grande é a falta de um plano de Marketing. 3.4.1 Hipótese Um plano de Marketing é capaz de proporcionar o conhecimento dos pontos em que deve haver investimento e aqueles em que não se deve investir o que é crucial para a obtenção da qualidade para competir, comercializar e criar produtos que satisfaçam os clientes e para descobrir e eliminar deficiências. Por tanto, o que a empresa necessita é algo que possa auxiliar a combater a falta de conhecimento de um modo geral, melhorar a qualidade do atendimento e serviços, através da divulgação dos produtos. A filial de Lagoa Grande atualmente não conta com a utilização de um plano de Marketing, o que torna a empresa mais vulnerável às crises constantes. A possível solução é buscar uma estratégia capaz de capacitar os colaboradores para comercializar toda linha de produtos da rede. Além de oferecer aos cooperados o que eles realmente desejam com todas as regalias disponíveis. O ponto a ser lembrado é a campanha de divulgação dos produtos e da própria agência, que não conta com nenhum tipo de propaganda individual. 23 3.5 Justificativa A busca por novos clientes e expansão de mercado é uma atividade cotidiana das empresas atuais, no entanto essa atividade vem se tornando cada vez mais difícil, devido à grande competitividade existente. Arriscar em métodos inovadores significa muito mais que correr riscos, trata-se de uma exigência do mercado. O momento agora é de refletir o que a empresa pode oferecer aos seus clientes e maximizar seus serviços para conquistar a lealdade de seus consumidores. Uma vez que serviços de qualidade são parte integrante da criação de valor para o cliente, eles devem sempre constituir o foco da estratégia de serviços. Serviços de qualidade estão na base da criação de valor; são o alicerce necessário para a construção de tudo o mais que a estratégia de serviços possa conter. (BERRY, 1992. p.79). Nada adianta a empresa ter uma vasta oferta de produtos e serviços se não souber como comercializá-los. O que se propõem na atualidade é a organização passar para o consumidor uma imagem satisfatória, de proporcional credibilidade e autonomia no comércio. Entidades financeiras como a Credipatos vêm encarando a nova realidade com muita frieza, essa falta de adaptação prejudica as atividades comerciais e abre espaço à concorrência. O projeto a ser realizado nesta empresa buscará minimizar a falta de estruturação comercial, apresentado sugestões de como um planejamento de Marketing pode auxiliar no aumento das contratações de produtos, deste modo ampliando a rede de clientes e os lucros da Cooperativa. Uma boa maneira de alcançar o sucesso empresarial é compreender as ferramentas disponíveis para atender melhor sua cliente-lá, antes que ela recorra à outra organização capaz de oferecer o que ela deseja. O ambiente empresarial de hoje exige uma administração bem melhor e mais imaginativa do que essa. De fato as organizações estão agora passando a compreender que a qualidade do serviço, corretamente entendida, pode se transformar numa arma altamente efetiva – um meio de criar e sustentar a vantagem competitiva. (WHITELEY. 1992.p.8). Muitas empresas perdem mercado por falta de divulgação oferecida aos clientes, além de apresentar seus produtos, a organização deve mostrar para o consumidor que aquilo que lhe foi oferecido atende as suas necessidades. 24 No mercado financeiro ocorre esse problema. Uma instituição intermediária pode perder seus clientes por falta de uma boa estratégia de Marketing e a criação de novos produtos. Com a identificação de uma nova estratégia de conquista e fidelização de clientes, a empresa terá chances de reforçar seu potencial comercial diminuindo os riscos de decadência. Uma estratégia de serviços capta o que os clientes valorizam nos serviços. Os lideres das empresas precisam definir corretamente o que torna um serviço absoluto para trilhar o caminho em direção à excelência em serviços. Eles precisam colocar em ação e sustentar a visão de excelência em serviços, um conjunto de sinais luminosos orientados para o futuro e que indiquem o caminho. (BERRY, 1992. p.64). A sociedade comercial necessita avaliar melhor seus conceitos sobre atendimento ao cliente, pois este constitui a base fundamental da comercialização. O cliente é a arma mais segura que uma organização pode ter, pois é um dos principais requisitos para a sua sobrevivência e crescimento, assim torna-se de grande importância construir a satisfação do cliente através da qualidade e valor. 3.6 Resultados Esperados • Envolvimento de todo quadro de funcionários da Credipatos de Lagoa Grande; • Mobilização constante de toda a equipe de atendimento; • Conscientização por parte de todos os envolvidos sobre a importância do Marketing na comercialização de produtos; • Alcance de todos os objetivos; • Capacitação das atendentes para a comercialização dos produtos através de cursos e palestras sobre o assunto; • Despertar o interesse dos cooperados para aquisição de todos os produtos que a rede SICOOB pode oferecer, como: Cartão de Crédito; Financiamentos; Seguros entre outros; • Que todas as etapas previstas do projeto sejam rigorosamente cumpridas; 25 • Que a Credipatos possa usufruir do projeto para melhorar seu desempenho na divulgação de produtos; 3.7 Metodologia 3.7.1 Metodologia da Pesquisa Bibliográfica Todo trabalho científico deve seguir uma metodologia para descrever os instrumentos, técnicas que foram utilizadas na pesquisa, quais as informações foram aproveitadas e coletadas com estes dados e como foram aplicados ao obter tais informações. Para que se tenha uma noção geral do tema proposto e maior compreensão do projeto foi utilizada uma ampla fonte de pesquisa. O eventual projeto conta com um grande número de referências bibliográficas oriundas de: Livros sobre o assunto; revistas; artigos e citações sobre o tema proposto; manual das normas da ABNT entre outros. Outros instrumentos utilizados para o desenvolvimento teórico foram folhetos demonstrativos, folder e todo tipo de material promocional oferecido pela rede SICOOB para comercialização dos produtos e serviços prestados pela entidade. Um questionário de avaliação do projeto também foi aplicado ao término do trabalho, estes contem informações vindas dos colaboradores da empresa, cooperados e diretores. Podendo assim definir a qualidade do trabalho apresentado. 3.7.2 Metodologia do Estudo de Caso A metodologia é um conjunto de processos pelos quais se torna possível conhecer uma determinada realidade, produzir determinado objeto ou desenvolver certos procedimentos. Geralmente em estudos de casos como este, o método de pesquisa mais utilizado é a abordagem qualitativa, que é capaz de interpretar a compreensão da vida humana em grupos, em campos como sociologia, antropologia, entre outros. Pesquisa quantitativa é frequentemente utilizado a coleta de dados configurando assim um método de investigação científica. 26 O procedimento a ser utilizado no desenvolvimento deste projeto consiste inicialmente, em uma descriminação da real realidade da empresa feita através da coleta de dados, já contidos na organização. No segundo momento serão observadas as atividades diárias da organização (forma de comunicação, abordagem entre outras), sendo uma das ferramentas mais positivas na análise organizacional. Baseado em narrativas ou descrições fenomenológicas, foram geradas as hipóteses que posteriormente, subordinadas causaram à compreensão do caso. Na última fase do estudo buscará a categorização e a classificação dos dados, tendo-se em vista as proposições iniciais do estudo. Serão aplicados junto a uma amostra de clientes e colaboradores, questionários, para identificar possíveis sugestões para concretização do plano de Marketing. Para em seguida, elaborar gráficos que possibilitem uma visualização e análise dos dados obtidos. Nesta etapa existe limitações quanto a quantidade associados pesquisados, em função de custo mais elevado que inviabilizaria a realização, acatou-se como metodologia de pesquisa o tipo não-probabilistica por julgamento. Onde o pesquisador seleciona parte dos membros da população para servirem de amostra para realização da pesquisa. Neste caso foram escolhidos 100 asssociados. Finalizando, após a utilização destes instrumentos, pode-se confirmar a importância da metodologia para a elaboração do projeto final a ser apresentado para a empresa. 27 3.8 Cronograma de Atividades TABELA 01 – Cronograma das Atividades Atividade/Mês Escolher a empresa onde será realizado e estágio. Avaliar os problemas encontrados dentro da organização. Escolher o tema e debater com o orientador sobre as alternativas de solução do problema e a viabilidade do projeto. Iniciar as pesquisas bibliográficas, coletar o máximo de informações. Diagnosticar os fatores contribuintes para o agravamento do problema encontrado dentro da organização. Buscar autores que falam do assunto a ser tratado. Iniciar a parte teórica do projeto. Buscar referências e cumprir com as atividades determinas em sala de aula, atendendo as normas e prazos. Buscar algo inovador a empresa, como cursos e treinamentos que possam auxiliar a concretização do projeto. Localizar material dentro da própria organização para a construção de um trabalho mais produtivo. Revisar todo o trabalho já feito e corrigir os possíveis erros. Jan Fev Mar X X Abr Mai X X (Continua) Jun Jul X X Ago Set Out Nov Dez 28 (Conclusão) Realizar uma pesquisa apontando as qualidades e melhorias apontadas pelo projeto, evidenciar o potencial da empresa e alavancar o numero de clientes e mensurar a demanda disponível no mercado. Reconhecer e desenvolver o marketing dentro da organização juntamente com o auxílio do orientador de monografia. Revisão do projeto, das considerações finais, correção da gramática e formatação, apresentação do projeto a empresa e a banca de professores e coordenadores da Faculdade Tecsoma. X X X X FONTE: Elaborada pelo autor. NOTA: Cronograma elaborado para programação das atividades do projeto. 3.9 Recursos 3.9.1 Recursos Humanos TABELA 2 - Descrição dos Recursos Humanos. (Continua) Ação Responsável Tempo/Quantidade Valor Unitário Valor Total Serviço de orientação de estágio. Fernando Antunes Março de 2011 à novembro de 2011 R$ 0,00 R$ 0,00 Orientação de Projeto e acompanhamento de formatação. Geraldo Batista Março de 2011 à Novembro de 2011 R$ 0,00 R$ 0,00 Revisão Gramatical e ortográfica Marlene Araujo 5 dias R$50,00 R$50,00 Treinamento sobre a venda de produtos . Willian Justino 5 dias R$0,00 R$0,00 29 (Conclusão) Serviço de orientação do TCC. Prof. Fernando A. Antunes Agosto de 2011 à Dezembro 2011 R$ 0,00 TOTAL R$ 0,00 R$ 50,00 FONTE: Elaborado pelo autor. NOTA: Tabela elaborada para levantamento de recursos humanos utilizados na elaboração do projeto. 3.9.2 Recursos Materiais TABELA 3 – Recursos Materiais Produto Quantidade Valor Unitário Valor Total Papel A4 2 resmas R$ 10,00 R$ 20,00 Canetas 2 R$ 1,00 R$ 2,00 Cartucho 2 R$ 50,00 R$ 100,00 Impressora HP 1 R$ 0,00 R$ 0,00 Notebook 1 R$ 0,00 R$ 0,00 Molden 1 R$ 0,00 R$ 0,00 Pen drive 1 R$ 0,00 R$ 0,00 Caderno 1 R$ 6,00 R$ 6,00 Pasta Suspensa 1 R$ 1,50 R$ 1,50 Livros 3 R$ 60,00 R$ 60,00 TOTAL R$ 189,50 FONTE: Elaborado pelo autor NOTA: Tabela elaborada para levantamento de recursos materiais utilizados na elaboração do projeto 30 3.9.3 Recursos Financeiros TABELA 04 – Recursos Financeiros Produto / Ação Quantidade Valor Unitário Valor Total Comunicação 1 R$ 50,00 R$ 50,00 Internet 12 meses R$ 70,00 R$ 840,00 Recarga de cartucho 2 R$ 15,00 R$30,00 TOTAL R$ 920,00 FONTE: Elaborado pelo autor NOTA: Tabela elaborada para levantamento de recursos humanos utilizados na elaboração do projeto. 3.9.4 Total Geral de Recursos TABELA 5 – Total de Recursos Utilizados Recursos humanos R$ 50,00 Recursos materiais R$ 189,50 Recursos financeiros R$ 920,00 TOTAL GERAL R$ 1.159,50 FONTE: Elaborado pelo autor NOTA: Tabela elaborada para levantamento de recursos humanos utilizados na elaboração do projeto 31 4 INTRODUÇÃO Neste estudo será exemplificada a literatura do Marketing consagrada à busca e conquista de novos clientes. Todo trabalho constituirá uma ferramenta estratégica que influencia a participação de mercado de uma empresa, tendo como foco principal a melhoria do Marketing externo da organização. Em um mercado tão competitivo, as empresas buscam aprimorar seu atendimento e produtos visando atingir uma maior demanda de clientes. Para que essa meta seja cumprida é necessária uma conscientização da importância que o cliente exerce na organização. Um dos aspectos fundamentais a ser considerado é o que o consumidor representa no meio organizacional e o quanto este pode contribuir para seu desenvolvimento. Evidentemente na nova economia o cliente passou a assumir conceito de valor muito superior ao de anos atrás. Antigamente, era comum às empresas assumirem uma postura penosa diante de seus consumidores, não importava se o serviço prestado estava de acordo com suas necessidades ou desejos, relativamente existiam poucos concorrentes no mercado e o cliente era forçado a permanecer fiel à empresa devido às limitações de oferta. Nota-se que ultimamente o mercado passou a admitir uma nova realidade e as intuições financeiras estão sofrendo com a grande escassez e movimentação de clientes. Visto que as empresas sobrevivem de clientes, o que resta a fazer é buscálos da melhor forma possível, assim torna-se de grande importância construir a satisfação do consumidor através da qualidade e valor. Por fim, o projeto monográfico apresentará sugestões para a fidelização e conquista de novos clientes através das ferramentas de Marketing apresentadas na Cooperativa de Crédito de Patos de Minas. 32 5 REVISÃO DA LITERATURA 5.1 Revisões Históricas 5.1.1 História do Marketing Antes mesmo de iniciar o desenvolvimento da história do Marketing é necessário compreender o significado dessa expressão. Vários autores definem o Marketing como todas as atividades destinadas a promover relações de troca entre um emitente e um receptor, um fabricante e um comprador, mas essa relação deve incidir na hora certa, por meio de caminhos adequados. Segundo Kotler e Keller (2010, p. 4) “o Marketing envolve a identificação e a satisfação das necessidades humanas e sociais. Para defini-lo de uma maneira mais simples, podemos dizer que ele “supre necessidades lucrativamente”. O Marketing no âmbito geral seria a avaliação das oportunidades que ocorrem no ato de comercializar, sendo assim essa palavra é derivado do latim, segundo o professor Cobra (1997) o conceito da palavra Marketing se define em uma expressão anglo-saxônica, mercari, que significa comércio, ou ato de mercar, comercializar ou transacionar. Normalmente, o marketing é visto como a tarefa de criar, promover e fornecer bens e serviços a clientes, sejam estes pessoas físicas ou jurídicas. Na verdade, os profissionais de marketing envolvem-se no marketing de bens, serviços, experiências, eventos, pessoas, lugares, propriedades, organizações, informações e idéias. (KOTLER, 2000, p. 25). Para Shimoyana e Zela (2002 p. 12) “Marketing é uma via de duas mãos entre o mercado e as organizações, em que estas buscam no mercado informações sobre seus desejos e necessidades, recebendo como retorno, nesta primeira fase, as informações”. Em 1900 já foi reconhecida a existência do marketing, seu surgimento se deu pelo desenvolvimento do comércio. Múltiplos autores consideram o marketing tão velho quanto o comércio. Portanto se faz indispensável abranger o seu desenvolvimento histórico. O comércio teve seu início com a troca, que é considerada a primeira forma de mercar. A humanidade no decorrer dos anos na busca da sobrevivência acabou por descobrir a importância de se orientar pelas necessidades e exigências do mercado. 33 Logo a troca foi substituía pela compra, com o surgimento do dinheiro a sociedade passa incorporar a produção e os negócios no seu dia-dia. No século XVI foi alargada a economia comercial, diferenciada por comportamentos humanos no mercado, ou seja, o comprador e o vendedor passaram a ser determinantes nos estágios econômicos e sociais. Com a Revolução Industrial no final do século XIX o desenvolvimento do comércio foi marcado pela passagem da sociedade rural para sociedade urbana e do trabalho artesanal e manufatureiro para o trabalho assalariado na organização fabril. Dando início a era da produção de acordo com Cobra. Na segunda metade do século 19 os efeitos da revolução industrial se fazem sentir na produção massiva de mercadorias a partir de máquinas e equipamentos. A idéia básica da produção em massa era buscar a redução de custos a partir do incremento de demanda de bens. A fase da produção em massa para atender à demanda de mercado teve início no ano 1850 até o início do século 20 quando então tem início a era do produto, vindo a seguir a era da venda. (COBRA 1992, p.39). Foi no início do século XX que o Marketing surgiu como área de conhecimento distinta das outras atividades comerciais. Seu desenvolvimento se deu dentro de um contexto exclusivo, acompanhando o próprio desenvolvimento do comércio. Com o fim da simbiose entre produção e consumo, surgiu então as categorias básicas para a existência do Marketing e para o aparecimento de uma nova disciplina. Seu começo se desenvolveu fazendo uma ponte entre produtos e consumidores, a disciplina se dedicava exclusivamente superação das dificuldades existentes entre a distância que separa produtores e consumidores. Outro ponto que também estava vinculado ao aparecimento do Marketing foi o nascimento da era das vendas que segue o pensamento de Cobra. Orientação para venda denota que o propósito da empresa é vender o que fabrica, não importando os conceitos de pós-vendas, ou seja, se o cliente vai ou não ficar satisfeito com o produto ou serviço. A maioria das empresas prática a orientação de vendas quando tem excesso de capacidade. Seu objetivo é vender aquilo que fabrica, em vez de fabricar aquilo que o mercado quer. Em economias industriais modernas, a capacidade produtiva aumentou até o ponto em que a maioria dos mercados é de compradores (os compradores são predominantes), e os vendedores têm de correr atrás de clientes. (KOTLER, 2000, p.40). 