Product: OGlobo 26 PubDate: 04-12-2013 Zone: Nacional Edition: 1 Page: PAGINA_AB User: Asimon Time: 12-03-2013 21:37 Color: C K Y M l O GLOBO l Economia l Quarta-feira 4 .12 .2013 CONTAS NACIONAIS DISCOVERY 4 DIESEL AGORA COM MOTOR BI TURBO DIESEL DE 211 CV E CÂMBIO DE 8 MARCHAS. RESPEITE OS LIMITES DE VELOCIDADE _ PRONTA ENTREGA* LAND RIO landrio.com.br BARRA: 2431 0101 2494 2422 ZONA SUL: 2539 2525 *Imagens meramente ilustrativas. Oferta válida até 04/12/2013. Condições sujeitas a alteração sem aviso prévio. [email protected] MÍRIAM LEITÃO Consumo das famílias volta a ‘salvar a pátria’ no trimestre Mas analistas não veem fôlego no setor. Segmento de serviços ficou estagnado FABIO ROSSI CLARICE SPITZ, BRUNO ROSA, MARCELLO CORREA E LUCIANNE CARNEIRO [email protected] | ALVARO GRIBEL E VALÉRIA MANIERO (INTERINOS) | Pior para 2014 O PIB do terceiro trimestre confirmou as previsões de retração, com -0,5%. O dado de 2012 foi revisado de 0,9% para 1%. Olhando para frente, há boas e más notícias. A melhor é que a queda não deve se repetir no quarto tri, e o país deve evitar a recessão. Mas, como o crescimento no segundo semestre está fraco, 2014 começará menos embalado. Há projeções para o ano que sendo revistas para baixo. O dado divulgado ontem pelo IBGE veio no piso das projeções do mercado, -0,5%. A revisão de 2012 foi pequena, de 0,9% para 1%, distante do número divulgado pela presidente Dilma na semana passada, 1,5%. O IBGE passou pelo desnecessário constrangimento da suspeita de ter enviado o número antecipadamente ao governo. E isso não aconteceu. Depois de subir por três trimestres, veio a decepção com o investimento, que caiu 2,2%. José Júlio Senna, chefe do Centro de Estudos Monetários FGV/Ibre, avalia que o número confirma que houve muita influência da produção de caminhões no início do ano. — A queda do investimento mostra que essa recuperação não se sustentou. Também é importante notar que os juros no Brasil ficaram mais altos no período. O risco-país subiu mais do que em outros países, e por razões internas. Isso não ajuda no investimento — diz. O economista-chefe do Bradesco, Octávio de Barros, chama atenção para o baixo crescimento que a economia terá no segundo semestre. Ele prevê uma alta de apenas 0,3% no quarto tri. Com isso, o carregamento estatístico para o ano que vem será menor. Ele adiantou que a projeção de crescimento para 2014, que está em 2,1%, deve ser revista para baixo. — Caso se confirme 0,3% de alta no quarto trimestre, o carrego estatístico para 2014 será de apenas 0,4%. O de 2012 para 2013 foi de 1% e cresceremos algo em torno de 2,2%. É esse carrego pequeno que poderá levar o mercado a rever ainda mais para baixo o PIB do ano que vem, para algo entre 1,5% e 1,7% — explicou. A avaliação é a mesma do economista José Márcio Camargo, da PUC-Rio e da Opus Gestão de recursos, que também estima alta de 0,3% no quarto tri. Ele já revisou o número de 2014 de 1,8% para 1,6%. l Poupança é a mais baixa desde 2001 A queda da taxa de poupança para 15% do PIB foi um dos piores números divulgados ontem. Como o déficit em conta corrente do país está em 3,6%, não há recursos para fazer crescer a taxa de investimento, que teve um pequeno aumento, para 19,1%, ainda muito abaixo do necessário. Sem poupança interna e já com alta tomada de recursos da poupança externa, esse é um dos principais gargalos que o país enfrenta. — Estamos gastando a poupança com o consumo. Ainda não conseguimos mudar o modelo de crescimento, para que tenha foco no investimento. Na verdade, quem investe pouco é o governo, na faixa de 1% do PIB, enquanto o setor privado investe o resto. E temos carga tributária de 37% do PIB — explicou o economista José Márcio Camargo. Quarto trimestre em alta Até agora, saíram poucos números