1 Fundação Universidade Federal de Rondônia Departamento de Enfermagem- DENF PORTO VELHO, RO MAIO, 2013 Reitoria da Fundação Universidade Federal de Rondônia-UNIR Magnífica Profª Drª Maria Berenice Allho Tourinho Núcleo de Saúde- NUSAU Diretora Profª Drª Maria Ivete de Aquino Departamento de Enfermagem- DENF Chefe Profª Ms.Daniela Oliveira Pontes Departamento de Enfermagem- DENF Vice-Chefe Profª Msc.Jeanne Lúcia Gadelha Freitas Coordenação de Laboratório de Semiotécnica Profª Dra. Vivian Susi de A. Canizares Coordenação de Laboratório de Saúde Materno-Infantil PROTOCOLO DE MANUSEIO DE INSUMOS E MATERIAIS MÉDICOS-2013 LABORATÓRIOS LABSEMI e LABSMATI- DENF-UNIR 2 Profª Msc. Elaine Maria de Santana Comissão dos Laboratórios LABSEMI/LABSMATI Profª Msc. Elaine Maria de Santana Profª Msc. Vivian Susi de Assis Canizares Profª Msc. Jeanne Lúcia Gadelha Freitas Profª Esp. Cristiano Lucas de Menezes Colaboração Profª Msc. Maria Lucinda Dutra Moreira APRESENTAÇÃO Para o Departamento de Enfermagem, DENF/UNIR, a formação qualificada de seus futuros enfermeiros passa, entre outras ações, pelo processo de aprendizagem de técnicas fundamentais, que só serão apreendidas por treinamento simulado com recursos didático-pedagógicos sistematizados. Nesse sentido, a comissão de laboratórios do curso de Enfermagem-DENF/UNIR compilou neste protocolo ora apresentado, informações técnicas de 25 anos de experiência dos docentes das disciplinas Semiologia e Semiotécnica de Enfermagem, visando contribuir com o ensino teórico-prático para formação discente do curso de Enfermagem. Ciente de que o assunto não se esgota em uma única publicação, esperamos que as diretrizes contidas aqui, contribuam com o continuo aperfeiçoamento de novos instrumentos metodológicos, norteadores e necessários à prática segura da enfermagem- a arte do cuidar. PROTOCOLO DE MANUSEIO DE INSUMOS E MATERIAIS MÉDICOS-2013 LABORATÓRIOS LABSEMI e LABSMATI- DENF-UNIR 3 Comissão dos Laboratórios de Enfermagem LABSEMI e LABSMATI SUMÁRIO APRESENTAÇÃO HOMENAGEM “IN MEMORIAN” 1. TÉCNICA PARA REALIZAÇÃO DE CURATIVOS 1.1 Considerações Gerais 1.2.Técnica de Curativos com pinças 1.3.Técnica de Irrigação com solução salina Estéril 1.4.Técnica de Curativo com utilização de Luvas 2. TÉCNICA DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS 2.1. Conceito, Composição e Formas das Drogas 2.2.Administração de medicamentos para efeitos Locais 2.3.Cuidados no Preparo e Administração de Medicamentos 2.4.Vias de Administração de medicamentos 2.5. Venóclise PROTOCOLO DE MANUSEIO DE INSUMOS E MATERIAIS MÉDICOS-2013 LABORATÓRIOS LABSEMI e LABSMATI- DENF-UNIR 4 3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS HOMENAGEM IN MEMORIAN Espaço dedicado às pessoas que levam o nome dos laboratórios: LABSEMI- Laboratório de Semiotécnica Aluna Janaína (in memorian) LABSMATI- Laboratório de Saúde Materno Infantil Profª Msc. Virginia Tereza Neta Freitas (in memorian) Nasceu em 20.06.1956, em Tabuleiro do Norte-CE. Formou-se em Enfermagem na Universidade Federal do Ceará (UFC) e Gestão e Supervisão Escolar. Em 1984, veio para Rondônia com esposo e duas filhas, motivada PROTOCOLO DE MANUSEIO DE INSUMOS E MATERIAIS MÉDICOS-2013 LABORATÓRIOS LABSEMI e LABSMATI- DENF-UNIR 5 pelo encontro com irmão primogênito e pelas boas perspectivas de trabalho no estado. Atuou no COREN-RO como suplente de conselheira, na gestão 97/98. Trabalhou no Centro de medicina Tropical de Rondônia –CEMETRON de 1988 a 1989, onde fez muitos amigos e um trabalho profícuo. Atuou, na Secretaria Municipal de Educação (SEMED) de Porto Velho, de 1997 a 2000, na chefia de Saúde Escolar. Ingressou na UNIR em 1993, via concurso público. Além das atividades na graduação, foi coordenadora de pós-graduação em Saúde Mental e docente nos cursos de pós-graduação (Gestão em Serviço de saúde, Saúde da família e Residência Multiprofissional em Saúde da família, PROHACAP e gestão Escolar). Capacitou mais de 500 profissionais técnicos e auxiliares e professores da rede municipal de Porto Velho na área de prevenção em DST/HIV/Aids. Professora mestre desde 2002, cursava doutorado pela UFPA. Muito de sua grandeza advinha de sua generosidade com colegas, alunos e familiares. Apesar de saúde frágil, sua marca registrada era alegria, irreverência e disposição para ver mudanças. A professora Virginia faleceu em 14.01.2009 em Porto Velho, deixando saudades e o exemplo de ética e compromisso para com o curso de Enfermagem. 1.TÉCNICA PARA REALIZAÇÃO DE CURATIVOS* *Elaborado pela profª Vivian Suzi Assis canizres 1.1.Considerações gerais Isolar o paciente com biombo, se necessário. Observar a data da esterilização do pacote do curativo (prazo de validade é de 7 dias) Desprezar a porção inicial do soro fisiológico e do anti-séptico utilizado pela primeira vez. Se as gazes estiverem aderidas à ferida, umidecê-las com soro fisiológico antes de retirá-las. Não falar e não tossir sobre a ferida e ao manipular material esterilizado. Considerar contaminado qualquer objeto que toque em locais não esterilizados. Iniciar os curativos pelas incisões limpas, depois as abertas não infectadas, as infectadas e por último as colostomias e fístulas em geral. Limpar as feridas partindo sempre da área menos contaminada para a mais contaminada. Nas feridas não infectadas, a pele ao redor é considerada mais contaminada que a incisão, e nas feridas infectadas, a área mais contaminada é a da lesão. PROTOCOLO DE MANUSEIO DE INSUMOS E MATERIAIS MÉDICOS-2013 LABORATÓRIOS LABSEMI e LABSMATI- DENF-UNIR 6 Orientar o paciente para não tocar a ferida com as mãos. Ao embeber a gaze com anti-sépticos, manter as pontas das pinças voltadas para baixo devido ao risco de contaminação. Evitar correntes de ar (janelas abertas, ventiladores, etc.). Manter o ambiente iluminado e limpo. Se possível executar o curativo em sala apropriada. Expor somente o local do curativo. Fazer o curativo após a higiene corporal. Não tocar as gazes e pinças nas bordas dos frascos de soluções. Não depositar material contaminado na cama, mesa de cabeceira e recipiente de lixo do doente. Lavar as mãos antes e depois do curativo. Recomenda-se nas feridas abertas infectadas o uso de luvas (além do pacote de curativos) e uma pessoa para auxiliar a manipulação dos frascos de anti-sépticos. Colocar no carinho de curativos ou bandeja somente os materiais que serão utilizados nesse paciente. Limpar o carrinho de curativo ou bandeja antes e depois do curativo. Desprezar o lixo após cada curativo. Para executar a técnica de curativos com luvas recomenda-se o uso de 2 pares de luvas : um para a retirada e outro para a realização do curativo. 