Avenca

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A ve nc a
Roberto Grassi
NOME CIENTÍFICO: Adiantum capillus-veneris L.
FAMÍLIA: Pteridaceae.
SINÔNIMOS BOTÂNICOS: Adiantum capillus-veneris fo. dissectum (M. Martens & Galeotti)
Ching, Adiantum capillus-veneris fo. fissum (H. Christ) Ching, Adiantum capillus-veneris var.
fissum H. Christ, Adiantum capillus-veneris var. laciniatum H. Christ ex Tardieu & C. Chr.,
Adiantum capillus-veneris var. modestum (Underw.) Fernald, Adiantum capillus-veneris var.
protrusum Fernald, Adiantum capillus-veneris var. rimicola (Sloss.) Fernald, Adiantum
capillus-veneris var. trifidum H. Christ, Adiantum capillus Sw., Adiantum michelii H. Christ,
Adiantum modestum Underw., Adiantum schaffneri E. Fourn., Adiantum tenerum var.
dissectum M. Martens & Galeotti.
OUTROS NOMES POPULARES: Avenca-comum, avenca-do-canadá, cabelo-de-vênus.
Culantrillo (espanhol); capillaire (francês); maidenhair (inglês); capelvenere (italiano).
1) HISTÓRICO
A avenca é uma daquelas plantas ornamentais que as pessoas costumam ter em casa e
não fazem a mínima idéia de que também pode ser utilizada como terapêutica natural.
Originária da Inglaterra, Europa Central e meridional.
Elas carregam a fama de espantar mau-olhado: dizem que são capazes de absorver as
energias negativas e murcham, dando sinal de que há alguém invejoso no ambiente.
Algumas variedades são usadas até na medicina popular como calmante para a tosse ou
problemas no couro cabeludo. Mas é principalmente como planta ornamental que as
avencas são admiradas. O nome científico, Adiantum, deriva do grego 'adiantos' que
significa 'que não se molha', pois as gotas de chuva deslizam sobre as folhas da avenca,
sem molhá-las. O gênero Adiantum reúne muitas espécies e variedades. Dentre as avencas
mais conhecidas e cultivadas, destacamos:
2) ASPECTOS BOTÂNICOS (1)
O vegetal é de pequeno porte, medindo de 10 a 15 cm de altura. Seus ramos sugem em
tufos ao nível do solo. As espécies de avencas são muitas, sendo que algumas com folíolos
de 5 cm e outras de 2 cm de largura, umas com ramos finos, duros e bem ramificadas,
como fios de cabelo, e outras com ramos moles e não ramificados. O formato dos folíolos,
que lembram leques, e a disposição ramificada são algumas das características dessa
planta.
Seu odor é fracamente aromático, com sabor adocicado e adstringente. São plantas
muito delicadas, necessitando de solos úmidos, luz solar indireta e umidade atmosférica,
vivem as sombras das arvores, nas fendas das rochas, nas serras e barrancos úmidos.
Propagam-se por rizomas e por germinação de esporos, que aparece como pontinhos
escuros embaixo dos folíolos.
3) ASPECTOS AGRONÔMICOS (1)
Sua multiplicação se dá por divisão de touceiras. Necessitam de solos úmidos, luz
solar indireta e umidade. Vivem à sombra de árvores, nas fendas das rochas, nas serras e
barrancos úmidos e ao pé dos cursos de água. Podem ser plantadas em vasos, com fácil
drenagem. Propagam –se também por pedaços de rizomas, que aparecem como
pontinhos escuros embaixo do folíolo.
4) COMPOSIÇÃO QUÍMICA (2 e 7)
Ácido gálico,
Ácido tânico,
Carboidratos,
Compostos fenólicos,
Capilarina,
Mucilagem,
Glicose.
(Adiantone, adiantoxide, astragalin, beta-sitosterol, ácido caféico, cafeigalactose,
cafeiglucose, campesterol, caroteno, ácido cumárico, coumarilglucose, diplopterol,
epoxyfilicane, fernadiene, fernene, filicanes, hopanone, hidroxi-adiantone, ácido
hidroxi-cinnamico, isoadiantone, isoquercetina, kaempferols, luteína, mutatoxanthin,
naringin, neoxanthin, nicotiflorin, populnin, procianidina, prodelfinidina, quercetina,
querciturone, ácido quínico, rhodoxanthin, rutina, ácido shikimico, violaxanthin,
zeaxanthin).
