Fundação Universidade Federal de Rondônia Departamento de

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Fundação Universidade Federal de Rondônia
Departamento de Enfermagem- DENF
PORTO VELHO, RO
MAIO, 2013
Reitoria da Fundação Universidade Federal de Rondônia-UNIR
Magnífica Profª Drª Maria Berenice Allho Tourinho
Núcleo de Saúde- NUSAU
Diretora Profª Drª Maria Ivete de Aquino
Departamento de Enfermagem- DENF
Chefe Profª Ms.Daniela Oliveira Pontes
Departamento de Enfermagem- DENF
Vice-Chefe Profª Msc.Jeanne Lúcia Gadelha Freitas
Coordenação de Laboratório de Semiotécnica
Profª Dra. Vivian Susi de A. Canizares
Coordenação de Laboratório de Saúde Materno-Infantil
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Profª Msc. Elaine Maria de Santana
Comissão dos Laboratórios LABSEMI/LABSMATI
Profª Msc. Elaine Maria de Santana
Profª Msc. Vivian Susi de Assis Canizares
Profª Msc. Jeanne Lúcia Gadelha Freitas
Profª Esp. Cristiano Lucas de Menezes
Colaboração
Profª Msc. Maria Lucinda Dutra Moreira
APRESENTAÇÃO
Para o Departamento de Enfermagem, DENF/UNIR, a formação qualificada de seus
futuros enfermeiros passa, entre outras ações, pelo processo de aprendizagem de
técnicas fundamentais, que só serão apreendidas por treinamento simulado com
recursos didático-pedagógicos sistematizados.
Nesse sentido, a comissão de laboratórios do curso de Enfermagem-DENF/UNIR
compilou neste protocolo ora apresentado, informações técnicas de 25 anos de
experiência dos docentes das disciplinas Semiologia e Semiotécnica de Enfermagem,
visando contribuir com o ensino teórico-prático para formação discente do curso de
Enfermagem.
Ciente de que o assunto não se esgota em uma única publicação, esperamos que as
diretrizes contidas aqui, contribuam com o continuo aperfeiçoamento de novos
instrumentos metodológicos, norteadores e necessários à prática segura da
enfermagem- a arte do cuidar.
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Comissão dos Laboratórios de Enfermagem
LABSEMI e LABSMATI
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO
HOMENAGEM “IN MEMORIAN”
1.
TÉCNICA PARA REALIZAÇÃO DE CURATIVOS
1.1 Considerações Gerais
1.2.Técnica de Curativos com pinças
1.3.Técnica de Irrigação com solução salina Estéril
1.4.Técnica de Curativo com utilização de Luvas
2.
TÉCNICA DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
2.1. Conceito, Composição e Formas das Drogas
2.2.Administração de medicamentos para efeitos Locais
2.3.Cuidados no Preparo e Administração de Medicamentos
2.4.Vias de Administração de medicamentos
2.5. Venóclise
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3.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
HOMENAGEM IN MEMORIAN
Espaço dedicado às pessoas que levam o nome dos laboratórios:
LABSEMI- Laboratório de Semiotécnica
Aluna Janaína (in memorian)
LABSMATI- Laboratório de Saúde Materno Infantil
Profª Msc. Virginia Tereza Neta Freitas (in memorian)
Nasceu em 20.06.1956, em Tabuleiro do Norte-CE. Formou-se em
Enfermagem na Universidade Federal do Ceará (UFC) e Gestão e Supervisão
Escolar. Em 1984, veio para Rondônia com esposo e duas filhas, motivada
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pelo encontro com irmão primogênito e pelas boas perspectivas de trabalho no
estado. Atuou no COREN-RO como suplente de conselheira, na gestão 97/98.
Trabalhou no Centro de medicina Tropical de Rondônia –CEMETRON de 1988
a 1989, onde fez muitos amigos e um trabalho profícuo. Atuou, na Secretaria
Municipal de Educação (SEMED) de Porto Velho, de 1997 a 2000, na chefia de
Saúde Escolar. Ingressou na UNIR em 1993, via concurso público. Além das
atividades na graduação, foi coordenadora de pós-graduação em Saúde Mental
e docente nos cursos de pós-graduação (Gestão em Serviço de saúde, Saúde
da família e Residência Multiprofissional em Saúde da família, PROHACAP e
gestão Escolar). Capacitou mais de 500 profissionais técnicos e auxiliares e
professores da rede municipal de Porto Velho na área de prevenção em
DST/HIV/Aids. Professora mestre desde 2002, cursava doutorado pela UFPA.
Muito de sua grandeza advinha de sua generosidade com colegas, alunos e
familiares. Apesar de saúde frágil, sua marca registrada era alegria,
irreverência e disposição para ver mudanças. A professora Virginia faleceu em
14.01.2009 em Porto Velho, deixando saudades e o exemplo de ética e
compromisso para com o curso de Enfermagem.
1.TÉCNICA PARA REALIZAÇÃO DE CURATIVOS*
*Elaborado pela profª Vivian Suzi Assis canizres
1.1.Considerações gerais

Isolar o paciente com biombo, se necessário.

Observar a data da esterilização do pacote do curativo (prazo de validade é de 7
dias)

Desprezar a porção inicial do soro fisiológico e do anti-séptico utilizado pela
primeira vez.

Se as gazes estiverem aderidas à ferida, umidecê-las com soro fisiológico antes de
retirá-las. Não falar e não tossir sobre a ferida e ao manipular material esterilizado.

Considerar contaminado qualquer objeto que toque em locais não esterilizados.

Iniciar os curativos pelas incisões limpas, depois as abertas não infectadas, as
infectadas e por último as colostomias e fístulas em geral.

Limpar as feridas partindo sempre da área menos contaminada para a mais
contaminada. Nas feridas não infectadas, a pele ao redor é considerada mais
contaminada que a incisão, e nas feridas infectadas, a área mais contaminada é a
da lesão.
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
Orientar o paciente para não tocar a ferida com as mãos.

Ao embeber a gaze com anti-sépticos, manter as pontas das pinças voltadas para
baixo devido ao risco de contaminação.

Evitar correntes de ar (janelas abertas, ventiladores, etc.).

Manter o ambiente iluminado e limpo. Se possível executar o curativo em sala
apropriada.

Expor somente o local do curativo.

Fazer o curativo após a higiene corporal.

Não tocar as gazes e pinças nas bordas dos frascos de soluções.

Não depositar material contaminado na cama, mesa de cabeceira e recipiente de
lixo do doente.

Lavar as mãos antes e depois do curativo.

