ASSUNTO: Mecânica por Jordan Del Nero [email protected] UFPA/CCEN/DF Campus Universitário do Guamá 66.075-110 - Belém - Pará - Brasil Capítulo 1 – Medidas Físicas 1- Grandezas físicas, padrões e unidades; 2- Sistema Internacional de Unidades (ou Sistema Métrico) 3- Definição de metro, segundo e quilograma; 4- Transformações de unidades; 5- prefixos e notação científica. A Física baseia-se na medida. Definição: estabelece um padrão e atribui uma unidade através de acordo Internacional. Muitas das comparações com o padrão são indiretas. Comecemos, então, por aprender como medir as grandezas físicas, em termos das quais as leis das físicas são expressas. Obs: Muitos dos termos usados em física são também utilizados na linguagem cotidiana. Para R. Oppenheimer: “Freqüentemente, o fato de usarmos em física as mesmas palavras do dia-a-dia e na linguagem coloquial pode dar mais motivo para confusão do que para esclarecimento”. (1971) (popularmente conhecido como sistema métrico) padrão unidade As unidades estão na escala humana. Os E.U.A que não adotou o SI. Adotou a jarda como medida de comprimento oficial. 14a Conferência de Pesos e Medidas. Padrão de massa 1kg (1983, 17a CGPM) 1a definição: República Francesa (1792) estabeleceu o metro como a décima milionésima parte da distância do Pólo Norte até o Equador. Depois, como a distância entre 2 traços gravado próximos às extremidades de uma barra de platina-irídio. metro padrão mantido no Bureau de Pesos e Medidas, na França. metro padrão atômico como sendo 1,65.106 alaranjada emitida por átomos de criptônio-86 em tubo de descarga de gás. (1967, 13a CGPM) 1a definição: em termos da rotação da Terra. Qualquer fenômeno repetitivo é um possível padrão de tempo. (1kg) Padrão secundário de massa é o isótopo de C12 1u.m.a 1,6605402.1027 kg (espectrômetro de massa) Variações na duração do dia (ms) Variação da rotação da Terra, para um período de 4 anos, comparada com um relógio de Césio. 4 3 Ex: Isaac Asimov propôs uma unidade de tempo, baseada na mais alta velocidade e na menor distância mensurável, chamada o fermiluz – o tempo gasto pela luz para percorrer uma distância de 1 fermi (=10-15m = 1 femtômetro = 1fm). A) Quantos segundos há em 1fermiluz? 2 1 fm 1015 m 24 1 fermiluz 3,33.10 s 8 c 3.10 m / s 1 A partícula mais instável até hoje conhecida tem vida média de 10-23s, antes de desintegrar-se. 1980 1981 1982 1983 B) Quantos metros há em 1ano-luz?. Essas variações podem ser atribuídas as marés provocadas pela Lua e às variações sazonais dos regimes de ventos. Obs: os átomos são usados como marcadores de tempo para verificar as variações na velocidade da Terra. 1ano luz c.t 3.108 m / s.3,16.107 s 1ano luz 9, 48.1015 m 9, 48Pm A estrela mais próxima (Alfa do Centauros) está a uma distância de 4.1016m. Ela está afastada 4,2anos-luz da terra. Obs: Para expressar números muito grandes ou muito pequeno, freqüentemente, utilizados em Física, usamos a chamada notação científica. 3.560.000.000 m = 3,56.109m e 0,000 000 492 s = 0,492.10-6m 3.560.000.000 m = 3,56.109m = 3,65Gm e 0,000 000 492 s = 0,492.10-6m = 0,429m 10-18 atto a d2 m2 GF N 2 Mm kg (SI) 2 d2 L GF MLT 2 2 M 1L3T 2 Mm M Transformações de Unidades Com bastante freqüência precisamos mudar as unidades nas quais as grandezas físicas acha-se expressa. Isto é feito por meio da chamada conversão em cadeia. 1min 1 60s 60s 1 1min 1 Isso não é equivalente a: 1 60 Obs: O número e a unidade devem ser considerados em conjunto. 60 e 1 1 Ex: O submarino de pesquisas ALVIN está submergindo a 36,5 braças/minuto (fathon/minute). A) Expresse essa velocidade em m/s. Dado: 1braça = 6pés = 1,8m. braça braça 1min 6 pés 1m 36,5 36,5 . . 1,11m / s min min 60s 1braça 3, 28 pés B) Quanto vale esta velocidade em milhas por hora? 36,5 braça braça 60 min 6 pés 1mi 36,5 . . 2, 49mi / h min min 1h 1braça 5280 pés C) Quanto vale esta velocidade em anos-luz por ano? 1ano 365dias 365.86400s 3,1536.10 7 s 1a.l 3.108 m / s.3,1536.10 7 s 9, 46.1015 m 9, 46.10 12 km braça m 1a.l 3,16.107 s 3,5076 8 9 36,5 1,11 . . .10 3, 71.10 a.l / a 15 min s 9, 46.10 m 1a 9, 46 Obs: 1 jarda = 0,9144m e 1 polegada = 2,54cm Ex: Em prova de velocidade, tanto 100 jardas como 100 metros são usados como Distâncias para corrida. A) Qual é maior? 1 jarda = 0,9144m 1 jarda -------- 0,9144m 100jardas-------- x (m) x = 91,44m Logo, 100 jardas é maior que 100 metros. B) Qual é a diferença, em metros, entre estas distâncias? x = 100m – 100 jardas = 100m - 91,44m = 8,56m C) E em pé? x 8,56m. 3, 28 pés 28,1 pés 1m Logo, 100 jardas é maior que 100 metros por 8,56 metros ou 28,1 pés. Casa de boneca: V2 3 144 10 5 1 V1 .20.12.6 0,83m3 + 144 12 6 12 3 10 3 5 1 V2 .20.6.3 0, 2083m3 12 12 24 12 Vt 1,0383m3 V1 3 Casa-miniatura: 144 10 1 4 3 V3 .20.12.6 4,8225.10 m 144 20736 144 3 2,5 1 4 3 V4 .20.6.3 1, 205.10 m 20736 144 Vt 6,0275m3 + 1UA = dTS = 1,5.1011m Capítulo 2 – Movimento Retilíneo 1- Consideraremos o movimento apenas em linha reta (vertical ou horizontal); 2- Buscaremos apenas descrever o movimento sem nos preocupar com as suas causas; 3- Consideraremos apenas aqueles objetos que possam ser representados como partículas (massa puntiforme) se cada parte dele (cada átomo) mover-se exatamente do mesmo modo. Posição 1a questão em cinemática é: “Onde está a partícula móvel?” x = x(t) descreve o M.R. Tipo de movimento mais simples – o repouso. Representa um carro estacionado no km 60. Gráfico similar para um carro que se move com velocidade constante de 80 km/h (ou 4/3 km/min). Posição 1a questão em cinemática é: “Onde está a partícula móvel?” x = x(t) descreve o M.R. Representa o gráfico de x(t) para 3 animais correndo com velocidades diferentes. Obs: Se a curva x(t) é uma linha reta, a velocidade é constante e igual à inclinação da Reta. Vemos que o leopardo corre 500m em aproximadamente 16s. Logo, v = 31,1m/s. A pergunta seguinte é: “ Quão rápido se move a partícula?” x = x(t) descreve o M.R. vmed > 0 => x2 > x1. vmed = 0 => x2 = x1. vmed < 0 => x2 < x1. x = xo +vmed.t (função horária da posição) É a inclinação da linha reta que liga os extremos do intervalo. a N tga x x2 x1 vmed t t2 t1 Obs: Entretanto, não queremos saber vmed e sim vinst. Continua a pergunta: “ Quão rápido se move a partícula num instante de tempo?” Ou seja, é a inclinação da reta naquele ponto. taxa de variação de x em relação a t. Tabela: ajudará a compreender o processo de tomada do limite e o significado da derivada. posição x tempo 2,0 posição (m) 1,5 1,0 0,5 0,0 0 1 2 tempo (t) 3 4 x 3t 2 4t 2 2 dx d 3t 4t 2 v dt dt v 6t 4 v v vo v vo a t t to t v vo at at 2 x vot xo 3t 2 4t 2 2 v vo a.t 4 6t v = vo +amed.t (função horária da velocidade) Designa decréscimo na velocidade escalar. velocidade escalar média (vm): x = xo + vmed.t vmed. = v + vo 2 vm = deslocamento total percorrido tempo total x = xo + (v + vo).t 2 x = xo + (2vo + a.t).t 2 v = vo + amed.t t = v - vo amed x = xo + vo(v-vo) + a.(v-vo)2 a 2 a2 v2 = vo2 + 2a.(x-xo) x = xo + vot + a.t2 2 (função horária de x(t)) Gráficos de x, v e a em função de t: x t 7,8 9, 2t 2,1t 2 dx t 9, 2 4, 2t dt dv t a 4, 2 dt v at 2 x t xo vot 7,8 9, 2t 2,1t 2 2 v vo at 9, 2 4, 2t a 2.2,1 4, 2 Isto é, MRUV na horizontal MRUV na vertical (queda livre) Tabela: Equações para o movimento com aceleração constante. Relação v vo at at 2 x xo vot 2 v 2 vo 2 2a x xo v v x xo o t 2 at 2 x xo vt 2 v vo gt gt 2 y yo vot 2 v 2 vo 2 2 g y yo v v y yo o t 2 gt 2 y yo vt 2 Grandeza que Falta x xo v t a vo y yo v t a vo Obs: Queda livre (cair no vácuo sem os efeitos da resistência do ar ou atrito). Foto estroboscópica, fhashes, observe que a bola ganha velocidade à medida que ela vai caindo. A rotação da terra influencia no valor de g. Obs: Queda livre (cair no vácuo sem os efeitos da resistência do ar ou atrito). Foto estroboscópica, fhashes, observe que o corpo ganha velocidade à medida que ele vai caindo. A rotação da terra influencia no valor de g. Experiência de Galileu queda livre dos corpos Ausência da resistência do ar na queda dos corpos Efeitos da resistência do ar na queda dos corpos Ex: Se você reduzir a velocidade de 75km/h para 45km/h, percorrendo uma distância de 88m. A) Qual é a aceleração, supostamente constante? 