1.2.Técnica de curativos com pinças 1.2.1 Tempos ou fases do curativo 1º Tempo: remoção do curativo anterior com as pinças Kocher e dente de rato. 2º Tempo: limpeza da ferida com as pinças anatômica e Kelly. 3º Tempo: tratamento da lesão com as pinças anatômica e Kelly. 4º Tempo: proteção da ferida com as pinças anatômica e Kelly. 1.2.2.Técnica Material Bandeja ou carrinho de curativo contendo: - Frascos de anti-sépticos - Éter ou benzina PROTOCOLO DE MANUSEIO DE INSUMOS E MATERIAIS MÉDICOS-2013 LABORATÓRIOS LABSEMI e LABSMATI- DENF-UNIR 7 - Soro fisiológico - Gaze - Esparadrapo - Pacote de curativo - Cuba rim - Saco plástico para lixo - Cuba retangular com solução desinfetante Procedimento 1. Lavar as mãos. 2. Preparar a bandeja ou o carrinho de curativo com o material necessário. 3. Levar a bandeja à unidade do paciente. 4. Fechar as janelas para evitar correntes de ar e poeira. 5. Cercar a cama com biombos. 6. Expor a área e colocar a cuba rim forrada próxima ao local do curativo. 7. Lavar as mãos. 8. Cortar o esparadrapo em tiras e prendê-las numa das bordas da bandeja. 9. Abrir o pacote de pinças e dispor sobre o campo as pinças com os cabos voltados para fora e colocar as gazes na quantidade suficiente próximas a cada conjunto de pinças. 10. Pegar a pinça Kocher e dente de rato. 11. Montar a pinça Kocher com tampão e embebê-lo em benzina sobre a cuba rim. 12. Segurar o esparadrapo com a pinça dente de rato e desprendê-lo com o auxílio da pinça Kocher montada. 13. Desprezar o curativo retirado e remover as marcas de esparadrapo ao redor da ferida com outro tampão de gaze embebido em benzina. 14. Colocar as pinças Kocher e dente de rato em solução. 15. Pegar outro par de pinças. Usar a pinça anatômica para retirar o material do campo e auxiliar na dobra das gazes e, a pinça Kelly montada com tampão de gaze embebido em soro fisiológico, para limpar a ferida. Posteriormente tratar a ferida com o anti-séptico apropriado também usando a pinça Kelly. 16. Repetir o processo tantas vezes quantas forem necessárias. 17. Cobrir a ferida com gaze. 18. Colocar as pinças em solução desinfetante. 19. Fixar as gazes com esparadrapo. 20. Cobrir o paciente e deixá-lo confortável. 21. Deixar a unidade em ordem. PROTOCOLO DE MANUSEIO DE INSUMOS E MATERIAIS MÉDICOS-2013 LABORATÓRIOS LABSEMI e LABSMATI- DENF-UNIR 8 22. Desprezar o lixo, lavar o material e colocá-lo em local apropriado. 23. Lavar as mãos. 24. Anotar no prontuário: região, aspecto da ferida, fase de cicatrização, quantidade e características da secreção, retirada de pontos, drenos, horário do curativo, etc. 1.3. Técnica de irrigação com solução salina estéril 1.3.1. Considerações Gerais Estudos atuais mostram que os anti-sépticos comumente usados no tratamento de feridas podem retardar o processo de cicatrização e o efeito destes anti-sépticos é insignificante no controle do processo infeccioso. Niedner, estudando histologicamente o efeito das tinturas e outras substâncias de uso tópico sobre o tecido de granulação, constatou que elas não favorecem e tampouco estimulam a formação de tecido de granulação, prejudicando-a. Outros estudos sobre os efeitos de soluções tópicas no tratamento de feridas constatam que a ação da limpeza não reduz a quantidade de bactérias na superfície e que as diversas substâncias utilizadas para este fim e outros agentes antimicrobianos tópicos perdem ou diminuem sua atividade diante da matéria orgânica existente no local da ferida além de alterarem o processo de cicatrização. Evidenciam ainda que estas substâncias retardam o processo de cicatrização, seja por ação citotóxicas aos fibroblastos ou por inibição da formação do tecido de granulação. A técnica de limpeza empregada deve respeitar a viabilidade do tecido de granulação, preservar o potencial de recuperação da ferida e minimizar a ocorrência de trauma. Por isso, nos últimos anos surgiram vários questionamentos a respeito da limpeza das feridas, em relação tanto ao uso de anti-sépticos quanto à técnica empregada. A manipulação da ferida consiste em sua limpeza cuidadosa e rigorosa, em toda extensão e profundidade. A melhor técnica de limpeza do delicado leito da ferida compreende a irrigação com jatos de solução salina isotônica (0,9%) que serão suficientes para remover os corpos estranhos e os tecidos frouxamente aderidos, além de preservar o tecido de granulação neoformado, que é frágil. Deve-se evitar a agressiva esfregação da pele íntegra ao redor da área, pois pode traumatizá-la, destruindo assim, a barreira protetora , o que propiciaria a penetração de bactérias. Para Yamada, a força hidráulica empregada na irrigação deve estar PROTOCOLO DE MANUSEIO DE INSUMOS E MATERIAIS MÉDICOS-2013 LABORATÓRIOS LABSEMI e LABSMATI- DENF-UNIR 9 abaixo de 15 psi (libra/polegada), sendo que 8 psi é a pressão adequada para remoção, que pode ser obtida com o uso de seringa de 35ml e agulha de calibre 19, segundo padrão norte-americano. Uma pressão superior a 15 psi pode provocar trauma no tecido viável, e compressão inferior a 8 psi corre-se o risco de não realizar uma limpeza efetiva. Como não se encontram no mercado brasileiro seringas de 35ml, faz-se a irrigação com seringa de 20ml conectada a agulha de calibre 12. No caso do uso de irrigação como método de limpeza não precisa ser considerada a área pela qual se inicia o procedimento, já que o líquido segue a lei da gravidade, isto é, escorre da parte superior para a inferior, local onde será recolhido para ser desprezado posteriormente. 1.3.2. Técnica 1. Lavar as mãos. 2. Preparar a bandeja ou o carrinho com o material necessário. Neste caso além do pacote de curativo leva-se também um par de luvas estéreis, uma seringa de 20ml, um scalp 19, uma agulha 25x8 ou 25x9 e um impermeável. 3. Levar a bandeja à unidade do paciente. 4. Fechar as janelas para evitar correntes de ar e poeira. 5. Cercar a cama com biombos. 6. Expor a área, colocar o impermeável abaixo e uma cuba rim forrada próxima ao local do curativo. 7. Lavar as mãos. 8. Cortar o esparadrapo em tiras e prendê-las numa das bordas da bandeja. 9. Fazer desinfecção com álcool a 70% no frasco de soro fisiológico e inserir o scalp deixando sua extremidade protegida dentro do plástico. 10. Abrir o pacote de pinças. 11. Calçar as luvas estéreis. 12. Dispor as pinças sobre o campo, além da seringa e agulha. 