Recomenda-se nas feridas abertas infectadas o uso de luvas (além do pacote de
curativos) e uma pessoa para auxiliar a manipulação dos frascos de anti-sépticos.

Colocar no carinho de curativos ou bandeja somente os materiais que serão
utilizados nesse paciente.

Limpar o carrinho de curativo ou bandeja antes e depois do curativo.

Desprezar o lixo após cada curativo.

Para executar a técnica de curativos com luvas recomenda-se o uso de 2 pares de
luvas : um para a retirada e outro para a realização do curativo.
1.2.Técnica de curativos com pinças
1.2.1 Tempos ou fases do curativo

1º Tempo: remoção do curativo anterior com as pinças Kocher e dente de rato.

2º Tempo: limpeza da ferida com as pinças anatômica e Kelly.

3º Tempo: tratamento da lesão com as pinças anatômica e Kelly.

4º Tempo: proteção da ferida com as pinças anatômica e Kelly.
1.2.2.Técnica
Material
Bandeja ou carrinho de curativo contendo:
-
Frascos de anti-sépticos
-
Éter ou benzina
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-
Soro fisiológico
-
Gaze
-
Esparadrapo
-
Pacote de curativo
-
Cuba rim
-
Saco plástico para lixo
-
Cuba retangular com solução desinfetante
Procedimento
1. Lavar as mãos.
2. Preparar a bandeja ou o carrinho de curativo com o material necessário.
3. Levar a bandeja à unidade do paciente.
4. Fechar as janelas para evitar correntes de ar e poeira.
5. Cercar a cama com biombos.
6. Expor a área e colocar a cuba rim forrada próxima ao local do curativo.
7. Lavar as mãos.
8. Cortar o esparadrapo em tiras e prendê-las numa das bordas da bandeja.
9. Abrir o pacote de pinças e dispor sobre o campo as pinças com os cabos
voltados para fora e colocar as gazes na quantidade suficiente próximas a cada
conjunto de pinças.
10. Pegar a pinça Kocher e dente de rato.
11. Montar a pinça Kocher com tampão e embebê-lo em benzina sobre a cuba rim.
12. Segurar o esparadrapo com a pinça dente de rato e desprendê-lo com o auxílio
da pinça Kocher montada.
13. Desprezar o curativo retirado e remover as marcas de esparadrapo ao redor da
ferida com outro tampão de gaze embebido em benzina.
14. Colocar as pinças Kocher e dente de rato em solução.
15. Pegar outro par de pinças. Usar a pinça anatômica para retirar o material do
campo e auxiliar na dobra das gazes e, a pinça Kelly montada com tampão de
gaze embebido em soro fisiológico, para limpar a ferida. Posteriormente tratar a
ferida com o anti-séptico apropriado também usando a pinça Kelly.
16. Repetir o processo tantas vezes quantas forem necessárias.
17. Cobrir a ferida com gaze.
18. Colocar as pinças em solução desinfetante.
19. Fixar as gazes com esparadrapo.
20. Cobrir o paciente e deixá-lo confortável.
21. Deixar a unidade em ordem.
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22. Desprezar o lixo, lavar o material e colocá-lo em local apropriado.
23. Lavar as mãos.
24. Anotar no prontuário: região, aspecto da ferida, fase de cicatrização,
quantidade e características da secreção, retirada de pontos, drenos, horário
do curativo, etc.
1.3. Técnica de irrigação com solução salina estéril
1.3.1. Considerações Gerais
Estudos atuais mostram que os anti-sépticos comumente usados no tratamento de
feridas podem retardar o processo de cicatrização e o efeito destes anti-sépticos é
insignificante no controle do processo infeccioso.
Niedner, estudando histologicamente o efeito das tinturas e outras substâncias de uso
tópico sobre o tecido de granulação, constatou que elas não favorecem e tampouco
estimulam a formação de tecido de granulação, prejudicando-a. Outros estudos sobre
os efeitos de soluções tópicas no tratamento de feridas constatam que a ação da
limpeza não reduz a quantidade de bactérias na superfície e que as diversas
substâncias utilizadas para este fim e outros agentes antimicrobianos tópicos perdem
ou diminuem sua atividade diante da matéria orgânica existente no local da ferida além
de alterarem o processo de cicatrização. Evidenciam ainda que estas substâncias
retardam o processo de cicatrização, seja por ação citotóxicas aos fibroblastos ou por
inibição da formação do tecido de granulação.
A técnica de limpeza empregada deve respeitar a viabilidade do tecido de granulação,
preservar o potencial de recuperação da ferida e minimizar a ocorrência de trauma.
Por isso, nos últimos anos surgiram vários questionamentos a respeito da limpeza das
feridas, em relação tanto ao uso de anti-sépticos quanto à técnica empregada.
A manipulação da ferida consiste em sua limpeza cuidadosa e rigorosa, em toda
extensão e profundidade. A melhor técnica de limpeza do delicado leito da ferida
compreende a irrigação com jatos de solução salina isotônica (0,9%) que serão
suficientes para remover os corpos estranhos e os tecidos frouxamente aderidos, além
de preservar o tecido de granulação neoformado, que é frágil.
Deve-se evitar a agressiva esfregação da pele íntegra ao redor da área, pois pode
traumatizá-la, destruindo assim, a barreira protetora , o que propiciaria a penetração
de bactérias. Para Yamada, a força hidráulica empregada na irrigação deve estar
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abaixo de 15 psi (libra/polegada), sendo que 8 psi é a pressão adequada para
remoção, que pode ser obtida com o uso de seringa de 35ml e agulha de calibre 19,
segundo padrão norte-americano. Uma pressão superior a 15 psi pode provocar
trauma no tecido viável, e compressão inferior a 8 psi corre-se o risco de não realizar
uma limpeza efetiva.
Como não se encontram no mercado brasileiro seringas de 35ml, faz-se a irrigação
com seringa de 20ml conectada a agulha de calibre 12. No caso do uso de irrigação
como método de limpeza não precisa ser considerada a área pela qual se inicia o
procedimento, já que o líquido segue a lei da gravidade, isto é, escorre da parte
superior para a inferior, local onde será recolhido para ser desprezado posteriormente.
1.3.2. Técnica
1. Lavar as mãos.
2. Preparar a bandeja ou o carrinho com o material necessário. Neste caso além
do pacote de curativo leva-se também um par de luvas estéreis, uma seringa
de 20ml, um scalp 19, uma agulha 25x8 ou 25x9 e um impermeável.
3. Levar a bandeja à unidade do paciente.
4. Fechar as janelas para evitar correntes de ar e poeira.
5. Cercar a cama com biombos.
6. Expor a área, colocar o impermeável abaixo e uma cuba rim forrada próxima
ao local do curativo.
7. Lavar as mãos.
8. Cortar o esparadrapo em tiras e prendê-las numa das bordas da bandeja.
9. Fazer desinfecção com álcool a 70% no frasco de soro fisiológico e inserir o
scalp deixando sua extremidade protegida dentro do plástico.
10. Abrir o pacote de pinças.
11. Calçar as luvas estéreis.
12. Dispor as pinças sobre o campo, além da seringa e agulha.
13. Pegar a pinça Kocher e dente de rato.
14. Montar a pinça Kocher com tampão e embebê-lo em benzina ou éter.
15. Segurar o esparadrapo com a pinça dente de rato e desprendê-lo com o auxílio
da pinça Kocher.
16. Desprezar o curativo retirado e remover as marcas de esparadrapo.
17. Pegar a seringa conectar no scalp conectado no soro fisiológico (com ajuda de
um auxiliar) sem tocar no frasco de soro ou no scalp e aspirar a capacidade da
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seringa. Conectar a agulha na seringa e fazer a irrigação do ferimento
começando sempre de cima para baixo (obedecer sempre o sentido da
gravidade). O auxiliar deve colocar uma cuba rim abaixo do ferimento para
escoar o soro da irrigação.
18. Repetir a operação quantas vezes forem necessárias.
19. Desprezar a seringa e ocluir o ferimento utilizando as pinças Kelly e anatômica
ou fazer com as próprias mãos enluvadas (estéreis) se não houver pinças.
20. Retirar as luvas e fixar o esparadrapo sem tocar na gaze ou na pele do
paciente.
21. Cobrir o paciente e deixá-lo confortável.
22. Deixar a unidade em ordem.
23. Desprezar o lixo, lavar o material e colocá-lo em local apropriado.
24. Lavar as mãos.
25. Anotar no prontuário: região, aspecto da ferida, quantidade e características
das secreções, drenos, fase de cicatrização, etc.
Obs: Para a técnica de irrigação pode também ser utilizado um frasco de soro
fisiológico 500ml com um furo de uma agulha 40x12 (realizado dentro dos
princípios assépticos). Em seguida faz-se a irrigação da ferida com o próprio
frasco.
1.4. Técnica de curativo com utilização de luvas
1.4.1. Tempos ou fases do curativo