45km / h 75km / h 2, 05.104 km / h2 1, 6m / s 2 v 2 vo 2 a 2 x xo 2.0, 088km 2 Falta t 2 B) Qual é o tempo decorrido neste processo? Falta a t 2 x xo 2.0, 088km 1,5.103 h 5, 4s vo v 45km / h 75km / h C) Se você continuar freando com a aceleração calculada no item (a), quanto tempo Passará até o carro parar? Falta x - xo t v vo 0 75km / h 3 3, 7.10 h 13s 4 2 a 2, 05.10 km / h D) Qual será a distância percorrida? x vot 2 at 75km / h . 3, 7.103 h 2 Falta v 2, 05.104 km / h2 .3, 7.103 h 2 2 0,137km 140m E) Suponha que a = -1,6m/s2 percorrendo x = 200m. Determine t? Falta vo e v = 0 t 2 x xo 2. 200m 16s 2 a 1, 6m / s Ex: Um operário deixa cair uma ferramenta do topo de um edifício. A) Qual a posição da ferramenta 1,5s após ter sido largada? 9,8m / s 2 . 1,5s at y vot 0. 1,5s 11m 2 2 2 2 Falta v B) Com que velocidade a ferramenta cai neste instante? Falta y - yo v vo gt 0 9,8m / s 2 .1,5s 15m / s Tabela: características do movimento até 4s. t 0 1s 2s 3s 4s . . y = yo –gt 0 -4,9m -19,6m -44,1m -78,4m . . v = vo – gt 0 -9,8m/s -19,6m/s -29,4m/s -39,2m/s . . a = -g -9,8m/s2 -9,8m/s2 -9,8m/s2 -9,8m/s2 -9,8m/s2 . . (indica que a ferramenta está abaixo do ponto em que foi largada) (indica que a ferramenta está se movimentando para baixo) Ex: Um arremessador atira uma bola para cima, com velocidade inicial de 25m/s. A) Quanto tempo ela demora para atingir o ponto máximo (v = 0)? Falta y - yo t vo v 25m / s 0 2, 6s 2 g 9,8m / s B) Qual a altura atingida pela bola? Falta t 2 vo 2 v 2 25m / s 0 y 32m 2 2g 19, 6m / s 2 C) Quanto tempo demora para a bola atingir uma altura igual a 25m acima do ponto de lançamento? y vot 2 gt 25m 24m / s t 4,9m / s 2 .t 2 2 4,9t 2 24.t 25 0 t 24 86 9,8 t´ 1, 4s............t´´ 3, 7 s Obs1: Isso não é surpreendente, pois a bola passa 2 vezes pelo ponto 25m (na subida e na descida). Isto é, o tempo em que a bola atinge o ponto mais alto deve estar no meio do intervalo definido por estes 2 valores. t t´t´´ 1, 4s 3, 7 5,1s 2, 6s 2 2 2 Obs2: Caso o tempo dê negativo não o abandone , pois refere-se a tempos anteriores a t = 0, o instante arbitrário do qual você decidiu dar a partida no seu cronômetro. Capítulo 3 – Cálculo Vetorial 1- Grandezas escalares obedecem às leis da Álgebra Elementar e vetoriais obedecem as leis da Álgebra Vetorial (x, v, a,...); 2- Soma, subtração, multiplicação e divisão de vetores; 3- Produto escalar e vetorial; 4- Vetores e seus componentes. O que é um Vetor? GRANDEZAS FÍSICAS Tudo que pode ser medido GRANDEZA ESCALAR Possui valor numérico e unidade Massa m Tempo GRANDEZA VETORIAL Possui valor numérico,unidade,direção e sentido Temperatura Força Velocidade T F ou F t Aceleração v ou v a ou a Uma partícula limitada a mover-se numa reta pode ter apenas 2 sentidos de movimento. x, v, a < 0 -15m -10m -5m x, v, a > 0 0 5m 10m 15m Obs: Foi o que vimos no capítulo2, como o movimento era apenas em 1-D tratamos ele escalarmente. Para uma partícula que se movimenta em 2-D ou 3-D, entretanto, as coisas não são tão simples e apenas um sinal negativo ou positivo não é suficiente para definir a direção de x, v e a. Necessitamos, então de um vetor (do latim vectore e significa o que carrega. Ele parece apropriado para o vetor posição r, que carrega a partícula de um ponto para outro). Geometricamente um vetor pode ser representado por uma flecha. O tamanho desta é proporcional ao módulo do vetor, o ângulo que a flecha forma com um eixo de referência nos fornece a direção do vetor, e o sentido do vetor é dado pela extremidade da flecha. Veja figura: A figura mostra como uma fecha, pode ser usada para representar um vetor. O seu tamanho é proporcional ao módulo do vetor. O ângulo de 45º nos fornece a direção e a extremidade da flecha nos indica o sentido do vetor. v taco a r Bola de beisebol Obs: O vetor r nada diz a respeito da trajetória da partícula. Obs: O vetor r nada diz a respeito da trajetória da partícula. 1 B 2 3 Trajetórias diferentes 1, 2 e 3 3 é o vetor deslocamento (ou posição). A Soma e Subtração de Vetores: Método Geométrico Soma: Dois ou mais vetores podem ser somados geometricamente, simplesmente deslocando os vetores, sem mudar sua direção e sentido, fazendo com que a origem de um coincida com a extremidade do outro. O vetor soma ou resultante é obtido unindose a origem do primeiro com a extremidade do ultimo vetor, como mostra figura: A figura mostra como podemos somar geometricamente vetores. Em (a) somamos os vetores A e B e em (b) somamos três vetores A, B e C. S A B S A B C A B Propriedades da Adição vetorial: B A A B B A C B (lei comutativa) A B C A B C (lei associativa) A Obs: As 2 leis também são válidas na álgebra elementar. Oposto de um Vetor: è um vetor que possui o mesmo módulo e direção, porém sentido trocado, veja: Subtração: Para subtrairmos geometricamente um vetor de outro, usamos o mesmo método da soma, porém devemos antes criar o oposto do vetor que desejamos subtrair. Feito isso, a subtração é feita somando-se o vetor com o oposto do outro. Veja figura: O vetor subtração ou diferença d é indicado na figura (b). Ele é uma forma especial da adição. d a b a b Método Analítico - consiste em definir um sistema de coordenadas cartesianas e decompor os vetores segundo as suas componentes nestes eixos. A fig. mostra um vetor a cuja origem coincide com a origem de um sistema de coordenadas retangular. Se desenharmos perpendiculares da ponta de a aos eixos, as grandezas ax e ay assim formadas são chamadas de componentes cartesianas do vetor a . Relações métricas num triângulo retângulo Dado o triângulo abaixo, as funções trigonométricas seno, cosseno e tangente, são definidas como: cateto oposto b sen hipotenusa c cateto adjacente a hipotenusa c cateto oposto b tg cateto adjacente a cos c 2 a 2 b 2 Teorema de Pitágoras Uma vez que o vetor esteja decomposto em suas componentes, podemos usá-las para encontrar o módulo e a direção do vetor, fazendo-se: ax a cos e a y a sen Modulo : | a | a x2 a y2 Direção : arctg ay ax VETORES UNITÁRIOS Quando decompomos um vetor em suas componentes, às vezes é útil introduzir um vetor de comprimento unitário em uma dada direção. Freqüentemente é conveniente desenhar vetores unitários ao longo dos eixos de coordenadas escolhidos. No sistema de coordenadas retangulares os símbolos especiais i, j e k são usualmente utilizados para indicar vetores unitários, nos sentidos positivos x, y e z respectivamente, conforme mostra a fig. - Qualquer vetor pode ser escrito em termos dos vetores unitários. Cada um desses vetores especificam uma direção. Veja os vetores a e b. Soma e Subtração de Vetores pelo Método das projeções: Considere os vetores a e b, os quais desejamos somá-los, usando o método das projeções. Obs: “2 vetores são iguais se, e somente se, os seus componentes forem iguais”. j a a x a y iax ja y b b x b y ibx jby s ax | a | cos i bx | b | cos Modulo : | a | a a 2 x Direção : arctg ay ax 2 y e a y | a | sen e by | b | sen Modulo : | b | bx2 by2 Direção : arctg by bx s a b a x b x a y b y i ax bx j a y by sx ax bx s sx 2 s y 2 s y a y by 2) Encontre as componentes resultantes nas direções x e y, as quais chamaremos de: Rx= ax + bx Ry= ay + by j i R Rx R y a x b x a y b y R R x R y i ax bx j a y by 3) Encontre o módulo e a direção do vetor resultante R, através das equações: Modulo : | R | Rx2 Ry2 Direção : arctg Ry Rx MULTIPLICAÇÃO DE VETORES Como os escalares, vetores de diferentes tipos podem ser multiplicados entre si para gerar grandezas com novas dimensões físicas. Como os vetores possuem direção e sentido além de módulo, a multiplicação vetorial não pode seguir as mesmas regras algébricas da multiplicação escalar. Temos de estabelecer novas regras: 1) Multiplicação de um vetor por um escalar: A multiplicação de um vetor por um escalar tem significado simples: o produto de um escalar c por um vetor a, escrito como c a, é definido como um novo vetor cujo módulo é c vezes o módulo de a . O novo vetor tem a mesma direção e sentido de a se c for positivo e a mesma direção porém sentido oposto se c for negativo. b c. a F m. a 2) Produto Escalar: É quando multiplicamos dois vetores e o resultado é um escalar. O