13. Pegar a pinça Kocher e dente de rato. 14. Montar a pinça Kocher com tampão e embebê-lo em benzina ou éter. 15. Segurar o esparadrapo com a pinça dente de rato e desprendê-lo com o auxílio da pinça Kocher. 16. Desprezar o curativo retirado e remover as marcas de esparadrapo. 17. Pegar a seringa conectar no scalp conectado no soro fisiológico (com ajuda de um auxiliar) sem tocar no frasco de soro ou no scalp e aspirar a capacidade da PROTOCOLO DE MANUSEIO DE INSUMOS E MATERIAIS MÉDICOS-2013 LABORATÓRIOS LABSEMI e LABSMATI- DENF-UNIR 10 seringa. Conectar a agulha na seringa e fazer a irrigação do ferimento começando sempre de cima para baixo (obedecer sempre o sentido da gravidade). O auxiliar deve colocar uma cuba rim abaixo do ferimento para escoar o soro da irrigação. 18. Repetir a operação quantas vezes forem necessárias. 19. Desprezar a seringa e ocluir o ferimento utilizando as pinças Kelly e anatômica ou fazer com as próprias mãos enluvadas (estéreis) se não houver pinças. 20. Retirar as luvas e fixar o esparadrapo sem tocar na gaze ou na pele do paciente. 21. Cobrir o paciente e deixá-lo confortável. 22. Deixar a unidade em ordem. 23. Desprezar o lixo, lavar o material e colocá-lo em local apropriado. 24. Lavar as mãos. 25. Anotar no prontuário: região, aspecto da ferida, quantidade e características das secreções, drenos, fase de cicatrização, etc. Obs: Para a técnica de irrigação pode também ser utilizado um frasco de soro fisiológico 500ml com um furo de uma agulha 40x12 (realizado dentro dos princípios assépticos). Em seguida faz-se a irrigação da ferida com o próprio frasco. 1.4. Técnica de curativo com utilização de luvas 1.4.1. Tempos ou fases do curativo 1° Tempo: remoção do curativo anterior com o primeiro par de luvas. 2° Tempo: limpeza do ferimento com soro fisiológico utilizando o segundo par de luvas. 3° Tempo: tratamento da ferida com o segundo par de luvas. 4° Tempo: confecção da cobertura com o segundo par de luvas. 1.4.2 Técnica 1. Lavar as mãos. 2. Preparar a bandeja ou o carrinho de curativo com o material necessário (neste caso não se utiliza o pacote de curativo mas sim dois pares de luvas estéreis). 3. Levar a bandeja à unidade do paciente. 4. Fechar as janelas para evitar correntes de ar e poeira. 5. Cercar a cama com biombos. PROTOCOLO DE MANUSEIO DE INSUMOS E MATERIAIS MÉDICOS-2013 LABORATÓRIOS LABSEMI e LABSMATI- DENF-UNIR 11 6. Expor a área e colocar a cuba rim forrada próxima ao local do curativo. 7. Lavar as mãos. 8. Cortar o esparadrapo em tiras e prendê-las numa das bordas da bandeja. 9. Abrir o primeiro par de luvas (se não tiver luvas estéreis pode-se utilizar a de procedimento tomando o máximo de cuidado para que a luva não entre em contato com a pele ou ferimento do paciente) e calçá-las tomando cuidado para não tocar com as mãos ou contaminar a parte interna do invólucro da luva, pois ele será utilizado como campo para a realização do curativo. 10. Pedir para um auxiliar oferecer a gaze. 11. Dispor as gazes no campo para o primeiro tempo e para o segundo, terceiro e quarto tempos. 12. Fazer a trouxinha de gaze com uma mão, passá-la para outra mão, pedir para um auxiliar embeber a gaze com éter ou benzina, umedecer a ponta do esparadrapo e, com a outra mão tracionar o esparadrapo fazendo uma dobra na ponta para que o esparadrapo não grude na luva. Retirar delicadamente o esparadrapo. Repetir o procedimento até retirar todo o esparadrapo e o excesso de cola. 13. Retirar o primeiro par de luvas e desprezá-las. 14. Calçar o segundo par de luvas (devem ser obrigatoriamente estéreis). 15. Fazer a trouxinha de gaze com uma mão, passa-la para a outra mão e proceder a limpeza do ferimento obedecendo os critérios já mencionados anteriormente, sempre com ajuda de um auxiliar. Realizar este procedimento quantas vezes forem necessárias. A mão que trabalha no campo não deve entrar em contato com o ferimento. 16. Após o término do segundo tempo, realizar o mesmo esquema descrito no item anterior para o tratamento da ferida. 17. Ocluir o ferimento se assim necessário, retirar as luvas e despreza-las e fixar o esparadrapo tomando cuidado para não tocar na gaze ou na pele do paciente. 18. Cobrir o paciente e deixa-lo confortável. 19. Deixar a unidade em ordem. 20. Desprezar o lixo, lavar o material e colocá-lo em local apropriado. 21. Lavar as mãos. 22. Anotar no prontuário: região, aspecto da ferida, fase de cicatrização, quantidade e características das secreções, retirada de pontos, drenos, horário do curativo, etc. 2. TÉCNICAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS* PROTOCOLO DE MANUSEIO DE INSUMOS E MATERIAIS MÉDICOS-2013 LABORATÓRIOS LABSEMI e LABSMATI- DENF-UNIR 12 *Elaborado pela profª Lucinda Maria Dutra Moreira 2.1. a)Conceito: é o processo de preparo e administração de substâncias químicas no organismo humano, a fim de se obter um efeito terapêutico. b)Composição das Drogas: a)Líquida, b) Sólida, c) Semi-sólida c)Formas das Drogas a) Preparados Líquidos Emulsões: mistura de óleo e água, tendo geralmente aparência leitosa; Soluções: uma ou mais drogas dissolvidas em solvente apropriado tendo como característica aparência límpida e homogenia; Misturas e Suspensões: drogas misturadas com um líquido, porém não dissolvidas; Xaropes: drogas dissolvidas em solução de água e álcool, com sabor aromático, contendo açúcar; Tinturas: drogas dissolvidas em álcool ou em álcool e água; Loções: preparados aquosos de ingredientes em suspensão, usados externamente, sem massagens , no tratamento de afecções da pele; Linimentos: drogas usadas externamente, aplicados em forma de massagens, produzindo sensação de calor na área de aplicação; Sprays: constituem uma apresentação que permite que as drogas possam ser ministradas por meio de vaporizador, sendo mais usados nas afecções do aparelho respiratório; Aerossóis: podendo ser de spray ou espuma, podem ser espalhados na pele sem toca-la b) Preparados sólidos ou semi-sólidos Cápsulas: pequenos invólucros de drogas divididos em duas partes; Spânsules: cápsula que contem medicamento de ação prolongada; Pílulas: preparados de forma arredondada, com tamanho apropriado para ser deglutido com facilidade; Comprimidos: pequemos discos de espessura e tamanho variados, com medicamento e substância coesiva; Drágeas: comprimidos com camada de cobertura para disfarçar seu gosto amargo ou para evitar que seja afetado pelo suco gástrico; PROTOCOLO DE MANUSEIO DE INSUMOS E MATERIAIS MÉDICOS-2013 