2. Análise Ambiental 2.1. Descrição dos principais serviços prestados pela organização O CTA/SAE (informe o que é!) atua no diagnóstico, tratamento e controle da AIDS, oferecendo serviços de exames anti HIV e sífilis, coleta de sangue para exames laboratoriais específicos para os soropositivos (carga viral, CD4 e CD8). Realiza o tratamento dos portadores de HIV fornecendo todos os medicamentos retro virais, encaminhamento de exames de rotina em parceria com os laboratórios públicos, palestras educativas, acompanhamento psicológico e atendimento médico. Conta ainda com o programa “CTA itinerante” atuando em empresas, escolas, comunidades rurais, etc. (através de solicitações) onde a equipe do órgão se desloca para essas localidades e realiza palestras, testes e distribuição de preservativos. 2.2 – Organograma 2.3 – Cenário político e econômico A organização aqui estudada surgiu como uma estratégia do Governo Federal para a prevenção, controle e tratamento especializado do HIV/AIDS. No final dos anos 80, quando o medo, os riscos e a vulnerabilidade da população diante da AIDS cresciam proporcionalmente ao seu desconhecimento sobre as formas de transmissão do HIV, o Ministério da Saúde, através da sua Coordenação Nacional de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids, reiterando a sua convicção no poder da informação como primeira estratégia efetiva com vistas à prevenção da infecção, dava início à implantação, em nível Nacional, dos Centros de Orientação e Apoio Sorológico, que ficaram conhecidos pelo nome de COAS. (Ministério da Saúde, 1999. p. 5) Esses Centros de Orientação (COAS) hoje são conhecidos como CTA (Centro de Testagem e Aconselhamento), são implantados em municípios cuja população seja superior a 50.000 habitantes e funcionam a partir da parceria entre governos Federal, Estadual e Municipal. Toda a formatação do programa, inclusive estratégica, é feita pelo Governo federal. É o Ministério da Saúde que define os moldes do programa e orienta o Governo do Estado na implantação e treinamento dos profissionais envolvidos. As prefeituras fazem a adesão ao programa e fornecem o local para o funcionamento do órgão bem como os funcionários que atuarão nas unidades. No caso do município de Paragominas, houve ainda, a parceria da empresa Hydro (na época Vale do Rio Doce) que arcou com toda a construção do prédio onde hoje funciona a organização analisada. 2.4 – Principais steakholders internos e externos Considerando que steakholders são elementos essenciais ao planejamento estratégico e após analisar de perto o funcionamento do CTA, podemos afirmar o seguinte sobre os steakholdes internos e externos: Os principais Steakholders internos são: coordenador, colaboradores e Secretaria Municipal de Saúde que planejam e executam as tarefas e ações para que o programa CTA itinerante funcione e leve melhor qualidade de vida as pessoas que dele precisam. Os Steakholders externos são o Governo Federal, Ministério da Saúde, Estado e Mineração Paragominas – Hidro, na esfera governamental, podemos mencionar o fornecimento de material, como medicação, preservativo e recurso para que os pacientes façam tratamento – caso necessário – fora de seus domicílios e na esfera privada, mencionamos a construção de toda infraestrutura necessária para que o CTA funcione de forma adequada, trazendo conforto e comodidade aos seus usuários. 3. Descrição do Processo Administrativo Como o funcionamento de todos os CTAs é definido pelo Ministério da Saúde, tanto o número de profissionais quanto os trabalhos lá desenvolvidos seguem os parâmetros e diretrizes fornecidas pelo Governo Federal através de treinamentos e manuais de funcionamento. O órgão cumpre a seguinte rotina: O interessado que procura ajuda do CTA, deverá – obrigatoriamente – participar de uma palestra ministrada por um enfermeiro – no caso de Paragomimas o próprio coordenador – ou um psicólogo que a instituição dever ter, como previsto no planejamento do governo federal, após essa palestra, onde são esclarecidas dúvidas de como o portador do HIV/AIDS deve se comportar, como as pessoas devem conviver com uma pessoa soro positivo, como utilizar corretamente preservativos. A palestra é fundamentada no esclarecimento de dúvidas e preparação para um possível resultado positivo após o exame. Após a palestra, o interessado preenche um cadastro, pois a partir daí, terá acesso a qualquer quantidade de preservativo que julgar necessário e quantas vezes solicitar, sendo soro positivo ou não. Esse cadastro serve também para que se tenha o controle de quantos infectados e quantos suspeitos. A partir daí, se tem condições de medir a quantidade de preservativos, medicamentos e materiais necessários para realização dos exames e tratamento dos infectados. 3.1 Prática I – Palestra Pré- Teste 3.1.1 Planejamento Definido pelo próprio Ministério da Saúde e executado pelo coordenador da organização ou Psicólogo, cabendo a estes apenas o planejamento dos horários em que se darão as palestras: às 9:00 e às 14:00 horas. 3.1.2 Organização O Centro conta com um auditório equipado com recursos multimídias, acessórios ilustrativos e capacidade para 20 pessoas. 3.1.3 Direção A direção desta tarefa fica à cargo de dois profissionais capacitados e treinados para executá-la: 1 enfermeiro e 1 psicólogo 3.1.4 Controle O controle desta tarefa é feito de maneira parcial através do cadastro que cada ouvinte preenche após a palestra e que é enviado ao Ministério da Saúde para compor as estatísticas federais. 3.2 Prática II – Realização dos Exames 3.2.1 Planejamento Também é Definido pelo próprio Ministério da Saúde inclusive com o fornecimento dos formulários e insumos necessários para sua execução que também é feita pelo coordenador após a realização da palestra. 3.2.2 Organização Os testes são realizados um a um, em sala reservada, com materiais totalmente descartáveis e seguros. 3.2.3 Direção A direção desta tarefa fica à cargo do Coordenador do Centro. 3.2.4 Controle O controle desta tarefa é feito através de formulário próprio que é preenchido com dados do paciente no ato do exame e alimentado em sistema online ligado à Secretaria Municipal de Saúde e ao Ministério da Saúde para acompanhamento e controle da quantidade de pacientes atendidos e de insumos utilizados. 3.3 Prática III– Alimentação de Dados 3.3.1 Planejamento O Coordenador do Centro planeja como e quem irá executar esta tarefa, no entanto não interfere nem opina na formatação dos sistemas e formulários utilizados para este fim. 3.3.2 Organização O Centro conta com Sistemas online ligados à Secretaria Municipal de Saúde, ao Governo do Estado e Federal que são alimentados mensalmente. 3.3.3 Direção A direção desta tarefa fica à cargo do Auxiliar Administrativo encarregado de executá-la. 3.3.4 Controle O controle desta tarefa é feito, internamente, pelo coordenador do centro que supervisiona e analisa os dados e externamente pelos Governos Municipal, Estadual e Federal que utilizam os dados gerados por cada centro para definir estratégias, repasse de verbas e quantidade de insumos que irão disponibilizar para unidade.