produto escalar é definido como: a b | a || b |cos W F d | F || d |cos 3) Produto Vetorial: É quando multiplicamos dois vetores e o resultado é um novo vetor. O produto vetorial de dois vetores a e b é escrito como a b e é um vetor c, onde c = a b. O módulo de c é definido por: Onde: |a| e |b| são os módulos dos vetores a e b e cos é o co-seno do ângulo , formado entre os vetores. c | a b | | a || b |sen | d F | | d | F |sen A direção do vetor c obtido através do produto vetorial é sempre perpendicular ao plano formado pelos vetores a e b e seu sentido é dado pela regra da mão direita . Veja figura. Nesta regra devemos desenhar os vetores a e b com origens coincidentes e imagine um eixo perpendicular ao plano formado por a e b que passe pela origem. Agora dobre os dedos da sua mão direita em torno desse eixo, “empurrando” com a ponta dos dedos o vetor a sobre o vetor b pelo menor ângulo possível entre eles e ,mantendo o polegar estendido; o polegar apontará no sentido do produto vetorial a b. Regra da Mão Direita Ex1: Com os vetores abaixo, encontre geometricamente os vetores: a) R = A + B + C + D, b) S = A - B - C - D e c) Q = A - B + C - D Solução: a) R = A + B + C + D, R c) Q = A - B + C – D -C C D A B b) S = A - B - C - D C -B -D S -D -B A A Q Ex2: Eis aqui 3 vetores expressos por intermédio dos vetores unitários i e j: a 4, 2i 1,6 j b 3,6i 2,9 j c 3, 7 j Todos os 3 vetores estão no plano xy, nenhum deles tem componente z. Determinar o vetor r que seja a soma destes 3 vetores. Por conveniência, não mencionamos as unidades nestas expressões vetoriais. Se achar necessário, pode tomá-las como metros. Solução: rx ax bx cx 4,2 3,6 0 0,6 Logo, ry ay by cy 1,6 2,9 3,7 2,4 r r x r y irx jry 0,6i 2,4 j Encontre o módulo e a direção do vetor r? ry 62,7km o arctg arctg 74 r 18,3 km x r rx 2 ry 2 18,3 62,7 2 2 65km (vetor soma) a c r b Ex3: O vetor a está localizado no plano xy. O seu módulo é igual a 18 unidades e aponta em uma direção que faz um ângulo de 250o com o eixo x. O vetor b tem módulo igual a 12 unidades e aponta na direção z. (a) Qual é o produto escalar destes 2 vetores? z a . b a . b cos 18.12.cos90 0 o a b 250o a b z a b y 160o x y Isto quer dizer que nenhum dos 2 vetores tem componentes na direção do outro. z x (b) Qual é o produto vetorial dos vetores a e b? a a b b a b a . b s en 18.12.s en90o 216 y 160o x Exercícios: 2) Dado os vetores abaixo encontre o módulo a direção e o sentido do vetor soma, e faça um esboço do mesmo, nos seguintes casos: 3) Encontre as componentes dos vetores mostrados na figura ao lado. Encontre o módulo do vetor soma e sua direção. Faça um esboço do vetor soma. Escreva o vetor soma utilizando a nomenclatura dos vetores unitários 4) São dados os vetores: a= 4i -3j+2k e b= -i +5j+3k. Encontre e escreva em notação de vetores unitários os vetores: a) a + b ; b) a - b , c) um vetor c tal que a - b +c = 0. 5) Uma estação de radar detecta um míssil que se aproxima do leste. Ao primeiro contato, a distância do míssil é 3600 m, a 40º acima do horizonte. O míssil é seguido por 123º no plano leste-oeste, e a distância no contato final era de 7800 m. Ache o deslocamento do míssil durante o período de contato com o radar. Capítulo 4 – Movimento num Plano 1- Movimento em 2-D e 3-D; 2- Auxílio de vetores para descrever o movimento; 3- No movimento 1-D pode ou não está acelerado; 4- No movimento 2-D ou 3-D não escapará da aceleração. d Onde se localiza a partícula no movimento em 3-D? Qual o seu deslocamento vetorial (d) e sua trajetória (ΔS)? Onde se localiza a partícula no movimento em 2-D? O deslocamento vetorial (d) Trajetória ou caminho percorrido (ΔS) s A B d PB - PA d Δs Qual é a velocidade da partícula no movimento em 2-D? A velocidade vetorial (v) t1 vm t2 d t2 vm vm y t1 v2 t2 x Sistema de referência t1 v1 d vm Δt v3 t3 vv Onde se localiza a partícula no movimento em 3-D? Qual é a velocidade da partícula no movimento em 3-D? Qual é a aceleração da partícula no movimento 3-D? vz v trajetória y r=x+y+z r = ix + jy + kz r (soma vetorial) (vetor posição em 3-D) vx vz Obs: No plano (2-D), fazemos z = 0. x z v = dr = d(ix + jy + kz) = idx + jdy + kdz dt dt dt dt dt v = ivx + jvy + kvz a = dv = d(ivx + jvy + kvz) = idvx + jdvy + kdvz dt dt dt dt dt v = iax + jay + kaz Ex1: Um coelho corre através de um estacionamento, no qual um sistema de coordenadas foi estabelecido. A trajetória do coelho é tal que os componentes da sua posição são dados como função do tempo por x t 0,31t 2 7, 2t 28 y t 0, 22t 2 9,1t 30 e (a) Calcule a posição do coelho (módulo, direção e sentido) em t = 15s. x t 15s 0,3115 7, 2 15 28 66m 2 y t 15s 0, 22 15 9,115 30 57m 2 O módulo de r é: r x y 2 2 66 75 2 2 87m O ângulo é: y 57 o arctg arctg 41 x 66 Obs: Apesar de = 139o tenha a mesma tangente de -41o, o estudo dos sinais das componentes de r exclui esta solução, como se pode ver no outro slide. (b) Calcule a posição do coelho nos instantes t = 0, 5, 10, 15, 20 e 25s e esboce a trajetória do coelho? y (m) x t 0,31t 2 7, 2t 28 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 -10 -20 -30 -40 -50 -60 -70 y t 0, 22t 2 9,1t 30 e x (m) y (m) r (m) 0 5 10 15 x (m) 20 25 (c) Calcule o módulo e a direção do vetor velocidade e aceleração do coelho no instante t = 15s. d 0,31t 2 7, 2t 28 d 0,62t 7, 2 dvx t 0,62t 7, 2 ax dt dt dt 2 a 0,62 m / s x vx t 15s 0,62 15 7, 2 2,1m / s dv y d 0, 44t 9,1 2 d 0, 22 t 9,1 t 30 ay t dy vy t 0, 44t 9,1 dt dt dt dt a y 0, 44m / s 2 vy t 15s 0, 44 15 9,1 2,5m / s dx vx t dt O módulo de a é: O módulo de v é: v vx v y 2 2 2,1 2,5 2 2 v 3,3m / s a ax 2 a y 2 0, 44 0,62 2 2 a 0,76m / s 2 O ângulo é: O ângulo é: vy arctg arctg 1,19 130o vx ay 0, 44 o arctg arctg 145 a 0,62 x (d) O gráfico da trajetória dos vetores posição (r), velocidade (v), aceleração (a), bem com os seus respectivos ângulos: y(m) y(m) 0s 0s 28 28 66 66 x(m) -41o 5s trajetória r -57 60 25s 15s 20s coelho a tangente 5s 145o 15s -57 60 25s x(m) 20s v -130o coelho Movimento de um projétil (2-D) para cima fazendo um ângulo o Obs1: z = 0 e a resistência do ar é desprezível (ou atrito). Obs2: os movimento na direção x (MR) e y (queda livre) são independentes. y trajetória do projétil v v vy vx vo voy O vy vx vox v v x x vy o v Ex: bala de canhão R (alcance) Logo, Movimento na direção y: Movimento na direção x: x xo voxt vo coso .t vox vo cos o voy vo s eno o vy vy voy gt vo s eno gt vy voy 2 g y y o vo s eno 2 g y y o 2 2 2 gt 2 gt 2 y yo voy t vo seno .t 2 2 Movimento de um projétil (2-D) para cima fazendo um ângulo o Determinação da equação da trajetória: x xo vo cos o .t t x xo vo cos o x xo g x xo y yo vo seno . v cos 2 v cos o o o o 2 Ex: bala de canhão Onde xo = 0 e yo = 0. Logo, temos: 2 g y tgo .x x 2 2 v cos o o Determinação do alcance horizontal (R): R x xo R vo cos o t e y yo 0 gt 2 0 vo seno .t 2 g, o e vo são constantes. A eq. tem a forma: y ax 2 bx 2vo t seno g (equação da parábola) R vo cos o t 2vo R vo cos o seno g vo 2 vo 2 R 2seno coso sen2o g g Ex1: Uma jogadora de futebol chuta uma bola fazendo um ângulo de 38o com a horizontal, com uma velocidade inicial de 15m/s. (a) Quanto tempo a bola permanece no ar? vo = 15m/s y Dados: trajetória da bola o = 38o v v v y voy vx vo H = ? vy vx O vox gt 2 gt 2 y yo voy t vo seno .t 2 2 v v x x o = 38o No solo y – yo = 0 o vy gt 2 vo seno .t 0 2 v R (alcance) = ? (b) Em que ponto a bola tocou o solo? R vo cos o .t 2vo t seno g R 15.cos38.1,88 22m (c) Qual a altura máxima atingida pela bola? vy 2 voy 2 2 gH vo s eno 2 gH 0 2 vo s eno H 4, 4m 2g 2 t 2.25 sen38o 1,88s 1,9s 9,8 Movimento de um projétil (2-D) para cima fazendo um ângulo o Obs1: A medida que vo aumenta maior é a discrepância em não se considerar os efeitos da resistência do ar. y trajetória do projétil II vo =160km/h o = 60o sem a resistência do ar (vácuo) (com a resistência do ar => movimento real) I x O Obs: No capítulo 6, discutiremos o efeito do atrito sobre o movimento dos corpos. y a b c x Movimento de um projétil (2-D) na horizontal trajetória do projétil y vo Determinação do alcance horizontal (D): gt 2 y yo voy t 2 vo = vox vx H vy tq = ? v v x y y yo H e x vy v D (alcance) = ? gt 2 H 2 tq 2H g D x xo votq D vo 