LABORATÓRIOS LABSEMI e LABSMATI- DENF-UNIR 13 Pastilhas: tabletes redondos ou retangulares confeccionados com medicamento dde base açucarada; Supositórios: preparados de droga em forma sólida, geralmente de forma cilíndrica ou cônica; Ungüentos: para uso na pele são compostos com uma base oleosa ou uma base solúvel em água 2.2. Administração de Medicamentos para Efeitos Locais a) Aplicação na Pele: aplicação de substâncias que devem ter sua absorção limitada. Cremes contendo antibióticos e antiinflamatórios são úteis devido ao seu efeito local. b) Aplicação na Membrana Mucosa: a aplicação nas várias membranas mucosas do corpo pode ser feita visando efeitos locais e sistêmicos; Supositórios; Enemas; Preparações intra-nasais; Preparações oftálmicas; Preparações otológicas c) Administração para Efeitos Sistêmicos Gastrointestinal: via oral, sublingual, gástrica, retal. Parenteral: Via Intradérmica,subcutânea, intramuscular, endovenosa. Via cutânea ou tópica; auricular; nasal, ocular, vaginal. Via respiratória: nebulização Outras vias de administração: via intra-articular, intratecal, intrapericárdica, intrapleural, intracardíaca, intraarterial. 2.3. Cuidados Gerais no Preparo e Administração de Medicamentos Para a administração de medicamentos , exige-se de quem o administra responsabilidade e conhecimento científico de microbiologia, farmacologia e cuidados de enfermagem específicos para tal procedimento, devendo-se observar cinco regras básicas: PROTOCOLO DE MANUSEIO DE INSUMOS E MATERIAIS MÉDICOS-2013 LABORATÓRIOS LABSEMI e LABSMATI- DENF-UNIR 14 Medicamento certo Via certa Dose certa Hora certa Paciente certo a) Cuidados no preparo da medicação: Utilizar para consulta e identificação da medicação preparada, os cartões de medicação ou prescrição médica; Lavar as mãos antes de iniciar o preparo das medicações; Concentrar as atividades no trabalho a ser executado , evitando conversas paralelas; Lavar ou limpar a bandeja e colocar sobre ela os recipientes com as identificações por seqüência de número de leito; Estar ciente do estado geral do paciente, efeito desejado e efeitos colaterais do medicamento; Quando houver dúvidas (letra ilegível, medicamento sem rótulo), não preparar o medicamento até que seja esclarecido; Todo o medicamento preparado deve ser rotulado com os dados de identificação do paciente: NOME, NÚMERO DO LEITO, NOME DA MEDICAÇÃO, VIA DE ADMINISTRAÇÃO E HORÁRIO; Ler o rótulo do medicamento três vezes: antes de retirá-lo do recipiente, antes de colocar o medicamento no cálice ou seringa e antes de guardar o recipiente ou desprezar a ampola ou frasco vazio; Desprezar o medicamento que apresentar alteração de cor, odor ou consistência. Verificar sempre que possível o prazo de validade; Antes de colocar o cálice ou seringa na bandeja, este já deverá estar rotulado; Substituição de medicamentos, em caso de falta, só poderão ocorrer quando possuírem o mesmo efeito farmacológico desejável; Antes de começar a administrar deixar o local do preparo em ordem e limpo. b) Cuidados na Administração de Medicamentos: Não administrar medicamento preparado por outra pessoa e nem permitir que familiares ou o próprio paciente o façam; Não deixar a bandeja na enfermaria caso necessite sair; PROTOCOLO DE MANUSEIO DE INSUMOS E MATERIAIS MÉDICOS-2013 LABORATÓRIOS LABSEMI e LABSMATI- DENF-UNIR 15 Antes de administrar a medicação conferir o número do leito e o nome do paciente e orientar o paciente sobre o procedimento; Somente após a ingestão ou aplicação do medicamento, ele será checado no horário correspondente; Por falta do medicamento, de recusa ou ausência do paciente, ou por outro motivo qualquer rodelar o horário e justificar por escrito na prescrição e relatório de enfermagem; Anotar e notificar as anormalidades que o paciente apresentar; Após a administração do medicamento, lavar, enxugar e colocar em lugar apropriado os materiais utilizados. c) Local da guarda de medicamentos Os medicamentos poderão ser estocados na farmácia ou almoxarifado e em menor quantidade na unidade de enfermagem; Controlar rigorosamente os narcóticos e seus derivados, guardando-os em gaveta fechada com chave; Registrar todos os narcóticos e guardar as ampolas utilizadas; Manter sobre refrigeração medicamentos como insulina, vacinas, soro antiofídico, antitetânico, anticrotálico, antiaracnídeo, anti-rábico, alguns antibióticos, citostáticos, frascos de Nutrição Parenteral, e outros; Fazer limpeza semanal do local onde estão guardados as seringas e agulhas e dos armários onde estão guardados os medicamentos. d) Observações Gerais: Não ultrapassar a dose prescrita; Em casos de emergência, a medicaÇão poderá ser dada por ordem verbal, mas anotada no relatório de enfermagem. Após a prescrição ser feita colocar o horário e checar; Em geral, a prescrição médica é válida por 24 horas; Antes da administração do medicamento, observar a presença de sinais e sintomas que o contra indiquem; Após a administração do medicamento observar efeitos colaterais que possam ocorrer. 2.4. VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS a) VIA ORAL PROTOCOLO DE MANUSEIO DE INSUMOS E MATERIAIS MÉDICOS-2013 LABORATÓRIOS LABSEMI e LABSMATI- DENF-UNIR 16 Conceito: é a administração de medicamentos pela boca Formas de Apresentação: Forma Líquida: xaropes, suspensão, elixir, emulsão e outros Forma Sólida: comprimidos, drágeas, cápsulas, pérolas, pastilhas, outros. Material: conta-gotas, copo graduado ou colher, gaze, fita adesiva, (recipiente para medicamento sólido e triturador de alimentos quando necessário). Procedimentos de Enfermagem Verificar jejuns e se o paciente encontra-se na enfermaria; Melhorar o sabor desagradável dos medicamentos (açúcar ou suco de frutas) se o paciente desejar; Utilizar uma gaze limpa para auxiliar na manipulação de comprimidos e cápsulas , evitando tocar na medicação; Ao preparar medicamentos líquidos , conservar o rótulo dos frascos voltados para a palma da mão evitando molha-lo; Ao despejar o medicamento no copo graduado , marcar o traço indicado com a unha do polegar, a quantidade prescrita e eleva-lo a altura dos olhos. Homogeneizar os medicamentos em suspensão antes de colocar no recipiente; O copo graduado tem as seguintes medidas (sistema caseiro): 15ml = 1 colher de sopa 10ml = 1 colher de sobremesa 05ml = 1 colher de chá 03ml = 1 colher de café 15ml = 1 medida adulta 05ml = 1 medida infantil Administrar os medicamentos irritantes da mucosa gástrica , com leite; Administrar