5) ESTUDOS ETNOFARMACOLÓGICOS
Tosses catarrais, bronquites, traqueítes, asma; icterícia, insuficiência hepática, esplenite
(inflamação no baço), falta de apetite; má digestão; dores reumáticas, amenorréia (falta de
regras menstruais), dismenorréia (dores menstruais), falta de urina, queda de cabelo;
oleosidade excessiva dos cabelos.
6) ATIVIDADES FARMACOLÓGICAS (1 e 2)
Tem ação: expectorante suave, emenagoga e diurética, diaforética, emoliente,
adstringente, tônico, antiinflamatória, anticaspa, antiqueda de cabelos, sedativa.
Indicação:
-Curar ou aliviar tosses catarrais, bronquites, traqueítes, asma.
-Icterícia, insuficiência hepática, esplenite (inflamação no baço), falta de apetite.
-Má digestão.
-Dores reumáticas, amenorréia (falta de regras menstruais), dismenorréia (dores
menstruais), falta de urina.
-Queda de cabelo.
-Oleosidade excessiva dos cabelos.
Os taninos que a constituem caracterizam-se pelas propriedades adstringentes e
formadoras de revestimentos protetores. A mucilagem tem ação protetora sobre peles
sensíveis, mucosas inflamadas e vias respiratórias e digestivas, por impedir a atividade
de substâncias irritantes, sendo por isso muito empregada em doenças respiratórias
(catarro e tosse). Devido a seus princípios amargos estimula a secreção biliar e gástrica.
Atua também nos distúrbios menstruais.
A) CONTRA-INDICAÇÕES/CUIDADOS
Há casos de pessoas com hipersensibilidades.
B) POSOLOGIA E MODO DE USAR
- infusão ou decocção:
- 5%, 50 a 200ml/dia;
- 1 parte de folha: 100 partes de água. Tomar 8 a 10 colheres das de sopa por dia, meia
hora antes das refeições;
- 1 xícara das de cafezinho em 1 litro de água. Tomar 2 a 4 xícaras ao dia;
- infusão de 20g de folhas em meio litro de água fervente, deixar esfriar e filtrar.
Adoçar com mel, tomando-o, em duas vezes, durante o dia: catarro bronquial, gripe,
tosse;
- decocção de 25g de folhas de avenca, 20g de raiz de polígala, 20g de sumidades
floridas de marroio e 15g de alcaçuz. Ferver, por 15 minutos, em três litros de águas,
Filtrar, deixar esfriar e adoçar com mel. Tomar três ou quatro xícaras durante o dia,
longe das refeições: catarro bronquial, gripe, tosse;
- decocção de 100g de avenca seca em um litro de água, por meia hora. Filtrar o
líquido e empregá-lo em fricções diárias no couro cabeludo: evitar calvície, caspa,
queda de cabelo;
- xarope. Macerar 30g de folhas de avenca em meio litro de água. Deixar no mínimo
três horas, coar em guardanapo, apertar bem as folhas para sair todo o líquido.
Adicionar o dobro do peso do líquido de açúcar ou mel, aquecer em banho-maria até a
dissolução completa. Acrescentar, finalmente, 30g de água de flor de laranjeira e
consumir o xarope em colheradas, diversas vezes ao dia (20 a 100ml/dia): rouquidão;
- extrato fluido: 210ml/dia;
- tintura: 10 a 50ml/dia. Tomar 1 colher das de sopa a cada 8 horas;
7) FOTOS
8) REFERÊNCIAS
1) Panizza, Silvio. Plantas Que Curam. 27 ed. São Paulo: Instituto Brasileiro de Difusão
Cultural LTDA, 1997. p. 38-39.
2) www.plantamed.com.br
3) www.biológica.com.br
4) www.plantaservas.hpg.ig.com.br
5) www.biotech.tipo.gov.br
6) www.chicomendes.marinter.com.br
7) www.unilavras.edu.br/cepe/avenca.htm
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