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III Congresso de Ciência e Tecnologia da UTFPR-DV
3ª Semana Acadêmica de Ciências Biológicas
HUB 2015
21 e 22 de outubro de 2015, Dois Vizinhos-PR
ABORDANDO SEXUALIDADE ATRÁVES DE MODELOS DIDATICOS NO ENSINO
FUNDAMENTAL
Daniela de Fátima Betine ¹, Fernanda Ap. Brocco Bertan¹, Aline Ap. Ribeiro¹, Fernanda
Paula Boncoski¹, Mara Luciane Kovalski ¹
Acadêmica, Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Câmpus Dois Vizinhos (UTFPR-DV), Dois Vizinhos,
PR, BR - E-mail: [email protected]
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RESUMO
Este trabalho teve como objetivo ministrar aulas teóricas com tema sexualidade, utilizando
modelos didáticos do órgão reprodutor feminino e masculino com alunos do sétimo ano do Colégio
Monteiro Lobato, além de abordar também métodos contraceptivos e doenças sexualmente
transmitidas. Para analisar o conhecimento dos alunos sobre o tema foi aplicado questionário
onde os estudantes puderam indicar seus conhecimentos sobre a morfo- fisiologia dos órgãos,
DSTs/ AIDS, métodos contraceptivo. O desenvolvimento de aula expositiva dialogada nos
proporciona uma maior pluralidade metodológica afim de abordar um conteúdo onde os alunos
ainda não se sentem a vontade de falar abertamente.
Palavras-chave: sexualidade na escola, modelos didáticos, métodos contraceptivos, DST’s.
INTRODUÇÃO
Segundo Cesar (2009) “A combinação entre sexualidade e educação é um tema que
remonta aos primórdios da instituição escolar brasileira. Muitos projetos e iniciativas de educação
sexual pontuaram a história da educação no Brasil e o encontro com a perspectiva de gênero sempre
foi problemática”.
: O sistema reprodutor é trabalhado nas escolas nas disciplinas de Ciências e Biologia,
entendemos que embora o tema sexualidade geralmente causa desconforto para alunos e
professores, se faz muito necessário o aprendizado. Mas, é um processo que vai além de apenas
estudar os órgãos e suas respectivas funções, é também um alerta para os alunos, compreenderem
as doenças sexualmente transmissíveis e os métodos contraceptivo.
Segundo Seffner (2011)) “Mesmo com planejamento bem estruturado, estratégias
pedagógicas de qualidade, recursos tecnológicos de ponta, professores bem formados, as situações
de ensino acontecem num contexto de incerteza”. O professor precisa de materiais de auxilio, para
captar a atenção do aluno e despertar nele o interesse de participar da aula de uma forma mais
espontânea,para quebrar paradigmas e deixar a aula mais interessante e atrativa para o aluno pois
os livros didáticos são insuficientes, pois esse tema difícil de trabalhar, geralmente os alunos ficam
encabulados e com vergonha de questionar e argumentar o funcionamento dos órgãos femininos e
masculinos.
Questões mais complicadas ainda surgem quando enfrentamos o seguinte dilema: aquelas
e aqueles que já “despertaram” para o sexo estarão mais prevenidos em relação às doenças
Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Câmpus de Dois Vizinhos – Estrada para Boa Esperança –
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sexualmente transmissíveis, à AIDS e à gravidez adolescente do que aqueles que manifestam certa
“ingenuidade”? Abordar o tema da sexualidade significa estimular a prática do sexo? Ou significa
estimular a prática do sexo com os cuidados da prevenção? Não falar nada sobre o tema protege os
“inocentes”? Essas questões são de difícil resposta, e a escola se debate no eterno movimento entre
reprimir ou estimular, movimento válido para qualquer tema, especialmente quando se envolvem
gênero e sexualidade. FERNANDO SEFFNER,2011.
A partir disso, elaborou-se um plano de ensino com posterior apresentação de aula, junto
com modelos didáticos dos sistemas reprodutores feminino e masculino para a abordagem desses
assuntos de extrema importância, além de servir como material de apoio ao professor, além de
transformar a aula mais dinâmica e interativa.
MATERIAL E MÉTODOS
Inicialmente foi confeccionado os modelos didático do sistema reprodutor masculino e do
sistema reprodutor feminino, confeccionados de massa de biscuit, anexados em suporte de isopor
e coloridos com tinta guache, e aplicado o modelo. Para o entendimento teórico, foi citado o nome
e a função desempenhada por cada órgão dos diferentes sistemas reprodutores humanos e em
seguida foi aplicado questionário para coleta de dados, verificando se o uso dos modelos didáticos
obteve resultado positivo, e por fim tabulado os resultados em forma de gráfico e analise dos
resultados.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Como se pode perceber através dos modelos utilizados em aula para a compreensão dos
alunos, o maior acerto foi do sistema reprodutor feminino
As perguntas relacionadas com DST’s, uma parte dos alunos compreenderam que o vírus
do HIV ataca as células do sistema imunológico, ficando assim mais propícios a contrair outras
doenças, uma parte dos alunos constatou que o fato seria por realizarem relações sexuais sem
camisinha, ou pelo fato de que a infecção por HIV pode resultar em AIDS. Compreendemos que
esses resultados nos mostram que os alunos focaram na prevenção da doença, o que é ótimo, pois
assim podem-se prevenir porem não focam no que a doença acarreta, consideramos que os danos
da doença devem ser levados em conta sempre, pois conhecendo a ação do vírus no corpo, a
prevenção da mesma ocorrerá com mais frequência. O grande número de alunos respondeu
corretamente que a principal forma de transmissão do vírus HIV é através de relações sexuais sem
o uso de camisinha, porém esqueceram que existem outras formas de adquirir o vírus, como
realizarem tatuagem sem material esterilizado ou descartável, transfusões sanguíneas, porem hoje
em dia esta forma está improvável de acontecer.
CONCLUSÕES
Ao concluir o presente trabalho, fica claro a importância de falar sobre sexualidade nos
colégios, e como é dificultoso abordar esse assunto nas escolas, devido ao preconceito e vergonha
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dos alunos com relação ao assunto, também podemos observar quão essencial é a utilização de
outras formas de aula além de lousa e livro didático.
REFERÊNCIAS
CÉSAR, M. R. de A “Gênero, sexualidade e educação: notas para uma “Epistemologia”. Editora UFPR.2009.
SEFFNER, Fernando. “Um bocado de sexo, pouco giz, quase nada de apagador e muitas provas: cenas escol
ares envolvendo questões de gênero e sexualidade”. Estudos Feministas,Florianópolis.UFRGS.2011.
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