medicamentos com horários condizentes com seus efeitos. Ex: diuréticos pela manhã, hipoglicemiantes orais por ocasião do horário das refeições; Os medicamentos em pó devem ser dissolvidos; Os medicamentos por via oral devem ser diluídos, no máximo, em 15ml de água. Após a ingestão oferecer mais água se necessário; PROTOCOLO DE MANUSEIO DE INSUMOS E MATERIAIS MÉDICOS-2013 LABORATÓRIOS LABSEMI e LABSMATI- DENF-UNIR 17 Quando não houver correspondência entre a dose prescrita e o comprimido disponível, deve-se preferencialmente diluí-lo para a obtenção de dosagem correta; Nunca administrar medicação via oral a pacientes inconscientes. TÉCNICA ; Lavar as mãos, antes de iniciar o procedimento; Colocar os medicamentos nos copos graduados (líquidos) e gaze (sólidos), obedecendo os princípios gerais já descritos; Levar a bandeja junto ao paciente, conferindo seu nome com a identificação da medicação; Colocar o comprimido na mão do paciente ou senão leva-lo à boca; Oferecer água, leite ou suco de frutas; Certificar-se que a medicação foi deglutida pelo paciente; Terminada a administração, checar as medicações nas prescrições; Anotar qualquer intercorrência antes, durante e após a administração da medicação; Lavar e colocar todo o material em ordem. b) VIA SUBLINGUAL Conceito: Consiste em administrar o medicamento sob a língua, sendo rapidamente absorvido pela mucosas oral passando a circulação geral. TÉCNICA: Fornecer água ao paciente para enxaguar a boca e remover resíduos alimentares; Colocar o medicamento sob a língua do paciente e orienta-lo para não deglutir a saliva até dissolver o medicamento , a fim de se obter o efeito desejado; Terminada a administração, checar as medicações nas prescrições; Anotar qualquer intercorrência antes, durante e após a administração da medicação; PROTOCOLO DE MANUSEIO DE INSUMOS E MATERIAIS MÉDICOS-2013 LABORATÓRIOS LABSEMI e LABSMATI- DENF-UNIR 18 Lavar e colocar todo o material em ordem. c) VIA GÁSTRICA Conceito: é a introdução de medicamentos através da sonda vesical. Material: estetoscópio, triturador, copo graduado, seringa de 20ml, gaze, espátula, recipiente para lixo, bolas de algodão com álcool. TÉCNICA: Colocar o paciente em proclive, (exceto quando contra-indicado), evitando assim aspiração de conteúdo gástrico; Certificar-se se a sonda está no estômago através da ausculta com estetoscópio ou aspiração de conteúdo gástrico; Introduzir lentamente o medicamento por sifonagem, ou através da seringa, evitando desconforto para o paciente; Não introduzir ar evitando, desta forma a flatulência; Lavar a sonda com 40ml de água após a administração do medicamento a fim de retirar partículas aderidas na sonda e introduzir todo o medicamento até o estômago; Caso a sonda tenha finalidade de drenagem, mantê-la fechada por 30 minutos após a administração de medicamentos. Terminada a administração, checar a medicação na prescrição; Lavar e colocar todo o material em ordem. d) VIA RETAL Conceito: é a introdução de medicamento pelo reto, uma vez que a mucosa retal é potente fonte de absorção. Ex: Supositórios e clister medicamentoso Material: gaze, papel higiênico, recipiente para lixo, supositório, luva de látex. TÉCNICA: Envolver o supositório em uma gaze; Calçar luva para auto-proteção; Orientar o paciente e coloca-lo em posição de Sims, expondo somente a região necessária a introdução do supositório; Afastar a prega interglútea, com auxílio de papel higiênico, para melhor visualização do ânus; PROTOCOLO DE MANUSEIO DE INSUMOS E MATERIAIS MÉDICOS-2013 LABORATÓRIOS LABSEMI e LABSMATI- DENF-UNIR 19 Introduzir o supositório além do esfíncter anal delicadamente e pedir ao paciente que o tenha por um período de 30 minutos; Quando tiver condições solicitar ao paciente que ele mesmo introduza o supositório; Checar a medicação e guardar todo o material previamente limpo. Supositório e) VIA NASAL Conceito: é a aplicação de medicamento na mucosa nasal com a finalidade de facilitar a ventilação e drenar secreções orais. Material: frasco de medicamento, gaze, recipiente para lixo, conta-gotas. TÉCNICA: Levar o material até a unidade do paciente; Posicionar o paciente em decúbito dorsal, colocar travesseiro sobre o ombro, de modo que a cabeça fique inclinada para trás ou colocar o paciente sentado com a cabeça inclinada para trás; Retirar do frasco a medicação na quantidade prescrita; Com uma gaze segurar o nariz do paciente, pingando o medicamento nas narinas sem permitir que o conta-gotas toque na mucosa nasal; Instruir o paciente para que permaneça nesta posição por alguns minutos, a fim de que o medicamento penetre profundamente na cavidade nasal; Checar a medicação na prescrição; Lavar e guardar todo o material. f) VIA OCULAR PROTOCOLO DE MANUSEIO DE INSUMOS E MATERIAIS MÉDICOS-2013 LABORATÓRIOS LABSEMI e LABSMATI- DENF-UNIR 20 Conceito: consiste na aplicação de colírio ou pomada no saco conjuntival inferior. Material: medicamento (pomada oftálmica ou colírio); gaze, conta-gotas se necessário, recipiente de lixo. TÉCNICA: Levar todo o material a unidade do paciente; Preparar o paciente colocando-o em decúbito dorsal ou sentado com a cabeça inclinada para trás; Antes da aplicação do medicamento, remover secreções e crostas; Afastar a pálpebra inferior com o dedo polegar, com auxílio de uma gaze, apoiando a mão na face do paciente; Desprezar a primeira porção da pomada ou uma gota de colírio; Pedir ao paciente para que olhe para cima. Pingar o medicamento no centro da conjuntiva (porção média da pálpebra inferior), sem tocar o conta-gotas ou o tubo de pomada na conjuntiva; Ao aplicar a pomada, deposita-la ao longo de toda a extensão do saco conjuntival inferior; Solicitar ao paciente que feche as pálpebras e faça movimentos giratórios do globo ocular, a fim de dispersar o medicamento; Remover o excedente do medicamento com a gaze. Checar a medicação na prescrição. g) VIA AURICULAR Conceito: é a introdução de medicamento no canal auditivo. Material: gaze, medicamento, recipiente para lixo. TÉCNICA: Levar todo o material a unidade do paciente, orientando-o da técnica; Colocar o paciente na posição de Sims ou em decúbito lateral; Desprezar uma gota do medicamento; Posicionar o canal auditivo no adulto do seguinte modo: segurar o pavilhão auditivo e puxar delicadamente para cima e para trás; Instilar o medicamento no canal auditivo sem contaminar o conta-gotas; Orientar o paciente quanto a manutenção da posição inicial por alguns minutos. Chegar a medicação na