34 As áreas especializadas em Marketing continuaram se desenvolvendo e logo foram aparecendo os primeiros livros e escolas especializadas como “Elementos de Comercialização” (Livro escrito por Cherrington em 1920). Mais tarda em 1950 a psicologia aparece auxiliando na compreensão do consumidor, neste período foram geradas discussões de como utilizar dos mecanismos psicológicos para influenciar na hora da compra, as táticas das agências publicitárias se desenvolveram sendo um grande passo nessa história. O mundo do Marketing começou a borbulhar, artigos científicos foram escritos, pesquisas e relevantes projetos foram criados. Diferem-se então as estratégias hábeis das deduções, reconhecendo as necessidades de um estudo sério do mercado. Só em 1967, Philip Kotler, lança a primeira edição de seu livro "Administração de Marketing", onde pôs-se a reunir, as bases daquilo que até hoje formam a essência do Marketing. Em 1970 destacou-se o fato do aparecimento dos departamentos e diretorias de Marketing em todas as grandes empresas. Não se tratava mais de uma boa idéia, mas de uma necessidade de sobrevivência As organizações passaram o reconhecer sua importância e aplicar seus conceitos e técnicas. Não só as empresas privadas, mas também o governo, igrejas e organizações civis passaram a utilizar de suas estratégias adaptando a sua realidade. Foi nessa mesma década que deflagraram o aparecimento de supermercados, shopping Center, entre outros. No lançamento do livro “Busca da Excelência", de Tom Peters e Bob Waterman consagrou a era dos mestres de Marketing. Num golpe de sorte, produziram o livro de Marketing mais vendido de todos os tempos, ao focalizarem sua atenção para o cliente. Com o surgimento do comércio eletrônico e os avanços tecnológicos, o serviço ao atendimento do consumidor sofreu uma revolução. Essas inovações tornaram possível um novo modo de gestão de relacionamento com os clientes. A internet e as novas redes de comunicação fizeram com que o Marketing cria-se novos conceitos, como o Marketing Societal que se preocupa com o bem-estar da sociedade. A orientação de marketing societal sustenta que a tarefa da organização é determinar as necessidades, os desejos e os interesses dos mercados-alvo e fornecer as satisfações desejadas mais eficaz e eficientemente do que a concorrência, de uma maneira que preserve ou melhore o bem estar do consumidor e da sociedade. (KOTLER, 2000, p.47). 35 A satisfação do consumidor e a opinião pública passaram a estar inteiramente ligada à responsabilidade social, transformando numa vantagem competitiva. Por fim na virada do milênio ocorre à consolidação dos avanços tecnológicos. O webmaketing revoluciona o modo em que as informações chegam aos consumidores, às fontes de comunicação se tornam cada vez mais acessíveis e a propaganda ganha um espaço nunca visto. O marketing tornou-se uma força difundida e influente em todos os setores da economia. Em poucos anos despojou-se de sua antiga imagem de algo antiético e desnecessário e passou a ser visto como um instrumento essencial para a formação e manutenção de diversos negócios, tendo inclusive seus conceitos aplicados nos mais variados tipos de organização, desde times de futebol a igrejas, passando por governos e organizações não-governamentais. (SHIMOYANA e ZELA, 2002 p.12). O Marketing construiu seu percurso durante séculos assumindo sua genialidade dentro das organizações e entidades, aos poucos foi ganhando seu espaço e hoje assume uma postura central no ato de comercializar. 5.1.2 História do Cooperativismo As cooperativas são empreendimentos econômicos formadas por associações voluntárias e autônomas de pessoas, visando o apoio mútuo de suas atividades. Trata-se de organizações administradas e controladas democraticamente pelos próprios associados. As cooperativas são agregações de pessoas e empresas, cujo objetivo, é a satisfação das necessidades de seus cooperados e a promoção da cultura e da cidadania. Em outras palavras, cooperativa é a união de trabalhadores ou profissionais diversos, que se associam por iniciativa própria, sendo livre o ingresso de pessoas, desde que os interesses individuais em produzir, comercializar ou prestar um serviço não sejam conflitantes com os objetivos gerais da cooperativa. (CRÚZIO, 2000, p.13). O cooperativismo é um sentimento constante de ajuda e cooperação entre pessoas, esse sentimento já foi identificado na história entre os faraós no Império 36 Babilônico e também na Grécia com os Romanos. Encontramos nessas eras agrupamentos que lutavam pelo mesmo ideal e aspiravam um objetivo comum. O Cooperativismo sempre existiu entre os seres vivos, quer entre os vegetais pela simbiose, quer entre os animais irracionais pelo agrupamento em defesa contra pragas contra perigos. Os seres humanos, desde priscas eras, juntavam-se em clãs para os trabalhos solidários em comum ou para amenização e até mesmo solucionarem suas dificuldades pela centralização de pequenos bens econômicos. (DIAS, 2002. p. 35). No Império dos Faraós, através de um regime cooperativo os operários se organizaram formando os famosos grêmios (organizações de operários livres, no tempo dos reis), que dominavam toda a indústria do país. Já no Império Romano foi encontrado formas rudimentares de cooperação. Mais conhecidas como “Colégios”. Os “colégios” eram espécies agrupamento que reuniam operários e funcionários para a produção de um mesmo produto ou serviço que seria consumido pelo próprio povo romano. Entre os Astecas e os Incas também existia certos feitios de colaboração. Os Astecas eram sustentados pela organização agrária. Havia um rei que resguardava a soberania sobre as terras e dividia entre seus súditos, para que esses desfrutassem da propriedade para sua sobrevivência, plantando e cultivando seus alimentos. Todo esse sistema tinha participação coletiva tanto nos plantios como na irrigação e combate de pragas. Os Incas viviam sobre a base econômica do labor coletivo, onde todos os homens e mulheres eram capazes de trabalhar, este estilo de vida atendida às necessidades da população de forma tal que não se conhecia a miséria. Todos tinham uma função tanto velhos como jovens não havia desocupados. O trabalho era em comum, uma espécie de cooperativa integral. Eram sociedades agrícolas nas quais se dividiam os produtos segundo o trabalho prestado e a necessidade de cada um. Encontramos semelhanças cooperativas pelo menos nos seguintes pontos: • eram homens livres que desfrutavam do produto de seus esforços e não assalariados do Rei; • sistema de irrigação era construído e utilizado coletivamente; • também coletivamente combatiam as pragas; • construíam as obras de defesa e de embelezamento das terras que lhes pertenciam; • emprestavam sementes entre si, se a colheita de alguém fosse perdida e, cuja operação era realizada pelo Senhor do local; • celebravam coletivamente as suas festas religiosas. (DIAS, 2002 p. 31). 37 Pode-se, portanto, afirmar que desde as eras mais antigas o auxílio mútuo presidia sobre os agrupamentos humanos, prosperando um espírito que domina a luta pela vida e impulsiona o homem a uma luminosa lição de energia, criadora de beleza moral, tirando mais benefícios daquilo que se chama de cooperação. 5.1.2.1 Cooperativismo no Brasil Um traço histórico ocorreu por volta de 1610, quando foram instituídas as primeiras Colônias Jesuíticas no Brasil, houve assim uma tentativa de criação de um estado que prevalecesse a ajuda recíproca. Esse modelo de sociedade solidária entre colonizadores, missionários e indígenas visava o bem estar do indivíduo e da sua família, acima dos interesses econômicos e governamentais. O movimento cooperativista, propriamente dito, começou a ser conhecido no Brasil por volta de 1841. Quando o imigrante francês Benoit Jules de Mure tentou fundar, na região de Palmital uma colônia de cultivo e consumo de idéias humanistas. A primeira cooperativa oficialmente instalada no Brasil foi a Associação Cooperativa dos Empregados da Cia Telefônica, criada em 1891 em Limeira-SP. Já em 1894 foi criada a Cooperativa Militar de Consumo, no Distrito Federal na época o Rio de Janeiro. No ano posterior surgia a Cooperativa de Consumo Camaragibe em Pernambuco. Daí por diante esse processo de criação de cooperativas de consumo prosseguiu atendo como ênfase a criação da Cooperativa dos empregados da Viação férrea (COOPER) que foi considerada a maior cooperativa de consumo da América do Sul. As primeiras cooperativas agropecuárias apareceram em Minas Gerais, onde o governador João Pinheiro lançou um projeto cooperativista que tinha o objetivo de eliminar os intermediários da produção agrícola. Esse cooperativismo se estendeu por todo país principalmente nas comunidades estrangeiras (alemãs e italianas). O cooperativismo foi o parceiro mais importante para organização e construção de armazéns de silos e a criação de canais de comercialização durante os anos 70 e 80. 38 Mas, se as cooperativas surgiram em um primeiro momento como uma forma de satisfazer as necessidades mais urgentes das pessoas dos pequenos é médios produtores, elas também se incorporam ao mercado invadido pelas multinacionais ao diversificar suas atividades, as cooperativas não de fixaram apenas na agricultura tendo-se expandido também ao setor de crédito e de outros serviços assumindo a conformação atual. (CAMPOS, 2000, p.27). Segundo dados da organização de cooperativas brasileira (OCB), existem hoje cerca 7682 cooperativas agropecuárias no Brasil congregando milhões de agropecuaristas, cujos negócios movimentam grande parte do PIB nacional. Em razão de seu caráter associativo o cooperativismo é considerado a principal forma de atividade econômica e concentração de renda. As cooperativas brasileiras têm investido muito em tecnologias e qualidade de produção, deste modo alcançando produtos de maior competitividade conquistando cada dia mais os consumidores. 5.1.2.2 Cooperativas de Crédito no Brasil No Brasil o cooperativismo de crédito iniciou em Nova Petrópolis - RS, no ano de 1902, por ação do Padre suíço Theodor Amstad que se uniu com mais 19 pessoas fundou a 1ª Cooperativa de Crédito da América Latina. Logo nos primeiros anos as cooperativas difundiram por todo Rio Grande do Sul e logo depois por todo Brasil. Theodor Amstad conseguiu fundar mais 25 cooperativas de crédito, sendo um marco na história do cooperativismo no Brasil. Daí por diante a Cooperativas de Crédito se multiplicaram. “Na verdade o Estado do Rio Grande do Sul foi o berço do cooperativismo brasileiro, mercê de sua população altamente solidaria, oriunda de colonização alemãs e italianas, habituadas às práticas do cooperativismo em seus países de origem. ” (DIAS, 2002. p.118). Em 1964 por ocasião da Ditadura Militar e de uma legislação mais limitativa as cooperativas de crédito do Brasil enfrentaram duras restrições, sua proliferação foi reduzida e o crescimento foi retomado só depois de uma importante conquista, ocorrido através da criação da Constituição Federal de 1988 que reconheceu a importância das cooperativas de crédito no país. 39 Atualmente a rede de comercial das cooperativas no Brasil representa 17% das agências bancárias do país, demonstrando o grande crescimento ocorrido no decorrer dos anos. Os ativos das cooperativas hoje ocupam a 9ª posição no ranking de volume, permanecendo, portanto, entre as maiores instituições financeiras do país. A pesar das conquistas alcançadas ainda existe um grande potencial de crescimento um grande mercado a ser explorado. 5.1.2.3 Legislação das Cooperativas e forma de atuação Em 1971, adveio a Lei 5764, com grandes inovações, definindo a política nacional de cooperativismo e instituindo o regime jurídico das sociedades cooperativistas. Essa Lei foi distribuída em 18 capítulos, com os seguintes títulos. 1- Política Nacional do Cooperativismo 2- Das sociedades Cooperativistas 3- Do Objetivo e Classificação das Sociedades cooperativistas 4- Da constituição das Sociedades Cooperativas 5- Dos Livros 6- Do Capitulo Social 7- Dos fundos 8- Dos Associados 9- Dos Órgão Sociais 10-Fusão, Incorporação e Desmembramento 11-Da Dissolução e liquidação 12-Do sistema Operacional 13- Da Fiscalização e Controle 14-Do Conselho Nacional do Cooperativismo 15- Dos Órgãos governamentais 16-Da Representação do Sistema Cooperativista 17-Dos Estímulos Creditícios 18-Das Disposições Gerais e Transitórias. 40 Para maior compreensão em resumo as bases que define o sistema cooperativismo são: • Adesão Voluntária, com número limitado de associados. • O poder público deve contribuir principalmente mediante a prestação de assistência técnica e de incentivos financeiros e creditícios especiais necessários a criação e desenvolvimento das cooperativas. • As cooperativas são sociedades de pessoas, com forma e natureza jurídica próprias, de natureza civil, são sujeitas a falência etc. • A cooperativa deve limitar o número de quotas e nenhum de seus associados pode obter mais que 1/ 3 do total de suas quotas. • Singularidade de votos nas deliberações da Assembléia Geral (ressalvadas as execuções legais). • “Quorum”, número requerido de pessoas a uma sessão de qualquer corpo de deliberação, presentes á Assembléia. • Sobras líquidas distribuídas em função da participação pessoal do associado nas atividades sociais. Quanto à estrutura organizacional, as cooperativas contam com alguns instrumentos aristocráticos. Como a Assembléia Geral, que é o órgão máximo da cooperativa, em que são discutidos os assuntos relevantes da entidade e são estabelecidas as diretrizes. É um tipo de reunião onde se estabelece todos os parâmetros relacionados à organização. Podendo ser elas ordinárias ou extraordinárias. As ordinárias são realizadas uma vez ao ano, nos três primeiros meses (janeiro, fevereiro ou março), quando serão apresentados os balanços e resultados do exercício anterior e realizadas as eleições para os Conselhos Fiscais e Administrativos. As extraordinárias ocorrem sempre que houver necessidade de debater algum tema importante ao funcionamento da sociedade. Tanto as ordinárias como a extraordinária requerem um mínimo de associados presentes para sua consolidação. A gestão fica a cargo do Conselho Administrativo, que é o responsável pelo gerenciamento da organização, ele é composto por associados eleitos com mandato de no máximo quatro anos, são eles que administram as finanças, negociam contratos de compra e venda, divulgam os produtos e serviços, por fim são responsáveis por gerir tudo aquilo que a corporação possui. 41 O Conselho Fiscal é composto obrigatoriamente por três titulares e três suplentes e tem por finalidade verificar se os atos do Conselho Administrativo estão de acordo com as regras estabelecidas na Assembléia. Esse órgão tem o poder de representar os cooperados e punir se caso preciso o conselho administrativo. 5.3 Planejamento de Marketing O Planejamento Mercadológico é uma ferramenta de gestão que deve ser regularmente utilizada e atualizada, pois permite analisar o mercado, adaptando-se as suas constantes modificações e identificando tendências. Por meio dele pode-se definir resultados a serem alcançados e formular ações para atingir concorrência. O planejamento de Marketing funciona como um desenvolvimento sistemático de ações com a finalidade de atingir os objetivos primordiais da empresa através de avaliações e seleção de oportunidades. Nesta premissa o planejamento estratégico de Marketing tem a obrigação de dispor de alternativas para deter as ameaças e ao mesmo tempo desenvolver o negócio, buscando métodos e diagnósticos para ajudar a instituição a aprimorar seu desempenho em busca de desenvolvimento. Plano de marketing identifica as oportunidades mais promissoras no negócio para empresa. Mostra como penetrar com o sucesso, obter e manter as posições desejadas nos mercados identificados. Efetivamente, o plano de marketing é a base na qual os outros planos da empresa devem estar montados; define as metas, princípios, procedimentos e métodos que determinam o futuro; é efetivo, desde que envolva um compromisso por parte de todos os que contribuem para o sucesso, do presidente ao funcionário da expedição a embalagem, e a medida também que ele esteja atualizado com o sempre mutável meio ambiente mercadológico. (COBRA 1992, p.88). Segundo Cobra (1992 p.87) “O planejamento não deve ser confundido com a previsão, embora a previsão seja parte necessária e importante dos procedimentos a serem desenvolvidos, uma vez que o planejamento tem a ver com o futuro.” O planejamento deve ser sempre um processo contínuo e não isolado. Sendo uma ferramenta de comunicação que integra todos os elementos organizacionais. Em outras palavras trata-se de um processo administrativo de desenvolver um ajuste 42 estratégico entre o que a empresa possui e o que o mercado deseja. Baseado em uma missão explícita da organização e sustentado pelos objetivos e metas. Esse processo saudável compreende estratégias eficazes controladas e coordenas pela alta gerencias, iniciando no nível estratégico e concretizando no nível operacional. Todas as entidades devem olhar para o futuro e desenvolver táticas de longo prazo, assim prevenindo contra futuros incidentes no meio ambiente organizacional. Cada empresa deve criar um plano que tenha mais coerência com sua situação atual, frisando as oportunidades e objetivos. O processo de planejamento pode ser tão importante quanto o plano emerge. O planejamento encoraja a administração a pensar sistematicamente no que aconteceu, no que está acontecendo, e no que acontecerá. Ele força a empresa a definir melhor os seus objetivos e políticas, leva a uma melhor coordenação de seus esforços e oferece padrões de desempenho mais claras para controle. O argumento de que o planejamento é pouco útil em um ambiente de rápida mudança não tem sentido. Na verdade, o contrário é verdadeiro: um bom planejamento ajuda a empresa a antecipar as mudanças e responder rapidamente a elas; ajudaa também a se preparar melhor para eventos inesperados. Assim; o planejamento é uma parte essencial da boa administração. (KOTLER e ARMSTRONG,2006,p.33). Identifica-se no plano de Marketing vários benefícios tragos a organização sendo alguns destes: 1- Impulsiona a otimização dos recursos da empresa. 2- Estabelece prazos, responsabilidades e planeja todas a tarefas a serem executadas. 3- Ordena e associa todos os esforços. 4- Facilita o controle e a avaliação de resultados e todas as atividades. 5- Exerce uma consciência sobre o operacional. 6- Exemplifica a existência de obstáculos e barreiras. 7- Identifica as melhores oportunidades de mercado e visualiza os pontos fortes da organização. 8- Situa paramentos avaliativos de desempenho de Marketing. 9- Facilita o avanço e basca pela conquista de metas. 10- Identifica oportunidades no ambiente externo. Segundo Cobra 1992 existem 10 tarefas seqüenciais para serem desenvolvidas na realização do plano de Marketing, como as que se vê na figura abaixo. 