antecedentes que indicam como deve ser o último trimestre do ano. O economista Rafael Bacciotti, da Tendências, lembra que os dados de outubro mostram desaquecimento do mercado de trabalho e do crédito. A produção industrial daquele mês será divulgada hoje, e os dados do varejo não saíram ainda. Mas, após o fraco número do terceiro tri, a consultoria revisou de 2,4% para 2,2% a previsão para o PIB de 2013. E prevê alta de 0,5% entre outubro e dezembro em relação ao período anterior. Ele acha que o terceiro tri foi o pior do ano. No primeiro, a economia ficou estável, no segundo, cresceu 1,8%, e, no seguinte, encolheu 0,5%. Brasil é o inverso do Chile Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados, diz que, do jeito que as coisas estão, o governo deverá entregar um PIB médio de 2% ao ano entre 2011 e 2014, com inflação média de 6,2%. Esses números são o inverso do que acontece com a economia chilena, que tem inflação de 2% e crescimento de 6%. — Fica fácil ver quem está seguindo o caminho correto — afirma. [email protected] e [email protected] A colunista está de férias O consumo das famílias voltou a carregar a economia brasileira no terceiro trimestre deste ano. A alta foi de 1% frente ao período de abril a junho, bem acima do 0,3% registrado no segundo trimestre. O resultado foi o melhor desde o fim de 2012, quando a subida fora de 1,1%. Analistas, no entanto, não veem fôlego no consumo das famílias para sustentar essa taxa. Silvia Matos, economista da Fundação Getulio Vargas (FGV), diz que o resultado não aponta para uma retomada do consumo, que chegou a acumular alta de 6,9% em 2010. Nos últimos quatro trimestres, avançou 2,8%. — Não podemos olhar só dados trimestrais. A foto (o dado trimestral) é essa, mas o filme (dados de longo prazo) é diferente — afirma a especialista. Para Fernando Ribeiro, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o comportamento do setor, que responde por 62% da economia, foi influenciado pelo aumento da confiança e pela inflação menor: — A inflação arrefeceu, isso vai permitir uma alta moderada daqui para frente. Para o economista Aurélio Bicalho, do Itaú Unibanco, a alta do consumo das famílias está em um patamar bem mais acomodado que em 2012. No ano, sobe 2,4%, em linha com o PIB, que tem a mesma variação nesta comparação. Óleo e gás. O advogado Sérgio Sobral diz que a demanda é sustentada pelo setor de infraestrutura e de combustíveis — O consumo voltou a crescer, mas não se pode esperar o crescimento do passado. A fase que foi de 2004 a 2010 passou — disse o economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale. SERVIÇOS: PIOR QUE EM 2012 Enquanto o consumo acelerou, o setor de serviços tomou a mão inversa. Depois de subir 0,8% no segundo trimestre, ficou praticamente parado em 0,1% de abril a junho. Contra o mesmo trimestre do ano passado, os serviços caminharam junto com o PIB. A alta foi de 2,2%, a mesma da média da economia. — Os serviços perderam ritmo este ano frente a 2012 — afirmou Roberto Olinto, coordenador de Contas Nacionais do IBGE. Entre as empresas de serviços, a sensação ainda é de demanda aquecida nos negócios. Marcos Madiano, administrador do Armazém do Café, lembra que, embora as famílias já não tenham mais renda suficiente para comprar bens duráveis no mesmo ritmo do ano passado, ainda há quantia disponível para alimentação fora de casa. Segundo ele, a rede, que conta com sete lojas no Rio, está registrando alta nos negócios neste ano. — Ainda há uma gordura na renda das famílias. Com o crescimento da economia, o brasileiro passou a conviver com novas opções, com diferentes tipos de vinhos e cafés. As vendas estão aumentando, sim. Além disso, cortei os custos, reduzindo o estoque, por exemplo — disse Madiano. O advogado Sérgio