prescrição médica. PROTOCOLO DE MANUSEIO DE INSUMOS E MATERIAIS MÉDICOS-2013 LABORATÓRIOS LABSEMI e LABSMATI- DENF-UNIR 21 h) VIA CUTÂNEA OU TÓPICA Conceito: é a aplicação de medicamento na pele. Material: gaze, espátula, medicamento, recipiente para lixo. TÉCNICA: Fazer a limpeza da pele com água e sabão antes da aplicação de medicamento, (pele oleosa ou com sujidade); Desprezar a primeira porção da pomada; Quando o medicamento for armazenado em recipiente, retira-lo com auxílio de espátula; Aplicar o medicamento massageando a pele delicadamente; Observar qualquer alteração na pele: erupções, prurido, edema, eritema, etc.; Checar a medicação na prescrição médica. i) VIA RESPIRATÓRIA Conceito: introdução de um medicamento diretamente na via respiratória através de inalador ou nebulizador, a fim de estimular expectoração, fluidificar secreções, combater infecções e melhorar a ventilação pulmonar. Material: máscara de nebulização completa, inalador ou torpedo de oxigênio, medicação e solução diluente (soro fisiológico ou água destilada). TÉCNICA: Reunir o material: medicamento, solução diluente (água ou soro fisiológico), e máscara e acessórios; Colocar no compartimento de medicamento, toda a medicação prescrita, conectando-o a máscara Levar até a unidade do paciente e explicar o procedimento; Conectar o prolongamento da máscara ao inalador ou ao torpedo de oxigênio; Aproximar a máscara junto ao nariz e boca do paciente, solicitando que respire normalmente; Orienta-lo que assim deverá permanecer por 10 a 15 minutos; Após terminada a inalação ou nebulização, checar a medicação, colocar a máscara em solução desinfetante e guardar todo o material. PROTOCOLO DE MANUSEIO DE INSUMOS E MATERIAIS MÉDICOS-2013 LABORATÓRIOS LABSEMI e LABSMATI- DENF-UNIR 22 j) VIA VAGINAL Conceito: é a introdução de medicamento na mucosa vaginal Material: medicamento ( óvulos ou pomadas vaginais), gaze, recipiente para lixo, aplicador próprio, luvas de procedimento. . TÉCNICA: Levar todo o material a unidade do paciente; Cercar a cama com biombos, mantendo a privacidade da paciente; Colocar o paciente em posição ginecológica; Fazer higiene íntima se necessário; Colocar o óvulo ou pomada vaginal no aplicador próprio; Calçar as luvas de procedimento; Afastar os pequenos lábios com os dedos indicador e polegar, com auxílio de gazes; Introduzir delicadamente o aplicador ,10cm aproximadamente e pressionar o êmbolo; Retirar o aplicador e pedir a paciente que permaneça no leito; Lavar o aplicador com água e sabão ( o aplicador é de uso individual); PROTOCOLO DE MANUSEIO DE INSUMOS E MATERIAIS MÉDICOS-2013 LABORATÓRIOS LABSEMI e LABSMATI- DENF-UNIR 23 Em caso de paciente virgem utilizar o especulo de virgem ou uma seringa conectada a uma sonda uretral nº 04 ou nº 06. Checar a medicação administrada. l) VIA PARENTERAL Conceito: é a administração de uma agente terapêutico através das vias: INTRADÉRMICA (ID) SUBCUTÂNEA (SC) INTRAMUSCULAR (IM) ENDOVENOSA OU INTRAVENOSA (EV ou IV) Finalidade: Alcançar ação imediata de um medicamento; Evitar irritação da mucosa gástrica; Medicar pacientes impossibilitados de deglutir; Resguardar os efeitos medicamentosos da ação do suco gástrico que podem inativá-los. Elementos necessários para a realização de medicações parenterais: a- Seringa: de vidro ou descartável (plástico) é composta de duas partes: Corpo ou cilindro: parte externa, graduado em ml ou cm3 e que indica a capacidade da seringa; a sua porção terminal (bico) onde a agulha é adaptada. Êmbolo: parte que é introduzida no corpo da seringa. PROTOCOLO DE MANUSEIO DE INSUMOS E MATERIAIS MÉDICOS-2013 LABORATÓRIOS LABSEMI e LABSMATI- DENF-UNIR 24 b- Agulha: de aço inoxidável ou descartável, compões-se de três partes: Canhão: é a parte da agulha que pode ser tocada , uma vez que não entra em contato direto com o paciente. O número do calibre das agulhas descartáveis é determinada através da coloração do canhão, enquanto nas agulhas de aço inox vem gravado no próprio canhão. Cânula ou haste: é a aparte da agulha que se introduzirá nos tecidos e deve ser mantida estéril; Bisel: é a abertura na extremidade da agulha. Importante: partes que devem ser mantidas estéreis: bisel, haste, bico da seringa, interior do corpo e êmbolo. Materiais: Seringa e agulha esterilizadas; Bolas de algodão com álcool; Bandeja; Medicamento prescrito; Garrote ( se via endovenosa) Recipiente para lixo. TÉCNICA: Certificar-se pela prescrição médica do medicamento a ser administrado: dose, via e paciente a que se destina; Separar as ampolas com a medicação prescrita; Lavar as mãos; Proceder a assepsia do gargalo com algodão embebido em álcool; PROTOCOLO DE MANUSEIO DE INSUMOS E MATERIAIS MÉDICOS-2013 LABORATÓRIOS LABSEMI e LABSMATI- DENF-UNIR 25 Abrir o pacote da seringa, mantendo estéreis o êmbolo e o bico da seringa; Adaptar a agulha ao bico da seringa, não tocando não tocando a cânula e mantendo-a protegida; Quebrar a ampola utilizando algodão ou gaze para apoio e proteção dos dedos; Segurar a ampola entre os dedos indicador e médio da mão E e com a outra mão, pegar a seringa e introduzir a agulha cuidadosamente dentro da ampola sem tocar nas bordas externas, com o bisel voltado para baixo, em contato com o líquido; Aspirar todo o líquido, apoiando a seringa com o dedo polegar e anular da mão E, puxando o êmbolo com a mão D, sem contaminar; Virar a seringa com agulha para cima em posição vertical e expelir todo o ar que tenha penetrado; Proteger a agulha com o protetor próprio; Identificar com o nome do paciente, via enfermaria e número de leito como também o nome da medicação. Colocar na bandeja. Providenciar algodão embebido em álcool. Preparo de medicação em frasco-ampola (pó): Retirar o lacre metálico superior, limpar a borracha com algodão embebido em álcool, permanecendo com algodão sobre a borracha; Preparar a ampola com o diluente conforme técnica anterior; Montar a seringa conforme técnica apresentada, usando agulha de maior calibre; Aspirar o conteúdo de diluente, introduzindo-o no frasco e retirando a mesma quantidade em ar; Retirar a seringa protegendo a agulha; Agitar o frasco cuidadosamente, sem formar espuma. Observar a completa dissolução do soluto; Injetar no frasco o ar da seringa; Trocar agulha, colocando outra de acordo com a especificação do paciente, líquido e via de administração; Identificar conforme orientado e colocar na bandeja. @ Administração de medicação por via intradérmica (ID) Conceito: é a administração de medicamento