43 Figura 2 - Fluxograma de tarefas para o planejamento de marketing Figura 02: Fluxograma de tarefas para o planejamento de Marketing. Fonte: Cobra, 1992 p. 94. 44 5.3.1 Missão e Metas O planejamento estratégico no meio organizacional começa na definição geral da missão da empresa, a qual serve para orientação de que rumo deverá seguir. A missão esclarece qual o tipo de negócio do empreendimento, quem são seus clientes, quais os valores seguidos e por fim o objetivo do negócio. A missão tem o poder de retratar a história e a tradição da empresa, por tanto sua elaboração exige muito trabalho e concentração, sendo crucial a presença dos proprietários e colaboradores. Sandhusen (2003) acredita que além de servir como ponto de partida para as políticas, metas e estratégias empresariais gerais, a declaração de missão, compartilhada com gerentes, funcionários e outros gera a sensação de direção e motivação. Uma missão não é eterna, com o desenvolvimento da empresa seus objetivos e funcionalidades vão mudando de acordo com sua evolução e o ambiente de mercado. Com isso as organizações devem avaliar periodicamente a finalidade de seus propósitos. Uma organização existe para realizar alguma coisa. Em um primeiro momento, ela tem um claro propósito ou missão. No entanto, com o passar do tempo, à medida que cresce, adiciona novos produtos e mercados e se depara com novas condições no meio ambiente, essa missão pode se tornar obscura. Quando a administração sente que a organização está se desviando de seu rumo, ela deve reavivar sua busca por um propósito. (KOTLER e ARMSTRONG, 2006, p. 33). Para Cobra (1992) existem dois tipos de metas as monetárias e as não monetárias. As monetárias compreendem tudo aquilo que reflete diretamente no lucro, como: Ganhos, volume de vendas, crescimento de vendas, retorno sobre vendas, retorno sobre investimentos, ganhos por divisão de ações, rotatividade de estoque entre outros. As não monetárias são as metas estabelecidas para alcançar os objetivos sociais: Obter o comportamento desejado em mercados específicos, lutar por inovações em certos campos, dar apoio a programas da comunidade e ganhar aprovação pública. A missão precisa ser transformada em metas e incorporada pela empresa, assim sendo está sinopse ajudara a moldar os objetivos do negócio e do plano de 45 Marketing. Crescimento de vendas, ampliação da parcela do mercado, inovações são exemplos de metas generalizadas. As metas são na verdade necessárias para orientar a empresa no caminho, no roteiro que deve ser seguido para que seja cumprida a missão da empresa dentro da visão. “As metas são estabelecidas a partir dos objetivos da empresa o plano é apoiado por estratégias de Marketing e por programas, ambos com objetivos específicos. Sempre que possível as metas devem ser definidas em termos quantitativos.” (COBRA, 1992, p. 95). 5.3.2 Organize o Plano Existem várias formas de apresentação de um plano de Marketing, sua organização dependera fundamentalmente do tamanho e dos recursos da empresa. Todo plano funciona como ferramenta de persuasão, sendo necessário descrever os passos para ao seu desenvolvimento, e a estrutura de sua organização. O plano de Marketing apresenta um roteiro de ação útil na justificativa de investimentos, reúne todas as ferramentas e princípios de Marketing, e, seu valor e contribuição serão tão bons quanto forem às informações e análises em que se fundamentou. Neste sentido, enfatiza que seu processo de redação e a qualidade de suas informações são mais importantes do que o formato utilizado, recomendando ainda cuidados quanto a sua: Organização; Perceptibilidade; Abrangência; Coerência; Honestidade; Racionalidade; Persuasão; Modernização. Para melhor escopo do plano de Marketing exige-se a criação de um cronograma. Nele devem ser contidas informações das atividades e as pessoas responsáveis por essas. “É importante coordenar as atividades do plano de Marketing com as atividades de planejamento de outros departamentos. Por outras palavras, é preciso ter certeza de que todos os participantes são mantidos informados do que acontece e do progresso realizado.” (COBRA, 1992, p. 100). 46 5.3.3 Faça análise da situação O detalhamento do processo de análise da situação compreende o diagnóstico do que está acontecendo e prognóstico de situações futuras. Esta avaliação deve ser realizada com base em informações internas e externas, abstraídas do sistema de informação de Marketing. “A análise de situação deve ser realizada através de permanente sistemática alimentação de informações primárias, secundárias e internas. Isso significa ter um bom sistema de informações mercadológicas.” (COBRA, 1992, p.101) A empresa é normalmente estabelecida num ambiente que oferece oportunidades e riscos, essas informações devem ser coletadas cuidadosamente para que trabalhadas possam auxiliar nas tomadas de decisão por parte dos executivos. No entanto não se trata de ato isolado, o método consiste na monitoração constante das variáveis que se modificam ao longo do tempo. “O processo de Marketing consiste em analisar oportunidades de Marketing, pesquisando e selecionando mercados-alvo, delineando estratégias, planejando programas e organizando implementando e controlando o esforço de Marketing.” (KOTLER, 2000, p.108). A análise interna compreende o meio organizacional, ou seja, as variáveis controláveis sendo: produto, preço, mão de obra, qualidade, vantagens, inovação, distribuição e logística entre outros. A definição dos pontos fortes ou fracos é resultante da análise destas variáveis internas, que mostram a situação real da empresa; como se encontra a organização quanto a cada um dos itens verificados e sua capacidade competitiva frente à concorrência. A análise externa enfoca as variáveis críticas e incontroláveis do ambiente de Marketing, como o comportamento de consumo dos clientes, segmento de mercado, participação dos concorrentes, mudanças econômicas e sociais, tendências e evoluções entre outros. 47 A análise externa começa deliberadamente com a análise de clientes e concorrentes, pois eles podem ajudar a definir o segmento ou segmentos relevantes. Um segmento pode ser definido quanto às necessidades de um grupo especifico de clientes- aqueles que compram biscoitos frescos na Costa Oeste, por exemplo. Tal definição de segmento é a base para identificação de concorrentes e o equilíbrio da análise externa. (AAKER, 2005, p.55). Estas variáveis proporcionam à empresa definir quais são suas situações favoráveis e desfavoráveis para competir no mercado, e atingir as diretrizes estratégicas propostas. As situações desfavoráveis são aquelas em que a empresa possui uma variável crítica que proporciona um detrimento em relação ao mercado e aos concorrentes. As situações favoráveis do ambiente de Marketing são aquelas que podem trazer benefícios à organização, desde que sejam aproveitadas. A junção das situações favoráveis do ambiente com os pontos fortes da organização possibilitam visualizar as oportunidades de mercado, que poderão vir a beneficiar a empresa, caso se desenvolvam ações de Marketing combinando as variáveis controláveis no sentido de aproveitá-las. O encontro das situações desfavoráveis com os pontos fracos da organização identifica as ameaças de mercado, portanto os problemas que deverão ser resolvidos para que não se comprometa o desempenho futuro da empresa. A identificação objetiva destas situações é muito importante, na medida em que um problema bem definido conduz às soluções mais adequadas. 5.3.3.1 Análise de SWOT Em tempos tão incertos para os negócios as organizações precisam de uma estratégica para se destacar no mercado. Para a formulação dessa estratégia é essencial conhecer meio ambiente organizacional. A análise de SWOT é uma ferramenta que permite a empresa avaliar tanto seu ambiente interno como externo. A Análise SWOT é uma ferramenta utilizada para fazer Análises de Cenário (ou Análises de Ambiente), sendo usada como base para a gestão e o planejamento estratégico de uma organização. É um sistema simples para posicionar ou verificar a posição estratégica da empresa no ambiente em questão. (DAYCHOUW, 2007, p. 7). 48 Esta análise foi desenvolvida por Kenneth Andrews e Roland Christensen, dois professores da Harvard Business School. O termo SWOT resulta da conjugação das iniciais das palavras “Strengths” (forças), “Weaknesses” (fraquezas), “Opportunities” (oportunidades) e “Threats” (ameaças). Assim, a análise SWOT corresponde à identificação por parte de uma organização e de forma integrada dos principais aspectos que caracterizam a sua posição estratégica num determinado momento, tanto a nível interno como externo. Para melhor descrever a abreviatura de SWOT, definisse então, a oportunidade como uma situação externa que dá à empresa a possibilidade de se promover perante o mercado ou melhorar sua posição competitiva e até mesmo sua rentabilidade; já ameaça é uma situação também externa que coloca a empresa diante de dificuldades, riscos e incertezas causando perda de mercado. Forças são características interna que dá à empresa uma vantagem competitiva sobre seus concorrentes; as fraquezas se desrespeitam a uma característica interna ou uma limitação que coloca a empresa em situação de desvantagem em relação com seus concorrentes. Figura 3 - Modelo Esquemático da Análise de SWOT Figura 3: Modelo Esquemático da Análise de SWOT Fonte: Daychouw, 2007, p. 8. Na análise externa identificam-se as principais oportunidades e ameaças, em um determinado momento perante a organização, pode dizer que a sua importância está associada à necessidade de desenvolvimento, relacionada às mudanças do futuro organizacional. “As mudanças no ambiente externo sempre afetam de maneira homogenia todas as organizações que atuam numa mesma área geográfica e num mesmo mercado e, desta forma representam oportunidades ou ameaças iguais para todos.” (DAYCHOUW, 2007, p. 10). 49 Existem dois tipos de mudanças as previsíveis, onde a organização já espera que está ocorra e as imprevisíveis que estão totalmente fora do controle. “Na prática isso significa que as mudanças que estão totalmente fora do controle da organização podem afetar (positivamente ou negativamente) seu desempenho e sua forma de atuação.” (DAYCHOUW, 2007, p. 10) Em termos de análise interna, propõe a identificação dos principais pontos fortes e pontos fracos que caracterizam a organização. Está análise permitira a empresa aproveitar as oportunidades do ambiente. Neste espaço a empresa avalia os fatores críticos que casam o sucesso da organização. A capacidade das empqresas a obter sucesso depende em grande parte do planejamento estratégico e da capacidade de administrar forças, deficiências, isso facilita o alcance dos objetivos através de análises das situações. É evidente que o negocio não precisa corrigir todas as suas fraquezas, nem deve se vangloriar de todas as suas forças. A grande pergunta é se o negocio deve se limitar ás oportunidades para as quais dispõe dos recursos necessários ou se deve examinar melhores oportunidades, para as quais pode precisar adquirir ou desenvolver maiores forças. (KOTLER, 2000, p.51). “O ambiente interno pode ser controlado pelos dirigentes da organização, já que ele é o resultado de estratégias de atuação definidas pelos seus próprios membros.” (DAYCHOUW, 2007, p. 8). Porém não basta que os gestores sem empenhem se não houver a colaboração de toda equipe é importante que todos departamentos trabalhem em conjunto, para tirar melhor aproveito da situação. 5.3.4 Estabeleça objetivos Os objetivos como planos imutáveis e dinâmicos significam a razão de ser da empresa e para onde devem convergir todos os esforços. Todo plano tem como condição de premissa e fundamental a criação de seus objetivos eles abarcam o alvo a ser atingido. “Todos os objetivos da empresa devem ser consistentes entre si e, também, com relação ás estratégias correspondentes. Cada objetivo deve ser 50 tanto um catalisador quanto uma bússola direcionados ao escopo geral da empresa.” (COBRA, 1992, p.101). Os objetivos do plano de Marketing devem ser compatíveis com os objetivos estratégicos da organização, para conseguir contribuir decisivamente para o cumprimento da missão e metas; sendo estabelecidos em um processo de negociação de comum acordo entre a administração e os responsáveis por seu cumprimento. Após a análise da situação pode-se determinar seus limites e desta forma, fixar objetivos específicos, dimensíveis e propulsores, abrangendo todos os aspectos controláveis da atividade de Marketing. Depois que a direção da empresa houver definido os objetivos globais, e com base numa análise da situação, o executivo de marketing pode estabelecer seus objetivos. Esses objetivos proporcionam então alvos para o direcionamento das estratégias de marketing. Isso significa estabelecer o perfil da empresa que se pretende para o próximo ano aonde se quer ir. Os objetivos de marketing são realmente submetas para atingimento (sic) das metas gerais da empresa. (COBRA, 1992, p.101). Objetivos têm por finalidade neutralizar as ameaças e aproveitar as oportunidades, através da criação de ideais futurísticos e da determinação de um ideal. 5.3.5 Gere estratégias e gerencie as melhores Uma vez encontrados os objetivos, o próximo passo implica em definir as estratégias competitivas de Marketing que permitirão à empresa concluir o seu plano. As estratégias podem ser classificadas em duas formas, a primeira como um planejamento estratégico corporativo e a segunda como estratégias especificas de Marketing. A primeira aborda as estratégias de maneira generalizada, que são designadas para viabilizar os objetivos estratégicos corporativos, afetando todas as áreas funcionais da organização. A segunda estratégia referisse apenas as que são utilizadas na elaboração do plano de Marketing. 51 Depois de planejadas as alternativas estratégicas, avalie-as para determinar as que melhor podem satisfazer a seus objetivos. Também determine qual pode ser implementada de modo eficiente dentro dos recursos e capacidades da empresa e dentro dos limites impostos por problemas potenciais. As estratégicas podem ser frequentemente pré-testadas através de experimentação de campo, análise matemática e/ou simulação de computador. (COBRA, 1992, p. 101). Dentro do plano de Marketing se faz necessário avaliar e discutir uma cesta de estratégias que individualmente ou em conjunto possibilite demarcar com o maior grau de assertividade o caminho que leve um projeto ao encontro de seus objetivos. Uma estratégia de Marketing pode ser elaborada para a introdução de um produto ou serviço no mercado ou até mesmo para o crescimento do negócio. As estratégias proporcionaram a empresa uma visão dinâmica, uma vez que elas são a base para alcançar uma posição de liderança no mercado. 5.3.6.1 Matriz BCG A Matriz BCG é uma matriz de portfólios de produtos, aplicada a todos os produtos e serviços de uma organização. Essa ferramenta foi desenvolvida pelo Boston Consulting Group, uma empresa de consultoria líder de mercado na gestão de administração, para analisar o posicionamento e possibilidades de cada unidade de negócios de uma empresa. Com base nela, pode-se fazer uma melhor distribuição dos recursos e decidir de forma mais eficiente onde investir, entre as diversas unidades estratégicas de negócio. “Para garantir a criação de valor a longo prazo, a organização deve ter um portfólio de produtos que contenha tanto mercadorias com altas taxas de crescimento no mercado ( que precisam de investimentos) e mercadorias com baixo crescimento ( que geram receita).” (DAYCHOUW, 2007, p. 62) A matriz é composta por 4 quadrantes localizados em um diagrama com o eixo "X" representando a participação relativa de mercado da Unidade de Negócios (da maior para a menor) e o eixo "Y" com a taxa de crescimento do mercado em que a unidade atua. 52 Figura 4 - Matriz- Participação/ crescimento do mercado (BCG) Figura 4: Matriz de BCG Fonte: Honorato, 2004, p. 65 O quadrante inferior esquerdo compreende os produtos chamados de Vacas Leiteiras ou Geradores de caixa. Esses produtos ou negócios podem ao se beneficiarem as curva de experiência e redução de custos pela produção em serie, gerar caixa em larga escala. A estratégia de marketing nesse caso é prolongar ao máximo o ciclo de vida desses produtos ou negócios. (COBRA, 1992, P. 407). O quadrante inferior direito engloba os produtos chamados de Abacaxis, ou Cachorros. São produtos ou negócios que geram uma caixa moderada, mas que de qualquer maneira ajudam a cobrir os custos fixos da empresa. Embora suas perspectivas de sobrevivência sejam geral muito baixas, não se pode simplesmente eliminar esses negócios ou produtos sem que se obtenham outros capazes de equilibrar o portfólio e a geração de caixa da empresa. (COBRA, 1992, p.408). Produtos no quadrante superior direito são chamados de Oportunidades ou Interrogação. São produtos e negócios que requerem alto investimento, operam em mercados de alto crescimento, más tem baixas participações relativas. Ou seja, oferecem bastante risco. A maioria dos negócios inicia sem saber de vai dar certo ou 53 não, nesse caso a empresa decide se persistem ou não nestes produtos, uma vez que as oportunidades exigem muito mais dinheiro do que geram. Já os posicionados no quadrante superior esquerdo são denominados de Estrela. Se o produto for bem sucedido no estágio ponto de interrogação, ele se torna uma estrela e líder em um mercado de alto crescimento. Esses produtos geram bons recursos e se continuarem a crescer se tornam vacas leiteiras. “O sucesso de qualquer organização depende da adequação de seus produtos, a satisfação das necessidades do mercado e da capacidade gerencial de tornar tangíveis as partes intangíveis de um produto.” (COBRA, 1992. p.409). É indispensável que o departamento de Marketing explore o ciclo de vida de cada produto ou serviço para que possa cultivar por maior tempo possível no mercado. 