ISSN: 2316-2678 AVALIAÇÃO DOS EFEITOS NEUROPROTETORES DO DECOCTO DA CASCA DO CAULE DE MYRACRODRUON URUNDEUVA (AROE MARIA JANICE PEREIRA LOPES , MONALISA CASTRO TEIXEIRA, VIVIANE DE JESUS ALVES, TATIANA RODRIGUES GARCIA Orientador: GLAUCE SOCORRO DE BARROS VIANA Área: saúde Modalidade: oral Instituição de Ensino: FACULDADE DE MEDICINA ESTÁCIO DE JUAZEIRO DO NORTE INTRODUÇÃO: A Doença de Parkinson (DP) é uma doença crônica que leva à disfunção motora progressiva e sintomas não motores. A DP caracteriza-se por degeneração dos neurônios dopaminérgicos da substância negra pars compacta, ocorrendo também estresse oxidativo, disfunção mitocondrial, inflamação, excitotoxicidade e apoptose. Em estudos anteriores demonstramos que a Myracrodruon urundeuva apresenta atividade anti-inflamatória em modelos animais. Por essa ação, propõe-se que a M. urundeuva tenha um potencial neuroprotetor na DP. OBJETIVOS:Avaliar o efeito neuroprotetor do decocto da casca do caule M. urundeuva (DCCMU) em modelo experimental de DP. MÉTODOS: O trabalho foi aprovado pela CEUA da Estácio FMJ (nº 2014.1-004). Ratos machos Wistar (250-300 g) foram submetidos ou não à lesão unilateral estriatal com 6hidroxidopamina (6OHDA), dois pontos com 12 μg/μL/ponto, por cirurgia estereotáxica, e tratados ou não com o DCCMU. Os animais (n= 5 a 14) foram distribuídos em 4 grupos: Falso-Operado(FO), 6-OHDA, 6-OHDA+DCCMU (25mg/Kg e 50mg/kg vo). Após a cirurgia, os animais foram tratados com DCCMU durante 14 dias. Os grupos 6-OHDA e FO foram tratados com água (1ml/kg, vo). Após este tempo os animais foram avaliados pelo teste de rotações induzidas pela apomorfina. Em seguida foram submetidos a eutanásia por decapitação para retirada do corpo estriado para determinação dos níveis de dopamina (DA) e seu metabólito DOPAC por HPLC. Foram utilizados o teste t- Student e ANOVA, seguido do Newman-Keuls como post hoc e as diferenças foram consideradas para p<0,05. RESULTADOS: No teste rotacional, enquanto o grupo FO não apresentou alterações no comportamento rotacional, no grupo lesionado ocorreram 387,9±39,8, rotações/hora. Os grupos 6OHDA+DCCMU 25mg/kg (18,18±8,93,) e DCCMU 50mg/kg (159,9±36,0) reduziram em 95%, e 59% respectivamente, o número de rotações/hora com relação ao grupo 6OHDA. A avaliação dos níveis estriatais de DA (ng/g de tecido) mostrou que o estriado direito do 6-OHDA apresentou uma redução em torno de 74% nos níveis de DA (546,9± 80,8) com relação ao seu lado esquerdo (2111± 266,2). Semelhante redução foi observada no lado direito do 6OHDA em relação ao lado direito do FO. O tratamento com DCCMU na dose de 25mg/kg reverteu à diminuição de DA no lado direito em relação ao lado direito do 6- OHDA. Resultados semelhantes ocorreram com níveis estriatais de DOPAC. CONCLUSÃO:O aumento dos níveis estriatais de dopamina no lado direito após tratamento com o DCCMU, sugere uma ação neuroprotetora. Além disso, os tratamentos reverteram o comportamento rotacional induzido pela apomorfina com relação ao grupo 6OHDA. Palavras-chave: Myracrodruon urundeuva; Doença de Parkinson; neur