na derme Finalidade: indicada para testes diagnósticos, testes alérgicos e aplicação da vacina B.C.G PROTOCOLO DE MANUSEIO DE INSUMOS E MATERIAIS MÉDICOS-2013 LABORATÓRIOS LABSEMI e LABSMATI- DENF-UNIR 26 Local de Aplicação: face interna do antebraço e inserção inferior do deltóide (B.C.G) Agulha: 7 x 5 - 13 x 4,5 – 15 x 5. Utilizar seringa de 1ml. TÉCNICA: Preparar a solução; Orientar o paciente; Fazer a antissepsia local com exceção da B.C.G e P.P.D. Esticar a pele, e introduzir a agulha mais ou menos 2mm, com o bisel voltado para cima, em ângulo de 15º; Injetar a solução no volume máximo de 0,5ml; Observar a formação de pápula e retirar a agulha, tendo-se o cuidado de não friccionar ou massagear a região (para evitar o retorno do líquido e dificultar a reação à droga); Proceder a leitura. Teste alérgico 15 minutos após a aplicação e P.PD com 72 horas após a aplicação Nos testes alérgicos, rodelar com caneta o local da aplicação. Checar a medicação PROTOCOLO DE MANUSEIO DE INSUMOS E MATERIAIS MÉDICOS-2013 LABORATÓRIOS LABSEMI e LABSMATI- DENF-UNIR 27 @ Administração de medicação por via subcutânea (SC) Conceito: é a introdução de medicamento no tecido subcutâneo. Finalidades: indicada quando não se deseja absorção rápida do medicamento. É a via de administração de alguns medicamentos como a Insulina e Heparina Locais de aplicação: região deltóide, escapular, face externa do braço, face externa da coxa, face anterior da coxa, região periumbelical e flancos. Agulha/Ângulo: depende da quantidade de tecido subcutâneo, local de aplicação e do comprimento da agulha. Em geral agulha 25 x 6 é inserida em 45º. Agulha 13 x 4,5 é inserida na pele em ângulo de 90º. Volume máximo de administração: 1 ml TÉCNICA: Preparar a medicação conforme técnica; Orientar o paciente sobre o procedimento; Escolher o local, fazer a antissepsia; Introduzir a agulha conforme especificado acima. A posição do bisel da agulha é indiferente; Aspirar, injetar a medicação, retirar a agulha e fazer uma leve pressão com o algodão; Recolher o material, checar a medicação. @ Administração de medicação por via intramuscular PROTOCOLO DE MANUSEIO DE INSUMOS E MATERIAIS MÉDICOS-2013 LABORATÓRIOS LABSEMI e LABSMATI- DENF-UNIR 28 Conceito: é a introdução de medicamentos nas camadas musculares. Finalidade: indicada quando se deseja absorção rápida de medicamento, porém mais lenta que a via endovenosa. Áreas de aplicação: a escolha de uma região para injeção IM, depende de fatores como idade, quantidade de tecido muscular, natureza do medicamento e estado da pele. Locais Utilizados: região deltóide, dorso glúteo, ventre glúteo e coxa(músculo vastolateral) Calibre das agulhas: Soluções aquosas: 25 x 7, 25 x 8, 30 x 7, 30 x 8 Soluções oleosas: 25 x 8, 25 x 9, 30 x 8, 30 x 9 Anormalidades ou falhas técnicas na injeção Intramuscular. Lesão de nervos: principalmente o nervo ciático; Lesão de vasos: acidentalmente pode-se perfurar um vaso sanguíneo; Lesão de tecido subcutâneo, por injeções superficiais, provocando dor, nódulos e abscessos; Abscessos por falhas assépticas; Outras alterações orgânicas, por reação ao medicamento introduzido, e quando se injeta no vaso sanguíneo medicamentos que não pode ser administrado por esta via. Procedimentos de enfermagem na Injeção Intramuscular: PROTOCOLO DE MANUSEIO DE INSUMOS E MATERIAIS MÉDICOS-2013 LABORATÓRIOS LABSEMI e LABSMATI- DENF-UNIR 29 Preparar a medicação, levar a bandeja para a enfermaria, colocando-a sobre a mesa de cabeceira; Colocar o paciente em posição correta e fazer a antissepsia ampla do local com algodão embebido em álcool. Em relação as regiões: Região Deltóide: sentado ou deitado, com o braço fletido sobre o abdômen; o volume máximo não deve ultrapassar 3ml; aplicar na parte mais volumosa de massa muscular. Região Dorso-glútea (músculo glúteo médio): deitado em posição ventral ou lateral ou em pé; divide-se a nádega em quatro partes, toma-se uma linha que vai da crista ilíaca posterior à borda inferior da nádega, e outra que vai das últimas vértebras sacrais à parte superior da articulação coxofemoral; a injeção é feita no quadrante superior externo; volume máximo 5ml. Região Ventroglútea ou Hochstetter: deitado em posição lateral ou em pé; volume máximo 5ml, indicada tanto para adultos como crianças, pois não há nervos importantes e possui pouco tecido adiposo; para a localização correta, coloca-se a mão esquerda no quadril D, ou vice-versa, apoiando o dedo indicador sobre a espinha ilíaca antero-posterior e a palma voltada sobre a cabeça do fêmur; afastar os demais dedos formando um triângulo e aplicar no meio deste. Região Retofemural (músculo vasto lateral da coxa): deitado em decúbito lateral ou sentado, não deve ultrapassar o volume de 3ml; aplica-se no terço médio externo da coxa, local livre de vasos e nervos importantes. Colocar um algodão entre o dedo mínimo e anular da mão esquerda; Segurar a seringa e retirar o ar com a mão D; Esticar a pele e segurar firmemente o músculo com a mão E, com um único impulso, sem hesitar, para diminuir o desconforto; PROTOCOLO DE MANUSEIO DE INSUMOS E MATERIAIS MÉDICOS-2013 LABORATÓRIOS LABSEMI e LABSMATI- DENF-UNIR 30 Introduzir a agulha com o bisel lateralizado, seguindo o sentido da fibra muscular; Tracionar o êmbolo com a mão E, para verificar a presença de sangue. Caso isto ocorra, retirar a agulha, proceder a troca da mesma e aplicar em outro local; Injetar a medicação, aproximar o algodão embebido em álcool, retirar a agulha e fazer uma ligeira compressão na pele com o algodão e em seguida massagear levemente. @ Administração de medicação por via endovenosa (IV ou EV) Conceito: é a introdução do medicamento diretamente na corrente sanguínea, a fim de obter uma reação imediata do medicamento. Áreas de Aplicação: veias superficiais de grande calibre da região cubital (cefálica, mediana e basílica), dorso da mão e antebraço e ainda através de cateteres endovenosos: intracather, flebotomia, scalpes. Calibre das Agulhas: 25 x 7 e 25 x 8. Observações Importantes: A solução deve ser cristalina, não oleosa e não conter flocos em suspensão; Retirar todo o ar da seringa, para não haver entrada de ar na circulação; Aplicar lentamente observando as reações do paciente; Fazer rodízios dos locais de aplicação; Retirar a agulha na presença de hematoma, infiltração ou dor, puncionando novamente em outro lugar, de preferência em outro membro; Aquecer ou massagear o local são artifícios utilizados para melhorar ou facilitar