5.3.6 Formule programas de marketing Missões, metas, objetivos e estratégias todos esses elementos foram formulados para a criação do plano de Marketing. Para complementar o projeto se faz cogente a concepção do programa. A sua idealização pode fundamentar no mix de Marketing, onde são descritos as categorias essenciais para avaliação da empresa. A tarefa do gerente de marketing é identificar as oportunidades e preparar as estratégias e programas de marketing. A equipe de vendas é responsável pela implementação desses programas. Os profissionais de marketing baseiam-se em pesquisas de marketing, tentam identificar e compreender os segmentos de mercado, gastam tempo com o planejamento, pensam no longo prazo e tentam produzir lucros e aumentos na participação de mercado. A equipe de vendas, por outro lado, baseia-se na experiência de campo, tenta atingir suas quotas de venda.” (KOTLER, 2000, pg.700). O programa das atividades deverá conter prazos finais e assuntos correlatados que refletiram nas táticas escolhidas e na distribuição de recursos, toda programação deve abrangem um período razoável a quantidade de atividades a serem realizadas. 54 5.3.7 Escreva o plano Após a elaboração do plano, se faz jus que aja a descrição das etapas de forma clara, para que todos na organização possam compreender a avaliar o projeto. É impossível explanar como devem ser o escopo e o tamanho de um plano de marketing. Mas, para ser efetivo, ele deve conter os dados básicos. Na prática, os planos variam de acordo com estes fatores: tamanho da empresa, diversidades de produtos e número e tipos de mercado servidos. Uma empresa pode estar satisfeita com uma previsão de vendas de uma página, outra pode precisar de um plano extremamente pormenorizado, envolvendo 100 ou mais páginas. O plano deve ser traçado para atender ás exigências e aos objetivos da empresa. (COBRA 1992 p.101). O plano de Marketing não deve ser muito extenso e dever conter informações básicas para sua compreensão. 5.3.8 Comunique e implemente o plano A aplicação e controle do plano de Marketing constitui uma das fases mais preocupantes. No planejamento de Marketing, a implementação eficaz é imprescindível, para que se tenha o efeito esperado e possa superar as carências, é preciso que ele seja um processo cuidadoso e bem estruturado, construído sobre muita análise e determinação. Tendo-se estabelecido as estratégias, concretizado a criação escrita, faz-se necessário definir claramente quem será o responsável pela execução de determinada ação, como e quando será implementada, qual será o cronograma a ser seguido e as datas limites a serem respeitas, ou seja, chegou à hora de consolidar o plano. Uma vez estabelecidas as etapas da ação e suas datas- limites pretendidas, o tempo certo torna-se mais e mais importante. Uma forma de lidar com os problemas de tempo e trabalhar rotativamente a partir das datas- limites. Quando terá que iniciar a etapa para a ação? Que passos no decorrer da trajetória são críticos para atingir as datas alvos? Quanto mais destas datas intermediarias puder estabelecer, melhor. (BARGS, 1999, p.161). 55 O propósito do plano de Marketing é construir um plano tático, para assim conseguir vencer a guerra, passo a passo as metas vão sendo atingidas desde que haja determinação e comprometimento. 5.3.9 Use um sistema de controle Para lidar com as muitas surpresas que ocorrem durante a implementação do plano de Marketing, o sistema de controle tem de monitorar e avaliar periodicamente suas atividades. Apesar dessa necessidade, muitas empresas têm procedimentos inadequados de controle. As principais dificuldades encontradas pelas companhias estão relacionadas à falta de estrutura para definição de objetivos claros e estabelecer sistemas para avaliar o desempenho. Além da falta de conhecimento da rentabilidade de seus produtos. Outra questão envolve a concorrência: quase a metade das empresas deixa de comparar seus preços com os da concorrência, de avaliar seus custos de armazenagem e distribuição, de estudar as causas de devolução de produtos, muitas empresas levam de quatro a oito semanas para desenvolver relatórios de controle, acarretando um congelamento do plano de Marketing. 5.10 Atualize o plano A execução das ações estabelecidas e o resultado do plano de Marketing devem ser analisados constantemente, visando mensurar desempenho e o investimento aplicado. Só assim será possível identificar as dificuldades e prováveis falhas, possibilitando mudança de estratégia caso se faça necessária. Diversos são os fatores internos e externos que devem ser monitorados para um perfeito controle das ações. O plano nunca permanecera com os mesmos resultados, mesmo porque o mercado sofre mutações e com isso a empresa também, para manter o plano sempre atualizado basta que a organização receba 56 informações e estabeleça um feedback reagindo de maneira adequada, dando continuidade de toda estratégia. Com efeito, todas as entradas no plano original representam uma fotografia das condições na ocasião. Na realidade, o plano principiou a ser obsoleto no dia em que ele começou. Para manter-se lado a lado com as condições de mudanças, deve-se rever e atualizar o plano pelo menos trimestralmente, ou mais frequentemente, dependendo das condições de mudanças. Um plano realístico e fundamentado raramente exige maiores mudanças. De outro lado, trocas freqüentes na orientação podem causar confusão, destruir a credibilidade, custar tempo e dinheiro e, o mais importante, ajudar a assegurar o sucesso de concorrentes. (COBRA, 1992, P117.). Por tanto uma revisão esclarecera as dúvidas, para possíveis reparações no projeto. 5.4 Ambientes de Marketing Muitas empresas não conseguem desfrutar das oportunidades de mercado e acabam ficam absoletas e disfuncionais, geralmente isso ocorre por falta de compreender o ambiente a sua volta. O Marketing oferece as organizações um estudo de seus ambientes para que essas possam usufruir das oportunidades, e compreendam a importância de continuamente monitorar e adaptar ao ambiente. Dentro de uma empresa existem forças tanto internas como externas que afetam a capacidade da administração em atingir seu objetivo principal, essas forças podem oferecer tanto oportunidades como ameaças, sendo vitais para o bom sucedimento organizacional. O ambiente de Marketing é composto por tais forças, que agregam tudo àquilo que influencia o meio organizacional. Estes ambientes sofrem mudanças constantemente e são os profissionais de Marketing os maiores responsáveis pela identificação destas. Mais do que qualquer grupo na organização são eles que devem monitorar tendências do mercado e pesquisar oportunidades. Atualmente todo cuidado é pouco em se tratando de mudança de mercado é preciso estar atento ao ambiente externo e coletar o máximo de informações possível. A concorrência aumenta cada dia mais e os clientes estão passando a exigir algo além do esperado dos produtos e serviços. 57 Realizando um monitoramento ambiental sistemático, a empresa torna-se apta a rever e adaptar as estratégias para enfrentar novos desafios e oportunidades no mercado. O ambiente de Marketing é composto do ambiente interno e externo da empresa incorporados mais especificamente no microambiente e no macroambiente. O microambiente consiste em forças próximas à empresa, como os fornecedores, os clientes, os concorrentes entre outros. O macro-ambiente consiste em forças sociais maiores que afetam todo o microambiente sendo essas forças demográficas, econômicas, naturais, tecnológicas, políticas e culturais. TABELA 6 - Segmentação Ambiental Segmento Ambiental Macrombiente Clima Variáveis Ambientais São as variáveis decorrentes do Poder Político: Inflação, Crescimento do PIB, Legislação Características É difícil de ser previsto a curto prazo, mas podemos projetar uma tendência a longo prazo Método de Análise Deve-se ouvir a opinião de Experts e apostar em uma tendência política a longo prazo. Na análise tem-se que traduzir em fatos políticos como eleição, e aprovação de leis. Deve-se usar estudos Macroambiente Solo São variáveis do futuro As previsões são precisas e disponíveis estatísticos, que da população e suas em organismos como o normalmente estão características: disponíveis. crescimento por região, IBGE por faixa de renda, por sexo. As previsões procuram O método de análise é o Ambiente Operacional São variáveis identificar como serão estudo de Cenários, que decorrentes das se utiliza das tendências as relações operações: operacionais no futuro, atuais para identificar o concorrentes, fornecedores, clientes levando-se em conta a relacionamento operacional futuro evolução tecnológica diretos Para identificação dos Os valores e Ambiente Interno São os valores e valores de empresas ou aspirações das aspirações das pessoas relevantes. No pessoas são difíceis de de suas áreas, é utilizado o sistema de serem mudados. As caso de empresas análise da Cultura empresas ou suas pode-se segmentar Organizacional áreas normalmente entre proprietários e agrupam pessoas com funcionários valores semelhantes Fonte: Almeida 2001 p. 23 Nota: Tabela de Segmentação Ambiental 58 5.4.1 Ambiente Interno A tarefa do Marketing é atrair clientes e relacionar-se com eles, oferecendolhes valor e satisfação. No entanto, essa tarefa não pode ser realizada apenas pelo departamento mercadológico. O sucesso organizacional depende de muitos outros setores da empresa, outros departamentos que se combinam para construir o sistema de entrega de valor da empresa. Este sistema é classificado pelos estudiosos com ambiente interno e é capaz de comprometer todo processo de produção e comercialização das corporações. Cobra (1992) qualifica o ambiente interno como sendo todos os departamentos da empresa, sua cultura, seus colaboradores e por fim seus objetivos. Na figura 03 pode-se visualizar a interatividade entre os diversos setores de uma organização. FIGURA 5 - Composto do Ambiente Interno Figura 5: Composto do Ambiente Interno Fonte: Cobra, 1992 p. 125 (Adaptado). Por se tratar de um ambiente onde há interesses divergentes se faz necessário conhecer um pouco de cada departamento. 59 5.4.1.1 Contabilidade e finanças O departamento de contabilidade e finanças é responsável por efetuar as classificações contábeis, controlar as receitas, apurar os custos e distribuir os recursos. Este departamento será responsável pela saúde financeira da empresa ficando ao seu cargo todas as obrigações com relação a contas apagar. Ferrari (2008 p.3). “A finalidade da Contabilidade, que também deve ser entendida como o seu principal objetivo, é fornecer informações ás pessoas ou entidades interessadas na situação patrimonial e econômica da entidade, bem como na aferição de sua capacidade produtiva”. Toda empresa precisa de uma estrutura do departamento financeiro que seja ágil, competente a acima de tudo organizado. Todos os administradores em uma empresa são responsáveis pelo setor financeiro e estão ligados constantemente com o pessoal de finanças, pois, justificam as necessidades de serem sanadas em suas áreas para negociar orçamentos operacionais, lidar com avaliações financeiras, comprar e vender equipamento do setor. Claramente, o administrador que entende o processo de tomada de decisões financeiras, estará capacitando a lidar com questões de conflitos para o bom gerenciamento da empresa e, assim buscar recursos que disponibilizam ações para melhoraria do departamento empresarial e, assim, poder aumentar os recursos reais para cumprimento das metas exigidas pela diretoria da empresa. (MARQUES, 1994, p.7). 5.4.1.2 Produção O departamento de produção é encarregado de transforma a matéria prima em produto, por muitos autores é definido também como o conjunto de atividades e operações inter-relacionadas envolvidas na produção de bens ou serviços. O sistema de produção é uma entidade abstrata, porém extremamente importante para as organizações. Distingue-se no sistema de produção alguns elementos constituintes fundamentais. São eles os insumos, o processo de criação ou conversão, os produtos ou serviços e a realimentação, ou feedback. 60 5.4.1.3 Pesquisa e Desenvolvimento O departamento de pesquisa e desenvolvimento de produtos e serviços trabalha em ações de análise, e condições tecnológicas que viabilizem a elaboração e lançamento de um projeto. Verifica o valor de investimento sobre uma idéia, as condições de implementação e avalia a capacidade de inovação dos funcionários e demais colaboradores de uma empresa. Toda esta verificação é considerada para avaliar os riscos relacionados a uma nova idéia. 5.4.1.4 Compras O departamento de compras é tido como um fator estratégico nos negócios, focalizando o volume de recursos, sobretudo, financeiros. A função desta atividade, tem como objetivo a obtenção dos materiais certos, em quantidades corretas, das entregas atempadas e dos preços mais vantajosos. Relativamente esse departamento cuida da compra de todos os insumos gastos na produção. 5.4.1.5 Recursos Humanos O departamento pessoal é um órgão da empresa, encarregado de tarefas e atividades específicas, que cuidam dos funcionários que nela trabalham. Desde a sua contratação, pagamento de salários, transporte, férias, licenças, organização dos horários e outros. 61 5.4.1.6 Marketing A função central do departamento de Marketing consiste em elaborar as estratégias de vendas, formular os planos e os orçamentos correspondentes, em controlar e coordenar a sua execução. Dependendo do tamanho da organização estas funções podem ser feitas por uma única pessoa ou por várias. Quando se trata de grandes organizações o departamento de Marketing deve especializar-se. E pode seguir dois caminhos, o da especialização por produtos ou o da especialização por mercados. Como o marketing é uma área –fim, incluindo nessa análise Vendas como sua divisão, as outras áreas da empresa são chamadas área-meio, área de suporte, ou seja, quem remunera a atividade da empresa são os clientes e são eles a razão de ser de qualquer organização. Uma Vez que o lucro é a finalidade principal de uma instituição e quem lida com os clientes é o departamento de marketing, para que a área-fim, que é o Marketing/vendas, exerça com competência o seu papel, é imprescindível que as áreas-meio lhe dêem o suporte necessário. (COBRA, 1992, p.125). 5.4.2 Ambiente Operacional O ambiente operacional consiste na junção de tudo aquilo que está diretamente ligado a organização, como: clientes; fornecedores; distribuidores; concorrentes; mão de obra; agentes de crédito; entre outros. Estes são responsáveis pelo funcionamento da empresa. O ambiente de tarefa inclui os participantes imediatos envolvidos na produção, distribuição e promoção da oferta. Os participantes principais são a empresa, os fornecedores, os distribuidores, os revendedores e os clientes-alvo. Incluídos no grupo de fornecedores estão os de materiais e de serviço, como institutos de pesquisa de marketing, agências de propaganda, entre outros. Entre os distribuidores e revendedores estão os agentes, corretores, representantes de fabricantes e outros. (KOTLER e KELLER, 2006, p. 24 adaptado). Esses níveis também são conhecidos como agentes. Toda organização possui um número de agentes restrito, porém cada um deles apresenta diversos fatores que influenciam na empresa. O fornecedor, por exemplo, apresenta os fatores: estabilidade no atendimento de pedidos, pontualidade de entrega, 62 qualidade, garantias, entre outros. Cada tipo de empresa atua bem em uma determinada faixa de tolerância para cada fator. O ambiente operacional de uma empresa é constituído de diversas instituições, pessoas físicas ou jurídicas que direta ou indiretamente afetam ou são afetadas pela consecução dos objetivos de marketing da empresa. Dentre essa instituições destacam-se: os clientes, os fornecedores, os distribuidores, os concorrentes, o publico em geral, agentes de credito, sindicatos de trabalhadores, governo e intermediários (armazenadores). Casa um desses grupos interage isoladamente com a empresa. (COBRA, 1992, P. 127). Contudo esse ambiente exige que a organização fique atenta as suas mudanças, pois suas ações conseguem afetar toda sua produção. 5.4.2.1 Clientes O componente cliente do ambiente operacional reflete as características e o comportamento daqueles que compram mercadorias e serviços fornecidos pela organização. Para Gupta e Lehmann (2005 p. 16) “Clientes são a corrente sanguínea de qualquer organização. Como quase todo clichê, esse também costuma ser verdadeiro. Sem clientes, uma empresa não tem receitas nem lucros, e, portanto não tem valor de mercado”. A tendência do mercado e valorizar cada vez mais os desejos de seus consumidores, estes são os responsáveis pela sobrevivência da organização, os clientes constituem uma base que sustenta toda a empresa, fornecendo recursos financeiros e mercado para sua atuação. Os clientes abrangem todos aqueles cujas decisões determinam se a empresa irá prosperar. Podendo ser uma coligação de muitas categorias onde a diversidade de características de consumo. De qualquer maneira é preciso reconhecer e servir os seus membros para garantir a prosperidade da organização. Pode-se definir o cliente como “a pessoa que toma uma decisão de compra” Mas isso é muito restrito. Para começar, excluí clientes potenciais, exclientes e pessoas que influenciam os clientes. Em muitas grandes organizações as decisões de compras são tomadas depois do processo de consulta envolvendo muitas pessoas, todas elas podendo ser incluídas na descrição genérica de “clientes”. (FREEMANTLE, 2001. 16p). 63 5.4.2.2 Concorrentes Já a concorrência do ambiente operacional consiste naqueles que a organização tem de combater para conseguir recursos, são aqueles com quem a empresa divide o mercado. Basicamente, o propósito da análise da concorrência é ajudar a administração a avaliar os pontos fortes e fracos e predizer que estratégias eles provavelmente adotarão Kother (2003 p.32) “Acredita que, todas as empresas têm concorrentes. Mesmo que houvesse apenas uma empresa de aviação, ela deveria preocupar-se com a concorrência dos trens, ônibus, carros, bicicletas e até com as pessoas que preferissem ir a pé para seus destinos”. Num mercado tão competitivo, pequenas empresas encontram dificuldades para competir com as gigantes corporações à chance de sobrevivência é pouca, e arma mais poderosa que a organização pode possuir é informação. Informações detalhadas sobre concorrentes estão disponíveis em várias fontes. Em geral, os concorrentes se comunicam amplamente com seus fornecedores, clientes e distribuidores; analistas de segurança e partes interessadas; e legisladores e reguladores governamentais. O contato com qualquer um deles pode gerar informações. O monitoramento de revistas empresariais, férias, propaganda, discursos, relatórios anuais e coisas do gênero podem ser informativos. (AAKER, 2005 p. 86). Com o acúmulo de informações a empresa terá como identificar as fraquezas de seus concorrentes podendo assim manipular alternativas para sobressair no mercado. 