1° Tempo: remoção do curativo anterior com o primeiro par de luvas.

2° Tempo: limpeza do ferimento com soro fisiológico utilizando o segundo par de
luvas.

3° Tempo: tratamento da ferida com o segundo par de luvas.

4° Tempo: confecção da cobertura com o segundo par de luvas.
1.4.2 Técnica
1. Lavar as mãos.
2. Preparar a bandeja ou o carrinho de curativo com o material necessário (neste
caso não se utiliza o pacote de curativo mas sim dois pares de luvas estéreis).
3. Levar a bandeja à unidade do paciente.
4. Fechar as janelas para evitar correntes de ar e poeira.
5. Cercar a cama com biombos.
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6. Expor a área e colocar a cuba rim forrada próxima ao local do curativo.
7. Lavar as mãos.
8. Cortar o esparadrapo em tiras e prendê-las numa das bordas da bandeja.
9. Abrir o primeiro par de luvas (se não tiver luvas estéreis pode-se utilizar a de
procedimento tomando o máximo de cuidado para que a luva não entre em
contato com a pele ou ferimento do paciente) e calçá-las tomando cuidado para
não tocar com as mãos ou contaminar a parte interna do invólucro da luva, pois
ele será utilizado como campo para a realização do curativo.
10. Pedir para um auxiliar oferecer a gaze.
11. Dispor as gazes no campo para o primeiro tempo e para o segundo, terceiro e
quarto tempos.
12. Fazer a trouxinha de gaze com uma mão, passá-la para outra mão, pedir para
um auxiliar embeber a gaze com éter ou benzina, umedecer a ponta do
esparadrapo e, com a outra mão tracionar o esparadrapo fazendo uma dobra
na ponta para que o esparadrapo não grude na luva. Retirar delicadamente o
esparadrapo. Repetir o procedimento até retirar todo o esparadrapo e o
excesso de cola.
13. Retirar o primeiro par de luvas e desprezá-las.
14. Calçar o segundo par de luvas (devem ser obrigatoriamente estéreis).
15. Fazer a trouxinha de gaze com uma mão, passa-la para a outra mão e
proceder a limpeza do ferimento obedecendo os critérios já mencionados
anteriormente, sempre com ajuda de um auxiliar. Realizar este procedimento
quantas vezes forem necessárias. A mão que trabalha no campo não deve
entrar em contato com o ferimento.
16. Após o término do segundo tempo, realizar o mesmo esquema descrito no item
anterior para o tratamento da ferida.
17. Ocluir o ferimento se assim necessário, retirar as luvas e despreza-las e fixar o
esparadrapo tomando cuidado para não tocar na gaze ou na pele do paciente.
18. Cobrir o paciente e deixa-lo confortável.
19. Deixar a unidade em ordem.
20. Desprezar o lixo, lavar o material e colocá-lo em local apropriado.
21. Lavar as mãos.
22. Anotar no prontuário: região, aspecto da ferida, fase de cicatrização,
quantidade e características das secreções, retirada de pontos, drenos, horário
do curativo, etc.
2. TÉCNICAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS*
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*Elaborado pela profª Lucinda Maria Dutra Moreira
2.1. a)Conceito: é o processo de preparo e administração de substâncias químicas no
organismo humano, a fim de se obter um efeito terapêutico.
b)Composição das Drogas: a)Líquida, b) Sólida, c) Semi-sólida
c)Formas das Drogas
a) Preparados Líquidos

Emulsões: mistura de óleo e água, tendo geralmente aparência leitosa;

Soluções: uma ou mais drogas dissolvidas em solvente apropriado tendo como
característica aparência límpida e homogenia;

Misturas e Suspensões: drogas misturadas com um líquido, porém não
dissolvidas;

Xaropes: drogas dissolvidas em solução de água e álcool, com sabor aromático,
contendo açúcar;

Tinturas: drogas dissolvidas em álcool ou em álcool e água;

Loções: preparados aquosos de ingredientes em suspensão, usados
externamente, sem massagens , no tratamento de afecções da pele;

Linimentos: drogas usadas externamente, aplicados em forma de massagens,
produzindo sensação de calor na área de aplicação;