a visualização da veia. Procedimentos de Enfermagem: Preparar a medicação, levar até a enfermaria acrescentando o garrote na bandeja; Identificar o paciente no qual será administrado a medicação; Pedir ao paciente para abrir e fechar a mão diversas vezes levando e estase venosa; Escolher a veia, garrotear sem compressão exagerada 4cm acima do local escolhido; Pedir ao paciente para fechar a mão e manter o braço imóvel; Fazer antissepsia ampla obedecendo retorno venoso; Expelir todo o ar da seringa.Com a mão E esticar a pele, fixar a veia e esticar a pele com o auxílio do dedo polegar e segurar o algodão embebido em álcool; PROTOCOLO DE MANUSEIO DE INSUMOS E MATERIAIS MÉDICOS-2013 LABORATÓRIOS LABSEMI e LABSMATI- DENF-UNIR 31 Posicionar o bisel da agulha voltado para cima, segurar o canhão da agulha com o dedo indicador da mão D e a seringa com os demais dedos; Puncionar a veia. Refluindo o sangue, soltar o garrote com a mão E e solicitar ao paciente que abra a mão; Aplicar a droga, lentamente, observando a reação do paciente; Administrar a medicação, retirar a agulha e comprimir com o algodão embebido em álcool sem massagear; Checar a medicação na prescrição médica. Complicações que poderão ocorrer: Choque: apresenta como principais sintomas a palidez, lipotimia, ansiedade, tremores e sudorese, podendo ser pirogênico (introdução de solução contaminada), anafilático (hipersensibilidade a droga), periférico ( aplicação rápida e dosagem elevada). Embolia: em geral de prognóstico fatal, podendo ser: gasosa (introdução de ar na corrente sanguínea), oleosa ( introdução de medicamentos oleosos) e sanguínea (mobilização de trombos). Flebites e Tromboflebites: processo inflamatório das veias, tornando a área dolorosa e hiperemiada. Esclerose da veia: devido a injeções freqüentes no mesmo local e introdução de soluções hipertônicas (Ex: glicose 50%). Infiltrações medicamentosas: devido ao extravasamento de medicamento fora do interior da veia. Abscessos: são processos infecciosos, devido a falta de assepsia e introdução de substâncias irritantes fora da veia. 2.5 VENÓCLISE Conceito: É a infusão de solução dentro da veia, em quantidade relativamente grande. Indicações: Manter veia para medicação; repor líquidos; manter equilíbrio dos eletrólitos, administrar nutrientes Soluções utilizadas: Soro Glicosado, Soro Fisiológico, Solução de Manitol, Solução de Ringer dentre outros. Material: Frascos com a solução prescrita; Equipo de soro; Scalpe (nº 19, 21, 23 em adultos e nº 25 e 27 em crianças); PROTOCOLO DE MANUSEIO DE INSUMOS E MATERIAIS MÉDICOS-2013 LABORATÓRIOS LABSEMI e LABSMATI- DENF-UNIR 32 Esparadrapo; Bolas de algodão embebidos em álcool, garrote; Identificação de soro; Medicamentos se prescritos, seringas e agulhas; Recipiente para lixo. Locais de Aplicação: veias dos membros superiores, evitando-se articulações. Em crianças poderão ser puncionadas veias da cabeça. Evitar punções nos membros inferiores. Procedimentos de Enfermagem: Reunir todo o material acrescentando a medicação a ser diluída no soro; Aspirar o medicamento e aguardar para injeta-lo no frasco Fazer a antissepsia da extremidade do frasco de soro, onde será aberto; Cortar a parte superior sobressalente; Injetar o medicamento já preparado, sem introduzir o canhão da agulha na parte interna do frasco, evitando contaminação; Abrir a embalagem do equipo, sem contamina-lo e conecta-lo ao frasco de soro; Fazer o nível da câmara gotejadora e do equipo e retirar todo o ar do mesmo. Em seguida fechar a presilha; Identificar o frasco de soro com rótulo que deve constar: nome do paciente, número do leito e da enfermaria, nome da solução e medicamento, gotejamento, data, horário de início e término e assinatura de quem o preparou. Orientar o paciente sobre o procedimento; Colocar o soro no suporte e instalar o scalpe; Cortar as tiras de esparadrapo; Puncionar a veia conforme procedimento para injeções endovenosas; PROTOCOLO DE MANUSEIO DE INSUMOS E MATERIAIS MÉDICOS-2013 LABORATÓRIOS LABSEMI e LABSMATI- DENF-UNIR 33 Ao refluir sangue no scalpe, soltar o garrote e abrir a presilha do equipo; Fixar o escalpe com as tiras de esparadrapo; Controlar o gotejamento; Guardar o material e checar na prescrição a venóclise instalada. Cuidados Importantes: a) Caso modifique a altura do frasco, controlar o gotejamento do soro para manter o fluxo constante; b) Controlar rigorosamente o gotejamento de soro para evitar desequilíbrio hidroeletrlítico; c) Verificar a infusão em intervalos regulares para manutenção do volume do fluxo; d) Evitar punções venosas em veias localizadas nas articulações; e) Caso haja dificuldade em puncionar a veia, anotar a frequ6encia e o motivo; f) Se a punção venosa for próxima de uma articulação aconselha-se o uso de tala para evitar transfixação da veia pela agulha; g) Observar o local da punção venosa freqüentemente, observando a presença de edema, rubor, infiltração de soro e queixas do paciente; h) Manter o equipo sem bolhas de ar. PROTOCOLO DE MANUSEIO DE INSUMOS E MATERIAIS MÉDICOS-2013 LABORATÓRIOS LABSEMI e LABSMATI- DENF-UNIR 34 3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BORGES, Eline Lima et. al. Feridas como tratar. 2 ed. Belo Horizonte, Coopemed, 2008. BRASIL, Ministério da Saúde. Programa de saúde da família. Manual de enfermagem. Brasília, 2004. DEALEY, Carol. Cuidando de feridas: uma guia para as enfermeiras. São Paulo, ATHENEU, 2001. DEALEY, Carol. Cuidando de feridas: uma guia para as enfermeiras. 3 ed. São Paulo, ATHENEU, 2008. FLORIANÓPOLIS. Secretaria Municipal de Saúde. Vigilância em Saúde. Protocolo de cuidados de feridas / Coordenado por Antônio Anselmo Granzotto de Campos; Organizado por Lucila Fernandes More e Suzana Schmidt de Arruda. Florianópolis: IOESC, 70 p. il. 2007. JORGE, Silvia Angélica. Abordagem multiprofissional do tratamento de feridas.São Paulo, ATHENEU, 2003. IRION, Gleinn. Feridas. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2005. SILVA, Roberto Carlos Lyra, FIGUEIREDO, Maria Almeida, MEIRELES, Isabella Barbosa. Feridas: fundamentos e atualizações em enfermagem. São Caetano do Sul, Yendis, 2007. MUSSI, Nair M. et al. Técnicas fundamentais de enfermagem, São Paulo : Atheneu, 1995. KAWAMOTO, Emíla Emi. Fundamentos de enfermagem. São Paulo : EPU, 1986. PROTOCOLO DE MANUSEIO DE INSUMOS E MATERIAIS MÉDICOS-2013 LABORATÓRIOS LABSEMI e LABSMATI- DENF-UNIR 35 PROTOCOLO DE MANUSEIO DE INSUMOS E MATERIAIS MÉDICOS-2013 LABORATÓRIOS LABSEMI e LABSMATI- DENF-UNIR