5.4.2.4 Fornecedores e Distribuidores Os fornecedores do ambiente operacional incluem todas as variáveis relacionadas aos que fornecem recursos para a organização. Esses recursos são adquiridos e transformados durante o processo produtivo em mercadorias e serviços finais. 64 O comportamento dos fornecedores precisa ser cuidadosamente monitorado, pois as suas alterações de custo frequentemente afetam o preço final do produto da empresa, uma vez que a matéria-prima é importante item do custo total. Qualquer alteração que interfira na qualidade do produto oferecido pelo fornecedor também pode afetar negativamente o negócio da empresa. Por outro lado, o fornecedor deve ser visto sempre como concorrente potencial, pois a qualquer momento ele pode fazer uma verticalização, passando a fabricar e vender direto aos clientes da empresa e, assim, entrar para valer no negócio da empresa. (COBRA, 1992, p.126). O componente distribuidor compreende todo sistema de logística utilizado para transporte de mercadorias. 5.4.3 Ambiente externo (Macro-Ambiente) O ambiente externo, mais conhecido com macro-ambiente é aquele onde estão as necessidades e tendências do mercado, as empresas hoje já enxergam a importância de conhecê-lo melhor. O sonho que qualquer organização atualmente, seria conseguir resolver alguns dos enigmas como: dessalinização da água do mar; criar alimentos saborosos, porém saudáveis; entre outros. Estes enigmas representam as necessidades que estão diretamente relacionadas com as tendências. Se o mundo não estivesse frisando uma alimentação saudável para uma melhor qualidade de vida, investir em alimentos dêiticos seria perca de dinheiro. Temos enfatizado repetidamente que as empresas excelentes possuem visão de fora para dentro de seus negócios. Elas reconhecem que o ambiente de marketing está constantemente oferecendo novas oportunidades e apresentando novas ameaças. Essas empresas reconhecem a importância vital do monitoramento e da adaptação continua ás mudanças ambientais. (KOTLER,1998 p.142). Identificar tendências e detectar oportunidades são tarefas críticas para o profissional de Marketing, segundo Kother (1998). As tendências são mais duradoras que as modas passageiras seu prazo e superior revelando uma configuração de futuro, oferecendo uma grande oportunidade as empresas. 65 Além de avaliar comparativamente a concorrência, o empreendedor também precisa sondar melhor o ambiente externo da empresa, onde poderá identificar novas oportunidades ou então tomar conhecimento de novos desafios para seu negócio. É da natureza da empresa se expor ao ambiente externo. Esse ambiente é pouco controlável, mas muitas vezes é previsível. As mudanças e oportunidades no ambiente externo precisam ser pesquisadas e analisadas. Elas podem surgir, entre outros fatores, de mudanças políticas ou legais, de novidades tecnológicas, mudanças econômicas, mudanças sociais ou costumes e mudanças demográficas. (BOLSON, 2003, p. 120). Para Cobra (1992 p.129) “A ação do macro-ambiente sobre os negócios de uma empresa pode torna-se dramática se ela não possuir mecanismo de defesa ou adaptação”. De acordo com Kotler (1998), a empresa deve monitorar as seis forças importantes no ambiente externo sendo elas: demografia; economia; natural; tecnológica; política e sociocultural. Embora essas forças sejam descritas separadamente as empresas devem ficar atentas as suas interações, uma vez que elas oferecem oportunidades e ameaças. Segue um exemplo de Kotler (1998 p.134), “o crescimento explosivo da população (força demográfica) leva a maior poluição e depleção dos recursos (força natural) que leva os consumidores a exigir mais leis (força político/ legal)”. Por tanto um ambiente acaba por interferir no outro, gerando um conjunto de forças que atua no mercado. Cobra (1992 p.129) “Essas forças são incontroláveis, mas à medida que a empresa consiga prever suas megatendencias poderá transformar essa ação em extraordinária oportunidade estratégica”. 5.4.3.1 Ambiente demográfico Uma das forças mais relevantes que os marqueteiros monitoram é a população, as pessoas representam o mercado, logo são elas que compram e consomem os produtos e serviços. As organizações estão atentas ao tamanho da população, os processos migratórios e aos padrões de moradia. Nos últimos anos a população mundial vem crescendo em ritmo acelerado, causando grande preocupação. Tanto pelo fato de não termos recursos necessários para suportar a 66 vida humana (alimentos, combustíveis, água entre outros). Como também o aumento da população idosa que exige cuidados especiais. “O crescimento descontrolado da população e do consumo resultaria, eventualmente, em escassez na oferta de alimentos, esgotamento dos mineraischaves, superpopulação, poluição e deterioração global da qualidade de vida.” (KOTLER 1998. p. 147) É importante monitorar a população, pois as pessoas representam o mercado. Podem ser consideradas, por exemplo, variações no número de casamentos e de filhos de uma determinada população, ou ainda o tamanho e a taxa de crescimento da população em diferentes cidades, regiões e nações, distribuição etária e composto étnico, níveis educacionais, faixa etária, etc. (SHIMOYANA e ZELA, 2002 p. 16). Nós países mais desenvolvidos a taxa de mortalidade vem caindo, graças aos avanços da medicina, a expectativa de vida aumenta e com isso a população de idosos. O explosivo crescimento da terceira idade traz grandes tendências ao mercado, que agora cria um novo nicho. Pessoas mais velhas requerem necessidades especiais como maior iluminação, placas indicativas maiores entre outras. A tendência global é o envelhecimento da população. Segundo um levantamento da revista Economist, neste século, a população de idosos será a maior já registrada. Em pouco tempo, o número de pessoas com 60 anos ou mais ultrapassará a proporção daquelas com menos de cinco anos, e é pouco provável que no futuro haja novamente mais crianças do que idosos. È o começo do que os japoneses estão chamando de século de prata. ( KOTLER e KELLER 2006 p.79). “As empresas que têm focado apenas um grupo etário terão que diversificar seus esforços de Marketing á medida que a população de outros grupos etários começa a crescer.” (KOTLER, 1998, p. 147). O crescimento arrebatado da população traz mudanças para empresas, uma população crescente significa aumento de consumo, escassez de produtos e uma demanda superior a oferta, provocando um crescimento nos custos e diminuição da margem de lucro. 67 A renda discricionária dos consumidores, além de variar em relação a suas classes sociais, também varia imensamente por faixa etária, em que as pessoas mais velhas apresentam poder de compra significativamente maior, mesmo quando comparadas a outros grupos com redás mais elevadas. (SANDHUSEN,2003 p. 76). Todavia quem souber analisar as oportunidades vigorara com o crescimento populacional. Vivemos em período de grandes movimentações migratórias as pessoas buscam melhores condições de vida, com isso vão à busca de novas oportunidades de empregos e até mesmo de estudo. O movimento também acontece quando a população rural vai para áreas urbanas, como aconteceu na década de 1990. Toda essa transação de pessoa requer atenção das empresas, para onde estão indo as pessoas e o foco de consumo. “Há ainda outros fatores importantes como educação, religião e fatores étnicos. A análise do conjunto desses fatores étnicos. A análise do conjunto desses fatores implica a adequação estratégica da oferta de produtos e serviços.” (COBRA,1992, p.131). O ambiente demográfico também sofre influencias da composição étnica e racial da população, o mundo é formando por um caldeirão de raças e com elas seguem suas culturas e crenças. Cada grupo possui preferências e hábitos de compras específicos, seus alimentos, vestuários são adotados de acordo como a cultura. Por tanto os profissionais de Marketing devem ser cuidadosos para não generalizar grupos, já que eles são extremantes diferentes entre si. O grau de instrução compõe uma forte informação para avaliação do ambiente demográfico, em qualquer sociedade esse grau si divide em cinco: analfabetos, ensino médio incompleto, ensino médio completo, ensino superior e pós-graduado. Quanto maior o grau de instrução maior o poder aquisitivo da população, logo maior poder de consumo. Kotler e Keller (2006), explicam que quanto mais as pessoas são instruídas, maior será sua demanda por livros, revistas e viagens de qualidade. Quanto maior o nível educacional, maior o consumo de bens de cultura e de bens de formação profissional. A difusão da religião faz crescer a procura por “bens de bens de formação profissional” 68 5.4.3.2 Ambiente Econômico Para existir mercado é preciso que haja recursos, poder de compra. Kotler e Keller (2006) acreditam que o poder de compra de uma economia depende da renda a população, dos preços do mercado, da poupança, do endividamento e do crédito disponível. A economia pode ter um forte impacto nos negócios, sendo a responsável pela prosperidade e decadências de várias corporações. A distribuição de recursos ainda é muito desigual, uma pequena parcela da população controla a maioria dos ativos e os demais sofrem com dificuldades financeiras. Nas últimas três décadas nos Estados Unidos, os ricos ficaram mais ricos, a classe média encolheu e os pobres continuaram pobres. De 1973 a 1999, a renda dos 5 por cento mais ricos da população aumentou 65 por cento, contra um aumento de 11 por cento para a população com padrão de renda média durante o mesmo período. (KOTLER e KELLER, 2006. p. 85). A poupança, o endividamento e a disponibilidade de crédito são fatores que influenciam no poder de compra. Quanto mais recursos retidos na poupança e fundos de aplicação, menos dinheiro circulando no mercado, é bom que as pessoas tenham reservas, contando que não parem de consumir. As empresas precisam do dinheiro da população para gerar empregos e dar continuidade ao ciclo produtivo. “A inflação provoca aumento geral dos preços. No entanto, uma alta taxa de inflação pode ocorrer em qualquer dos quatro estágios do ciclo de negócios (prosperidade, recessão, depressão e retomada de crescimento).” Cobra (1992 p. 133). Há países em que o governo disponibiliza maior limite de crédito e taxas de juros mais baratas a população, incentivando o consumo e produção. Por outro lado a facilidade crédito pode acarretar o endividamento e a inadimplência no sistema financeiro como ocorreu nos Estados Unidos durante a crise do sistema imobiliário. Cabe ao governo o controle das taxas e da inflação que é outro ponto bastante importante no mercado. Todos esses conceitos mostram o quanto à economia interfere no comportamento do consumidor. Sandhusen (2003 p. 76) diz que, “a economia muda muito: de rápido crescimento para a estagnação ou recessão, baixo taxa de juros 69 para inflação para o inverso; de alto desempenho para o pleno emprego e outros”. Devido estas constantes mudanças a cúpula organizacional deve enfocar no sistema financeiro tanto nacional como mundial. 5.4.2.3 Ambiente sociocultural Este ambiente é compreendido por todos os grupos sociais existentes, esses grupos são influenciados por crenças, valores e normas, e são divididos por classes. Sandhusen (2003) explica que as classes sociais são definidas como divisões relativamente homogêneas e duradouras, cujos membros compartilham valores, interesses e comportamentos semelhantes. O ambiente cultural é constituído de instituições e outras forças que afetam os valores básicos, as percepções, as preferências e os comportamentos da sociedade. Os membros de determinada classe social exibem preferência distintas de produtos e marcas em áreas como vestuário, moveis e automóveis. Porem, as linhas entre as classes sociais não são fixas; durante suas vidas, as pessoas podem se deslocar para cima ou para baixo na hierarquia. (SANDHUSEN,2003 p. 77). Cada autor classifica as classes sociais de uma maneira, alguns usam como termos notáveis a renda familiar, ocupação, status na sociedade, estilo de vida, interesses e opiniões. No entanto compõem e mesmo sentido de classificação. “Os valores culturais de um povo ou mesmo de uma comunidade tendem a estabelecer uma linha de comportamento influenciada por esses valores e crenças.” (COBRA 1992 p.138). As pessoas que vivem em determinada sociedade adquirem suas crenças e valores através heranças familiares, que são transmitidas de país para filhos e frisados pelas instituições sociais como: escolas; igrejas; governo e empresas. Também são chamadas de crenças e valores primários. Já os valores secundários são mais abertos as mudanças e sofrem alterações ao decorrer dos anos. Podendo ser influenciados pelo Marketing. “Acreditar na instituição do casamento é uma crença central; acreditar que as pessoas devem se casar cedo é uma crença secundária.” (KOTLER e KELLER, 2006, p.87). 70 Ao adaptar os planos de Marketing aos valores culturais, a primeira tarefa do profissional de marketing é identificar variáveis, ou combinações de variáveis, com maior probabilidade de predispor as pessoas a comprar o produto comercializado. A segunda tarefa do profissional de marketing é, então incorporar as variáveis predisponentes em aspecto do plano de marketing, tais como mercado-alvo e o composto de marketing apontando para esse mercado. (SANDHUSEN, 2003. p. 79) “Os valores culturais de uma sociedade podem ser expressos nas relações das pessoas; consigo mesmas com os outros, com as instituições, com a sociedade, com a natureza e com o cosmo (o universo).” (COBRA,1992,p.138). 5.4.2.4 Ambiente Natural O ambiente natural também conhecido como ambiente físico é composto dos elementos naturais da natureza, como: solo; água; terra; plantas; minerais e mais um grande número de outros elementos. Atualmente a população já tomou consciência de que os recursos naturais não é uma fonte inesgotável, devido o mau uso desses recursos a humanidade já sofre com a escassez e a insegurança quanto ao futuro. A poluição tanto da água quanto do ar são os fatores mais preocupantes, o efeito estufa causado pela diminuição da camada de ozônio, vem aquecendo o planeta cada dia mais. E a poluição da água doce que é consumida pelo seres humanos já esta causando cede em muitas famílias. As empresas que são grandes responsáveis pela poluição e também pela extração descontrolada de recursos, buscam alternativas econômicas para evitar o esgotamento natural. “Na Europa Ocidental, grupos de ambientalistas fazem forte pressão para que ações públicas sejam tomadas a fim de reduzir a poluição industrial.” (KOTLER e KELLER, 2006, p.87). Devido à grande preocupação dos ambientalistas e da própria população as empresas vêm adaptando as novas regulamentações ambientais que atingem principalmente as siderurgias, indústria automobilística e química. Hoje estas empresas investem milhões em equipamentos de controle de poluição e em combustíveis menos nocivos ao meio ambiente. Segundo Kotler e Keller (2006, p. 88), “grandes oportunidades aguardam por empresas e profissionais de Marketing 71 que consigam criar novas soluções, capazes de conciliar prosperidade e proteção ambiental.” Outra estratégia que vem sendo utilizada pelas empresas quanto ao ambiente natural e o Marketing Verde, trata-se de uma ferramenta capaz de projetar e sustentar a imagem da empresa, difundindo-a com uma nova visão de mercado, destacando sua diferenciação ecologicamente correta junto à sociedade, fornecedores, funcionários e ao mercado. O Marketing Ambiental, é ecologicamente correto, extrapola a mera publicidade ou divulgação dos produtos ou serviços oferecidos por empresas que querem veicular na mídia e no meio profissional ou para o consumidor a aplicação de métodos ambientalmente corretos aplicados ao seu gerenciamento interno ou na produção ou prestação de serviços. 5.4.2.5 Ambiente Tecnológico O ambiente tecnológico são novas tecnologias, que proporcionam valor e estimulam os investimentos e atividades econômicas, sendo assim essa nova tecnologia, elimina algumas necessidades mais acabam criando outras neste novo mercado. As mudanças tecnológicas decorrentes de inovação freqüentes podem tornar produtos e/ou seus processos de fabricação absoletos. Mis do que isso, os recursos tecnológicos podem constituir-se numa poderosa vantagem competitiva para se enfrentar a guerra de mercado, pois a tecnologia afeta as relações entre consumidores e empresas em pelo menos dois sentidos. (COBRA, 1992, p.136). Hoje as Empresas têm que estar antenados e preparados a novas mudanças e aproveitar novas oportunidades que surgem ao decorrer do tempo, sendo assim o profissional de Marketing deve observar as tendências tecnológicas. Uma nova tecnologia cria conseqüências de longo prazo nem sempre previsíveis. Com a pílula anticoncepcional, por exemplo, as famílias ficaram menores, um número maior de mulheres casadas começou a trabalhar fora e as rendas discricionárias aumentaram – resultado em maiores gastos com viagens de férias, bens duráveis e produtos supérfluos. (KOTLER e KELLER, 2006. p. 90). 72 A criação de algo novo aumenta o mercado e também elimina algumas necessidades, podemos afirmar que quem investe em desenvolvimento acaba tendo uma maior vantagem nesse setor. A tecnologia apresenta maravilhas, como os celulares, internet, próteses entre outros. Mas também horrores, como falta de privacidade e o comodismo. No entanto as novas tecnologias sempre são sinônimos de novos mercados e oportunidades, portanto os profissionais de Marketing devem observar as seguintes tendências tecnológicas. Cada nova tecnologia é uma força de ‘destruição criativa’. Os transistores derrubam a indústria de válvula, a xerografia derrubou a indústria de papel carbono, os automóveis prejudicaram as estradas de ferro e a televisão prejudicou os jornais. Em vez de migrar para novas tecnologias, muitas empresas antigas lutaram contra elas ou as desprezaram, e seus negócios minguaram. Entretanto, está na essência do capitalismo de mercado ser dinâmico e tolerar a distribuição criativa da tecnologia como preço do progresso. (KOTLER e KELLER 2006. p. 90). 