Sprays: constituem uma apresentação que permite que as drogas possam ser
ministradas por meio de vaporizador, sendo mais usados nas afecções do
aparelho respiratório;

Aerossóis: podendo ser de spray ou espuma, podem ser espalhados na pele sem
toca-la
b) Preparados sólidos ou semi-sólidos

Cápsulas: pequenos invólucros de drogas divididos em duas partes;

Spânsules: cápsula que contem medicamento de ação prolongada;

Pílulas: preparados de forma arredondada, com tamanho apropriado para ser
deglutido com facilidade;

Comprimidos: pequemos discos de espessura e tamanho variados, com
medicamento e substância coesiva;

Drágeas: comprimidos com camada de cobertura para disfarçar seu gosto
amargo ou para evitar que seja afetado pelo suco gástrico;
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
Pastilhas: tabletes redondos ou retangulares confeccionados com medicamento
dde base açucarada;

Supositórios: preparados de droga em forma sólida, geralmente de forma
cilíndrica ou cônica;

Ungüentos: para uso na pele são compostos com uma base oleosa ou uma base
solúvel em água
2.2. Administração de Medicamentos para Efeitos Locais
a) Aplicação na Pele: aplicação de substâncias que devem ter sua absorção
limitada. Cremes contendo antibióticos e antiinflamatórios são úteis devido ao seu
efeito local.
b) Aplicação na Membrana Mucosa: a aplicação nas várias membranas mucosas
do corpo pode ser feita visando efeitos locais e sistêmicos;

Supositórios;

Enemas;

Preparações intra-nasais;

Preparações oftálmicas;

Preparações otológicas
c)
Administração para Efeitos Sistêmicos

Gastrointestinal: via oral, sublingual, gástrica, retal.

Parenteral: Via Intradérmica,subcutânea, intramuscular, endovenosa.

Via cutânea ou tópica; auricular; nasal, ocular, vaginal.

Via respiratória: nebulização

Outras vias de administração: via intra-articular, intratecal, intrapericárdica,
intrapleural, intracardíaca, intraarterial.
2.3. Cuidados Gerais no Preparo e Administração de
Medicamentos
Para a administração de medicamentos , exige-se de quem o administra
responsabilidade e conhecimento científico de microbiologia, farmacologia e cuidados
de enfermagem específicos para tal procedimento, devendo-se observar cinco regras
básicas:
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
Medicamento certo

Via certa

Dose certa

Hora certa

Paciente certo
a) Cuidados no preparo da medicação:
 Utilizar para consulta e identificação da medicação preparada, os cartões de
medicação ou prescrição médica;
 Lavar as mãos antes de iniciar o preparo das medicações;
 Concentrar as atividades no trabalho a ser executado , evitando conversas paralelas;
 Lavar ou limpar a bandeja e colocar sobre ela os recipientes com as identificações por
seqüência de número de leito;
 Estar ciente do estado geral do paciente, efeito desejado e efeitos colaterais do
medicamento;
 Quando houver dúvidas (letra ilegível, medicamento sem rótulo), não preparar
o medicamento até que seja esclarecido;
 Todo o medicamento preparado deve ser rotulado com os dados de
identificação
do
paciente:
NOME,
NÚMERO
DO
LEITO,
NOME
DA
MEDICAÇÃO, VIA DE ADMINISTRAÇÃO E HORÁRIO;
 Ler o rótulo do medicamento três vezes: antes de retirá-lo do recipiente, antes
de colocar o medicamento no cálice ou seringa e antes de guardar o recipiente
ou desprezar a ampola ou frasco vazio;
 Desprezar o medicamento que apresentar alteração de cor, odor ou
consistência. Verificar sempre que possível o prazo de validade;
 Antes de colocar o cálice ou seringa na bandeja, este já deverá estar rotulado;
 Substituição de medicamentos, em caso de falta, só poderão ocorrer quando
possuírem o mesmo efeito farmacológico desejável;
 Antes de começar a administrar deixar o local do preparo em ordem e limpo.
b) Cuidados na Administração de Medicamentos:
 Não administrar medicamento preparado por outra pessoa e nem permitir que
familiares ou o próprio paciente o façam;

Não deixar a bandeja na enfermaria caso necessite sair;
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 Antes de administrar a medicação conferir o número do leito e o nome do
paciente e orientar o paciente sobre o procedimento;
 Somente após a ingestão ou aplicação do medicamento, ele será checado no
horário correspondente;
 Por falta do medicamento, de recusa ou ausência do paciente, ou por outro
motivo qualquer rodelar o horário e justificar por escrito na prescrição e relatório
de enfermagem;
 Anotar e notificar as anormalidades que o paciente apresentar;
 Após a administração do medicamento, lavar, enxugar e colocar em lugar
apropriado os materiais utilizados.
c) Local da guarda de medicamentos
 Os medicamentos poderão ser estocados na farmácia ou almoxarifado e em
menor quantidade na unidade de enfermagem;
 Controlar rigorosamente os narcóticos e seus derivados, guardando-os em
gaveta fechada com chave;
 Registrar todos os narcóticos e guardar as ampolas utilizadas;
 Manter sobre refrigeração medicamentos como insulina, vacinas, soro
antiofídico,
antitetânico,
anticrotálico,
antiaracnídeo,
anti-rábico,
alguns
antibióticos, citostáticos, frascos de Nutrição Parenteral, e outros;
 Fazer limpeza semanal do local onde estão guardados as seringas e agulhas e
dos armários onde estão guardados os medicamentos.
d) Observações Gerais:

Não ultrapassar a dose prescrita;

Em casos de emergência, a medicaÇão poderá ser dada por ordem verbal, mas
anotada no relatório de enfermagem. Após a prescrição ser feita colocar o horário
e checar;

Em geral, a prescrição médica é válida por 24 horas;

Antes da administração do medicamento, observar a presença de sinais e
sintomas que o contra indiquem;

Após a administração do medicamento observar efeitos colaterais que possam
ocorrer.
2.4. VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
a) VIA ORAL
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Conceito: é a administração de medicamentos pela boca
Formas de Apresentação: Forma Líquida: xaropes, suspensão, elixir, emulsão e outros
Forma Sólida: comprimidos, drágeas, cápsulas, pérolas, pastilhas, outros.
Material: conta-gotas, copo graduado ou colher, gaze, fita adesiva, (recipiente para
medicamento sólido e triturador de alimentos quando necessário).
Procedimentos de Enfermagem

Verificar jejuns e se o paciente encontra-se na enfermaria;

