PIB cresce 0,6% no 1º trimestre do ano O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil mostrou variação positiva de 0,6%, na comparação com o último trimestre de 2012, segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. Os maiores destaques foram a agropecuária pelo lado da oferta e a formação bruta de capital fixo – FBCF pelo lado da demanda. Em relação ao mesmo período de 2012 o crescimento do PIB foi de 1,9%. Indicadores (%) Período de Comparação PIB AGROPEC INDUS SERV FBCF Consumo Famílias Consumo Governo 1º tri 2013 / 4º tri 2012 1º tri 2013 / 1º tri 2012 Acum. em 4 tri / 4 tri imediatamente anteriores 0,6 1,9 9,7 17,0 -0,3 -1,4 0,5 1,9 4,6 3,0 0,1 2,1 0,0 1,6 1,2 3,9 -1,2 1,7 -2,8 3,0 2,8 1.110,4 59,7 230,2 650,5 204,9 722,9 212,9 Valores correntes no tri (R$ bilhões) Fonte: IBGE. O crescimento do PIB nacional foi garantido pela agropecuária (9,7%), pelo lado da oferta, o setor de serviços também mostrou aumento (0,5%), enquanto a indústria apresentou redução (-0,3). No lado da demanda a FBCF (4,6%) definiu o resultado, enquanto o consumo das famílias, embora tenha desacelerado, cresceu pelo 38º mês consecutivo. Na indústria, o destaque negativo foi a indústria extrativa (-2,1%), a construção civil e a atividade de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana variaram -0,1% e a indústria de transformação variou positivamente 0,3%. Em relação ao 1º trimestre de 2012 o incremento do PIB foi impulsionado pela agropecuária (17,0%) e pelo setor de serviços (1,9%), a indústria aparece novamente como destaque negativo (-1,4%). A FBCF (3,0%), o do consumo das famílias (2,1%), e o consumo do governo (1,6%) também contribuíram para o aumento. O crescimento da agropecuária foi justificado pelo bom desempenho de alguns produtos que possuem safra no primeiro trimestre, aliado ao aumento na produtividade do setor. A queda na indústria foi explicada pela indústria extrativa que retraiu 6,6%, construção civil (-1,3%) e pela indústria de transformação (-0,7%). Em relação ao setor externo, as exportações recuaram 6,4% enquanto as importações cresceram 6,3%. Este resultado é fruto de um déficit comercial recorde neste primeiro trimestre, que totalizou até março 5,15 bilhões de dólares. O resultado veio abaixo do esperado pelo mercado. Segundo dados coletados pelo Valor Econômico, das 14 instituições financeiras ouvidas pelo jornal, apenas uma previu o crescimento observado. A média ficou em 0,9%. A expectativa do mercado é de que o PIB fique inferior a 3% até o final de 2013.