5.4.2.6 Ambiente Político Este ambiente é formado pelas leis, órgãos governamentais e grupos que influenciam tanto organizações como indivíduos. São leis que também podem trazer oportunidades para as empresas. A legislação que regulariza os negócios tem três propósitos centrais: proteger as empresas da concorrência desleal, proteger os consumidores de praticas de negócio desleais e proteger os interesses da sociedade do comportamento desenfreado das empresas. Nesse sentido, um importante objetivo dessa legislação é cobrar das empresas os custos sociais gerados por seus produtos ou processos de produção. (KOTLER e KELLER, 2006, p.92). O ambiente político-legal, assim como os outros ambientes de negócios, está em constante mudança e adaptação à realidade. As leis se transformam para acompanhar a evolução da sociedade, mesmo que em ritmo mais lento que esta; modificam-se para se adaptarem às transformações nos âmbitos econômicos e sociais. A versatilidade do mercado e a competição acirrada provocam mudanças cada vez maiores e mais rápidas no mercado e na sociedade e, consequentemente, nas leis e nas regras. Por isso as tendências de mudanças no ambiente político-legal devem ser analisadas e seus impactos para os negócios, estudados, a fim de fazer 73 com que aparentes ameaças tornem-se oportunidades de mercado para as empresas. “Os profissionais de Marketing precisam saber a fundo como funcionam as principais leis que protegem a concorrência, os consumidores e a sociedade. Em geral, as empresas estabelecem procedimentos legais de análise e promulgam padrões éticos para orientar seus gerentes de Marketing”. (KOTLER e KELLER, 2006, p.92). As novas leis e o crescimento dos grupos de interesse impuseram mais restrições aos profissionais de Marketing. Esses profissionais devem rever seus planos, em conjunto com profissionais do direito ou departamentos jurídicos das organizações, para tratar de assuntos relacionados às vendas, promoção, produtos ou logística. Segundo Shimoyama e Zela (2002, p. 16) “as mudanças do ambiente político, que ocorrem constantemente, e das Leis, principalmente no Brasil, devem ser vistas com grande atenção, pois elas podem inviabilizar um produto, serviço ou empreendimento.” 74 6. ESTUDO DE CASO 6.1 Revisão Histórica 6.1.1 História do Bancoob O Banco Cooperativo do Brasil S.A. mais conhecido com a abreviatura de Bancoob é um banco comercial privado especializado no atendimento as cooperativas de crédito, como o caso da Credipatos, cujo controle acionário incumbe às entidades filiadas ao sistema SICOOB. Seu trabalho é está relacionado à manutenção do relacionamento entre as cooperativas e o setor financeiro nacional, buscando sempre a melhoria contínua de processos. Trata-se de uma organização formada por pessoas e para pessoas que têm um mesmo objetivo em comum. Ao mesmo tempo em que coloca em prática os ideais cooperativistas, o Bancoob busca soluções para incrementar o portfólio das cooperativas, desenvolvendo ações que priorizam a decisão colegiada e a gestão de controles e riscos. Segundo informações contidas no site do Bancoob, sua criação ocorreu em novembro de 1996, em um momento de evolução do cooperativismo de crédito brasileiro. O ambiente normativo favorável à integração permitiu que comerciantes produtores rurais, profissionais liberais, entre outros se unissem para fundar uma instituição financeira. O Bancoob é resultado do esforço de líderes cooperativistas em busca de melhorias no sistema e acesso ao mercado interfinanceiro e autonomia operacional. 6.1.2 Rede SICOOB O Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (SICOOB) é o sistema que comanda o Bancoob. Ele é composto de cooperativas: singulares e centrais de crédito. Sendo essas entidades cooperativistas que visam à solidez e à fortificação dos processos operacionais e de controles. Principalmente os processos que dirigem a atender às necessidades financeiras e à proteção do patrimônio do cooperado, verdadeiro dono e cliente do sistema SICOOB. 75 Foi criado em 1997 para reunir, organizar e fortalecer um grupo de cooperativistas de crédito que se uniram sob o foco da solidariedade e da intercooperação. De acordo com informações contidas no site da SICOOB, hoje ele conta com mais de 1,7 milhões de associados em todo o país, estando presente em 21 estados e no Distrito Federal, possui 1.700 pontos de atendimento, proporcionando acesso a produtos e serviços financeiros com qualidade e segurança. As cooperativas de crédito singulares como a Credipatos fazem parte dessa grande organização social, chamada de Sistema SICOOB. São instituições financeiras resultantes da união de pessoas integrantes de segmentos econômicos específicos, que buscam a melhor maneira de atendimento às suas necessidades financeiras. Ao oferecer produtos e serviços de qualidade, as cooperativas não somente satisfazem aos proprietários, como também contribuem significativamente para o desenvolvimento econômico-financeiro das comunidades por elas atendidas, afirmando a missão do SICOOB que é de gerar soluções financeiras adequadas e sustentáveis, por meio do cooperativismo, aos associados e as suas comunidades. 6.1.3.História da Credipatos A Cooperativa de Crédito de Patos de Minas Ltda – SICOOB Credipatos, foi fundada em 9 de maio de 1988 por 38 cooperados. Suas atividades se deram início em 11 de outubro do mesmo ano, assim que houve a liberação do Banco Central. A Credipatos faz parte do sistema SICOOB, já mencionado no tópico anterior. O objetivo principal da criação da Credipatos foi fundar uma cooperativa capaz de administrar os recursos de seus associados de forma clara a fim de proporcionar benéficos aos cooperados e a própria comunidade. Essa característica forneceu à Credipatos subsídios para ser autônoma e independente jurídica e operacionalmente, regida por leis e estatutos próprios, podendo assim se organizar conforme as necessidades de seus associados. Podendo assim fornecer assistência financeira aos seus associados, fomentando a formação educacional dos mesmos, no sentido de incentivar o cooperativismo, por meio de ajuda mútua, da economia 76 sistemática e do uso adequado do crédito, bem como da difusão de informações técnicas que visem o aprimoramento da produção e qualidade de vida e, ainda, disponibilizar os mais diversos serviços na área financeira, como: captação de recursos, concessão de créditos, prestação de garantias, prestação de serviços, formalização de convênios com outras instituições financeiras, bem como aplicações de recursos no mercado financeiro, inclusive depósitos a prazo com ou sem emissão de certificado. O SICOOB Credipatos é uma empresa cooperativista onde seu patrimônio pertence aos cooperados. Seus resultados são divididos entre os associados, em forma de rateio e de acordo com sua participação na cooperativa. Até agosto de 2006 a Credipatos era uma cooperativa que admitia apenas produtores rurais, logo recebeu autorização do Banco Central do Brasil para se tornar uma cooperativa de crédito de "Livre Admissão", ou seja, a partir dessa data, ela poderia trabalhar com qualquer seguimento econômico da sociedade, não apenas produtores rurais. Hoje a Credipatos é uma das maiores Cooperativas de Crédito do Estado de Minas Gerais, com forte atuação na região do Alto Paranaíba. Sua matriz localiza na cidade de Patos de Minas, ainda na mesma cidade existem mais 4 PACs (Postos de Atendimento Cooperativo), localizados em áreas estratégicas nos bairros Brasil, Rosário, Vila Garcia e Planalto, abrangendo a cidade de forma bem eficiente. Permanecem ainda a sua região de abrangência os PACs das cidades de Lagoa Formosa, Lagoa Grande, Presidente Olegário, Varjão de Minas, Areado e São Gonçalo do Abaeté. 6.1.4 História do PAC Lagoa Grande O estudo de caso será realizado no PAC da SICOOB Credipatos situado na cidade de Lagoa Grande. A Agência foi fundada no ano de 1996 no mês de setembro com o objetivo de atender os produtores rurais da cidade de Lagoa Grande, já que a região corresponde uma das maiores bacias leiteiras do estado de Minas Gerais. Inicialmente contava apenas com o serviço de dois funcionários. 77 No decorrer dos anos o número de associados foi se expandindo, exigindo a contratação de novos colaboradores para o preenchimento dos cargos. Hoje o PAC conta com mais de 900 associados graças à conquista de “livre admissão” (aceita qualquer pessoa física ou jurídica como associado). O posto de atendimento Cooperativo de Lagoa Grande tem como objetivo principal prestar assistência financeira e de serviços aos associados promovendo uma parceria e garantido sua satisfação. Já que é de obrigação de todos os colaboradores efetivarem a honestidade, objetividade e a integridade, estimulando o profissionalismo, buscando a realização com competência, entusiasmos e compromisso. 6.2 Portfólio dos produtos e serviços oferecidos 6.2.1 Cartões SICOOBCARD Disponíveis nas bandeiras, Cabal (Bancoob), Mastercard e Visa, a família Sicoobcard apresenta cartões de débito, crédito e múltiplos que garantem agilidade, comodidade e segurança para realizar compras e saques de acordo com as necessidades perfil de cada associado. A Credipatos hoje é a segunda maior cooperativa de Minas Gerais em ternos de fornecimento de cartões. A cooperativa oferece também um cartão de crédito para uso exclusivo das empresas associadas à Credipatos. Com ele, é possível controlar os gastos, pagar as despesas do dia-a-dia, separar as despesas pessoais das empresariais e, ainda, ter benefícios especiais, como: Acesso gratuito ao programa de relacionamento SICOOBcard Prêmios, no qual os pontos acumulados podem ser trocados por prêmios e até por milhas aéreas; Dois limites de crédito, sendo um para compras à vista e outro no mesmo valor para compras parceladas; Prazo para pagamento de até 40 dias sem juros; Crédito rotativo; Saques de emergência; Cartões adicionais para sócios e executivos da empresa; Site exclusivo da Sicoobcard, com serviços online que simplificam o controle das despesas pagas com o cartão empresarial. O cartão Cabal Vale (cartão de vale alimentação) proporciona as empresa benefícios como redução de rotinas e de custos operacionais, distribuição dos benefícios por meio eletrônico, gestão simples, isenção de encargos sociais e 78 incentivos fiscais sobre o valor do benefício concedido. Além disso, os funcionários terão maior segurança, pois a utilização do cartão Cabal Vale é feita exclusivamente de forma eletrônica, com o uso de senha. 6.2.2 Consórcio O Consórcio SICOOB Credipatos, trata-se de uma parceria com a caixa Consórcio, que administrada às cartas e oferece uma comissão à cooperativa que realiza a venda. Existente em três modalidades sendo essas: • Consórcio Imobiliário: Para aquisição de imóvel residencial ou comercial (novo ou usado), lote urbanizado, casa de campo ou de praia, sítio ou fazenda, construção, reforma e/ou ampliação e aquisição de terreno e construção com a mesma carta de crédito. • Consórcio Auto: Para aquisição de veículo novo ou semi-novo com até 5 anos de fabricação, sem contar o ano em curso. • Consócio Moto: Para a compra de motocicletas novas. 6.2.3 Conta Corrente A conta corrente do SICOOB Credipatos, admite associados pessoa Física e Jurídica, disponibilizado os seus associados à movimentação de seus recursos com tranquilidade, agilidade e segurança. Para abrir a conta corrente, é necessária a integralização da cota capital no valor de R$ 100,00, para que assim a pessoa se torne sócio e passe a usufruir dos produtos e serviços que a cooperativa tem a oferecer. Ao abrir a conta no SICOOB Credipatos, o associado tem acesso a produtos e serviços financeiros e ao auto-atendimento, além de serviços via internet e toda a estrutura da Rede SICOOB, presente em todo o país. 79 6.2.4 Conta salários Serviço disponibilizado para agilizar o pagamento de salários dos funcionários de empresas associadas à cooperativa. Com a conta salário, os colaboradores recebem um cartão SICOOBcard Salário para realizar saques e fazer pagamentos. 6.2.5 Débito automático O serviço garante praticidade, comodidade e segurança para o cooperado, pois a assim o associado não precisa ir à cooperativa para pagar suas contas de água, luz, telefone e outros. Com o débito automático, o pagamento é feito diretamente na conta corrente na data do vencimento sem a incidência tarifa pelo serviço. Pode-se utilizar o Débito automático para pagamento das seguintes contas: Copasa, Cemig, CTBC Telecom, CTBC Celular, TIM, OI, Embratel, Telemar e Telemig. 6.2.6 DDA O Débito Direto Autorizado permite que os clientes da Credipatos, pessoas físicas ou jurídicas, tenham acesso a boletos bancários de forma eletrônica, via terminais de auto-atendimento, internet ou telefone celular. O DDA não é um débito automático. A diferença entre o DDA e o débito automático é que o associado/cliente visualiza a cobrança e decide quando vai pagá-la. Já no débito automático, há um acerto prévio entre a instituição financeira e o associado/cliente de que a conta será debitada automaticamente na data de vencimento. 80 Com o DDA, o pagamento é feito diretamente em conta corrente na data escolhida e esse serviço não é cobrado. Assim, o associado ajuda a preservar o meio ambiente com a redução dos boletos impressos. 6.2.7 Domicílio Bancário Este serviço é destinado à empresa que realiza vendas com os cartões Mastercard, Cabal ou Visa. Com ele as receitas oriundas dos cartões são diretamente depositadas na conta do associado Credipatos. Assim, o valor das vendas realizadas é creditado diretamente na conta corrente. 6.2.8 Crédito Direto ao Associado (CDA) O SICOOB Credipatos oferece aos seus associados os recursos necessários para realizar seus sonhos e projetos. Atreves de diversas linhas de crédito pessoal sendo: • SICOOBCRED 13º Salário • SICOOBCRED Ano Novo • SICOOBCRED Auto Escola • SICOOBCRED Cheque-Especial • SICOOBCRED Cirurgia Plástica • SICOOBCRED Dia das Mães • SICOOBCRED Dia dos Pais • SICOOBCRED Dia dos Namorados • SICOOBCRED Dia das Crianças • SICOOBCRED Fast Money • SICOOBCRED Festas e Eventos • SICOOBCRED Leão • SICOOBCRED Material de Construção 81 • SICOOBCRED Noel • SICOOBCRED Rotativo • SICOOBCRED Simples • SICOOBCRED Super • SICOOBCRED Turismo • SICOOBCRED Universitário • SICOOBCRED Saúde Para as Pessoas Jurídicas a Credipatos oferece os seguintes recursos: • SICOOBCRED Super • SICOOBCRED Cheque Empresarial • SICOOBCRED Capital de Giro único • SICOOBCRED Capital de Giro Parcelado • SICOOBCRED Capital de Giro Investimento • SICOOBCRED Capital de Giro 13º Salário • SICOOBCRED HOT Money ( Crédito rápido) 6.2.9 Crédito Consignado É uma linha de crédito com pagamento feito por meio de desconto em folha, a Credipatos possui a seguintes modalidades neste segmento: • SICOOBCRED Colaborador Empresa Privada: Para colaboradores de empresas privadas conveniadas com a cooperativa. • SICOOBCRED Servmais: para servidores Públicos Estaduais. • SICOOBCRED Tranquilidade: para aposentados e pensionistas do INSS. 6.2.10 Desconto de Títulos A empresa recebe na hora o dinheiro das vendas feitas a prazo. Assim, elas podem incrementar seus negócios, oferecendo facilidade de pagamento para seus 82 clientes, e, ao mesmo tempo, tem disponibilidade imediata de recursos para repor estoques, adequar seu fluxo de caixa e se programar para outras oportunidades de negócio. • SICOOBCRED Desconto de Cheques • SICOOBCRED Desconto de Duplicatas 6.2.11 Financiamentos A cooperativa também tem crédito rápido, sem burocracia e com ótimas condições de prazos e taxas para aquisição de carro, moto, computador, material de construção, móveis, eletrodomésticos, e muito mais. 6.2.12 Financiamentos Rurais O SICOOB disponibiliza linhas de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) essa linha de crédito é transmitida ao cooperado com taxa extremante baixa. Os empréstimos possibilitam a melhoria da qualidade de vida dos produtores rurais e o manejo sustentável de terras produtivas. Também incentivam o agronegócio nas mais diversas regiões brasileiras e o crescimento de micro, pequenas e médias empresas. Quem precisa investir no campo, pode solicitar ainda o Finame, linha de financiamento especial para a produção e a comercialização de máquinas e equipamentos novos, de fabricação nacional, credenciados no BNDES. Além dos produtos e serviços destinados a pessoas físicas e jurídicas o associado que é produtor rural conta também com: Linhas de crédito rural específicas para estimular o desenvolvimento no campo e cobrir as despesas com produção agropecuária, armazenamento, beneficiamento e comercialização dos produtos. 83 6.2.13 Repasses As linhas de financiamentos rurais e repasses são caracterizadas por operações de longo prazo a custos muito competitivos, geralmente bem abaixo dos financiamentos convencionais, ajustadas às condições do negócio (prazo, carência, custo financeiro, garantias e seguro do bem). 6.2.14 Poupanças Os investidores hoje possuem diferentes alternativas para aplicar o dinheiro. Antes de tomar qualquer decisão, é necessário avaliar os riscos, planejar cada movimento e pensar na rentabilidade. Quem pensa em conseguir maior liquidez, deve analisar vários aspectos do mercado financeiro, entre eles a volatilidade da aplicação. Na Credipatos, ha possibilidade de investir as suas finanças pessoais em carteiras bem tradicionais ou escolher opções mais sofisticadas. A equipe de profissionais é qualificada para fazer a gestão adequada dos seus recursos e oferece investimentos de acordo com o perfil de cada pessoa. Além disso, todas as aplicações são garantidas pelo Fundo Garantidor de Depósitos do SICOOB, de acordo com os limites definidos pela legislação vigente. A poupança é uma conta de livre movimentação que rende juros e correção monetária a cada período. Investindo na Poupança Cooperada, além de garantir um futuro mais tranqüilo, contribui para o desenvolvimento econômico e social da comunidade, pois os recursos da Poupança Cooperada são investidos localmente em forma de financiamento rural. O RDC é um investimento de renda fixa em que a rentabilidade pode ser pré ou pós-fixada e você pode aplicar a curto e a longo prazos. O RDC curto prazo é uma excelente opção para quem vai precisar dos recursos mais rapidamente e sabe exatamente quando terá que resgatar o dinheiro aplicado. Já os associados que tem mais flexibilidade e deseja fazer resgates parciais sem perder os rendimentos proporcionais ao período da aplicação, o RDC longo prazo é a opção ideal. 84 6.2.15 Seguros A Credipatos conta com várias modalidades de seguro sendo os principais: Vida e Acidentes Pessoais (Individual / Empresarial / Coletivo); Acidentes Pessoais de Empregados Rurais - Não Nominado; Acidentes Pessoais - Transporte de Passageiros (Bóias-Frias); Automóvel (carros de passeio, caminhões, pick-ups); Multirisco Rural; Residencial; Colheita Garantida (culturas: milho, soja, algodão, cana-de-açúcar e amendoim). 