Melhorar o sabor desagradável dos medicamentos (açúcar ou suco de frutas)
se o paciente desejar;

Utilizar uma gaze limpa para auxiliar na manipulação de comprimidos e
cápsulas , evitando tocar na medicação;

Ao preparar medicamentos líquidos , conservar o rótulo dos frascos voltados
para a palma da mão evitando molha-lo;

Ao despejar o medicamento no copo graduado , marcar o traço indicado com a
unha do polegar, a quantidade prescrita
e eleva-lo a altura dos olhos.
Homogeneizar os medicamentos em suspensão antes de colocar no recipiente;

O copo graduado tem as seguintes medidas (sistema caseiro):
15ml = 1 colher de sopa
10ml = 1 colher de sobremesa
05ml = 1 colher de chá
03ml = 1 colher de café
15ml = 1 medida adulta
05ml = 1 medida infantil

Administrar os medicamentos irritantes da mucosa gástrica , com leite;

Administrar medicamentos com horários condizentes com seus efeitos. Ex:
diuréticos pela manhã, hipoglicemiantes orais por ocasião do horário das refeições;

Os medicamentos em pó devem ser dissolvidos;

Os medicamentos por via oral devem ser diluídos, no máximo, em 15ml de
água. Após a ingestão oferecer mais água se necessário;
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17

Quando não houver correspondência entre a dose prescrita e o comprimido
disponível, deve-se preferencialmente diluí-lo para a obtenção de dosagem correta;

Nunca administrar medicação via oral a pacientes inconscientes.
TÉCNICA ;


Lavar as mãos, antes de iniciar o procedimento;
Colocar os medicamentos nos copos graduados (líquidos) e gaze (sólidos),
obedecendo os princípios gerais já descritos;

Levar a bandeja junto ao paciente, conferindo seu nome com a identificação da
medicação;

Colocar o comprimido na mão do paciente ou senão leva-lo à boca;

Oferecer água, leite ou suco de frutas;

Certificar-se que a medicação foi deglutida pelo paciente;

Terminada a administração, checar as medicações nas prescrições;

Anotar qualquer intercorrência antes, durante e após a administração da medicação;

Lavar e colocar todo o material em ordem.
b) VIA SUBLINGUAL
Conceito: Consiste em administrar o medicamento sob a língua, sendo rapidamente
absorvido pela mucosas oral passando a circulação geral.
TÉCNICA:

Fornecer água ao paciente para enxaguar a boca e remover resíduos
alimentares;

Colocar o medicamento sob a língua do paciente e orienta-lo para não deglutir
a saliva até dissolver o medicamento , a fim de se obter o efeito desejado;

Terminada a administração, checar as medicações nas prescrições;

Anotar qualquer intercorrência antes, durante e após a administração da
medicação;
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18

Lavar e colocar todo o material em ordem.
c) VIA GÁSTRICA
Conceito: é a introdução de medicamentos através da sonda vesical.
Material: estetoscópio, triturador, copo graduado, seringa de 20ml, gaze, espátula,
recipiente para lixo, bolas de algodão com álcool.
TÉCNICA:

Colocar o paciente em proclive, (exceto quando contra-indicado), evitando
assim aspiração de conteúdo gástrico;

Certificar-se se a sonda está no estômago através da ausculta com
estetoscópio ou aspiração de conteúdo gástrico;

Introduzir lentamente o medicamento por sifonagem, ou através da seringa,
evitando desconforto para o paciente;

Não introduzir ar evitando, desta forma a flatulência;

Lavar a sonda com 40ml de água após a administração do medicamento a fim
de retirar partículas aderidas na sonda e introduzir todo o medicamento até o
estômago;

Caso a sonda tenha finalidade de drenagem, mantê-la fechada por 30 minutos
após a administração de medicamentos.

Terminada a administração, checar a medicação na prescrição;

Lavar e colocar todo o material em ordem.
d) VIA RETAL
Conceito: é a introdução de medicamento pelo reto, uma vez que a mucosa retal é
potente fonte de absorção. Ex: Supositórios e clister medicamentoso
Material: gaze, papel higiênico, recipiente para lixo, supositório, luva de látex.
TÉCNICA:

Envolver o supositório em uma gaze;

Calçar luva para auto-proteção;

Orientar o paciente e coloca-lo em posição de Sims, expondo somente a região
necessária a introdução do supositório;

Afastar a prega interglútea, com auxílio de papel higiênico, para melhor
visualização do ânus;
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19

Introduzir o supositório além do esfíncter anal delicadamente e pedir ao
paciente que o tenha por um período de 30 minutos;

Quando tiver condições solicitar ao paciente que ele mesmo introduza o
supositório;

Checar a medicação e guardar todo o material previamente limpo.
Supositório
e) VIA NASAL
Conceito: é a aplicação de medicamento na mucosa nasal com a finalidade de facilitar
a ventilação e drenar secreções orais.
Material: frasco de medicamento, gaze, recipiente para lixo, conta-gotas.
TÉCNICA:

Levar o material até a unidade do paciente;

Posicionar o paciente em decúbito dorsal, colocar travesseiro sobre o ombro,
de modo que a cabeça fique inclinada para trás ou colocar o paciente sentado com a
cabeça inclinada para trás;

Retirar do frasco a medicação na quantidade prescrita;

Com uma gaze segurar o nariz do paciente, pingando o medicamento nas
narinas sem permitir que o conta-gotas toque na mucosa nasal;

Instruir o paciente para que permaneça nesta posição por alguns minutos, a fim
de que o medicamento penetre profundamente na cavidade nasal;

Checar a medicação na prescrição;

Lavar e guardar todo o material.
f)
VIA OCULAR
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20
Conceito: consiste na aplicação de colírio ou pomada no saco conjuntival inferior.
Material: medicamento (pomada oftálmica ou colírio); gaze, conta-gotas se necessário,
recipiente de lixo.
TÉCNICA:

Levar todo o material a unidade do paciente;

Preparar o paciente colocando-o em decúbito dorsal ou sentado com a cabeça
inclinada para trás;

Antes da aplicação do medicamento, remover secreções e crostas;

Afastar a pálpebra inferior com o dedo polegar, com auxílio de uma gaze,
apoiando a mão na face do paciente;

Desprezar a primeira porção da pomada ou uma gota de colírio;

Pedir ao paciente para que olhe para cima. Pingar o medicamento no centro da
conjuntiva (porção média da pálpebra inferior), sem tocar o conta-gotas ou o tubo de
pomada na conjuntiva;

Ao aplicar a pomada, deposita-la ao longo de toda a extensão do saco
conjuntival inferior;

Solicitar ao paciente que feche as pálpebras e faça movimentos giratórios do
globo ocular, a fim de dispersar o medicamento;

Remover o excedente do medicamento com a gaze.