2H g voy 0 Movimento de um projétil (2-D) na horizontal Ex1: um avião de resgate voa numa altura de 1200m com uma v = 430km/h em direção a um ponto diretamente acima de uma pessoa que luta contra a água. Em que ângulo de visada, , deverá o piloto lançar a cápsula de salvamento de modo que ela chegue (bem próximo) até a pessoa na água? y vox = vo = 430km/h = 119,4m/s O trajetória do projétil tq = ? H vx x vy v D (alcance) = ? D 1869 o arctg arctg 57 H 1200 o = 0 0o gt 2 y yo voy t 2 1200 4,9t 2 1200 tq 15,65s 4,9 D x xo votq D 119, 4.cos 0o.15,65 D 1869m 1,869km Movimento Circular Uniforme A a e a v = cte em módulo, mas não em direção (circunferência ou arco circular de raio r). Ex: Movimento de rotação (diário) e translação (anual) da Terra. v = |vp| = |vq| y Arco circular vpy pontos simétricos v q vqx vpx = v.cos vpy = v.sen p vpx vqy v r r vqx = v.cos vqy = -v.sen x O Qual o tempo necessário para que a partícula se mova de p para q com v = cte? y q p 2 r O pq v t r x pq t v r. 2 t v pq é o comprimento do arco que vai de p para q. Logo, pq r. 2 Movimento Circular Uniforme Agora podemos determinar a aceleração média e suas componentes quando a partícula vai de p para q. y Arco circular vpy v q p a v = |vp| = |vq| vqx vpx av r r vqy x O pontos simétricos vpx = v.cos vpy = v.sen vqx = v.cos vqy = -v.sen vqx v px v.cos v.cos 0 a x t t 2 2 vqy v py v.s en v.s en 2 v .s en v s en a y t r 2 / v r 2 r O sinal (-) indica que a aceleração aponta verticalmente para baixo. Fazendo 0o. Isto é, se aproximar do ponto médio P, temos: v2 s en a y lim r 0 v a y r 2 Movimento Circular Uniforme Agora podemos determinar a aceleração média quando a partícula vai de p para q. v = |vp| = |vq| 2 2 a ay ay 2 v v2 0 r r 2 2 (aceleração radial ou centrípeta) v2 a ay r Conclusão: MCU => sua aceleração está dirigida para o centro da circunferência e o y tangente a trajetória no sentido do movimento. módulo é igual a v2/r e v é sempre Conclusão: MCU => v e a tem módulos constantes, mas mudam de direção vqx continuamente. v a v v v Movimento Circular Uniforme Não existe relação fixa entre a direção dos vetores v e a para uma partícula nos seus vários movimentos. = 180o 180o > > 90o = 90o 90o > > 0o = 0o v v v a projétil a lançado verticalmente para cima v a v a a projétil lançado obliquamente para cima projétil no topo. descida do projétil projétil lançado Para baixo Movimento Relativo em 1-D para baixas velocidades v1 Supor 2 patos voando para o Norte: v2 v1 = v2 (eles estão em repouso entre si). A velocidade de uma partícula depende do sistema de referência (objeto físico ao qual associamos nosso sistema de coordenadas) do observador. sistema de referência (natural) => solo. Entretanto, este pode não ser o mais conveniente. Somos livres para escolher o sistema de referência que quisermos. No entanto, escolhido o sistema de referência, devemos ficar atentos para que todas as medidas sejam feitas em relação a ele. Supor: Alex A e B observam P. Bárbara Referencial A Está parado (Repouso) xBA xPA Referencial B Move-se com v = cte vBA (velocidade relativa) P (carro) move-se xPB vPB vPA x x A posição de P medida por A é igual à posição de P medida em B mais a posição de B medida por A; xPA xPB xBA d d d xPA xPB xBA dt dt dt vPA vPB vBA Movimento Relativo em 1-D para baixas velocidades A e B observam P. Supor: Alex Bárbara Referencial A Está parado (Repouso) xBA xPA A posição de P medida por A é igual à posição de P medida em B mais a posição de B medida em por A; Referencial B Move-se com v = cte vBA (velocidade relativa) P (carro) move-se xPB vPB vPA x x vB = cte com relação a vA => vBA nunca muda. d vBA 0 aBA dt d d d xPA xPB xBA dt dt dt vPA vPB vBA Como, Consideramos apenas os referenciais que se movimentam com v = cte um em relação ao outro (referencial inercial) vA = 0 e vB = v. Logo, vBA = v = cte. xPA xPB xBA vBA cte vPA vPB vBA d d d vPA vPB vBA dt dt dt aPA aPB Conclusão: Para sistemas inerciais (v = cte), ambos os observadores medirão a mesma aceleração para a partícula móvel. Ex: Movimento Relativo em 1-D para baixas velocidades Alex, estacionado no acostamento de uma auto-estrada leste-oeste, observa o carro P, que se move rapidamente na direção oeste. Bárbara, dirigindo para leste com uma velocidade vBA = 80km/h, observa o mesmo carro. Considere a direção leste (+). (a) Se Alex medisse uma velocidade vPA = -129km/h de carro P, qual seria a velocidade medida por Bárbara? vPA vPB vBA vPB vPA vBA vPB 129 80 209km / h (b) Se Alex visse o carro P frear, parando em 10s, qual seria a aceleração, supostamente constante, que ele mediria? v vo 0 129 a 3,6m / s 2 t 3,6.10 P pára apenas para A. (c) Se Bárbara visse o carro P frear, parando em 10s, qual seria a aceleração, supostamente constante, que ele mediria? v vo 80 209 a 3,6m / s 2 t 3,6.10 P se move com -80km/h. Movimento Relativo em 1-D para altas velocidades Para baixas velocidades: v << c Supor: Alex A natureza deu-nos um padrão. Bárbara Referencial A Está parado (Repouso) xBA xPA Referencial B Move-se com v = cte vBA (velocidade relativa) P (carro) move-se xPB vPB vPA x x A e B observam P. c = 299.792.458 m/s Relatividade: c é a velocidade limite para uma partícula ou onda no vácuo viajar independente do referencial. Entretanto, c depende do meio. vPB vBA vPA 1 vPB vBA / c 2 (Einstein) Obs: A mecânica de Newton é Um caso particular da Teoria da Relatividade Restrita. xPA xPB xBA d d d x x PA PB xBA dt dt dt vPA vPB vBA Para altas velocidades: v c (Newton) vPB c, vBA c vPB vBA 0 2 c vPA vPB vBA Ex: Movimento Relativo em 1-D para altas velocidades (Baixas velocidades) Para vPB = vBA = 0,0001c ( 108.000km/h), qual é a previsão que pode ser feita para vPA com base nas 2 equações de velocidade? Para altas velocidades: v c Para baixas velocidades: v << c vPA vPB vBA vPA 2.0,0001c vPA 0,0002c vPB vBA vPA 1 vPB vBA / c 2 0,0002c vPA 1 0,00000001 vPA 0,0002c 1 0,0001 c 2 / c 2 2 vPA 0,0002c Conclusão: Para qualquer velocidade adquirida por um objeto comum, as 2 equações Fornecem essencialmente o mesmo resultado. (Altas velocidades) Para vPB = vBA = 0,65c, qual é a previsão que pode ser feita para vPA com base nas 2 equações de velocidade? vPA vPB vBA vPA 2.0,65c vPA 1,3c vPB vBA 1 vPB vBA / c 2 1,3c vPA 1 0, 42 vPA vPA 1,3c 1 0,65 c 2 / c 2 vPA 0,91c 2 Movimento Relativo em 2-D (movimento vetorial) Para baixas velocidades: v << c A e B observam P. Bárbara r PA r PB r BA Supor: Alex Referencial B Referencial A Está parado (Repouso) vPA vPB y y v PA v PB v BA P rPB vBA rPB x rBA d d d r PA r PB r BA dt dt dt (Move-se com v = cte) (carro) move-se x As coordenadas x e y dos 2 referenciais são paralelos. Como, v BA cte d v BA 0 a BA dt d d d v PA v PB v BA dt dt dt a PA a PB O que valia para o movimento 1-D vale para 2-D. Capítulo 5 – Força e Movimento I 1- Definição de Leis de Força e Leis de Movimento; 2- sistemas de referências (inercial e não-inercial); 3- Inércia e força; 4- Leis de Newton; Força e Movimento - l Dinâmica – parte da Mecânica que estuda os movimentos, suas causas e efeitos. Ex.: - o corpo que entra em movimento; Para entrar em movimento um corpo precisa de um força. - uma corda que é deformada; A força que na corda atua é elástica. - o corpo que é atraído por outro mesmo distante dele, ”pedra x Terra” etc. Dizemos que: Força = causa Aceleração = efeito Força e Movimento - l Força “ 1 toda ação capaz de provocar variação “mudança” na velocidade de um corpo” . “ 2 ação capaz de deformar um corpo” . - o corpo que entra em movimento; Para entrar em movimento um corpo precisa de um força. - uma corda que é deformada; A força que na corda atua é elástica. - o corpo que é atraído por outro mesmo distante dele, ”pedra x Terra” etc. Força e Movimento - l Dinâmica => O movimento está associado a suas causas. O que acontece quando uma partícula altera sua velocidade? - Aparece uma aceleração. Em Dinâmica, nós associamos a aceleração da partícula, à interação entre ela e as suas vizinhanças (ente externo, pois um ente interno não provoca tal variação da velocidade). Tabela: Alguns movimentos acelerados e suas causas Partícula movimento causa Elétrons circula em torno do núcleo núcleo de um átomo de H Planetas giram em torno do Sol Sol Prego atraído por um ímã ímã Problema central da Mecânica: (1) é dada uma partícula, da qual conhecemos algumas características (massa, volume, forma, carga elétrica); (2) são conhecidas também as posições e as propriedades dos objetos próximos (isto é, sabemos a respeito das vizinhanças do corpo); (3) como se moverá o corpo? Isaac Newton (1642-1727) => Leis de movimento e teoria da gravidade. Força e Movimento - l Plano feito por Newton: (1) Introduziu o conceito de força, a partir da aceleração provocada em um corpo padrão; (2) mostrou como massas diferentes, na mesma vizinhança, reagem de modo diferente, adquirindo acelerações diferentes; (3) por fim, leis da força, meios de calcular a força atuante em um corpo a partir das propriedades dele e de sua vizinhança. Leis de força (a força é uma interação entre o ambiente e o corpo) Como calcular F? ambiente força corpo aceleração Leis de movimento (a força que atua no corpo o acelera) Logo, a força surge da interação entre o objeto e a sua vizinhança (ambiente). 