6.2.16 SICOOB NET O SICOOB Credipatos oferece uma grande variedade de serviços online, através deles é possível realizar transações financeiras de qualquer lugar do mundo a qualquer hora sem precisar em ir até a cooperativa ou posto de atendimento, pela internet ou pelo celular. O SICOOBNET pode ser instalado em sistemas operacionais Windows e Linux e a atualização de versões do sistema é automática. Ele permite que os prepostos da conta cadastrem operadores para realizarem consultas e agendamentos de transações financeiras, de acordo com o perfil de acesso desejado. 6.3 Aplicação do Marketing no SICOOB Credipatos Primeiramente, faz-se necessário considerar alguns pontos relevantes que influência do ambiente de Marketing nas tomadas de decisão. 85 6.3.1 Análise do Macro-Ambiente da SICOOB Credipatos Para Shimoyama e Zela (2002) ao implantar um Plano de Marketing primeiramente deve ser feita uma Análise Ambiental. Importando os conceitos e ferramentas do planejamento estratégico, esta fase tem como objetivo reconhecer o ambiente onde se encontra a organização, mapeando as ameaças e oportunidades que podem ser vislumbradas no mercado e os pontos fortes e fracos da empresa diante das realidades detectadas. O ambiente certamente que mais pode influenciar a comercialização de produtos e serviços da Cooperativa, é o econômico, onde são considerados os fatores que envolvem os recursos e poder de aquisição da população em estudo. Uma cooperativa de crédito necessita de pessoas para empregar dinheiro para posteriormente ser transmitido para a comunidade em forma de empréstimo. O município de Lagoa Grande onde atua o PAC é caracterizado por possuir a maior parte da população com baixa renda. Essas pessoas geralmente não possuem recursos para aplicação e investimentos financeiros, porém por outro lado eles necessitam de empréstimo e financiamentos para adquirir seus bens. A cidade também se caracteriza por possuir muitos produtores rurais, esses já possuem saldo suficiente para aplicação e compra de produtos como o consórcio e seguros. Em relação às variáveis demográficas do ambiente é importante salientar o aumento da população idosa que cresce em proporção mundial. A Credipatos já está pensando em produtos destinados especificamente para essa população como o crédito consignado, seguro de vida e plano de saúde. Assim assumindo uma postura futurística diante do mercado. Outro mercado que vem ganhando forças nos últimos anos é o universitário. Em 2011 foi implantando no sistema SICOOB contas universitárias, que permite o estudante manter sua conta ativa sem despesas de manutenção. Todo esse aspecto demográfico reflete sensivelmente nas tendências do mercado consumidor, assim sendo os profissionais de Marketing devem monitorar esse movimento para almejar melhores resultados. As variáveis culturais dizem respeito ao grau em que a cultura de um mercado pode comprometer a aceitação de um determinado produto ou serviços. A Cooperativa oferece um leque muito diversificado de produtos e serviços, deste 86 modo, não há um mercado definido. Existem algumas restrições para certos tipos de clientes, mas nada que envolva culturas, comportamento, influência das religiões, crenças, etc. Principalmente nos dias atuais, as variáveis tecnológicas vêm ganhando uma dimensão de grande importância, a tecnologia evolui constantemente e quase que diariamente, este setor deve ser considerado em qualquer análise de ambiente. As mudanças e as facilidades de acesso à tecnologia fazem com que um produto se torne obsoleto rapidamente. O setor bancário vem exigindo mudanças tecnológicas que possam cada dia mais facilitar o acesso dos clientes a suas movimentações financeiras, o consumidor quer agilidade e segura. O SICOOB Credipatos vem oferecendo serviços com DDA, internet banking entre outros. Entretanto esse tipo de serviços requer sempre novos investimentos e modificações a fim de acompanhar as mudanças exigidas pelo setor. As mudanças do ambiente político, que ocorrem constantemente, e das Leis, principalmente no Brasil, devem ser vistas com grande atenção, pois elas podem inviabilizar um produto, serviço ou até mesmo o empreendimento. Por si tratar de uma Cooperativa Singular a própria Credipatos possui um estatuto próprio, mesmo assim a legislação tem poder de influenciar nas normas da mesma. A cooperativa é uma instituição de créditos por isso é controlada e fiscalizada pelo Banco Central, diariamente ela recebe normativos que impõem os atos de funcionamento, caso esses normativos não forem seguidos a auditória notifica e penaliza a instituição. 6.3.2 Ambiente operacional da SICOOB Credipatos Este meio envolvente é composto por todos os agentes e fatores que interagem diretamente com a empresa. 87 6.3.2.1 Clientes Num mercado tão competitivo, as empresas buscam aprimorar seu atendimento e produtos visando atingir uma maior demanda. Para que essa meta seja cumprida é necessário uma conscientização da importância que o cliente exerce na organização. Um dos aspectos fundamentais a ser considerado é o que o consumidor representa no meio organizacional e o quanto pode contribuir para seu desenvolvimento. Dentro deste aspecto a empresa busca melhoramento contínuo em se tratando de conhecimento técnico. O gráfico abaixo confirma essa afirmativa e mostra como é bom o atendimento oferecido pela Credipatos. Gráfico 01: Conhecimento Técnico e Gerenciamento 100 80 60 40 20 0 98 92 95 80 86 97 87 75 Caixas 90 Atendimento Gerencia Conhecimento Agilidade Dedicação Gerencia Atendimento Caixas Gráfico 01: Conhecimento Técnico e Gerenciamento Fonte: Elaborado pelo autor. Nota: Tabulação de pesquisa da avaliação de conhecimentos e habilidades dos colaboradores da Credipatos realizada com os associados. Para tal a Credipatos procura satisfazer melhor as necessidades dos clientes do que a concorrência oferecendo a melhor carteira de produtos e serviços cooperativistas do Brasil, além de obter um ambiente familiar e agradável. Uma das vantagens identificadas na análise do meio ambiente operacional é o fato das tarifas serem mais baratas que as oferecidas pelas outras empresas, o que faz com que os 88 serviços sejam acessíveis a quase todos os clientes devido ao fraco poder de compra das pessoas do município e região. Certamente o fator preço é um dos mais relevantes já que a carteiras de associados da Credipatos buscam por taxas mais baratas do que as encontradas nas demais instituições financeiras privadas. Existem clientes que são mais sensíveis ao preço estão num segmento e os que estão dispostos a pagar mais por certo nível de qualidade estão noutro. Esses dois segmentos distintos possibilitam a empresa diversificar seu mix de produtos e serviços criando assim um portfólio exclusivo para cada segmento. Apesar das tarifas cobradas serem mais baratas do que as intuições privadas ainda á quem se queixe dos preços, segundo dados obtidos pelo questionário aplicado na cooperativa pode-se observar que uma pequena parcela de associados não acha justo o preço cobrados. Gráfico 02: Tarifas cobradas pela Credipatos 32% Concordam com as tarifas Descordam das tarifas 68% Gráfico 02: Tarifas cobradas pela Credipatos Fonte: Elaborado pelo autor Nota: Gráfico de demonstração da aceitação das tarifas cobradas pela Credipatos por parte dos associados. Certamente esses associados que discordam desconhecem o preço de mercado. Os associados da Credipatos possuem um perfil misto, compreendendo desde produtores rurais de grande e médio porte até mesmo aposentados e pensionistas do INSS. Essa variação ocorre devido diversificação de produtos e serviços oferecidos pela Credipatos. A cooperativa possui dois tipos de consumidores os associados e os não associados, ou seja, clientes e sócios. Os 89 sócios são as pessoas e empresas que integralizam capitais, já os clientes são pessoas e empresas que consomem produtos e serviços da entidade sem integralização. Todos os clientes devem ser bem estudados uma vez que são eles que permitem a sustentabilidade das empresas. Deve-se estudar o que os motiva quais as suas necessidades, o que é importante para eles e como fazem as suas escolhas. A Credipatos possui vários segmentos de mercado que ainda podem ser explorados, como o caso dos estudantes. A pouco menos de um ano ela lançou a abertura de conta universitária, porém não basta há necessidade da criação de novos produtos para o segmento em específico. Os clientes são seres com sentimentos e anseios, precisam ser tratados com afabilidade e respeito, os colaborados da linha de frente da empresa são os responsáveis pela coordenação desse atendimento. Diante disto, a equipe deve estar preparada a negociar e proporcionar um serviço de excelência aos consumidores. A Credipatos tenta fazer isso da melhor maneira possível, porém não é fácil agradar a todos. Conforme o gráfico abaixo não a indícios de conflitos entre a empresa e seus associados, por outro lado o suporte que a Cooperativa oferece ainda não está 100% segundo a carteira de clientes pesquisados. Gráfico 03: Atendimento aos cooperados da SICOOB Credipatos 100 98 9399 Sim Educação 75 Conflitos 50 Suporte 25 Confiabilidade 9 0 Não Gráfico 03: Atendimento aos cooperados da SICOOB Credipatos Fonte: Elaborado pelo autor. Nota: Tabulação de resultado de pesquisa sobre o atendimento na Credipatos PAC Lagoa Grande 90 Os clientes estão cada vez mais exigentes, sofisticados e ansiosos para que seus desejos e necessidades sejam atendidos. Todo esse contexto exige que as organizações adotem medidas rigorosas, a fim de possuir uma parceria cliente e empresa. O SICOOB Credipatos, sem dúvidas, busca aprimorar cada vez mais seus serviço para alcançar uma gestão voltada à qualidade no atendimento. 6.3.2 Concorrentes Para se ter sucesso num mercado como este, onde a concorrência é tão elevada e onde se compete com Bancos e Instituições com um grande renome é necessário procurar estar sempre um passo à frente da concorrência, no nível do atendimento e no desenvolvimento de novas tecnologias, além de procurar estabelecer uma boa estratégia para assim cativar a atenção dos futuros associados. O PAC de Lagoa Grande não possui muitos concorrentes, na cidade, existem apenas uma Casa Lotérica e um Posto de Atendimento do Bradesco. A Casa Lotérica oferece ameaça principalmente na captação dos recursos da poupança. Já o Posto de Atendimento do Bradesco possui praticamente o mesmo portfólio de produtos da Credi. Sendo uma ameaça em todos os setores. Ainda existe a concorrência de agências de outros municípios como o caso do Banco do Brasil que retém grande parte dos clientes Credipatos. Apesar de tudo, a Credipatos é a principal instituição financeira da cidade dominando o mercado desde sua criação. O objetivo de qualquer empresa é aumentar a sua quota de mercado e a Credipatos não foge a esse objetivo. Nos últimos anos a Cooperativa vem trabalhando para aumentar as vendas de produtos como consórcio, seguros entre outros. Segundo informações do Sistema SICOOB, a PAC terá de atingir um crescimento de 13% durante o próximo ano. Para que essa meta seja cumprida será necessário inibir os efeitos da concorrência. Oferecer conforto e rapidez no atendimento é uma obrigação de qualquer empresa que quer atender bem sua cliente-lá e inibir os efeitos da concorrência. Durante todo o ano de 2011, o PAC vem melhorando suas instalações que antes 91 eram muito precárias. Já houve a reforma do prédio, compra de cadeiras e assentos novos e agora será instalado mais um caixa. O gráfico abaixo mostra a avaliação dos associados sobre o ambiente visual da Cooperativa no estado atual. Gráfico 04: Ambiente visual da Credipatos (PAC- Lagoa Grande) 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 87 82 13 7 Maquinas e equipamentos Aparencia Conforto 18 Ruim 93 Bom Gráfico 04: Ambiente visual da Credipatos (PAC- Lagoa Grande) Fonte: Elaborado pelo autor. Nota: Tabulação da avaliação do ambiente visual da Credipatos, realizada através de questionário aplicado aos colaboradores e associados. De acordo com as avaliações, o PAC está bem visualmente, apenas pode melhorar um pouco mais em relação ao conforto oferecido e na modernização das maquinas e equipamentos. Em se tratando dos produtos que a cooperativa oferece e os da concorrência, não existe detrimento. Basta que a cooperativa invista mais em divulgação para os associados terem ciência do que a empresa tem a oferecer. No gráfico abaixo a classificação dos cooperados quanto aos produtos oferecidos. 92 Gráfico 05: Respostas dos associados quanto aos produtos e serviços da cooperativa. 100 0 Alta Baixa Divulgação 71 29 Qualidade 89 11 Variedade 95 5 Gráfico 05: Respostas dos associados quanto aos produtos e serviços da cooperativa. Fonte: Elaborado pelo autor Nota: Tabulação de dados obtidos através de questionário, para análise dos produtos e serviços oferecidos pela Credipatos. Por fim a Credipatos vem trabalhando alternativas de delibar a concorrência e permanecer como o número 1º no mercado de instituições financeiras do município de Lagoa Grande. 6.3.3 Fornecedores No sistema cooperativista financeiro não existem fornecedores e sim parceiros, a cooperativa utilizada ou vende um produto de um terceiro e em troca ganha comissões pela realização da venda. São exemplos de parceiros do SICOOB Credipatos: Caixa Econômica Federal: Oferece á cooperativa consócios e o seguro de vida em cima de empréstimos (quitacred) Minaseg: Seguros de veículos, pessoas, elementares e outros. Cabal: Cartões de crédito e débito Vivamed: Planos de saúde. Pelo fato da cooperativa não ter diretamente certos tipos de produtos e ter de recorrer a terceiros o tempo de atendimento fica prejudicado como mostra o gráfico 93 elaborado através da respostas dos associados. Apesar de o gráfico exemplificar maior rapidez a empresa atualmente encontra-se com grandes problemas de agilidade no atendimento. Gráfico 06: Tempo do Atendimento aos Cooperados da SICOOB Credipatos 13% Rápido Demorado 87% Gráfico 06: Tempo do Atendimento aos Cooperados da SICOOB Credipatos Fonte: Elaborado pelo autor. Nota: Tabulação de pesquisa com clientes da Credipatos sobre o tempo de atendimento. É necessário analisar bem os parceiros e procurar ter uma boa relação com eles para que ambas as partes saiam a ganhar. No entanto deve-se estar atento ás pressões competitivas existentes entre os fornecedores e procurar escolher o que melhor aplica a relação de qualidade/preço e que seja cumpridor dos prazos, para que nada falhe na concepção do produto final e na realização do mesmo. 94 CONCLUSÃO Diferentemente de anos atrás a empresa que quiser permanecer no mercado deverá preocupar-se com a qualidade de seus serviços e satisfação de seus clientes. Por isso a necessidade de criar um plano estratégico. Um plano de marketing é um instrumento estratégico que pode ser vital e decisivo para o sucesso de uma empresa. Ao longo das últimas décadas o conceito de marketing tem evoluído e tem vindo a desenvolver-se de modo a acompanhar a transformação do mercado, o reconhecimento da empresa por este mercado torna se um factor de sucesso. Durante todo estágio realizado na Credipatos PAC-Lagoa Grande pôde-se perceber que a empresa necessitava de um plano de marketing que auxilia-se na comercialização de produtos e principalmente estabelece-se metas para essas vendas. A falta de divulgação e desconhecimento dos produtos por parte dos colaboradores certamente é o maior problema que a cooperativa possui atualmente. Este estudo pôde oferecer a entidade uma maneira de driblar as barreiras que a impede de crescer ainda mais, no sentido de oferecer aquilo que lhe faltava, um plano de marketing. Seguindo suas instruções será possível avaliar a situação atual e estimar um caminho para o próximo ano. A Aplicação do plano de marketing na Credipatos fará com que a empresa consiga aumentar seu faturamento com a venda de produtos. Porém a simples implantação não resolverá os problemas enfrentados pela cooperativa. Uma análise interna de como a organização atende os seus associados poderia ampliar a visão da alta administração minimizando os erros cometidos no atendimento. A mudança interna tornaria a empresa realmente focada à comercialização de seus serviços. Apoio da alta gerencia e a capacitação dos colaboradores da linha de frente, mudanças na seção de marketing, são fatores cruciais para um relacionamento duradouro e lucrativo. As empresas também precisam reforça a cultura de longo prazo, não adiante esperar resultados imediatos. Qualquer evolução demanda tempo, custa esforços e quando planejadas estrategicamente geram melhores resultados. Finalmente toda pesquisa pôde revelar que o mercado do PAC- Lagoa Grande é extremamente amplo, uma vez que a concorrência ainda não conseguiu 95 atingir a empresa. Basta apenas que ela melhore a excelência do atendimento e qualidade de comercialização dos produtos e serviços já que são eles os responsáveis por gerar os resultados. 96 7 PLANO DE MARKETING O plano de marketing que será apresentado a Cooperativa de Crédito de Patos de Minas (PAC - Lagoa Grande) terá como finalidade a melhoria na comercialização de produtos, visto que o portfólio de produtos e serviços da empresa é bastante extenso foram escolhidos aqueles que oferecem melhor retorno. Os critérios de escolha utilizados foram: • Lucratividade (retorno oferecido à cooperativa) • Risco (perdas ocorridas pelas vendas) • Facilidade de comercialização (mercado consumidor) • Disponibilidade de vendas (acervo). 7.1 Consórcios 7.1.1 Consórcio Imobiliário O Consórcio Imobiliário é um produto do Sicoob Credipatos em parceria com a Caixa Consórcios, sendo uma das administradoras que mais entrega imóveis no Brasil. O SICOOB Consórcio é disponível para associados e não associados adquirirem seu imóvel residencial ou comercial (novo ou usado), lote urbanizado, casa de campo ou de praia, sítio ou fazenda e, ainda, construção, reforma e /ou ampliação e aquisição de terreno e construção com a mesma Carta de Crédito. Por se tratar de produto novo na rede Sicoob a inda a muito que ser explorado. Este produto além de não oferecer risco de perda a cooperativa possui boa possibilidade de ganhos, sendo repassado a Credipatos 4% do valor da carta vendida, destes 4%, 1% é repassado ao colaborador que efetuo a venda. Na próxima tabela estão relacionadas às metas referentes à estimativa de vendas durante o ano de 2012. 