Checar a medicação na prescrição.
g) VIA AURICULAR
Conceito: é a introdução de medicamento no canal auditivo.
Material: gaze, medicamento, recipiente para lixo.
TÉCNICA:
 Levar todo o material a unidade do paciente, orientando-o da técnica;
 Colocar o paciente na posição de Sims ou em decúbito lateral;
 Desprezar uma gota do medicamento;
 Posicionar o canal auditivo no adulto do seguinte modo: segurar o pavilhão
auditivo e puxar delicadamente para cima e para trás;
 Instilar o medicamento no canal auditivo sem contaminar o conta-gotas;
 Orientar o paciente quanto a manutenção da posição inicial por alguns minutos.
 Chegar a medicação na prescrição médica.
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21
h) VIA CUTÂNEA OU TÓPICA
Conceito: é a aplicação de medicamento na pele.
Material: gaze, espátula, medicamento, recipiente para lixo.
TÉCNICA:

Fazer a limpeza da pele com água e sabão antes da aplicação de
medicamento, (pele oleosa ou com sujidade);

Desprezar a primeira porção da pomada;

Quando o medicamento for armazenado em recipiente, retira-lo com auxílio de
espátula;

Aplicar o medicamento massageando a pele delicadamente;

Observar qualquer alteração na pele: erupções, prurido, edema, eritema, etc.;

Checar a medicação na prescrição médica.
i)
VIA RESPIRATÓRIA
Conceito: introdução de um medicamento diretamente na via respiratória através de
inalador ou nebulizador, a fim de estimular expectoração, fluidificar secreções,
combater infecções e melhorar a ventilação pulmonar.
Material: máscara de nebulização completa, inalador ou torpedo de oxigênio,
medicação e solução diluente (soro fisiológico ou água destilada).
TÉCNICA:

Reunir o material: medicamento, solução diluente (água ou soro fisiológico), e
máscara e acessórios;

Colocar no compartimento de medicamento, toda a medicação prescrita,
conectando-o a máscara

Levar até a unidade do paciente e explicar o procedimento;

Conectar o prolongamento da máscara ao inalador ou ao torpedo de oxigênio;

Aproximar a máscara junto ao nariz e boca do paciente, solicitando que respire
normalmente;

Orienta-lo que assim deverá permanecer por 10 a 15 minutos;

Após terminada a inalação ou nebulização, checar a medicação, colocar a
máscara em solução desinfetante e guardar todo o material.
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22
j) VIA VAGINAL
Conceito: é a introdução de medicamento na mucosa vaginal
Material: medicamento ( óvulos ou pomadas vaginais), gaze, recipiente para lixo,
aplicador próprio, luvas de procedimento.
.
TÉCNICA:

Levar todo o material a unidade do paciente;

Cercar a cama com biombos, mantendo a privacidade da paciente;

Colocar o paciente em posição ginecológica;

Fazer higiene íntima se necessário;

Colocar o óvulo ou pomada vaginal no aplicador próprio;

Calçar as luvas de procedimento;

Afastar os pequenos lábios com os dedos indicador e polegar, com auxílio de
gazes;

Introduzir delicadamente o aplicador ,10cm aproximadamente e pressionar o
êmbolo;

Retirar o aplicador e pedir a paciente que permaneça no leito;

Lavar o aplicador com água e sabão ( o aplicador é de uso individual);
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23

Em caso de paciente virgem utilizar o especulo de virgem ou uma seringa
conectada a uma sonda uretral nº 04 ou nº 06.

Checar a medicação administrada.
l) VIA PARENTERAL
Conceito: é a administração de uma agente terapêutico através das vias:

INTRADÉRMICA (ID)

SUBCUTÂNEA (SC)

INTRAMUSCULAR (IM)

ENDOVENOSA OU INTRAVENOSA (EV ou IV)
Finalidade:

Alcançar ação imediata de um medicamento;

Evitar irritação da mucosa gástrica;

Medicar pacientes impossibilitados de deglutir;

Resguardar os efeitos medicamentosos da ação do suco gástrico que
podem inativá-los.
Elementos necessários para a realização de medicações parenterais:
a-
Seringa: de vidro ou descartável (plástico) é composta de duas partes:

Corpo ou cilindro: parte externa, graduado em ml ou cm3 e que indica a
capacidade da seringa; a sua porção terminal
(bico) onde a agulha é
adaptada.

Êmbolo: parte que é introduzida no corpo da seringa.
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24
b-
Agulha: de aço inoxidável ou descartável, compões-se de três partes:

Canhão: é a parte da agulha que pode ser tocada , uma vez que não
entra em contato direto com o paciente. O número do calibre das agulhas
descartáveis é determinada através da coloração do canhão, enquanto nas
agulhas de aço inox vem gravado no próprio canhão.

Cânula ou haste: é a aparte da agulha que se introduzirá nos tecidos e
deve ser mantida estéril;

Bisel: é a abertura na extremidade da agulha.
Importante: partes que devem ser mantidas estéreis: bisel, haste, bico da seringa,
interior do corpo e êmbolo.
Materiais:

Seringa e agulha esterilizadas;

Bolas de algodão com álcool;

Bandeja;

Medicamento prescrito;

Garrote ( se via endovenosa)

Recipiente para lixo.
TÉCNICA:

Certificar-se pela prescrição médica do medicamento a ser administrado: dose,
via e paciente a que se destina;

Separar as ampolas com a medicação prescrita;

Lavar as mãos;

Proceder a assepsia do gargalo com algodão embebido em álcool;
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25

Abrir o pacote da seringa, mantendo estéreis o êmbolo e o bico da seringa;

Adaptar a agulha ao bico da seringa, não tocando não tocando a cânula e
mantendo-a protegida;

Quebrar a ampola utilizando algodão ou gaze para apoio e proteção dos dedos;

Segurar a ampola entre os dedos indicador e médio da mão E e com a outra
mão, pegar a seringa e introduzir a agulha cuidadosamente dentro da ampola sem
tocar nas bordas externas, com o bisel voltado para baixo, em contato com o líquido;

Aspirar todo o líquido, apoiando a seringa com o dedo polegar e anular da mão
E, puxando o êmbolo com a mão D, sem contaminar;

Virar a seringa com agulha para cima em posição vertical e expelir todo o ar
que tenha penetrado;

Proteger a agulha com o protetor próprio;

Identificar com o nome do paciente, via enfermaria e número de leito como
também o nome da medicação.