1a Lei de Newton (bases em Galileu que morreu no ano em que Newton nasceu) Antes de Galileu F corpo movimento com v = cte. Corpo no seu estado natural quando em repouso. Força e Movimento - l Se não houvesse força continuamente o corpo parava. Isto não está totalmente errado. Por causa do atrito. Imaginando uma superfície sem atrito o corpo não pára. Conclusão: Não é preciso força para manter o corpo em movimento com v = cte (coincide com o movimento relativo em 1-D). Um corpo, em repouso em um referencial, move-se com v = cte para um outro observador. Repouso e movimento com v = cte: não são absolutamente diferentes. Nos leva a 1a Lei para o movimento ou Lei da Inércia: FR = 0. Se este corpo estiver em repouso, ele assim permanecerá. Se estiver em movimento com v = cte, manter-se-á neste estado. Força e Movimento - l 1a Lei de Newton ou Lei da Inércia: Sendo nula FR = 0, é possível encontrar um conjunto de sistemas de referência tais que o corpo não tenha aceleração. 1a Lei ou Lei da Inércia: Afirmação a respeito do sistema de referência, no sentido em que, define o tipo de referencial (inercial) nos quais as leis da mecânica Newtoniana são verdadeiras. referencial (inercial) repouso FR = 0 (na bolinha) Determinado o referencial inercial qualquer outro que se mova com v = cte a ele, também é um referencial inercial. Obs: os referenciais girantes não são inerciais (são não-inerciais). Ex: A terra não é um referencial inercial devido ao seu movimento de rotação. Isto é, um corpo em queda livre não segue exatamente uma trajetória vertical, mas desvia-se lentamente para leste. Na latitude de 45o, um corpo a uma altura de 50m chega a 5mm do pé da vertical mesmo desprezando os efeitos da resistência do ar. Força e Movimento - l Força e Movimento - l Outros exemplos de aplicações da 1º Lei de Newton Força e Movimento - l Resumindo: 1º Lei de Newton Fr = 0 Repouso => Equilíbrio Estático (v = 0) M.R.U = >Equilíbrio Dinâmico (v = cte) Força e Movimento - l - Definição de Força: Considerando a aceleração que ela imprime em um corpo de referência padrão (corpo padrão: corpo de 1kg de massa). L F1 ma1 1kg .1m / s 2 a1 = 1m/s2 m 1kg F1 1kg .m / s 2 F1 = ? F1 1N L+L F2 ma2 1kg .2m / s 2 a2 = 2m/s2 m 1kg F2 = ? F2 2kg .m / s 2 F2 2 N Obs: Se a força atuar em um corpo-padrão sabemos que a magnitude dessa força (em N) é igual numericamente à sua aceleração (em m/s2). Força e Movimento - l Logo, A aceleração é um vetor? E a força também é um vetor? A direção da força como sendo a da aceleração que ele produz nesse corpo-padrão. Isto é, não prova que a força é um vetor. A força tem que obedecer às leis da soma vetorial (experimental). y a = 5m/s2 (experimental) F2 = 3N m = 1kg 2 2 F F F 1 2 F1 ma1 a1 4m / s (eixo..x) 2 F 25 F ma a 3 m / s ( eixo .. y ) 2 2 2 x Simultaneamente, isso mostra que F é vetor. F 5 N 2 F1 = 4N Medida de F: Força e Movimento - l Obs: Experiências diárias mostram que a mesma força (F) pode produzir acelerações diferentes em corpos de massa diferentes. Medida da massa: Fp m p a p Fx mx ax Fp Fx mp = 1kg Fp = 1N mx = ? Fx = 1N ax = 0,25m/s2 Se, m p a p mx ax mx mp a p ax Medida da massa: 1kg.1m / s 2 mx 0, 25m / s 2 mx 4kg Fp m p a p Fx mx ax mp = 1kg ap = 5m/s2 mx = ? Fx = 5N ax = 1,25m/s2 Fp Fx m p a p mx ax mx mp a p ax Medida da massa: 1kg.5m / s 2 mx mx 4kg 2 1, 25m / s Força e Movimento - l Obs: Experiências diárias mostram que a mesma força (F) pode produzir acelerações diferentes em corpos de massa diferentes. Agora, comparando o corpo y com o corpo x: Fy m y a y Fx mx ax mx = 4kg ax = 2,4m/s2 my = ? ay = 1,6m/s2 Fy Fx my a y mx ax Medida da massa: mx a x 4kg.2, 4m / s 2 my my ay 1, 6m / s 2 my 6kg Assim, o nosso método direto de atribuir massas a corpos arbitrários (escalar) fornece respostas consistentes, independentemente da força utilizada para fazer comparações e do corpo usado como padrão. Conclusão: a massa é verdadeiramente uma característica do corpo. : Ela resume tudo isso em: F ma F F F ma i F j F k F m ia ja ka i F j F k F ima jma kma F ext ma ext x y z x y z x y z x x y y z z Essa lei prediz a a de um objeto sob a ação de uma ou mais F. A massa m não varia com o tempo, isto é, não muda se mantém constante. Essa lei inclui o enunciado formal da 1a lei como caso especial, isto é, se nenhuma força age sobre o corpo, ele não estará acelerado. Isto não significa minimizar a importância da 1a lei; o seu papel na definição de um conjunto de sistemas de referência para a mecânica newtoniana justifica o seu status como uma lei em separado. Sistemas de unidades S.I CGS Inglês Força massa Newton kilograma dyna grama libra slug aceleração m/s2 cm/s2 milhas/s2 Tipos de Forças Deformáveis Tração Ocorre quando há duas forças, na mesma direção, puxando em sentidos opostos. Flexão Ocorre quando há carregamento transversal entre os apoios. Compressão Ocorre quando há duas forças, na mesma direção, empurrando em sentidos opostos. Torção Ocorre quando há o giro das extremidades em direções opostas. Fação Fbc Fcp Freação Fcb Fpc Fação Freação 3a Lei de Newton As forças surgem de interação mútua de pares de objetos. Resumindo: Não se pode tocar sem ser tocado. Essa lei estabelece que, em cada interação, existem sempre 2 forças – uma em cada objeto – e que estas 2 forças são iguais em intensidades, tendo sentidos opostos e mesma direção. Exemplo1: Mão (M) Vara (V) massa m - FMV FVM 1o par ação-reação Bloco (B) Massa M - FVB FBV Bloco (B) Massa M 2o par ação-reação FVM = -FMV FBV = -FVB |FVM| = |-FMV| |FBV| = |-FVB| Obs: o sinal negativo indica que o sentido é oposto. Obs: FVM e FVB não formam Um par ação-reação, Pois atuam no mesmo corpo (na vara). 3a Lei de Newton Onde está a reação? Na frase: a cada ação corresponde uma reação igual e oposta. Qualquer uma das forças pode ser a ação. Por que elas não se cancelam? Como pode alguma coisa mover-se? As 2 forças do par ação-reação sempre atuam em corpos diferentes, de forma que nunca se cancelam. Caso contrário, não é um par ação-reação.. Exemplo2: Satélite em órbita. FST FTS -FST age sobre o satélite; -FTS age sobre a terra; Terra (T) Não tem contato. Essa força é de origem gravitacional. 3a Lei de Newton Exemplo3: Livro em repouso. Livro (L) Mesa (M) FLT - 1o par ação-reação: FLT = - FTL (livro e terra); - 2o par ação-reação : FLM = - FML (livro e mesa); FML Terra (T) FTL Massa e Peso: FLM Obs: FLT e FLM não formam um par ação-reação, pois atuam no mesmo corpo (no livro). Ou seja, se cancelam. Porém, são iguais em módulo e opostos em sentido. P = P(x) P = mg posição vetor vetor escalar não muda Porque g varia de ponto para ponto. propriedade intrínseca do corpo Em qualquer lugar: m m(x) Exemplo: bola Terra PbT = 71N bola Marte PbM = 27N Lua PbL = 7N mbT = mbM = mbL = 7,2kg Dois Instrumentos de Medida: m P Balança de braços iguais: Esquerda (E) Direita (D) régua Bolas de chumbo PE = PD P = P(x) Balança de mola: Marcadores em unidades de massas g fixo mE = 1kg m m(x) mola mD = 1kg (estão em equilíbrio) Pt = mg Obs1: Esses intrumntos são adequados para objetos grandes. Obs2:Eles não servem para objetos na escala atômica ou subatômica. As Fg = P são diminutas. Logo, as massas atômicas são medidas pelo uso de campos E e B (em vez de peso) para acelerar as partículas. Obs3: O instrumento é denominado espectrômetro de massa. Aplicações das Leis de Newton Obs1: Prestar atenção para o caso da polia (partes diferentes dela movem-se de modos diferentes, sua função é mudar a direção da corda que une os 2 corpos), pois não é representado por partícula (cada uma de suas partes, por menores que sejam movem-se exatamente da mesma maneira). polia Sistema M Sistema m M>m T a a T a m m p M M p P 2a Lei de Newton para os 2 corpos: P Para o bloco m: Para o bloco M: T – mg = ma (+) Mg - T = Ma Mg – mg = Ma +ma a(M+m) = g(M-m) a = g.