Sobral, sócio do Castro, Barros, Sobral, Gomes Advogados, diz que a demanda tem se mantido, porém concentrada em projetos de infraestrutura e de óleo e gás. — A demanda aqui no escritório é muita alta nesses dois segmentos. Acho que a área de infraestrutura vai continuar demandando, pois ainda há muito a fazer — diz Sobral. l Tamanho do recuo surpreende vencedor de Nobel JEAN-CHRISTOPHE BOTT/AP/23-1-2013 Para Stiglitz, queda se deve a cenário global e problemas como juro muito alto DEBORAH BERLINCK Correspondente [email protected] -GENEBRA- Prêmio Nobel de Econo- mia em 2001, o professor Joseph Stiglitz, da Universidade de Columbia, foi surpreendido pela contração trimestral de 0,5% da economia brasileira. Para ele, o contexto global contribuiu para o resultado negativo, mas o Brasil enfrenta problemas internos, como os juros “muito altos”. — A surpresa é o tamanho da contração no Brasil. Mas devo dizer que não entendo totalmente. Estou um pouco surpreso — afirmou em entrevista a jornalistas brasileiros. — Não acho que se Susto. Stiglitz: ‘Um pouco surpreso’ possa dizer que foi só por causa de fatores externos, mas sim que fatores externos com problemas internos podem levar a isso. O economista concorda que era de se esperar que os eventos esportivos de 2014 e 2016 puxas- sem mais o crescimento, mas elogiou o debate sobre os gastos públicos com as competições. — O debate no Brasil tem sido mais vivo que em outros países sobre se esta é a melhor forma de gastar dinheiro. E isso pode ter limitado o montante dos gastos. Na minha opinião, é um debate saudável. A previsão padrão é de que depois das Olimpíadas, vem uma crise — afirmou. CRÍTICAS AO SISTEMA FINANCEIRO Ele pondera que sediar a Copa do Mundo ou as Olimpíadas pode ser bom ou ruim para a economia: alguns países usaram a oportunidade para fazer investimentos que servem de base para crescimento econômico futuro. — Outros simplesmente construíram estádios e casas no lugar errado ou que não são usados, um desperdício de recursos. Stiglitz, que foi presidente do Conselho de Assessores Econô- micos no governo de Bill Clinton e economista-chefe do Banco Mundial, fez críticas ao sistema financeiro brasileiro, que que, segundo ele, “tem sido uma preocupação há tempo”. — O Brasil terá de eventualmente pensar em reformar seu sistema financeiro. Vocês têm juros reais muito, muito altos no sistema bancário, e taxas de juros mais razoáveis no BNDES. Portanto, têm um mercado financeiro muito segmentado. A taxa de juros no sistema bancário privado é uma das maiores do mundo! Isso, normalmente, não é uma boa forma de administrar o sistema financeiro. Ainda assim, sua percepção sobre a economia brasileira é positiva. Ele lembrou que o país foi um dos que se beneficiou do ciclo de alta de commodities, mas enfatizou que o Brasil não exporta só matérias-primas, mas também itens como aviões. l acesse shopping boulevard são gonçalo Av. Presidente Kennedy, 425 são gonçalo shopping Av. São Gonçalo, 100 LICITAÇÃO SUBSECRETARIA DE ASSUNTOS ADMINISTRATIVOS Ministério dos Transportes PREGÃO PRESENCIAL Nº 13/00033-PG REFLETORES E TACHAS SOLARES A ESCOLA SESC DE ENSINO MÉDIO comunica a realização da licitação acima. O Edital está disponível no site www.escolasesc.com.br – Licitações. AVISO DE CHAMAMENTO PÚBLICO Segunda Sessão Concorrência n° 001/2013 O Ministério dos Transportes, por intermédio de sua Comissão Especial de Licitação, designada pela Portaria n° 76 de 28 de março de 2013, convoca os licitantes para participarem da segunda sessão pública referente à Concorrência nº 001/2013, que será realizada no dia 05 de dezembro de 2013, às 10:00 horas no Auditório Paulo Dennys localizado no 4º Andar, Ala Oeste do Edifício Anexo deste Ministério. Mara Lucia Pacheco Lopes Presidente da CEL/MT