Confira a análise publicada

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VITÓRIA, ES, DOMINGO, 26 DE OUTUBRO DE 2014 ATRIBUNA
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Economia
KADIDJA FERNANDES/AT
Verão com
16,5 milhões de
picolés a mais
Fabricantes de sorvete
vão aumentar a
produção de picolés
para atender turistas
e consumidores de
todo o Estado
Tais de Hollanda
estação mais quente do ano
vai ser também mais doce. É
que, para refrescar e adoçar
o paladar, as fábricas de sorvete do
Estado vão produzir a mais 16,5
milhões de picolés no verão.
Segundo o presidente do Sindicato da Indústria Alimentar de
Congelados, Supercongelados,
Sorvetes, Concentrados e Liofilizados do Estado (Sincongel), Vladimir Rossi, o aumento na produção
é de 30% durante a alta estação.
Rossi acrescentou que, no Estado, são produzidos cerca de 6,5 milhões de picolés todo mês e, mas no
verão, a previsão é de que a produção aumente para 12 milhões em
A
cada um dos três meses da estação.
Além disso, serão produzidos 1,5
milhão de litros de sorvete, entre o
comum e o expresso (soft).
“Temos cerca de 350 sorveterias
em todo o Estado que vão aquecer
a produção para atender a clientela, inclusive os turistas”, afirmou
Rossi.
O gerente-geral da Ajellso, Michel Wilson, destacou que a expectativa de vendas para o verão é
de 500 mil picolés por mês. “Durante o inverno, as vendas de picolés ficam em 100 mil. Só esperamos que não chova muito a partir
de dezembro para garantirmos a
venda”.
Entre os 37 sabores de picolés
oferecidos, Wilson contou que a
marca vai apresentar os lançamentos chocomenta, musse de jaca e pistache. Já na linha zero açúcar, serão vendidos picolés de morango e de chocolate. “A maioria
dos picolés vai custar R$ 2, e os de
baixa caloria serão vendidos entre
R$ 3 a R$ 3,50, dependendo do sabor”, disse.
O proprietário da sorveteria
ANÁLISE
Arilda Teixeira,
economista e professora
da Fucape
“A renda da classe
média aumentou”
MICHEL WILSON disse que a expectativa é vender 500 mil picolés por mês
Kiabai, José Maximino, contou
que os sabores como coco com
ameixa e chocolate trufado, novidades da casa, podem aumentar as
vendas em 50% no verão.
“É uma estação em que os sorvetes de fruta aumentam as vendas
em 15%. Os picolés são vendidos a
R$ 1,50 e os que são à base de leite,
R$ 2,50”.
Para o economista e coordena-
dor de Extensão da Rede Doctum,
professor Paulo Cezar Ribeiro Silva, a variedade de frutas no sorvete
faz com que ele seja um dos produtos mais consumidos nas praias
capixabas. “As pessoas adoram
consumir picolés de fruta, mas dependendo de como ficar a economia devido a estiagem, o produto
pode ficar mais caro do que a água
de coco”, observou.
O crescimento da demanda
de sorvetes e picolés está mais
associado ao fato da ascensão
econômica da classe D para a
classe C, que garantiu o acesso aos bens que antes essas
pessoas não tinham tão facilmente.
A classe média do Brasil aumentou e o nível de renda, que
em média no País, que gira em
torno de R$ 1.700.
Isso significou um aumento
de demanda por bens de toda a
natureza, inclusive o de alimentos e também de sorvetes
no geral.
É um indício de que esse tipo de supérfluo consegue ser
consumido por mais pessoas.
É possível esperar que haja
um aumento da produção de
sorvetes pelas indústria do Espírito Santo, que vão ampliar a
fabricação dos produtos pensando também em atender aos
turistas que chegam ao Estado
na época de verão.
Mas a quantidade a mais a
ser produzida vai ser influenciada e dependerá de como vai
ficar a economia.
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