(M-m) (M+m) Aplicações das Leis de Newton 1- polia Sistema M Sistema m M>m T a a T m m p M a Se M = m, temos: a = g.(M-m) (M+m) M a=0 p P T=P (é de se esperar) P T = ?: T – mg = ma T – mg = mg.(M-m) (M+m) T (M+m) – mg (M+m) = mg (M – m) T (M+m) = mg (M+m) + mg (M – m) T (M+m) = 2mMg T = 2mMg (M+m) Temos 2 modos de escrever: T = (M + M) .mg (M – m) T > mg T = (m + m) .Mg (M – m) T < Mg Mg > T > mg Aplicações das Leis de Newton Forças normais:referenciais não inerciais sobe… a>0 Isaac Newton dentro de um elevador sobre uma balança. O peso aparente é dado pela força normal. N mg ma N balança mg a 0 N mg a 0 N mg a 0 N mg Aplicações das Leis de Newton 2- elevador g P` balança P` m observador fixo a Terra (referencial inercial) b) a 0 (subindo): a) a = 0 (parado): F ext ma 0 P P´ 0 P P´ mg e) a > g (descendo): P` a P` = 0 a=0 a=0 a Aplicação da 2a Lei de Newton P´ = peso marcado na balança F ext ma m P m a <g P P m P a) b) c) a 0 (descendo): F ext ma P´P ma P´mg ma P P´ ma mg P´ ma P´ m g a P´ m g a P´ P ma P´ m g a c) m a=g d) a>g P P´ e) d) a = g (queda livre): F ext ma P´ 0 0 P P´ ma P mg (P´e a são negativos) (que não se pode pesar) Capítulo 6 – Força e Movimento II 1- Definição de Força de atrito; 2- Experimentos envolvendo força de atrito; Forças de atrito Leonardo da Vinci (1452 – 1519): um dos primeiros a reconhecer A importância do atrito no funcionamento das máquinas. Leis de atrito de da Vinci: 1) A área de contato não tem influência sobre o atrito 2) Dobrando a carga de um objeto o atrito também é dobrado www.tribologie.nl/backgrounds/history/history.htm Tribologia • É a ciência e a tecnologia das superfícies interagindo em movimento relativo, engloba o estudo do atrito, desgaste e lubrificação! Forças de atrito: história Leonardo da Vinci (1452 – 1519) Guillaume Amontons (1663 – 1705): redescoberta das leis de da Vinci atrito é devido à rugosidade das superfícies f a N F Charles August Coulomb (1736 – 1806): atrito proporcional À força normal e independente da velocidade. Lei de Amontons-Coulomb: f a N História do atrito: continuação F. Philip Bowden e David Tabor (1950): área real de contato é pequena! Microscópio de Força Atômica (1986): estudo em escala microscópica Medida microscópica de forças de atrito Imagens simultâneas de topografia e força de atrito para uma superfície de grafite. As corcovas representam as corrugações devidas aos átomos e a escala de cores representam as forças. O gráfico representa um corte na figura. Observe a escala dos eixos! http://stm2.nrl.navy.mil/how-afm/how-afm.html Força de Atrito Sua origem é eletromagnética, agindo entre os átomos localizados na superfície de contato entre os corpos. Ocorre porque os átomos atraem-se uns aos outros. se eles não o fizessem, não haveria molécula, líquidos e sólidos. 1o experimento: livro deslizando sobre uma mesa. fs v Livro (L) F fs Mesa (M) fs é a força de atrito que diminui a velocidade do livro sobre a mesa até parar. Para que o livro se mova sobre a mesa com v = cte, temos: F ext ma F fs 0 v = cte fs a=0 F = cte F fs Essa F também é cte que contrabalança o fs. Força de Atrito v=0 2o experimento: sobre uma mesa. livro a) b) deslizando f < fse N N fs fs N fs f P P F = cte c) F fs a=0 O corpo está parado F fse d) N F fse F P F fs P Repouso, entretanto à medida que f aumenta fs também aumenta até um valor máximo (força de atrito estática, fse). Após. Esse valor rompe-se o repouso. F > fsc e) fsc N F P Movimento acelerado f) F = fsc v = cte fsc F P Movimento uniforme fsc é a força de atrito cinético Fsema´x > fsc Atritos estático e cinético Ausência de forças horizontais:repouso fe v 0 Força de atrito estático máxima fe F v 0 0 fe e N F v 0 F fc F fc a 0 fc c N Atritos estático e cinético II e c Os coeficientes de atrito depedendem das duas superfícies envolvidas O coeficiente de atrito cinético independe da velocidade relativa das Superfícies. Repouso Resultado experimental m = 400g Coeficientes de atrito www.physlink.com/Education/AskExperts materiais e c Aço/aço Alumínio/aço Cobre/aço Madeira/madeira Vidro/vidro Metal/metal(lubrificado) Gelo/gelo 0.74 0.61 0.53 0.25-0.50 0.94 0.15 0.10 0.57 0.47 0.36 0.20 0.40 0.06 0.03 juntas de ossos 0.01 0.003 A transição da fse para a fsc embora pareça abrupta, mas é contínua. O movimento entre 2 superfícies secas a baixa velocidade causa ruído. Ex: cantar dos pneus nas curvas, giz no quadro. Como medir forças de atrito:problema dos blocos N f m 2 g m1g (m1 m 2 )a T m1 g T m2 g m2 m1 a g m1 m 2 Medida do coeficiente de atrito estático: limiar do movimento, a = 0 m2 e m1 Como medir forças de atrito: método do dinamômetro Placa presa Limiar do movimento: f mola e mg f mola e mg Como medir forças de atrito: plano inclinado N Fa y x F F x Fa mgsen 0 y N mg cos 0 Fa e N sen e cos Plano inclinado para aulas de fisica (1850) …mais plano inclinado…bloco em movimento N Fa y x mgsen c mg cos ma a g( sen c cos ) F F x Fa mgsen ma y N mg cos 0 Como o coeficiente cinético é menor, a inclinação pode ser diminuida e o bloco continuará em movimento Força de Atrito Obs: Qualquer superfície melhor polida que seja, tem irregularidades na superfície de vários milhares de diâmetro atômico. Vista macroscópica Vista microscópica Fator de 104 vezes ou mais que a microscópica contato átomo a átomo não é possível A força de atrito fs está associada a ruptura de milhares de soldas minúsculas. Mecanismo do atrito quando há deslizamento F - F quebra com as soldas e põe o corpo em movimento. F fs pontos com soldas e frio fs Força de Atrito Leis do atrito: Experiência: Quando 2 superfícies sólidas, secas e não lubrificadas, deslizam uma sobre a outra, o |fs| = ? é dado pelas seguintes leis: 1a Lei - fs e.N fs N 2a Lei - fs = c.N N é a força perpendicular com a qual uma superfície pressiona a outra Coeficientes de atrito estático (e) e cinético (c) -e e c independem da área de contato; - e e c são adimensionais; - c independe da velocidade do movimento relativo; -e e c são constantes. Atrito em Flúidos Forças de arraste e velocidade terminal Salto realizado por Adrian Nicholas, 26/6/2000 Esboço de Leonardo da Vinci de 1483 Forças de arraste e velocidade terminal A força de arraste em um fluido é uma força dependente da velocidade (ao contrário da força de atrito vista até agora) e apresenta dois regimes: a) Fluxo turbulento: velocidades altas b) Fluxo viscoso: velocidades baixas Fluxo turbulento Força de arraste: 1 2 FD AC D v 2 Coeficiente de arraste Área da seção transversal do corpo Densidade do meio = 1.22 kg/m3 Alguns coeficientes de arrasto Bola 0.4 Carro esporte 0.3 – 0.4 Carro de passeio 0.4 – 0.5 Avião subsônico 0.12 Paraquedista 1.0 - 1.4 Homem ereto 1.0 – 1.3 força de arrasto FD velocidade v 2 FD kg.m / s 2 Cd 2 Av kg / m3 .m2 . m2 / s 2 Cd a dim ensional A Forma dos objetos influenciando nos efeitos da Força de Arraste Efeito mais perceptível da resistência do ar na queda dos corpos Efeito menos perceptível da resistência do ar na queda dos corpos Velocidade terminal: queda de corpos 1 2 FD AC D v 2 F 0 F D FD mg mg Exemplo da gota de chuva (Halliday, Resnick) vT 2mg AC D vT 27km / h Sem a resistência do ar: vT 550km / h Prara-quedas em acção A resistência do ar na física básica Resistência do ar é desprezada na maioria dos problemas. Muitas vezes esta aproximação é irreal. Por exemplo: Uma bola de futebol é chutada com velocidade inicial de 19,2 m/s, num ângulo de 45º, em direção ao gol. Um goleiro, que está a 54,6m de distância, na linha do gol, começa a correr para interceptá-la. Qual deve ser a sua velocidade média, para agarrar a bola no exato instante em que bate no solo? Despreze a resistência do ar. Fundamentos de Física, Halliday, Resnick e Walker, 4a edição, vol.1, cap.4, problema 46P. Solução sem a resistência • Alcance da bola = 37,75 m • Tempo de vôo = 2,78 s • Velocidade do goleiro = (54,6 - 37,75)/2,78 = 6,06 m/s Distância até o gol Alcance Considerando a resistência do ar Simulação com Modellus Comparação Alcance (m) Tempo (s) Veloc. goleiro (m/s) Sem resistência 37.8 2.8 6.1 Com resistência 23.3 2.4 13.0 Recorde mundial dos 100 m rasos 10 m/s Em 10 outros problemas retirados de livros-texto... Erro médio = 61% Os problemas foram escolhidos e resolvidos pelos alunos da disciplina Informática no Ensino de Ciências, em 2005/1. Quando a resistência do ar pode ser desprezada? Farrasto 1 mg Força de arrasto desprezível Farrasto 0.5 Ca ar Av 2 mg mg gL gL Velocidade inicial para um dado alcance (L): v sen (2) 2 Farrasto 0.5 Ca ar AL L mg m L0 onde m L0 0.5 Ca ar A alcance << L0 resistência desprezível Quando a resistência do ar pode ser desprezada? alcance << L0 resistência desprezível Bola Raio (m) Massa (kg) L0 (m) Futebol 0.11 0.45 48 Voleibol 0.10 0.27 32 Tênis 0.033 0.058 72 Basquete 0.12 0.60 53 Pingpong 0.020 0.0027 9 Conclusões - Não constitui boa prática pedagógica desprezar a resistência do ar em situações onde ela obviamente é importante. - É fácil saber quando a resistência do ar deve ser levada em conta. - Os efeitos da resistência do ar podem ser estudados com programas de modelagem acessíveis a alunos do ensino médio (por ex. Modellus). Fluxo viscoso: exemplo simples de aplicação de equações diferenciais Força de arraste nesse caso: FD 6rv Raio do objeto Coeficiente de viscosidade Velocidade terminal: mg v 6 r Questão: como a velocidade aumenta até alcançar a velocidade terminal? A = 4r2 = 2,826.10-5m2 vt 9m / s Questão: como a velocidade aumenta até alcançar a velocidade terminal? Variação da velocidade em fluxo viscoso F mg bv ma b 6r dv b ' ma m m( g v ) m( g b v ) dt m Solução: dv g b'v dt b t g v ' (1 e m ) b Velocidade terminal b b m ' demonstração dv ' gbv dt g v ' (1 e b Que é igual a b t m ) dv gb e dt b' m g b' v !!! b t m ge b t m Limites g v ' (1 e b Se t 0 b t m ) g v ' b Se t a exponencial 1 bt 1 1 gt m mg vT b Melhor aproximação para a força de arraste Velocidades baixas Velocidades altas FD bv cv 2 Cada um dos termos domina em um limite de velocidade. Em baixas velocidades a força é linear, com o aumento da velocidade novos efeitos devidos a turbulência aparecem e a força fica proporcional a velocidade quadrada. Força de Arraste Ex: Uma gota de chuva de r = 1,5 mm cai de uma nuvem localizada a uma altura h = 1200 m acima da superfície da Terra. a) Qual a velocidade terminal da gota? Gota dágua 4 3 m r H 2O 3 H 2O 3 A r2 vt Dados: C = 0,6 e ar = 1,2kg/m3. vt 2mg vt C ar A 10 kg / m 3 8r H 2O g 3C ar 8. 1,5.103 m . 103 kg / m3 . 9,8m / s 2 3. 0, 6 . 1, 2kg / m 3 7, 4m / s b) Se não houvesse a força de arraste, qual teria sido a velocidade com que a gota chegaria ao solo? v 2 gh v 2. 9,8m / s 2 . 1200m v 153m / s Exemplo Bola de vidro de 5g cai em jarra de óleo. A força de arraste tem coeficientes b = 0.2kg/s e c = 0.1kg/m. a) Qual o valor da velocidade da bola quando os dois termos da força são iguais? b) Que termo domina quando a força e comparável com a gravidade? a) bv cv 2 0.2 kg s b v 2m s c 0.1kg m b) bv mg mg v 0.25 m s b v a v v v Atrito no movimento circular moeda FN mg 0 fe FN f e e FN e mg Para que a moeda não deslize e caia do disco v2 e mg m r mg Atrito no movimento circular II v2 e mg m m 2 r r Para uma dada freqüência de rotação existe um raio máximo para que a condição acima seja satisfeita: e 2 rmax g Outro jeito para medir o coeficiente de atrito! Força normal no movimento circular Componente x: 2 v FN sen m r Componente y FN cos mg Força normal no movimento circular Portanto: mg FN cos mg mv 2 sen cos r v gr tan Força Centrípeta Ex: Um satélite de massa 100 kg está orbitando sobre a Terra em uma altitude de 520 km com uma velocidade de 7,6 km/s. (a) Qual a sua aceleração? 7, 6.10 m / s v v acp r RT h 6,37 0,52 .106 m 2 2 3 2 acp 8,38m / s 2 (b) Qual é a força gravitacional exercida pela Terra sobre o satélite? Fcp m.acp 100kg . 8,38m / s 2 838kg.m / s 2 838N Força Centrípeta Ex: A figura mostra um pêndulo cônico constituído de uma esfera de m = 1,5 kg presa na extremidade de um fio cujo comprimento, medido a partir do centro da esfera, é de 1,7 m. A esfera gira em uma circunferência localizada no plano horizontal, com velocidade constante de módulo igual a v. O fio faz um ângulo = 37o com a vertical. Conforme a esfera gira, o fio varre a superfície de um cone. Determine o período deste pêndulo, isto é, o tempo para a esfera completar uma volta. L T v2 Resultante das forças na direção x: T .sen m 0 acp R Resultante das forças na direção y: R sen v 2 cos gR R L.sen P = mg v T .cos mg 0 Dividindo a 1a pela 2a equação, temos: gR.sen cos 2 2 R L.cos g gR.sen cos 2,3s 2 R.cos g.sen Força Centrípeta e Força de atrito Ex: A figura mostra um cadillac de m = 1610 kg, que se move com velocidade constante de módulo igual a 72 km/h (ou 20 m/s) em uma rodovia curva e não compensada. O raio da curvatura é 190 m. Qual deve ser o valor mínimo do coeficiente de atrito entre a rodovia e os pneus? N v R fs fs P f s Fcp 0 2 2 f s Fcp 0 Resultante das forças na direção y: N P0 Substituindo N = P = mg, temos: v N m R 20m / s Resultante das forças na direção x: 2 v P m R 400m2 / s 2 0, 21 2 2 2 9,8m / s .190m 1862m / s v2 mg m R v2 gR Obs1: Para valores maior de o carro não conseguirá fazer a curva e derrapará. Obs2: depende de v2, de modo que o motorista reduzindo a velocidade ele conseguirá fazer a curva. Força Centrípeta e Força de atrito Ex: Você não pode confiar no atrito lateral com a estrada se esta estiver molhada ou coberta de gelo. Este é o motivo por que as estradas tem curvas compensadas. De acordo com o exemplo anterior, suponha que o cadillac de massa m esteja movendo-se com velocidade constante de 20 m/s em uma curva de raio igual a 190 m. Qual deve ser o ângulo que a estrada deve fazer com a horizontal para evitar o deslizamento sem a necessidade de se considerar a força de atrito. Força Centrípeta e Força de atrito R Nx N v P Resultante das forças na direção x: Resultante das forças na direção y: N x Fcp 0 Ny P 0 N mg cos Substituindo, temos: N x Fcp 0 N m 2 v R.sen mg v2 m cos R.sen v2 arctg gR 2 20 m / s 400m2 / s 2 o arctg arctg arctg 0, 21 12 2 2 9,8m / s 2 . 190m 1862 m / s Obs2: Comparando as equações do pêndulo cônico com a de uma curva não compensada verificamos que a relação entre e tg são iguais a = tg. Capítulo 7 – Trabalho e Energia 1- Definição de 2 novos conceitos: trabalho (W) e energia cinética (Ec); 2- Esses 2 novos conceitos nos permitirá chegar até a Lei da Conservação da Energia; s s P h = s.sen P x F fs F fs W F .s Definição de produto escalar. F é cte. É uma grandeza escalar ainda que F e s sejam grandezas vetoriais. Ex: Calcular o trabalho de uma força constante de 12 N, cujo ponto de aplicação se translada 7 m, se o ângulo entre as direções da força e do deslocamento são 0º, 60º, 90º, 135º, 180º. W F.s.cos 0 F F W F.s.cos 60 F W F.s.cos90 F W F.s.cos135 W F.s.cos180 F Obs1: Se a força e o deslocamento tem o mesmo sentido, o trabalho é positivo Obs2: Se a força e o deslocamento tem sentidos contrários, o trabalho é negativo Obs3: Se a força é perpendicular ao deslocamento, o trabalho é nulo. Trabalho: Movimento em 1-D com uma força variável F = F(x) (gráfico dessa força) a) Qual o trabalho realizado por esta força, quando a partícula sobre a qual ela atua move-se do ponto inicial xi até o ponto final xf? Para determinar W, dividimos o deslocamento total da partícula em vários intervalos de largura x suficientemente pequeno para que possamos tomar F(x) quase que constante nesse intervalo. Logo, b) W F x .x Onde: c) F x é o valor médio da força naquele intervalo. Em (a) W é igual ao valor da área da faixa vertical á que ele se refere, sendo que x é a largura e F x é a