Colocar na bandeja. Providenciar algodão embebido em álcool.
Preparo de medicação em frasco-ampola (pó):

Retirar o lacre metálico superior, limpar a borracha com algodão embebido em
álcool, permanecendo com algodão sobre a borracha;

Preparar a ampola com o diluente conforme técnica anterior;

Montar a seringa conforme técnica apresentada, usando agulha de maior
calibre;

Aspirar o conteúdo de diluente, introduzindo-o no frasco e retirando a mesma
quantidade em ar;

Retirar a seringa protegendo a agulha;

Agitar o frasco cuidadosamente, sem formar espuma. Observar a completa
dissolução do soluto;

Injetar no frasco o ar da seringa;

Trocar agulha, colocando outra de acordo com a especificação do paciente,
líquido e via de administração;

Identificar conforme orientado e colocar na bandeja.
@ Administração de medicação por via intradérmica (ID)
Conceito: é a administração de medicamento na derme
Finalidade: indicada para testes diagnósticos, testes alérgicos e aplicação da vacina
B.C.G
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26
Local de Aplicação: face interna do antebraço e inserção inferior do deltóide (B.C.G)
Agulha: 7 x 5 - 13 x 4,5 – 15 x 5. Utilizar seringa de 1ml.
TÉCNICA:

Preparar a solução;

Orientar o paciente;

Fazer a antissepsia local com exceção da B.C.G e P.P.D.

Esticar a pele, e introduzir a agulha mais ou menos 2mm, com o bisel voltado
para cima, em ângulo de 15º;

Injetar a solução no volume máximo de 0,5ml;

Observar a formação de pápula e retirar a agulha, tendo-se o cuidado de não
friccionar ou massagear a região (para evitar o retorno do líquido e dificultar a
reação à droga);

Proceder a leitura. Teste alérgico 15 minutos após a aplicação e P.PD com 72
horas após a aplicação

Nos testes alérgicos, rodelar com caneta o local da aplicação.

Checar a medicação
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27
@ Administração de medicação por via subcutânea (SC)
Conceito: é a introdução de medicamento no tecido subcutâneo.
Finalidades: indicada quando não se deseja absorção rápida do medicamento. É a via
de administração de alguns medicamentos como a Insulina e Heparina
Locais de aplicação: região deltóide, escapular, face externa do braço, face externa da
coxa, face anterior da coxa, região periumbelical e flancos.
Agulha/Ângulo: depende da quantidade de tecido subcutâneo, local de aplicação e do
comprimento da agulha. Em geral agulha 25 x 6 é inserida em 45º. Agulha 13 x 4,5 é
inserida na pele em ângulo de 90º. Volume máximo de administração: 1 ml
TÉCNICA:

Preparar a medicação conforme técnica;

Orientar o paciente sobre o procedimento;

Escolher o local, fazer a antissepsia;

Introduzir a agulha conforme especificado acima. A posição do bisel da agulha
é indiferente;

Aspirar, injetar a medicação, retirar a agulha e fazer uma leve pressão com o
algodão;

Recolher o material, checar a medicação.
@ Administração de medicação por via intramuscular
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28
Conceito: é a introdução de medicamentos nas camadas musculares.
Finalidade: indicada quando se deseja absorção rápida de medicamento, porém mais
lenta que a via endovenosa.
Áreas de aplicação: a escolha de uma região para injeção IM, depende de fatores
como idade, quantidade de tecido muscular, natureza do medicamento e estado da
pele.
Locais Utilizados: região deltóide, dorso glúteo, ventre glúteo e coxa(músculo vastolateral)
Calibre das agulhas: Soluções aquosas: 25 x 7, 25 x 8, 30 x 7, 30 x 8
Soluções oleosas: 25 x 8, 25 x 9, 30 x 8, 30 x 9
Anormalidades ou falhas técnicas na injeção Intramuscular.

Lesão de nervos: principalmente o nervo ciático;

Lesão de vasos: acidentalmente pode-se perfurar um vaso sanguíneo;

Lesão de tecido subcutâneo, por injeções superficiais, provocando dor, nódulos
e abscessos;

Abscessos por falhas assépticas;

Outras alterações orgânicas, por reação ao medicamento introduzido, e quando
se injeta no vaso sanguíneo medicamentos que não pode ser administrado por esta
via.
Procedimentos de enfermagem na Injeção Intramuscular:
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29

Preparar a medicação, levar a bandeja para a enfermaria, colocando-a sobre a
mesa de cabeceira;

Colocar o paciente em posição correta e fazer a antissepsia ampla do local
com algodão embebido em álcool. Em relação as regiões:

Região Deltóide: sentado ou deitado, com o braço fletido sobre o
abdômen; o volume máximo não deve ultrapassar 3ml; aplicar na parte mais
volumosa de massa muscular.

Região Dorso-glútea (músculo glúteo médio):
deitado em posição
ventral ou lateral ou em pé; divide-se a nádega em quatro partes, toma-se
uma linha que vai da crista ilíaca posterior à borda inferior da nádega, e outra
que vai das últimas vértebras sacrais à parte superior da articulação
coxofemoral; a injeção é feita no quadrante superior externo; volume máximo
5ml.

Região Ventroglútea ou Hochstetter: deitado em posição lateral ou em
pé; volume máximo 5ml, indicada tanto para adultos como crianças, pois não há
nervos importantes e possui pouco tecido adiposo; para a localização correta,
coloca-se a mão esquerda no quadril D, ou vice-versa, apoiando o dedo
indicador sobre a espinha ilíaca antero-posterior e a palma voltada sobre a
cabeça do fêmur; afastar os demais dedos formando um triângulo e aplicar no
meio deste.

Região Retofemural (músculo vasto lateral da coxa): deitado em
decúbito lateral ou sentado, não deve ultrapassar o volume de 3ml; aplica-se no
terço médio externo da coxa, local livre de vasos e nervos importantes.