97 Tabela 7: Quadro de Metas (PAC- Lagoa Grande) Valor da Carta 2º Bimestre 2012 Quant. vendas 3 3º Bimestre 2012 Quant. vendas 3 4º Bimestre 2012 Quant. Vendas 3 Total R$ 30.000,00 1º Bimestre 2012 Quant. vendas 2 R$ 50.000,00 2 3 3 3 11 R$ 100.000,00 1 2 2 2 7 R$ 300.000,00 1 2 2 2 7 Total 11 36 Fonte: Elaborado pelo autor. Nota: Tabela do quadro de metas ( PAC- Lagoa Grande) Levando em consideração a sazonalidade de vendas deste tipo de produto no início do ano devido o acúmulo de despesas com IPVA, gastos escolares, reajuste dos preços e outros. Foi estabelecida uma meta inferior neste bimestre. O quadro abaixo demonstra o faturamento que será atingido caso a Credipatos mais especificamente o PAC Lagoa Grande consiga alcançar as metas estipuladas para 2012. Tabela 8: Estimativa de Faturamento (PAC- Lagoa Grande) Valor da carta R$ 30.000,00 Quant. Vendas em 2012 11 Arrecadação (4%) R$ 13.200,00 Comissão de venda (-1%) R$ 3.300,00 Total Arrecadado R$ 9.900,00 R$ 50.000,00 11 R$ 22.000,00 R$ 5.500,00 R$ 16.500,00 R$ 100.000,00 7 R$ 28.000,00 R$ 7.000,00 R$ 21.000,00 R$ 300.000,00 7 R$ 84.000,00 R$ 21.000,00 R$ 63.000,00 Total R$ 110.400,00 Fonte: Elaborado pelo autor. Nota: Tabela do quadro de Faturamento ( PAC- Lagoa Grande) Para conseguir atingir essas metas, deve haver um grande empenho dos colaboradores, além de muita divulgação, o quadro abaixo releva as formas de propaganda a serem utilizadas neste plano de marketing. 98 Tabela 9: Promoção (PAC- Lagoa Grande) Comunicação Onde usar Quantidade Investimento Planfleto Distrib. no PAC 500 0,63 Total Investido anual 315,00 Banner PAC 1 33,90 33,90 Rádio Lagoa Grande 20 anúncios/dia 100,00 (mês) 1.200,00 Moto de anúncios Lagoa Grande 2 horas/dia 100,00 (mês) 1.200,00 Total 2.748,90 Fonte: Elaborado pelo autor. Nota: Tabela Promoção ( PAC- Lagoa Grande) Cada meio de comunicação foi escolhido de acordo com as normas e padrões da Cooperativa, os valores de cada item estão de acordo com a tabela de preços da Crediminas, sendo essa a única fornecedora de todos os instrumentos de comercialização, exceto os sonoros (rádio e moto de anúncios). 7.1.2 Consórcio de Automóveis O Consórcio de Automóveis é um produto do Sicoob Credipatos que também conta com a parceria da Caixa Consórcios disponível para associados e não associados comprarem seu carro novo ou semi-novo de forma planejada. O público de consórcio de auto é bastante disputado, além das administradoras de consórcio existem os fabricantes de veículos que também trabalham com esse tipo de produto. Sendo assim a Credipatos terá de dobrar seus esforços para atingir a metas estabelecidas. Tabela 10: Quadro de Metas (PAC- Lagoa Grande) Valor da Carta R$ 25.668,00 3 2 R$ 33.468,00 3 R$ 42.491,00 2 1º Bimestre 2012 2º Bimestre 2012 3º Bimestre 2012 Total 2 4º Bimestre 2012 1 8 2 2 1 8 2 2 2 7 Total 23 Fonte: Elaborado pelo autor. Nota: Tabela do quadro de metas ( PAC- Lagoa Grande). 99 No caso dos automóveis foi levando em consideração tanto à sazonalidade do final de ano, devido à desvalorização ocorrida de um ano para o outro, como também o aumento das vendas do início de ano. Outro fator foi à procura de veículos de menor preço (carros populares). Tabela 11: Estimativa de Faturamento (PAC- Lagoa Grande) Valor da carta R$ 25.668,00 Quant. Vendas em 2012 8 Arrecadação (4%) R$ 8.213,76 Comissão de venda (-) R$ 2.053,44 Total Arrecadado R$ 6.160,32 R$ 33.468,00 8 R$ 10.709,76 R$ 2.677,44 R$ 8.032,32 R$ 42.491,00 7 R$ 11.897,48 R$ 2.974,37 R$ 8.923,11 Total R$ 23.115,75 Fonte: Elaborado pelo autor. Nota: Tabela estimativa de Faturamento (PAC- Lagoa Grande) Apesar do aumento do IPI ainda a uma grande expectativa do aumento de vendas dos veículos no ano 2012. Sendo assim a uma abertura no mercado para comercializar cartas de consórcio. Os meios de comunicação e divulgação serão os mesmos utilizados no consócio imobiliário. 7.1.3 Consórcio Motocicleta O consórcio de motocicletas da rede Sicoob oferece ao cliente a oportunidade de adquirir uma carta de crédito para compra de sua moto sem ter de fidelizar a uma marca, tendo a oportunidade de escolha. 100 Tabela 12: Quadro de Metas (PAC- Lagoa Grande) Valor da Carta R$ 5.000,00 1 1 R$ 7.000,00 1 R$ 10.000,00 1 1º Bimestre 2012 2º Bimestre 2012 3º Bimestre 2012 Total 1 4º Bimestre 2012 1 4 1 1 1 4 1 1 1 4 Total 12 Fonte: Elaborado pelo autor. Nota: Tabela do quadro de metas ( PAC- Lagoa Grande) Como esse tipo de carta é mais difícil de vender devido à grande concorrência das concessionárias Honda e Yahama, foi estabelecida uma meta inferior capaz de ser concretizada pelo PAC. Tabela 13: Estimativa de Faturamento (PAC- Lagoa Grande) Valor da carta R$ 5.000,00 Quant. Vendas em 2012 4 Arrecadação (4%) R$ 800,00 Comissão venda (-) R$ 200,00 de Total Arrecadado R$ 600,00 R$ 7.000,00 4 R$ 1.120,00 R$ 280,00 R$ 840,00 R$ 10.000,00 4 R$ 1.600,00 R$ 400,00 R$ 1.200,00 Total R$ 2.640,00 Fonte: Elaborado pelo autor. Nota: Tabela Estimativa de Faturamento ( PAC- Lagoa Grande) Apesar da arrecadação deste produto não ser tão significativa não há como excluído, pois ele faz parte do composto de consócios da rede Sicoob Credipatos. As formas de publicidade serão as mesmas utilizadas no consórcio de auto e imóveis. 7. 2 5W2H 5W2H é basicamente um formulário para execução e controle de tarefas onde são atribuídas as responsabilidades e determinado como o trabalho deverá 101 ser realizado, assim como o departamento, motivo e prazo para conclusão com os custos envolvidos. Deste modo especifica de forma mais clara todo o contexto do plano de marketing. Tabela 14 – 5W2H dos Consórcios Objetivo: Aumentar as vendas de consórcio no ano de 2012 O QUÊ Vender cartas de consórcio imobiliário, motocicletas e veículos. QUEM Colaboradores do Sicoob Credipatos PAC-Lagoa Grande. QUANDO Durante todo o ano de 2012. ONDE No município de Lagoa Grande e região. PORQUE Para aumentar os ganhos com a comercialização de produtos. COMO Divulgação externa na rádio, na própria empresa com cartazes e folder. QUANTO R$ 2.640,00 Fonte: Elaborado pelo autor. Nota: Tabela 5W2H dos consórcios 7.3 Plano de Saúde (Viva Med) O Sicoob Credipatos oferece ótimas opções de planos para os associados poderem cuidar melhor da sua saúde. São diversas características e coberturas adequadas ao perfil de cada associado, proporcionando a toda família assistência à saúde com segurança, qualidade, flexibilidade e cobertura total de uma ampla rede em todo o estado de Minas Gerais. Existem dois tipos de plano de saúde sendo um o básico que não conta com o serviço de obstetra e o Pleno que inclui o serviço. 102 Tabela 15: Quadro de Metas (PAC- Lagoa Grande) Tipo de Plano Viva Básico 2 2 Viva Pleno 2 2 1º Bimestre 2012 2º Bimestre 2012 3º Bimestre 2012 Total 2 4º Bimestre 2012 2 8 2 2 8 Total 16 Fonte: Elaborado pelo autor. Nota: Tabela do quadro de metas ( PAC- Lagoa Grande) As metas estabelecidas estão de acordo com as definas pela rede Sicoob, já que a cooperativa começou a trabalhar apenas um mês com esse produto não tendo ainda realizado vendas. Tabela 16: Estimativa de Faturamento (PAC- Lagoa Grande) Tipo de Plano Quant. Vendas em 2012 Total Arrecadado 10 Arrecadação/ média de comissões (13%) R$ 312,00 Viva Básico Viva Pleno 10 R$ 390,00 R$ 3.900,00 Total R$ 7.020,00 R$ 3.120,00 Fonte: Elaborado pelo autor. Nota: Tabela Estimativa de Faturamento (PAC- Lagoa Grande) O faturamento corresponde ao total de mensalidades paga durante todo o ano de 2012, contando que os associados não desistam do mesmo. A publicidade para venda do plano de saúde será basicamente constituída da mesma forma dos demais produtos, porém um diferencial de mala-direta deverá ser usado. Será destinada uma carta eletrônica para todos os associados que possui capacidade de aquisição do produto. 103 Tabela 17: Promoção (PAC- Lagoa Grande) Comunicação Folder Onde usar Distrib. no PAC Quantidade 500 Investimento R$ 0,63 Total Investido R$ 315,00 Banner PAC 1 R$ 33,90 R$ 33,90 Outdoor (papel) PAC 1 R$ 210,00 R$ 210,00 4 R$ 10,80 R$ 43,20 Total R$ 602,10 Cartaz Hospitais e Clínicas conveniadas Fonte: Elaborado pelo autor. Nota: Tabela Promoção ( PAC- Lagoa Grande) Além da campanha dentro da própria cooperativa, será feita uma publicidade externa nos locais de convênio da Vivamed. Tabela 18 - Plano de Ação de aplicação do 5W2H Vivamed. Objetivo: Aumentar as vendas de Plano de saúde no ano de 2012 O QUÊ Vender planos de saúde. QUEM Colaboradores do Sicoob Credipatos PAC-Lagoa Grande. QUANDO Durante todo o ano de 2012. ONDE No município de Lagoa Grande e região. PORQUE Para aumentar os ganhos com a comercialização de produtos. COMO Divulgação externa na rádio, na própria empresa com cartazes e folder. E empresas filiadas ao sistema. QUANTO R$ 602,10 Fonte: Elaborado pelo autor. Nota: Tabela 5W2H Vivamed. 104 7.4 Quitacred Trata-se de um seguro de vida sobre operações de crédito, este produto é oferecido pela parceria entre a rede Sicoob e Caixa Seguros. O Seguro Quitacred da Credipatos é a segurança que o associado tem para não deixar dívidas de herança. Depois de fazer seu empréstimo na cooperativa, o tomador pode optar por ter um seguro que garante o pagamento da dívida e repõe à família aquilo que ele já havia pagado ao Credipatos. Como os números de operações de crédito da empresa vêm crescendo bastante, a meta desde produto tem de ser compatível com essa evolução. De acordo com o Signet (Sistema de informação gerencial da Sicoob) a média de operações de crédito do PAC- Lagoa Grande no ano de 2011 foi de R$ 800.000,00 mensais, e a meta para 2012 será em torno de R$ 900.000,00 mensais. Com base nessas informações segue abaixo a tabela do QuitaCred. Tabela 19: Quadro de Metas (PAC- Lagoa Grande) Valor das operações de crédito Bimestral R$ 3.600.000,00 1º Bimestre 2012 Vendas Quitacred 2º Bimestre 2012 Vendas Quitacred 3º Bimestre 2012 Vendas Quitacred 60% Todas as 60% 60% operações operações Todas as Todas operações as 4º Bimestre 2012 Vendas Quitacred 60% Todas as operações Fonte: Elaborado pelo autor. Nota: Tabela do quadro de metas ( PAC- Lagoa Grande) Como este tipo de seguro é fácil de ser comercializado foi estabelecida uma meta de 60%. Todas as operações de crédito do PAC incluindo empréstimos, financiamentos, limites e outros deveram ser segurados nesta margem. Em relação ao faturamento, a cooperativa arrecada 1% do valor da operação como comissão. Ex: um empréstimo de R$10.000,00 segurado renderá a empresa R$ 100,00. 105 Tabela 20: Estimativa de Faturamento (PAC- Lagoa Grande) Operações de crédito por bimestre R$ 3.600.000,00 Operações seguradas por bimestre R$ 2.160.000,00 Arrecadação (1%) R$ 21.600,00 Total Arrecadado por ano R$ 86.400,00 Fonte: Elaborado pelo autor. Nota: Tabela estimativa de faturamento ( PAC- Lagoa Grande) A promoção do Quitacred segue os mesmos padrões dos demais produtos. Esse tipo de produto exige um cuidado especial, sua melhor forma de comercialização é a divulgação por parte de funcionário que efetua o empréstimo. Só ele será capaz de convencer o cliente e efetivar a venda. Deste modo se faz necessário o investimento com treinamentos sobre o produto. Tabela 21: Promoção (PAC- Lagoa Grande) Comunicação Folder Onde usar Distrib. no PAC Quantidade 500 Investimento R$ 0,63 Total Investido R$ 315,00 Banner PAC 1 R$ 33,90 R$ 33,90 Outdoor (papel) PAC 1 R$ 210,00 R$ 210,00 Treinamento PAC Todos R$ 500,00 R$ 500,00 Total R$ 1.058,90 colaboradores Fonte: Elaborado pelo autor. Nota: Tabela de Promoção ( PAC- Lagoa Grande) 106 Tabela 22 - Plano de Ação de aplicação do 5W2H QuitaCred Objetivo: Aumentar as vendas de Quitacred no ano de 2012 O QUÊ Vender seguro de empréstimos. QUEM Colaboradores do Sicoob Credipatos PAC-Lagoa Grande. QUANDO Durante todo o ano de 2012. ONDE No município de Lagoa Grande e região. PORQUE Para aumentar os ganhos com a comercialização de produtos. COMO Divulgação externa na rádio, na própria empresa com cartazes e folder. QUANTO R$ 1.058,90 Fonte: Elaborado pelo autor. Nota: 5W2H Quitacred. 7.5 Ações Táticas Existem ações que vão fazer com que o plano de marketing possa ter um efeito positivo quando aplicado na Credipatos. Estas ações são: • Melhorar a comunicação e diversificar os meios de comunicação para divulgação dos serviços da empresa: mídias especializadas, consolidar a importância do bom atendimento, parcerias em propaganda cooperada, aperfeiçoar o site da entidade criando um canal de comunicação com o usuário e utilizar o e-mail marketing para divulgar as ações e serviços oferecidos pela empresa. • Iniciativas de Relações Públicas para melhorar o relacionamento com a mídia: participação em feiras, seminários e workshops, promover eventos, publicações mensais e diárias, preparar um porta-voz para falar sobre os produtos e serviços da cooperativa com precisão e intensificar ações de relacionamento. • Criação de material de apoio e padronização da comunicação através de material institucional: brochura institucional com dados da empresa e serviços oferecidos, arquivo de documentos com fotos e banners, folhetos informativos, para padronizar o atendimento dentro da empresa. 107 • Monitoramento do mercado e concorrentes para diagnosticar possíveis crises ou oportunidades, pesquisa sobre novos produtos lançados no mercado financeiro. • Melhorar a comunicação interna através de endomarketing, além de treinamento e cursos para os funcionários. Mural de avisos com notícias relacionadas à empresa e caixa de sugestões ou reclamações também devem ser iniciativas inseridas no plano de comunicação com o público interno. 108 8 LIMITAÇÕES DE RECURSOS O estudo realizado limitou-se ao levantamento de dados obtidos através da aplicação do questionário de pesquisa junto ao associado. Por limitações de tempo e recursos não foram exploradas as percepções dos associados segundo a fórmula, que institui-se de obter uma confiança de 95%, da amostra pesquisada. Mais dados interessantes poderiam ser alcançados através de pesquisas junto a correntistas, verificando suas percepções em relação à melhoria do atendimento e serviços bancários, adequando os produtos ás suas necessidades. Houve limitação de levantamento de dados também porque houve recusa de alguns concorrentes quanto os valores cobrados em seus serviços. 109 REFERENCIA AAKER, David A. Administração Estratégica de mercado. 7° Ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. 343p. ALMEIDA, Martinho Isnard Ribeiro. Manual de Planejamento Estratégico. 1º Ed. São Paulo: Atlas, 2001. 197p. BARGS, David H. Guia prático de Planejamento de marketing: Criando um plano de marketing de sucesso para seu negócio, produto ou serviço. 4° Ed. São Paulo: Nobel, 1999. 260p. BERRY, Leonard L. Serviço de satisfação máxima. 1º ed. São Paulo: Campus. 1992. 1070p. BOLSON, Eder Luiz. Tchau, patrão! Como construir uma empresa vencedora e ser feliz conduzindo seu próprio negócio. 1° Ed. Belo Horizonte - MG: SENAC, 2003. 182p. CAMPOS, Luis de Castro Junior. O cooperativismo no vale do Paranapanema: Estudo das cooperativas: Riograndese, agropecuária de pedrinhas, paulista e coopermata (1980-1995). 1° Ed. Porto Alegre: Arte e ciências, 2000. 251p. COBRA, Marcos. Administração de Marketing. 2° Ed. São Paulo: Atlas, 1992. 805p. COBRA, Marcos. Administração de Marketing no Brasil: Como Construir a satisfação do cliente através da qualidade e valor. 3º ed. Rio de Janeiro: Cobra editora e Marketing. 1997. 587p. CRÚZIO, Helnon de Oliveira. Como organizar e administrar uma cooperativa. 1° Ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2000. 137p. DAYCHOUW, Merhi. 40 Ferramentas e técnicas de gerenciamento. 3° Ed. São Paulo: Brasport, 2007. 272p. DIAS, Luiz Thenorio Filho. Pelos caminhos do cooperativismo com destino ao crédito mútuo. 2° Ed. São Paulo: Estilo Gráfica, 2002. 304p. FERRARI, Luiz. Contabilidade Geral: Provas e Concursos. 8° Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. 896p. FREEMANTLE, David. Como você faz que agrada os seus clientes?. São Paulo. Makron Books. 2001. 304p. GUPTA, Sunil; LEHMANN, Donald R. Gerenciando Clientes como investimentos. 1° Ed. Porto Alegre-RS: Artmed, 2005. 211p. 110 HONORATO, Gilson. Conhecendo o Marketing. 1° Ed. Barueri-SP: Manole, 2004. 349p. KOTLER, Philip. Marketing de A á Z: 80 conceitos que todo profissional precisa saber. 7° Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003. 250p. KOTLER, Philip. Administração de marketing. 5° Ed. São Paulo: Atlas, 1998. 375p. KOTLER, Philip. Administração de Marketing.10ª Ed. São Paulo: Prentice Hall, 2000. 375 p. KOTLER, P.; ARMSTRONG, G. Princípios de Marketing. 9° Ed. São Paulo: Saraiva, 2006. 593p. KOTLER, Philip; KELLER, Kevin Lane. Administração de Marketing. 12º Ed. São Paulo: Prentice Hall, 2006, 776p. MARQUES, Wagner Luiz. Gerenciamento Financeiro. 1° Ed. Cianorte - PR: Biblioteca nacional, 1994. 100p. PONTIFÍCA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS. Pró-Reitoria de Graduação. Sistema de Blibiotecas. Padrão PUC Minas de normatização: Normas de ABNT para apresentação de trabalhos científicos: Tese, dissertações e monografias. Belo Horizonte, 2010. Disponível em: <http://www.pucminas.br/documentos/normalizacao_monografias.pdf> acessado: 05 de março de 2011. SANDHUSEN, Richard L. Marketing Básico. 2° Ed. São Paulo: Saraiva, 2003. 497p. SHIMOYAMA, Cláudio; ZELA, Douglas R. Marketing/ FAE Business School Curitiba: Associação Francisca de Ensino Senhor Bom Jesus. 1° Ed. Curitiba: Gazeta do povo, 2002. 72p. WHITELEY, Richard C. A empresa totalmente voltada para o cliente, do planejamento a ação. 5º Ed. Rio de Janeiro: Campus, 1992. 282p. 111 ANEXO I Pesquisa de Satisfação de Cliente Quest. 01 Cliente: Conta: Data/Período de Realização: FATOR 1. Os equipamentos são modernos? 2. Instalações físicas são visualmente atrativas? 3. Os empregados são bem-vestidos e asseados? 4. A aparência das instalações físicas é conservada de acordo com o serviço oferecido? 5. Suporte adequado da empresa para cumprir suas tarefas corretamente? 6. O espaço físico oferece conforto para os clientes? 7. Empregados estão sempre dispostos a ajudar os clientes? 8. Recebe serviço imediato quando solicitado? 9. Empregados são educados? 10. Quando algo é prometido em certo tempo é cumprido? 11. Quando há algum problema com a empresa, ela é solidária e o deixa seguro? Sim Não 112 12. Você está satisfeito com os serviços da gerência? 13. Tem confiabilidade? 14. Empregados dão a você atenção pessoal? 15. Tem probabilidade de você continuar a comprar nossos produtos e serviços? 16. Você concorda que a equipe tem Conhecimento técnico? 17. A Credipatos oferece produtos e serviços coerentes com seus desejos? 18. Existe a falta de divulgação dos produtos? 19. Você está satisfeito com nível de serviço da empresa? 20. Você concorda que as tarifas cobradas são justas? Sugestões: