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Questões de A.E.G.
Livro Manual de Economia – Cap. 22 – Comércio Internacional
1- Se o governo brasileiro fixar a taxa de câmbio acima da de equilíbrio haverá sobra ou falta
de moeda estrangeira no país?
R: É interessante lembrarmos que quando o governo, através do Banco Central, determina a taxa
de câmbio, essa política cambial é chamada de Política de Câmbio Fixa, onde o governo se
torna responsável pelos desequilíbrios do mercado. Com essa política, o governo se torna
responsável pela sobra ou falta de divisas. Ele é obrigado a comprar toda e qualquer quantidade
ofertada no mercado àquele preço, bem como se torna responsável a vender qualquer quantidade
de divisas também àquele preço a todos demandantes. Porém analisando acima o gráfico, vemos
que:
D - Curva de Demanda
S - Curva de Oferta
P0 - Preço inicial
P1 - Preço fixado a maior
E – Preço de equilíbrio – Onde as quantidades demandadas são iguais às quantidades ofertadas
àquele nível de preço (P0)
Aonde a linha tracejada na horizontal encontra a curva de demanda, esta será a quantidade
máxima que os demandantes aceitam pagar por aquele preço. No ponto onde essa linha encontra
a curva de oferta, essa será a quantidade máxima que os ofertantes aceitam oferecer a esse nível
de preço. Como se percebe no ponto E, elas se igualam, chamado ponto de equilíbrio.
O governo pode em determinado momento da economia, fixar o valor dessa mercadoria (dólar)
em um valor mais alto, talvez visando um incremento nas exportações, para resolver algum
problema de déficit na sua balança comercial. Ao praticar tal política, saindo de P0 e
aumentando o preço para P1, percebe-se no gráfico que o ponto A é quantidade ofertada àquele
preço P1. No ponto B encontra-se a quantidade máxima demandada ao preço P1. Veja que a
quantidade ofertada é bem maior que a quantidade demandada. Ou seja, há uma grande
quantidade de sobra de US$ no mercado (variação de Qs1 a Qd1).
Problemas por assumir tal postura:
a) Por ter fixado esse novo valor, se torna responsável para comprar toda sobra;
b) Terá que se endividar internamente;
c) Atrapalha o mercado agir através de seus mecanismos que buscam o equilíbrio.
2- Se aumentar a renda na economia mundial, a oferta de moeda estrangeira por parte dos
exportadores brasileiros irá aumentar ou diminuir?
R: Com o aumento da renda mundial, a população estrangeira com mais renda, passará a
demandar mais produtos brasileiros. Como a demanda cresce, os preços das mercadorias
exportadas também aumentarão. Resultado disso é uma maior quantidade de dólares para os
nossos exportadores. Se tiverem mais US$, a curva de oferta se desloca para a direita ( S` ).
Aumentará por parte dos ofertantes a quantidade de US$ oferecidos ao mesmo preço P0, saindo
de Q0 para Q0`. Porém ao preço P0 só há demanda para Q0. Ocorre sobra de divisas a este
preço (variação de Q0` para Q0). Como os nossos exportadores necessitam converter seus
dólares em Reais para quitar débitos, começa a baixar o preço até chegar ao limite de P1, onde
teremos um novo equilíbrio no mercado E” para uma quantidade Q1.
3- Se o PIB brasileiro crescer em um determinado ano, deve-se esperar que a demanda por
divisas cresça ou diminua?
R: VER GRÁFICO SEGUINTE.
Se o PIB Brasileiro crescer em um determinado ano, podemos entender que a renda da
população interna aumentará, e com isso, aumentará o consumo. Como grande parte do que nós
consumimos, tem insumos e/ou matérias primas importadas, crescerá a quantidade de
importados, sem contar também que aumenta a quantidade de produtos de bens finais
importados. Crescerá a demanda por US$ para poder pagar todas essas compras. A curva de
demanda se desloca para a direita, agora em D`, já que a população quer demandar mais dólares.
Mesmo ao mesmo preço P0, a população aceita comprar uma quantidade maior de divisas
porque possui melhor poder aquisitivo. Ao preço P0 a demanda será de Q0` quantidades.
Porém, o gráfico mostra que ao preço P0, só há oferta até Q0. Vai haver falta de US$ para
atender toda a demanda. Demanda maior que oferta, o preço tende a aumentar. E assim ocorrerá
até chegar ao novo ponto de equilíbrio E`, onde o preço subirá para P1 e quantidade ficará em
Q1.
4- Explique por que um déficit de transações correntes na balança de pagamentos de um país
representa uma poupança externa.
R: Pela definição de poupança, o déficit em transações correntes significa que o país consumiu
mais do que a capacidade produtiva interna permitia, ou seja, absorveu parte da produção
externa, da poupança de outros países.
5- Como se registrariam as seguintes transações na balança de pagamentos: exportações,
pagamentos de juros, recebimentos de investimentos diretos, pagamentos de amortizações e
recebimento de um empréstimo de regularização do FMI?
R: Exportações (+ na balança comercial), pagamento de juros (- na conta de serviços),
recebimento de investimentos diretos (+ na conta capital), pagamento de amortizações (- na
conta capital) e recebimento de um empréstimo de regularização do FMI (+ no balanço de
pagamentos).
6- No que consiste a idéia de vantagens comparativas? Por que os economistas clássicos
recomendavam o livre comércio entre as nações?
R: É possível que um país possa produzir um bem, ou serviço, ou todos de forma mais eficiente
do que outro, isto é, que utilize menos recursos para produzir determinada quantidade. Diz-se
neste caso, que tal país tem vantagem absoluta na produção. No entanto, esse conceito não
explica a “divisão internacional do trabalho” entre os países, ou seja, o que eles exportarão ou
importarão. Mesmo um país que tenha vantagem absoluta na produção de todos os produtos se
beneficia do comércio. Isso porque o conceito relevante para explicar o comércio é o de
vantagem comparativa, ou poderíamos dizer, a capacidade de produzir um bem ou serviço com
o menor custo de oportunidade.
Ex: Digamos que o Ronaldinho possa utilizar duas horas de seu tempo para cortar a grama do
seu jardim ou gravar um clip comercial, no qual ganha R$ 10 mil. Por sua vez, Rosalina, em
quatro horas, conseguiria cortar a grama ou poderia trabalhar em uma lanchonete e ganhar R$
70.
Observe que Ronaldinho possui vantagem absoluta nas duas atividades. Ele é mais eficiente
cortando grama em duas horas que Rosalina que corta em quatro horas. Porém Rosalina tem
vantagem comparativa em cortar grama: se ela escolher essa atividade, seu custo de
oportunidade será de somente R$ 70, enquanto que Ronaldinho deixará de ganhar R$ 10 mil.
Veja que para Ronaldinho, mesmo tendo vantagem absoluta em ambas as atividades, é
preferível a ele trocar com Rosalina e pagando a esta qualquer valor inferior a R$ 10 mil para
cortar a grama de sua casa, e utilizando o seu tempo, limitado e escasso (estudo base da
economia: escassez) para filmar o comercial.
Ambos saem ganhando.
Ver mais detalhes teóricos na pág. 437 - 440 da apostila Comércio Internacional.
7- Segundo a teoria neoclássica do comércio internacional, que tipos de produtos os países em
desenvolvimento tenderiam a exportar?
R: Veja exemplo do graf. da pág. 441 da apostila, onde mostra na vertical tecido (especialidade
do Brasil) e na horizontal máquinas (especialidade USA). O Brasil é muito mais eficiente
relativamente em tecido que em máquinas, mesmo com possibilidade de fabricar os dois
produtos, ele é muito melhor em tecido. Isso se deve ao fato de o Brasil possuir grande
quantidade de fator de produção chamado mão-de-obra (escasso nos USA), e pouca quantidade
de Capital (o que é abundante nos USA). O Brasil acaba ganhando muito mais com isso. Veja
que ele teria um custo de oportunidade muito alto deslocando mão-de-obra para produção de
máquinas. Veja gráfico. Não é rentável. A recíproca é verdadeira para os USA, quando o fator
analisado é capital.
É uma colaboração às idéias de Ricardo, agora um pouco mais apuradas.
Favor ver mais detalhes (LER) págs 441 e 442.
8- Quais as principais características da evolução do comércio internacional após a Segunda
Guerra Mundial?
R: Teoria de B. Linder: Não se preocupava com o comércio entre ricos e pobres. O
desenvolvimento comercial estava no Comércio Norte-Norte. Na sua fase inicial o comércio se
daria entre países ricos, por possuírem renda alta, demanda elevada, forçaria um maior
desenvolvimento da indústria para fornecer produtos diferenciados e cada vez mais sofisticados.
Teoria de R. Vernon: Ciclo de vida do produto. Aperfeiçoou a idéia anterior. Com o
crescimento da indústria de prod. Diferenciados e de melhor qualidade, esses produtos
alcançariam um ponto de monopólio, depois à padronização, onde chegava o saturamento por
esses produtos nesse mercado. Nesse caso, o próximo passo seria buscar novos mercados, onde
o custo da M.O. fosse mais baixo – ou seja, nos países pobres.
Em suma, as grandes inovações nasciam em países desenvolvidos e chegavam à maturidade nos
países pobres, ou em desenvolvimento.
Teoria do Modelo de Concorrência Monopolística: Grande número de firmas com produtos
diferenciados, com produção em alta escala, e que proporcionava maior bem estar, e redução de
preços. Essas empresas chagariam aos países em desenvolvimento na busca de novos mercados,
atraídos por incentivos de seus governantes.
9- Qual sistema cambial vigora na economia mundial nos últimos 25 anos?
R: Após a ruptura do sistema de Bretton Woods em 1973, houve uma proliferação de diferentes
regimes cambiais. A maior parte dos países industrializados passou a adotar o regime de câmbio
flutuante, enquanto
alguns países emergentes atrelaram sua moeda a outras moedas mais
fortes na busca da estabilização ou de incentivos à exportação. Há ainda casos mais extremos
como o Currency Board, que permite total convertibilidade entre moedas, adotado pela
Argentina no início da década de 90. Ou a dolarização completa de uma economia, implicando
na perda da independência da política monetária.
10- Em que consiste a globalização dos mercados?
Facilitar e dinamizar o comércio internacional
Promover o avanço dos mercados financeiros
Incrementar a tecnologia que promove maior produção mundial para além das fronteiras.
- Favor LER págs. 444 – 445 e entender o teor dos três itens acima
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