Colocar um algodão entre o dedo mínimo e anular da mão esquerda;

Segurar a seringa e retirar o ar com a mão D;

Esticar a pele e segurar firmemente o músculo com a mão E, com um único
impulso, sem hesitar, para diminuir o desconforto;
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30

Introduzir a agulha com o bisel lateralizado, seguindo o sentido da fibra
muscular;

Tracionar o êmbolo com a mão E, para verificar a presença de sangue. Caso
isto ocorra, retirar a agulha, proceder a troca da mesma e aplicar em outro local;

Injetar a medicação, aproximar o algodão embebido em álcool, retirar a agulha
e fazer uma ligeira compressão na pele com o algodão e em seguida massagear
levemente.
@ Administração de medicação por via endovenosa (IV ou EV)
Conceito: é a introdução do medicamento diretamente na corrente sanguínea, a fim de
obter uma reação imediata do medicamento.
Áreas de Aplicação: veias superficiais de grande calibre da região cubital (cefálica,
mediana e basílica), dorso da mão e antebraço e ainda através de cateteres
endovenosos: intracather, flebotomia, scalpes.
Calibre das Agulhas: 25 x 7 e 25 x 8.
Observações Importantes:

A solução deve ser cristalina, não oleosa e não conter flocos em
suspensão;

Retirar todo o ar da seringa, para não haver entrada de ar na circulação;

Aplicar lentamente observando as reações do paciente;

Fazer rodízios dos locais de aplicação;

Retirar a agulha na presença de hematoma, infiltração ou dor,
puncionando novamente em outro lugar, de preferência em outro membro;

Aquecer ou massagear o local são artifícios utilizados para melhorar ou
facilitar a visualização da veia.
Procedimentos de Enfermagem:

Preparar a medicação, levar até a enfermaria acrescentando o garrote
na
bandeja;

Identificar o paciente no qual será administrado a medicação;

Pedir ao paciente para abrir e fechar a mão diversas vezes levando e estase
venosa;

Escolher a veia, garrotear sem compressão exagerada 4cm acima do local
escolhido;

Pedir ao paciente para fechar a mão e manter o braço imóvel;

Fazer antissepsia ampla obedecendo retorno venoso;

Expelir todo o ar da seringa.Com a mão E esticar a pele, fixar a veia e esticar a
pele com o auxílio do dedo polegar e segurar o algodão embebido em álcool;
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31

Posicionar o bisel da agulha voltado para cima, segurar o canhão da agulha
com o dedo indicador da mão D e a seringa com os demais dedos;

Puncionar a veia. Refluindo o sangue, soltar o garrote com a mão E e solicitar
ao paciente que abra a mão;

Aplicar a droga, lentamente, observando a reação do paciente;

Administrar a medicação, retirar a agulha e comprimir com o algodão embebido
em álcool sem massagear;

Checar a medicação na prescrição médica.
Complicações que poderão ocorrer:

Choque: apresenta como principais sintomas a palidez, lipotimia, ansiedade,
tremores e sudorese, podendo ser pirogênico (introdução de solução contaminada),
anafilático (hipersensibilidade a droga), periférico ( aplicação rápida e dosagem
elevada).

Embolia: em geral de prognóstico fatal, podendo ser: gasosa (introdução de ar
na corrente sanguínea), oleosa ( introdução de medicamentos oleosos) e sanguínea
(mobilização de trombos).

Flebites e Tromboflebites: processo inflamatório das veias, tornando a área
dolorosa e hiperemiada.

Esclerose da veia: devido a injeções freqüentes no mesmo local e introdução
de soluções hipertônicas (Ex: glicose 50%).

Infiltrações medicamentosas: devido ao extravasamento de medicamento
fora do interior da veia.

Abscessos: são processos infecciosos, devido a falta de assepsia
e
introdução de substâncias irritantes fora da veia.
2.5 VENÓCLISE
Conceito: É a infusão de solução dentro da veia, em quantidade relativamente grande.
Indicações: Manter veia para medicação; repor líquidos; manter equilíbrio dos
eletrólitos, administrar nutrientes
Soluções utilizadas: Soro Glicosado, Soro Fisiológico, Solução de Manitol, Solução de
Ringer dentre outros.
Material:

Frascos com a solução prescrita;

Equipo de soro;

Scalpe (nº 19, 21, 23 em adultos e nº 25 e 27 em crianças);
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32

Esparadrapo;

Bolas de algodão embebidos em álcool, garrote;

Identificação de soro;

Medicamentos se prescritos, seringas e agulhas;

Recipiente para lixo.
Locais de Aplicação: veias dos membros superiores, evitando-se articulações. Em
crianças poderão ser puncionadas veias da cabeça. Evitar punções nos membros
inferiores.
Procedimentos de Enfermagem:

Reunir todo o material acrescentando a medicação a ser diluída no soro;

Aspirar o medicamento e aguardar para injeta-lo no frasco

Fazer a antissepsia da extremidade do frasco de soro, onde será aberto;

Cortar a parte superior sobressalente;

Injetar o medicamento já preparado, sem introduzir o canhão da agulha na
parte interna do frasco, evitando contaminação;

Abrir a embalagem do equipo, sem contamina-lo e conecta-lo ao frasco de
soro;

Fazer o nível da câmara gotejadora e do equipo e retirar todo o ar do mesmo.
Em seguida fechar a presilha;

Identificar o frasco de soro com rótulo que deve constar: nome do paciente,
número do leito e da enfermaria, nome da solução e medicamento,
gotejamento, data, horário de início e término e assinatura de quem o
preparou.

Orientar o paciente sobre o procedimento;

Colocar o soro no suporte e instalar o scalpe;

Cortar as tiras de esparadrapo;

Puncionar a veia conforme procedimento para injeções endovenosas;
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33

Ao refluir sangue no scalpe, soltar o garrote e abrir a presilha do equipo;

Fixar o escalpe com as tiras de esparadrapo;

Controlar o gotejamento;

Guardar o material e checar na prescrição a venóclise instalada.
Cuidados Importantes:
a) Caso modifique a altura do frasco, controlar o gotejamento do soro para
manter o fluxo constante;
b) Controlar rigorosamente o gotejamento de soro para evitar desequilíbrio
hidroeletrlítico;
c) Verificar a infusão em intervalos regulares para manutenção do volume do
fluxo;
d) Evitar punções venosas em veias localizadas nas articulações;
e) Caso haja dificuldade em puncionar a veia, anotar a frequ6encia e o motivo;
f) Se a punção venosa for próxima de uma articulação aconselha-se o uso de
tala para evitar transfixação da veia pela agulha;
g) Observar o local da punção venosa freqüentemente, observando a presença de
edema, rubor, infiltração de soro e queixas do paciente;
h) Manter o equipo sem bolhas de ar.
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34
3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BORGES, Eline Lima et. al. Feridas como tratar. 2 ed. Belo Horizonte, Coopemed,
2008.
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PROTOCOLO DE MANUSEIO DE INSUMOS E MATERIAIS MÉDICOS-2013
LABORATÓRIOS LABSEMI e LABSMATI- DENF-UNIR
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