Diagnóstico Clínico pelo Reflexo Pupilar

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DIAGNÓSTICO CLÍNICO PELO REFLEXO PUPILAR: USO DE ONDA
ELETROMAGNÉTICA
David Simiss Girard Moreira Alves, Fernanda Soares Machado Carvalho, Frederico Machado
Duraes, Gabriel do Nascimento Carvalho, Melissa Villardo, Rodrigo Soares Aiex, Efigênia Vanda de
Jesus.
Introdução
A oftalmologia pediátrica não envolve somente o tratamento de doenças oculares em
crianças, mas também, seus efeitos no sistema visual imaturo. Várias afecções oculares infantis,
algumas delas com alto índice de mortalidade, manifestam-se nos primeiros dias, ou até nas
primeiras horas de vida. O Teste do olhinho é um teste simples, rápido, indolor e barato, que é feito
no bebê, nas primeiras horas de vida, no centro obstétrico, para detectar possíveis problemas
congênitos e pode evitar sérios problemas de visão.
Objetivos
O teste do reflexo vermelho tem o objetivo de rastrear doenças oculares neonatais. É um
método para identificar tumores, hemorragias, leucocoria (pupila branca), um dos sinais clínicos
mais evidentes, que pode ser devido a várias causas, como retinopatia da prematuridade, catarata
congênita, glaucoma congênito, retinoblastoma, infecções e malformações oculares, entre outras que,
se detectadas no início e tratadas a tempo, podem evitar a perda irreversível da visão. Crianças de
todas as idades também podem ser submetidas ao exame, aumentando, desta maneira, a possibilidade
de diagnóstico precoce de comprometimentos do eixo visual.
Material e Métodos
Uma lanterninha e um oftalmoscópio direto é tudo o que o pediatra ou o neonatologista
necessitará para realizar o exame. A lanterna serve para o exame externo e pesquisa dos reflexos
fotomotores. É usada uma fonte de luz para se observar o reflexo que vem das pupilas. O
oftalmoscópio é para a pesquisa do reflexo vermelho. Este, quando normal (em tons de vermelho,
laranja ou amarelo, dependendo da incidência de luz e da pigmentação da retina) significa que as
principais estruturas internas do olho (córnea, câmara anterior, íris, pupila, cristalino, humor vítreo e
retina) estão transparentes, permitindo que a retina seja atingida de forma normal. Já quando está
alterado, geralmente não se observa o reflexo ou a qualidade dele é ruim. O Teste do Olhinho
também pode ser feito em ambas as pupilas simultaneamente e a comparação dos reflexos pode
fornecer informações sobre outros problemas oculares, como por exemplo, diferenças de grau entre
os dois olhos e estrabismo. (Os procedimentos para a realização do teste do olhinho são: 1-)Sala
escurecida para facilitar a observação; 2-) Oftalmoscópio direto a uma distância de 50 cm; 3-)
Iluminar os olhos da criança com a luz do oftalmoscópio em direção à pupila; 4-) Olhar pelo orifício
existente na cabeça do oftalmoscópio; 5-) Observar um brilho através da pupila. Obs: O
oftalmoscópio pode ser utilizado com a lente em +4,00 ou ser ajustado a uma graduação que facilite
a observação do reflexo vermelho. Nosso grupo compareceu ao Hospital Municipal São João Batista,
situado no bairro Colina, e examinou 20 recém nascidos com até cinco dias de vida. Nenhuma
criança apresentou qualquer tipo de alteração no reflexo pupilar.
Resultados
A ausência do reflexo indica opacidade e o paciente deve ser encaminhado com urgência para
investigação detalhada com oftalmologista. Crianças de todas as idades também podem ser
submetidas ao exame, aumentando, desta maneira, a possibilidade de diagnóstico precoce de
comprometimentos do eixo visual. O reflexo vermelho irá diagnosticar as doenças que comprometem
o eixo visual do olho, e o exame com a lanterna, a conjuntivite neonatal e o glaucoma congênito,
deixando sem diagnóstico as doenças graves. O teste do olhinho deve ser realizado ainda na sala de
parto ou nos berçários ou na primeira semana do nascimento, ou antes, da alta do bebê. Outra
possibilidade é durante o acompanhamento com o pediatra.
Conclusão
A avaliação oftalmológica em recém-nascidos não tem custo, é relativamente de fácil
realização e em um tempo bastante curto. Muitas doenças podem ser diagnosticadas e
potencialmente curadas se forem detectadas a tempo. A facilidade do primeiro exame, que pode ser
realizado por qualquer integrante da equipe médica, leva a considerar que sua falta pode, além de
prejudicar profundamente a vida futura do paciente, ser considerada omissão médica.
Referências Bibliográficas:
- Jornal de Pediatria (Artigo Original): Importância da avaliação oftalmológica em recém-natos
(0021-7557/02/78, número 03, ano 2002);
- Jornal de Pediatria: Exame oftalmológico do recém-nascido no berçário: uma rotina necessária
(volume78, número3, ano2002);
- http://www.lerparaver.com (teste permite diagnóstico precoce de alteração ocular em recémnascidos) acessado em outubro de 2007;
-
http://www.hminterlagos.com.br/mamae_bebe/dica_olhinho.htm (teste do olhinho) acessado
em outubro de 2007.
Informações bibliográficas:
Conforme a NBR 6023:2002 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), este texto
científico publicado em periódico eletrônico deve ser citado da seguinte forma:
ALVES, David Simiss Girard Moreira; CARVALHO, Fernanda Soares Machado; DURAES,
Frederico Machado; CARVALHO, Gabriel do Nascimento; VILLARDO, Melissa; AIEX, Rodrigo
Soares; JESUS, Efigênia Vanda de. Diagnóstico Clínico pelo Reflexo Pupilar: uso de Onda
Eletromagnética. Cadernos UniFOA Números Especiais: VIII Jornada do Centro de Saúde - Evento
Científico em Biofísica. Disponível em:
<http://www.unifoa.edu.br/pesquisa/caderno/especiais/biofisica/08.pdf>
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