altura. O trabalho total é dado por: W W F x .x (Aproximação) Trabalho: Movimento em 1-D com uma força variável F = F(x) a) (gráfico dessa força) Podemos melhorar a aproximação, reduzindo cada vez mais a largura x e aumentando o número de faixas retangulares, conforme é mostrado na fig. b. No limite, fazemos x 0, tornando o número de faixas retangulares infinitamente grande. Assim, teremos: W lim F x .x b) x 0 O que resulta em,. xf W F x .dx xi c) Conhecendo F(x), podemos proceder a integração obedecendo os limites de integração e assim determinar W. Geometricamente, W é igual à área sob a curva F(x) entre os limites xi e xf, conforme mostra a fig. c. Conceito de trabalho Se denomina trabalho infinitesimal, ao produto escalar do vetor força pelo vetor deslocamento. onde Ft é a componente da força ao longo do deslocamento, ds é o módulo do vetor deslocamento dr, e o ângulo que forma o vetor força com o vetor deslocamento. O trabalho total ao longo da trajetória entre os pontos A e B é a soma de todos os trabalhos infinitesimais. Seu significado geométrico é a área abaixo a representação gráfica da função que relaciona a componente tangencial da força Ft, e o deslocamento s. Exemplo: Calcular o trabalho necessário para estender uma mola de 5 cm, se a constante da mola é 1000 N/m. A F B A área do triângulo da figura é (0.05·50)/2=1.25 J Quando a força é constante, o trabalho se obtém multiplicando a componente da força ao longo do deslocamento pelo deslocamento. W=Ft·s xf W F x .dx xi F x kx xf W k x.dx xi x2 x f W k |xi 2 k W x f 2 xi 2 2 ou W1 W2 ... Ec 2 Ec1 F dx mv.dv x2 F F 1 x1 2 v2 ...dx m vdv v1 v2 2 v12 W1 W2 ... m m 2 2 O teorema do trabalho-energia indica que o trabalho da resultante das forças que atua sobre uma partícula modifica sua energia cinética. Exemplo: Determinar a velocidade com a qual sai uma bala depois de atravessar uma tábua de 7 cm de espessura e que opõe uma resistência constante de F=1800 N. A velocidade inicial da bala é de 450 m/s e sua massa é de 15 g. O trabalho realizado pela força F é -1800·0.07=-126 J A velocidade final v é: (potência média) 1kWh 103W .1h 103W .3,6.10 3 s 3,6.10 6W .s 3,6MJ Capítulo 8 – Lei da Conservação da Energia 1- Leis da conservação; 2- Energia Potencial; 3- Uma visualização de 3 forças e associar uma energia potencial a estas forças; 4- Definição de energia potencial; 5- Forças conservativas e não-conservativas; Leis da Conservação da Energia Considere um sistema de partículas, completamente isolado das influências externas. À proporção que as partículas se movimentam e interagem umas com as outras, existe uma certa propriedade do sistema que não muda. Essas leis de conservação podem ser expressas por: X = uma constante (sistema isolado) É a propriedade que é conservada. Obs1: Para os físicos, eles estão se comunicando com a matéria em um nível mais profundo. Obs2: A lei da conservação central é a Lei da Conservação da Energia. Obs3: Trataremos primeiro de sistemas mecânicos sem atrito, onde apenas a Ec e a Ep desempenham um grande papel. Obs4: Mais tarde estenderemos essa lei para outras formas de energia, como a energia térmica. Trabalho realizado pela componente Px = P.sen WPx = Ec P P W=0 Logo, E = Ep + Ec = cte Toda mudança na Ep do bloco é acompanhada por uma mudança igual e oposta na Ec do bloco. A energia potencial também chamada de energia de configuração, porque o sistema sobre o qual foi realizado trabalho armazena Ep ao mudar sua configuração de uma forma para outra. Wmola = -Ep Wmola = 0 O trabalho em cima do corpo: Wcorpo = Ec Logo, E = Ep + Ec = cte (Lei da Conservação da Energia) Toda mudança na Ep da mola é acompanhada por uma mudança igual e oposta na Ec do corpo. Trabalho realizado por uma força não-conservativa WFac Ec Fac .s Ec f Ec i vi vf = 0 Não há modo algum de recuperar a Ec do bloco depois de a fs tê-lo parado. Toda a Ec do bloco foi transformada em energia térmica. dW = F.dr dW = - dU dU F dr Conservação de Energia 2 2 2 mw kx 2 kA2 mv 2 o A Ep .cos wot Ec .sen2 wot 2 2 2 2 kA2 E 2 Força conservativa. Energia potencial Uma força é conservativa quando o trabalho dessa força é igual a diferença entre os valores inicial e final de uma função que só depende das coordenadas. A essa função se denomina energia potencial O trabalho de uma força conservativa não depende do caminho seguido para ir do ponto A ao ponto B. O trabalho de uma força conservativa ao longo de um caminho fechado é zero. Principio de conservação da energia Se somente uma força conservativa F atua sobre uma partícula, seu trabalho é igual a diferença entre o valor inicial e final da energia potencial Como vimos anteriormente, do teorema do trabalho-energia, temos: Igualando ambos os trabalhos, chegamos a expressão do princípio de conservação da energia EkA+EpA=EkB+EpB A energia mecânica da partícula é constante em todos os pontos de sua trajetória. Transformação de Energia A Força de atrito é uma força não-conservativa Quando a partícula se move de A para B, ou de B para A a força de atrito é oposta ao movimento, o trabalho es negativo por que a força é de sinal contrário ao deslocamento WAB= -Fr x WBA= -Fr x O trabalho total ao longo do caminho fechado A-B-A, WABA é distinto de zero, WABA=-2Fr x Balanço de Energia Em geral, sobre uma partícula atua forças conservativas Fc e não conservativas Fnc. O trabalho da resultante das forças que atuam sobre a partícula é igual: O trabalho das forças conservativas é igual a: Aplicando a propriedade distributiva do produto escalar: O trabalho de uma força não conservativa modifica a energia mecânica (cinética mais potencial) da partícula. Conservação da Energia O que acontece com a Emec que desaparece quando atuam forças não conservativas? Eint Fat (energia interna ou térmica, ou sonora ou luminosa) W Wc Wnc Ec W c U Wnc Eint Fat U E c U E c Eint 0 Eint outras. formas.de.energia 0 Generalização da Lei de Conservação de Energia Generalização: “A energia pode ser transformada de uma forma em outra em um sistema isolado, mas não pode ser criada ou destruída; a energia total do sistema sempre permanece constante”. Obs: Este enunciado é uma generalização da experiência, até agora não contrariada por qualquer experiência em laboratório ou observação na Naturez. Massa e Energia A Química foi construída a partir da aplicação das Leis da Conservação de Energia e da Massa às reações químicas. Em 1905, Einstein mostrou que, como conseqüência da T.E.R, a massa é simplesmente uma outra forma de energia. Nas reações nucleares é melhor perceptível do que nas reações químicas. Massa e Energia estão ligadas pela equação da Física, E mc2 E é a energia equivalente da massa e c a velocidade da luz. Ao aplicarmos a equação acima às reações entre as partículas, é Q mc 2 onde Q da reação é a energia liberada ou absorvida na reação e m é o acréscimo ou decréscimo de massa das partículas, como resultado da reação. Objeto Elétron Próton Átomo de Urânio Partícula de poeira Moeda de 1 centavo Massa (kg) 9,1.10-31 1,7.10-27 4,0.10-25 1,0.10-13 3,1.10-3 1uma 1u 1,66.1027 kg Energia Equivalente 8,2.10-14J = (511keV) 1,5.10-10J = (938MeV) 3,6.10-8J = (225GeV) 1,0.104J = (2kcal) 2,8.1014J = (78GW.h) 1eV 1,6.1019 J Massa e Energia E mc Q mc 2 2 1u 1,66.1027 kg c 2 3.10 8 2 1eV 1,6.1019 J 19 J 1,66.10 eV MeV 16 16 8 eV 9.10 9.10 . 9,32.10 932 27 kg 1,6.10 u u u Reescrevendo a Lei da Conservação da Energia, temos: 2 U E E mc ..... 0 c int Etotal U Ec Eint mc 2 ..... cte Quantização da Energia O ar, quando acenamos com a mão através dele, parece ser perfeitamente contínuo. Mas na escala atômica ou subatômica percebemos que ele não é contínuo, mas tem caráter granular, isto é, é constituído por partículas, neste caso, moléculas de O e H. Dizemos que a massa é quantizada. E a energia é uma delas. Transição de Energia E hf (absorção e emissão de 1 fóton) E Ei E f Absorção de Energia E E1 En h 6,63.1034 J .s h 4,14.1015 eV .s Análise Energética Nesses 2 processos a E = cte. Emissão de Energia Um átomo vai de um estado excitado para um estado de mais baixa energia, emitindo luz no processo. E En E1 •Emissão de um fóton •Absorção de um fóton U A B 6 12 r r F 12 A B 6 r13 r7